ESTUDO COMPARATIVO ORÇAMENTÁRIO ENTRE BLOCOS DE CONCRETO E TIJOLO CERÂMICO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7361147


Beatriz Batista Ximenes1
Edson Gabriel Medeiros Torres2
Orientador: Prof. Benício Lacerda3


RESUMO

No mercado da construção civil, é importante ao realizar um projeto residencial fazer um orçamento para saber o real custo que será desta edificação. Portanto, é necessário, obter um orçamento analítico, onde neste, estão incluídos todos os gastos previstos durante a construção da residência. Neste orçamento será uma previsão dos custos. Assim, ao executarmos a obra, nem sempre este valor é condizente com o custo real, porém deve ser o mais preciso possível. Este trabalho tem por objetivo elaborar o orçamento analítico, para uma edificação unifamiliar, através de planilhas do Microsoft Excel 2010, conforme as exigências da Caixa Econômica Federal, a partir do projeto de um residencial de baixo custo disponibilizado pela Caixa Econômica Federal em 2017. Foram feitos dois levantamentos orçamentários sendo um utilizando o tradicional método construtivo com tijolos cerâmicos e outro com blocos de concreto, ambos somente com função de vedação, a fim de comparar se há diferença significativa quanto a custo e produtividade visto a sua execução. A partir desses dados, realizou-se a conclusão, verificando assim, que o orçamento é uma ferramenta de grande valia na execução de uma residência e na tomada de decisão em relação a materiais que trazem benefícios ou malefícios no custo final da obra.

Palavras-chaves: orçamento de obras, construção civil, alvenaria, tijolo, bloco de concreto.

ABSTRACT

In the civil construction market, it is important when carrying out a residential project to make a budget to know the real cost of this building. Therefore, it is necessary to obtain an analytical budget, which includes all expenses foreseen during the construction of the residence. In this budget will be a forecast of costs. Thus, when carrying out the work, this value is not always consistent with the actual cost, but it must be as accurate as possible. This work aims to elaborate the analytical budget, for a single-family building, through Microsoft Excel 2010 spreadsheets, according to the requirements of Caixa Econômica Federal, based on the project of a low-cost residential made available by Caixa Econômica Federal in 2017. Two budget surveys were carried out, one using the traditional constructive method with ceramic bricks and the other with concrete blocks, both only with a sealing function, in order to compare whether there is a significant difference in terms of cost and productivity in view of its execution. From these data, a conclusion was made, thus verifying that the budget is a valuable tool in the execution of a residence and in decision-making in relation to materials that bring benefits or harm to the final cost of the work.

Keywords: works budget, civil construction, masonry, brick, concrete block.

1 – INTRODUÇÃO

Na construção civil uma das etapas mais importantes é o orçamento de obras, pois através dele será previsto serviços, materiais e equipe para que o sonho do projeto se torne realidade. Portanto, para realização de um orçamento preciso é necessário um diálogo aberto com o cliente para estudo e análise das condições de ambientação que o mesmo deseja para o seu lar, porém é importante lembrar que o orçamento não necessariamente será exato. 

Segundo Alder (2006), o engenheiro orçamentista responsável por um empreendimento deve considerar diversos fatores como: os planos de construção, especificações, as condições dos locais, custos, inflação provável, lucros potenciais, o tempo, especiais situações, jurídicas, municipais, administrativas e questões de segurança.

Mattos (2008) descreve que para se realizar o orçamento, é necessário que haja um estudo detalhado de todos os custos que irão acarretar a obra, evitando certo esquecimento. Por isso, é feito um levantamento e cotações de possíveis materiais a usar na obra.

No Brasil é de costume dos profissionais usarem métodos construtivos e materiais nos quais já estão habituados e possuem certo conhecimento e prática, mas a engenharia, ao longo dos anos sempre busca inovação e melhoria em determinadas práticas com intuito de que haja eficiência, produtividade e o que a maioria dos brasileiros desejam, a economia. Um exemplo prático é a construção com alvenaria convencional, usada com tijolos cerâmicos que são extremamente comuns e fáceis de encontrar em todo território brasileiro. Todavia sabemos que existem outros materiais que podem ser utilizados para vedação de uma residência 

1.1 – Justificativa

Em virtude da importância de um efetivo método construtivo e seu impacto quanto aos custos orçados, motivou-se a elaboração deste trabalho um estudo comparativo entre dois métodos construtivos muito comuns no Brasil e o impacto gerado no orçamento final, bem como em sua produtividade na obra.

