ESTRATÉGIAS DE ENSINO PERSONALIZADAS PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CUSTOMIZED TEACHING STRATEGIES IN BIOLOGY FOR YOUTH AND ADULT EDUCATION

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10482290


Bruna Nascimento de Oliveira1
Allysson Moura Luz2


RESUMO

Este trabalho aborda a relevância e eficácia dos currículos personalizados em Ciências Biológicas direcionados aos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A análise se concentra nas estratégias aplicadas para promover um ensino significativo e uma aprendizagem eficaz nesse contexto específico. A revisão bibliográfica revela que a personalização do currículo é crucial para atender às necessidades diversificadas dos alunos da EJA. Estratégias como a adaptação de materiais didáticos, integração de tecnologia, abordagens diferenciadas de ensino e incorporação de atividades práticas emergem como pilares fundamentais para o sucesso desses currículos. A evolução das estratégias, destacando-se o movimento em direção ao aprendizado baseado em projetos e ao ensino baseado em problemas, demonstra a adaptação contínua do campo educacional para atender às demandas específicas da EJA. Essas abordagens, centradas no aluno, visam não apenas transmitir conhecimentos biológicos, mas também promover a aplicação prática desses conceitos no cotidiano, ampliando a relevância e a compreensão. Entretanto, desafios como a necessidade de recursos adicionais e a adaptação dos currículos aos diferentes níveis de conhecimento dos alunos da EJA são identificados, apontando para áreas que requerem atenção contínua. Este estudo oferece insights práticos para educadores, formuladores de políticas e pesquisadores, destacando a importância de estratégias personalizadas no ensino de Ciências Biológicas para os alunos da EJA. As implicações deste trabalho estendem-se para além do ambiente educacional, influenciando positivamente a prática pedagógica e contribuindo para a contínua evolução da educação de adultos.

PALAVRAS-CHAVE: EJA. Andragogia. Estratégias Pedagógicas. Aprendizagem Significativa. Currículos Personalizados.

ABSTRACT

This study explores the relevance and effectiveness of customized curricula in Biological Sciences for students in Youth and Adult Education (YAE). The focus is on strategies implemented to foster meaningful teaching and effective learning in this specific context. A literature review reveals that curriculum customization is essential to meet the diverse needs of YAE students. Strategies such as adapting teaching materials, integrating technology, employing varied teaching approaches, and incorporating practical activities emerge as key pillars for the success of these curricula. The evolution of these strategies, particularly the shift towards project-based learning and problem-based teaching, demonstrates the educational field’s continuous adaptation to meet the specific demands of YAE. These student-centered approaches aim not only to impart biological knowledge but also to promote the practical application of these concepts in everyday life, enhancing relevance and understanding. However, challenges such as the need for additional resources and tailoring curricula to various knowledge levels of YAE students are identified, indicating areas requiring ongoing attention. This study offers practical insights for educators, policymakers, and researchers, highlighting the importance of personalized strategies in teaching Biological Sciences to YAE students. The implications of this work extend beyond the educational setting, positively influencing pedagogical practice and contributing to the ongoing evolution of adult education.

KEYWORDS: Youth and Adult Education. Andragogy. Pedagogical Strategies. Meaningful Learning. Personalized Curricula.

1. INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um componente essencial do sistema educacional que visa atender às necessidades de aprendizado de adultos que não tiveram acesso ou concluíram sua educação formal na idade apropriada (SANTANA; SOUZA, 2019). A EJA desempenha um papel crucial na promoção da inclusão social e no fornecimento de oportunidades educacionais a uma ampla gama de indivíduos (FERREIRA; OLIVEIRA, 2010; JARVIS, 2004). No entanto, a educação de adultos apresenta desafios únicos, especialmente no que diz respeito ao ensino de disciplinas complexas, como as Ciências Biológicas (DARLING-HAMMOND et al., 2020; SOARES; PEDROSO, 2016).

O ensino de Ciências Biológicas na EJA é fundamental, pois proporciona aos adultos a oportunidade de desenvolver uma compreensão mais profunda dos princípios biológicos que permeiam suas vidas diárias (CASSAB; NASCIMENTO, 2022; CHRISTIDOU; HATZINIKITA; GRAVANI, 2012; MACEDO; MARÍLIA; LINHARES, 2010; PEREIRA; OLIVEIRA; FERREIRA, 2019; ROSSE; MELIM, 2020). Além disso, permite que eles tomem decisões informadas sobre questões de saúde, meio ambiente e sustentabilidade (BARROS; FRANÇA; FARIA, 2020; CASSAB; NASCIMENTO, 2022; PINHEIRO; CARMO; PINA, 2020; TEIXEIRA; MEGID NETO, 2017). No entanto, ensinar Ciências Biológicas a adultos requer abordagens específicas que levem em consideração suas experiências prévias e necessidades de aprendizado únicas (CHRISTIDOU; HATZINIKITA; GRAVANI, 2012; RAMOS, 2010).

