ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS: UMA REVISÃO

STUDY OF PATHOLOGICAL MANIFESTATIONS IN CERAMIC COATINGS: A REVIEW

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12120798


Efraim Ribeiro de Goes Silva*
Orientador: Carlos Henrique Reghin Dias**


RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar a relevância da compreensão das manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos, destacando sua influência na durabilidade e integridade das construções. A questão central aborda como identificar essas manifestações, garantindo a qualidade e segurança das edificações. A metodologia para abordagem do tema envolve pesquisas bibliográficas e análise de documentos técnicos, incluindo normas regulamentadoras da construção civil e da literatura específica da área. Inicialmente, o presente estudo disserta sobre a diferença entre os revestimentos argamassados e cerâmicos, em seguida discorre brevemente sobre a engenharia diagnóstica, a patologia, e destaca a análise das principais manifestações patológicas nos revestimentos cerâmicos. Dessa forma, verifica-se como a importância de um planejamento de projetos e a execução de obras influência para acarretamento de anomalias nos revestimentos.  

PALAVRAS-CHAVE: Manifestação Patológicas. Cerâmica. Revestimento.   

ABSTRACT: This work aims to analyze the relevance of understanding pathological manifestations in ceramic coverings, highlighting their influence on the durability and integrity of constructions. The central question addresses how to identify these manifestations, ensuring the quality and safety of buildings. The methodology for approaching the topic involves bibliographical research and analysis of technical documents, including civil construction regulatory standards and specific literature in the area. Initially, the present study discusses the difference between mortar and ceramic coverings, then briefly discusses diagnostic engineering, pathology, and highlights the analysis of the main pathological manifestations in ceramic coverings. In this way, it can be seen how the importance of project planning and the execution of works influences the occurrence of anomalies in the coatings.

KEYWORDS: Pathological manifestations. Ceramics. Coating.

 1  INTRODUÇÃO

O presente estudo é direcionado a uma revisão abrangente das principais manifestações patológicas observadas em revestimentos cerâmicos, abordando suas causas, características, efeitos e possíveis medidas de correção e prevenção. No decorrer dos anos, sua aplicação tornou-se comum em uma variedade de ambientes, desde residências e variados modelos de construções. No entanto, apesar de sua popularidade, com o passar do tempo, os revestimentos cerâmicos estão suscetíveis a uma variedade de manifestações patológicas que podem comprometer tanto sua integridade estrutural quanto sua estética. 

A pesquisa sobre as manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos, possui relevância porque tais aparecimentos podem não apenas comprometer a integridade estrutural dos revestimentos, pois também afetar a qualidade do ambiente, a funcionalidade dos espaços e até mesmo a saúde dos ocupantes. Além disso, os custos associados à correção e reparação dessas manifestações podem ser elevados, resultando em atrasos na conclusão das obras e altos impactos financeiros. O referencial teórico empregado possibilita dissertar também sobre as principais manifestações patológicas observadas em revestimentos cerâmicos, incluindo trincas, fissuras, manchas, eflorescência e destacamentos, entre outros. Essa análise permite contribuir para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção de possíveis danos que podem acarretar.

Para desenvolver essa pesquisa, foram empregados métodos e técnicas que abrangem revisões bibliográficas, normas técnicas, periódicos científicos, livros e relatórios técnicos relacionados ao tema.

Os resultados do presente estudo revelaram uma série de compressões importantes, sendo identificados e descritos os tipos mais comuns de manifestações. Além disso, foram analisados os fatores que contribuem para o surgimento dessas manifestações, incluindo falhas no processo de fabricação, instalações inadequadas e exposição a agentes ofensivos.

Na primeira seção busca-se conceituar os tipos de revestimento, argamassado e cerâmico, também a definição de engenharia diagnóstica, a diferença entre patologia e manifestações patológicas. A seguinte seção traz conceitos relacionados à cerâmica e seus principais mecanismos e a causa da ocorrência de determinadas manifestações patológicas. Na sequência são apresentadas as considerações finais a respeito do estudo, bem como as referências consultadas

2  OS DIFERENTES TIPOS DE REVESTIMENTO

Os revestimentos exercem um importante papel na proteção, durabilidade e estética das edificações. Eles são responsáveis por garantir a integridade das superfícies externas e internas, além de contribuir para o conforto térmico e acústico dos ambientes. Entre os diversos tipos de revestimentos utilizados na construção civil, podem ser citados os revestimentos argamassados e os revestimentos cerâmicos, cada um com suas características específicas, métodos de aplicação e áreas de utilização.

