ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES ACAMADOS: O PAPEL DA ENFERMAGEM

PRESSURE INJURY PREVENTION STRATEGIES IN BEED-BED PATIENTS: THE ROLE OF NURSING

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202410312240


Alison da Silva Pereira1;
Evelyn Nunes Mendes1;
Caroliny Medeiros de Souza1


RESUMO

As lesões por pressão (LPP) representam um grave problema de saúde pública que afeta pacientes acamados, especialmente em ambientes hospitalares, podendo ocasionar complicações como infecções e necrose tecidual. Este artigo tem como objetivo propor a implementação de estratégias de prevenção de LPP em pacientes acamados, com foco no papel da enfermagem, a pesquisa visa identificar práticas eficazes de prevenção, como mudanças de decúbito, avaliação de risco e uso de dispositivos de alívio de pressão. A metodologia adotada foi uma revisão bibliográfica de artigos publicados nos últimos dez anos, utilizando bases de dados como PubMed, Scielo e LILACS. Os resultados esperados incluem a redução da incidência de LPP, melhoria da qualidade do cuidado de enfermagem e a promoção de protocolos preventivos embasados em evidências científicas. Conclui-se que a adoção rigorosa dessas estratégias poderá contribuir significativamente para a melhoria da saúde dos pacientes e otimização dos recursos hospitalares. As principais estratégias identificadas incluem a mudança de decúbito, o uso de dispositivos de alívio de pressão e a avaliação de risco. Esperamos que, com esse manejo, haja uma redução significativa na incidência de LPP, melhorando a qualidade do cuidado de enfermagem e promovendo a saúde dos pacientes.

Palavras-chaves: Lesão por pressão; Prevenção; Enfermagem.

ABSTRACT

Pressure injuries (PPI) represent a serious public health problem that affects bedridden patients, especially in hospital environments, and can cause complications such as infections and tissue necrosis. This article aims to propose the implementation of PI prevention strategies in bedridden patients, focusing on the role of nursing. The research aims to identify effective prevention practices, such as position changes, risk assessment and use of pressure relief devices. The methodology adopted was a bibliographic review of articles published in the last ten years, using databases such as PubMed, Scielo and LILACS. Expected results include reducing the incidence of PPL, improving the quality of nursing care and promoting preventive protocols based on scientific evidence. It is concluded that the rigorous adoption of these strategies could significantly contribute to improving patient health and optimizing hospital resources. The main strategies identified include changing position, using pressure relief devices and risk assessment. It is concluded that this management significantly reduces the incidence of LPP, improving the quality of nursing care and promoting patient health.

Keywords: Pressure injury; Prevention; Nursing.

1 INTRODUÇÃO

As lesões por pressão (LPP), representam um sério problema de saúde pública que afetam pacientes acamados, especialmente em ambientes hospitalares. Essas lesões, causadas pela pressão contínua em áreas específicas do corpo, podem gerar complicações graves, como infecções e necrose tecidual, aumentando significativamente o tempo de internação e os custos hospitalares. De acordo com a literatura atual, a prevalência de LPP em pacientes hospitalizados varia de 5% a 15%, dependendo do tipo de instituição, dos protocolos de prevenção adotados e da condição clínica do paciente. A enfermagem, por sua proximidade constante com o paciente, desempenha um papel fundamental na implementação de estratégias preventivas que minimizem o risco de desenvolvimento dessas lesões. 

O presente artigo tem como objetivo propor a implementação de estratégias de prevenção de lesão por pressão (LPP) em pacientes acamados nos setores hospitalares, com base em uma revisão bibliográfica de estudos relevantes. A pesquisa delimita-se ao papel da enfermagem, uma vez que os profissionais dessa área são os principais responsáveis pelo cuidado direto e contínuo com os pacientes acamados. A abordagem utilizada foca nas práticas atuais, intervenções baseadas em evidências e recomendações para a prevenção de LPP, com ênfase em estratégias como mudanças de decúbito, avaliação do risco por escalas específicas e o uso de dispositivos de alívio de pressão. 

O problema a ser investigado refere-se à alta prevalência de lesões por pressão em pacientes acamados, que permanece um desafio clínico significativo, apesar do avanço em protocolos e tecnologias de prevenção. Pesquisas indicam que as LPP ainda estão associadas a uma morbidade considerável, impactando diretamente a qualidade de vida do paciente e elevando os custos hospitalares. Nesse contexto, a questão central que este estudo busca responder é: de que maneira a implementação de estratégias baseadas em evidências pode contribuir para a redução de lesões por pressão em pacientes acamados sob os cuidados da equipe de enfermagem?

Dentre os objetivos específicos desta pesquisa, destacam-se: identificar as principais estratégias de prevenção de LPP recomendadas na literatura, avaliar a eficácia dessas intervenções no contexto hospitalar, e propor um plano de ação para a implementação dessas estratégias pela equipe de enfermagem. Como hipótese, presume-se que a adoção rigorosa de protocolos preventivos baseados em evidências científicas possa reduzir significativamente a incidência de LPP em pacientes acamados.

A justificativa deste estudo está embasada na relevância clínica e social do tema, uma vez que as lesões por pressão podem ser evitáveis em grande parte dos casos através de medidas preventivas adequadas. Além disso, as LPP estão associadas a complicações que afetam diretamente a recuperação do paciente, aumentam a carga de trabalho da equipe de enfermagem e elevam os custos hospitalares. Portanto, ao propor estratégias eficazes de prevenção, esta pesquisa pretende contribuir para a melhoria da qualidade do cuidado de enfermagem, beneficiando tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde.

A metodologia adotada para o desenvolvimento deste trabalho baseia-se em uma revisão bibliográfica de artigos científicos publicados nos últimos dez anos. Foram selecionadas bases de dados como PubMed, Scielo e LILACS, utilizando-se palavras-chave como “lesão por pressão”, “prevenção” e “enfermagem”. O levantamento bibliográfico permitiu identificar as práticas mais recentes e eficazes de prevenção de LPP, assim como os desafios enfrentados pela equipe de enfermagem na implementação dessas intervenções. O trabalho será dividido em três partes: a primeira abordará o conceito e a fisiopatologia das lesões por pressão; a segunda discutirá as estratégias de prevenção com foco na atuação da enfermagem; e a terceira proporá um plano de implementação dessas práticas nos setores hospitalares.

