REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202502121650
Kamilla de Brito Vasconcelos1
Lilian Conceição Coelho Costa2
RESUMO
Introdução: Em busca da promoção e preservação do envelhecimento saudável, novas estratégias de saúde têm sido empregadas, a capacidade intrínseca surge para reestruturar o que se conhecia como marcador de envelhecimento saudável, pois se baseia nas reservas biológicas residuais e não somente no número de comorbidades. Objetivo: Verificar estudos que apoiam a construção da avaliação da capacidade intrínseca como medida de envelhecimento saudável. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, do tipo scoping review, utilizando as bases de dados Medline, PEDro e Scielo. Resultados: Foram encontrados na primeira busca 96 artigos a respeito do tema, após a análise, restaram 36 artigos relevantes e posteriormente, após uma análise mais criteriosa, 13 artigos foram elegíveis para esta pesquisa. Considerações Finais: A capacidade intrínseca mostrou-se um instrumento promissor para a construção de estratégias que auxiliem na avaliação e ajudem a preservar o envelhecimento saudável.
Palavras-chaves: capacidade intrínseca; envelhecimento saudável; idoso.
ABSTRACT
Introduction: In search of promoting and preserving healthy aging, new health strategies have been employed, the intrinsic capacity emerges to restructure what was known as a marker of healthy aging, as it is based on residual biological reserves and not just on the number of comorbidities. Objective: Verify studies that support the construction of intrinsic capacity assessment as a measure of healthy aging. Methodology: This is a literature review, of the scoping review type, using the Medline, PEDro and Scielo databases. Results: 96 articles on the topic were found in the first search, after the analysis, 36 relevant articles remained and subsequently, after a more careful analysis, 13 articles were eligible for this research. Final Considerations: Intrinsic capacity proved to be a promising instrument for building strategies that assist in assessment and help preserve healthy aging.
Keywords: intrinsic capacity; healthy aging; elderly.
1. INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é visto como um grande êxito para a humanidade, e também, um grande desafio na busca de um processo saudável e com qualidade de vida, visto que o envelhecimento pode trazer grandes mudanças nos indicadores de saúde. Estima-se que em 2050 a população mundial de idosos será superior a jovens de 15 anos. (GARCIA et al 2018).
Dias et al (2014) demonstrou preocupação com o aumento da expectativa de vida e aumento da população idosa, pois com o envelhecimento, também se eleva as chances do aparecimento de doenças crônico-degenerativas que podem levar a perdas funcionais e cognitivas.
Nesse contexto, em 2015, a OMS divulgou um documento denominado ‘Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde’, que se sugere novas perspectivas para a pessoa idosa. A ideia é que o status de envelhecimento do idoso não deve ser calculado quanto às suas doenças, partindo do sentido onde as habilidades funcionais se tornam mais importantes com o avançar da idade. Nesse sentido, se propõe que para que um indivíduo tenha um envelhecimento ativo e saudável, ele se enquadre em alguns princípios relacionados ao que ele é capaz de realizar, dentre eles, está a capacidade intrínseca.
Como citado por Cesari et al (2018), a capacidade intrínseca será a soma das habilidades mentais e físicas dos indivíduos. Esta surge para reestruturar o que se conhecia como marcador de envelhecimento saudável, pois se baseia nas reservas biológicas residuais e não nas alterações de saúde negativas do idoso.
