ESTRATÉGIAS DO MANEJO CLÍNICO DA DENGUE: ABORDAGENS CONTEMPORÂNEAS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202505241334


Augusto Francisco Redivo de Almeida1
Allan David do Prado2
Antuan Assad Iwasaka Neder3
Gilda Cristina Ferraro4
Laura Leme de Araujo Rodrigues da Silva5
Jéssica Vieira Germano de Souza6
Thalita Juarez Gomes7
Marina Dias Ferreira8


RESUMO

O diagnóstico precoce e diferencial da dengue é fundamental para um manejo clínico eficaz e para a redução da morbidade e mortalidade associadas a esta infecção viral. O objetivo desse trabalho é analisar e discutir as principais estratégias utilizadas no manejo clínico da dengue. O diagnóstico clínico da dengue pode ser um desafio específico, uma vez que sua apresentação varia de acordo com o estágio da infecção e a resposta individual do paciente. Este estudo caracteriza-se como uma revisão bibliográfica de, com o objetivo de reunir, analisar e discutir as principais estratégias contemporâneas relacionadas ao manejo clínico da dengue. As estratégias contemporâneas para o manejo clínico da dengue têm avançado significativamente, sobretudo no aprimoramento do diagnóstico precoce e diferencial, elemento essencial para a conduta terapêutica eficaz e para a prevenção de complicações. O uso de métodos laboratoriais e moleculares, como a detecção do antígeno NS1 e exames de PCR, tem ampliado a precisão diagnóstica, permitindo intervenções mais rápidas e seguras. Portanto, integrar essas abordagens de forma sistemática e atualizada é essencial para a redução da morbimortalidade da dengue e para o fortalecimento das práticas assistenciais nos serviços de saúde.

PALAVRAS – CHAVE: Dengue – Manejo clínicoAbordagens terapêuticas–  Saúde públicaProtocolos contemporâneos

INTRODUÇÃO

O diagnóstico precoce e diferencial da dengue é fundamental para um manejo clínico eficaz e para a redução da morbidade e mortalidade associadas a esta infecção viral. A dengue, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, apresenta um espectro clínico amplo, variando desde infecções assintomáticas até manifestações graves com risco de vida. Portanto, a capacidade de identificar rapidamente os casos de dengue e diferenças de outras arboviroses ou condições febris é essencial para orientar as decisões terapêuticas e implementar medidas de suporte adequadas.

O objetivo desse trabalho é analisar e discutir as principais estratégias utilizadas no manejo clínico da dengue, com ênfase em abordagens contemporâneas que visam otimizar o diagnóstico, tratamento e monitoramento dos pacientes, contribuindo para a redução de complicações e mortalidade associadas à doença.

Diagnóstico Precoce e Diferencial da Dengue

O diagnóstico clínico da dengue pode ser um desafio específico, uma vez que sua apresentação varia de acordo com o estágio da infecção e a resposta individual do paciente (Alves; Silva; Ramos, 2024). A fase inicial da dengue, frequentemente caracterizada por febre, cefaleia, mialgia e artralgia, pode mimetizar outras doenças febris agudas, dificultando o reconhecimento imediato da dengue. No entanto, a identificação precoce de sinais de alerta, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos (petéquias, equimoses, sangramento gengival), letargia ou irritabilidade, e sinais de choque (hipotensão, taquicardia, extremidades frias), é crucial para a prevenção da progressão para formas graves da doença (Alves; Silva; Ramos, 2024). A implementação de protocolos clínicos que enfatizem a busca ativa desses sinais de alerta, juntamente com uma avaliação detalhada da história clínica e do exame físico do paciente, pode melhorar significativamente a precisão do diagnóstico clínico e orientar uma intervenção terapêutica oportuna.

A diferenciação entre as formas clássicas e graves da dengue é de vital importância, pois possibilita a implementação de estratégias de manejo adequadas e oportunas, que são essenciais para a recuperação dos pacientes (Alves; Silva; Ramos, 2024). A dengue, também conhecida como febre da dengue, geralmente se resolve espontaneamente com tratamento sintomático e suporte hidroeletrolítico. Por outro lado, um grave de dengue, que inclui a febre hemorrágica da dengue e a síndrome do choque da dengue, requer intervenção médica imediata e intensiva para prevenir complicações potencialmente fatais. A identificação de fatores de risco para dengue grave, como infecção prévia por outro sorotipo do vírus da dengue, idade inferior a 1 ano ou superior a 65 anos, presença de comorbidades (diabetes, hipertensão, doença cardíaca) e gravidez, também é fundamental para estratificar o risco dos pacientes e direcionar os recursos de saúde de forma eficiente.