2.1 DIFERENÇAS ENTRE REVESTIMENTO ARGAMASSADO E REVESTIMENTO CERÂMICO

 Um revestimento de argamassa é um sistema constituído pelos seguintes elementos: base de revestimento – pode ser alvenaria, concreto ou outro tipo de vedação vertical – argamassa de preparação de base – chapisco – argamassa de regularização – emboço – que pode formar um revestimento de camada única, e argamassa de acabamento – reboco (Segat, 2005).

 Dessa forma, é possível verificar a complexidade e a estrutura em camadas dos revestimentos de argamassa. A base de revestimento é o apoio principal que pode ser de diferentes materiais, como alvenaria ou concreto, cada um deles com suas próprias características e necessidades de preparação. O chapisco, ou argamassa de preparação de base, é aplicado para garantir melhor aderência das camadas seguintes. Já o emboço, ou argamassa de regularização, é essencial para nivelar a superfície, corrigindo quaisquer imperfeições da base e preparando-a para a camada final. Finalmente, o reboco, ou argamassa de acabamento, oferece o toque final, proporcionando uma superfície lisa e esteticamente agradável. Esse sistema em camadas é projetado para garantir a durabilidade e a funcionalidade do revestimento, prevenindo problemas como fissuras e descolamentos que poderiam comprometer a integridade da estrutura.  

 Da mesma forma, a ABNT NBR 13281 (2005, p.2) apresenta que: “a argamassa é a mistura homogênea de agregado (s) inorgânico (s) e água, contendo ou não aditivos e adições, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalações próprias (argamassas industrializadas)”.

 Dessa forma, o revestimento argamassado é uma técnica de acabamento utilizada nas construções, com benefício de melhorias nas propriedades térmicas e acústicas, aumentando a resistência de intempéries e atuando como uma barreira contra umidade. Também, a uniformização da superfície dos elementos de vedação e sua base servindo como acabamentos decorativos, melhorando o apelo estético geral da edificação. (Carvalho, 2018)

O revestimento cerâmico, conforme descrito por Campante e Baía (2003), tem várias funções em uma construção: proteger as vedações da edificação, auxiliar no isolamento térmico e acústico da edificação, retenção de água e gases, segurança contra o fogo, também possibilitando um melhor acabamento final ao revestimento de pisos e paredes.

 No mesmo sentido, Gomide (2021) destaca que a composição do sistema de revestimento cerâmico, apesar da camada de revestimento argamassado, também é constituído por argamassa colante, rejunte e a placa cerâmica, a aplicação no Brasil é bastante frequente, pois isso faz com que resulta no aumento da valorização patrimonial das edificações.

       A figura a seguir (Figura 1) apresenta o processo de assentamento do revestimento:

Figura 1 – Processo de assentamento do revestimento.

Fonte: CCB (2009).

 Assim o revestimento cerâmico é fundamental para no meio construtivo, pois oferece proteção aos utilitários, isolamento de fluídos e outros meios de deterioração e além de proporcionar um acabamento visual de qualidade.

3 ENGENHARIA DIAGNÓSTICA

Devido à recorrência de irregularidades e falhas nas construções e edificações prediais, surgiu a necessidade de criar um meio técnico com intuído de agregar na solução de problemas recorrentes, tendo como um objetivo a qualidade total. Essa contribuição é um aspecto geral, criando um padrão de análise e estudos para que seja passado uma transferência de conhecimento para entendimento mútuo da realidade do ocorrido (Giovanni, 2020).