Dessa forma, espera-se que os resultados desta pesquisa possam servir como base para a reformulação de práticas hospitalares e a criação de protocolos mais eficazes de prevenção de LPP. Além disso, o estudo poderá contribuir para a conscientização da equipe de enfermagem sobre a importância de intervenções preventivas contínuas e embasadas em evidências científicas, promovendo a saúde e bem-estar dos pacientes acamados.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As lesões por pressão (LPP) são áreas de necrose tecidual causadas pela compressão prolongada, afetando principalmente pacientes com mobilidade reduzida e representando um desafio significativo na prática clínica. Definidas pela National Pressure Injury Advisory Panel (NPIAP), as LPP variam de estágios I a IV, conforme a gravidade. A prevenção envolve estratégias de alívio de pressão, cuidados com a pele e monitoramento contínuo, mas enfrenta barreiras como falta de recursos, sobrecarga de trabalho e resistência à mudança. Além de impactar negativamente a qualidade do cuidado, as LPP estão associadas a complicações que aumentam os custos hospitalares, tornando essencial a implementação de práticas baseadas em evidências para reduzir sua incidência e melhorar a eficiência dos serviços de saúde.

2.1 Conceito e Fisiopatologia das Lesões por Pressão

As lesões por pressão (LPP) são áreas de necrose tecidual causadas pela compressão prolongada sobre áreas específicas do corpo, geralmente em pacientes com mobilidade reduzida (Nordon et al., 2022). Essas lesões, também conhecidas como úlceras de pressão ou escaras, representam um problema significativo na prática clínica, especialmente em ambientes hospitalares e de cuidados prolongados (Stevens et al., 2023). A compreensão dos mecanismos subjacentes e dos fatores contribuintes para o desenvolvimento das LPP é essencial para implementar estratégias de prevenção e tratamento eficazes.

De acordo com a National Pressure Injury Advisory Panel (NPIAP), as lesões por pressão são definidas como “áreas localizadas de dano na pele e/ou tecido subcutâneo geralmente sobre uma proeminência óssea, resultantes de pressão ou pressão combinada com cisalhamento” (NPIAP, 2020). A classificação das LPP é baseada na profundidade e na gravidade da lesão. A classificação mais utilizada é a da NPIAP, que divide as lesões em estágios, variando desde o estágio I (eritema não blanchável) até o estágio IV (perda tecidual extensa com exposição de estruturas ósseas e musculares). (NPIAP, 2020)

As lesões por pressão resultam de uma complexa interação entre fatores mecânicos e biológicos. O principal mecanismo é a compressão dos tecidos entre um osso e uma superfície dura, o que leva à interrupção da circulação sanguínea local e à isquemia (Jones et al., 2021). A pressão contínua reduz o fluxo sanguíneo local, resultando em hipoxia tecidual, acúmulo de produtos de degradação celular e, eventualmente, necrose. (Wu et al., 2022)

As lesões são mais comuns em pacientes acamados ou com mobilidade reduzida, principalmente em regiões como o sacro, quadris, calcanhares e ombros. Além disso, fatores como desnutrição, umidade, idade avançada e comorbidades aumentam o risco de desenvolvimento dessas lesões (Santos et al., 2020).

A prevenção das LPP é uma preocupação central na assistência de enfermagem, uma vez que a identificação precoce de fatores de risco pode evitar danos graves ao paciente. O conhecimento da fisiopatologia dessas lesões é fundamental para a implementação de intervenções eficazes. O papel da enfermagem na prevenção dessas lesões envolve tanto medidas diretas, como a mobilização do paciente, quanto indiretas, como a avaliação nutricional e a promoção da educação do paciente e da equipe. (Silva et al., 2019)

Além da pressão, o cisalhamento também desempenha um papel crítico. O cisalhamento ocorre quando as forças de deslizamento deslocam a pele e o tecido subcutâneo em relação aos planos subjacentes, o que pode comprometer a integridade dos vasos sanguíneos e aumentar o risco de desenvolvimento de LPP (Brown et al., 2023). A combinação de pressão e cisalhamento pode levar a danos mais profundos e mais extensos nos tecidos, tornando o tratamento e a prevenção mais desafiadores.

Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento das lesões por pressão. O estado nutricional é um fator crítico; a desnutrição e a deficiência de proteínas e micronutrientes podem enfraquecer a integridade da pele e diminuir a capacidade do organismo de reparar tecidos danificados (Hunter et al., 2022). A umidade excessiva, devido à incontinência ou a secreções, também pode comprometer a barreira cutânea e aumentar o risco de lesões (Clark et al., 2023).

A mobilidade reduzida, comum em pacientes acamados ou com mobilidade limitada, é outro fator importante. A falta de mudança de posição pode resultar em pressão prolongada sobre áreas vulneráveis, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de LPP (Anderson et al., 2023). Outras condições clínicas, como diabetes e doenças vasculares, podem prejudicar a circulação e a cicatrização, contribuindo para a formação de lesões por pressão. (Martin et al., 2022)

As lesões por pressão têm um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e podem levar a complicações graves, como infecções e sepses (Smith et al., 2023). Além do sofrimento físico, as LPP estão associadas a aumentos nos custos de tratamento e prolongamento da hospitalização (Wilson et al., 2022). As estratégias de prevenção e manejo eficazes são, portanto, cruciais para melhorar os resultados clínicos e reduzir os custos associados.

As lesões por pressão (LPP) emergem como um problema crítico no contexto da saúde, especialmente em pacientes com mobilidade comprometida. A incidência dessas lesões pode ser diminuída significativamente por meio de intervenções preventivas adequadas, que envolvem tanto a educação da equipe de saúde quanto a conscientização dos pacientes e seus familiares sobre a importância da movimentação regular. A mobilização frequente é um fator essencial na prevenção das LPP, pois a variação de posições ajuda a redistribuir a pressão sobre a pele, evitando o comprometimento vascular e a isquemia.

Além disso, a utilização de superfícies adequadas, como colchões e almofadas projetadas para redistribuir a pressão, é uma estratégia efetiva que deve ser incorporada nos cuidados diários. Essas superfícies ajudam a minimizar o impacto da pressão e do cisalhamento, que são fatores críticos no desenvolvimento das lesões. As avaliações periódicas da pele, realizadas por profissionais de saúde, são fundamentais para a detecção precoce de alterações que possam preceder o surgimento de LPP, permitindo intervenções imediatas.

Os cuidados nutricionais também desempenham um papel vital na prevenção. A nutrição adequada é crucial para manter a integridade da pele e apoiar os processos de cicatrização. A implementação de um plano alimentar balanceado, que inclua proteínas e micronutrientes essenciais, pode fortalecer a barreira cutânea e reduzir a vulnerabilidade a lesões.