Uma análise dos dados de letalidade ao longo dos anos sugere variações nas condições de manejo clínico e na eficácia das medidas de controle inovadoras (Donda, et al., 2024). Fatores como a disponibilidade e o acesso aos serviços de saúde, a qualidade do atendimento prestado, a adesão aos protocolos clínicos e a capacidade de resposta do sistema de saúde a surtos de dengue podem influenciar a taxa de letalidade da doença. O monitoramento contínuo dos dados epidemiológicos e a avaliação crítica das práticas clínicas são essenciais para identificar áreas de melhoria e implementar medidas que visem aprimorar o manejo clínico da dengue e reduzir o número de óbitos associados a esta doença. Métodos sorológicos e moleculares são utilizados para confirmar o diagnóstico, sendo a detecção precoce crucial para o manejo adequado (Dias, et al., 2024).

Diagnóstico Laboratorial e Molecular

O diagnóstico laboratorial precoce desempenha um papel fundamental no manejo eficaz do paciente com dengue, fornecendo informações objetivas sobre a presença do vírus, o sorotipo envolvido e a resposta imunológica do paciente (Alves; Silva; Ramos, 2024). A confirmação laboratorial da dengue permite diferenciar esta infecção de outras condições febris com apresentações clínicas semelhantes, como influenza, leptospirose e malária, auxiliando na tomada de decisões terapêuticas e na implementação de medidas de controle adequadas. Além disso, o diagnóstico laboratorial pode ser utilizado para monitorar a progressão da doença, identificar complicações e avaliar a resposta ao tratamento.

A detecção de antígenos virais, como o NS1, e a sorologia, que detecta anticorpos IgM e IgG contra o vírus da dengue, são importantes para confirmar a presença da doença e determinar a fase da infecção (Fulanete; Ferraz; Adionidio e Souza, 2024). O antígeno NS1 pode ser detectado nos primeiros dias da infecção, geralmente até o quinto dia, tornando-o um marcador útil para o diagnóstico precoce da dengue. As anticorpos IgM começam a aumentar após o quinto dia da infecção e permanecem detectáveis ​​por várias semanas, enquanto os anticorpos IgG surgem mais tardiamente e podem persistir por meses ou anos, diminuindo a infecção prévia ou a imunidade. A combinação da detecção de antígenos e anticorpos permite determinar se uma infecção é recente ou pregressa, auxiliando na interpretação dos resultados clínicos e epidemiológicos.

Os métodos moleculares, como a ocorrência na cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR), são considerados eficientes devido à sua rapidez e especificidade no diagnóstico da dengue, permitindo a identificação do sorotipo viral envolvido na infecção (Sousa,et al., 2023). A RT-PCR é capaz de detectar o RNA viral em amostras de sangue, saliva ou urina, mesmo em baixas concentrações, tornando-a uma ferramenta avançada para o diagnóstico precoce e a identificação de surtos de dengue. Além disso, a tipagem do sorotipo viral pode fornecer informações importantes sobre a epidemiologia da dengue, auxiliando no monitoramento da circulação de diferentes sorotipos e na previsão de surtos futuros. A confirmação diagnóstica é realizada em laboratório, através do isolamento do vírus ou sorologia (Alves; Silva; Ramos, 2024)

Os resultados encontrados em diversos estudos evidenciam que a dengue pode ser destacada tanto clinicamente quanto com exames laboratoriais específicos, destacando a importância da combinação de dados clínicos e laboratoriais para um diagnóstico preciso e um manejo eficaz do paciente (Alves; Silva; Ramos, 2024). A integração de informações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais permite aos profissionais de saúde tomar decisões terapêuticas mais informadas, otimizar o uso de recursos de saúde e melhorar os resultados clínicos dos pacientes com dengue.

Manejo Clínico de Casos Não Graves

O manejo clínico de casos não graves de dengue tem como objetivo principal aliviar os sintomas, prevenir complicações e monitorar a progressão da doença. A maioria dos pacientes com dengue apresenta uma forma leve e autolimitada da infecção, que pode ser tratada ambulatorialmente com medidas de suporte e acompanhamento médico regular. No entanto, é fundamental identificar precocemente os sinais de alerta que indicam um risco de progressão para dengue grave, a fim de garantir uma intervenção terapêutica oportuna e reduzir a morbidade e mortalidade associada a esta doença.