1.2 – Objetivo

O objetivo deste trabalho é apresentar um estudo de caso comparativo na execução de orçamentos com vedação em alvenaria de tijolo cerâmico e alvenaria de bloco de concreto, quanto a sua produtividade e o custo final.

2 – ORÇAMENTO

Cada vez mais é popularizado novos métodos construtivos e avaliado sua eficiência, porém o que gera maior motivação na decisão de determinado material é o custo que o mesmo será gerado no produto final. Após a realização de todos os projetos, planejamento de compatibilização o orçamento é um dos itens mais importantes da construção civil. Existem vários tipos de orçamentos, que são realizados de acordo com a NBR 12.721.

No orçamento deve conter todas as descrições de materiais e serviços com seus quantitativos, assim definindo um valor mais aproximado possível do preço total da obra.

Mattos (2008) descreve os principais atributos de um orçamento, sendo: 

– Aproximação: pelo fato de o orçamento ser uma previsão, este nunca será exato, porém deverá ter uma maior precisão possível. Para o orçamento ser preciso, necessita-se associar os diversos itens que o compõem, sendo: 

a) Mão de obra: produtividade das equipes, encargos sociais e trabalhistas; 

b) Material: preço dos insumos, impostos, perdas, reaproveitamento; 

c) Equipamentos: custo horário, produtividade; 

d) Custos indiretos: pessoal, despesas em geral; 

e) imprevistos.

O orçamento pode ser definido pela soma dos custos diretos e indiretos, os custos diretos são definidos como os serviços que serão executados, no qual devem ser previstos no projeto, bem como mão de obra, equipamentos auxiliares, infraestrutura de apoio e materiais. Já os custos indiretos são administração de obra, despesas financeiras, taxas, impostos, despesas do canteiro de obra, entre outros.

Para a execução de uma residência, além de se prever os tipos de serviços que a compõem, também se precisa saber a quantidade de cada um, para então realizar o orçamento da mesma. (MATTOS, 2008, p. 46). A estimativa de custos é embasada em avaliar comparação com projetos e custos históricos. Porém é necessário a realização de um orçamento detalhado ou analítico para fixar uma ideia mais próxima do custo da obra. 

Um indicador bastante utilizado no orçamento paramétrico é o CUB (Custo Unitário Básico), segundo a ABNT NBR 12.721:2006, o conceito de Custo Unitário Básico é: 

“Custo por metro quadrado de construção do projeto-padrão considerado, calculado de acordo com a metodologia estabelecida em 8.3, pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil, em atendimento ao disposto no artigo 54 da Lei nº 4.591/64 e que serve de base para a avaliação de parte dos custos de construção das edificações.”

O CUB/m² é o resultado da mediana de cada insumo representativo coletado, apenas uma avaliação parcial do custo da obra e não global, pois neste não estão inclusos todos os tipos de serviços, como por exemplo: infraestrutura, fundações, tirantes, rebaixamento do lençol freático, elevadores, equipamentos, instalações, obras e serviços complementares como urbanização, piscina, quadra de esporte, jardim, projetos em geral, instalação e regulamentação dos condomínios, taxas e emolumentos cartoriais, remuneração do construtor e do incorporador, etc. (BERWANGER, 2008 p. 17)

3 – MÉTODO CONSTRUTIVO

A escolha do método construtivo influencia diretamente e significativamente no preço final de um orçamento seja de qual classificação for: residencial, comercial e etc. Sendo assim é fundamental avaliar as vantagens e desvantagens que esta escolha trará para o tipo de edificação. 

Tendo em vista que há tipos de vedação de uma residência muito comuns, mas neste trabalho em específico serão abordados o bloco cerâmico e o bloco de concreto.