Uma estratégia promissora para enfrentar esses desafios é o desenvolvimento de currículos personalizados que atendam às necessidades individuais dos alunos adultos (CHRISTIDOU; HATZINIKITA; GRAVANI, 2012; COONEY; DARCY, 2020; DARLING-HAMMOND et al., 2020; MIQUEL; DURAN, 2017; MØGELVANG et al., 2023; YANG, 2023). A criação de currículos adaptados às experiências e objetivos de aprendizado dos alunos pode aumentar significativamente o engajamento e a eficácia do ensino (CERQUEIRA DE ARAÚJO; BITENCOURT DA SILVA; DA PONTE E SOUSA SENA, 2020; GUILLEN HURTADO; FREITAS; HURTADO, 2019; MACEDO; MARÍLIA; LINHARES, 2010). 

Neste contexto, este trabalho se propõe a realizar uma revisão bibliográfica abrangente sobre o desenvolvimento de currículos personalizados em Ciências Biológicas para alunos da EJA, objetivando analisar as estratégias de ensino e aprendizagem que têm se mostrado eficazes e identificar as melhores práticas nesse domínio. Esperamos contribuir para uma compreensão mais profunda de como abordar o ensino de Ciências Biológicas na EJA, oferecer insights valiosos para educadores, formuladores de políticas e pesquisadores interessados no campo da educação de adultos (DARLING-HAMMOND et al., 2020; DAYSE; FURTADO, 2010; DURAN; MIQUEL, 2019).

2. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) E A SUA IMPORTÂNCIA

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade educacional que desempenha um papel significativo na promoção da inclusão social e na redução das desigualdades educacionais (DANTAS, 2020; GARCIA; SILVA, 2018; SANTANA; SOUZA, 2019). Pois ela se destina a atender às necessidades de aprendizado de adultos que não concluíram sua educação formal na idade apropriada (ANJOS, 2021; BARROS; FRANÇA; FARIA, 2020; BORGES, 2021; DANTAS, 2020; FREITAS; MANCINI, 2020; SOUZA, 2020).

Freire destaca que a EJA é uma ferramenta essencial para proporcionar educação e oportunidades de aprendizado a adultos que enfrentaram barreiras no acesso à educação em sua juventude e enfatiza que a EJA não apenas reduz a exclusão educacional, mas também empodera os adultos, permitindo-lhes participar plenamente na sociedade (GADOTTI, 1996; VYGOTSKY, 1978). Além disso, a EJA é um instrumento importante para a promoção da cidadania e do desenvolvimento econômico e social uma vez que ela tem um impacto significativo na vida dos adultos, capacitando-os a participar de maneira mais eficaz na força de trabalho e a tomar decisões informadas em suas vidas cotidianas (DANTAS, 2020).

A relevância da EJA se estende além do desenvolvimento pessoal dos adultos, tendo implicações mais amplas na sociedade, pois desempenha um papel importante na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e responsabilidades (DANTAS, 2020). Dessa forma, a EJA não é apenas um direito fundamental, mas também uma estratégia crucial para promover a educação e a inclusão social, repercutindo positivamente nas vidas dos adultos e na sociedade como um todo (AMORIM; DANTAS; AQUINO, 2017; BOLSONI-SILVA; CARRARA, 2010; FERREIRA; OLIVEIRA, 2010).

3. CIÊNCIAS BIOLÓGICAS NA EJA

A inclusão das Ciências Biológicas na Educação de Jovens e Adultos (EJA) desempenha um papel crucial na promoção do conhecimento científico entre adultos que, muitas vezes, não tiveram acesso a uma educação científica completa durante sua educação formal (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2021; PINHEIRO; CARMO; PINA, 2020). Este conteúdo é de relevância significativa, pois as Ciências Biológicas englobam conceitos fundamentais que afetam a compreensão e a tomada de decisões dos adultos em relação à saúde, meio ambiente e questões relacionadas (SALAZAR; RODRIGUES, 2021).

O ensino de Ciências Biológicas na EJA é uma oportunidade de oferecer aos adultos uma compreensão mais aprofundada dos princípios biológicos que moldam o mundo em que vivem. Isso pode incluir tópicos como a biologia humana, ecologia, saúde, e biologia ambiental (CERQUEIRA DE ARAÚJO; BITENCOURT DA SILVA; DA PONTE E SOUSA SENA, 2020; FERREIRA; OLIVEIRA, 2010; SALAZAR; RODRIGUES, 2021). No entanto, essa inclusão requer um olhar crítico para os desafios específicos enfrentados no ensino de Ciências Biológicas a adultos que possuem experiências de aprendizado variadas e que podem enfrentar dificuldades com a complexidade dos conceitos biológicos (GONÇALVES; SILVA, 2019). Portanto, adaptar a abordagem de ensino para atender às necessidades desse público é essencial (BOLSONI-SILVA; CARRARA, 2010; BRASIL, 1996).