Por fim, a promoção de um ambiente de cuidados que priorize a segurança e o conforto do paciente pode fazer uma diferença significativa. A formação contínua da equipe de enfermagem sobre as melhores práticas de cuidado e a criação de protocolos de prevenção são medidas que não apenas beneficiam os pacientes, mas também contribuem para a eficiência dos serviços de saúde, reduzindo custos associados ao tratamento de complicações resultantes das lesões por pressão. Em última análise, uma abordagem integrada e multidisciplinar é essencial para combater esse desafio na assistência à saúde.

2.2 Estratégias de Prevenção de Lesões por Pressão

A prevenção das lesões por pressão (LPP) exige uma abordagem multidisciplinar, na qual a enfermagem desempenha um papel crucial na implementação de estratégias para reduzir a incidência dessas lesões. As estratégias podem ser classificadas em três categorias principais: medidas de alívio de pressão, cuidados com a pele e monitoramento contínuo do estado do paciente.

As principais estratégias para alívio de pressão incluem a mudança de decúbito e o uso de superfícies de suporte especializadas. A mudança de decúbito deve ser realizada em intervalos regulares, preferencialmente a cada duas horas, para redistribuir a pressão nas áreas suscetíveis. Estudos indicam que o reposicionamento frequente é eficaz para reduzir a incidência de LPP em pacientes de alto risco, especialmente quando combinado com o uso de colchões e almofadas de espuma de alta densidade, que promovem a redistribuição uniforme da pressão. (Carvalho et al., 2021)

Superfícies de suporte, como colchões e almofadas, são projetadas para reduzir a pressão nas áreas vulneráveis. Existem diferentes tipos de superfícies, incluindo colchões de ar alternante, que redistribuem a pressão através da variação constante das áreas de apoio, e colchões de espuma viscoelástica, que se moldam ao corpo do paciente e diminuem o risco de LPP. A escolha adequada dessas superfícies deve ser baseada na avaliação de risco individualizada de cada paciente. (Moura et al., 2022)

A integridade da pele é fundamental na prevenção de LPP. A enfermagem deve adotar práticas que preservem a hidratação e a saúde da pele, como o uso de hidratantes e barreiras cutâneas em áreas vulneráveis, especialmente em pacientes com incontinência. A umidade prolongada, causada por incontinência ou sudorese, pode macerar a pele, tornando-a mais suscetível ao desenvolvimento de LPP. Portanto, o uso de produtos que formam uma barreira protetora, como cremes à base de óxido de zinco, é recomendado para prevenir a maceração e o desenvolvimento de lesões. (Alves et al., 2020)

A higiene adequada é igualmente importante. A limpeza regular, especialmente após episódios de incontinência, deve ser feita com produtos suaves que não agridam a pele. O uso de produtos que restauram o pH fisiológico da pele pode ajudar a prevenir irritações. Além disso, o ambiente do paciente deve ser monitorado para garantir que os lençóis e a roupa de cama permaneçam limpos e secos, evitando atrito desnecessário e acúmulo de umidade. (Nogueira et al., 2021)

A avaliação contínua do paciente e o uso de ferramentas de avaliação de risco, como a escala de Braden, são essenciais para a prevenção de LPP. A escala de Braden avalia fatores como mobilidade, umidade, atividade, nutrição, fricção e cisalhamento, permitindo que os profissionais de enfermagem identifiquem precocemente os pacientes com maior risco de desenvolver lesões. Uma pontuação baixa na escala indica um alto risco, exigindo intervenções preventivas mais intensivas. (Braden et al., 2021)

O monitoramento regular do estado da pele, especialmente nas áreas de maior risco, também é crucial. Inspeções diárias devem ser realizadas para identificar sinais precoces de LPP, como vermelhidão persistente, calor local ou endurecimento da pele. A intervenção imediata pode impedir a progressão da lesão para estágios mais graves, como úlceras profundas ou necrose tecidual. (Oliveira et al., 2022)

A implementação de estratégias de prevenção de LPP nos hospitais requer um planejamento cuidadoso e a colaboração entre os membros da equipe de saúde. As políticas hospitalares devem incluir protocolos claros de prevenção, que sejam compreendidos e seguidos por todos os profissionais envolvidos no cuidado do paciente. A criação de comitês específicos para a prevenção de LPP e a realização de auditorias regulares são medidas que podem garantir a adesão às práticas recomendadas. (Ferreira et al., 2019)

Além disso, a educação continuada dos profissionais de saúde, incluindo treinamentos regulares sobre melhores práticas de prevenção, é crucial para o sucesso das estratégias implementadas. Estudos demonstram que programas educativos reduzem significativamente a incidência de LPP, especialmente quando acompanhados por auditorias e feedback contínuo sobre o desempenho da equipe de enfermagem. (Martins et al., 2020)

A gestão dos recursos materiais e humanos também é um aspecto importante na implementação das estratégias. A disponibilidade de superfícies de suporte adequadas, como colchões de redistribuição de pressão, e a designação de equipes suficientes para garantir a frequência das mudanças de decúbito são fatores que influenciam diretamente a eficácia das intervenções preventivas. (Souza et al., 2021)

O desenvolvimento de estratégias de prevenção de LPP baseadas na atuação da enfermagem é essencial para garantir a qualidade do cuidado prestado a pacientes acamados. Medidas de alívio de pressão, cuidados com a pele e monitoramento contínuo do risco são pilares fundamentais para reduzir a incidência dessas lesões. A implementação eficaz dessas práticas em ambientes hospitalares depende de uma combinação de educação continuada, políticas institucionais claras e recursos adequados, garantindo uma abordagem integral e eficaz na prevenção de lesões por pressão. 

As estratégias de prevenção de lesões por pressão (LPP) devem ser amplas e adaptáveis, levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente. Além das práticas já mencionadas, a sensibilização e o envolvimento dos pacientes e familiares são cruciais. Informar sobre a importância da mobilização e das práticas de autocuidado pode empoderar os pacientes, permitindo que se tornem participantes ativos na prevenção de LPP.

A criação de um ambiente propício para a recuperação é outro aspecto a ser considerado. O controle da temperatura e umidade no ambiente hospitalar pode contribuir para a integridade da pele. Ambientes excessivamente quentes ou úmidos podem levar ao aumento da sudorese e, consequentemente, à maceração da pele. Assim, garantir um ambiente confortável e adequado é uma parte integral da estratégia de prevenção. Além disso, a implementação de tecnologias de monitoramento, como sensores que alertam para a necessidade de mudança de posição, pode ser uma inovação valiosa. Essas tecnologias auxiliam na detecção precoce de pressão prolongada e podem ser particularmente úteis em unidades de terapia intensiva, onde os pacientes estão frequentemente restritos a uma posição.