      Nesse sentido, é possível apreender que a engenharia diagnóstica se revela como uma ferramenta que visa solucionar os problemas que são recorrentes no meio construtivo.  Sendo um estudo de forma aprofundada e bem generalista, sua divisão em etapas tem como objetivo deixar os resultados mais eficientes 

Desde a origem da engenharia diagnóstica no Brasil em 2005, o seu conceito passou por diversas alterações, sendo que na última delas, ficou conceituada como a disciplina das investigações técnicas para determinar os diagnósticos de manifestações patológicas e níveis de desempenho das construções, tendo como objetivo a de melhorar a qualidade ou apuração da responsabilidade (Gomide, 2021).          Ainda segundo o autor, existem três aspectos fundamentais: primeiramente, a investigação técnica que é a característica central desse conceito, representando o foco principal da disciplina, mesmo que o diagnóstico não seja imediato, como nas vistorias, que concentram apenas observações. O segundo aspecto o estudo das manifestações patológicas e do desempenho é fundamental, pois envolve examinar anomalias construtivas, falhas de manutenção e irregularidades de uso para determinar seus diagnósticos. Já o último aspecto apresenta que a melhoria da qualidade e a atribuição de responsabilidade são os principais objetivos. Isso pode envolver a precaução ou minimização de manifestações patológicas, bem como o aprimoramento do desempenho com o foco na qualidade.

Gomide (2021) ressalta também que a capacidade de identificar com certeza as causas dos problemas permite atribuir responsabilidades. Isto permite, que o Engenheiro Diagnóstico desempenha o papel de um Juiz Técnico, principalmente em investigações extrajudiciais ou arbitragens. Em processos judiciais, embora a causa possa ser revelada a responsabilidade final é determinada pelo magistrado, por questões processuais.

Dessa maneira, cabe afirmar que a engenharia diagnóstica é um ramo das engenharias voltada para a prevenção e solução de problemas relacionados a defeitos e patologias nas edificações, para identificação das causas utiliza-se os métodos de análise e submeter soluções eficazes, garantindo a segurança e durabilidade das construções.

3.1 DEFINIÇÃO DE PATOLOGIA

O termo “patologia”, quando aplicado ao contexto da construção, é uma analogia ao seu uso na área da saúde. Sua origem grega, derivada dos termos “pathos”, que significa sofrimento, doença, e “logos”, que significa ciência, estudo, indica que a patologia é o estudo das doenças em geral, representando um estado ou condição anormal cujas causas podem ser conhecidas ou desconhecidas. Essa definição é aplicável tanto à Medicina quanto a outras áreas do conhecimento humano, como a Engenharia (Sena et al., 2020).

Ainda dentro do campo das ciências biológicas, a patologia aborda o estudo de todas as anomalias nas estruturas e funcionamento dos organismos vivos, muitas vezes relacionadas a doenças. Uma característica dessas doenças é que elas têm uma causa subjacente, ou até mesmo várias causas, que resulta nas alterações observadas e manifesta-se por meio de sintomas (Sena et al., 2020).

Assim, para Silva (2012, p. 34) conceitua a patologia da construção civil como: 

a ciência que procura estudar os defeitos e incidentes que os materiais podem promover nas construções de um modo geral e que busca diagnosticar as origens dessas causas e efeitos e compreender os mecanismos de deflagração e de evolução do processo patológico.

Tal ciência tem como função principal estudar as deformidades e problemas que os materiais podem causar nos edifícios, com objetivo de compreender as suas causas, efeitos e como essas falhas se desenvolvem e evoluem. 

3.2 DEFINIÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

 As manifestações patológicas referem-se às deteriorações observadas na edificação, estas podem surgir quer no decurso da construção, através de métodos ou materiais impróprios, ou mesmo durante a elaboração do próprio projeto e também ao decorrer do tempo pela utilização da construção. (Sena et al., 2020).

As manifestações patológicas surgem a partir de quatro principais etapas chave, ou seja, no projeto, na execução, na seleção de materiais e na utilização da edificação. É de suma importância realizar de forma rigorosa o monitoramento de cada uma das etapas para assim obter o resultado desejado seja para os usuários ou para o controle de incidência de manifestações patológicas (Freire, 2010). 

Segundo a ABNT NBR 15575 (2013, p, 9) o termo manifestação patológica é definido como a “irregularidade que se manifesta no produto em função de falhas no projeto, na fabricação, na instalação, na execução, na montagem, no uso ou na manutenção, bem como problemas que não decorram do envelhecimento natural. ”

Certamente o fator preponderante na origem de manifestações patológicas é a inadequada qualificação dos profissionais de execução da aplicação dos materiais, conforme destacado por Santos (2014, p, 342): 

os estudos especializados na área e construção civil apontam uma série de manifestações patológicas decorrentes de fatores internos, externos e vícios de construções civis e da falta de preparo por parte dos profissionais que executam, sendo essa falta de preparo pode ocasionar tais patologias, como também os materiais usados, sendo que tudo isso proporciona o surgimento das irregularidades dentro do contexto das edificações.