3.1 – Bloco cerâmico

O tijolo cerâmico é produzido através da argila, água e alguns aditivos e seu formato é definido pela NBR 15270 estabelece os métodos para a execução dos ensaios dos blocos cerâmicos estruturais e de vedação.” (P. 01)

Na história do tijolo consta ainda que os primeiros tijolos cozidos em alguma espécie de forno, surgiram cerca de 3000 anos antes de Cristo. E só por volta de 1200 a.C. a fabricação chegou à Europa e à Ásia. Naquela época os tijolos eram considerados um grande avanço tecnológico, pois permitiam a construção de edifícios com maior resistência, a temperatura e a umidade. Naquela época era a economia e substituição a seus antecessores a madeira e a pedra, em regiões onde havia escassez e dificuldade de encontrar este tipo de material em quantidade abundante para atender as necessidades da época. Uma curiosidade interessante é que antigamente eram usados betume e palhas ao invés de argamassa. Dentro da história de evolução do tijolo, podemos destacar os tijolos romanos que possuíam um formato comprido e diferente do habitual, porém muito utilizado nas construções das cidades romanas.

Atualmente os tijolos ainda são fabricados através da extração de argila da natureza. Após a extração a argila é preparada com água em um equipamento conhecido como picador. Após a mistura a argila passa por uma extrusora, que é um equipamento utilizado para dar ao tijolo o seu formato, que atualmente é normatizado pela ABNT. Após a extrusão o tijolo é levado para o forno onde são cozidos até que cheguem ao ponto de coloração ideal para comercialização e distribuição a lojas de materiais de construção e construtoras.

  Com a evolução da humanidade, o tijolo passou de ser apenas um simples material de construção e passou a servir como item decorativo e parte na composição de estruturas arquitetônicas. Em comparação com o bloco de concreto, algumas vantagens do tijolo cerâmico são:

– Bom desempenho térmico

– Preço acessível;

E suas desvantagens são:

– Maior disponibilidade de ocorrência de quebra de tijolos;

– Eflorescência;

– Falta de padronização;

– Maior necessidade de argamassas de assentamento e encunhamento.

Segundo a ABNT NBR 15270-3:2005:

“O bloco cerâmico para vedação é produzido para ser usado especificamente com furos na horizontal. Também pode ser produzido para utilização com furos na vertical. Os blocos cerâmicos para vedação constituem as alvenarias externas ou internas que não têm a função de resistir a outras cargas verticais, além do peso da alvenaria da qual faz parte.” 

Os tipos de blocos cerâmicos de vedação possuem características quanto a localização dos furos conforme definido em norma.

Figura 1 – Bloco cerâmico de vedação com furos na horizontal

Fonte: ABNT NBR 15270-3:2005

Figura 2 – Bloco cerâmico de vedação com furos na vertical

Fonte: ABNT NBR 15270-3:2005

3.2 – Bloco de concreto

Apesar de parecer novo no mercado da construção, os blocos de concreto surgiram em no ano de 1832, na Inglaterra, com a função de trazer mais segurança para hospitais, creches, casas e escolas. Para produzir os blocos o fator principal é a utilização do cimento Portland em sua composição, criado por Joseph Aspdin, químico inglês em 1824.  

Os blocos ou tijolos de concreto trazem muitas vantagens na construção com alvenaria estrutural ou vedação devido ao seu formato, o consumo de argamassa e o tempo para assentamento são menores em relação aos tijolos cerâmicos, o que gera produtividade na execução da construção. Para mais, a taxa de perda dos blocos de concreto é bem inferior em relação aos cerâmicos. Além disso, podem apresentar menos eflorescência do que blocos cerâmicos após serem assentados.

Todavia, uma grande desvantagem dos blocos de concreto é seu elevado preço, e não garantem a mesma eficiência termo acústica dos tijolos cerâmicos. Na escolha do bloco de concreto, assim como tijolos cerâmicos, existem os estruturais e os que são usados apenas para vedação. Estes possuem baixa resistência, não suportam cargas além de sua própria, que são indicados para execução de muros, divisões de ambientes como paredes comuns, sempre acompanhados por todo o conjunto estrutural de pilares, vigas e cintas de amarração.

Segundo a ABNT NBR 6136:2016:

“Componente para execução de alvenaria, com ou sem função estrutural, vazado nas faces superior e inferior, cuja área líquida é igual a 75% da área bruta (Figura 1).”

Figura 3 – Bloco vazado de concreto simples

Fonte: ABNT NBR 6136:2016

Quanto às dimensões deste bloco podem variar de acordo com o estabelecido por esta mesma norma, no qual possuem requisitos específicos pré-estabelecidos.

Tabela 1 – Dimensões nominais

Fonte: ABNT NBR 6136:2016

3.3 – Qual a melhor escolha de método construtivo?