Sabe-se que existe uma interação complexa e persistente entre o processo de envelhecimento e a doença; portanto, abordagens baseadas no mero tratamento de doenças podem ser inadequadas para evitar a cascata de incapacidades. Estratégias, como melhorar ou manter a CI ao longo da vida, podem desempenhar um papel importante na melhoria da vida dos idosos. Estudos anteriores mostraram que a CI é capaz de predizer maus resultados de saúde. (ZHAO et al, 2021)
O conceito de capacidade funcional é então introduzido como todos os atributos relacionados à saúde que permitem que as pessoas sejam e façam o que têm razão para valorizar. A capacidade funcional é, por sua vez, determinada por: a capacidade intrínseca (ou seja, o composto de todas as capacidades físicas e mentais de um indivíduo), o ambiente (isto é, todos os fatores do mundo extrínseco que formam o contexto da vida de um indivíduo) e as interações entre os dois. (CESARI et al, 2018) Para Briggs et al (2018) apesar dos avanços em estratégias que promovam um envelhecimento mais saudável, ainda se há uma dificuldade em padronizar a integração entre os serviços de saúde. Grandes pesquisadores têm buscado um modelo mais apropriado que se integre devidamente nas demandas do público idoso, buscando bem-estar e qualidade de vida
No estudo realizado por Charles et al (2020), onde se buscava prever declínios funcionais através da avaliação da capacidade intrínseca, alguns domínios puderam prever os resultados de saúde relacionados à capacidade funcional. Espera-se que uma avaliação contínua nessa população possa auxiliar na independência funcional e consequentemente promover um envelhecimento mais ativo e saudável. Segundo Beard et al (2019), O relatório proposto para inserção da nova estratégia do envelhecimento em saúde sugere que o desempenho funcional seja determinado pela capacidade intrínseca. Muitos estudos têm estudado a relação da cognição e locomoção para determinar o desempenho funcional, porém nenhum mensura a CI como um aspecto geral para que isso seja melhor compreendido. As perdas das capacidades de realizar as AVD’s, geralmente são apenas observadas com um decréscimo significativo dessas habilidades. Quando essas associações são entendidas, é possível buscar intervenções mais previamente, como forma de comparar os benefícios relativos de intervenções em diferentes domínios funcionais ou em diferentes sistemas orgânicos.
O modelo de avaliação pela capacidade intrínseca torna-se importante para se obter os domínios que podem comprometer a autonomia do idoso, para que estes possam auxiliar na elaboração de estratégias na promoção de saúde. O objetivo deste trabalho é verificar estudos que apoiam a construção da avaliação da capacidade intrínseca como medida de envelhecimento saudável no ambiente clínico e de pesquisa.
2. CAPACIDADE INTRINSECA
Segundo Wiggers (2021), com o aumento da população idosa, torna-se estigmatizado o conceito de envelhecimento saudável. Isso porque o envelhecimento está amplamente ligado com perdas funcionais e surgimento de doenças crônicos degenerativas. Diante desse quadro, buscar alternativas que promovam a prevenção da dependência funcional e o envelhecimento saudável tem sido cada vez mais estudados.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2015), o envelhecimento saudável é um processo de otimização da capacidade funcional, física e mental, o que nos identifica que estar livre de patologias não determina um envelhecimento saudável. O conceito de capacidade intrínseca surge com o objetivo de ser um marcador multidimensional de envelhecimento saudável, que busca determinar as funções que tornam um envelhecimento mais sadio.
Com o surgimento da CI, Cesari e participantes publicaram em 2017 os domínios avaliados na capacidade intrínseca e no mesmo ano, a OMS lança a estratégia ICOPE (que gira em torno do conceito da CI). A CI se estabelece na reserva de cinco domínios: psicológico, cognição, vitalidade, locomoção e sensorial. Estes são expressos por subdomínios (Figura 1).
Segundo Yu et al (2021), o conceito de capacidade intrínseca pode atuar como auxiliar na busca de respostas que possam vencer muitos estigmas da velhice. Assim, pode-se efetivar medidas organizacionais nas avaliações e práticas clínicas. Quando se tem uma padronização no sistema em favor do idoso, pode-se efetivar um estímulo positivo tanto para o idoso, na busca de um envelhecimento sadio, quanto para a sociedade que carrega o envelhecimento como um fardo.
Figura 1: Fluxograma dos domínios da capacidade intrínseca
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Fonte: Cesari et al, (2018). Adaptado pela autora
Domínio Vitalidade
Segundo Urtado et al (2018), o envelhecimento é marcado por uma série de mudanças biológicas, e vem sendo acompanhado da degradação de diversas funções orgânicas. A partir disso, pode-se dizer que o envelhecimento e seu leque de alterações estão relacionados com a disfunção do metabolismo. Muitas pesquisas são realizadas buscando entender como nosso sistema celular funciona durante o envelhecimento para que se alcance a longevidade e além disso para que se alcance a longevidade sem que haja alterações degenerativas.
