ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E MANEJO DE INFECÇÕES HOSPITALARES EM SERVIÇOS DE URGÊNCIA

STRATEGIES FOR PREVENTING AND MANAGING HOSPITAL INFECTIONS IN EMERGENCY SERVICES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11002685


Maria Eduarda Bezerra do Nascimento1; Marcos Vinicios Alves de Sá2; Ana Claudia Rodrigues da Silva3; Victoria Leite4; Beatriz Melro Araújo5; Alysson Fellipe Alves de Souza6; Saulo Evangelista Moura Borges7; Lígia Lopes Ribeiro8; Ana Klívia Vasconcelos Lacerda9; Fábio da Silva Guilherme10


Resumo

O objetivo deste estudo é analisar as evidências clínicas com o objetivo de mostrar como prevenir e controlar as infecções nosocomiais (IH), prevenir a propagação e piorar o quadro clínico de pacientes hospitalizados em situações de urgência e emergência. São elas a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) (MEDLINE), a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), o Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde (IBECS) e a Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Utilizando esses critérios de busca, obtivemos 128 artigos e, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, apenas 07 estudos foram selecionados para formar a amostra final. Pacientes internados no pronto-socorro com HI devem ser excluídos. Visitantes e profissionais devem ser treinados em medidas preventivas, incluindo lavagem das mãos, minimização do contato e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). Para controlar essas situações é necessário renovar a proteção das áreas de emergência e preparar os profissionais para seguirem as orientações relacionadas à poluição perigosa. Este estudo indica que a qualidade dos serviços prestados pelos profissionais impacta diretamente na segurança do paciente. O tratamento imediato e imediato pode colocar os pacientes em risco de desenvolver HI. Por esse motivo, é necessária capacitação para que todos os profissionais de saúde compreendam a prevalência das IH.

Palavras-chave: Infecção Hospitalar, Prevenção de Acidentes, Saúde do Trabalhador.

1.  INTRODUÇÃO

O controle depende das ações realizadas em múltiplas áreas que facilitem o desenvolvimento da disseminação de informações e a adoção de procedimentos condizentes com as boas práticas de segurança para profissionais, pacientes e meio ambiente. Os tampões utilizados para prevenção de riscos são equipamentos de proteção individual (EPI), equipamentos de proteção coletiva (EPC), medidas preventivas e vacinação. (Azevedo AS, 2012)

Risco de contágio aos trabalhadores de saúde (TAS) são baseados na hierarquia e a complexidade das atividades que desempenha (hospital terciário ou unidade primária de saúde), o tipo de cuidados às pessoas (imunossuprimidos) e as funções que desempenha (hospital, endoscopia, patologia, medicina dentária, cuidados intensivos, lavandaria, patologia clínica, enfermagem), limpeza, etc.). Quando existe alguma condição no ambiente de trabalho que possa prejudicar a saúde ou a segurança física do trabalhador, é considerada risco ocupacional. Os riscos são variáveis ​​e dependem também administração e finanças, treinamento, educação continuada, padrões e práticas, presença de EPI, EPC, etc. (Oliveira AC, 2005)

Os hospitais empregam profissionais de saúde que identifique os padrões de biossegurança comumente usados. O maior risco que você enfrenta é a possibilidade de infecções desconhecidas em amostras de pacientes. Isto significa que mesmo procedimentos simples, como a remoção de tampas de recipientes a vácuo, não devem ser realizados ao ar livre por pessoal não treinado que não entende de aerossóis infecciosos e de descontaminação adequada após derramamentos.  (Oliveira R, 2012)

