EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DE ATENÇÃO DOMICILIAR (EMADS) E EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DE APOIO(EMAPS): PERSPECTIVAS E ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS, PRINCIPALMENTE FISIOTERAPEUTAS, ANTES E DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8186674


Irllanna Ketley Santos do Nascimento¹,
Eliane Araújo de Oliveira²


RESUMO

Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS), é um sistema de saúde pública que visa promover, prevenir e reabilitar saúde, assim sendo, muito importante para a saúde da população. Dentre os níveis de atenção, está a Atenção Primária, que é responsável pela maior parte dos atendimentos, diminuindo possíveis necessidades de hospitalização. Dentro ainda do SUS, existe o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), que é responsável por organizar as equipes: Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP), para o atendimento domiciliar da população, que por algum motivo não pode se dirigir à Unidade de Atendimento. Essas equipes são constituídas por diversos profissionais, entre eles está o Fisioterapeuta, que atua diretamente nas desordens de alguns sistemas do corpo humano, que geralmente acompanha os usuários elegíveis para esse serviço. A atuação do Fisioterapeuta ocorre em conjunto com os demais profissionais, então é interessante que todos trabalhem em conjunto, que discutam sobre os casos, acompanhem os serviços de cada área para melhor manejo dos pacientes principalmente durante a pandemia da COVID-19. Objetivo: Avaliar a percepção dos profissionais das EMADs e EMAPs de João Pessoa/PB sobre as diferenças da atuação, perspectivas, demandas e dificuldades dos Fisioterapeutas nos atendimentos domiciliares antes e durante a pandemia da COVID-19. Método: trata-se de um estudo do tipo descritivo, observacional e de caráter quantitativo, que foi realizado por meio de um questionário aplicado aos seguintes profissionais: assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo, técnicos de enfermagem, psicólogo, farmacêutico, terapeuta ocupacional, médicos e enfermeiros das equipes EMAD e EMAP de João Pessoa. Resultados: Como alguns dos resultados, todos fisioterapeutas que participaram eram das EMADs, as equipes relataram que a pandemia repercutiu de modo negativo nos atendimentos, que os profissionais trabalham em conjunto e que na atualidade, os atendimentos estão mais tranquilos. Não houve muita diferença de patologias atendidas antes e depois da pandemia e atualmente os atendimentos em fisioterapia são principalmente voltados à parte motora. Além disso, as equipes veem o fisioterapeuta como importante e que as dificuldades enfrentadas por eles, percebidas por toda a equipe foram principalmente o medo da COVID-19, a falta de equipamentos e informação, assim como dificuldade com o transporte a ser utilizado. Conclusões: os profissionais das equipes têm bom entendimento acerca das atuações fisioterapêuticas e assim como em outros serviços, o SAD de João Pessoa também teve suas dificuldades, mas conseguiu manter os atendimentos trabalhando em conjunto, porém, percebe-se ainda uma necessidade de maior interação entre profissionais que pode contribuir para uma melhor assistência e desempenho do serviço.

Palavras-chave: Equipe de Assistência ao Paciente. Sistema Único de Saúde. Atenção Domiciliar à Saúde.

ABSTRACT

Introduction: The Unified Health System (SUS) is a public health system that aims to promote, prevent and rehabilitate health, therefore, very important for the health of the population. Among the levels of care, there is Primary Care, which is responsible for most of the care, reducing possible hospitalization needs. Also within the SUS, there is the Home Care Service (SAD), which is responsible for organizing the teams: Multiprofessional Home Care Team (EMAD) and Multiprofessional Support Team (EMAP), for home care of the population, which for some reason reason you cannot go to the Assistance Unit. These teams are made up of different professionals, among them is the Physiotherapist, who works directly on the disorders of some systems of the human body, who generally accompanies eligible users for this service. The physiotherapist works together with the other professionals, so it is interesting that everyone works together, that they discuss the cases, monitor the services in each area to better manage patients, especially during the COVID-19 pandemic. Objective: To evaluate the perception of professionals from EMADs and EMAPs in João Pessoa/PB about the differences in the performance, perspectives, demands and difficulties of Physiotherapists in home care before and during the COVID-19 pandemic. Method: this is a descriptive, observational and quantitative study, which was carried out through a questionnaire applied to the following professionals: social worker, physiotherapist, speech therapist, nutritionist, dentist, nursing technicians, psychologist, pharmacist, occupational therapist, doctors and nurses from the EMAD and EMAP teams in João Pessoa. Results: As some of the results, all physiotherapists who participated were from the EMADs, the teams reported that the pandemic had a negative impact on the consultations, that the professionals work together and that, at present, the consultations are calmer. There was not much difference in the pathologies treated before and after the pandemic and currently, physiotherapy care is mainly focused on the motor part. In addition, the teams see the physiotherapist as important and that the difficulties faced by them, perceived by the whole team, were mainly the fear of COVID-19, the lack of equipment and information, as well as the difficulty with the transport to be used. Conclusions: the professionals of the teams have a good understanding of physiotherapeutic actions and, as in other services, the SAD in João Pessoa also had its difficulties, but managed to keep the services working together, however, there is still a need for greater interaction among professionals who can contribute to better care and service performance.