Assim o autor realça com clareza que os problemas nas edificações resultam de múltiplos fatores, falhas nos processos construtivos e a escassez de profissionais com formação adequada para atuação. Além disso, salienta que o uso de materiais de baixa qualidade agrava essas questões, acarretando muitas anormalidades nos edifícios.

3.2.1 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM VIRTUDE AO PROJETO

Essas irregularidades têm sua origem na fase de projeto, quando os profissionais responsáveis não especificam os detalhes de acordo com as Normas Técnicas, seja por erro ou por omissão. Isso resulta em projetos com níveis de detalhamento inferiores ao necessário e em especificações inadequadas dos materiais. Segundo o estudo, essa prática é responsável por aproximadamente 40% das irregularidades observadas nas edificações. (Kasper, 2020)

3.2.2 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM FUNÇÃO A EXECUÇÃO 

 Se houvesse uma fiscalização mais eficaz, os problemas decorrentes da execução poderiam ser menos comuns. No entanto, a fiscalização muitas vezes é insuficiente, o que pode ser atribuído à falta de liderança de equipe, tanto por parte do mestre de obra quanto do engenheiro, isso é frequentemente agravado pela falta de qualificação profissional.  O engenheiro em particular, possui um conhecimento técnico extenso e diversas responsabilidades minuciosas de todos os trabalhos desenvolvidos e resultar em falhas significativas no processo construtivo (Freire, 2010).

3.2.3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM FUNÇÃO A UTILIZAÇÃO

 Ao longo do período de utilidade dos revestimentos, podem manifestar-se problemas devido à exposição ao meio envolvente. Estes problemas podem ser naturais, devido à agressividade do ambiente, ou induzidos por ações humanas, como a manutenção inadequada ou interferência errada nos sistemas de revestimento, o que pode resultar em danos nas camadas de revestimento, desencadeando assim processos patológicos (Pedro et al., 2002).

4    TIPOS DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS

Os revestimentos cerâmicos são muito utilizados em construções devido à sua durabilidade, resistência e estética. Pois, esses materiais também estão submetidos a diversas manifestações patológicas que podem comprometer sua durabilidade e aparência ao longo do tempo. Essas patologias podem ser causadas por fatores químicos, físicos, mecânicos ou ambientais, e a identificação correta das causas é essencial, pois permite a solução para a manutenção dos problemas decorridos nos revestimentos. A seguir, serão apresentados os principais tipos de manifestações patológicas que afetam os revestimentos cerâmicos, suas causas e impactos.

4.1 DESTACAMENTO E/OU DESCOLAMENTO

Os destacamentos das placas cerâmicas do substrato ou da argamassa colante ocorre quando as tensões exercidas sobre o revestimento cerâmico ultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre a placa cerâmica do substrato, ou da argamassa colante, resultando em perda de aderência (Ferreira et al., 2018)

A ocorrência do descolamento cerâmico está entre os erros mais comuns em revestimentos cerâmicos e é frequentemente referido por diferentes termos dependendo da circunstância. Os deslocamentos ocorrem quando a camada ainda não caiu, mas se desprendeu visivelmente ou então por meio do teste de percussão, geralmente conhecido como “bate fofo”, e nota-se o som cavo (oco) (Sena et al., 2020).

Bucher e Nakakura (1997) cita várias causas para o desplacamento de revestimentos cerâmicos, incluindo retração da superfície da base, variações termo higrométricas, maturação do processo construtivo, expansão térmica das peças, e falhas de projeto. Entre as causas mais comuns estão a escolha inadequada do tipo de argamassa, proporções incorretas na mistura da argamassa, impurezas, falta de aderência entre a peça cerâmica e a argamassa, vazios no preenchimento da argamassa sob a placa cerâmica, erro humano durante o assentamento, uso inadequado de ferramentas e vibrações excessivas.

Figura 2 – Esquemático de descolamento (1) e desprendimento (2) dos revestimentos.

Fonte: Parente (2016).

