ESTUDO BIBLIOGRÁFICO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL E AS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DAS MULHERES VÍTIMAS DE RELAÇÕES 

Bibliographical Study On The Importance Of Mental Health And The Psychological Consequences Of Women Victims Of Abusive Relationships.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7339628


Freitas, Marcela Xavier1
Freitas, Suzane Silva2 


RESUMO 

O presente artigo tem como objetivo abordar de forma enfática sobre a importância da saúde mental das vítimas de relações abusivas e suas consequências psicológicas. Também objetiva se refletir sobre o tema proposto a fim de contribuir para amenizar sobre estas estatísticas presentes no dia a dia na sociedade em relação à violência contra a mulher. A metodologia adotada para a elaboração deste estudo foi bibliográfica qualitativa, por meio de periódicos científicos no período de 2012 a 2022. Por fim conclui-se que existe uma certa “normalização” da violência contra a mulher, e que muito ainda se falta para quebrar esses paradigmas da sociedade. Ser uma mulher e viver em uma sociedade com um ideal patriarcal significa muitas vezes, estar sozinha, além disso muitas das vezes acabar vendo o acusado solto sem o rigor em mantê-lo distante da vítima onde não existe uma preocupação no cumprimento vigente da lei, deixando a vítima à mercê do violentador.

 Palavras-chave: Relações abusivas. Violência psicológica. Saúde mental. Mulheres Vítimas.

ABSTRACT 

This article aims to emphatically address the importance of the mental health of victims of abusive relationships and their psychological consequences. The objective is also to reflect on the proposed theme in order to contribute to alleviate these statistics present in everyday life in society in relation to violence against women. The methodology adopted for the elaboration of this study was a qualitative bibliographical one, through scientific journals in the period from 2012 to 2022. Finally, it is concluded that there is a certain “normalization” of violence against women, and that much remains to be done to break these societal paradigms. Being a woman and living in a society with a patriarchal ideal often means being alone, in addition, many times you end up seeing the accused released without the rigor of keeping him away from the victim where there is no concern for the current compliance with the law, leaving the victim at the mercy of the abuser. 

Keywords: Abusive relationships. Psychological violence. Mental health. Women Victims. 

1. INTRODUÇÃO 

A ideologia de gênero é um dos principais fatores que mantém as mulheres em relacionamentos abusivos. Muitas delas assumem o domínio masculino como coisa natural e não conseguem sair da situação de violência e opressão em que vivem. Além da ideologia de gênero, outros motivos são comuns, como: dependência emocional e financeira, valorização da família e idealização do amor e do casamento, preocupação com os filhos, medo da perda e desamparo diante da vida sozinha, principalmente se a mulher carece de apoio social e familiar. 

Algumas mulheres não querem processar seus agressores porque temem que a violência aumente, o que acontece com bastante frequência porque ainda há impunidade após o término do contrato. Pela lei brasileira, a violência contra a mulher é considerada “crime menos ofensivo” e punível com até um ano de prisão. 

Desde 1995, a Lei 9.099 transferiu as condenações por tais crimes para varas especiais, com o objetivo de agilizar a punição dos agressores e dar maior proteção às mulheres. Entretanto, isso não aconteceu. O que aconteceu foi amenizar a responsabilidade do agressor ao introduzir punições alternativas, muitas vezes limitadas a doar uma cesta básica para caridade. Portanto, na maioria das vezes, a denúncia causa pouco constrangimento ao agressor, que após o julgamento volta para casa com a vítima e continua o abuso. 

Contraditoriamente, essa lei acabou com a impunidade e a banalização da violência contra a mulher e até inviabilizou sua denúncia. Isso mudou com a Lei Maria da Penha de agosto de 2006 (Lei 11.340), que introduziu procedimentos mais rígidos para “controlar a violência doméstica e familiar contra a mulher”, incluindo afastamento do agressor de casa e outra proteção das vítimas. 

Sabemos que muitas mulheres acusam seus companheiros de intimidá-las, depois desistem da denúncia e não dão prosseguimento ao processo, o que pode levar a punições. 