Keywords: Patient Assistance Team. Health Unic System. Home Health Care.

INTRODUÇÃO

Anos atrás, a assistência à saúde no Brasil era acessível parcialmente por meio do INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social), que prestava assistência àqueles que trabalhavam por carteira assinada. As demais pessoas tinham que pagar por serviços e muitos nem tinham acesso (SOUZA, 2002).

Em 1990, com a lei 8.080/90 chamada de Lei Orgânica da Saúde, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo considerado um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, tendo como princípios a Universalização, Equidade e Integralidade. Passados quatro anos, em 1994 foi criado o PSF (Programa Saúde da Família), que passou a ser Estratégia de Saúde da Família (ESF) com objetivos de prevenção, recuperação e reabilitação na Atenção Primária à Saúde (APS). (BRASIL, 20??; PINTO, GIOVANELLA, 2018)

Na Atenção Primária, preconiza-se que as pessoas sejam atendidas e acompanhadas, facilitando o acesso à saúde, diminuindo hospitalizações e sobrecarga de serviços. Com a criação da Atenção Domiciliar (AD), esses benefícios aumentaram para as pessoas que, por algum motivo não podem se dirigir à Unidade de Atendimento. É realizado mapeamento prévio pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), no qual é possível avaliar condições e pacientes elegíveis para o atendimento em casa ou no local que seja necessário para população de rua por exemplo. Com isso, a Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e a Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP) podem se dirigir ao local e realizar o atendimento (BRASIL, 2020)

A AD é dividida em AD1, AD2 e AD3. AD2 e AD3 são prestados pela EMAD e EMAP em que na AD2 estão inclusos serviços de mais complexidade, mas que podem ser feitos na residência, como por exemplo, prescrição de órtese/próteses e reabilitação de pessoas que precisem de continuidade no atendimento. Já a AD3, os usuários são pessoas que precisam de suporte ventilatório não-invasivo por exemplo. Em relação às visitas, a EMAD faz visita uma vez na semana no mínimo e a EMAP quando solicitado pela a emad (CONASS, 2013).

A EMAD é a principal atuante na AD sendo dividida em EMAD 1 e EMAD 2. Cada uma possui como profissionais de saúde médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. Já a EMAP é constituída por assistente social, odontólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional e farmacêutico. Todos trabalham em equipe visando uma abordagem integral (COFFITO, 2014). Geralmente, os pacientes atendidos são acamados, com comorbidades, idosos e com alguma dependência que será avaliada (BRASIL, 2020). Assim sendo, o Fisioterapeuta é um dos profissionais de atuação na atenção primária, podendo desenvolver atividades em grupos, ações educativas, intervenção domiciliar, abrangendo indivíduos com alterações ortopédicas, respiratórias, cardíacas, neurológicas, evidenciando que pode favorecer assim, a melhora da saúde e qualidade de vida dos pacientes (FONSECA, 2016).

Recentemente, a população mundial passou por uma pandemia devido a um vírus que pode causar a doença da COVID-19, transmitida por gotículas de líquido em que é transportado, quando são expelidos por alguém infectado ao tossir, espirrar ou mesmo ao falar. Ela pode afetar vários sistemas do corpo humano, principalmente o respiratório, o que eleva os riscos de hospitalização (CASTRO, et al. 2021). Pessoas com comorbidades estão mais susceptíveis ao contágio, o que se faz necessária uma maior observação desse grupo.

Com a pandemia, o sistema de saúde teve que se reorganizar para suprir a demanda. Então, a atenção primária se mostrou e se mostra importante, devido à identificação de novos casos da COVID-19 e monitoramento desses casos para melhorar o acesso e ação das equipes (PORTELA, GRABOIS, TRAVASSOS, 2020). A atuação das equipes durante este momento é de extrema importância para que as sequelas da doença sejam minimizadas. O Fisioterapeuta como parte da equipe e sendo um dos profissionais de linha de frente que atua na intervenção de doenças osteomusculares, neurológicas e cardiorrespiratórias, teve desde 2020 que lidar com algo novo, o que o fez distinguir intervenções e aperfeiçoamento de condutas.

