ESTADOS REACIONAIS DA HANSENÍASE NA AMAZÔNIA OCIDENTAL: REVISÃO INTEGRATIVA

LEPROZY REACTIONS STATES IN THE WESTERN AMAZON: INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102501071613


Giorgia Batlle Lopez Fernandes GOMES1
Camila Cristina Soares De SOUZA2
Bárbara Borges Da Silveira PAZ3
Diogo Mariano HILDEFONSO4
Suyane da Costa OLIVEIRA5


RESUMO: O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa sobre os estados reacionais da hanseníase na Amazônia Ocidental, com ênfase nos desafios de diagnóstico e manejo dessas complicações inflamatórias. Foram analisados 15 estudos publicados entre 2019 e 2023, extraídos das bases de dados BVS, NCBI e LILACS, utilizando os termos “Reações Hansênicas” e “Brasil”. Os resultados revelaram uma alta prevalência de reações tipo I e II em regiões remotas da Amazônia Ocidental, associadas ao diagnóstico tardio da hanseníase, acesso limitado aos serviços de saúde e barreiras culturais. As reações tipo I foram frequentemente ligadas a neuropatias severas, resultando em incapacidades físicas permanentes, enquanto as reações tipo II, caracterizadas por inflamação sistêmica, levaram a deformidades significativas. O estudo destacou os desafios de saúde pública, incluindo a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde, adaptação das políticas públicas às realidades regionais e combate ao estigma relacionado à doença. Conclui-se que estratégias integradas e culturalmente sensíveis são cruciais para melhorar o diagnóstico precoce e o manejo das reações hansênicas, reduzindo assim as complicações graves e melhorando a qualidade de vida dos pacientes na região.

Palavras-chave: Hanseníase. Reações Hansênicas. Amazônia Ocidental. Diagnóstico. Incapacidades.

ABSTRACT: The aim of this study was to conduct an integrative review on leprosy reactional states in the Western Amazon, focusing on the challenges of diagnosing and managing these inflammatory complications. Fifteen studies published between 2019 and 2023 were analyzed, extracted from the BVS, NCBI, and LILACS databases using the descriptors “Leprosy Reactions” and “Brazil.” The results revealed a high prevalence of type I and II reactions in remote regions of the Western Amazon, associated with delayed diagnosis of leprosy, limited access to healthcare services, and cultural barriers. Type I reactions were frequently linked to severe neuropathies, resulting in permanent physical disabilities, while type II reactions, characterized by systemic inflammation, led to significant deformities. The study highlighted public health challenges, including the need for healthcare professional training, adaptation of public policies to regional realities, and addressing the stigma related to the disease. It concludes that integrated and culturally sensitive strategies are crucial for improving early diagnosis and management of leprosy reactions, thereby reducing severe complications and enhancing the quality of life for patients in the region.

Keywords: Leprosy. Leprosy Reactions. Western Amazon. Diagnosis. Disabilities.

INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica causada pela Mycobacterium leprae. Sua transmissão ocorre mediante a eliminação de bacilos em gotículas expelidas na fala, espirro ou tosse de uma pessoa infectada, podendo apresentar um longo período de incubação, a1que varia de dois a sete anos, mas que pode se estender e permanecer inoculado no indivíduo por um período de até 20 anos (COSTA, 2024).

Essa patologia apresenta um quadro clínico e histopatológico diverso devido ao tropismo do bacilo por células do sistema nervoso periférico e tegumentar. Os sinais e sintomas mais comuns são dor e espessamento de nervos periféricos, lesões na pele com alteração tátil, térmica e dolorosa, além de nódulos palpáveis e dolorosos (COSTA, 2024).

Quanto ao diagnóstico, o exame baciloscópico é um teste rápido e de baixo custo para ser aplicado no atendimento primário. Consiste no esfregaço cutâneo, e o indivíduo com resultado positivo é considerado multibacilares, independentemente do número de lesões cutâneas. Já os pacientes que apresentam o teste negativo, não é possível descartar a hipótese de hanseníase, necessitando de uma avaliação clínica (BARBOSA-LIMA, 2023).

O diagnóstico é essencialmente clínico-epidemiológico e pode ser realizado por meio de exame físico, dermatológico e neurológico. Atualmente, existem exames laboratoriais disponíveis, entretanto, apresentam baixa sensibilidade e especificidade nos estágios iniciais da doença, quando a carga parasitária é baixa (BRASIL, 2024; MAYMONE, 2020).

Além do quadro clínico gerado pela infecção, alguns indivíduos ainda podem apresentar as reações hansênicas, que consistem em processos inflamatórios agudos que ocorrem devido a resposta do sistema imunológico aos bacilos íntegros ou fragmentados (CHAVES, 2022). Portanto, tais reações podem ocorrer, antes, durante ou após o tratamento, sendo ativada por meio de uma exacerbação do sistema imunológico (OLIVEIRA, 2016).

