ENFERMAGEM E AUTISMO: MEDIDAS PREVENTIVAS NO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10249261746


Judivan Alencar de Oliveira Júnior
Yuri Charllub Pereira Bezerra(orientador)
Renata Livia Silva Fonseca Moreira de Medeiros (banca)
Anne Caroline de Souza (banca)
José Jarismá de Oliveira
Graziely Furtado de Oliveira
Rayanne Maria de Oliveira
Maria Angélica Santos Gonçalves
Maria Eduarda de Souza Batista
Fabiana Fernandes Medeiros da Silva
Jordeliana Alves Oliveira Soares
Tatiana carolino de Abreu alecrim
Marina Mayara Silva Lira
Francisco Wilson de Lemos Dantas Junior
Gláucia Nelly Egídio Andrade Barbosa


RESUMO

INTRODUÇÃO: A gestação é um período singular na vida da mulher, marcado por mudanças físicas, emocionais e sociais. Quando a gravidez é classificada como de alto risco, as preocupações aumentam devido às possíveis complicações que podem comprometer a saúde da mãe e do bebê. Neste cenário, o papel do enfermeiro no acompanhamento pré-natal se torna fundamental para a prevenção de complicações, incluindo o autismo, uma condição cuja prevalência tem aumentado consideravelmente. A intervenção precoce e adequada do enfermeiro pode contribuir para identificar fatores de risco gestacional e adotar estratégias preventivas que minimizem os impactos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) no desenvolvimento infantil. OBJETIVO: Analisar como a atuação do enfermeiro no cuidado da gestante de alto risco pode contribuir para a prevenção do autismo METODOLOGIA: O estudo foi conduzido por meio de uma revisão integrativa, utilizando as bases de dados PUBMED, LILACS e SCIELO. Os descritores empregados na busca foram: “gestação de alto risco”, “atuação do enfermeiro”, “autismo”, “transtorno do espectro autista”, “prevenção” e “fatores de risco gestacional”. Foram incluídos artigos publicados em português, inglês ou espanhol nos últimos seis anos, disponíveis na íntegra. Estudos que não abordavam a associação entre gravidez de alto risco e autismo, além de artigos duplicados, foram excluídos. Os dados obtidos foram organizados em tabelas e discutidos com base na literatura científica pertinente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os estudos analisados reforçam a complexidade da etiologia do autismo, destacando a influência de fatores genéticos e ambientais durante a gestação. A ausência de um único fator causal definido ressalta a importância de uma abordagem integrada na pesquisa e na prática clínica, com ênfase na identificação precoce de possíveis fatores de risco gestacional associados ao TEA. Essa identificação precoce é essencial não só para o diagnóstico antecipado, mas também para a implementação de intervenções que possam reduzir o impacto do transtorno no desenvolvimento da criança.

PALAVRAS-CHAVE: Autismo. Enfermeiro. Atuação. Pré-natal. Prevenção.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Pregnancy is a unique period in a woman’s life, marked by physical, emotional, and social changes. When pregnancy is classified as high-risk, concerns increase due to the potential complications that may affect the health of both the mother and the baby. In this context, the role of the nurse in prenatal care becomes essential for the prevention of complications, including autism, a condition with a rising prevalence. Early and appropriate nursing interventions can help identify gestational risk factors and adopt preventive strategies to minimize the impacts of Autism Spectrum Disorder (ASD) on child development. OBJECTIVE: To analyze how the nurse’s role in caring for high-risk pregnant women can contribute to the prevention of autism. METHODOLOGY: The study was conducted through an integrative review using the databases PUBMED, LILACS, and SCIELO. The search descriptors included: “high-risk pregnancy”, “nurse role”, “autism”, “autism spectrum disorder”, “prevention”, and “gestational risk factors”. Articles published in Portuguese, English, or Spanish within the last six years and available in full were included. Studies that did not address the association between high-risk pregnancy and autism, as well as duplicate articles, were excluded. The data collected were organized into tables and discussed based on relevant scientific literature. FINAL CONSIDERATIONS: The analyzed studies highlight the complexity of autism etiology, emphasizing the influence of genetic and environmental factors during pregnancy. The absence of a single defined causal factor underscores the importance of an integrated approach in research and clinical practice, focusing on the early identification of potential gestational risk factors associated with ASD. Early identification is crucial not only for timely diagnosis but also for the implementation of interventions that can mitigate the disorder’s impact on child development.

KEYWORDS: Autism. Nurse. Role. Prenatal care. Prevention.