Para Nestola, Orlandini e Cesari (2020), o domínio da vitalidade vem sendo compreendido pelas mudanças do metalismo energético, as mudanças fisiológicas que acompanham o processo de envelhecimento biológico. Esse metabolismo se encontra em bons parâmetros quando a ingestão alimentar é suficiente para o gasto energético diário.
Os protocolos de avaliação para o domínio da vitalidade estão amplamente sendo utilizados seguindo o estudo realizado por Albertini et al (2022), que utiliza a FPP da mão dominante e a Mini Avaliação nutricional.
Domínio Psicológico
Guimarães et al (2019) afirma que o cenário institucional pode favorecer o idoso a estar vulnerável a transtornos psicológicos, piorando doenças já existentes e podendo comprometer sua autonomia. Muitos fatores se associam ao aparecimento desses transtornos, tais como: distância da família, convivência com desconhecidos, perda de privacidade, entre outros fatores associados.
Em um estudo realizado por Gato et al (2018), utilizando a Escala de Depressão Geriátrica – GDS 15 os idosos com depressão leve apresentaram melhor funcionalidade em relação aos que apresentavam um quadro mais elevado da doença. Nesse cenário, pode-se relacionar contexto de saúde e bem-estar com maiores índices de autonomia. Os sintomas depressivos afetam diretamente a qualidade de vida, aumentam o nível de dependência e acarretam muitos declínios gerais.
Domínio Sensorial
Segundo Morsch, Pereira e Bós (2018) os primeiros sistemas a sofrer impacto com o avanço da idade é o sistema sensorial. O sistema sensorial perde 70% de seus receptores em idosos acima de 70 anos, e se tem declínio principalmente na funcionalidade visual e auditiva, que sofrem declínio gradual no processo de envelhecimento.
Davis et al (2016) e Schotte et al (2019) acreditam que as habilidades sensoriais declinam com a idade, cerca de 5% da população mundial sofre com perda auditiva e com o passar da idade se instalam a dupla perda sensorial (audição e visão). Esses resultados estão ligados com resultados negativos para a saúde e distanciamento para atividades sociais. Acredita-se que as perdas sensoriais também podem acarretar em declínios cognitivos, motores e comprometer a autonomia do idoso.
Domínio Locomoção
Para Cesari et al (2018) a locomoção humana pode ser definida como o ato de transferir-se, realizar a marcha/deambulação, movimentar-se. Esta recruta capacidades do indivíduo, como a resistência muscular, equilíbrio, coordenação motora e força. Todos os mecanismos são importantes para que se realize uma marcha eficiente e que o auxilie para realizar suas AVD’s e outras atividades.
Amorim et al (2021) ressalta que os problemas locomotores podem ser preditores de quedas e que deve ser visualizado com uma atenção especial. As quedas em sua maioria podem resultar em fraturas, hospitalizações, perda de participação social e morte. Além disso, o tempo de recuperação de lesões envolvendo quedas podem levar a mais perdas funcionais.
Domínio Cognição
Mariano et al (2020) afirma que a cognição pode ser bem definida como um bom funcionamento da mente e esta oferece boas respostas a estímulos do ambiente. A cognição está muito associada às atividades que o indivíduo consegue realizar, e principalmente quanto a sua mobilidade e é extremamente importante para manter a autonomia do indivíduo, mas deve-se atentar muito mais na velhice pelos fatores fisiológicos do envelhecimento.