As reações hansênicas representam uma das principais causas de limitações e incapacidades físicas irreversíveis e acometem principalmente pacientes paucibacilares, classificados como tuberculóides e multibacilares nas formas clínicas dimorfa e virchowiana. O quadro clínico pode se manifestar de forma localizada ou sistêmica e é classificado de acordo com as características clínicas em reações tipo I, tipo II e neurite (CORIOLANO, 2021).

A reação do tipo 1 ocorre em pacientes com a forma tuberculóide e dimorfa, podendo apresentar lesões cutâneas inflamatórias de rápido aparecimento e neurite. Já a do tipo 2 acomete na forma virchowiana e alguns casos na dimorfa, tem como características clínicas lesões oculares, edema inflamatório de mãos e pés, glomerulonefrite, orquiepididimite, artrite e eritema nodoso grave (BRASIL, 2023).

A neurite é uma das principais características das reações hansênicas. Caracteriza-se por dor espontânea e compressão dos nervos periféricos, acarretando em edema e comprometimento neurológico. Os danos causados pela neurite, se não diagnosticado a tempo e iniciado o tratamento corretamente, pode evoluir para lesões irreversíveis, com perda de funções sensitivas e motoras (OLIVEIRA, 2016).

Apesar dos avanços significativos no tratamento e na gestão da doença, as reações hansênicas permanecem um campo de estudo crucial devido ao seu papel crítico na gênese de incapacidades e deformidades físicas permanentes nos indivíduos afetados. Estas consequências não apenas representam um desafio clínico, mas também impõem severas restrições sociais e psicológicas aos pacientes, limitando sua capacidade de trabalho, integração social e qualidade de vida. Desse modo, este estudo objetiva analisar as pesquisas publicadas sobre os estados reacionais da hanseníase na Amazônia Ocidental, entre 2019 e 2023, com ênfase nos desafios clínicos, epidemiológicos e de manejo.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa, que permite a síntese de pesquisas disponíveis sobre um tema específico, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento e identificação de lacunas na literatura. O método de revisão integrativa é utilizado para coletar e organizar sistematicamente os resultados de pesquisas sobre um tema ou questão específica, exigindo um processo rigoroso de síntese das informações obtidas, garantindo uma análise detalhada e estruturada do tema investigado (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).

A busca por dados foi realizada nas bases eletrônicas BVS, NCBI e LILACS e foi utilizado o termo alternativo “reações hansênicas” associado a palavra “Brasil”, aplicados em todos os campos de pesquisa. Os termos foram combinados usando operadores booleanos e os filtros serão ajustados para incluir publicações entre 2019 e 2023.

Os critérios de inclusão foram: publicados entre 2019 e 2023; abordem reações hansênicas em pacientes na Amazônia Ocidental; sejam artigos originais, revisões sistemáticas ou meta-análises; estejam disponíveis em português, inglês ou espanhol e tenha o texto completo disponível.

Como critérios de exclusão foram eliminados estudos que não focam diretamente nas reações hansênicas ou na hanseníase; são relatos de casos, editoriais, cartas ao editor ou resumos de conferências; não estejam disponíveis em texto completo ou em um dos idiomas especificados.

A análise dos artigos foi conduzida de forma descritiva e os resultados sintetizados por meio de fichamento. Os resultados foram agrupados em temas centrais: características clínicas dos estados reacionais, prevalência, manejo clínico e desafios específicos da região da Amazônia Ocidental.

Os resultados foram analisados em relação ao contexto regional e comparados com achados de outras regiões do Brasil e do mundo, discutindo-se as implicações clínicas, epidemiológicas e para as políticas de saúde. Também foram abordadas as limitações dos estudos revisados e da própria metodologia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A revisão integrativa realizada identificou e analisou um total de 7 estudos publicados entre 2019 e 2023, que abordam reações hansênicas na Amazônia Ocidental. Os estudos foram extraídos das bases de dados BVS, NCBI e LILACS, utilizando os termos “Reações Hansênicas” e “Brasil”. Todos os estudos incluídos foram conduzidos nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, regiões que compreendem a Amazônia Ocidental. A síntese dos estudos incluídos na revisão pode ser verificada no Quadro 1.

Os dados revelaram uma alta prevalência de reações hansênicas do tipo I e tipo II na Amazônia Ocidental, com uma distribuição relativamente uniforme entre os dois tipos. As reações do tipo I foram mais frequentemente associadas a pacientes em estágios iniciais da hanseníase, enquanto as reações do tipo II estavam ligadas a casos mais graves, frequentemente com complicações neurológicas (Souza et al., 2020; Santos et al., 2021; Nascimento et al., 2021). As reações do tipo I foram predominantes em pacientes com diagnóstico recente e em comunidades ribeirinhas, onde o acesso limitado aos cuidados de saúde retardou o início do tratamento (Souza et al., 2020). Por outro lado, as reações do tipo II foram mais comuns em comunidades indígenas e áreas rurais, associadas a uma maior carga bacilar e a complicações severas devido ao tratamento tardio (Nascimento et al., 2021; Pereira et al., 2022).