  INTRODUÇÃO

A gestação é um momento único e especial na vida de uma mulher, repleto de transformações físicas, emocionais e sociais. Para as mães de primeira viagem, esse período pode ser ainda mais intenso, repleto de novas experiências, sonhos e preocupações. À medida que o corpo se adapta para abrigar e nutrir o bebê em desenvolvimento, a mulher passa por diversas mudanças que vão além do aspecto físico. Além disso, a gestação não é apenas um processo biológico, mas também psicológico e social. Valores culturais, sociais, econômicos e emocionais influenciam a forma como a mulher vivencia essa fase tão importante de sua vida. Trata-se de um processo fisiológico que, na maioria das vezes, ocorre sem complicações, porém, é um período de grandes transformações para a mulher e sua família (FERREIRA et al., 2022).

Porém, quando se trata de gestação de alto risco ela traz consigo preocupações adicionais, com potenciais complicações que podem afetar a saúde da mãe e do bebê. Fatores como idade materna, condições de saúde pré-existentes, histórico reprodutivo e condições obstétricas presentes são levados em consideração na avaliação do risco durante a gestação (RODRIGUES et al., 2017).

Destarte, a atuação do enfermeiro durante o pré-natal de gestantes de alto risco é essencial para prevenir complicações, incluindo o autismo. Segundo Gomes e Domingueti (2021), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode estar associado à gestação de alto risco. Assim, prevenir complicações durante a gestação pode melhorar a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê, reduzindo os riscos de desenvolvimento do autismo, porquanto trata-se de uma doença com risco crescente, que atualmente tem-se que 1 a cada 36 crianças são autistas (CDC, 2023).

Nesse contexto, o enfermeiro tem um papel fundamental em identificar precocemente potenciais fatores de risco na gestação, oferecendo suporte, orientação e cuidados especializados. É essencial o acompanhamento rigoroso dos profissionais de saúde para identificar riscos gestacionais devido a diferentes fatores, como idade materna avançada, infecções maternas, diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, entre outros.

Durante o pré-natal, o enfermeiro atua na prevenção, no controle de patologias gestacionais, na identificação de sinais de alerta e no encaminhamento para especialistas, se necessário. Além disso, oferece suporte emocional, esclarece dúvidas, monitora o desenvolvimento da gestação e implementa estratégias terapêuticas para assegurar uma gestação saudável e um parto seguro. Portanto, é salutar responder a seguinte pergunta norteadora: Como a atuação do enfermeiro no pré-natal de alto risco pode influenciar na identificação precoce de possíveis fatores de risco gestacional associados ao autismo e na implementação de intervenções precoces para minimizar o impacto do TEA no desenvolvimento da criança?

A escolha desse tema se deu pela importância de compreender a relação entre a gestação de alto risco e o desenvolvimento do autismo, uma condição neurológica que afeta milhões de crianças em todo o mundo, e como a atuação do enfermeiro no pré-natal destas gestantes é essencial para identificar fatores de risco potenciais e implementar medidas preventivas que possam contribuir para a prevenção do autismo, visto que através de um acompanhamento detalhado e personalizado, o enfermeiro pode auxiliar na promoção da saúde materna e fetal, orientando sobre os cuidados necessários e encaminhando para avaliações e tratamentos especializados quando necessário.

A conscientização sobre os fatores que podem estar associados ao desenvolvimento do autismo durante a gestação, como infecções maternas, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, idade materna avançada e outros, é fundamental para a implementação de estratégias de prevenção eficazes, e o enfermeiro, enquanto integrante da equipe de saúde, desempenha um papel crucial na identificação e no acompanhamento desses fatores de risco, contribuindo para a redução das complicações gestacionais e para a promoção de uma gravidez saudável e segura.

Portanto, a abordagem desse tema se mostra relevante não apenas para a prática clínica do enfermeiro no cuidado pré-natal, mas também para a promoção da saúde materna e infantil em geral. A partir da compreensão dos fatores de risco gestacional e da atuação do enfermeiro nesse contexto, é possível avançar na prevenção do autismo e na melhoria da qualidade de vida das gestantes e de seus bebês.

ASPECTOS METODOLÓGICOS

A metodologia empregada neste estudo consistiu em uma revisão integrativa, que visa sintetizar o conhecimento disponível sobre o tema por meio da consulta a diversas bases de dados científicas. Segundo Lakatos e Marconi (2021), trata-se de uma abordagem que permite a análise abrangente e sistemática de diferentes estudos sobre um determinado assunto.

As etapas seguidas para a elaboração da revisão tiveram como ponto de partida a questão norteadora da pesquisa: Como a atuação do enfermeiro no pré-natal de alto risco pode influenciar na identificação precoce de possíveis fatores de risco gestacional associados ao autismo e na implementação de intervenções precoces para minimizar o impacto do TEA no desenvolvimento da criança? Esta questão explorou a relevância do acompanhamento adequado no pré-natal, com ênfase no papel do enfermeiro na identificação e prevenção de fatores de risco gestacionais que possam estar relacionados ao autismo.