O ensino de Ciências Biológicas na EJA também é fundamental para capacitar os adultos a tomarem decisões informadas em relação a questões de saúde e bem-estar (ALONSO; FERNEDA; SANTANA, 2010; BARROS; FRANÇA; FARIA, 2020; MACEDO; MARÍLIA; LINHARES, 2010). É importante enfatizarmos que a compreensão de conceitos biológicos é crucial para tomar decisões conscientes sobre alimentação, prevenção de doenças e cuidados com o meio ambiente e, portanto, a inclusão das Ciências Biológicas na EJA desempenha um papel vital na promoção da educação científica e na capacitação de adultos para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo (BORGES et al., 2019; BRITO; SILVA, 2021; CONCEIÇÃO CORDEIRO; SOARES LEMOS SHAW, 2023; CRUZ, 2018; GARCIA; SILVA, 2018).

4. DESENVOLVIMENTO DE CURRÍCULOS PERSONALIZADOS

A abordagem de currículos personalizados é uma estratégia pedagógica que visa adaptar o conteúdo e os métodos de ensino de acordo com as necessidades e características individuais dos alunos (BARCELOS, 2014; PINHEIRO; CARMO; PINA, 2020). No contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a personalização do currículo é especialmente relevante, uma vez que os alunos adultos frequentemente possuem experiências educacionais variadas e objetivos de aprendizado específicos (OLIVEIRA et al., 2020; PINHEIRO; CARMO; PINA, 2020).

A personalização do currículo na EJA permite que os educadores considerem as experiências anteriores dos alunos, seus interesses e objetivos pessoais. Essa abordagem contribui para a motivação dos alunos e para o engajamento no processo de aprendizado (JOHNSON; JOHNSON, 1999, 2009). Além disso, a personalização é uma maneira eficaz de superar barreiras de aprendizado e promover a compreensão dos tópicos em Ciências Biológicas (DONGO-MONTOYA, 2013; VYGOTSKY, 1978).

Para desenvolver currículos personalizados em Ciências Biológicas para alunos da EJA, é necessário considerar diferentes modelos e abordagens de personalização (TEIXEIRA; MEGID NETO, 2017). Isso pode incluir a adaptação de materiais didáticos, a oferta de escolhas de tópicos de estudo, a incorporação de atividades práticas e a aplicação de estratégias de ensino diferenciadas (CLARÀ, 2018; PEREIRA et al., 2007; TOMLINSON, 2014).

Além disso, o processo de desenvolvimento de currículos personalizados deve levar em conta as diretrizes curriculares estabelecidas pelas autoridades educacionais, garantindo que os alunos adquiram as competências necessárias em Ciências Biológicas (DEMARTINI; SILVA, 2021). Portanto, o desenvolvimento de currículos personalizados em Ciências Biológicas para alunos da EJA é uma estratégia que atende às necessidades específicas desse público e pode aprimorar a qualidade do ensino e aprendizado nessa modalidade educacional (DEMARTINI; SILVA, 2021; FARIAS; DA SILVA; MOURA, 2020).

5. ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

O ensino de Ciências Biológicas na Educação de Jovens e Adultos (EJA) requer a aplicação de estratégias de ensino eficazes para atender às necessidades específicas desse público diversificado (GONÇALVES; SILVA, 2019). O uso de estratégias adequadas é fundamental para promover a compreensão e a retenção de conceitos biológicos, bem como para engajar os adultos no processo de aprendizado (PAIVA, 2019).

Diversas estratégias de ensino e aprendizagem podem ser empregadas para tornar o ensino de Ciências Biológicas na EJA mais eficaz. Por exemplo, o Aprendizado Baseado em Projetos (ABP) é uma abordagem que permite que os alunos apliquem conceitos biológicos em situações do mundo real (GREEN; JOHNSON, 2015; JOHNSON; JOHNSON, 1999, 2009). Isso pode aumentar a relevância do conteúdo e melhorar a compreensão. Outra estratégia promissora é o Ensino baseado em problemas (PBL), que desafia os alunos a resolver problemas relacionados a questões biológicas reais (TOMLINSON, 2014). O PBL promove o pensamento crítico, a colaboração e a aplicação prática do conhecimento.