O desenvolvimento de protocolos padronizados que integrem avaliação de risco, intervenções preventivas e documentação do estado da pele é essencial para a continuidade do cuidado. A documentação adequada permite o acompanhamento da eficácia das estratégias implementadas e a realização de ajustes conforme necessário. Por fim, a promoção de uma cultura de segurança em saúde dentro da instituição, onde a prevenção de LPP é uma prioridade, pode levar a melhores resultados. Isso implica na liderança engajada, no reconhecimento e na recompensa de práticas de excelência em cuidados, além de incentivar a comunicação aberta entre os membros da equipe.

Em suma, a prevenção das LPP requer um compromisso contínuo de todos os envolvidos, com foco na educação, tecnologia, ambiente e cultura organizacional, garantindo que os pacientes recebam o cuidado integral necessário para minimizar o risco de lesões por pressão.

2.3 Desafios na Implementação de Estratégias de Prevenção

Apesar dos avanços nas práticas de prevenção, a implementação eficaz dessas estratégias continua sendo um desafio para a equipe de enfermagem. Entre os principais obstáculos estão a falta de recursos adequados, sobrecarga de trabalho e lacunas na formação profissional. A prevenção é um aspecto central no cuidado em saúde, particularmente no que se refere à promoção do bem-estar e à prevenção de agravos. No entanto, a implementação de estratégias preventivas, especialmente no ambiente hospitalar, enfrenta diversos desafios.

No contexto das lesões por pressão (LPP), que são uma das complicações mais comuns entre pacientes acamados, a implementação eficaz de estratégias preventivas é fundamental. Neste sentido, os profissionais de enfermagem desempenham um papel crucial, mas enfrentam barreiras significativas que dificultam a adoção de práticas baseadas em evidências. Esta seção discute os principais desafios na implementação dessas estratégias preventivas, abordando fatores como formação profissional, condições de trabalho e infraestrutura, assim como resistência à mudança e falta de políticas institucionalizadas.

Um dos principais desafios na implementação de estratégias de prevenção está relacionado à formação inadequada dos profissionais de enfermagem. A prevenção de LPP exige conhecimento especializado sobre cuidados com a pele, manejo de pacientes acamados e técnicas de mobilização. Estudos indicam que muitos profissionais de enfermagem não possuem treinamento adequado para lidar com esses casos de forma preventiva, o que compromete a qualidade da assistência prestada (Ferreira et al., 2019). A deficiência na formação pode estar associada à ausência de conteúdos aprofundados sobre prevenção de LPP nos currículos dos cursos de graduação em enfermagem.

O desenvolvimento contínuo da educação profissional, por meio de treinamentos e cursos de atualização, é essencial para capacitar os enfermeiros a implementar de forma eficaz as estratégias de prevenção. Garcez e Lima (2020) afirmam que as instituições de saúde devem promover programas de educação permanente que enfoquem a prevenção de LPP, integrando o conhecimento teórico à prática cotidiana dos enfermeiros. No entanto, a adesão a esses programas é frequentemente baixa devido à sobrecarga de trabalho e à falta de incentivo institucional.

Embora os profissionais de enfermagem sejam frequentemente treinados em prevenção de LPP, há disparidades no nível de conhecimento e na aplicação prática dessas intervenções. Estudos mostram que programas de educação contínua, alinhados às evidências científicas mais recentes, são essenciais para garantir que a equipe esteja atualizada e possa aplicar as melhores práticas no cuidado diário. (Santos; Costa, 2021)

A disponibilidade de dispositivos de alívio de pressão e materiais adequados nem sempre é garantida em todos os setores hospitalares. Muitas instituições de saúde enfrentam restrições orçamentárias que limitam o acesso a tecnologias e materiais preventivos, como colchões terapêuticos e curativos especiais (Silva; Lima, 2020). Isso compromete a eficácia das estratégias de prevenção.

Outro fator que compromete a implementação de estratégias preventivas de LPP é a precariedade das condições de trabalho e da infraestrutura nos hospitais. Estudos apontam que a escassez de materiais adequados, como colchões ante escaras e dispositivos de alívio de pressão, contribui diretamente para a incidência de LPP em pacientes hospitalizados (Silva et al., 2018). Além disso, a alta carga de trabalho e a falta de recursos humanos dificultam o acompanhamento contínuo dos pacientes acamados, comprometendo a aplicação das estratégias preventivas.

A sobrecarga de trabalho, especialmente em unidades de terapia intensiva e em enfermarias com grande número de pacientes acamados, impede que os profissionais de enfermagem dediquem tempo suficiente à prevenção de LPP (Martins et al., 2020). A alta demanda de tarefas acaba relegando a prevenção a segundo plano, o que aumenta os riscos de complicações para os pacientes. Assim, é necessário investir em melhores condições de trabalho, ampliando as equipes e fornecendo os materiais necessários para que as estratégias preventivas possam ser implementadas de forma eficaz.

A alta carga de trabalho dos enfermeiros, especialmente em setores críticos como a UTI, pode dificultar a execução adequada de mudanças de decúbito e outras intervenções preventivas. A rotatividade da equipe e a falta de profissionais capacitados agravam essa situação, aumentando o risco de ocorrência de LPP (Azevedo; Souza, 2019).

Ainda assim, persiste a resistência à mudança, um fenômeno amplamente observado nas organizações de saúde, e que também se aplica à implementação de novas estratégias de prevenção de LPP. Muitas vezes, os profissionais de enfermagem encontram resistência por parte de outros membros da equipe multidisciplinar ou até mesmo da gestão hospitalar, o que dificulta a adoção de novas práticas preventivas (Rocha et al., 2019). A resistência está frequentemente associada à cultura organizacional, que pode ser rígida e não propensa a inovações.

Além da resistência interna, há também a ausência de políticas claras e estruturadas voltadas à prevenção de LPP. Em muitas instituições, as estratégias de prevenção são abordadas de forma fragmentada, sem a formalização de protocolos clínicos específicos. Para que as estratégias de prevenção sejam realmente eficazes, é necessário que as instituições de saúde implementem políticas que priorizem a prevenção de LPP e ofereçam suporte logístico e administrativo para a execução dessas práticas (Almeida; Castro, 2020).

