ENGENHARIA DE QUALIDADE APLICADA AO SUS 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11827187


Matheus Bueno Mongarde; Talis Carvalho Brum; Jarilson De Souza Silva1; João Vitor De Souza Boechat2.


RESUMO

O desenvolvimento acelerado do capitalismo e o avanço das tecnologias globais impulsionaram as grandes corporações a buscar métodos eficazes de controle de qualidade para os produtos fabricados, visando não apenas a padronização, mas também a maximização dos lucros. Este artigo tem como objetivo detalhar as principais ferramentas de engenharia da qualidade mais utilizadas nas indústrias e discutir o impacto significativo dessas ferramentas ao Sistema Único de Saúde – SUS. 

Palavras-chave: Controle de Qualidade; Ferramentas da Qualidade; Impacto no SUS. 

ABSTRACT

The accelerated development of capitalism and the advancement of global technologies have driven large corporations to seek effective quality control methods for manufactured products, aiming not only at standardization, but also at maximizing profits. This article aims to detail the main quality engineering tools most used in industries and discuss the significant impact of these tools on the Unified Health System – SUS.  

Keywords: Quality Control; Quality tools; Impact on SUS. 

1 – INTRODUÇÃO 

As ferramentas do controle de qualidade são fundamentais em ambientes industriais, não só para garantir a qualidade dos produtos finais, mas também para otimizar processos e reduzir custos. O cenário econômico global, marcado pelo avanço do capitalismo e pelas constantes inovações tecnológicas, tem impulsionado as grandes empresas  iundustriais e de outros ramos a buscarem métodos eficazes de controle de qualidade para garantir a padronização e maximização dos lucros. 

No seu sentido primeiro, qualidade é uma relação da organização com o mercado. (PALADINI et al., 2012, p. 28). Nesse contexto, a engenharia de controle de qualidade surge como uma disciplina fundamental, fornecendo ferramentas e técnicas essenciais para monitorar, avaliar e melhorar os processos produtivos. 

O presente artigo tem como objetivo explorar as principais ferramentas da engenharia das qualidade mais utilizadas na indústria, destacando suas características, formas de aplicações e impactos causados. Ao compreendermos essas ferramentas e suas relevâncias dentro do contexto industrial, podemos implementa-las ao SUS afim de otimizar os processos, reduzir custos e melhorar a sua eficiencia num todo. 

Devido a fins de questões contratuais, a divulgação nominal do municipio em avaliação no estudo de caso deste artigo, será mantida em anonimato, tanto para a preservação do mesmo e exposição de dados em virtude de sensibilidade e privacidade. Porém todos os dados, resultados e análises coletados e obtidos são fundamentais para a compreesão da similaridade dos desafios enfrentados por municipios em todo o país.  

Os conceitos da qualidade mudaram consideravelmente ao longo do tempo. De simples operações em processos de manufatura, direcionadas para produzir pequenas melhorias localizadas, a qualidade passou a ser considerada um dos elementos fundamentais da gestão das organizações, tornando-se fator crítico para a sobrevivência de organizações produtivas, pela consolidação de bens tangíveis, serviços e processos nos mercados; e de pessoas, pelos seus diferenciais de atuação. (PALADINI et al., 2012, p. 25). 

Inicialmente, será apresentado um panorama da evolução do controle de qualidade ao longo do tempo, contextualizando sua importância e destacando os desafios enfrentados pelas organizações na busca pela excelência. Em seguida, serão detalhadas as principais ferramentas de controle de qualidade o Diagrama de Ishikawa, Diagrama de Pareto e PDCA. 

Por fim, serão discutidos os impactos dessas ferramentas dentro de uma secretaria de saúde de um pequeno municipio, abordando como contribuem para a melhoria contínua dos processos de marcações de exames, a redução da alta demanda e o aumento da eficiência operacional. Ao finalizar esta análise, espera-se oferecer uma visão abrangente sobre a importância das ferramentas de controle de qualidade e como elas são essenciais para alcançar e manter altos padrões de qualidade mesmo em um ambiente oposto que é aplicada geralmente. 

1.1 – O Avanço Tecnológico da Qualidade

A busca por qualidade e excelência final de um produto vem desde a idade média, onde os ferreiros eram os responsáveis pela qualidade das espadas dos seus senhores. Porém com a chegada da Revolução Industrial, foi então que o Controle de Qualidade começou a se tomar forma. Frederick Taylor, no início do século 20, introduziu o conceito de gerenciamento científico, estabelecendo métodos para aumentar a eficiência e a qualidade do trabalho industrial (Taylor, 1911). 