Mas independentemente disso, é importante passar a palavra. É um momento de ruptura onde a mulher sai do estado de opressão/sujeição, admite que sofre violência e precisa de ajuda. Também pode significar o primeiro passo para o seu “poder” e mudança em um relacionamento. Por isso é importante que, em caso de denúncia, a pessoa seja bem recebida e informada sobre seus direitos e a necessidade de buscar apoio social, familiar, jurídico e psicológico para enfrentar a situação de violência. 

A violência doméstica surge das relações violentas entre as pessoas e nela estão integradas várias formas de agressão, desde a psicológica à física, após passar pela chamada tortura, as consequências psicológicas podem ser inúmeras, as vítimas podem desenvolver depressão, baixa autoestima, transtorno de ansiedade generalizada, ataques de pânico, estresse severo, problemas de relacionamento, fobias e transtorno obsessivo-compulsivo. 

No Brasil, uma mulher é atacada a cada dois minutos, segundo a rede de monitoramento de segurança. O projeto é um projeto entre cinco organizações em cinco estados brasileiros que se uniram para monitorar e analisar dados sobre segurança pública e direitos humanos. As estatísticas estão se tornando cada vez mais alarmantes, pelo menos 5 mulheres. No Brasil, uma é morta por dia, a confirmar que o número de homicídios de mulheres aumentou 1,9% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado e em 2021, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública este número correu na mesma velocidade. (Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2020). 

Este tema é importante, pois tem o intuito de refletir e contribuir para amenizar sobre estas estatísticas presentes dia-a-dia na sociedade em relação a violência contra a mulher, pois vemos que existe uma “normalização” da violência contra a mulher e a partir disso queremos mudar esta realidade, colocando argumentos e ideias necessárias para a quebra destes paradigmas. Viver em uma sociedade com ideal patriarcal significa muitas vezes, estar sozinha e ver o acusado solto sem o rigor em mantê-lo distante da vítima onde não existe uma preocupação no cumprimento vigente da lei, deixando a vítima à mercê do violentador. 

Um relacionamento abusivo existe em muitos lares pelo mundo, a princípio os sinais são invisíveis, mas com o passar do tempo os sinais ficam aparentes. É importante estar alerta para reconhecer os sinais das mulheres vítimas de violência, pois a conscientização e o reconhecimento dos primeiros sinais podem evitar tanto sofrimento e até salvar vidas. Academicamente, este trabalho leva a informações e orientações para que outros profissionais, tanto psicológicos quanto não psicológicos, possam desenvolver projetos, planos e intervenções para ajudar aquelas mulheres que continuam sofrendo após o ciclo de violência. O objetivo principal deste estudo é analisar quais consequências psicológicas ocorrem com mulheres vítimas de relações abusivas e quais aspectos influenciam em saúde mental, além do mais, descrever algumas manifestações psicopatológicas e socioeconômicas que ocorrem a essas mulheres, criticar os principais danos ocorridos com vítimas de violência doméstica e seus principais impactos ligados à saúde mental e contextualizar as condições emocionais e sentimentais que as mulheres em uma relação abusiva  manifestam, a fim de pontuar as problemáticas de que sequelas atreladas à saúde mental de mulheres vivenciam nas relações abusivas. 

2. Revisão de literatura 

2.1. A violência doméstica 

O CNMP (2018), explica que a violência doméstica contra a mulher é qualquer ato ou comportamento que cause morte, constrangimento, dano ou sofrimento físico, sexual, psicológico, moral ou simbólico à mulher na vida doméstica, ou seja, em seu espaço doméstico, a violência contra a mulher cometida por parceiros íntimos. Na qual significa todas as manifestações de agressão provocadas por um cônjuge, parceiro, amante, namorado ou qualquer parceiro íntimo, ou seja, em sua forma física, sexual, psicológica ou moral, mas que geralmente, embora não necessariamente, ocorrem em um espaço doméstico privado. 

Hirigoyen citado por Frinhani (2021), aponta que tanto o agressor quanto às testemunhas, que não veem nada, negam o abuso mental que faz a vítima duvidar de si mesma, o que a machuca profundamente. Nada prova a realidade de seu sofrimento. Esta é a “pura” realidade. Nada para mostrar agora. Por outro lado, no caso da violência física, fatores externos (exame médico, testemunhas, inquéritos policiais) atestam a autenticidade da violência. 