4.2 TRINCAS E FISSURAS

 As fissuras que apresentam modificações na sua abertura são categorizadas como fissuras ativas devido ao seu nível de atividade. É importante notar que a presença de fissuras ativas normalmente não significa quaisquer problemas com a integridade estrutural geral do edifício. No entanto, se a variação de abertura continuar a progredir, precisa-se realizar um exame minucioso para determinar se existem problemas estruturais e resolvê-los prontamente. Por outro lado, fissuras que permanecem relativamente estáveis em termos de abertura ao longo do tempo são chamadas de fissuras passivas e são consideradas estabilizadas (Sahade, 2005). 

 A NBR 9575 (2015) estabelece que as fissuras possuem abertura menor ou igual a 0,5mm, enquanto as trincas possuem abertura maior que 0,5mm e menor que 0,10mm.

Figura 3 – Trincas.

Fonte: Quartzolit (2024).

4.3 MANCHAS, MOFO, FUNGOS E BOLOR

Os manchamentos de início influenciam somente na estética do revestimento, podendo aparecer como escorrimentos e sujeiras.  Mas à medida que o tempo passa, estas   manchas aparentemente inofensivas podem evoluir para áreas que mostram sinais de colonização biológica, fungos, áreas altamente úmidas e que podem agravar ainda mais outras anomalias (Gaspar,2009).

 A umidade e a proliferação microbiana trabalham juntos criam um ambiente perfeito para o florescimento de algas nos revestimentos cerâmicos, cujas cores contrastam com a tonalidade habitual dos revestimentos. Também, a infestação por mofo, normalmente acontece em tons mais escuros, podendo infiltrar nas superfícies, espalhando gradativamente e prejudicando a estética original.  Essa evolução não se restringe apenas à mudança de cores, mas também pode causar alterações estruturais. (Esteves, 2020).

De acordo com Pezzato (2010), o mofo surge em cerâmicas porosas e não esmaltadas. Ademais, destaca que a origem do mofo não está no próprio sistema cerâmico, mas que as placas cerâmicas servem apenas como um meio para o seu desenvolvimento. Para prevenir o mofo devem ser adotados algumas medidas como, garantir iluminação, ventilação e insolação adequada nos ambientes; utilizar rejunte impermeável e antifúngico; optar por cerâmicas esmaltadas e com baixa porosidade.

Esses organismos vivos proliferam em ambientes úmidos e mal arejados, liberando enzimas que atacam o material, atuando como ácido, escurecendo-o e dando-lhe uma cor quase preta. Isso resulta em manchas e na desagregação da superfície. Outras cores, como esverdeada, branca, avermelhada, também podem aparecer dependendo da reação química com o material (Braga,2010).

Figura 4 – Bolor.

Fonte: Engenharia Ponto (2019).

Figura 5 – Mancha d’água no revestimento.

Fonte: Silva (2023).

4.4 EFLORESCÊNCIAS 

 Eflorescência é o termo utilizado para descrever manchas esbranquiçadas que aparecem na superfície da cerâmica, aderindo ao revestimento. Este fenômeno químico ocorre quando há migração de sais solúveis presentes nos materiais de construção, como cimento, argamassa ou até mesmo dos elementos cerâmicos. Estes sais solúveis se dissolvem na água e movem-se então em direção à superfície do revestimento, onde a água que os transporta evapora, ficando os sais que se cristalizaram, surgindo as machas esbranquiçadas que é a principal característica da eflorescência (Antunes et al., 2013)

Figura 6 – Fenômeno da eflorescência na placa cerâmica.

Fonte: Reis (2020).

4.5 GRETAMENTO

 O gretamento é abordado por Melchiades e Boschi (2021) como sendo potencialmente provocado quando as placas cerâmicas são submetidas a tração. Isso, segundo os autores, pode acontecer durante a produção dos revestimentos, no decorrer do resfriamento dos componentes da placa, ou também logo após o assentamento, provocada pela retração da argamassa, o que altera o estado tensional da camada de esmalte que inicialmente mantinha-se sob leve compressão e torna-se tracionada.

Figura 7 – Tratamento em esmaltes cerâmicos.

Fonte: Santos (2022).

