ENFERMEIROS COMO PROTAGONISTAS DO SUPORTE INTERMEDIÁRIO DE VIDA: UMA ANÁLISE CRÍTICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10529688


Jholiey Keberth Amaro da Silva


RESUMO

O artigo acadêmico intitulado “Enfermeiros como protagonistas do suporte intermediário de vida: uma análise crítica” aborda a relevância do papel dos enfermeiros no suporte intermediário de vida em situações de emergência. O estudo destaca a importância da atuação dos enfermeiros no suporte intermediário de vida, que consiste em fornecer cuidados de emergência antes da chegada de profissionais médicos. Os enfermeiros desempenham um papel crucial nessa fase inicial de atendimento, pois são frequentemente os primeiros profissionais de saúde a chegarem ao local da emergência. O artigo destaca que a formação e treinamento adequados são essenciais para capacitar os enfermeiros a lidarem com situações de emergência no suporte intermediário de vida. Além disso, a pesquisa enfatiza a necessidade de atualização contínua desses profissionais, para que possam oferecer cuidados de qualidade e baseados em evidências científicas. Em resumo, o artigo acadêmico destaca o papel crucial dos enfermeiros no suporte intermediário de vida em situações de emergência e ressalta a importância de reconhecê-los como protagonistas nessa área. Além disso, o estudo faz uma análise crítica sobre a falta de valorização e subutilização desses profissionais, e destaca a necessidade de investimento em educação e treinamento adequados.

Palavras chave: Enfermeiro. Emergência. Capacitação Profissional.

Introdução

O presente artigo tem como objetivo fazer uma análise crítica do papel dos enfermeiros como protagonistas do suporte intermediário de vida. A atuação dos enfermeiros nessa área é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes em situações de emergência.

Através de uma revisão bibliográfica e análise de estudos científicos, será discutido o papel dos enfermeiros no suporte intermediário de vida, suas competências e desafios. Além disso, será abordada a importância da formação e capacitação desses profissionais para lidar com situações de emergência, bem como a necessidade de um trabalho em equipe eficiente e integrado.

Com base nessas informações, busca-se analisar criticamente a atuação dos enfermeiros como protagonistas do suporte intermediário de vida, apontando possíveis melhorias e avanços nessa área.

Desenvolvimento

Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica no que diz respeito a atuação do enfermeiro nas modalidades de Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Intermediário de Vida (SIV) durante o Atendimento Pré-Hospitalar (APH), seguindo as orientações da Central de Regulação das Urgências (CRU) e outras condições técnicas.

O Suporte Intermediário de Vida (SIV) será definido como a composição de equipe pré-hospitalar móvel que inclui as competências e prerrogativas profissionais do Enfermeiro, atuando em conjunto com o Técnico de Enfermagem ou outro Enfermeiro, nas unidades de atendimento terrestres (incluindo motos) ou aquaviárias, junto com o Condutor.

É importante destacar que a Portaria nº 2048, de 5 de novembro de 2002, estabelece diretrizes para a organização e funcionamento dos serviços de urgência e emergência no Brasil. Ela não está diretamente correlacionada com o tema do enfermeiro e o suporte básico de vida, pois essa portaria aborda questões mais amplas e gerais sobre os serviços de urgência e emergência.

No entanto, os enfermeiros desempenham um papel essencial na prestação do suporte básico de vida. Eles são treinados para realizar primeiros socorros, reconhecer e tratar emergências médicas, executar manobras de reanimação cardiopulmonar e controlar situações de crise. Os enfermeiros estão envolvidos no atendimento pré-hospitalar, em ambulâncias de resgate e em unidades de emergência, e são responsáveis por garantir a estabilidade dos pacientes até que eles possam receber atendimento médico especializado.

Embora a Portaria nº 2048 não aborde especificamente o papel do enfermeiro no suporte básico de vida, ela estabelece as diretrizes para a organização dos serviços de urgência e emergência, o que inclui a definição das funções e responsabilidades dos profissionais de saúde envolvidos nesses serviços, como os enfermeiros.

Amélia do Sameiro da Silva Oliveira e José Carlos Amado Martins, em seu artigo intitulado “Ser enfermeiro em Suporte Imediato de Vida: Significado das Experiências”, discutem a importância e o significado das experiências para os enfermeiros que atuam no contexto do Suporte Imediato de Vida. De acordo com os autores, esses profissionais enfrentam desafios significativos e situações de grande intensidade emocional, o que impacta diretamente em sua prática e vivência diária.

Em relação à experiência vivida por esses enfermeiros, os autores afirmam que ela é marcada pela imprevisibilidade e pela exigência de atuações rápidas e eficazes, o que provoca um estado de alerta constante e a necessidade de tomar decisões rápidas. Além disso, os enfermeiros se deparam com a dor, o sofrimento e a vulnerabilidade dos pacientes, o que demanda um envolvimento emocional intenso por parte desses profissionais.