A implementação de políticas institucionais, que envolvam a criação de protocolos e fluxogramas de cuidado, é fundamental para promover a adesão de toda a equipe às estratégias de prevenção. Além disso, é necessário garantir que as políticas sejam revisadas periodicamente, considerando as novas evidências científicas e as atualizações nas diretrizes de manejo de LPP.

Outro desafio importante na implementação de estratégias de prevenção é a falta de sensibilização e envolvimento dos pacientes e seus familiares. A prevenção de LPP requer um esforço conjunto entre a equipe de enfermagem, os pacientes e seus cuidadores. Quando os pacientes e familiares não estão devidamente informados sobre a importância das medidas preventivas, a adesão às orientações da equipe de saúde pode ser reduzida. (Santos et al., 2021)

Muitos familiares não compreendem a gravidade das LPP e, consequentemente, podem não seguir as orientações de mobilização e mudanças posturais. Além disso, a própria conscientização do paciente é crucial, pois, em alguns casos, eles podem colaborar ativamente na prevenção ao reportar desconforto ou solicitar mudanças de posição. Assim, uma abordagem educativa, que inclua o paciente e seus familiares no processo de prevenção, é fundamental para melhorar a implementação das estratégias preventivas.

Para promover essa sensibilização, as instituições de saúde devem investir em programas de educação direcionados aos pacientes e seus familiares, enfatizando a importância da prevenção de LPP. Esses programas podem incluir palestras, distribuição de materiais educativos e orientação contínua durante a internação do paciente.

Por fim, a ausência de mecanismos eficientes de monitoramento e avaliação de resultados constitui um desafio adicional na implementação de estratégias de prevenção. A eficácia das medidas preventivas de LPP depende de uma avaliação contínua, que permita identificar precocemente a ocorrência de falhas no processo de cuidado. No entanto, muitas instituições de saúde não possuem sistemas de monitoramento adequados para acompanhar a evolução dos pacientes e o impacto das estratégias preventivas implementadas. (Lopes et al., 2022)

O monitoramento das ações preventivas pode ser realizado por meio de auditorias clínicas e do uso de indicadores de qualidade. Esses mecanismos permitem uma análise mais aprofundada da eficácia das estratégias, além de facilitar a identificação de áreas que necessitam de melhorias. Sem esse acompanhamento, é difícil garantir a eficácia a longo prazo das ações preventivas.

A implementação de estratégias de prevenção de lesões por pressão (LPP) enfrenta, além dos desafios já mencionados, a questão da falta de suporte gerencial e da cultura organizacional. A liderança desempenha um papel vital na promoção de um ambiente onde a prevenção de LPP é priorizada. Sem um apoio robusto da gestão, iniciativas de prevenção podem ser negligenciadas, resultando em práticas fragmentadas e ineficazes. Assim, a formação de lideranças comprometidas com a saúde e segurança dos pacientes é crucial para a disseminação de práticas preventivas dentro das instituições.

Outro aspecto a ser considerado é a resistência à utilização de novas tecnologias que possam auxiliar na prevenção das LPP. Embora existam diversas inovações, como dispositivos de monitoramento e colchões de redistribuição de pressão, a adoção dessas tecnologias pode ser dificultada pela falta de familiaridade da equipe com seu funcionamento e benefícios. Programas de capacitação que incluam a apresentação e demonstração dessas ferramentas podem facilitar sua aceitação e uso efetivo no dia a dia.

Além disso, a comunicação dentro da equipe multidisciplinar é fundamental para a eficácia das estratégias de prevenção. A troca de informações entre enfermeiros, médicos, nutricionistas e outros profissionais é essencial para uma abordagem integrada e eficaz. Estabelecer reuniões regulares para discutir casos e revisar protocolos de prevenção pode fortalecer a colaboração entre as equipes e garantir que todos estejam alinhados em relação às melhores práticas.

A personalização das intervenções também é um desafio a ser abordado. Cada paciente apresenta características e necessidades únicas, o que demanda uma abordagem individualizada nas estratégias de prevenção. As equipes devem ser capacitadas a realizar avaliações abrangentes e a adaptar as intervenções de acordo com os fatores de risco específicos de cada paciente.

Por fim, a promoção de uma cultura de feedback e aprendizado contínuo é fundamental. Incentivar os profissionais a relatar experiências, discutir dificuldades e compartilhar sucessos pode criar um ambiente de melhoria constante, permitindo que as equipes de enfermagem se tornem mais proficientes na prevenção de LPP. A implementação dessas estratégias requer um comprometimento coletivo e um esforço contínuo para superar os desafios existentes, promovendo assim um cuidado de qualidade e segurança para os pacientes.

2.4 Impacto das Lesões por Pressão na Qualidade do Cuidado e Custos Hospitalares

Estudos revelam que a prevalência de lesões por pressão (LPP) nos hospitais varia de 4,9% a 12,3% dos pacientes internados, com a maior incidência observada em unidades de cuidados intensivos (Soares, 2019). Essa alta taxa de ocorrência está associada a diversos fatores de risco, incluindo mobilidade reduzida, idade avançada, desnutrição e condições clínicas graves. A Organização Mundial da Saúde (WHO) estima que cerca de 1,3 milhões de pacientes desenvolvem lesões por pressão anualmente no mundo, com um impacto devastador na qualidade de vida e sobrevida dos pacientes hospitalizados. (WHO, 2020)

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) destaca que a taxa de incidência de LPP está diretamente relacionada à qualidade do atendimento prestado, uma vez que muitas dessas lesões são evitáveis com intervenções adequadas de enfermagem (ANVISA, 2021). Portanto, a prevenção de LPP torna-se uma prioridade na segurança do paciente e na melhoria da assistência hospitalar.

O desenvolvimento de LPP é amplamente considerado um indicador da qualidade do cuidado prestado em instituições de saúde. Quando essas lesões ocorrem, elas sugerem uma falha no monitoramento adequado e na implementação de medidas preventivas, resultando em consequências diretas para o bem-estar do paciente. Estudos indicam que pacientes com LPP relatam maiores níveis de dor, desconforto e incapacidade funcional, o que afeta negativamente sua recuperação. (Cunha; Pereira, 2022)

Além disso, a ocorrência de LPP está frequentemente associada a complicações como infecções e necessidade de intervenções cirúrgicas, aumentando a mortalidade hospitalar (Araújo et al., 2019). Essas complicações podem, em muitos casos, ser evitadas por meio de práticas preventivas bem-estabelecidas, como mudanças de decúbito frequentes, uso de superfícies de apoio especializadas e monitoramento contínuo da pele (Lopes; Souza, 2020). Assim, a presença de LPP não apenas agrava a condição do paciente, mas também impacta negativamente a percepção de qualidade do cuidado pela família e equipe de saúde.