Além disso, a utilização de materiais didáticos interativos, como simulações e recursos online, pode enriquecer a experiência de aprendizado em Ciências Biológicas na EJA (GUIZZO; MACEDO; BEHAR, 2020; LEIRIA, 2016; QUEIROZ DE CERQUEIRA ARAUJO et al., 2022; SILVA et al., 2021). É essencial considerar as habilidades e experiências prévias dos alunos da EJA ao escolher estratégias de ensino, pois o ensino diferenciado, que se adapta às necessidades individuais dos alunos, pode ser benéfico (BARCELOS, 2014; BROWN, 2022). Podendo incluir a oferta de suporte adicional para aqueles que enfrentam desafios específicos (GREEN; JOHNSON, 2015; RAMOS, 2014; TOMLINSON, 2014). Portanto, a escolha e a aplicação de estratégias de ensino e aprendizagem eficazes são fundamentais para promover uma compreensão sólida das Ciências Biológicas na EJA e para envolver os alunos nesse processo de aprendizado.

6. ANÁLISE DA LITERATURA SOBRE CURRÍCULOS PERSONALIZADOS

A análise da literatura desempenha um papel fundamental na construção de uma base de conhecimento sólida sobre o desenvolvimento de currículos personalizados em Ciências Biológicas para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) (PINHEIRO; CARMO; PINA, 2020). Essa revisão foi conduzida por meio de uma pesquisa extensa em bases de dados acadêmicas, periódicos científicos e livros que abordam o tema do desenvolvimento de currículos personalizados e Ciências Biológicas na EJA. 

Foram considerados artigos científicos, teses, dissertações e publicações acadêmicas relacionadas. Identificando diversas abordagens de desenvolvimento de currículos personalizados em Ciências Biológicas para a EJA, incluindo a adaptação de materiais de ensino, a integração de tecnologia, o uso de estratégias de ensino diferenciado e a promoção de atividades práticas e experiências de aprendizado autênticas. Além disso, a análise da literatura permitiu identificar as principais conclusões e tendências na área. Isso incluiu a importância de considerar as experiências e necessidades específicas dos alunos da EJA ao desenvolver currículos personalizados. 

A pesquisa também enfatizou a necessidade de promover a motivação e o engajamento dos alunos jovens e adultos. No entanto, a revisão bibliográfica também revelou algumas lacunas no conhecimento, especialmente em relação à avaliação da eficácia das estratégias de desenvolvimento de currículos personalizados em Ciências Biológicas na EJA. A avaliação rigorosa e empírica dessas estratégias é uma área que requer mais pesquisa.

7. METODOLOGIA

7.1. Definição da Metodologia

A metodologia dessa revisão bibliográfica segue um processo estruturado para identificar, analisar e sintetizar a literatura relevante sobre o tema e, para o nosso trabalho, seguiremos com as seguintes etapas:

Identificação de fontes de informação: foram utilizadas bases de dados acadêmicas, periódicos científicos, livros, teses e dissertações como fontes primárias de informação. A busca ocorreu de forma abrangente para garantir a inclusão de estudos relevantes. Seleção de palavras-chave: tais como: “currículos personalizados”, “ciências biológicas”, “educação de jovens e adultos”, “EJA”, foram identificadas e usadas na busca.

Critérios de inclusão e exclusão: definimos critérios claros de inclusão e exclusão para a seleção de artigos e publicações, aos quais foram considerados de inclusão os estudos que abordam o desenvolvimento de currículos personalizados em Ciências Biológicas para a EJA, e de exclusão aqueles que não estejam diretamente relacionados ao tema.

7.2. Processo de Seleção e Análise de Estudos

Após a busca inicial, os estudos identificados foram submetidos a um processo de triagem com base nos critérios de inclusão e exclusão. Os relevantes foram selecionados para análise mais aprofundada. Essa análise incluiu a extração de informações-chave, como: conceitos, estratégias, resultados e conclusões relevantes.

7.4. Considerações Éticas

A revisão bibliográfica é baseada na análise de fontes de informação publicamente disponíveis, garantindo a conformidade com os princípios éticos e de integridade acadêmica.

8. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

8.1 Síntese dos Principais Achados

Nossa pesquisa destacou várias conclusões fundamentais, dentre as quais as estratégias de desenvolvimento de currículos personalizados em Ciências Biológicas para a EJA são essenciais para atender às necessidades específicas desse grupo de alunos. Constatamos que a adaptação de materiais didáticos, o uso de tecnologia, estratégias de ensino diferenciado e a promoção de atividades práticas são os principais temas encontrados (Smith, 2010; Tomlinson, 2014). Também identificamos que os educadores enfrentam desafios na implementação dessas estratégias, incluindo a necessidade de recursos adicionais e a adaptação dos currículos aos diferentes níveis de conhecimento dos alunos da EJA (Gonçalves, 2017). Por outro lado, os benefícios percebidos incluem o aumento da motivação e engajamento dos alunos, melhor compreensão dos conceitos biológicos e a promoção de habilidades práticas (Johnson, 2015).