A atenção primária à saúde é conhecida como porta de entrada do SUS, sendo o primeiro nível de atenção com resolutividade de 85% dos casos (MINISTÉRIO DA SAÚDE; CONASS, 2019). E, como todo serviço, demanda organização. Profissionais da APS fazem visitas domiciliares para que haja o mapeamento correto da região e com isto, a melhora da distribuição de serviços e da relação serviço-paciente (BEZERRA, LIMA, LIMA, 2015).

As visitas podem influenciar além da geração de dados, o contato humano e vínculos (MEDEIROS, PIVETTA, MAYER, 2012). A partir delas são elegidos os usuários daAD com quadros que são avaliados previamente e com isso, as EMADs e EMAPs podem estabelecer uma melhor intervenção para determinados casos e solucioná-los com mais exatidão.

Dentre os profissionais que estão diretamente ligados à esses usuários de AD está o Fisioterapeuta que é um profissional habilitado para suprir demandas de alterações funcionais dos pacientes. Geralmente, trabalhando capacidades funcionais como equilíbrio, coordenação, força, mobilidade para garantir assim, a melhora da saúde do paciente e melhora de sua funcionalidade (BEZERRA, LIMA, LIMA, 2015)

Em 2019, os primeiros casos de COVID-19 surgiram na China e se propagaram por todo o mundo, chegando ao Brasil fazendo com que o sistema de saúde tivesse que aumentar sua capacidade e a população se prevenisse por meio do uso de máscaras e isolamento social (AMIB, 2020).

Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (2020), os sintomas da COVID-19 variam desde febre, tosse, alteração do olfato, até falta de ar, podendo evoluir para a forma grave em pessoas acima de 60 anos com comorbidades a exemplo das doenças cardiovasculares, diabetes, obesos e imunocomprometidos, podendo ser prevenido com uso de máscaras, distanciamento físico, higienização e evitando aglomerações.

Com o aumento de casos e a necessidade de hospitalização, o cuidado teve que ser redobrado e as equipes de saúde tiveram que lidar com algo novo. Na atenção primária, os casos estão sendo identificados e posteriormente havendo planejamentos para a melhora das intervenções das equipes, principalmente na Atenção Domiciliar (PORTELA, GRABOIS, TRAVASSOS, 2020).

O fisioterapeuta faz parte da equipe que trabalha na atuação direta ao paciente com e sem COVID-19, de modo que demonstra a relevância de seu trabalho e da sua importância na Atenção Primária. Com isto, é necessário entender como eram e como estão sendo as demandas, as intervenções dele e as dificuldades no atual período e nas condições de atendimento domiciliar, já que o Fisioterapeuta é um profissional de contato direto, mas que diante da doença, também deve manter o cuidado devido o alto grau de contágio. Desse modo, percebe-se a relevância do seu exercício que na atenção domiciliar é configurado em equipe.

Então, o trabalho do Fisioterapeuta deve ser em conjunto com os demais profissionais pois é necessário que eles entendam da contribuição de cada um, logo, isso facilita a interação profissional-profissional e profissional-paciente fazendo com que o serviço se desenvolva da maneira melhor (MATOS, PIRES, CAMPOS, 2009).

Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar como os profissionais atuantes das EMADs e EMAPs, incluindo os fisioterapeutas, visualizam a potencialidade da pandemia da COVID- 19 repercutindo na atuação dos Fisioterapeutas atuantes na Atenção Domiciliar da Atenção Primária à Saúde, na perspectiva deles e dos demais profissionais das EMADs e EMAPs, demonstrando a diferença entre o período pré-pandemico e o atual, assim como visou compreender as mudanças nos atendimentos, intervenções e dificuldades que surgiram nos atendimentos. Deste modo, facilitou compreender como a equipe visualiza o profissional Fisioterapeuta e como ele pode se adaptar a cenários como este e como as suas condutas podem melhorar a dinâmica dos serviços de saúde, em especial, o da atenção primária.

MÉTODO

Este estudo se tratou de uma pesquisa do tipo descritiva, observacional, com delineamento quantitativo.