Souto et. Al (2021), a violência física pode ser entendida como qualquer comportamento com o qual outra pessoa pretende causar dano físico à vítima. No caso da violência contra a mulher, quando o homem se sente frustrado, ou seja, quando percebe que não conseguiu manter o controle nas relações e, portanto, o controle sobre a mulher, ocorre tal comportamento agressivo. Para mostrar à vítima que tem poder nessa relação, ele usa o ataque físico. 

Quando falamos em violência por parceiro íntimo, tendemos a considerar apenas a violência física e ignorar a violência mental justamente porque as pessoas não precisam entender e reconhecer a agressão que ocorre em relacionamentos abusivos. Essas agressões são difíceis de mensurar e identificar, e as vítimas em relacionamentos amorosos violentos também não conseguem separar e distinguir os fatos, pois o comportamento das vítimas é limitado pelo medo das possíveis reações do agressor.  (Silva, et al. 2021) 

A CNMP (2018) afirma que a violência doméstica não é apenas o uso da força, mas também a submissão do homem, que causa danos à saúde física e mental da mulher. 

Azevedo (2016), aponta que uma das formas de dominação do homem sobre a mulher é a violência, não só física, mas também psicológica, obrigando a pensar, refletir, decidir e buscar confusão, diminuindo, negando, abandonando a mulher, mostrando a superioridade de um ser superior, no caso o homem, independente de raça, cor ou condição social.  

De acordo com Lins (2020), A violência que não implica dano físico sempre foi proibida, escondida, sem lhe dar um significado próprio, ou seja, uma violência que não atinge o físico, a pele, mas o psicológico, a alma. A cura da alma é, em última análise, um processo mais complexo do que a cura física, não há células que possam curar algo tão rapidamente quanto no corpo, a vítima tende a segurá-lo por muito tempo. 

Segundo Monteiro (2019), A violência é um fenômeno extremamente complexo, enraizado na interação de muitos fatores biológicos, sociais, culturais, econômicos e políticos, cuja definição não pode ser cientificamente precisa porque é uma questão de avaliação. A cultura influencia as percepções do que é comportamento aceitável e inaceitável ou perturbador e é constantemente revisada à medida que os valores e as normas sociais evoluem. 

A pesquisa mostrou que a violência doméstica pode ocorrer em qualquer família, esteja funcionando normalmente ou não, desmistificando esse mito. Ainda falta todo o quadro na relação com o agressor, porque não é apenas o fator determinante da explosão ou do comportamento agressivo. Ao compreender as causas da violência, deve-se levar em consideração traços de personalidade, história pessoal de vida familiar e contexto social e cultural (Monteiro, 2019). 

Souza (2021) observa que a vida cotidiana é permanentemente permeada pela violência. Poderíamos apontar fatores que contribuem para a criminalidade, como os problemas econômicos, a falta de serviços estatais mínimos de saúde física e mental e, principalmente, o machismo cultural, que vê a mulher como propriedade do homem. Geralmente faz com que o cidadão se sinta abandonado e se ele quer justiça, tem que fazer justiça com as próprias mãos. 

2.2. Por que as mulheres não denunciam? 

Com o objetivo de reduzir a violência doméstica contra as mulheres, foi promulgada a Lei 11.340 / 2006, a “Lei Maria da Penha”, que foi aprovada em 7   de agosto de 2006 e é considerada uma vitória do movimento feminista (Menezes, 2012). Ainda de acordo com Menezes (2012), a Lei Maria da Penha avança, ao configurar como violência contra a mulher, não somente agressões físicas, mas também psicológica, sexual, patrimonial e moral. Já que o sofrimento causado às vítimas se encontra presente em ambas as situações.  No Brasil a violência psicológica está tipificada no artigo 7º da Lei Maria da Penha: 

II – violência psicológica, que é definida como comportamento que causa danos emocionais e diminui a autoestima, ou que prejudica e atrapalha o desenvolvimento pleno, ou que visa humilhar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões por meio de ameaças, confusão, humilhação ou manipulação. , isolamento, vigilância constante, perseguição constante, insultos, chantagens, invasão de sua privacidade, escárnio, abuso e limitação do direito de atirar e sair ou qualquer outro meio que prejudique sua saúde mental e autodeterminação; (Magalhães, 2019, p. 7) 

O objetivo desta lei é qualificar a violência doméstica e a violência doméstica contra a mulher como violação dos direitos humanos da mulher e assegurar a assistência humanitária às vítimas nas delegacias e tribunais e garantir sua proteção. 