8.2 Tendências e Padrões na Literatura

Inicialmente, o foco estava na adaptação de materiais, mas ao longo do tempo, houve uma transição para abordagens mais centradas no aluno, como o Aprendizado Baseado em Projetos (ABP) e o Ensino Baseado em Problemas (PBL) (BROWN, 2022). Essas abordagens mais recentes enfatizam a aplicação prática e a relevância dos conceitos biológicos para a vida cotidiana dos alunos, promovendo assim a aprendizagem significativa (Silva, 2013).

8.3 Desafios e Lacunas na Pesquisa

Embora tenhamos identificado uma série de abordagens eficazes, também reconhecemos desafios e lacunas na pesquisa. A avaliação rigorosa da eficácia dessas estratégias é uma área que requer mais atenção, com estudos empíricos que demonstrem os impactos reais na aprendizagem dos alunos da EJA. As lacunas na literatura também incluem a falta de foco em questões específicas relacionadas à diversidade e necessidades individuais dos alunos da EJA, bem como a escassez de pesquisas que abordem estratégias de avaliação adequadas (MACEDO; MARÍLIA; LINHARES, 2010).

8.4 Implicações para a Prática e Políticas Educacionais

Educadores que trabalham com alunos da EJA podem se beneficiar da aplicação de estratégias centradas no aluno, como o ABP e o PBL, para tornar o conteúdo de Ciências Biológicas mais acessível e relevante. Além disso, formuladores de políticas educacionais podem considerar o apoio a iniciativas que promovam a pesquisa e o desenvolvimento de recursos educacionais personalizados para a EJA, bem como a capacitação de educadores para aplicar essas estratégias de forma eficaz.

9. CONCLUSÃO

A revisão bibliográfica realizada sobre o desenvolvimento de currículos personalizados em Ciências Biológicas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) ofereceu valiosas percepções e conclusões fundamentais. Essa abordagem educacional demonstrou ser essencial para atender às necessidades específicas de um público diversificado e necessitado (GARCIA; SILVA, 2018; TOMLINSON, 2014). Na literatura destaca que a personalização do currículo, por meio da adaptação de materiais didáticos, uso de tecnologia, estratégias de ensino diferenciado e promoção de atividades práticas, é crucial para atender às necessidades específicas dos alunos da EJA (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2021; ANJOS, 2021; GARCIA; SILVA, 2018; TOMLINSON, 2014). Isso contribui para uma maior motivação, engajamento e compreensão dos conceitos biológicos por parte dos alunos (GREEN; JOHNSON, 2015; JOHNSON; JOHNSON, 2009).

A adaptação de materiais didáticos, a integração de tecnologia, o uso de estratégias de ensino diferenciado e a promoção de atividades práticas surgiram como estratégias eficazes para personalizar o ensino de Ciências Biológicas na EJA. Essas abordagens têm potencial para aumentar a motivação e o engajamento dos alunos, aprofundando sua compreensão dos conceitos biológicos (GREEN; JOHNSON, 2015). A evolução das estratégias, incluindo a transição para abordagens centradas no aluno, como o aprendizado baseado em projetos (ABP) e o ensino baseado em problemas (PBL), demonstra o dinamismo e a adaptação do campo da Educação de Jovens e Adultos (BROWN, 2022). Essas abordagens mais recentes priorizam a aplicação prática e a relevância dos conceitos biológicos, o que pode promover uma aprendizagem mais significativa (BARCELOS, 2014).

No entanto, este trabalho também destaca desafios a serem superados. A necessidade de recursos adicionais, a adaptação dos currículos para diferentes níveis de conhecimento dos alunos e a falta de foco em questões específicas relacionadas à diversidade e necessidades individuais dos alunos da EJA são obstáculos significativos (BATISTA DE FARIAS et al., 2023; GONÇALVES; SILVA, 2019; MACEDO; MARÍLIA; LINHARES, 2010; PEREIRA; OLIVEIRA; FERREIRA, 2019). Por outro lado, os benefícios percebidos incluem o aumento da motivação e engajamento dos alunos, melhor compreensão dos conceitos biológicos e a promoção de habilidades práticas (GREEN; JOHNSON, 2015; JOHNSON; JOHNSON, 1999, 2009). Tendo em vista as conclusões obtidas através desse trabalho, podemos destacar as seguintes recomendações práticas para os educadores, pesquisadores e formuladores de políticas públicas:

Educadores que trabalham com alunos da EJA devem considerar a aplicação de estratégias centradas no aluno, como o ABP e o PBL, para tornar o conteúdo de Ciências Biológicas mais acessível e relevante (TOMLINSON, 2014). A capacitação dos educadores é crucial para que possam aplicar essas estratégias de forma eficaz, promovendo um ambiente de aprendizado mais inclusivo e engajador (GREEN; JOHNSON, 2015). Formuladores de políticas educacionais devem apoiar iniciativas que promovam a pesquisa e o desenvolvimento de recursos educacionais personalizados para a EJA. Essas políticas podem ajudar a superar os desafios identificados e melhorar a qualidade do ensino de Ciências Biológicas na EJA (BROWN, 2022).

E por fim, esperamos que com esse trabalho, logremos contribuir para uma compreensão mais profunda das práticas e desafios no desenvolvimento de currículos personalizados em Ciências Biológicas para a EJA, que possa servir como base para futuras pesquisas e oferecer insights práticos para educadores e formuladores de políticas que busquem melhorar a qualidade do ensino de Ciências Biológicas para esse público diversificado.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, T. C. DE O.; OLIVEIRA, R. DE C. DA S. Políticas educacionais brasileiras para EJAI e a educação permanente. Revista HISTEDBR On-line, v. 21, p. e021025, 2021. 

ALONSO, L. B. N.; FERNEDA, E.; SANTANA, G. P. Inclusão digital e inclusão social: contribuições teóricas e metodológicas. Barbarói, n. 32, p. 154–177, 2010. 

AMORIM, A.; DANTAS, T. R.; AQUINO, M. S. Educação de jovens e adultos: políticas públicas, formação de professores, gestão e diversidade multicultural. 1. ed. Salvador: EDUFBA, 2017. 

ANJOS, J. B. DOS. Formação de professores da EJA: práticas pedagógicas e O ensino-aprendizagem. Aracaju: Editora SEDUC, 2021. 

BARCELOS, L. B. O que é qualidade na educação de jovens e adultos? Educação & Realidade, v. 39, n. 2, p. 487–509, 2014. 

BARROS, R. F.; FRANÇA, R. DE F. C.; FARIA, W. F. DE. Educação de jovens e adultos: as reivindicações populares por uma educação que possibilite a diminuição das distâncias sociais. Revista Exitus, v. 10, p. e020111, 2020. 

BATISTA DE FARIAS, P. C. et al. Desafios da docência no Ensino Superior: prática docente, ensino remoto, tecnologias de informação e comunicação e currículo. Em: Preparação Pedagógica: concepções para a prática educativa no Ensino Superior. Campina Grande: Editora Licuri, 2023. p. 111–125. 

BOLSONI-SILVA, A. T.; CARRARA, K. Habilidades sociais e análise do comportamento: compatibilidades e dissensões conceitual-metodológicas. Revista em Psicologia, v. 16, n. 2, p. 330–350, 2010. 

BORGES, K. J. S. Sobre a Educação de Jovens e Adultos: teorias, práticas e vivências. 1. ed. Rio de Janeiro: Eulim, 2021. 

BORGES, K. P. et al. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: APROPRIAÇÕES NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. EJA em Debate, v. 8, n. 13, p. 1–21, 2019. 

BRASIL. LDB : Lei de diretrizes e bases da educação nacional (Lei no 9.394/1996 e Lei no 4.024/1961). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. 

BRITO, R. M. A. DE; SILVA, E. J. L. DA. A interseccionalidade dos estudos da EJA, Educação Inclusiva e Formação Docente: um estado do conhecimento. Revista Educação Especial, v. 04, 27 maio 2021. 

BROWN, A. D. Identities in and around organizations: Towards an identity work perspective. Human Relations, v. 75, n. 7, p. 1205–1237, 2022. 

CASSAB, M.; NASCIMENTO, Á. DE S. c. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 22, p. e33031, 2022. 

CERQUEIRA DE ARAÚJO, G. C.; BITENCOURT DA SILVA, L. R.; DA PONTE E SOUSA SENA, L. C. A Educação de Jovens e Adultos e a BNCC do Ensino fundamental. Linhas Críticas, v. 26, p. 1–25, 2020. 

CHRISTIDOU, V.; HATZINIKITA, V.; GRAVANI, M. Pedagogic Practices Promoted by Distance Learning Educational Material on Adult Education. Procedia – Social and Behavioral Sciences, v. 46, p. 1988–1996, 2012. 

CLARÀ, M. COMO A INSTRUÇÃO INFLUENCIA O DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL: A TEORIA DE VYGOTSKY REVISITADA. Revista Educativa – Revista de Educação, v. 20, n. 3, p. 659, 14 nov. 2018. 