O tratamento atual da dengue inclui reidratação, que pode ser realizada por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade dos sintomas e da capacidade do paciente de tolerar a ingestão de líquidos (Alves; Silva; Ramos, 2024). A desidratação é uma complicação comum da dengue, resultante de febre, vômitos, diarreia e perda de líquidos através da pele devido à sudorese. Uma configuração adequada de fluidos e eletrólitos é essencial para manter a perfusão tecidual, prevenir a hipotensão e evitar o desenvolvimento de choque hipovolêmico. Em pacientes com dengue não grave, a hidratação oral com soluções de reidratação oral (SRO) ou outros líquidos claros, como água, sucos de frutas e chás, geralmente é suficiente para relatar as perdas de líquidos e manter a hidratação adequada. No entanto, em pacientes com vômitos persistentes, diarreia intensa ou incapacidade de tolerar a ingestão oral, a hidratação intravenosa com soluções cristaloides, como soro fisiológico ou Ringer lactato, pode ser necessária para garantir a solução adequada de fluidos e eletrólitos.

O manejo clínico da dengue é orientado para a reposição de fluidos, mantendo a volemia e a perfusão tecidual adequadas (Alves; Silva; Ramos, 2024). A monitorização dos cuidados com o estado de hidratação do paciente, por meio da avaliação dos sinais específicos, do débito urinário e do balanço hídrico, é fundamental para ajustar a velocidade e o volume de fluidos administrados e prevenir a sobrecarga hídrica, que pode levar a complicações como edema pulmonar e insuficiência cardíaca. A reposição de eletrólitos, como sódio, potássio e cloreto, também é importante, especialmente em pacientes com perdas graves devido a vômitos, diarreia ou uso de diuréticos.

Intervenções precoces são determinantes para evitar a progressão da doença para formas mais graves, diminuindo assim a morbidade e mortalidade associadas (Alves; Silva; Ramos, 2024). A identificação precoce dos sinais de alerta que indicam um risco aumentado de dengue grave, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos, letargia ou irritabilidade, e a implementação de medidas de suporte adequadas, como hidratação intravenosa, monitoramento dos sinais específicos e tratamento de complicações, podem prevenir a progressão para formas graves da doença e melhorar os resultados clínicos dos pacientes. A gestão eficaz dos casos pode reduzir a mortalidade e melhorar os resultados clínicos (Ferreira, et, al.2024).

O reconhecimento precoce da dengue e suas complicações é essencial para reduzir a mortalidade, uma vez que uma intervenção terapêutica oportuna pode prevenir a progressão para formas graves da doença e melhorar os resultados clínicos dos pacientes (Ferreira, et, al.2024).A educação dos pacientes e seus familiares sobre os sinais de alerta da dengue e a importância de procurar atendimento médico imediato em caso de suspeita de dengue é fundamental para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Monitoramento de Sinais Vitais e Sintomas

O tratamento da dengue é predominantemente sintomático, com foco na hidratação e alívio dos sintomas, uma vez que não existe um tratamento antiviral específico para esta infecção viral (Ferreira, et, al.2024). A preservação, a ingestão abundante de líquidos e o uso de medicamentos para aliviar a febre e a dor são as principais medidas terapêuticas para pacientes com dengue não grave. No entanto, o monitoramento rigoroso dos sinais específicos e dos sintomas é fundamental para identificar precocemente os sinais de alerta que indicam um risco aumentado de progressão para dengue grave e para ajustar o tratamento de acordo com a evolução clínica do paciente (Alves; Silva; Ramos, 2024)

O acompanhamento rigoroso do balanço hídrico e dos exames laboratoriais deve ser uma prioridade nas estratégias de manejo da dengue, uma vez que a desidratação e as alterações nos eletrólitos são complicações comuns desta infecção viral (Alves; Silva; Ramos, 2024). A monitorização do débito urinário e a avaliação dos níveis de sódio, potássio, cloreto, uréia e creatinina podem auxiliar na identificação precoce de desequilíbrios hidroeletrolíticos e na correção adequada dessas alterações. Além disso, o monitoramento dos exames hematológicos, como o hemograma completo e a contagem de plaquetas, pode fornecer informações importantes sobre a progressão da doença e o risco de sangramento.

O manejo clínico da dengue ainda é exigido para a equipe de saúde, que precisa se manter permanentemente capacitada para o reconhecimento dos sintomas, sinais de alarme e gravidade, para a condução correta de cada caso, ocorrendo a redução da mortalidade (Santos; Santos; Godoy, 2024). A educação continuada dos profissionais de saúde sobre os aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da dengue, bem como a implementação de protocolos clínicos baseados em evidências, são essenciais para garantir o manejo adequado dos pacientes com dengue e reduzir o número de óbitos associados a esta doença.