Após pesquisas, o Datafolha (2019) divulga informações na qual consta que, mais de 50% das mulheres agredidas ficam em silêncio e não fazem nada após o ato. Apenas cerca de 10% das agredidas procuram a delegacia da mulher para denunciar o agressor, 10% procuram uma delegacia comum, a pesquisa também mostra que apenas 3% ligam para a polícia militar e 1% liga para o 180 (central de atendimento à mulher). Ainda segundo o Datafolha 76% das vítimas de agressões conhecem seus agressores, e na maioria dos casos de agressão ocorre dentro de casa. 

Lazzari (2017) descreve que em inúmeras situações, a mulher que sofre algum tipo de violência por parte do companheiro, seja ela física ou apenas verbal, cria a ideia de que talvez esta possa ser a última vez, pois na maioria das vezes após a agressão, o agressor tende a ficar muito emocionado, o que cria esperança de recuperação na vítima. 

Magalhães (2019) menciona que o silêncio e a aceitação da violência pelas mulheres se devem, em muitos casos, ao seu controle por meio da violência simbólica perpetuada pela ordem social e pela cultura patriarcal sancionada pelo Estado. A sociedade está naturalmente exposta à violência contra a mulher e influência para manter essa situação por meio de instituições como lares e igrejas ou socialização nas escolas, mas também não considera as necessidades da mulher. As mulheres carecem de políticas efetivas e conceitos de gestão que vão além das questões de gênero, mas, embora não seja a única variável, está intimamente relacionada à desigualdade social no país. 

Macarini & Miranda (2018) em sua pesquisa, ele afirma que a raiva e a humilhação obrigam a mulher a denunciar o agressor, mas a mulher abandona o processo judicial contra o companheiro: porque ainda sente algo por ele, quer manter a família ou por dependência financeira ou até mesmo por medo muitas mulheres não denunciam as agressões e permanecem em relacionamentos abusivos por serem totalmente submissas e vulneráveis às agressões do parceiro, por terem algum tipo de dependência, seja financeira, emocional, ou até mesmo por sentirem que isso é necessário para as crianças, pois assim seus filhos terão uma figura paterna em casa. A falta de apoio e a falta de pessoas no círculo social que pudessem ajudar durante uma reclamação também contribuem para o seu silêncio e incapacidade de reclamar (Monteiro, 2019). 

2.3. A impotência da Mulher no relacionamento abusivo 

A violência de gênero ocorre e se reproduz em relações de poder onde as categorias de gênero, classe e raça/etnia se entrelaçam. Expressa uma forma particular de violência global mediada por uma ordem patriarcal que delega aos homens o direito de governar e controlar suas mulheres, para que eles possam usar a violência. Nessa perspectiva, a ordem patriarcal é vista como fator dominante na geração da violência de gênero, pois é a base da representação de gênero que legitima a desigualdade internalizada homem-mulher e o poder masculino. (Souto, 2021). 

A dominação masculina, segundo Rodrigues (2015), indica “dominação simbólica” sobre toda a estrutura social, corpo e mente, discursos e práticas sociais e institucionais, somente ela histórica as diferenças entre homens e mulheres e naturaliza a desigualdade. Para Rodrigues, citando Bourdieu, toda a percepção e organização concreta e simbólica da vida social é construída sobre a dominação masculina. 

Essa perspectiva teórica, que vincula a opressão das mulheres ao sistema patriarcal, há muito é utilizada pelas feministas para analisar a relação entre o poder feminino e a submissão, mas agora é criticada pelos estudos de gênero por causa de sua tendência universal. A supremacia masculina, que se repete, não pode ser considerada fechada. Variam as formas como o poder patriarcal é estabelecido e legitimado e as formas de resistência que as mulheres desenvolvem em diferentes contextos. (Azevedo, 2016) 

A perspectiva de gênero desenvolvida por escritoras feministas como Joan Scott, Tereza de Lauretis e Judith Butler aponta para uma perspectiva analítica diferente para lidar com a violência sexual, não apenas do ponto de vista da superioridade masculina, mas também para além dela. “Com isso, ‘gênero’ passou a ser utilizado como uma categoria mais ampla do que ‘patriarcado’ para entender as relações de poder e violência. Também passou a substituir a categoria ‘mulher’ em muitos estudos feministas (Veiga, 2016) 

Gomes (2018) aponta que considerando o cenário onde uma mulher permanece em um relacionamento apesar de diversas agressões, trata-se de querer manter a família unida, essas condições continuam causando isolamento e sujeição a abusos dessas mulheres. 