Com o envelhecimento, ocorre uma redução do número de células nervosas, assim como uma diminuição na velocidade de condução do estímulo nervoso. no entanto, isto não significa, necessariamente, incapacidade, uma vez que o cérebro, suficientemente estimulado, consegue aumentar e fortalecer as ligações sinápticas existentes, independentemente da idade do indivíduo. Estas ligações criadas compensam a deterioração neuronal (JACOB, 2012)
Em um estudo realizado por Mathur (2022), em sua avaliação dos domínios da capacidade intrínseca, houve prevalência de declínio do domínio cognitivo de 30% dos participantes do estudo. Atualmente a avaliação da cognição tem sido bem empregada com o Mini Exame de Estado Mental (MEEM) e pela triagem cognitiva de 10 pontos (10Cs), assim como realizado por Stolz et al (2022).
Estratégia ICOPE
Para Briggs et al (2018) apesar dos avanços em estratégias que promovam um envelhecimento mais saudável, ainda se há uma dificuldade em padronizar a integração entre os serviços de saúde. Grandes pesquisadores têm buscado um modelo mais apropriado que se integre devidamente nas demandas do público idoso, buscando bem-estar e qualidade de vida.
Em outubro de 2017 a Organização Mundial de Saúde propôs um guia com instruções para gerenciar condições prioritárias sobre os declínios da capacidade intrínseca. A estratégia permite que haja uma série de promoções em saúde, com a manutenção da capacidade intrínseca e que isso se torne uma reflexão positiva a nível funcional, evitando a dependência na velhice.
Sabe-se que existe uma interação complexa e persistente entre o processo de envelhecimento e a doença; portanto, abordagens baseadas no mero tratamento de doenças podem ser inadequadas para evitar a cascata de incapacidades. Estratégias, como melhorar ou manter a CI ao longo da vida, podem desempenhar um papel importante na melhoria da vida dos idosos. Estudos anteriores mostraram que a CI é capaz de predizer maus resultados de saúde em residentes de casas de repouso. (ZHAO et al, 2021)
Segundo Tavassoli et al (2020) a estratégia ICOPE consiste na integração individual das capacidades do indivíduo: seus desejos, suas perspectivas, suas patologias, seu estilo de vida, seu ambiente. Espera-se que a padronização do sistema entre os profissionais de saúde permita uma melhor assistência ao idoso. O programa conta com 5 etapas de cuidados, como descrito na tabela 1.
Tabela 1: Etapas de cuidado proposto pela OMS
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Fonte: Tavassoli et al (2020). Adaptado pela autora.
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura, do tipo scoping review, na qual se caracteriza por analisar a extensão e a natureza de determinada linha de pesquisa. A preferência por essa metodologia se justifica pela baixa disponibilidade de evidência científica a respeito do tema.
A questão norteadora desta pesquisa foi “a capacidade intrínseca é válida como medida de envelhecimento saudável? “. As bases de dados utilizadas na pesquisa foram: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online – MEDLINE ® (acesso via PubMed); Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Physiotherapy Evidences Database (PEDro). Os estudos a serem apontados nesta pesquisa, seguiram a estratégia de análise PCC – população, conceito e contexto. A população analisada foram as pessoas idosas, o conceito trata-se da capacidade intrínseca e o contexto são os avanços que a apoiam como medida de envelhecimento saudável.
Os critérios de inclusão foram: estudos publicados a partir de 2015; estudos observacionais que abordam o modelo conceitual da capacidade intrínseca, artigos com textos completos em inglês, português e espanhol. Os critérios de exclusão foram: artigos de revisão e resumo; artigos duplicados e artigos com metodologia experimental.
4. RESULTADOS
Foram encontrados inicialmente 96 artigos, em uma primeira triagem, considerando título e resumo, 34 artigos se mostraram relevantes para a pesquisa. Após uma análise mais criteriosa, considerando os textos completos, permaneceram 13 artigos relevantes, nos quais são descritos e identificados na tabela 1. Não foram encontrados artigos nas bases Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Physiotherapy Evidence Database (PEDro). O processo de busca e elegibilidade se apresenta no fluxograma, na figura 1.