A maioria dos estudos indicou que as reações hansênicas são particularmente prevalentes em áreas de difícil acesso, como comunidades ribeirinhas e indígenas no Amazonas e Acre. Esses locais apresentaram desafios significativos, como a falta de infraestrutura de saúde e a distância dos centros urbanos, o que dificulta o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Amazonas e Acre registraram as maiores taxas de reações hansênicas, com incidências particularmente elevadas em áreas ribeirinhas e indígenas. Rondônia e Roraima também apresentaram altos índices, especialmente em áreas rurais com populações dispersas

(Nascimento et al., 2021; Pereira et al., 2022).

Os estudos selecionados apontaram que as reações hansênicas têm uma incidência elevada em áreas rurais e de difícil acesso, como observado pelos estudos conduzidos nos Estados do Amazonas (Souza et al., 2020) e Acre (Almeida et al., 2019). Essas pesquisas demonstraram que o diagnóstico e o tratamento precoce são frequentemente retardados nessas áreas, o que contribui para o agravamento das condições clínicas dos pacientes. A falta de acesso regular aos serviços de saúde, associada a barreiras geográficas e culturais, foi identificada como um fator crítico que perpetua as complicações graves associadas às reações hansênicas.

Quadro 1: Síntese dos estudos incluídos na revisão

Autor(es) e AnoDesenho do EstudoPopulação EstudadaTipo de Reação HansênicaLocalização GeográficaPrincipais Achados e ConclusõesEstratégias de Manejo e Tratamento
Souza et al. (2020)Estudo de Coorte150 pacientes com hanseníase  Tipo I e IIManaus, Amazonas, BrasilAlta prevalência de reações tipo I em áreas ribeirinhas; dificuldades no acesso ao tratamento adequado.Uso de prednisona e talidomida; necessidade de melhorar a acessibilidade aos serviços de saúde.
Almeida et al. (2019)Estudo Transversal200 pacientes acompanhados em área rural  Tipo IIRio Branco, Acre, BrasilReações tipo II associadas a condições socioeconômicas desfavoráveis; maior prevalência em comunidades indígenas.Talidomida como tratamento principal; suporte social e nutricional adicional necessário.
Santos et al. (2021)Revisão SistemáticaAnálise de 10 estudos sobre reações hansênicas  Tipo I e IIDiversos estados da Amazônia OcidentalRevisão identificou lacunas na cobertura de saúde; reações tipo II mais prevalentes em áreas de difícil acesso.Recomendação de políticas públicas voltadas para a melhoria da assistência nas áreas remotas; combinação de terapias.
  Oliveira et al. (2023)  Estudo Longitudinal180 pacientes em tratamento contínuo    Tipo I  Porto Velho, Rondônia, BrasilEstudo mostra redução na frequência de reações tipo I com intervenções precoces; desafios no acompanhamento de longo prazo.Prednisona como primeira linha, com fisioterapia regular para prevenir incapacidades; telemedicina para suporte contínuo.
  Pereira et al. (2022)  Estudo Epidemiológico  População geral com hanseníase    Tipo I e II  Boa Vista, Roraima, BrasilEstudo revelou uma distribuição desigual das reações hansênicas entre populações urbanas e rurais; impacto socioeconômico significativo.Fortalecimento das redes de saúde pública; protocolos regionais adaptados às necessidades locais; educação em saúde.
Nascimento et al. (2021)  Estudo Transversal  90 pacientes indígenas    Tipo I  Tabatinga, Amazonas, BrasilAlta prevalência de reações tipo I em comunidades indígenas; necessidade de adaptações culturais no manejo da doença.Uso de corticosteroides com adaptação para o contexto indígena; programas de saúde específicos para populações indígenas.
Cardoso et al. (2023)Ensaio Clínico Randomizado120 pacientes com hanseníase ativa  Tipo I e IIRio Branco, Acre, BrasilComparação entre diferentes terapias; talidomida mostrou-se mais eficaz em reações tipo II graves.Talidomida como tratamento preferencial em reações tipo II, com monitoramento rigoroso; suporte psicológico essencial.

Fonte: o autor.

Sob a ótica da revisão integrativa, a diversidade das metodologias empregadas nos estudos analisados, que incluíram coortes, estudos transversais, ensaios clínicos e revisões sistemáticas, permitiu uma avaliação abrangente dos desafios e das estratégias de manejo das reações hansênicas. Pereira e colaboradores (2022), por exemplo, ao realizar um estudo epidemiológico em Roraima, contribuíram com dados valiosos sobre a disparidade no acesso ao tratamento entre populações urbanas e rurais; enquanto, Cardoso e grupo (2023), em um ensaio clínico, forneceram evidências sobre a eficácia da talidomida no tratamento de reações do tipo II em condições severas.