As LPP geram um impacto econômico significativo no sistema de saúde. O tratamento dessas lesões requer um uso intensivo de recursos, incluindo tempo de enfermagem, materiais especializados e medicamentos para o controle da dor e infecção. Segundo Costa et al. (2021), o custo médio para o tratamento de uma LPP de estágio III ou IV em uma unidade hospitalar pode variar de R$ 1.500 a R$ 8.000 por paciente, dependendo da gravidade e da duração da internação.

Além disso, os custos indiretos, como aumento do tempo de internação e a necessidade de readmissões hospitalares, são fatores que sobrecarregam ainda mais o orçamento das instituições de saúde. Estudos mostram que pacientes com LPP têm um tempo de internação até três vezes maior em comparação com pacientes sem lesões, resultando em uma maior utilização de leitos e outros recursos hospitalares (Martins et al., 2020). Esses fatores contribuem para o aumento dos custos diretos e indiretos relacionados às LPP, o que exige das instituições hospitalares a implementação de estratégias mais eficazes de prevenção.

A prevenção é a estratégia mais eficaz para mitigar o impacto financeiro e clínico das LPP. A literatura destaca que programas de prevenção adequadamente implementados podem reduzir a incidência de LPP em até 50%, resultando em uma significativa redução dos custos hospitalares (Santos et al., 2018). As práticas de prevenção incluem a capacitação contínua da equipe de enfermagem, monitoramento regular da integridade da pele, uso de tecnologias de suporte, como colchões de redistribuição de pressão, e a implementação de protocolos baseados em evidências. (Souza; Oliveira, 2019)

Um estudo conduzido por Ferreira e Santos (2021) demonstra que a introdução de um protocolo de prevenção de LPP em um hospital de grande porte resultou em uma economia de aproximadamente 30% nos custos relacionados ao tratamento de LPP graves. Essa redução de custos reflete não apenas uma menor necessidade de tratamentos intensivos, mas também a melhora na qualidade de vida dos pacientes e na eficiência operacional dos serviços de saúde.

As LPP também influenciam diretamente os indicadores de desempenho hospitalar, sendo frequentemente utilizadas como métrica para avaliar a qualidade assistencial. Instituições que apresentam altas taxas de LPP enfrentam consequências negativas em termos de reputação e acreditação, pois essas lesões são vistas como evitáveis com cuidados adequados. Dessa forma, a presença de LPP pode prejudicar o status de certificações hospitalares e até resultar em sanções financeiras. (Almeida; Castro, 2020)

Essas lesões representam um desafio clínico não apenas pela gravidade de suas complicações, mas também pelo impacto econômico que causam ao sistema de saúde. Pacientes que desenvolvem LPP tendem a ter estadias hospitalares mais longas, necessitando de cuidados adicionais que aumentam os custos do tratamento (Cunha et al., 2021). O uso de curativos especializados, o tempo adicional dedicado pela equipe de enfermagem e as intervenções médicas para tratar complicações infecciosas elevam significativamente os gastos hospitalares. (Oliveira et al., 2020)

Além disso, têm um efeito direto na qualidade do cuidado prestado. A dor e o desconforto causados pelas úlceras de pressão podem afetar a recuperação geral do paciente, prolongando a convalescença e, em alguns casos, levando a complicações graves, como infecções sistêmicas. Dessa forma, a prevenção efetiva de LPP não só melhora a qualidade de vida do paciente, mas também contribui para a otimização dos recursos hospitalares.

O impacto das lesões por pressão (LPP) na qualidade do cuidado e nos custos hospitalares é um fenômeno complexo, que vai além das questões clínicas, abrangendo também aspectos financeiros e operacionais das instituições de saúde. Além dos custos diretos associados ao tratamento das LPP, que incluem materiais, medicamentos e tempo de enfermagem, os custos indiretos, como o aumento do tempo de internação e a necessidade de cuidados prolongados, representam um ônus significativo para os hospitais. O prolongamento da internação é uma consequência direta das complicações associadas às LPP, que podem exigir intervenções cirúrgicas e tratamentos adicionais, elevando ainda mais os gastos hospitalares.

A literatura aponta que a implementação de estratégias eficazes de prevenção pode resultar em uma redução drástica nas taxas de LPP e, consequentemente, nos custos associados. Por exemplo, o uso de tecnologias assistivas, como colchões de redistribuição de pressão e almofadas, tem demonstrado ser um investimento eficaz para a prevenção, minimizando a incidência de lesões. Um estudo revelou que instituições que adotaram tais tecnologias conseguiram reduzir a prevalência de LPP em até 50%, resultando em economias substanciais no tratamento.

Além disso, a qualidade do cuidado prestado é diretamente afetada pela presença de LPP. Pacientes que desenvolvem essas lesões frequentemente experimentam dor, desconforto e incapacidade funcional, o que pode atrasar sua recuperação e impactar sua satisfação com o atendimento. A percepção negativa sobre a qualidade do cuidado pode afetar não apenas a experiência do paciente, mas também a reputação do hospital, levando a uma diminuição na confiança da comunidade e, potencialmente, a uma redução na demanda por serviços.

Instituições com altas taxas de LPP também enfrentam consequências financeiras, incluindo a possibilidade de sanções em programas de acreditação e reembolso. Muitos sistemas de pagamento vinculam reembolsos à qualidade do atendimento, e a presença de LPP é frequentemente vista como um indicador de falhas na assistência. Portanto, a prevenção não é apenas uma questão de saúde, mas uma estratégia financeira crucial para as instituições de saúde.

Investir na educação contínua da equipe de enfermagem e na implementação de protocolos de prevenção bem estruturados é essencial para mitigar esses impactos. Uma equipe bem treinada é mais capaz de identificar fatores de risco precocemente e aplicar intervenções preventivas, reduzindo a incidência de LPP e melhorando a experiência geral do paciente. Assim, a prevenção das lesões por pressão não só promove a saúde e bem-estar dos pacientes, mas também representa um investimento inteligente em termos de eficiência operacional e sustentabilidade financeira para os serviços de saúde.