4.6 EXPANSÃO POR UMIDADE

O termo científico para a expansão de materiais cerâmicos quando expostos a água liquida ou na forma de vapor é conhecido como expansão por umidade (EPU) ou expansão higroscópica. Embora está expansão seja normalmente mínima, em um certo limite pode levar a tensões significativas e sofrer ao gretamento do vidrado, isto podendo prejudicar a estabilidade da estrutura e resultar ao destacamento (Antunes, 2010)

A figura a seguir (Figura 8) exibe como ocorre o processo expansão nos revestimentos, os efeitos da expansão por umidade podem ser observados tanto em aplicações internas quanto externas, pois os ambientes com alta umidade relativa ou exposição frequente à água aumentam o risco de expansão:

Figura 8 – Expansão por umidade em revestimento cerâmico.

Fonte: Parente (2016).

4.7 DESPRENDIMENTO POR REJUNTE

As juntas de movimentação têm uma função essencial no funcionamento do sistema de revestimento cerâmico, falhas na vedação dessas juntas podem resultar em infiltração de água e detritos, contribuindo para possíveis problemas patológicos. Os mecanismos de falha característicos do sistema de juntas movimentação, incluem falha de coesão e consequente ruptura, falha de adesão, existência de vazios, fissuração e enrijecimento, erro no fator de forma, manchamento do revestimento, aderência em três pontos de apoio, danificação por limpeza inadequada, entre outras falhas (Gomide, 2021).

O desprendimento por rejunte é um problema muito comum, mas que pode ser mitigado com a aplicação de boas práticas na preparação, escolha e aplicação dos materiais, bem como com a previsão de medidas que acomodam as movimentações estruturais e térmicas.

Figura 9 – Falha de rejunte.

Fonte: Antunes (2010).

4.8 DEGRADAÇÃO QUÍMICA

Segundo os estudos de Timellini e Carani (1997), a presença de resíduos no revestimento e a utilização de procedimentos de limpeza mais fortes pode ocorrer danos irreversíveis, ocorrendo a perda de brilho e manchas, também cita como uma ação química quando a macha produz um ataque químico sobre a superfície, alguns exemplos de líquidos como: azeite de oliva, suco de limão, vinagre, vinho tinto entre outros.

4.9 DESGASTE POR ABRASÃO (PEI)

A abrasão é um processo mecânico e progressivo que causa perda de material e alteração na aparência do revestimento cerâmico, manifestando-se por variações de cor e brilho, entre outros aspectos. A avaliação e classificação da resistência à abrasão de placas esmaltadas são realizadas pelo método PEI, conforme especificado na NBR 13818. Esse método analisa as variações de cor sofridas pelo material, sem considerar as variações de brilho, e não fornece dados sobre a vida útil em uso real. Para auxiliar na especificação, os fabricantes geralmente indicam os ambientes de uso dos pisos cerâmicos de acordo com a classificação PEI, embora essa indicação não tenha uma relação comprovada com a durabilidade do produto em ambientes específicos (NBR 13818, 1997).

Segundo Pedreirão (s. d.) o PEI é uma característica crucial na especificação de cerâmicas. Portanto, é essencial seguir as recomendações de uso conforme indicado a baixo:

•        PEI-0 – Uso em paredes

•        PEI-1 – Trânsito baixo – banheiros

•        PEI-2 – Trânsito moderado – ambientes sem ligação com áreas externas

•        PEI-3 – Trânsito médio – todos os ambientes residenciais

•        PEI-4 – Trânsito alto – ambientes residenciais, comerciais e de trânsito médio

•        PEI-5 – Trânsito intenso – residenciais externos, comerciais e trânsito intenso.

5.0 DIFERENÇA ENTRE ENSAIO NÃO DESTRUTIVO E ENSAIO DESTRUTIVO

O ensaio destrutivo envolve a remoção de partes do revestimento cerâmico para avaliar sua resistência e características físicas, o que pode danificar permanentemente a superfície. Por outro lado, o ensaio não destrutivo é realizado sem danificar o revestimento, permite avaliar o revestimento sem comprometer sua estrutura, a seguir será apresentado alguns exemplos de ensaios:

5.1 ENSAIO NÃO DESTRUTIVO

5.1.1 ANÁLISE SENSORIAL

A análise sensorial, combinada com uma anamnese eficaz e a experiência do especialista, permite detectar sintomas patológicos e formular hipóteses para o pré diagnóstico, determinando os ensaios necessários. Durante visitas técnicas, problemas graves na estrutura de um edifício podem ser identificados, necessitando medidas emergenciais como interdição parcial, escoramento ou desocupação. A análise sensorial também ajuda a direcionar ou descartar ações. Esse processo exige expertise e a presença de especialistas para garantir que as intervenções sejam eficazes e minimizem os riscos de acidentes graves (Gomide, 2021).