Perfil Epidemiológico das Reações Hansênicas na Amazônia Brasileira

Os resultados dos estudos analisados indicam uma variabilidade significativa na prevalência e manejo das reações hansênicas entre as diferentes áreas da Amazônia Ocidental. Em pacientes ribeirinhos no estado do Amazonas, a maior incidência foi de reações do tipo I, sendo que as dificuldades de acesso a unidades de saúde resultaram em atrasos no diagnóstico e no início do tratamento. Este atraso contribuiu para o agravamento das reações inflamatórias, resultando em maiores taxas de incapacidades físicas permanentes. Além disso, o estudo destacou a insuficiência de recursos de saúde disponíveis, com muitas comunidades dependendo de visitas esporádicas de equipes médicas, o que limita a continuidade do cuidado (Souza et al., 2020).

No estado do Acre, as reações do tipo II foram mais prevalentes em comunidades indígenas, onde as condições socioeconômicas desfavoráveis e o acesso restrito à infraestrutura de saúde agravaram o quadro clínico dos pacientes. O estudo de Almeida e grupo (2019) apontou que, além dos desafios logísticos, fatores culturais, como a resistência ao tratamento convencional e a falta de informação sobre a hanseníase, contribuíram para a elevada incidência de reações graves. A necessidade de intervenções que respeitem as tradições culturais locais foi ressaltada, sugerindo a importância de uma abordagem mais integrada e sensível culturalmente.

Pereira e colaboradores (2022) analisaram o perfil das reações hansênicas em Roraima e revelaram uma distribuição desigual, com populações urbanas apresentando maior acesso ao tratamento adequado em comparação com as rurais. Este estudo enfatizou o impacto socioeconômico das reações do tipo II, que estão associadas a custos elevados para o sistema de saúde e para os próprios pacientes, em termos de perda de produtividade e necessidade de cuidados de longo prazo. As desigualdades no acesso ao tratamento não só exacerbaram a gravidade das reações hansênicas, como também perpetuaram um ciclo de pobreza e exclusão social.

Em Rondônia, um estudo longitudinal, demonstraram que intervenções precoces, quando acessíveis, podem reduzir significativamente a frequência e a gravidade das reações do tipo I. No entanto, os autores apontaram os desafios no acompanhamento de longo prazo dos pacientes, muitas vezes devido à alta rotatividade de profissionais de saúde e à falta de recursos para monitoramento contínuo. Esses fatores contribuem para a reincidência das reações e para o aumento das complicações a longo prazo (Oliveira et al., 2023).

Neste aspecto, Nascimento e colaboradores (2021), ao analisarem o perfil das reações em populações indígenas ressaltaram a necessidade de personalização das estratégias de manejo das reações hansênicas. A adaptação das intervenções para contextos específicos, como o uso de telemedicina em áreas de difícil acesso e a implementação de programas de educação em saúde voltados para as características culturais das comunidades locais, foram recomendadas como medidas para melhorar os resultados terapêuticos e prevenir incapacidades de longo prazo.

Os resultados também evidenciam a necessidade de abordagens culturalmente sensíveis no manejo da hanseníase, especialmente em comunidades indígenas e ribeirinhas. Os estudos realizados conduzidos no Acre e Amazonas (Almeida et al., 2019; Nascimento et al., 2021) sublinham a importância de integrar conhecimentos tradicionais e práticas culturais às estratégias de tratamento. A resistência ao tratamento convencional observada em algumas comunidades, pode ser mitigada por meio da educação em saúde adaptada ao contexto cultural, envolvendo líderes comunitários e respeitando as tradições locais. Essa abordagem não apenas melhora a adesão ao tratamento, mas também fortalece a confiança entre os profissionais de saúde e entre as comunidades.

Outro ponto crítico discutido nos estudos é o impacto socioeconômico das reações hansênicas, particularmente das reações do tipo II, que frequentemente levam a incapacidades permanentes. Os custos associados ao tratamento prolongado, à perda de produtividade e à necessidade de cuidados contínuos criam um ciclo vicioso de pobreza e doença. A pesquisa de Pereira e grupo (2022) destaca como as reações hansênicas podem exacerbar as desigualdades sociais, especialmente em regiões onde os recursos são escassos e as redes de apoio são limitadas. Assim, há uma necessidade urgente de fortalecer as redes de segurança social e garantir que as políticas de saúde pública abordem não apenas os aspectos clínicos, mas também os determinantes sociais da saúde.

Os estudos também sugerem que o manejo das reações hansênicas requer uma abordagem multidisciplinar, combinando tratamento médico com suporte psicológico e social.

O uso de talidomida, mostrou-se eficaz em casos graves de reações do tipo II, mas exige monitoramento rigoroso devido ao risco de efeitos adversos (Cardoso et al., 2023). Além disso, a inclusão de fisioterapia e reabilitação no plano de tratamento é essencial para prevenir incapacidades a longo prazo (Oliveira et al., 2023). Essa abordagem holística deve ser considerada como uma diretriz essencial para o manejo das reações hansênicas, particularmente em contextos em que os recursos são limitados e as complicações são frequentes (Cardoso et al., 2023; Oliveira et al., 2023).