Figura 2: Triagem de recrutamento de artigos
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Fonte: elaborado pela autora, 2023
Tabela 2: características dos artigos elegíveis
ANO | AUTOR | TIPO DE ESTUDO | RESULTADOS |
2022 | BEARD, R.J et al | Longitudinal | A capacidade intrínseca previu o declínio do desempenho em ambas as AIVDs. Após contabilização de idade, sexo, educação, riqueza e número de doenças crônicas. Cada característica foi associada à capacidade intrínseca, proporcionando forte validade de construto. |
2022 | LEUNG, M.Y.A et al | Transversal | Pessoas com idade mais jovem, com maior escolaridade e ausência de hipertensão eram mais propensos a ter melhor capacidade intrínseca. A capacidade intrínseca associou-se positivamente à capacidade de autocuidado na realização de atividades de vida diária e engajamento social. |
2021 | HUANG, H.C et al | Longitudinal | A fragilidade social estava associada à CI, principalmente nos domínios cognição, função psicológica e vitalidade. Os homens com fragilidade social eram mais vulneráveis do que as mulheres ao declínio da sua função psicológica e dos domínios cognitivos. |
2022 | WARIS, M et al | Longitudinal | O desenvolvimento de um construto objetivo do conceito de capacidade intrínseca, utilizando parâmetros clínicos e bioquímicos comumente medidos, é viável e preditivo da funcionalidade subsequente de um indivíduo. |
2021 | GUTIÉRREZ ROBLEDO, L. M; GARCÍA CHANES, R. E; PÉREZ ZEPEDA, M. U. | Transversal | Níveis diminuídos de capacidade intrínseca em idosos mexicanos estão associados a menos escolaridade, autoavaliação de saúde precária, mais doenças crônicas, mais consultas médicas e problemas nas atividades da vida diária. |
2021 | ZENG, X et al | Transversal | A perda de CI na admissão previu resultados adversos para a saúde, incluindo novas dependências em AVD e AIVD e mortalidade 1 ano após a alta entre pacientes hospitalizados mais velhos. |
2022 | MENG, C. L et al | Transversal | O sistema integrado de pontuação do CI, desenvolvido a partir do conceito proposto pela OMS, capturou substancialmente o risco de mortalidade de pessoas mais velhas. Além disso, não apenas prevê mortalidade, mas também sugere diferentes fisiopatologias ao longo do ciclo de vida do envelhecimento |
2023 | CAMPBELL, C. L et al | Longitudinal | Melhores pontuações iniciais de IC foram associadas à redução do risco de dificuldades subsequentes com AVDs e AIVDs, internação hospitalar e mortalidade. Estes resultados sugerem a utilidade deste escore CI como medida de risco para futuros resultados adversos em pessoas idosas. |
2023 | JIANG, S. Y et al | Transversal | Os resultados sugeriram que um ambiente de vida favorável ao idoso influenciou a capacidade funcional foi mais proeminente em idosos com CI ruim. Estas descobertas sugerem que um ambiente de vida favorável ao idoso é importante para manter e melhorar a AF dos idosos, especialmente naqueles com CI deficiente. |
2023 | JIA, S et al | Estudo de coorte prospectivo | As transições de CI, mas não a fragilidade, foram associadas a maior risco de incapacidade incidente. A locomoção basal e o comprometimento da vitalidade foram associados à piora ou à manutenção da fragilidade. Nossas descobertas apoiam a noção da OMS de monitorar e otimizar a CI para retardar a deterioração da CI e prevenir a fragilidade e a incapacidade. |
2023 | CHEN, J. Z et al | Transversal | Os resultados do estudo revelaram associações significativas e efeitos mediadores entre capacidade intrínseca, felicidade e resiliência no contexto do envelhecimento saudável. A grande maioria dos participantes (94,7%) apresentou prejuízos na capacidade intrínseca, significando uma presença predominante de déficits funcionais na população estudada. |
2021 | PRINCE, J. M et al | Estudo de Coorte | Observa-se alta prevalência de declínio da capacidade intrínseca, principalmente nas faixas etárias mais avançadas. As pessoas afetadas aumentaram substancialmente os riscos de dependência e morte. Essas descobertas oferecem algum suporte para a estratégia de otimização da capacidade intrínseca na busca por um envelhecimento saudável. |
2023 | RAMÍREZ VÉLEZ, R et al | Estudo de Coorte | O escore de déficit de CI é um poderoso preditor das trajetórias funcionais e das vulnerabilidades do indivíduo em relação à incidência de doenças cardiovasculares e à morte prematura. O monitoramento da pontuação CI de um indivíduo pode fornecer um sistema de alerta precoce para iniciar esforços preventivos. |
Fonte: elaborado pela autora, 2023
5. DISCUSSÃO
A avaliação da capacidade intrínseca se mostrou um bom instrumento para medir o envelhecimento saudável, de acordo com o objetivo proposto para esta revisão, então 13 artigos foram analisados e elegíveis para pesquisa.