5.1.2 ENSAIO DE PERCUSSÃO

O primeiro indício da manifestação patológica de desplacamento do revestimento cerâmico é o som cavo/oco que ocorre quando as peças são percutidas com equipamento adequado. Esse ensaio tem como objetivo avaliar a aderência dos revestimentos (Borges, 2017)  

De acordo com a NBR 13.749/1996, o ensaio de percussão é realizado utilizando impactos leves com um martelo de madeira ou outros instrumentos rijos, sem comprometer a aderência do revestimento. A avaliação deve ser feita em uma área de aproximadamente 1 m² para cada 100 m² de paredes. Os revestimentos que apresentarem som cavo/oco devem ser totalmente percutidos para estimar a área total que apresenta falha de aderência.

5.1.3 ANÁLISE TERMOGRÁFICA

A termografia é uma técnica de inspeção não destrutiva e não invasiva que detecta a radiação infravermelha naturalmente emitida pelos corpos, cuja intensidade é proporcional à temperatura. Por meio dessa técnica, é possível verificar pontos ou regiões com alterações de temperatura em relação a um padrão preestabelecido. Ela se fundamenta na medição da radiação eletromagnética emitida por um corpo a uma temperatura em posição elevada do zero absoluto (Bauer, 2013).

O ensaio é especialmente recomendado para detectar problemas causados pela umidade em elementos ou partes de uma construção. A presença de água modifica a condutividade térmica do material de construção, o que pode resultar em variações na temperatura da superfície devido à evaporação da água. Embora a termografia não identifique diretamente a presença de fungos, ela pode ser usada para localizar umidade em áreas propícias ao seu desenvolvimento, já que a proliferação desses microrganismos ocorre em temperaturas entre +4°C e +38°C. (Flyr Systems, 2010).

5.2 ENSAIO DESTRUTIVO

5.2.1 Ensaio de Determinação da Resistência de Aderência Substrato à Tração

Segundo Costa et al. (2013), a aderência refere-se à capacidade do revestimento de resistir às tensões em sua ligação com o substrato, focando-se nas interfaces entre a base e o substrato, não na argamassa em si. A resistência à tração da aderência é uma das propriedades fundamentais dos revestimentos de argamassa e tem sido parte de amplos estudos, representando a tensão máxima exercida perpendicularmente à carga do revestimento no substrato.

O ensaio de determinação da resistência de aderência à tração, conforme a NBR 13.528 (ABNT, 2019), avalia a aderência superficial de revestimentos de argamassa aplicados em substratos não metálicos e inorgânicos em obras.

Esse ensaio é essencial para conferir a qualidade do revestimento aplicado, pois permite identificar possíveis problemas e propor melhorias, visando prolongar a vida útil da edificação e prevenir problemas estruturais. Isso, por sua vez, não apenas aumenta os custos de construção, mas também prejudica a qualidade de vida e a segurança dos residentes (Silva et al., 2017).

5.2.2 Ensaio de EPU (Expansão por Umidade), Gretamento e Dilatação Térmica

Os ensaios de EPU, gretamento e dilatação térmica são baseados na norma ABNT NBR 13818 (1997) exibe um conjunto extenso de ensaios a serem realizados nos revestimentos cerâmicos, dessa forma a qualidade das mesmas afeta o desempenho do sistema e podem ser um dos fatores causativos dos problemas patológicos. Esses ensaios são essências para determinar ou descartar a contribuição da qualidade da cerâmica em relação às manifestações patológicas causadas (Gomide, 2021).

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Este artigo científico baseia-se em uma revisão sistemática da literatura, oferecendo uma visão geral sobre a temática das manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos. Com o objetivo de apresentar e expandir o conhecimento sobre o assunto, foram consultadas diversas fontes, resultando na pesquisa aqui apresentada. Os materiais e métodos utilizados para a realização desta pesquisa estão descritos nas seções a seguir.