Biossegurança para evitar e prevenir infecções e formação eficaz do pessoal de saúde, utilização de equipamentos de proteção e cuidados pessoais preventivos de acordo com as normas e procedimentos vigentes, com o objetivo de criar uma organização que garanta a segurança em todas as áreas do mesmo domínio.  O seu objetivo geral é identificar as medidas mais importantes de prevenção e controlo de infecções a utilizar nos hospitais, para que os profissionais de saúde não sejam expostos a riscos. Em seu conceito, as infecções hospitalares, as características, classificação e análise. As principais medidas de biossegurança adotadas pelos hospitais para prevenir ou controlar infecções e descrever os principais fatores que tornam os profissionais de saúde vulneráveis ​​aos riscos ambientais.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Através dos trabalhos acadêmicos sobre o tema, propõe-se um referencial teórico para estudar as infecções hospitalares a partir dos aspectos de conceito, características, possibilidade de aparecimento, ciclo de infecção, fatores que interferem na defesa do organismo e os principais tipos mais comuns. Infecções hospitalares. Ao mesmo tempo, são conhecidas as medidas de biossegurança que podem ser utilizadas para prevenir e controlar infecções. Também são discutidos os principais fatores que tornam os trabalhadores da saúde vulneráveis ​​aos riscos ambientais, pois são estas as principais formas de contaminação e infecção entre os trabalhadores da saúde. Em seguida, discutimos como os controles de engenharia e as boas práticas de trabalho podem eliminar ou reduzir os riscos de contaminação. Para melhor compreensão do assunto, o Decreto nº. 3.214/1978 Normas regulamentadoras implementadas – NR Neste trabalho tratei das normas mais importantes, que são aquelas que são particularmente relevantes para o trabalho no setor saúde. (Balsamo AC, 2015)

Entre o público em geral e os profissionais de saúde a baixa visibilidade é natural, a palavra saúde é o oposto de doença. A maior parte da população acredita que saúde, doença e morte são sinais “duplos”, que muitas vezes andam de mãos dadas. É verdade que os homens não são nem perfeitamente saudáveis ​​nem perfeitamente doentes, podendo definir-se diferentes níveis de saúde, estabelecendo saúde e doença de acordo com o momento de observação. (Lacerda RA, 2009)

Substâncias policristalinas e multiplicidades são dadas nos eventos de saúde de cada pessoa. A doença, a enfermidade e a saúde não aparecem como coisas estáticas, isoladas ou binárias, mas são classificadas como o resultado de uma combinação de fatores que determinam a natureza do organismo e o seu nível de saúde e doença. No Brasil, estima-se que entre 5 e 15% dos pacientes hospitalizados apresentem infecções nosocômios acrescentam em média 5 a 10 dias à internação hospitalar. (Camalionte MLV, 2009)

Desta forma, a doença pode ser afetada pela própria microbiota ou micróbios do paciente. Isso ficou evidente no ambiente em que ele vivia. As infecções nosocomiais são consideradas uma das principais causas de morbidade e mortalidade além de aumentarem o tempo de internação dos pacientes. Outro fator preocupante é o aumento direto e indireto dos custos hospitalares e dos pacientes. Com base nas informações acima, é importante a criação de uma unidade de gestão hospitalar e de programas de gestão dessas unidades, com o objetivo de reduzir o risco de morte e os custos hospitalares e aumentar a qualidade da assistência. (Oliveira AC, 2005)

METODOLOGIA

O método de pesquisa deste estudo é a pesquisa descritiva utilizando o método de revisão integrada da literatura (ILR). O principal objetivo do RIL é coletar, sintetizar e analisar resultados de pesquisas científicas previamente publicadas sobre um tema específico para garantir que contenham novas informações e sintetizar o conhecimento coletado. Combina múltiplos métodos e estratégias de investigação para identificar e avaliar a qualidade e consistência das evidências existentes, bem como para comparar e sintetizar resultados (Marconi; Lakatos, 2009).

A coleta de dados foi realizada por meio da Base de Dados de Enfermagem (BDENF), da Biblioteca Eletrônica Científica Online (SCIELO), da PubMed e da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Para obter informações relevantes sobre este tema, pesquisamos diversas publicações, incluindo artigos científicos, estudos e periódicos.