Conforme Monteiro (2012), aponta que o abuso emocional é uma característica fundamental de um relacionamento afetivo abusivo e pode ser descrito como comportamento que visa diminuir, manipular, controlar, humilhar, chantagear e/ou qualquer outro ato destinado a causar dano emocional à vítima. Por se tratar de uma forma de violência de difícil controle, a vítima, que não consegue entendê-la, sofre em silêncio, o que se traduz em vários problemas mais graves como depressão, fraqueza, baixa autoestima, insegurança e até suicídio. 

Segundo Araújo (2020), o vício supera o amor de uma pessoa, para se sentir bem, ela precisa da presença de outro, seja companheiro, marido ou namorado, os fatores mais importantes que podem ser identificados em uma relação aditiva são a tristeza, a incapacidade de viver sozinha, a mulher não tem ele tem que dar conta da vida dele, todas as responsabilidades do companheiro ele mesmo, ele não consegue viver sem ele, ele tem uma idealização que um dia ele vai mudar. 

Os profissionais têm dificuldade em identificar, tratar e encaminhar as mulheres em situação de violência, o que reforça a percepção de que os profissionais geralmente são incapazes de lidar com o problema (Fusquine, 2021). 

Maia et al (2017) junto a Hirigoyen (2006) explicam que em muitos casos a vítima nem sabe que está sendo agredida, acontece e é difícil entender como um sentimento de amor pode se transformar em terror. 

Souza (2019), aponta que a geração da violência é passada de geração em geração, e mulheres vítimas de violência doméstica também testemunharam sobre a vitimização da mãe na infância. Papéis de gênero estereotipados transmitidos pela cultura através da família tornam invisível a produção e a reprodução subordinada, que é um terreno fértil para a exploração.  

As mulheres vítimas de abuso crônico costumam usar mecanismos de defesa, como enfrentamento e enfrentamento. Mecanismos comumente desencadeados são dissociação de pensamento, negação de sentimentos e negação, que paralisa as habilidades cognitivas e a capacidade de funcionar efetivamente. (Souza, 2019). 

2.4. Principais Sintomas Decorrentes da Violência Psicológica 

Os principais sintomas da violência psicológica são a depressão, desesperança, baixo autoestima e negação. Em alguns casos, há uma espécie de vitimização psicológica que é um problema sério, que pode ter as seguintes consequências como: humilhação, raiva, vergonha e impotência, além disso a atenção constante ao trauma, a auto culpabilidade, tendência de revisitar o incidente e tratar como principal o responsável. (Siqueira, 2019) 

Além disso ainda segundo Siqueira (2019), A vítima gradualmente perde a autoconfiança devido ao sentimento de impotência que vivencia, muda o sistema de valores, especialmente quebrando sua confiança nos outros e na existência de justiça, falta de interesse e motivação em atividades e sentimentos anteriores, devido ao medo de viver em perigo o mundo e a perda de controle sobre suas vidas aumentam sua vulnerabilidade, diminuição da autoestima; ansiedade, depressão, agressão; mudanças no ritmo e conteúdo do sono, disfunção sexual; dependência e isolamento; mudanças rápidas no estilo de vida , medo de ir a algum lugar de costume para esperar algo, pois logo vem o medo.  

Segundo Lins (2020), esses sintomas mantêm muitas mulheres em um relacionamento abusivo em sua maioria. A violência psicológica cometida em um relacionamento emocional pode causar intenso sofrimento a longo prazo, e pode levar a mudanças de comportamento e pode mudar a vida da vítima como um todo. A vivência da violência psicológica doméstica é inicialmente percebida e praticada de forma sutil e oculta, e hoje se tornou um problema de saúde pública, pois diversos agravos emocionais se instalaram na vida das mulheres, que as prejudicam no âmbito familiar, profissional, emocional e esferas sociais de desenvolvimento.  