A amostra deste estudo foi obtida por conveniência e contou com um total de 70 profissionais atuantes das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMADs) e das Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAPs) que fazem parte do SAD da cidade de João Pessoa –Paraiba (Dados da Prefeitura Municipal de João Pessoa, 2022). O cálculo amostral foi realizado com auxílio da calculadora de tamanho de amostra da Surveymonkey (https://pt.surveymonkey.com/mp/sample-size-calculator/) com grau de confiança de 95% e margem de erro de 5%. O resultado foi de 60 participantes.

As variáveis analisadas foram idade, sexo, profissão e tempo de atendimento domiciliar. Foram realizadas algumas visitas ao Serviço de Atendimento Domiciliar – SAD, situado em João Pessoa/PB onde as equipes se reúnem. Foi utilizado como instrumento de pesquisa, o questionário intitulado de “Perspectivas das EMADs e EMAPs acerca das atuações fisioterapêuticas antes e durante a pandemia”, para obtenção do perfil profissional inicialmente e após este, foi aplicado um questionário utilizando a escala de concordância do tipo likert, com questões fechadas a respeito de um perfil geral dos pacientes atendidos antes e durante a pandemia da COVID-19, assim como questões relacionadas com atuações da Fisioterapia e questões abertas para citação de intervenções e dificuldades.

A análise dos dados foi feita por meio do Programa Estatístico SPSS-20 para Windows. Foi calculado a média, desvio padrão, mínimo e máximo da variável quantitativa idade e frequência absoluta e relativa das demais variáveis do estudo.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, sob o CAE 56431422.2.0000.5188

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram entrevistados 47 profissionais das equipes EMADs e EMAP e coletadas informações sociodemográficas. Em relação à idade, a média foi de 42 anos. A maioria dos profissionais era do sexo feminino e tinham tempo de atuação em atenção domiciliar igual ou acima de 5 anos. Foram entrevistados assistentes sociais, enfermeiros, farmacêutico, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, nutricionistas, psicólogos e técnicos de enfermagem. Uma observação a ser feita é a ausência de profissionais odontólogos e terapeutas ocupacionais. Segundo o Ministério da Saúde (2016), de acordo com o artigo 18 da portaria n°825 de 25 de abril de 2016 a equipe de EMAP é composta por no mínimo três dos profissionais a seguir, assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo, psicólogo, farmacêutico e terapeuta ocupacional.

Os dados sociodemográticos referentes aos profissionais entrevistados das equipesEMADs e EMAP estão apresentados na Tabela 1.

Fonte: Dados do Estudo (2023)

A seguir a Tabela 2, apresenta as quatro primeiras questões do questionário acerca do tipo de usuário elegido para atendimento domiciliar, a repercussão da COVID-19 nos atendimentos, mudanças de patologias atendidas e como é vista a importância do fisioterapeuta na saúde dos usuários da AD.

Tabela 2: Usuários selecionados, repercussão da COVID-19, patologias atendidas e importância do fisioterapeuta

RESPOSTASNão respondeuConcordo totalmenteConcordoNeutroDiscordoDiscordo Totalmente
FREQUÊNCIASABSREL (%)ABSREL (%)ABSREL (%)ABSREL (%)REL (%)ABSABSREL (%)
QUESTÕES Questão 1 Geralmente, os usuários selecionados par a atendimento domiciliar são acamados, com doenças crônicas ou que não podem ir à unidade de atendimento00001838,31429,80510,60510,60510,6
Questão 2 A COVID-19 repercutiu de modo           negativo nos atendimentos024,31123,41838,30612,8612,848,5
Questão 3 As patologias atendidas antes da pandemia e atualmente são as mesmas, sem alteração012,108171531,90612,8163412,1
Questão 4 O Fisioterapeuta é importante na saúde dos usuários da AD012,13880,90817000000000000
Fonte: Dados do Estudo (2023).

Em relação ao processo de seleção dos usuários para AD, a maioria dos profissionais concordaram que geralmente são pessoas acamadas, com doenças crônicas ou que não podem ir à unidade de atendimento. Tal informação corrobora com o que o Ministério da Saúde (2012)

,que apresenta alguns dos critérios de inclusão para a atenção domiciliar são residência no território de cobertura, consentimento do paciente/ familiar e perfil do usuários como aqueles com processos crônicos reagudizados, pós-cirúrgicos, pacientes para tratamento de úlceras, situações agudas, nutrição parenteral, necessidade de ventilação não-invasiva e cuidados paliativos.

Sobre a COVID-19 e sua repercussão nos atendimentos, a Tabela 2 evidencia também que houve dificuldade enfrentada pelos profissionais, entendendo-se que ela repercutiu de modo negativo nos atendimentos.