Para realizar esta busca foram utilizadas as seguintes descrições: “infecção hospitalar”, “prevenção de acidentes” e “saúde do trabalhador”. Esses termos foram combinados utilizando o operador booleano “AND” para refinar a busca, resultando na seguinte estratégia de busca: “doença hospitalar” AND “prevenção de acidentes” AND “saúde” AND “funcionário”. Dessa forma, você pode navegar pelos anúncios e lê-los com atenção para escolher aqueles que melhor atendem aos objetivos do seu negócio. Organizamos uma revisão da literatura com base na compreensão dos autores sobre as abordagens propostas para o projeto.

Os critérios de inclusão incluíram artigos originais, revisões sistemáticas, revisões abrangentes e relatos de casos e apenas os artigos disponíveis, publicados entre 2007 e 2024, não tinham critérios de local ou idioma. Foram excluídos dos critérios de exclusão publicações não científicas, artigos e resumos científicos, resumos, livros, manuscritos e manuscritos.

A parte opcional é definir os critérios de inclusão e exclusão e iniciar a busca de resultados no banco de dados usando descritores e operadores booleanos. Este estudo identificou os estudos que formaram os resultados deste estudo.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A prevenção e o controle de infecções hospitalares desempenham um papel importante em situações de crise e emergência, onde a exposição a doenças infecciosas pode ocorrer através de feridas abertas, cirurgias de emergência e procedimentos que perturbam a integridade da pele e das mucosas. Em primeiro lugar, a detecção e o isolamento adequados são importantes para reduzir a propagação de doenças infecciosas e, em segundo lugar, os pacientes com doenças infecciosas conhecidas ou suspeitas podem ser rapidamente identificados e podem ser tomadas medidas preventivas, como a separação. (Gome S et al., 2019)

Estudos têm demonstrado que os hospitais correm alto risco de não seguirem os procedimentos, especialmente em situações de emergência que envolvem a admissão de pacientes doentes que necessitam de tratamento imediato. Neste caso, são ambos são utilizados na prática profissional podem ser fontes de contaminação, incluindo termômetros, bisturis, estetoscópios, roupas e canetas. (Oliveira et al., 2020).

Considerando esses fatores, a higienização das mãos é uma técnica importante em situações de crise e emergência, pois as mãos dos profissionais de saúde podem atuar como portadoras de transmissão de patógenos. A promoção de uma cultura especial de higiene através de instalações de higiene bem localizadas pode desempenhar um papel importante na prevenção de doenças. O uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, máscaras faciais e aventais, também é importante para proteger os profissionais de saúde da exposição a fluidos corporais contaminados e reduzir o risco de infecção durante o atendimento ao paciente. (Fagundes et al., 2023).

Segundo Drohan (2019), os pacientes devem deixar o pronto-socorro e receber HI. Visitantes e profissionais de saúde devem ser treinados em medidas preventivas, incluindo lavagem das mãos, minimização do contato e uso de equipamentos de proteção individual (EPI). Estas condições devem ser estabelecidas, o principal alvo são os médicos e outros profissionais de saúde, como enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, para que não se tornem um vetor de transmissão do IH entre funcionários do hospital e pacientes ao realizarem procedimentos em sua capacidade.

A comunicação eficaz desempenha um papel importante na prevenção e controle de doenças. Em situações de crise, a comunicação rápida entre múltiplas equipas é essencial para garantir a implementação de medidas de controlo da doença. Informações claras e precisas ajudarão a coordenar as operações, identificar casos suspeitos e isolar os pacientes de forma adequada. Uma colaboração aberta e transparente leva a uma resposta comum, para fortalecer a eficácia das medidas de controle de doenças em situações de crise e emergência (Oliveira; Bustamante; Besen, 2022).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em termos de prevenção e controlo das infeções hospitalares, está estabelecido que a qualidade dos serviços prestados pelos profissionais de saúde tem impacto direto na segurança dos pacientes. O tratamento imediato e imediato pode colocar os pacientes em risco de desenvolver HI. Por esse motivo, é necessária capacitação para que todos os profissionais de saúde compreendam a prevalência das IH.