Violência doméstica contra a mulher traz vários impactos tanto nas esferas físicas,emocional, social e entre outros danos resultantes desse tipo de crime. A violência física é quando alguém tenta ou causa danos ao outro utilizando a força física, fazendo uso ou não de objetos que possam causar lesão interna ou externa na vítima. Tratando-se do autor da violência doméstica geralmente ela é caracterizada por “Agressões físicas como golpes, tapas, chutes e surras, tentativas de estrangulamento e queimaduras, quebras de objetos favoritos, móveis, ameaças de ferir as crianças ou outros membros da família’’ (Day, et al. 2013, p. 15) 

Segundo Souza & Rezende (2018), ‘’ Mulheres que sofrem violência doméstica estão cinco vezes mais predispostas a apresentarem problemas psicológicos em comparação às mulheres que não vivenciam essa situação’’.  

Com sua saúde física frágil e consequentemente o psicológico abalado pelas cenas de crueldade vivenciada, a mulher encontra-se em vulnerabilidade emocional, propensas aos diversos transtornos emocionais não somente ao que se refere ao TEPT, mais outras desordens psíquicas. (Souza & Rezende, 2018) 

Ainda no que se refere os impactos na saúde mental da mulher a depressão tem sido uma das doenças psiquiátricas mais frequente nas vítimas de violência doméstica com pontua Siqueira (2019), ‘’ A depressão é uma das principais consequências da violência conjugal para as mulheres, pois observa-se que as parceiras que continuam no relacionamento violento estão mais predispostas a desencadear a depressão’’. 

2.5. Medidas Preventivas 

Os especialistas carecem de informações sobre serviços de atenção integral às mulheres vítimas de violência. Isso pode limitar as oportunidades das mulheres de receber apoio multidisciplinar, ajudá-las a refletir sobre sua situação, fazê-las reconhecer seus direitos, restaurar sua autoestima e, finalmente, quebrar o ciclo da violência. Como medida preventiva, o serviço de saúde pode desenvolver atividades educativas. (Monteiro, 2012). 

Essas atividades poderiam ser realizadas nas unidades de saúde por meio da discussão do tema com a população. Do ponto de vista do serviço de saúde, é muito importante uma discussão em equipe multidisciplinar, que pode aprofundar o assunto, salvar a visão geral do indivíduo e conscientizar os profissionais sobre os casos de violência. Os serviços de saúde podem atuar como salvaguarda na detecção de ocorrências de violência e promover atividades que facilitem a identificação e resolução de problemas. (Monteiro, 2012). 

O procedimento de investigação de violência doméstica e a aplicação de medidas protetivas devem ser distinguidos, deixando de lado alguns postulados clássicos do processo penal, no sentido: Estas considerações mostram que a lei, como tradicionalmente formulada, não foi eficaz no caso de violência doméstica As peculiaridades dessa forma de violência, a posição da vítima, a dificuldade de produção de provas e a descrição usual da vítima obrigam a polícia a ir além das formas tradicionais para proteger as vítimas que não podem se defender. E isso só é possível com uma visão multidisciplinar e entendendo que o processo tem um propósito maior do que a aplicação da punição, que é proteger a vítima e quebrar o histórico de violência entre a família e os que a cercam. (Scarance, 2015, p. 120). 

A forma como a sociedade ainda encara a violência doméstica e a forma como o processo criminal está a evoluir faz com que a vítima relute em pagar os custos da intensificação do processo penal sem abrir mão de proteções urgentes. (CNMP, 2018). 

A discriminação que coloca as mulheres em desvantagem em relação aos homens é secular. A desigualdade física ou social que ainda existe entre os sexos masculino e feminino não pode ser ignorada. Em outras palavras, as relações familiares, a violação da integridade física e psíquica da mulher nunca podem ser classificadas como violações menores. A humilhação e os sentimentos de inutilidade que lhe são infligidos o deixam cheio de medo e vergonha. Além disso, esta é a razão pela qual a primeira agressão não é condenada. (Dias, 2015). 