Utilizando uma abordagem qualitativa, foram analisadas teorias publicadas por outros autores, com o principal objetivo de agregar conhecimento sobre o tema em questão. Sendo uma pesquisa bibliográfica explicativa, foram empregadas teorias de diferentes autores que abordam temas relacionados, a fim de integrá-las e formar uma conclusão sobre o assunto.

Esta pesquisa fundamentou-se no método dedutivo, utilizando diversos autores e temas relacionados para estreitar as teorias até alcançar uma conclusão. Para o desenvolvimento desta pesquisa, utilizou-se a técnica bibliográfica, baseada na análise dos seguintes conteúdos e cujas obras foram publicadas nas últimas quatro décadas.

Além disso, a técnica documental foi aplicada através da análise de documentos, como Normas Técnicas, monografias, artigos técnicos, anais de congressos entre outros meios de pesquisa científica, com o intuito de reunir informações relevantes sobre o tema investigado.

Os resultados das obras pesquisadas geram uma discussão abrangente sobre as manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos, evidenciando uma evolução significativa desde os estudos iniciais até os mais recentes. Todo o processo de pesquisa detalhado está refletido na elaboração deste artigo, oferecendo uma visão coesa e atualizada sobre o tema.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos representam um desafio significativo na construção civil, afetando diretamente a durabilidade e a estética das edificações, bem como gerando prejuízos econômicos. Este estudo permitiu identificar as principais causas dessas patologias, como falhas na execução, inconformidade dos materiais, erros de projetos e fatores ambientais. Destaca-se a importância de uma abordagem integrada que envolva a escolha adequada dos materiais, a qualificação da mão de obra e o monitoramento contínuo durante e após a aplicação dos revestimentos.

A engenharia diagnóstica exerce um papel fundamental na identificação e análise das patologias em revestimentos cerâmicos. Essa disciplina ainda é responsável por investigar as causas e origens das manifestações patológicas, utilizando-se de técnicas avançadas, bem como de ferramentas apropriadas, com o intuito de fornecer um diagnóstico claro e preciso. Através da engenharia diagnóstica, é possível desenvolver planos de ação eficazes para a recuperação e manutenção das estruturas, assegurando a longevidade e a funcionalidade dos revestimentos.

Além disso, percebemos a compreensão profunda das patologias e das manifestações patológicas que é essencial para prevenir a recorrência de problemas. Sendo que a patologia na construção civil se refere ao estudo dos defeitos e deteriorações das edificações, enquanto manifestações patológicas são os sintomas visíveis desses problemas.

O revestimento cerâmico desempenha várias funções importantes em uma edificação, tais como proteger as vedações da edificação, auxiliar no isolamento térmico e acústico, além de proporcionar uma superfície esteticamente agradável e durável. No entanto, a ocorrência de deslocamentos em placas cerâmicas é um dos problemas mais comuns e podendo ser atribuída a diversos fatores, necessitando da utilização das técnicas e métodos abordados nessa obra anteriormente.

Refletindo sobre tudo aquilo que foi tratado até aqui, recomenda-se a continuidade de pesquisas na área, focando no desenvolvimento de novas tecnologias e métodos de aplicação que possam minimizar a ocorrência de patologias. Também é necessário investir na formação contínua de profissionais e na adoção de práticas de inspeção e manutenção periódicas para a preservação das características funcionais e estéticas dos revestimentos cerâmicos.

Por fim, a atenuação das manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos exige um esforço conjunto entre pesquisadores, profissionais da construção civil e fabricantes dos materiais. A engenharia diagnóstica, combinada às práticas de construção classificadas de alta qualidade, é essencial para alcançar êxito em construções duráveis, seguras e sustentáveis.

REFERÊNCIAS

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*Estudante do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil da Faculdade Cristo Rei – FACCREI, de Cornélio Procópio. E-mail: efraimgoes14@hotmail.com
** Coordenador Docente no curso de Engenharia Civil da Faculdade Cristo Rei – FACCREI. Pósgraduando em Engenharia de Segurança do Trabalho (UTFPR). Especialista em Engenharia Diagnóstica – INBEC (2023). Especialista em Avaliação e Perícia da Construção Civil – Pitágoras (2021). Graduado em Engenharia Civil pela Faculdade Pitágoras de Londrina (2019). E-mail: carlosreghin@gmail.com