Visando trazer um comparativo, após entender bem como são feitos, de onde surgiram, é necessário mais que isso saber para qual finalidade será utilizado. Como vimos ambos: bloco de concreto e bloco cerâmico, há a possibilidade de escolher como função estrutural, ou seja, dispensando vigas ou pilares, pois seu formato permite que haja a concretagem no próprio bloco e estes em função estrutural possuem maior eficiência, dito a alta resistência. 

Todavia, para finalidade somente de vedação deve ser feito um comparativo destas vantagens e desvantagens citadas nos tópicos anteriores, e orçamentar esses custos sem função estrutural para que haja a análise se compensa essa substituição da alvenaria convencional de tijolo cerâmico por bloco de concreto no custo de vedação.

Tabela 2 – Comparativa 

Bloco cerâmicoBloco de concreto
Conforto termo acústicoÓTIMOREGULAR
CustoMENORMAIOR
Rendimento/ ProdutividadeBAIXOALTO
Índice de perda/QuebraALTOBAIXO
ResistênciaBAIXABAIXA À ALTA
Peso da peçaBAIXOALTO
Padronização das peçasPIORMELHOR
Fonte: Autor (2022)

4 – MÉTODO DA PESQUISA

4.1 – Classificação da pesquisa

Esta pesquisa tem a finalidade de comparar o orçamento analítico da construção de uma residência unifamiliar disponibilizada pela Caixa Econômica Federal conforme demonstrado abaixo.

A intenção desta análise foi feita através de uma pesquisa orçamentária comparativa da utilização de dois tipos de vedação no mesmo projeto. Um estudo de caso detalhado dos quantitativos e valor para custo real de uma residência. 

Em seguida foi feito o levantamento, de orçamentos projetados pela própria Caixa Econômica Federal por meio da SINAPI, de todos os quantitativos que foram utilizados para execução, bem como a avaliação da relevância da produtividade na vedação nos diferentes tipos de materiais utilizados.

Figura 4 – Perspectiva

 Fonte: Caixa Econômica Federal

Figura 5 – Planta baixa humanizada

Fonte: Caixa Econômica Federal

4.2 – Estudo de caso

O estudo de caso foi realizado através de um projeto residencial unifamiliar de padrão baixo com área construída de 43,60m². E todas as informações obtidas para análise e estudo deste caso foram retiradas do site da Caixa Econômica Federal com referência de agosto/2022.

– Descrição: Edificação residencial unifamiliar térrea de padrão baixo com sala, 2 quartos, banheiro, cozinha e tanque externo sem cobertura. Planta adaptável para PCR (pessoa em cadeira de rodas).

– Os sistemas construtivos considerados como primeiros projetos com estrutura de vedação de alvenaria em blocos cerâmicos e outro projeto com vedação em alvenaria em blocos de concreto. 

Itens, serviços e materiais não incluídos na demonstração: estrutura de sustentação da trama do telhado; elaboração de projetos e serviços topográficos; mobilização e desmobilização de canteiro; fundações (somente viga baldrame está inclusa); complementos como: jardins, muros, arrimos e outros não citados explicitamente; remoção de material relativo à escavação do terreno e remoção de entulho; ligações definitivas de água, energia elétrica e esgoto sanitário (fossa/sumidouro); instalação de água quente; serviços para adequação do projeto às leis e norma de acessibilidade; administração local; BDI; taxas e emolumentos.

5 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Segundo o relatório de custos por característica física (tabela 1), a casa térrea padrão baixo foi fornecida a tabela de preço dos custos de cada localidade, como foco deste trabalho é a capital de Porto Velho – RO.

Tabela 3: Dimensões nominais     

Fonte: Caixa Econômica Federal

Esse custo unitário por metro quadrado é somente para ter uma aproximação do que seria o seu gasto total na construção residencial, contendo os valores com desoneração que é o quantitativo sem contribuição de INSS e o valor não desonerado que é o quantitativo com aproximadamente 20% de contribuição para o INSS. Para melhor compreensão deste custo, temos:

Tabela 1 – Cálculo de custo/m²

ÁREA CONSTRUÍDA(m²):43,60
CUSTO POR M²:2.306,36
TOTAL100.557,30
Fonte: Autor (2022)

6.1 – Comparação de resultados

Para obtenção do custo real a Caixa Econômica Federal fornece através da SINAPI os valores para quantitativo do mercado, como também uma planilha orçamentária analítica com o valor total utilizando alvenaria convencional de tijolo cerâmico. 