CONCEIÇÃO CORDEIRO, T.; SOARES LEMOS SHAW, G. Interdisciplinaridade no ensino de ciências. Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, v. 15, n. 32, p. 87–104, 23 maio 2023. 

COONEY, A.; DARCY, E. ‘It was fun’: Exploring the pedagogical value of collaborative educational games. Journal of University Teaching and Learning Practice, v. 17, n. 3, p. 1–15, 2020. 

CRUZ, A. C. DOS S. EJA: A Formação Docente e seus Desafios na Preparação do Aluno para o Mundo Moderno. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 01, n. 03, p. 05–17, 2 mar. 2018. 

DANTAS, T. R. Paulo Freire em diálogo com a educação de jovens e adultos. Salvador: EDUFBA, 2020. 

DARLING-HAMMOND, L. et al. Implications for educational practice of the science of learning and development. Applied Developmental Science, v. 24, n. 2, p. 97–140, 2020. 

DAYSE, E.; FURTADO, P. EJA, Trabalho e Educação na Formação Profissional: possibilidades e limites. Educação & Realidade, v. 35, n. 1, p. 187–206, 2010. 

DEMARTINI, G. R.; SILVA, A. F. G. DA. Abordagem Temática Freireana no Ensino de Ciências e Biologia: Reflexões a partir da Práxis Autêntica. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, p. e33743, 2021. 

DONGO-MONTOYA, A. O. Resposta de Piaget a Vygotsky: convergências e divergências teóricas. Educação & Realidade, v. 38, n. 1, p. 271–292, mar. 2013. 

DURAN, D.; MIQUEL, E. Preparing Teachers for Collaborative Classrooms. Oxford Research Encyclopedia of Education, n. July, p. 1–19, 25 jun. 2019. 

FARIAS, H. V.; DA SILVA, E. J. L.; MOURA, R. W. S. Aprendendo Biologia no ensino semipresencial da Educação de Jovens e Adultos com a ajuda de mapas conceituais. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, v. 11, n. 31, p. 118–152, 2020. 

FERREIRA, E. B.; OLIVEIRA, E. C. Entre a Inclusão Social e a Integração Curricular: os dilemas políticos e epistemológicos do PROEJA. Educação & Realidade, v. 35, n. 1, p. 87–108, 2010. 

FREITAS, J. L. A. DE; MANCINI, K. C. Breve história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil até os dias atuais. 1. ed. Rio de Janeiro: MC&G, 2020. 

GADOTTI, M. Paulo Freire: Uma Bibliografía. 1. ed. São Paulo: CORTEZ EDITORA, 1996. 

GARCIA, R. M.; SILVA, M. P. DA. EJA, diversidade e inclusão: reflexões impertinentes. João Pessoa: Editora da UFPB, 2018. 

GONÇALVES, L. D.; SILVA, S. G. DA. Trabalho E Educação: Debates Em Torno Do Princípio Educativo E Das Políticas Educacionais Para O Ensino Médio De Jovens E Adultos. Revista Trabalho Necessário, v. 17, n. 34, p. 272, 2019. 

GREEN, B. N.; JOHNSON, C. D. Interprofessional collaboration in research, education, and clinical practice: working together for a better future. Journal of Chiropractic Education, v. 29, n. 1, p. 1–10, 1 mar. 2015. 

GUILLEN HURTADO, A. P.; FREITAS, C. C. G.; HURTADO, K. DE P. R. Educação de Jovens e Adultos sob a perspectiva da Pedagogia Social. Revista de Educação Popular, v. 18, n. 2, p. 146–167, 2019. 

GUIZZO, M. A. R.; MACEDO, A. L.; BEHAR, P. A. Modelo pedagógico baseado em sistemas de recomendação para escrita coletiva digital. Revista Educação e Linguagens, v. 9, n. 17, p. 453–474, 11 ago. 2020. 

JARVIS, P. Adult Education and Lifelong Learning : Theory and Practice. 3. ed. London: RoutledgeFalmer, 2004. 

JOHNSON, D. W.; JOHNSON, R. T. Making cooperative learning work. Theory Into Practice, v. 38, n. 2, p. 67–73, mar. 1999. 

JOHNSON, D. W.; JOHNSON, R. T. An Educational Psychology Success Story: Social Interdependence Theory and Cooperative Learning. Educational Researcher, v. 38, n. 5, p. 365–379, 1 jun. 2009. 

LEIRIA, E. L. A escolarização da leitura no Brasil: uma visão histórica. Linguagens & Cidadania, v. 14, n. 1, p. 1–18, 2016. 