A COVID-19 é uma doença que afeta vários sistemas do corpo humano, principalmente o respiratório podendo causar sequelas no organismo (GREENHALGH, et al. 2020). Com isso, trouxe consequências negativas aos atendimentos em todo o mundo. De acordo com Machado, et al. (2022), aqui no Brasil, além da crise sanitária, os profissionais na pandemia tiveram que passar por complicações como demanda de atendimento maior, falta de equipamentos de proteção individual, a falta de boas condições de trabalho, medo de se contaminar, entre outros. Segundo Medina et al. (2020), com a ausência de vacinas e medicamentos específicos para COVID-19 foram necessários recursos para a atenção adequada como por exemplo, a reorganização da APS (Atenção Primária a Saúde) que teve impactos positivos, com planos de gerenciamento de risco, mudanças organizacionais, educação permanente dos profissionais, entre outros. Na atuação com pacientes com COVID- 19 leve, houve encaminhamento para serviços de outros níveis de atenção em casos que poderiam progredir negativamente.

Desta forma, percebe-se que a COVID-19 foi muito além do que se possa imaginar, trazendo ao mundo repercussões negativas em vários aspectos do trabalho e condições pessoais, o que pode explicar o porque para maioria dos entrevistados surtiu efeito negativo. Sobre as mudanças nas patologias atendidas antes e durante a pandemia, os resultados mostram que houve uma discordância entre os profissionais, pois para maioria (48,9%) sim, as patologias continuaram as mesmas mas, para uma boa parte (36,1%) não. Isso pode ser explicado devido a inclusão da COVID-19 e suas sequelas nos atendimentos, que foi relatada nas questões abertas que serão descritas posteriormente. De acordo com o estudo de Reis, et al. (2021), os principais motivos de admissão no serviço de AD foram AVC (Acidente Vascular Cerebral), fratura e Alzheimer, mas também, outras doenças como aquelas que afetam o aparelho respiratório exemplo DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e do sistema tegumentar como lesões por pressão se fazem presentes.

Com o surgimento da COVID-19, houve um aumento na admissão na atenção primária de pacientes com esse quadro clínico para serem atendidos pelo serviço (SAVASSI, et al. 2020). Portanto, houve a adição da nova doença aos atendimentos, demonstrando que a AD se mostrarem constante atualização às necessidades da população atendida.

Sobre a percepção dos profissionais sobre a importância do Fisioterapeuta na saúde dos usuários da AD, todos os profissionais que responderam concordaram. Segundo o que foi apresentado na Tabela 2, é mostrado que na equipe, o fisioterapeuta é um profissional importante na saúde dos usuários de atendimento domiciliar. Segundo Colodetti, et al. (2009), a fisioterapia na atenção domiciliar trabalha no  acolhimento, atendimento, nos cuidados, orientações e também na assistência domiciliar que neste tipo de assistência pode-se notar atendimentos em pacientes com doenças crônicas, assim como acamados, demonstrando sua importância para a população.

Sobre as principais patologias atendidas pelos fisioterapeutas da equipe, a Tabela 3 demonstra que são aquelas que afetam mais os sistemas musculoesquelético, cardiorrespiratório, neurológico e uroginecológico. Ela também evidencia a principal tipo de fisioterapia na AD atualmente.

A Tabela 3 mostra que o fisioterapeuta da equipe atende mais patologias que afetam os sistemas musculoesquelético, cardiorrespiratório, neurológico e uroginecológico, evidenciando que os sistemas musculoesquelético e cardiorrespiratório são os principais atendidos com concordância de 85,1%. Em relação aos sistemas neurológico e uroginecológico houve uma evidente divergência entre respostas, da qual apenas um profissional discordou, 14 profissionais concordaram totalmente, 16 concordaram e 14 tiveram posição neutra. Isso pode ser explicado a uma concordância em partes, em que concordam que há uma grande quantidade de patologias da área neurológica e nem tantas da área uroginecológica como inclusive foi citado na questão aberta sobre patologias atendidas que será esclarecida mais posteriormente. Nela, a única patologia patologia que incluiu o sistema uroginecológico foi a infecção do trato urinário, sendo uma condição que não é tratada pela fisioterapia.