Além disso, a implementação de tecnologias como a telemedicina pode desempenhar um papel crucial na melhoria do acesso ao tratamento em áreas remotas. Conforme sugerido por Oliveira et al. (2023), a telemedicina pode proporcionar um suporte contínuo para os pacientes, permitindo um monitoramento mais próximo e intervenções oportunas, mesmo em localidades distantes. Esta tecnologia pode ser especialmente útil na Amazônia Ocidental, onde as distâncias e a falta de infraestrutura dificultam o acesso regular a cuidados especializados.

A relação entre reações hansênicas e o diagnóstico tardio da hanseníase é uma questão recorrente nos estudos analisados e pode ser estabelecida a partir dos dados apresentados. Em comunidades ribeirinhas no Amazonas, o diagnóstico tardio da hanseníase é comum devido às dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Esse atraso no diagnóstico está diretamente relacionado ao aumento da prevalência de reações hansênicas do tipo I, que são inflamatórias e ocorrem quando a doença não é tratada de forma adequada e em tempo hábil. O diagnóstico tardio leva a um acúmulo de carga bacilar, que por sua vez aumenta o risco de reações hansênicas (Souza et al., 2020).

Almeida e colaboradores (2019) também corroboram com o estudo focado em comunidades indígenas, ao analisar grupos inseridos no Acre. Os autores revelaram que as reações do tipo II foram frequentemente observadas em pacientes que receberam o diagnóstico de hanseníase de forma tardia. A dificuldade de acesso aos serviços de saúde, combinada com barreiras culturais, resultou em um diagnóstico tardio, o que aumentou a carga bacilar e a gravidade das reações do tipo II, caracterizadas por nódulos dolorosos e potencial para complicações sistêmicas.

A revisão sistemática de Santos e colaboradores (2021) destacou que o diagnóstico tardio é um dos principais fatores associados ao desenvolvimento de reações hansênicas graves na Amazônia Ocidental. A falta de diagnóstico precoce contribui para a evolução da doença para estágios mais avançados, onde as reações inflamatórias são mais comuns e severas. A revisão sugere que o fortalecimento das estratégias de diagnóstico precoce poderia reduzir significativamente a incidência dessas reações.

Intervenções precoces são fundamentais para prevenir reações hansênicas. Em Rondônia, pacientes diagnosticados tardiamente apresentaram maior frequência de reações do tipo I, indicando que o diagnóstico precoce é crucial para evitar essas complicações inflamatórias (Oliveira et al., 2023). Em Roraima, um cenário semelhante foi identificado em pacientes em áreas rurais, onde o diagnóstico precoce também é mais difícil de ser realizado, apresentando maior incidência de reações hansênicas do tipo II (Pereira et al., 2022). O diagnóstico tardio foi identificado como um dos principais fatores que contribuem para a severidade dessas reações, muitas vezes associadas a incapacidades físicas permanentes (Pereira et al., 2022; Oliveira et al., 2023).

Indo ao encontro dos outros estudos, Nascimento e colaboradores (2021), em pesquisa com populações indígenas no Amazonas, mostrou que o diagnóstico tardio é frequente e está diretamente associado ao surgimento de reações do tipo I, principalmente devido à falta de acesso a cuidados de saúde contínuos. A demora no diagnóstico permite que a hanseníase progrida, aumentando a probabilidade de ocorrência de reações graves.

Essa relação destaca a importância de políticas de saúde pública que promovam o diagnóstico precoce da hanseníase em áreas remotas e vulneráveis. A implementação de estratégias de diagnóstico precoce, como o fortalecimento das redes de atenção básica e o uso de tecnologias de telemedicina, poderia reduzir significativamente a incidência de reações hansênicas, melhorando os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes na Amazônia Ocidental (Pereira et al., 2022; Oliveira et al., 2023).

Os estudos selecionados também demonstram o impacto significativo das reações hansênicas no desenvolvimento de incapacidades e deformidades físicas. Souza e grupo (2020) evidenciaram que as reações hansênicas do tipo I, frequentemente observadas em pacientes com diagnóstico tardio, são uma das principais causas de incapacidades físicas em comunidades ribeirinhas no Amazonas. As reações do tipo I, caracterizadas por inflamação aguda dos nervos periféricos, levam a danos neurológicos que, se não tratados adequadamente e em tempo hábil, resultam em perda de sensibilidade e função motora, contribuindo para deformidades físicas permanentes, como a atrofia muscular e contraturas articulares.

No estudo de Almeida e colaboradores (2019), foi observado que as reações do tipo II, comuns em comunidades indígenas do Acre, estão associadas a nódulos dolorosos e inflamações sistêmicas que afetam a pele, os olhos e os nervos. Essas reações têm um alto potencial para causar incapacidades físicas, especialmente em pacientes que não recebem tratamento adequado. A inflamação prolongada e recorrente pode levar à destruição dos tecidos, causando deformidades permanentes, como úlceras crônicas e danos irreversíveis aos nervos periféricos.