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, a qualidade tomou-se um novo rumo. O principal objetivo foi-se controlar as variações no processo de produção, famosas cartas de controle e isso se estendeu até o fim da guerra, que logo após já se introduziu-se um novo método para o controle de qualidade, onde não se controlava apenas o produto final, mas também todo o seu processo de fabricação. “O controle de qualidade estatístico é, fundamentalmente, um método científico para melhorar o controle econômico de qualidade.” (Shewhart, 1931). 

Por fim chega-se ao cenário atual da modernidade e globalização. Com o excesso de informações, diferenças de idiomas e filosofias de trabalho, surgiu a criação da ISO (Organização Internacional para Padronização) nos anos 90, que padronizou e impulsionou todo o mercado industrial, facilitando a telecomunicação e o compartilhamento de informações entre grandes potencias mundiais que no cenário atual utiliza-se a tecnologia digitais, como Big Data, Inteligência Artificial e principalmente automações. Como destacado por Deming (1986), o controle de qualidade não é apenas uma função técnica, mas também uma filosofia de gestão que envolve todo o sistema e requer a cooperação de todas as partes envolvidas. 

2 – DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE

 Com o conceito de qualidade bem definido e a sua importância detalhada, é necessário o conhecimento a cerca das ferramentas de qualidade. Tais ferramentas que implantadas de forma correta em uma indústria, trazem como retorno não apenas a qualidade do produto final, mas também a aceleração das produções e o aumento lucrativo de uma indústria. 

O presente artigo busca satisfazer a uma breve explicação a cerca das ferramentas: Diagrama de Ishikawa, Diagrama de Pareto e o PDCA e logo posteriormente a discussão da implementação das mesmas no fluxograma de trabalho de uma secretaria de saúde que funciona em vigor ao SUS. 

2.1 – Diagrama de Ishikawa 

O diagrama de Ishikawa, a principal ferramenta da gestão de qualidade que pode se adequar a maioria dos problemas encontrados dentro do municio em questão. Foi elaborada pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa (1943) e hoje pode ser conhecidamente como diagrama de causas e efeitos ou espinha de peixe como ilustrado abaixo na Figura 1 e esta ferramenta busca detalhar quais são as causas que levam a um problema ou efeito. 

Figura 1 – Diagrama de Ishikawa  

Fonte: (INDÚSTRIA HOJE, 2017).

Ainda analisando a Figura 1, é perceptível a definição do seu método de trabalho, onde se separa em 6 métodos ou 6M, que de acordo com Rabello (2024) são descritas previamente como: 

  • Método: São as técnicas ou abordagens utilizadas para realizar tarefas. 
  • Mão de obra: São os funcionários, como se comunicam e suas obrigações, habilidades. 
  • Máquina: São os equipamentos, tecnologias, instrumentos, dispositivos, entre outros. 
  • Material: São as peças, informações e ou ferramentas utilizadas. 
  • Medição: É definida como os dados são coletados ou são avaliados. 
  • Meio Ambiente: São os locais de trabalho, cultura, condições climáticas, entre outros. 

2.2 – Diagrama de Pareto 

 O diagrama de pareto ou gráfico de barras como é conhecido, oficializado por Vilfredo Pareto no século XIX, é definido como 80/20, ou seja, 80% dos problemas que surgem em um estudo de caso são originados por 20% das causas. Assim Nogueirol (2020), relata que este gráfico é classificado pela ordem de impotância, dando enfase na prioridade das ações corretivas. 

Figura 2 – Exemplo Gráfico de Pareto ou Diagrama de Pareto.

Fonte: (GRUPO FORLOGIC, 2016).

2.3 – PDCA 

 O não planejamento de um processo ou falta de organização em planejar o funcionamento de uma empresa, pode acarretar ao estado de regreção ou pausa na evolução daquela empresa. De acordo com Nogueirol (2020), para obter-se resultados significativos, deve implementar-se  soluções impactantes e conceituosas. Onde, o mesmo posteriormente define PDCA em Planejar, Fazer, Checar e Agir como mostra a Figura 3. 

Figura 3 – Divisão do Ciclo PDCA.

Fonte: NOGUEIROL (2020), p. 48.