Por meio disso foi feito uma reorganização desta planilha e adaptação de acordo com os serviços que os competem, conforme Anexo C e E. Após a separação dos itens foram criadas duas planilhas modificado apenas o item de vedação, sendo um com alvenaria convencional de bloco cerâmico e outra com alvenaria com bloco de concreto de vedação. Os quantitativos foram todos fornecidos pela Caixa a partir do projeto lá especificado.

Com os valores finais obtidos dos materiais foi possível criar gráficos para melhor comparação visual e entendimento de número de gastos obtidos, os itens de cada etapa da obra bem como seu método construtivo que foi a mudança significativa e principal deste projeto de análise.

Através da tabela apresentada, obteve-se uma estimativa de custo de materiais e serviços de R$ 99.440,06 (noventa e nove mil quatrocentos e quarenta reais e seis centavos) utilizando a alvenaria convencional de bloco cerâmico. Já a planilha referente alvenaria usando bloco de concreto de vedação obteve-se uma estimativa de custos de R$101.710,11 (cento e um mil setecentos e dez reais e onze centavos). Sendo uma diferença de R$2.270,05 (dois mil duzentos e setenta reais e cinco centavos) de um método construtivo para o outro. A partir desses valores, obtém-se os gráficos a seguir dos custos de cada método:

Gráfico 1 – Bloco cerâmico

Fonte: Autor (2022)

Gráfico 2 – Bloco de concreto

Fonte: Autor (2022)

6 – CONCLUSÃO

Após a conclusão dos dados comparativos entre orçamento analítico do residencial unifamiliar com alvenaria convencional de tijolo cerâmico e bloco de concreto pode-se identificar que houve uma diferença significativa na alteração do tipo de alvenaria, devido o preço unitário do bloco de concreto que é mais elevado que o tijolo cerâmico baseado pela tabela SINAPI de agosto/2022 que fornece um valor unitário de R$85,73 (oitenta e cinco reais e setenta e três centavos) para tijolo cerâmico e R$ 113,08 (cento e treze reais e oito centavos). 

Como o objetivo desta pesquisa era apenas dito comparativo e avaliar qual estimativa sairia com melhores custos orçados de acordo com projeto e quantitativo fornecido pela Caixa, foi atendido de maneira íntegra visando fornecer a informação de que apesar de muitos benefícios o bloco de concreto apenas com intuito de vedação não é vantajoso dito a custo quando comparado com o tijolo cerâmico. 

Pode-se ainda realizar uma pesquisa mais aprofundada comparativa com tijolo cerâmico e bloco de concreto estrutural com intuito de diminuir custos estruturais e verificar se estes compensam no valor final utilizando o bloco de concreto mesmo este sendo num valor maior unitário do que o do tijolo cerâmico. 

Lembrando que orçamentos são feitos para análise e precisão do custo final real, porém não podem ser baseados para custos definitivos e por isso, é necessário que no orçamento seja contabilizado o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) que é uma fórmula usada na construção civil são gastos não previstos em orçamento e com o cálculo destes custos diretos e indiretos é possível planejar os gastos com uma margem de lucro.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721/2006: Avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edilícios. 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270/2005: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136/2016: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos 

ALDER, M. A. Comparing time and accuracy of building information modeling to onscreen take off for a quantity takeoff on a conceptual estimate. Dissertação (Master of Science). Schoolof Technology Brigham Young University. 2006.

BERWANGER, Cleofas. Estudo sobre controle de custos em obra utilizando orçamento paramétrico e orçamento analítico para residência tipo padrão normal na cidade de Foz Do Iguaçu – PR. 2008. 59f. Trabalho de Conclusão de Curso – Graduação em Engenharia Civil –

Faculdade União Dinâmica das Cataratas. Foz do Iguaçu. 2008. Disponível em:<http://creaweb.crea-pr.org.br/WebCrea/biblioteca _virtual/downloads/9_Cleofas%20%20TFG%20R21 .pdf>. 

MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudo de caso, exemplos. São Paulo: Editora Pini, 2008.

MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Editora Pini, 2010.


1, 2Graduandos em Engenharia Civil.

3Professor Orientador Benício Lacerda, Mestre em Engenharia de Estrutura. Faculdade de Educação e Cultura de Porto Velho – FAEC-PVH Porto Velho, RO, Brasil