3. METODOLOGIA DA PESQUISA 

Este estudo tem como metodologia a pesquisa bibliográfica e com enfoque qualitativo, que será realizado por meio de levantamento de dados através de artigos, livros e revistas referentes ao tema escolhido e publicado na língua portuguesa; artigos estes indexados e aos quais apresentam-se inicialmente disponíveis nas seguintes bases de dados: Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Periódicos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); artigos publicados no período de 2012 a 2022. 

Metodologicamente realizando o estudo através de leitura de artigos científicos e livros escritos por especialistas na área do tema escolhido desta pesquisa. Serão dadas preferências em artigos escritos recentemente como forma de validar o conhecimento científico e contribuir de forma qualitativa para a sociedade. 

A pesquisa qualitativa busca entender fenômenos humanos, buscando de eles obterem uma visão detalhada e complexa por meio de uma análise científica do pesquisador. Esse tipo de pesquisa se preocupa com o significado dos fenômenos e processos sociais. Mas sendo uma análise relacionada também à subjetividade, quais são os critérios do pesquisador? Bem, ele leva em consideração as motivações, crenças, valores e representações encontradas nas relações sociais (Knechtel, 2014). 

Segundo Knechtel (2014), a pesquisa bibliográfica busca “conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado presente sobre determinado tema ou problema”. Esse tipo de pesquisa é amplamente utilizado no campo acadêmico das humanidades. Além disso, o pesquisador utiliza pesquisas existentes para fundamentar seu trabalho, “utiliza informações ou categorias já processadas e registradas corretamente por outros pesquisadores”. 

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Os resumos encontrados para o desenvolvimento deste artigo foram exportados para uma base de dados utilizando o software de gerenciamento de referências bibliográficas Mendeley. Primeiramente, os artigos analisados foram definidos de forma empírica nas quais os mesmos foram publicados em alguma revista científica ou publicação em livros de psicologia como critério de inclusão, portanto, artigos, teses, dissertação e outros métodos estão envolvidos nesta pesquisa.  

Foi encontrado um total de mais ou menos 1856 artigos relacionados ao tema dos artigos encontrados, 154 estavam no SciELO e mais de mil artigos foram encontrados na base de dados do Google acadêmico. Também como estratégia de coleta dos textos completos optou-se por utilizar os recursos do portal de periódicos da Capes na qual contou-se como resultado da busca encontrou-se 702 artigos com textos completos. Vale ressaltar que os estudos que fugiam da temática ou que estavam duplicados foram excluídos. Desta forma, dos muitos artigos encontrados, foram selecionados um total de 45 artigos, dos quais somente 30 foram utilizados para a elaboração do presente estudo. 

Os materiais bibliográficos que constituem o substrato de análise desta pesquisa foram submissos uma triagem de dados, processamento e discussão de resultados de acordo com a técnica de conteúdo principalmente no quesito de leitura flutuante, conforme proposto por Bardin (2012). 

A seguir, será apresentado um quadro resumindo as principais características de alguns dos artigos utilizados nesta revisão de literatura. 

TABELA 1: Tabela comparativa de estudo selecionados 

Ano Título Tipo de estudo Objetivo do estudo 
2018 Atuação da Psicologia no Âmbito da Violência Conjugal em uma Delegacia de Atendimento à Mulher pesquisa documental caracterizar a violência conjugal que no geral é denunciada por mulheres em uma delegacia de proteção à mulher. 
2020 RELAÇÕES ABUSIVAS: Pesquisa de campo Descrever a violência doméstica 
UM ESTUDO CONTEMPORÂNEO SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM NOSSA SENHORA DAS DORES/SERGIPE por meio de questionário e pesquisa bibliográfica e as relações abusivas e compreender as dificuldades enfrentadas. 
2018 A PERMANÊNCIA DE MULHERES EM RELACIONAMENTOS ABUSIVOS À LUZ DA TEORIA DA AÇÃO PLANEJADA Pesquisa bibliográfica teórica  Estudo visa compreender todos os aspectos que envolvem a permanência de mulheres em seus relacionamentos abusivos. 
2019 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER: CARACTERÍSTICAS E CONSEQUÊNCIAS pesquisa bibliográfica e documental para levantamento de dados desvendar as principais características e consequências da violência contra a mulher no ambiente doméstico e familiar 
2021 Conhecimentos e Condutas dos Profissionais de Saúde Sobre a Violência Contra a Mulher Estudo quantitativo transversal analisar o conhecimento dos profissionais de saúde da atenção básica diante da violência contra a mulher e verificar suas condutas durante o atendimento. 
2012 O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS E AUTORES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA revisão bibliográfica descrever e discutir as possibilidades de atuação do psicólogo no atendimento às vítimas e autores de violência conjugal 
Nota. Fonte: Elaborado pelas autoras (2022) 