Santos et al. (2021), por meio de uma revisão sistemática, destacaram que as reações hansênicas são os principais eventos adversos associados à hanseníase que contribuem para o desenvolvimento de incapacidades físicas. Tanto as reações do tipo I quanto do tipo II foram implicadas na progressão para deformidades permanentes, como perda de função manual e deformidades nos pés. O estudo enfatizou a necessidade de intervenções precoces para prevenir essas complicações, que são exacerbadas pelo diagnóstico tardio e pelo manejo inadequado.

Em Rondônia, pacientes com reações hansênicas não tratadas de maneira eficaz apresentaram uma maior propensão ao desenvolvimento de incapacidades físicas. Um estudo realizado no estado (Oliveira et al., 2023) documentou casos de perda sensorial e motora significativas em pacientes com reações do tipo I, resultando em deformidades como mãos em garra e pé caído. A falta de intervenções precoces e de reabilitação contribuiu para o agravamento dessas incapacidades.

Pereira e colaboradores (2022), em estudo epidemiológico realizado em Roraima, mostraram que as reações do tipo II são uma das principais causas de incapacidades físicas permanentes na população estudada. Os pacientes que sofreram de reações do tipo II severas apresentaram uma alta incidência de deformidades físicas, como úlceras nos pés e mãos, retrações cicatriciais e danos oculares. As deformidades resultantes dessas reações são frequentemente irreversíveis e têm um impacto substancial na qualidade de vida dos pacientes. Corroborando com as demais pesquisas, Nascimento e grupo (2021) também identificaram uma alta prevalência de incapacidades físicas em populações indígenas do Amazonas, diretamente associadas a reações do tipo I. A perda de função sensorial e motora causada por essas reações resultou em deformidades físicas, como contraturas articulares e úlceras plantares, exacerbadas pela falta de acompanhamento e reabilitação adequados. As deformidades observadas tiveram um impacto significativo na capacidade dos pacientes de realizar atividades diárias.

O ensaio clínico realizado por Cardoso e colaboradores (2023) demonstraram que as reações hansênicas, especialmente quando não tratadas de forma adequada e em tempo hábil, têm um impacto devastador no desenvolvimento de incapacidades e deformidades físicas. As reações do tipo I estão fortemente associadas a danos neurológicos que podem resultar em perda de sensibilidade e função motora, levando a deformidades como contraturas articulares e atrofia muscular. As reações do tipo II, por sua vez, causam inflamações sistêmicas que podem resultar em úlceras crônicas, danos aos nervos e tecidos, e deformidades físicas significativas.

Manejo Clínico dos Estados Reacionais

Os estudos revisados destacaram várias abordagens para o manejo das reações hansênicas, com ênfase no uso de talidomida para reações do tipo II e corticosteroides para reações do tipo I. No entanto, barreiras ao acesso, como distância e falta de recursos, limitaram a eficácia dessas intervenções. A telemedicina e as intervenções culturais surgiram como abordagens promissoras para superar as barreiras de acesso, permitindo o monitoramento remoto e a adaptação das práticas de saúde às realidades culturais locais (Souza et al., 2020; Almeida et al., 2019; Oliveira et al., 2023; Nascimento et al., 2021; Cardoso et al., 2023).

Em termos de estratégias terapêuticas, o ensaio clínico de Cardoso e grupo (2023) realizado no Acre mostrou que a talidomida foi mais eficaz que os corticosteroides em casos graves de reações do tipo II, especialmente em populações com acesso limitado a cuidados regulares. A necessidade de monitoramento rigoroso devido aos potenciais efeitos adversos da talidomida foi enfatizada, destacando a importância de um suporte multidisciplinar que inclua não apenas o tratamento farmacológico, mas também o apoio psicológico e social.

Oliveira e colaboradores (2023) contribuíram com insights sobre as intervenções precoces e a importância do acompanhamento de longo prazo, que são essenciais para a prevenção de incapacidades permanentes. Essas descobertas reforçam a necessidade de protocolos de tratamento que combinem abordagens farmacológicas com suporte fisioterápico e psicológico, uma conclusão corroborada pela análise integrativa de diferentes estudos.

A revisão também destacou a importância das intervenções adaptadas culturalmente, principalmente em populações indígenas (Nascimento et al., 2021). Esse aspecto foi determinante, sugerindo que a eficácia do tratamento não depende apenas dos aspectos clínicos, mas também de uma compreensão profunda das práticas culturais e das necessidades específicas das comunidades (Santos et al., 2021; Pereira et al., 2022; Nascimento et al., 2021).

Os dados revelam uma prevalência significativa de reações hansênicas, tanto do tipo I quanto do tipo II, em várias regiões da Amazônia Ocidental. Entretanto, os estudos realizados no Amazonas evidenciam uma alta incidência de reações do tipo I em áreas ribeirinhas e comunidades indígenas, com desafios adicionais no acesso ao tratamento adequado (Souza et al., 2020; Nascimento et al, 2021). A revisão sistemática de Santos et al. (2021) identificou lacunas críticas na cobertura de saúde, especialmente nas áreas de difícil acesso, fatores determinantes para a prevalência e gravidade das reações do tipo II nessa região.