3 METODOLOGIA

A metodologia proposta para a pesquisa sobre lesão por pressão em pacientes acamados adotou o metódo dedutivo, partindo de uma revisão bibliográfica para compreender o conhecimento existente sobre as práticas de enfermagem relacionadas à prevenção dessa lesões. A revisão bibliográfica foi importante para podermos analisar os desafios que impedem uma execução de qualidade na assistência a esses paciente, como também, para consolidar uma base teórica para discorrer sobre o tema com clareza, de forma objetiva e centralizada.

As seguintes etapas foram primordiais para a obtenção de resultados satisfatórios, pois envolveu a observação, através de uma abordagem qualitativa, de metódo dedutivo, para posteriomente realizar uma coleta de dados, de documentação indireta contemplando uma pesquisa bibliográfica, por meio de seleção de artigos, revistas e publicações de forma virtual, selecionando estudos de fontes primárias e secundárias, Este estudo foi conduzido por meio de uma revisão bibliográfica sistemática, com base em publicações científicas relevantes sobre estratégias de prevenção de LPP no contexto hospitalar. 

As bases de dados consultadas incluíram PubMed, Scielo e LILACS, utilizandose as palavras-chave “lesão por pressão”, “prevenção” e “enfermagem””. Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos últimos dez anos, estudos disponíveis em texto completo que abordassem diretamente o papel da enfermagem na prevenção de LPP.

Para a análise dos dados, foi utilizado o método de análise de conteúdo, categorizando as principais intervenções preventivas identificadas na literatura, os desafios reportados pelos profissionais de enfermagem e os resultados de eficácia das estratégias implementadas. A análise incluiu tanto estudos qualitativos quanto quantitativos, com ênfase em evidências científicas robustas

Essa coleta de dados especifica foi importante pois permitiu a obtenção de dados relevantes para a pesquisa, sendo possível ainda visualizar e elaborar estratégias para melhoria na assistência da LPP. Com isso, este trabalho teve como finalidade a realização de uma pesquisa com o objetivo explicativo e descritivo, para a obtenção do conhecimento do tema em sua totalidade, realizado por meio de uma revisão da literatura, de abordagem qualitativa, método dedutivo, para que seja possivel compreender a extensão do problema, utilizando a técnica de análise de conteúdo, para que fosse possivel articular detalhadamente os resultados e discussões.  

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As lesões por pressão (LPP) são um problema significativo nos ambientes hospitalares, servindo como indicadores críticos da qualidade assistencial. De acordo com Almeida e Castro (2020), a presença de LPP reflete falhas no manejo e prevenção, resultando em complicações como infecções e aumento do tempo de internação. Nesse sentido, a implementação de indicadores de qualidade, como a taxa de incidência de LPP, torna-se fundamental para monitorar a performance das equipes de saúde, além de permitir ajustes nas práticas clínicas. A capacitação contínua dos profissionais de enfermagem é essencial para garantir a identificação precoce de pacientes em risco e a aplicação de medidas preventivas eficientes.

A equipe de enfermagem desempenha um papel central na prevenção de LPP. Como enfatizado por Alves, Souza e Nunes (2020), práticas como a mudança frequente de decúbito, uso de superfícies de apoio especializadas e hidratação da pele são intervenções-chave para evitar a progressão dessas lesões. Além disso, as abordagens preventivas devem ser individualizadas, considerando as condições clínicas e necessidades específicas de cada paciente, reforçando a importância de uma assistência holística e atenta às particularidades de cada indivíduo.

De forma geral, a literatura também aponta para a importância da educação de pacientes e familiares no processo de prevenção de LPP, como discutido por Santos et al. (2021). Ao engajar o paciente e seus familiares, é possível promover uma cultura de prevenção que extrapola os limites do ambiente hospitalar e estende-se para o cuidado domiciliar, especialmente em pacientes de longa permanência ou em condições de fragilidade extrema.

A utilização de tecnologias para o monitoramento do risco de LPP também se mostrou eficaz. Segundo Anderson e Williams (2023), o uso de sensores de pressão é uma inovação que complementa as práticas tradicionais, oferecendo uma abordagem mais precisa e eficiente. A integração dessas tecnologias no cuidado diário, aliada ao uso de protocolos de prevenção baseados em evidências, garante que toda a equipe de saúde siga diretrizes consistentes e eficazes. A incorporação dessas práticas no dia a dia hospitalar eleva a qualidade do cuidado prestado e minimiza a incidência de lesões por pressão.

As complicações decorrentes das LPP são amplamente documentadas, não só no aspecto físico, mas também no emocional e psicológico dos pacientes. Araújo et al. (2019) ressaltam que, além da dor crônica e da mobilidade reduzida, as LPP podem desencadear infecções graves, resultando, em casos extremos, no óbito. O impacto psicológico dessas lesões não pode ser subestimado, já que a perda de autonomia e o isolamento social são realidades enfrentadas por muitos pacientes acamados. Nesse contexto, o apoio psicológico deve ser uma prioridade no plano de cuidado, integrando a assistência clínica com o bem-estar emocional dos pacientes.

Outro fator crucial para a prevenção de LPP é a existência de protocolos estabelecidos e a capacitação contínua da equipe de enfermagem. Barros et al. (2021) observaram que a ausência de protocolos consistentes é um dos maiores desafios enfrentados pelos hospitais. A implementação de diretrizes claras, baseadas em evidências, associada à educação constante dos profissionais, reduz significativamente a prevalência de lesões. A pesquisa também destaca que fatores como a idade avançada, imobilidade prolongada e desnutrição são diretamente associados ao aumento do risco de desenvolvimento de LPP, reforçando a necessidade de uma avaliação contínua desses elementos.

Uma das ferramentas mais eficazes para a avaliação de risco de LPP é a Escala de Braden, amplamente discutida por Braden, Berman e Snyder (2021). Essa escala é essencial para a identificação precoce de pacientes em risco, permitindo que as equipes de enfermagem implementem intervenções preventivas em tempo hábil. No entanto, os autores advertem que o uso da Escala de Braden deve ser complementado por avaliações clínicas detalhadas, considerando fatores como estado nutricional e condições clínicas gerais. Assim, o uso dessa ferramenta, quando aplicado corretamente e em conjunto com outros métodos de avaliação, garante uma abordagem mais abrangente no cuidado preventivo.

A nutrição é outro aspecto fundamental na prevenção e tratamento de LPP, como discutido por Hunter e Davis (2022). A desnutrição é identificada como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de lesões, e a suplementação nutricional adequada pode acelerar o processo de cicatrização. A colaboração entre equipes de enfermagem e nutricionistas é, portanto, essencial para garantir que os pacientes acamados recebam o suporte necessário para prevenir o desenvolvimento de novas lesões e favorecer a recuperação daqueles já afetados.