Uso de Antipiréticos e Analgésicos Seguros

O tratamento atual da dengue inclui o uso de antipiréticos, como o paracetamol, para aliviar a febre e o desconforto associado à infecção (Alves; Silva; Ramos, 2024). O paracetamol é considerado o antipirético de escolha para pacientes com dengue, uma vez que não interfere na função plaquetária e não aumenta o risco de sangramento. No entanto, é importante respeitar a dose máxima recomendada de paracetamol e evitar o uso prolongado deste medicamento, a fim de prevenir a hepatotoxicidade. Em pacientes com dor intensa, analgésicos como a dipirona também podem ser usados, desde que não haja contraindicações.

É fundamental evitar o uso de medicamentos inadequados, como aqueles que podem levar a sérias consequências para a saúde, incluindo o ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que podem aumentar o risco de sangramentos e complicações hemorrágicas em pacientes com dengue (Evaristo, et al., 2024). O AAS e os AINEs inibem a função plaquetária e podem agravar a trombocitopenia, aumentando o risco de sangramentos graves, como hemorragia digestiva e hemorragia intracraniana. Além disso, alguns medicamentos, como os corticosteróides, podem suprimir o sistema imunológico e aumentar o risco de infecções secundárias em pacientes com dengue.

Abordagens para Dengue Grave e suas Complicações

O manejo da dengue grave e suas complicações requer uma abordagem multidisciplinar e intensiva, estabilizando o paciente, prevenindo a progressão para choque hipovolêmico e falência de órgãos, e tratando as complicações específicas que podem surgir. A identificação precoce dos sinais de alerta que indicam um risco aumentado de dengue grave, a implementação de medidas de suporte adequadas e o monitoramento contínuo do paciente são essenciais para melhorar os resultados clínicos e reduzir a mortalidade associada a esta forma grave da doença.

O diagnóstico precoce e preciso é um componente fundamental no manejo da dengue, permitindo o reconhecimento de sinais de alerta que indicam um risco aumentado de progressão para dengue grave (Alves; Silva; Ramos, 2024). Os sinais de alerta incluem abdômen intenso e contínuo, vômitos persistentes, sangramento (petéquias, equimoses, sangramento gengival), letargia ou irritabilidade, hipotensão postural, aumento da diurese e acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural). A presença de um ou mais desses sinais de alerta requer atenção médica imediata e implementação de medidas de suporte adequadas para prevenir a progressão do choque hipovolêmico e falência de órgãos.

A capacidade das equipes de saúde em identificar os sinais e sintomas é crucial para garantir o manejo adequado dos pacientes com dengue e reduzir a mortalidade associada a esta doença (Alves; Silva; Ramos, 2024). A capacitação contínua dos profissionais de saúde sobre os aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da dengue, bem como a implementação de protocolos clínicos baseados em evidências, são essenciais para melhorar a precisão do diagnóstico clínico e orientar a intervenção terapêutica oportuna.

A dengue grave é caracterizada por sintomas como sangramento, choque e falência orgânica, representando uma ameaça à vida do paciente (Ferreira,et al., 2024). Os sangramentos podem variar desde petéquias e equimoses até hemorragias graves, como hemorragia digestiva e hemorragia intracraniana. O choque hipovolêmico é uma complicação comum da dengue grave, resultando na perda de líquidos através do extravasamento plasmático e dos sangramentos. A falência orgânica pode afetar diversos órgãos, como o fígado, os rins, o coração e o cérebro, e pode levar a complicações graves, como insuficiência hepática, insuficiência renal, miocardite e encefalite. A dengue possui um amplo espectro clínico, variando de quadros febris, leves até manifestações graves, destacando a importância da identificação precoce dos sinais de alerta e da melhoria de medidas de suporte adequadas (Alves; Silva; Ramos, 2024).

A assistência de enfermagem é essencial na identificação precoce de sinais de alerta e monitoramento de pacientes com formas graves da doença, uma vez que os enfermeiros desempenham um papel fundamental na avaliação clínica, na monitorização dos sinais específicos, na administração de fluidos e medicamentos, e no acompanhamento da evolução clínica do paciente (Ferreira,et al., 2024). A comunicação eficaz entre os membros da equipe de saúde e a colaboração interprofissional são essenciais para garantir o manejo adequado dos pacientes com dengue grave e melhorar os resultados clínicos.