3 – APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS. 

 A predefinição das ferramentas da engenharia de qualidade é essencial para o ponta pé inicial do estudo de caso do presente artigo, onde a coleta de dados obtida na Secretaria Municipal de Saúde, visa a melhoria das marcações de exames e ou consultas interligadas ao SUS. 

 O municio em questão, possui convenio com um prestador de serviços intermunicipais, onde mensalmente este prestador de serviços fornece uma cota de exames que podem ser marcados pelo SUS e fornece também outros tipos de exames que são realizados extracota, ou seja, exames pagos particulares pela prefeitura que não entram na listagem de exames cobertos pelo SUS. 

 O Gráfico 1, mostra um quantitativo de consultas e exames marcados durante o mês de janeiro de 2024, um pequeno exemplo do controle do município sobre a quantidade de exames (cota e extracota). 

Gráfico 1 – Consultas e Exames marcados em janeiro de 2024.

Fonte: Autores.

 É notável que o grande foco de exames recolhidos para a marcação neste município, exame que possui maior demanda é a ultrassonografia, seguido por consultas com psiquiatra infantil e oftalmologista. 

 O Gráfico 2 é o retrato da análise destes 3 tipos de consultas e exames marcados durante os 4 primeiros meses de 2024. 

Gráfico 2 – Quantitativo nos 4 primeiros meses de 2024. 

Fonte: Autores

O primeiro problema encontrado neste gráfico é o que condiz com a realidade do município, o excesso de exames marcados durante um mês e logo em sequência uma grande queda e isso se dá pelo fato de que mesmo com uma cota estipulada, o usuário (paciente) não compreende que a cota daquele mês foi batida e só no próximo mês haverá marcação novamente e assim busca outros meios. Meios estes, que são enquadrados pelo extracota, exames enviados fora da cota, custeados pelo município. 

E isto acaba acontecendo no mês de janeiro e fevereiro: alta demanda e no próximo mês: março, a demanda foi extremamente baixa destes 3 tipos de exames analisados no gráfico 2. 

O sobrecarregamento de consultas e exames é dado também por outro problema encontrado, a falta de comunicação do usuário (paciente) com a secretária de saúde, ou seja, em 30% ou 40% dos casos dos exames deixados na secretária são exames para remarcar, onde o usuário (paciente) muita das vezes teve uma consulta marcada para o mês de Janeiro, por algum motivo não informado, o mesmo não compareceu a consulta ou em alguns casos comunicou a secretaria que não irá conseguir realizar a consulta no próprio dia da consulta ou até mesmo dias depois da data marcada e solicita a remarcação. 

Porém todo exame marcado extracota é custeado pelo município e para o cancelamento da consulta no prestador de serviço, é solicitado uma comunicação de até 48h da data da consulta, pois é feito toda uma preparação para o exame, sendo assim se a secretaria não respeitar está questão contratual o exame acaba sendo pago mesmo com o paciente faltando a consulta.  E isto ocorre na maioria das vezes, a secretária de saúde marca o exame, o usuário (paciente) não comparece e nem comunica com antecedência, a prefeitura acaba pagando o exame da mesma forma e logo depois o paciente pede a remarcação dele. Gerando assim um aumento na fila no próximo mês, como no caso observado o mês de abril, uma grande demanda em ambos os tipos de exames. 

Mesmo com todo este custeio excessivo de exames e consultas, o município ainda disponibiliza transporte gratuito diariamente para pacientes e acompanhantes, seja exames ou consultas realizados intermunicipal ou interestadual. 

Diante dos fatos apresentados e problemas que ainda serão descritos, veiose a necessidade de planejamento, organização e controle adequado para uma melhora tanto no atendimento, diminuição de gastos e uma melhor oferta dos serviços ofertados pelo SUS gratuitamente para os cidadãos do município analisando. Com isso a engenharia da qualidade entra em cena fornecendo as ferramentas da qualidade para uma melhora significativa no processo analisado, dando início pelo diagrama de causa e efeito definido anteriormente no item 2.1 do presente artigo. 

Figura 4 – Aplicação do Diagrama de Ishikawa 

Fonte: Autores 

O diagrama de Ishikawa é a principal ferramenta do controle de qualidade, onde analisando a figura 4, é notável que algumas causas afetam diretamente na alta demanda de exames e consultado em um determinado mês. Com isso analisando cada etapa do diagrama temos:

Mão de obra 

  • Falta de comunicação do paciente com a Secretária de Saúde: Os Usuários (pacientes) não entendem completamente o processo de marcação e as políticas de cotas de exames, o que leva a mal entendimentos e falta de esclarecimentos adicionais.