A cartilha Enfrentando a Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (2020) mostra que há sinais que predizem um relacionamento abusivo. O primeiro sinal é o comportamento dominante do parceiro sob o pretexto de fornecer segurança. Um envolvimento romântico rápido também traz o risco de o agressor alegar que o relacionamento é intenso e insubstituível, fazendo com que a vítima em potencial se sinta culpada por querer terminar o relacionamento.  

Ainda segundo a cartilha (2020), uma pessoa violenta geralmente tem expectativas irreais de um parceiro, o que o faz perceber que deve ser perfeito em tudo, o fracasso desse objetivo o isola, o impede de se mover, trabalhar ou estudar de várias maneiras. Um homem violento também revela hipersensibilidade, crueldade com animais e crianças, abuso verbal e pode ser cruel, degradante e rude. Finalmente, se houve outro abuso no passado, o agressor tentará negá-lo e culpar suas vítimas anteriores. 

O objetivo desta pesquisa foi considerar a imbricação entre o fenômeno da violência e o campo da saúde mental e investigar o fenômeno da violência e sua conexão com a criação de sofrimento psíquico; identificar a relação de causa e efeito entre a violência e seus transtornos de saúde mental e uso de drogas, bem como as principais formas de vitimização de pessoas com sofrimento mental. Assim, os resultados encontrados para alcançar aqueles permitiram o surgimento de três categorias apresentadas e discutidas a seguir, a saber: violência e provocação de sofrimento psíquico; transtornos de saúde mental, abuso de substâncias e sua relação com a violência e, finalmente, a vitimização de pessoas com problemas de saúde mental. 

5. CONCLUSÃO 

Diante da pesquisa, observou-se que as mulheres vítimas de relacionamentos abusivos em sua maioria acabam tendo problemas de saúde mental. Se uma mulher vive em um relacionamento abusivo, é difícil para ela se manter mentalmente saudável, pois a violência afeta sua subjetividade. As principais emoções que as mulheres sentem são culpa, medo, preocupações, insatisfação com seus sentimentos pelo parceiro, autoestima prejudicada, insegurança, vergonha e dissonância emocional. 

Além disso, foi verificado que a violência ocorre na maioria das vezes no sentido masculino-feminino e se deve à estrutura social dos papéis de gênero. Muitas mulheres não conseguem terminar um relacionamento porque acreditam que o merecem, ou porque não encontram o apoio necessário para romper devido à fragilidade emocional da mulher, que requer o apoio de terceiros. No entanto, a violência familiar/doméstica preocupa todas as esferas sociais, não apenas raça, classe, profissão ou etnia. Portanto, deve ser um tema importante para todas as entidades que trabalham em benefício da sociedade e merece a atenção de todos os profissionais e indivíduos.  

A violência psicológica muitas vezes passa despercebida pelas mulheres e se caracteriza como uma violência silenciosa, pois afeta a subjetividade dessas mulheres e causa danos internos que podem causar ou ser sintomas expressos externamente. Com base nos dados coletados, pode-se concluir que algumas características violentas presentes em um relacionamento abusivo se tornaram normalizadas na sociedade. Muitas vezes você ouve expressões como: a mulher apanhou porque ela gosta; pediu para trocar de roupa porque só se importa com você; quem deve ser perdoado porque foi apenas um erro, exceto que ele é bom são frases que muitas vezes levam ao fato de que é preciso ser violento para conseguir amor. 

Por fim concluiu-se que ainda são necessárias políticas nacionais mais eficazes que forneçam redes de segurança física e mental de apoio biopsicossocial para proteger as mulheres vítimas de abuso e violência psicológica. 

Portanto, para garantir os direitos humanos das mulheres, é imprescindível que haja uma discussão coletiva sobre a desigualdade de gênero e suas perdas políticas, sociais e econômicas e possíveis formas de combatê-las. 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

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