METODOLOGIA

Este estudo caracteriza-se como uma revisão bibliográfica de, com o objetivo de reunir, analisar e discutir as principais estratégias contemporâneas relacionadas ao manejo clínico da dengue. A pesquisa foi realizada por meio da consulta a artigos científicos, diretrizes clínicas, protocolos institucionais e documentos oficiais de organizações de saúde, como o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram incluídos materiais publicados nos últimos dez anos (2014 a 2024), disponíveis em bases de dados científicas como SciELO, PubMed, LILACS e BVS, utilizando descritores como “dengue”, “manejo clínico”, “diagnóstico precoce”, “tratamento da dengue” e “abordagens terapêuticas

CONCLUSÃO

As estratégias contemporâneas para o manejo clínico da dengue têm avançado significativamente, sobretudo no aprimoramento do diagnóstico precoce e diferencial, elemento essencial para a conduta terapêutica eficaz e para a prevenção de complicações. O uso de métodos laboratoriais e moleculares, como a detecção do antígeno NS1 e exames de PCR, tem ampliado a precisão diagnóstica, permitindo intervenções mais rápidas e seguras.

No contexto dos casos não graves, o manejo clínico adequado baseia-se principalmente na hidratação oral, no monitoramento contínuo de sinais vitais e sintomas e na utilização criteriosa de antipiréticos e analgésicos seguros, como o paracetamol, evitando medicamentos que aumentam o risco de sangramentos, como os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Além disso, o acompanhamento atento da evolução clínica do paciente é fundamental para a detecção precoce de sinais de alarme, permitindo uma transição segura entre os níveis de cuidado, quando necessário.

Portanto, integrar essas abordagens de forma sistemática e atualizada é essencial para a redução da morbimortalidade da dengue e para o fortalecimento das práticas assistenciais nos serviços de saúde.

REFERÊNCIAS

ALVES, MARCELO RODRIGUES, SILVA, BRUNO MUNIZ VIEIRA DA E RAMOS, ANA CLUDIA Fontes. 2024. “Os desafios e avanços nos diagnósticos para o manejo eficaz de pacientes com dengue”. Nenhum. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.1588.10.2024

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DIAS, VANESSA MORAES, et al.. 2024. “Aspectos clínicos, diagnóstico e manejo da Dengue: uma revisão atualizada”. Nenhum. https://doi.org/10.70164/jmbr.v1i4.336

FULANETE, L. J., FERRAZ, L. ADIONIDIO E SOARES, V. DE S.. 2024. “Estratgias para o manejo da dengue em lactentes: estudo de caso em hospital de média complexidade”. Revista Brasileira de Revisão em Saúde. https://doi.org/10.34119/bjhrv7n3-352

SOUSA, S. S. DA S., CRUZ, A.C.R, OLIVEIRA, R. DE S., PINHEIRO V. C. SOARES. 2023. “Características clínicas e epidemiológicas das arboviroses epidêmicas no Brasil: Dengue, Chikungunya e Zika”. Revista Eletrônica Acervo Sade. https://doi.org/10.25248/reas.e13518.2023

FERREIRA, et. al. 2024. “Dengue: epidemiologia, manifestações clínicas e abordagens para prevenção e tratamento”. Revista Brasileira de Revisão em Saúde. https://doi.org/10.34119/bjhrv7n4-362

SANTOS, E. A. D., SANTOS, G. A. A. C., GODOY, I., B., S.. 2024. “Perfil de bits por dengue (2015-2023) em cidade paulista: desafios para a saúde pública”. Nenhum. https://doi.org/10.22278/2318-2660.2024.v47.n4.a4050

EVARISTO, et al. 2024. “Uso de medicamentos indevidos no tratamento da dengue”. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento. https://doi.org/10.33448/rsd-v13i5.45909


1Médico – Unoeste Jau/ SP
redivopi@gmail.com
2Cirurgião Geral- UFPR
Allandprado@gmail.com
3Médico, residente em radiologia e diagnóstico por imagem: Hospital Ernesto Dornelles – Porto Alegre – RS
⁠antuanneder@hotmail.com
4Graduanda em medicina Uninove – Osasco /SP
gi.ferraro@hotmail.com
5Médica – Einstein, São Paulo / SP
lauraleme@hotmail.com
6Médica – Unilago SJRP / SP
Jessicavgermano@outlook.com
7Residência de clínica médica famesp Bauru/ SP
Residência de cardiologia Santa casa de Ribeirão Preto/ SP
thalitajgomes@gmail.com
8Enfermeira – FIB Bauru / SP
enfmarinaferreira@outlook.com
Orcid: https://orcid.org/0009-0002-4388-5198