Outro aspecto crucial é o impacto das LPP nos custos hospitalares. Segundo Smith e Greene (2023), a prevenção de lesões por pressão não apenas reduz os custos hospitalares, mas também diminui o tempo de internação e as complicações associadas. Este aspecto econômico destaca a importância de investir em estratégias preventivas que, a longo prazo, geram benefícios tanto para o sistema de saúde quanto para a qualidade de vida dos pacientes.

Os resultados obtidos ao longo desta pesquisa corroboram a importância das estratégias preventivas no contexto hospitalar e enfatizam o papel central da enfermagem na execução dessas práticas. A mudança de decúbito regular, por exemplo, continua sendo uma medida simples, mas altamente eficaz na prevenção de LPP, especialmente quando realizada de maneira rigorosa e programada. Contudo, conforme observado por Lima et al. (2019), a sobrecarga de trabalho da equipe de enfermagem pode dificultar a implementação adequada dessas medidas, comprometendo a eficácia das ações preventivas.

Outro ponto crítico identificado é a aplicação das escalas de avaliação de risco. Como mostrado por Carvalho et al. (2019), a utilização dessas ferramentas depende do treinamento adequado da equipe e da existência de protocolos estabelecidos. Em muitos hospitais, a aplicação de escalas como a de Braden não é realizada de forma sistemática, comprometendo a identificação precoce dos pacientes em risco. Isso revela a necessidade de um investimento constante na educação e treinamento dos profissionais de saúde, garantindo que todos os membros da equipe estejam preparados para utilizar essas ferramentas de forma eficaz.

A questão da resistência à mudança e a adesão das equipes de enfermagem aos protocolos de prevenção de LPP também foi evidenciada por Rocha et al. (2019). Eles indicam que, muitas vezes, a dificuldade em implementar práticas preventivas decorre de uma cultura institucional que não prioriza a prevenção de lesões por pressão ou de uma falta de recursos adequados. A pesquisa realizada por Lopes et al. (2022) também aponta para a importância de um monitoramento constante das estratégias preventivas, sugerindo que as instituições de saúde adotem sistemas de auditoria interna que verifiquem a eficácia das práticas preventivas utilizadas.

Por fim, as barreiras enfrentadas pela enfermagem na prevenção de LPP são variadas e incluem desde a falta de recursos materiais adequados, como colchões especializados e dispositivos de alívio de pressão, até a insuficiência de profissionais para a realização de cuidados preventivos contínuos. Ribeiro et al. (2020) destacam que a superação dessas barreiras exige um investimento institucional robusto na capacitação das equipes e na aquisição de tecnologias que possam auxiliar no cuidado diário dos pacientes. A prevenção eficaz de lesões por pressão depende de uma abordagem multidisciplinar e integrada, onde cada profissional, da enfermagem à nutrição, desempenha um papel fundamental na garantia de um cuidado de alta qualidade.

Em conclusão, a prevenção de lesões por pressão exige uma combinação de práticas baseadas em evidências, tecnologias avançadas e capacitação contínua dos profissionais de saúde. As instituições hospitalares devem investir na formação de suas equipes e na implementação de protocolos claros para garantir que todos os pacientes acamados recebam o cuidado preventivo necessário, minimizando a incidência de LPP e melhorando a qualidade do cuidado prestado.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise dos artigos revisados, torna-se evidente que a prevenção de LPP depende de uma abordagem multifacetada que inclui a capacitação da equipe de enfermagem, o uso de ferramentas de avaliação de risco, o monitoramento contínuo das práticas preventivas e o investimento em infraestrutura hospitalar. Além disso, é imprescindível envolver os pacientes e suas famílias no processo de prevenção, garantindo que as estratégias adotadas sejam compreendidas e aplicadas adequadamente.

A deficiência na formação profissional, as condições inadequadas de trabalho, a resistência à mudança, a falta de sensibilização dos pacientes e familiares, e a ausência de mecanismos eficazes de monitoramento são obstáculos significativos. Para superá-los, é necessário um esforço coordenado entre gestores, profissionais de saúde e a comunidade, com vistas à construção de uma cultura organizacional voltada à prevenção e à melhoria da qualidade do cuidado oferecido aos pacientes.

Em conclusão, o impacto das lesões por pressão na qualidade do cuidado e nos custos hospitalares é substancial, tanto no que se refere às complicações associadas ao paciente quanto aos desafios financeiros impostos às instituições de saúde. A implementação de práticas preventivas eficazes e o comprometimento da equipe de enfermagem são essenciais para reduzir esses impactos e melhorar a assistência aos pacientes.

Portanto, ressalta-se que a enfermagem ocupa uma posição de destaque na prevenção e no tratamento das lesões por pressão, sendo fundamental que os profissionais dessa área estejam constantemente atualizados e comprometidos com a aplicação de práticas baseadas em evidências. A implementação de protocolos eficazes, o investimento em capacitação profissional e a promoção de uma cultura institucional voltada para a prevenção são elementos-chave para a redução da incidência de LPP e para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados aos pacientes hospitalizados.

Propomos o fortalecimento da capacitação da equipe de enfermagem e a utilização de ferramentas de avaliação de risco para garantir que as intervenções sejam efetivas e ajustadas conforme necessário, facilitando a identificação de falhas nas práticas de prevenção e prevenindo o aumento na incidência de LPP. Além disso, o investimento em infraestrutura hospitalar é essencial, pois a melhoria das condições de trabalho e a provisão de equipamentos apropriados são fundamentais para a efetiva prevenção dessas lesões. Destaca-se, também, a importância do envolvimento dos pacientes e suas famílias no processo de prevenção.

Por fim, o envolvimento dos pacientes e suas famílias é uma estratégia vital para o sucesso das práticas de prevenção. Quando os pacientes estão bem informados sobre a importância da mobilização e cuidados com a pele, a adesão às intervenções preventivas tende a aumentar. A educação direcionada a pacientes e familiares pode incluir sessões informativas, materiais educativos e discussões sobre a relevância da prevenção de LPP, criando um ambiente colaborativo onde todos os envolvidos estão comprometidos com a saúde e o bem-estar do paciente. Essa abordagem não apenas fortalece as práticas de prevenção, mas também promove um senso de responsabilidade compartilhada, crucial para a manutenção de altos padrões de cuidado.

REFERÊNCIAS

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1Acadêmicos do curso de bacharelado em enfermagem.
E-mail: silva19enfermagem@gmail.com