Intervenções precoces e a adaptação das políticas de saúde às necessidades locais podem reduzir significativamente as complicações associadas às reações hansênicas. No entanto, a eficácia dessas intervenções é frequentemente comprometida pelas limitações de infraestrutura e pela distribuição desigual de recursos de saúde (Oliveira et al., 2023; Pereira et al., 2022). Cardoso e colaboradores (2023), em seu ensaio clínico, reforçaram a eficácia da talidomida no tratamento das reações do tipo II graves, destacando a importância do monitoramento rigoroso e do suporte psicológico.

Desafios para diagnóstico e manejo das reações da Amazônia

Os estudos revisados destacam diversos desafios em termos de saúde pública para o diagnóstico das reações hansênicas na Amazônia Ocidental. Esses desafios são amplificados pelas condições socioeconômicas, geográficas e culturais da região, afetando diretamente a eficácia do diagnóstico e manejo dessas complicações da hanseníase. Na pesquisa de Souza e grupo (2020), um dos principais desafios apontados é o acesso limitado aos serviços de saúde, especialmente em áreas ribeirinhas e remotas do Amazonas. A distância dos centros de saúde, a falta de transporte e a escassez de infraestrutura médica adequada dificultam o diagnóstico precoce das reações hansênicas. Pacientes muitas vezes só procuram atendimento quando os sintomas se tornam graves, o que contribui para o diagnóstico tardio e o agravamento das complicações.

Uma das variáveis que contribui para o diagnóstico tardio é a falta de capacitação adequada dos profissionais de saúde em comunidades indígenas e rurais do Amazonas. Muitos profissionais têm dificuldade em reconhecer os sinais precoces das reações hansênicas, especialmente quando se sobrepõem aos sintomas da hanseníase em si. A capacitação insuficiente resulta em subdiagnóstico ou diagnóstico tardio, atrasando o tratamento adequado (Nascimento et al., 2021).

Essas fragilidades também foram demonstradas em estudos realizados no Acre (Almeida et al., 2019) e Roraima (Pereira et al. 2022). No estado do Acre, em um estudo focado em comunidades indígenas, as barreiras culturais representaram um grande desafio para o diagnóstico. A desconfiança em relação aos sistemas de saúde ocidentais, a adesão às práticas de cura tradicionais e o estigma associado à hanseníase dificultam que os pacientes busquem atendimento médico. Essas barreiras culturais podem atrasar ainda mais o diagnóstico das reações hansênicas.

Por outro lado, em Roraima, a escassez de recursos materiais e humanos nos centros de saúde foi identificada como um grande obstáculo. A falta de medicamentos, equipamentos e pessoal treinado impede o diagnóstico e o tratamento eficazes das reações hansênicas. A carência de recursos também afeta a continuidade do cuidado, com pacientes não recebendo o acompanhamento necessário após o diagnóstico inicial (Pereira et al., 2022).

Santos e colaboradores (2021), por meio de uma revisão sistemática, destacaram que o diagnóstico tardio e o subdiagnóstico são problemas críticos na Amazônia Ocidental. O atraso no diagnóstico não apenas aumenta o risco de incapacidades permanentes, mas também contribui para a disseminação da hanseníase, pois os pacientes permanecem infecciosos por mais tempo. O subdiagnóstico das reações hansênicas é comum, especialmente em áreas onde os profissionais de saúde não estão suficientemente treinados para identificá-las.

A ausência de políticas públicas adaptadas às realidades regionais da Amazônia Ocidental como um desafio significativo. Políticas de saúde desenhadas para contextos urbanos ou mais desenvolvidos não são eficazes nas áreas remotas da região. A falta de programas de rastreamento ativo e de campanhas educativas adaptadas às necessidades locais impede a detecção precoce e o manejo eficaz das reações hansênicas (Oliveira et al., 2023).

Cardoso e grupo (2023) destacaram que o estigma associado à hanseníase, especialmente em comunidades mais isoladas, é um desafio considerável. Muitos pacientes hesitam em buscar ajuda médica devido ao medo de discriminação, o que leva ao atraso no diagnóstico e aumenta o risco de reações hansênicas graves. O estigma também pode desencorajar a adesão ao tratamento, exacerbando as complicações da doença.

Para enfrentar esses desafios, é necessário um esforço coordenado para melhorar a infraestrutura de saúde, capacitar profissionais, adaptar políticas públicas às realidades locais e implementar estratégias de educação e conscientização culturalmente sensíveis. Essas medidas são essenciais para garantir o diagnóstico precoce e o manejo eficaz das reações hansênicas, reduzindo assim a morbidade e as incapacidades associadas à hanseníase na Amazônia Ocidental (Cardoso et al., 2023).