A Tabela 3 também demonstra que a atuação do Fisioterapeuta na AD atualmente é principalmente motora, mas houve uma boa quantidade de profissionais que também concordaram que é respiratória, mas diferente da motora, muitos tiveram opinião neutra e discordaram em relação a fisioterapia respiratória. Isso pode ser explicado em partes por meio das questões anteriores que apontam que boa parte das patologias atendidas no serviço pelo fisioterapeuta são aquelas que afetam sistema musculoesquelético, cardiorrespiratório, neurológico e uroginecológico. O que corrobora em partes com a análise do estudo de Da Silva, Durães, Azoubel (2011), em que constatou que nos estudos selecionados as pessoas atendidas tinham por exemplo, AVC, esclerose lateral amiotrófica, doença pulmonar crônica, eram para reabilitação do ligamento cruzado anterior. E também retrata que a maior prevalência das demandas do atendimento fisioterapêutico domiciliar é ligada à função motora.

Tabela 3: Patologias atendidas pelo fisioterapeuta, principal área de atuação da fisioterapia na AD

RESPOSTASNão respondeuConcordo totalmenteConcordoNeutroDiscordoDiscordo Totalmente
FREQUÊNCIASABSREL (%)ABSREL (%)ABSREL (%)AB SREL (%)RELABS (%)ABSREL (%)
  QUESTÕES Questão 5.1 O Fisioterapeuta da equipe atende mais patologias que afetam os sistemas: Musculoesquelético Cardiorrespiratório12,12246,81838,3612,8000000
Questão 5.2 O Fisioterapeuta da equipe atende mais patologias que afetam os sistemas: Neurológico Uroginecológico24,31429,816341429,800012,1
Questão 6 A Fisioterapia na AD atualmente é principalmente motora12,12348,91940,412,136,400
Questão 7 A        Fisioterapia      na ADatualmente é principalmente respiratória24,3714,916341021,31225,500
Fonte: Dados do Estudo (2023).

A seguir, a tabela 4 retrata a opinião dos profissionais sobre o trabalho em equipe e o andamentodo serviço nos atendimentos.

Tabela 4: trabalho em equipe e condição de atendimentos atuais.

RESPOSTASNão respondeuConcordo totalmenteConcordoNeutroDiscordoDiscordo Totalmente
FREQUÊNCIASABSREL (%)ABSREL (%)ABSREL (%)AB SREL (%)REL (%)ABS (%)ABSREL (%)
  QUESTÕES Questão 8 A minha equipe trabalha em conjunto003063,81429,836,4000000
Questão 9 Atualmente os atendimentos estão ocorrendo de maneira tranquila001736,22553,236,424,300
Fonte: Dados do Estudo (2023).

Como demonstrado, a maioria dos profissionais concordaram que a equipe trabalha em conjunto e apenas três deles tiveram posição neutra a respeito disso, o que se faz questionar o porque dessa opinião já que para maioria a equipe é conjunta e trabalha dessa forma, visualizando a transdisciplinaridade. De acordo com Severo e Seminotti (2010), a transdisciplinaridade é a integração de saberes, além de que diálogos entre sujeitos fazem surgir saberes transdisciplinares e que a discussão da prática em saúde coletiva contribui para envolvimento na construção da integralidade.

De acordo também com Francischini, Ribeiro, Chinellato (2008), ainda existem conflitos entre membros de equipe, mas há uma necessidade de consciência de que o trabalho tem que ser compartilhado e humanizado e que trabalhar em equipe melhora a efetividade desse trabalho. Assim, pode se construir um projeto comum a partir da conscientização de que os membros da equipe têm vários conhecimentos e que é importante interagirem entre eles. Portanto, é importante que busquem objetivos e que trabalhem em conjunto e que a equipe esteja se adequando as possibilidades presentes no meio da saúde.

Então, com as respostas deste estudo, pode-se perceber que mesmo com a pandemia, atualmente os atendimentos estão prosseguindo de maneira tranquila. Isso demonstra que mesmo com as particularidades e dificuldades enfrentadas em situações como essa, a AD consegue se reorganizar e vencer divergências.

Nesta pesquisa, algumas questões abertas foram elaboradas no intuito de obter informações a respeito de atividades realizadas pelo fisioterapeuta, dificuldades enfrentadas assim como patologias atendidas. Essas informações são importantes para que haja o entendimento de como o serviço ocorre e como a equipe interage.

O Quadro 1 fala sobre as percepções dos profissionais acerca das atividades realizadas pelo fisioterapeuta, as dificuldades enfrentadas por eles e as principais patologias atendidas antes da pandemia e atualmente. Percebe-se que sua atuação é vasta e que os demais profissionais da equipe sabem bem a respeito de como funciona.