Os estudos mediram a capacidade intrínseca através dos 5 domínios implementados (cognição, locomoção, vitalidade, psicológico e sensorial), o déficit dos domínios isolados teve ampla variação entre os estudos, isso pode ser explicado devido a variação quanto a região, cultura e ambiente da população analisada. Outro fator que pode ter influenciado na variação são as diferentes estratégias de medições, testes e biomarcadores utilizados pelos autores. Embora os estudos tenham analisado a capacidade intrínseca sob cenários e comparações distintas, 12 deles previram o declínio na funcionalidade, o que ratifica um bom constructo para a estratégia da OMS.
Meng e seus colaboradores (2022) afirmam que a capacidade intrínseca deficitária esteve associada à mortalidade e à fragilidade. Quando se tratava de um ambiente hospitalar, esses preditores também se mostraram consideráveis, de acordo com o estudo de Zeng et al (2021), onde se destaca o domínio cognitivo, no qual desencadeou um efeito prejudicial na realização de AVD e AIVD 1 ano após a alta em pacientes idosos que foram hospitalizados. Além disso, comprovou-se que o mau resultado do domínio cognitivo esteve amplamente associado à fragilidade subjacente.
Nos estudos de Beard et al (2022) e Leung et al (2022), níveis diminuídos gerais de capacidade intrínseca foram diretamente relacionados com aumento da idade, níveis baixos de escolaridade, portadores de hipertensão arterial e menor poder aquisitivo. Quando avaliadas pontuações de fatores específicos, a cognição estava positivamente associada ao ensino superior e a locomoção negativamente ao aumento da idade. Embora os autores tenham chegado a desfechos semelhantes, o estudo de Leung apresentou distinção de boa ou má capacidade intrínseca quando relacionado com o sexo, enquanto no estudo de Beard, a baixa capacidade intrínseca foi mais associada ao sexo feminino.
Embora haja um consenso quanto a implementação da capacidade intrínseca como um bom instrumento de avaliação, é necessário que também haja um consenso quanto aos instrumentos de medições utilizados para que a estratégia seja mais efetiva, também são necessários mais estudos longitudinais a respeito do tema. Apesar das limitações citadas, esta revisão fornece informações valiosas quanto à medição do envelhecimento saudável através da avaliação da capacidade intrínseca em diferentes populações.
O campo do envelhecimento ainda passa por muitas modificações e necessita de ampla exploração para que novas medidas de avaliação e intervenção sejam utilizadas para promover um envelhecimento mais sadio.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A capacidade intrínseca (CI) foi avaliada através de testes e questionários auto relatados de acordo com cada domínio, tendo variação na abordagem dos autores. A CI mostrou-se um instrumento promissor para a construção de estratégias que auxiliem na avaliação e ajudem a preservar o envelhecimento saudável. Foi possível associar a capacidade intrínseca com o déficit de desempenho funcional na maioria dos estudos analisados, também à fragilidade, mortalidade e maior tempo de hospitalização.
Acredita-se que a avaliação contínua da população idosa através da capacidade intrínseca possa ser um método que amplie o envelhecimento saudável em diferentes populações, principalmente quando utilizado na atenção primária. No entanto, existem vários desafios antes que a capacidade intrínseca seja adotada de forma mais ampla nos campos de saúde e pesquisa.
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1Kamilla de Brito Vasconcelos – Fisioterapeuta
2Lilian Conceição Coelho Costa – Fisioterapeuta