Método 

  • Procedimentos de marcação ineficazes: Mesmo que o procedimento possa ser claro para o paciente, a falta de interesse pelo paciente sobre o procedimento, se existe preparo ou não, é um motivos que acarreta a remarcação, pois muitos dos pacientes fazem os exames sem o devido preparo resultando em alterações nos exames ou em alguns casos os exames nem são realizados.

Máquinas 

  • Computadores Lentos: A lentidão dos computadores localizados na secretaria de saúde aumenta o tempo para marcação dos exames, visto que o agendamento das consultas é feito online pelo prestador do serviço, mesmo assim a internet lenta e os travamentos nos computadores fazem com que muitas das vezes no meio de um lançamento de um procedimento no sistema é reiniciado, pois o computador ou navegador travou no processo e assim em grande escala contribui para a alta demanda. 
  • Sistema de Agendamento Travado: Mesmo com a forma de marcação online, o sistema de agendamento contribui para o atraso das marcações, visto que no processo de agendamento se for demorado o sistema acaba travando e perdendo tudo aquilo que foi preenchido pelo operador.

Material 

  • Falta de conscientização sobre políticas de marcação: esta causa é diretamente relacionada ao ambiente de trabalho, visto que muitas das vezes na secretaria não possui um panfleto ilustrativo ou informativo e assim a falta acaba sendo relacionada a compreensão dos pacientes sobre os procedimentos para marcação, levando a repetidas consultas e solicitações por esclarecimentos, processo que poderia ser automatizado.

Medição 

  • Falta do monitoramento administrativo sobre o cumprimento da cota de exames: A falta de apoio e interesse da administração da prefeitura local sobre a demanda da cota ofertada pelo município é uma das grandes causas da alta demanda, visto que a atualização da situação da cota é essencial para a autorização de exames extracota. Pois mesmo que estes exames sejam autorizados, a marcação só é feita quando o município paga por aquele exame, ou seja, o paciente pega a autorização do exame extracota e logo posteriormente retorna a secretaria para a marcação, só que o exame só é marcado quando o município paga, o que muitas das vezes não acontece e assim o exame fica preso na fila de espera, aumentando ainda mais a demanda. 

Ambiente 

  • Infraestrutura física inadequada: Falta de espaço tanto para os funcionários e quanto a locomoção dos pacientes, equipamentos não tão modernos como: computadores antigos, armários velhos e enferrujados, mesas com gavetas quebradas e em estado precário. Falta de materiais administrativo como canetas, folhas de ofício a4, grampeadores, marcadores de texto, toner para a impressora, falta de manutenção nos equipamentos, falta de materiais imunológicos como máscara de proteção facial muito utilizadas quando surge algum vírus na cidade. 

A aplicação do diagrama de causas e efeitos trouxe um panorama completo daquilo que afeta diretamente e indiretamente a alta demanda no setor da marcação de exames e ou consultas ofertadas pelo SUS. Facilitando o entendimento daquilo que pode ser feito para a melhoria dos processos e a resolução do grande problema: a alta demanda. 

 Agora com o gráfico de pareto definido anteriormente no item 2.2 e com o auxílio do conhecimento de Nogueirol (2020) é elaborado o gráfico 3 de acordo com os problemas encontrados na Tabela 1 abaixo, onde estes problemas são os motivos dos quais os pacientes alegam como justificativa na hora da solicitação da remarcação de consultas e ou exames. Os dados fornecidos abaixo são baseados numa suposta escala de 100 consultas, ou seja, se em um mês tiverem 100 consultas para remarcar seria definida previamente desta forma. 

Tabela 1 – Motivos relatados para a remarcação. 

PROBLEMA TOTAL % ACUMULADA 
NÃO INFORMADO 25 25% 25% 
ESQUECEU A DATA 23 48% 23% 
NÃO FEZ PREPARO ADEQUADO 15 63% 15% 
NÃO AGENDOU O TRANSPORTE 12 75% 12% 
NÃO REALIZOU O PREPARO 10 85% 10% 
PERDEU A GUIA DA CONSULTA 90% 5% 
FORNECEU CONTATO ERRADO 95% 5% 
OUTROS 100% 5% 

Fonte: Autores.