Quadro 1: Atividades e dificuldades dos fisioterapeutas e as principais patologias atendidas antes                          da pandemia e atualmente.

RESPOSTASFISIOTERAPEUTASDEMAIS PROFISSIONAIS
QUESTÕES 1. Cite as principais atividades realizadas pelo Fisioterapeuta na Atenção DomiciliarAvaliação, cinesioterapia motora, respiratória, eletroterapia, transformação de seu lar em um ambiente de reabilitação aconchegante, atendimento domiciliar, atividades de educação permanente, encaminhar para redes de referência.Admissão de pacientes, fisioterapia motora e respiratória, reabilitação, exercício, avaliação respiratória, prescrição de órtese e prótese, orientações e capacitação aos cuidadores, fisioterapia cardiorrespiratória, produção, agenda, visitas domiciliares.
2. Principais dificuldades enfrentadas pelo Fisioterapeuta da AD no período de pandemiaDificuldade para entrar na casa dos usuários, medo da COVID-19, falta de apoio, dificuldade em transitar pela cidade, alta demanda com necessidades de longos período de assistência, medo da família, diminuição da quantidade de atendimentosAceitação das visitas domiciliares, falta de equipamentos e material, equipamentos para as realizações de exercícios, não poder realizar atendimento, medo, falta de informação do vírus, restrição de visitas aos usuários, demanda de paciente para os profissionais, insalubridade, atendimentos respiratórios, aumento da demanda, receio dos cuidadores, avanço tecnológico, pacientes crônicos que não são demanda para a AD, transporte, atuar na prevenção de sintomas já que chegavam muito debilitados.
3. As principais patologias dos usuários da AD antes da pandemia da COVID-19, relatadas neste estudo.AVC, AVE, fratura de fêmur, insuficiência respiratória, DPOC, ICC, TRE, lesão medular.Sequelas de AVE e AVC, sequela de arma de fogo, insuficiência cardíaca, doenças neurológicas, AVC, sequelas de traumatismos, paralisias por lesões provocadas por arma de fogo, HAS, DM, doenças demenciais, doenças neurológicas progressivas, doenças osteoarticulares, doenças congênitas, radiculopatias, alzheimer, TCE, quedas, fratura de fêmur, LPP(lesão por pressão), DPOC, câncer, trauma raquimedular, acidentes, ulcera por pressão, doenças neurodegenerativas, insuficiência respiratória, acamados.
4. Relato das principais patologias dos usuários da AD atualmenteProblemas respiratórios, redução da mobilidade, AVC, fraturas, AVE, fratura de fêmur, pós-COVID-19, paralisia cerebral, diabetes mellitus, hipertensão, sequelas da COVID-19.AVE, AVC, úlcera por pressão, traumatismo dos membros inferiores, COVID-19, problemas respiratórios, diminuição de força e equilíbrio, escaras, sequelas covid, neurológica, psicomotor, infarto, Alzheimer, depressão, fraturas, broncopneumonia, lesão por pressão, infecção do trato urinário,, síndromes, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, DPOC, sequelas por afogamento, tuberculose(tb), câncer, sequela de arma de fogo, insuficiência cardíaca, doenças neurológicas, demência, lesões vasculares por complicações diabéticas, doenças neurológicas progressivas, doenças osteoarticulares, doenças congênitas, radiculopatias, neuropatia diabética, doenças vasculares periféricas, insuficiência cardíaca congestiva,             Alzheimer,                               doenças degenerativas.
Fonte: Dados do Estudo (2023).

De acordo com o Quadro 1, percebe-se que os profissionais têm bom entendimento sobre as atividades realizadas pelo fisioterapeuta. Segundo o Protocolo de Atenção à Saúde do Distrito Federal (2018), a atuação da fisioterapia na AD, se dá por exercícios, orientações, educação, capacitação, analisando fator socioeconômico. Atuando também em supervisões, prescrição de órteses, avaliando, atuações específicas como por exemplo a cinesioterapia, posicionamentos, técnicas respiratórias e oxigenoterapia.