A pesquisa foi realizada nas bases de dados PUBMED, LILACS e SCIELO, selecionadas por sua relevância e abrangência na área da saúde. A escolha dessas fontes permitiu o acesso a uma ampla variedade de artigos científicos, revisões e meta-análises que discutem a relação entre gestação de alto risco e autismo.

Os descritores utilizados incluíram termos como: “gestação de alto risco”, “atuação do enfermeiro”, “autismo”, “transtorno do espectro autista”, “prevenção”, “fatores de risco gestacional”, entre outros relacionados ao tema.

Os critérios de inclusão englobaram artigos publicados nos últimos seis anos, disponíveis em português, inglês ou espanhol, e acessíveis na íntegra. Foram excluídos estudos fora do escopo da associação entre gravidez de alto risco e autismo, bem como artigos duplicados.

Na etapa de análise de dados, foram evidenciadas as contribuições do enfermeiro no cuidado à gestante de alto risco, com foco na prevenção do autismo. A revisão destacou os principais fatores de risco gestacional relacionados ao autismo, as intervenções e estratégias que o enfermeiro pode adotar durante o pré-natal, e a importância do acompanhamento adequado para a saúde materna e fetal. Os dados foram organizados em tabelas e discutidos com base na literatura pertinente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para este estudo, foram consultados 05 (cinco) artigos, distribuídos da seguinte forma: 01 (um) publicado em 2018 (20%), 02 (dois) em 2019 (40%), 01 (um) em 2022 (20%) e 01 (um) em 2023 (20%). Esses artigos foram organizados em um quadro de sumarização de informações, onde foram listados de acordo com o titulo dos artigos, autor e o ano de publicação, objetivo e resultados. O quadro 01 oferece uma visão geral dos estudos analisados.

Quadro 01. Síntese descritiva dos estudos incluídos na RI, 2024.

Título dos artigosAutor/anoObjetivoResultados
Fatores de risco gestacional em mães de crianças diagnosticadas com autismo.SANTOS; SOUSA; PASSOS, 2022.Identificar os possíveis fatores de risco gestacional para o desenvolvimento do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).Durante a gravidez a mulher utiliza alguns medicamentos prescritos pelo profissional médico, devido apresentar nesse período sinais e sintomas próprios da gestação, como náuseas, emêse e cólicas abdominais, entre outros. Entretanto, as mães das crianças com TEA do estudo apresentaram diversas intercorrências clínicas (infecções, distúrbios metabólicos, sangramento, hipertensão arterial e etc.), que necessitaram de medicamentos com propriedades específicas. Vários pesquisadores têm estudado acerca dos mecanismos de ação dos medicamentos utilizados na gestação associando-os a distúrbios no processo neurodesenvolvimental do embrião/feto.
Fatores gestacionais que podem influenciar no transtorno do espectro autistaSANTOS et al., 2019Conhecer os fatores gestacionais que podem influenciar no diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista e Identificar a relação entre as principais patologias gestacionais e o desenvolvimento do autismo.Ainda não existe uma razão definida para a ocorrência do autismo, acredita-se apenas que os diversos fatores de risco etiológicos ligados à gestação, voltados às fases pré-natais, perinatais e pós-natais podem contribuir para o autismo. Esses fatores podem ser ambientais, químicos ou genéticos, assim como as patologias desenvolvidas durante a fase gestacional que podem interferir no desenvolvimento neurológico, podendo gerar o autismo nos primeiros anos de vida do neonato, mas não existem ainda confirmações científicas comprobatórias a essa teoria.
Transtorno do espectro autista: detecção precoce pelo enfermeiro na estratégia saúde da família.NASCIMENTO et al., 2018.Identificar a atuação do enfermeiro da Estratégia Saúde da Família na detecção precoce do Transtorno do Espectro Autista em crianças.Entre as dificuldades em detectar sinais e sintomas do TEA, estão a falta de capacitação e divulgação de materiais específicos que incentivem o uso de instrumentos facilitadores à detecção precoce do autismo. A ideia de que a identificação de sinais e sintomas do TEA não é responsabilidade do enfermeiro, também é outra barreira para detecção precoce e intervenção por esse profissional.
Ações de Enfermagem no acompanhamento de pacientes com Transtorno de Espectro AutistaANJOS, 2019Mostrar ações que podem ser desenvolvidas pelo profissional de Enfermagem no acompanhamento e reabilitação de pacientes com TEA.Observou-se que o papel do Enfermeiro no atendimento e acompanhamento de crianças com TEA é muito importante porém, ainda não está completamente inserido em seu dia a dia, pois há uma complexidade de fatores que podem acrescer em seu trabalho junto as equipes multidisciplinares na detecção e acompanhamento do tratamento dos pacientes.
A enfermagem na identificação precoce do Transtorno do Espectro Autista em crianças durante a puericultura: uma revisão integrativaMELO et al., 2023Sintetizar as evidências disponíveis sobre a eficácia das intervenções de enfermagem na identificação precoce do TEA em crianças na atenção primária em saúde.Existe a necessidade da implementação e realização de triagem por meio de programas de rastreamento, criação de ferramentas de avaliação que auxiliem nas consultas de puericultura, capacitação dos profissionais e a família como base de fonte de diagnóstico inicial. Considera-se essencial a qualificação dos profissionais e padronização do rastreamento para que se tenha uma assistência contínua e efetiva no diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista.