Gráfico 3 – Aplicação do Diagrama de Pareto.

Fonte: Autores. 

 O gráfico 3 apresentado é uma visão detalhada das causas que levam ao problema da alta demanda, causas que bem divididas e definidas, evidenciam o fato da necessidade de um planejamento para diminuir drasticamente o problema, levando ao fato da implementação da última ferramenta PDCA na Figura 5 abaixo. 

Figura 5 – Ciclo PDCA aplicado a planejamento.

Fonte: Autores. 

O ciclo PDCA é um norte daquilo que pode ser feito para obter-se melhorias, assim como é implantado nas indústrias, ele serve como uma manutenção preventiva, corretiva e as vezes até preditiva.  

O primeiro passo para um planejamento é a reunião dos funcionários para uma coleta de ideias daquilo que pode ser feito. Assim o grande ênfase obtido é uma definição clara da metodologia de trabalho, como por exemplo a separação dos exames extracota e exames judiciais da secretária de saúde, passando a responsabilidade para a prefeitura municipal. 

Sendo assim o usuário (paciente) quando buscar a autorização para a realização de um exame extracota, já consegue a marcação dele diretamente com autoridades municipais (prefeito ou vice-prefeito). Mostrando assim para o usuário que aquilo é coisa seria e caso o paciente solicite a marcação terá que justificar o motivo para uma autoridade máxima municipal. O que leva a autoridade questionar o usuário o motivo do não comparecimento, visto que a prefeitura disponibiliza até transporte gratuito e seguro para todos. 

Com isso a secretaria de saúde ficaria responsável apenas por aquilo que o SUS cobre, garantindo assim uma regularidade na marcação, que consequentemente garantira que todos os pacientes (usuários) sejam atendidos, sem uma fila de espera gigante e da melhor qualidade possível. 

3 – CONCLUSÃO 

A falta de padronização e organização em uma empresa seja ela industrial ou não, leva ao abismo financeiro e a calamidade. A engenharia de qualidade abrangida abundantemente por 7 ferramentas poderosas para uma melhora da qualidade, visa-se necessária em qualquer ambiente propicio a uma melhora. 

O presente artigo buscou-se satisfazer o conceito das 3 ferramentas de qualidade: Diagrama de causa e efeito, Diagrama de Pareto e PDCA aplicando as 3 ferramentas em um problema encontrado totalmente fora dos seus ramos mundiais de critérios de atividades. O que leva a entender que com o avanço das tecnologias globais, como por exemplo a chegadas das inteligências artificiais, tudo pode se adaptar. 

A vida é dada por princípios, regras e padrões, a qualidade está entre todos estes aspectos, provando que a engenharia da qualidade pode ser e deve ser utilizada em qualquer lugar ou ambiente. Assim este artigo também busca abrir o vasto conhecimento científico da engenharia para outras finalidades, não apenas para o capitalismo. 

Então diante de todos os dados levantados é nítido de que com a implementação das ferramentas da engenharia de qualidade ao sistema do SUS no município em questão, pode-se obter grandes melhoras para alavancar tanto o desempenho profissional como também para garantir saúde e bem-estar para todos, visto que saúde é um direito de todos os cidadãos brasileiros. 

5 – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 

PALADINI, Edson Pacheco et al. Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda., 2012. 

TAYLOR, F. W. Os princípios da administração científica. New York: Harper & Brothers, 1911. 

SHEWHART, W. A. Controle econômico da qualidade do produto manufaturado. New York: Van Nostrand, 1931.  

DEMING, W. E. Saindo da crise. Cambridge: MIT Press, 1986. 

INDÚSTRIA HOJE, O que é o Diagrama de Ishikawa?. Disponível em: < https://industriahoje.com.br/diagrama-de-ishikawa>. Acesso em: 03 jun. 2024. 

NOGUEIROL, Renato Lobo. Gestão da Qualidade. 2. Ed. São Paulo, 2020.

RABELLO, Guilherme. Diagrama de Ishikawa: o que é e como fazer. 2024. Disponível em: <https://www.siteware.com.br/blog/metodologias/diagrama-deishikawa/>. Acesso em: 03 jun. 2024.


1Prof. E Coorientador Da Disciplina Tcc Da Uniredentor.
2Prof. E Coorientador Da Disciplina Tcc Da Uniredentor.