Neste estudo, foi relatado para os demais profissionais, as dificuldades enfrentadas pelos fisioterapeutas foram maiores do que as visualizadas pelos próprios fisioterapeutas. Porém, ambas profissões relataram medo da COVID-19 e a dificuldade no transporte. Segundo Souza, et al. (2022), a fisioterapia é a área mais vulnerável à contaminação devido ao contato físico mais próximo e na pandemia não houve segurança por insuficiência de EPI (equipamento de proteção individual). A reabilitação da COVID-19 por meio da assistência fisioterapêutica na APS dependeu então, da resposta da mesma (APS), com sua organização como por exemplo, com a identificação de casos e classificação de risco. No campo da tele saúde, os custos podem ser reduzidos, mas tendo que considerar os aspectos socioeconômicos, pois nem todos tem mesmo acesso a recursos. Portanto, é uma estratégia que deve ser pensada com cautela. Assim como na parte ambulatorial, um obstáculo a ser citado é a desigualdade socioeconômica

A pesquisa revelou que antes da pandemia e atualmente, as patologias atendidas continuaram basicamente as mesmas, mas houve adição de atendimentos aos pacientes com sequelas da COVID-19. Percebe-se em ambos momentos, a prevalência de patologias neurológicas, respiratórias, cardiovasculares, ostearticulares, fraturas e traumatismos. De acordo com Silva, et al. (2010), nos três serviços de atenção domiciliar de serviços ambulatoriais e hospitalares em Belo Horizonte, eram atendidos mais pacientes com quadros agudos, como por exemplo, infecções, atenção pediátrica e adulta com prevalência em neurologia.

Segundo o Manual do Serviço de Atenção Domiciliar de Ribeirão Preto (2018), a AD tem sua importância em relação aos custos de saúde, demandas para por exemplo, serviços de emergência dispostos na atenção terciária, além da importância na formação profissional. Além disso, de acordo com Araújo, et al. (2019), a AD pode diminuir gastos e os atendimentos são voltados principalmente para pacientes com DPOC, neoplasias, TCE (traumatismo crânio- encefálico), AVC e Alzheimer.

A respeito das equipes da Paraíba, a pesquisa de Cavalcante, et al. (2022), realizada com 17 municípios do Estado, relatou que os encaminhamentos das equipes na maioria se dá por serviços públicos e os atendimentos são mais frequentes na população idosa e adulta. Isso pode corroborar com os resultados desta pesquisa acerca das patologias relatadas, pois algumas são mais predominantes em idosos.

A COVID-19 pôde gerar consequências aos trabalhadores de saúde que tiveram que lidar com algo novo. Como no estudo de Vedovato, et al. (2021), que relata as repercussões negativas da COVID-19 aos profissionais de saúde, como por exemplo, adoecimentos, afastamentos e desistências do trabalho.

Deste modo, pode-se notar que o enfrentamento da doença, independente de como fosse, refletiu de modo desfavorável tanto aos atendimentos como aos profissionais atuantes. Por isso, é interessante que as equipes tenham uma interação maior e um melhor acesso a informações, de modo que os riscos sejam diminuídos e o trabalho seja mais eficiente e agradável.

CONCLUSÕES

A atenção domiciliar se mostra importante em muitos contextos, seja no atendimento em siou seja no apoio que pode gerar benefícios aos usuários e aos trabalhadores do serviço, assim comoa toda comunidade e a atenção primária, por ser um suporte eficiente à saúde da população que precisa. As equipes EMAD e EMAP possuem papel primordial, pois são responsáveis pela AD2 e AD3. Elas contam com fisioterapeutas que trabalham em conjunto com muitos outros profissionais, por isso é interessante que trabalhem de maneira transdisciplinar. Com a pandemia da COVID-19, os serviços de saúde tiveram que se reorganizar e a atenção domiciliar teve que se manter, como então foi observado nos resultados deste estudo. Além disso, também foi compreendido que as equipes trabalham em conjunto e que veem a importância do fisioterapeuta nos atendimentos e que atualmente os atendimentos estão mais tranquilos. Com isso, pode-se entender que grande parte dos profissionais das equipes do SAD de João Pessoa tem entendimento sobre atuações fisioterapêuticas, que eles também replicam a transdisciplinaridade, mas é possível visualizar uma necessidade de maior interação entre eles para que todos trabalhem de maneira mais conjunta. Assim, com esta pesquisa pôde-se ter muitas informações sobre as equipes, suas atuações e questões acerca da fisioterapia.

Portanto, pode-se compreender que estudar sobre gestão de trabalho e transdisciplinaridade, é importante para se entender contextos e facilitar andamentos de serviços. Há uma necessidade demais estudos acerca desse tipo de interação e sobre atividades dentro do SUS, que é de grande importância para a população.

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¹Fisioterapeuta, mestranda em Fisioterapia – UFPB
²Fisioterapeuta, mestre e doutora em Fisioterapia – UFPB