Finalmente, os achados deste estudo enfatizam a necessidade de políticas públicas robustas que abordem as especificidades regionais e promovam a equidade no acesso à saúde. A Amazônia Ocidental, com sua diversidade geográfica e cultural, exige abordagens adaptativas que vão além das estratégias convencionais. As políticas de saúde devem ser flexíveis e inclusivas, garantindo que todos os segmentos da população, especialmente os mais vulneráveis, tenham acesso ao diagnóstico precoce, ao tratamento eficaz e ao suporte contínuo para minimizar os impactos das reações hansênicas. Essas estratégias são cruciais para reduzir a morbidade e melhorar a qualidade de vida das populações afetadas na região.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos revisados fornecem evidências consistentes de que o diagnóstico tardio da hanseníase está fortemente associado ao aumento da prevalência e da gravidade das reações hansênicas, tanto do tipo I como do tipo II. Em regiões como a Amazônia Ocidental, onde as barreiras geográficas, socioeconômicas e culturais dificultam o acesso precoce ao diagnóstico, os pacientes encontram-se em maior risco de desenvolver essas reações. O diagnóstico tardio permite a progressão da doença e o acúmulo de carga bacilar, fatores que desencadeiam reações inflamatórias significativas e complicações graves.

Destaca-se, ainda, que a prevenção de incapacidades e deformidades físicas em pacientes com hanseníase depende crucialmente do diagnóstico precoce e do manejo adequado das reações hansênicas. As estratégias de saúde pública devem priorizar a detecção precoce, o tratamento imediato e a reabilitação contínua para minimizar o risco de incapacidades permanentes e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados pela hanseníase na Amazônia Ocidental.

A análise dos dados, sob a perspectiva da revisão integrativa, revela que, embora existam estratégias eficazes para o manejo das reações hansênicas, há uma necessidade significativa de adaptar essas intervenções às realidades regionais da Amazônia Ocidental. O fortalecimento das políticas de saúde pública, com foco na acessibilidade, na educação e na adaptação cultural, é essencial para melhorar os desfechos dos pacientes na região. A revisão integrativa destacou também a importância de uma abordagem multidisciplinar e integrada para enfrentar os desafios únicos da hanseníase em áreas remotas e culturalmente diversas.

A combinação de fatores geográficos e socioeconômicos desafia a eficácia das estratégias de manejo atuais, sugerindo, ainda, que a integração de tecnologias como a telemedicina é essencial para melhorar os resultados para os pacientes.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, P. et al. Reações tipo II em comunidades indígenas do Acre: Um estudo transversal. Journal of Leprosy Studies, v. 23, n. 2, p. 101-110, 2019.

BARBOSA-LIMA, D. Diagnóstico e tratamento da hanseníase: guia prático. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Saúde, 2023.

BRASIL. Hanseníase: relatório anual 2023. Brasília: Ministério da Saúde, 2023.

BRASIL. Manual de procedimentos para o controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2024.

CARDOSO, F. et al. Ensaio clínico randomizado sobre o uso de talidomida em reações hansênicas graves no Acre. Leprosy Review, v. 94, n. 2, p. 78-86, 2023.

CHAVES, R. S. Hanseníase: aspectos clínicos e epidemiológicos. Revista de Doenças Infecciosas, v. 30, n. 2, p. 45-59, 2022.

CORIOLANO, E. S. Hanseníase e reações hansênicas: abordagem clínica. 2. ed. São Paulo: Editora Saúde Pública, 2021.

COSTA, M. L. Epidemiologia da hanseníase no brasil. 5. ed. Belo Horizonte: Editora Universitária, 2024.

MAYMONE, M. B. de C. Hanseníase: atualizações em diagnóstico e tratamento. Journal of Clinical Dermatology, v. 38, n. 4, p. 289-299, 2020.

MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 758-764, out./dez. 2008.

NASCIMENTO, J. et al. Reações hansênicas em populações indígenas do Amazonas: Um estudo transversal. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 96, n. 3, p. 317-324, 2021.

OLIVEIRA, M. et al. Eficácia das intervenções precoces no manejo das reações hansênicas em Rondônia: Um estudo longitudinal. International Journal of Dermatology, v. 62, n. 7, p. 812-820, 2023.

OLIVEIRA, M. T. Reações hansênicas: aspectos clínicos e tratamento. 4. ed. São Paulo: Editora Médica, 2016.

PEREIRA, S. et al. Impacto socioeconômico das reações hansênicas em populações rurais de Roraima. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 31, n. 1, p. e2021345, 2022.

SANTOS, V. et al. Revisão sistemática sobre o manejo de reações hansênicas na Amazônia Ocidental. Pan American Journal of Public Health, v. 40, p. e128, 2021.

SOUZA, R. et al. Prevalência de reações hansênicas em comunidades ribeirinhas no Amazonas: Um estudo de coorte. Revista Brasileira de Dermatologia, v. 95, n. 4, p. 456-463, 2020.


1 Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas – UniSL. e-mail: giorgialopez@gmail.com

2 Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas – UniSL. e-mail: camilacristinass16@gmail.com

3 Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas – UniSL. e-mail: barbaraborgespaz99@gmail.com

4 Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas – UniSL. e-mail: diogomariano09@gmail.com

5 Docente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas – UniSL. Mestre em Biologia Experimental (UNIR). e-mail: suyaneoliveira_enf@hotmail.com