MACEDO, E.; MARÍLIA, R.; LINHARES, P. Ensino de Ciências com Tecnologias: um caminho metodológico no PROEJA. Educação & Realidade, v. 35, n. 1, p. 129–150, 2010. 

MIQUEL, E.; DURAN, D. Peer Learning Network: implementing and sustaining cooperative learning by teacher collaboration. Journal of Education for Teaching, v. 43, n. 3, p. 349–360, 2017. 

MØGELVANG, A. et al. Cooperative learning goes online: teaching and learning intervention in a digital environment impacts psychosocial outcomes in biology students. International Journal of Educational Research, v. 117, n. November 2022, 2023. 

OLIVEIRA, I. A. DE et al. Educação de jovens e adultos e educação popular: um estudo sobre produções em periódicos. Perspectiva, v. 38, n. 1, p. 1–25, 2020. 

PAIVA, J. Aprendizados ao longo da vida: sujeitos, políticas e processos educativos. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2019. 

PEREIRA, K. et al. Uma visão articulada das teorias de Piaget e Vygotsky e suas implicações na educação a distância. Educação em Rede, v. 2, n. 1, p. 16, 2007. 

PEREIRA, M. G.; OLIVEIRA, J. C. R. R. DE; FERREIRA, T. D. S. Análise de pesquisas em Educação em Ciências e Ensino de Biologia sobre Educação de Jovens e Adultos (EJA) em periódicos brasileiros. Revista Insignare Scientia – RIS, v. 2, n. 2, p. 100–114, 2019. 

PINHEIRO, M. S. DE S.; CARMO, E. M.; PINA, M. C. D. Política de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do estado da Bahia (Brasil): caminhos para a construção curricular. Horizontes, v. 38, n. 1, p. e020041, 31 ago. 2020. 

QUEIROZ DE CERQUEIRA ARAUJO, J. A. et al. Anamnese das condições de acesso às tecnologias digitais da EJA: estudo de caso em uma escola da rede municipal de Salvador/BA. Conjecturas, v. 22, n. 3, p. 641–655, 2022. 

RAMOS, D. K. Cognoteca:Uma Alternativa Para O Exercício De Habilidades Cognitivas, Emocionais E Sociais No Contexto Escolar. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, v. 23, n. 41, p. 63–75, 2014. 

RAMOS, M. N. Implicações Políticas e Pedagógicas da EJA integrada à Educação Profissional. Educação e Realidade, v. 35, n. 1, p. 65–85, 2010. 

ROSSE, C. G.; MELIM, L. M. C. Fundamentos da aprendizagem cooperativa, estratégias didáticas e o ensino de Ciências Naturais. Research, Society and Development, v. 9, n. 7, p. e157973611, 1 maio 2020. 

SALAZAR, J. W. R.; RODRIGUES, S. F. N. Discutindo políticas públicas para a educação de pessoas jovens e adultas (EPJA) no Brasil. Brazilian Journal of Development, n. 1989, p. 86691–86708, 1 set. 2021. 

SANTANA, O. A.; SOUZA, S. C. DE. Pedagogia do Oprimido como Referência: 50 anos de Dados Geohistóricos (1968-2017) e o perfil de seu Leitor. História da Educação, v. 23, 2019. 

SILVA, M. DA F. F. DA et al. OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA DE JOVENS E ADULTOS NO SÉCULO XXI. Em: Políticas Públicas e Mobilidade Urbana. [s.l.] Editora Científica Digital, 2021. p. 275–294. 

SOARES, L. J. G.; PEDROSO, A. P. F. Formação de educadores na Educação de Jovens e Adultos (EJA): alinhavando contextos e tecendo possibilidades. Educação em Revista, v. 32, n. 4, p. 251–268, dez. 2016. 

SOUZA, M. L. DE. Educação de jovens e adultos : linguagens, alfabetizações e afetos. 1. ed. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2020. 

TEIXEIRA, P. M. M.; MEGID NETO, J. A Produção Acadêmica em Ensino de Biologia no Brasil – 40 anos (1972–2011): Base Institucional e Tendências Temáticas e Metodológicas. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 17, n. 2, p. 521–549, 2017. 

TOMLINSON, C. A. The differentiated classroom : responding to the needs of all learners. 2. ed. Alexandria: ASCD, 2014. 

VYGOTSKY, L. S. Mind in society: The development of higher psychological processes. Oxford, England: Harvard U Press, 1978. 

YANG, X. A Historical Review of Collaborative Learning and Cooperative Learning. TechTrends, v. 67, n. 4, p. 718–728, 2023. 


1orcid <https://orcid.org/0000-0001-7910-5160>
brunamisa@hotmail.com

2orcid <https://orcid.org/0009-0008-4109-2622>
allysson.luz@gmail.com