Portanto, os autores destacam a necessidade de reconhecer e valorizar a experiência dos enfermeiros que atuam no Suporte Imediato de Vida, assim como oferecer o suporte necessário para lidar com os desafios e impactos emocionais desse trabalho.

“Os enfermeiros do atendimento pré-hospitalar móvel expressaram uma percepção positiva em relação ao suporte intermediário de vida (SIV), destacando sua importância na prestação de cuidados de emergência de qualidade. Além disso, os enfermeiros ressaltaram a importância do treinamento contínuo e do trabalho em equipe para garantir a efetividade do SIV, bem como a necessidade de recursos adequados e protocolos claros para apoiar sua prática. No entanto, eles também mencionaram desafios relacionados à falta de disponibilidade de equipamentos adequados, à sobrecarga de trabalho e à pressão emocional de lidar com situações de emergência de alto risco. Portanto, é essencial que sejam feitos investimentos na melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros do SIV, visando garantir a excelência na prestação de cuidados pré-hospitalares.” (Saraiva, Marques, Almeida, & Barros, 2021).

Os enfermeiros do atendimento pré-hospitalar móvel reconhecem a importância do suporte intermediário de vida (SIV) na prestação de cuidados de emergência de qualidade. Eles enfatizam a necessidade de treinamento contínuo e trabalho em equipe, bem como recursos adequados e protocolos claros para apoiar sua prática. No entanto, eles enfrentam desafios, como a falta de equipamentos adequados, sobrecarga de trabalho e pressão emocional. Portanto, é crucial investir na melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros do SIV, visando garantir a excelência nos cuidados pré-hospitalares.

“O enfermeiro desempenha um papel crucial no suporte intermediário de vida, fornecendo cuidados especializados e assistência contínua para pacientes em situações de emergência. Sua presença no cenário de atendimento é fundamental para garantir a estabilização do quadro clínico, administração de medicamentos e implementação de procedimentos necessários para o restabelecimento da saúde do paciente” (FURTADO, 2021).

A enfermagem desempenha um papel essencial na equipe de atendimento de emergência, pois é responsável por fornecer cuidados especializados, assistência contínua e intervenções necessárias para estabilizar o quadro clínico dos pacientes. Sua presença e atuação no cenário de emergência contribuem significativamente para o restabelecimento da saúde dos pacientes, garantindo o suporte intermediário de vida e a administração adequada de medicamentos. Portanto, o papel do enfermeiro é crucial na garantia da qualidade e eficiência dos cuidados de saúde em situações de emergência.

Conclusão

Este artigo tem como objetivo analisar criticamente o papel dos enfermeiros como protagonistas do suporte intermediário de vida, especificamente nas modalidades de Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Intermediário de Vida (SIV) durante o Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Além disso, foi destacado a relevância do enfermeiro nesse contexto, ressaltando suas competências e responsabilidades na prestação do suporte básico de vida.

Reconhece-se também a importância de valorizar as experiências dos enfermeiros que atuam nessa área, bem como oferecer o suporte necessário para lidar com os desafios e impactos emocionais desse trabalho. 

Para garantir a excelência na prestação de cuidados pré-hospitalares, é fundamental investir na melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros do Suporte Intermediário de Vida, incluindo recursos adequados, treinamento contínuo e protocolos claros.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Portaria nº 2048, de 5 de novembro de 2002. Ministério da Saúde (saude.gov.br). Acesso em 16 de setembro de 2023.

AMÉLIA., & José Carlos A. “Ser enfermeiro em Suporte Imediato de Vida Significado das Experiências.” Revista de Enfermagem Referência III, no. 9 (2013):115-124. Redalyc, https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=388239968019. Acesso em 16 de setembro de 2023.

SARAIVA. G. B. do N., MarquesL. R., AlmeidaL. C. P., & BarrosM. M. A. (2021). Percepção dos enfermeiros do atendimento pré-hospitalar móvel relacionado ao suporte intermediário de vida (SIV). Revista Eletrônica Acervo Saúde13(1), e5581. https://doi.org/10.25248/reas.e5581.2021. Acesso em 16 de setembro de 2023.

FURTADO, Irving Erik Ramos (2021). A IMPORTANCIA DO ENFERMEIRO NO SUPORTE INTERMEDIARIO DE VIDA. Repositório Institucional da Fundação Educacional de Ituverava: A IMPORTANCIA DO ENFERMEIRO NO SUPORTE INTERMEDIARIO DE VIDA (feituverava.com.br). Acesso em 16 de setembro de 2023.