O uso de EPI, o método de vigilância, a proteção ambiental e a simples higienização das mãos, materiais e equipamentos têm sido muito eficazes na redução do número de casos. Além disso, os melhores resultados exigem atualização constante dos programas, garantindo que a equipe multidisciplinar tenha mais conhecimento e compreensão. Coordenar e gerenciar todos os aspectos do hospital. Isto significa melhores resultados na prevenção e controle de bactérias multirresistentes. Deste ponto de vista, é muito importante ter um programa de controle de infecção hospitalar para melhorar a segurança dos pacientes e de toda a equipe.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO AS, BAPTISTA HSM. Infecção Hospitalar [base de dados na Internet]. [acesso em3nov 2012]. Disponível em:<http://www.cyberenf.50megs.com/infeccao.htm>.

BALSAMO AC, FELLI VEA. Estudo sobre os acidentes de trabalho com exposição aos líquidos corporais humanos em trabalhadores da saúde de um hospital universitário. Rev latino am Enferm.2006;14(3): 346-53.

AMALIONTE MLV. Aprimoramento de recursos humanos para o controle de infecção. In: Fernandes AT, Fernandes MOV, Ribeiro Filho N. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo: Atheneu; 2000. p. 1679-85.

DROHAN, S.E. et al. Incentivizing hospital infection control. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 116, n. 13, p. 6221-6225, 2019.

FAGUNDES, A. P. F. S. et al. Indicadores de infecção relacionados à assistência à saúde em um hospital de urgência e trauma. Rev. Cient. Esc. Estadual Saúde Pública de Goiás “Candido Santiago”, v. 9, n. 9c1, p. 1-14, 2023.

MACHADO A,FERRAZ AAB,FERRAZ E,ARRUDA E,NOBRE J,KONKEWICZ LR, et al. Prevenção da Infecção Hospitalar [Internet]. [acesso em 23nov 2012]. 2001. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/065.pdf.

OLIVEIRA, R. D.; BUSTAMANTE, P. F. O.; BESEN, B. A. M. P. Infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil: precisamos de mais do que colaboração. Rev. Bras. Ter. Intensiva. v. 34, n. 3, p. 313-315, 2022.

OUZZANI, M. et al. Rayyan—a web and mobile app for systematic reviews. Syst Rev, v. 5, n. 210, p. 1-10, 2016.

SANTOS, C. M. C.; PIMENTA, C. A. M.; NOBRE, M. R. C. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 15, n.3, p. 508–511, jun. 2007.


1 Discente do Curso Superior em Enfermagem do Centro Universitário Fametro, Manaus – Amazonas, e-mail: maddunascimento319@gmail.com

2 Discente do Curso Superior em Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Maranhão, Caxias – MA, e-mail: mvasmarcos04@gmail.com

3 Enfermeira – Especialista em Vigilância e Cuidado em Saúde no Enfrentamento da COVID-19 e de outras Doenças Virais pela Fiocruz, Brasília/DF, e-mail: enf.anaclaudia@hotmail.com

4 Discente do Curso em Medicina pela Universidade da Cidade de São Paulo (Unicid) – São Paulo – SP, e-mail: victorialeite28@gmail.com

5Discente do Curso Superior em Medicina pela UNIMA AFYA, Maceió – AL, e-mail: melro.bia@outlook.com

6 Discente do Curso Superior em Medicina pela Faculdade Nova Esperança. Mossoró/RN, e-mail: alyssonfellipe@gmail.com

7 Médico pelo Centro Universitário UniFacid, Teresina – Piauí, e-mail: sauloemb@hotmail.com

8 Enfermeira –  Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. CHC-UFPR/ EBSERH, e-mail: ligia.ribeiro@hc.ufpr.br

9 Discente do Curso Superior em Medicina – Centro Universitário CESMAC, Maceió – A, e-mail: ana_klivia@hotmail.com

10 Médico Pediatra pelo Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (UFAL), Maceió – AL e-mail: fabioguiilherme@gmail.com