Fonte: Elaboração própria. 2024.

Os estudos ressaltam que, embora a etiologia do autismo ainda não seja completamente compreendida, sabe-se que a síndrome está associada a uma combinação de fatores. Primeiramente, há uma herdabilidade de certos genes que predispõem ao autismo. Além disso, alterações ocorridas durante a gestação da mãe, como infecções, exposição a toxinas e uso de medicamentos nesse período, também desempenham um papel importante. A predisposição genética, combinada com fatores ambientais no período pré-natal, é essencial para o desenvolvimento do autismo, conforme indicam estudos epidemiológicos. Portanto, investigar os fatores de risco obstétricos nas mães de crianças com autismo tornou-se crucial para entender melhor a etiopatologia do TEA (Santos; Souza; Passos, 2022).

Este ponto sublinha a complexidade do autismo e a necessidade de uma abordagem multifacetada na investigação e intervenção. O conhecimento dos fatores de risco pode direcionar estratégias preventivas e de suporte mais eficazes, destacando a importância de uma vigilância contínua durante a gestação.

Corroborando com os autores mencionados, Santos et al. (2019) destacam que, apesar de inúmeros estudos realizados sobre o autismo, ainda não há um fator causal comprovado e definitivo para o autismo. Acredita-se que a condição resulte de um conjunto de fatores, incluindo ambientais, genéticos, químicos e algumas patologias adquiridas durante a fase gestacional. Esses fatores podem influenciar o neurodesenvolvimento do feto em diferentes períodos (pré-natal, perinatal e pós-natal) e levar ao aparecimento de sintomas autísticos nos primeiros três anos de vida. É fundamental que esses fatores sejam avaliados e estudados por profissionais de saúde, permitindo o monitoramento dessas crianças e facilitando um diagnóstico precoce. Isso pode contribuir significativamente para melhorar os aspectos cognitivos, motores e comportamentais dos indivíduos autistas.

A falta de um fator causal único para o autismo enfatiza a necessidade de uma abordagem holística e integrada na saúde. Profissionais de saúde precisam estar bem informados e preparados para monitorar e identificar precocemente os sinais de autismo, proporcionando intervenções rápidas e eficazes.

Nascimento et al. (2018) ressaltam que a estrutura da rede de saúde no território, com seus equipamentos públicos e serviços complementares no nível da atenção básica, deve ser aprimorada para fortalecer as unidades básicas de saúde e suas equipes de saúde da família, oferecendo uma atenção integral e abrangente a crianças e adolescentes. Esse fortalecimento é particularmente essencial para crianças com TEA e suas famílias. A integração da atenção básica com diversos serviços sublinha a importância de atividades focadas na promoção da saúde, prevenção de doenças, recuperação e reabilitação, sempre visando à qualidade de vida. Para isso, é crucial implementar o matriciamento dos serviços de saúde, fortalecendo a rede de atenção psicossocial por meio de parcerias com a Estratégia de Saúde da Família (ESF).

O aprimoramento da estrutura da rede de saúde e a integração dos serviços são fundamentais para oferecer um cuidado mais completo e eficaz. As unidades básicas de saúde e a Estratégia de Saúde da Família desempenham papéis vitais na criação de um ambiente de suporte contínuo e abrangente para as famílias afetadas pelo TEA.

Anjos (2019) enfatiza a importância fundamental da assistência de enfermagem na prestação de cuidados, auxiliando no desenvolvimento infantil, facilitando o acesso a informações sobre o transtorno e promovendo ações que garantam o bem-estar do paciente e de sua família, encaminhando-os aos serviços de saúde essenciais.

A assistência de enfermagem é crucial não apenas na prestação de cuidados, mas também na educação e apoio às famílias, ajudando-as a navegar pelo sistema de saúde e garantindo que recebam o suporte necessário. O papel do enfermeiro é, portanto, central na abordagem integral e contínua para o TEA.

Melo et al. (2023) afirmam que, na Atenção Primária à Saúde, é necessário avançar nas ações direcionadas ao TEA, devido aos desafios enfrentados por profissionais de saúde e usuários na compreensão de seus direitos básicos. Nesse contexto, a atuação do enfermeiro na atenção primária é crucial, pois ele tem a capacidade de identificar alterações sugestivas de TEA durante as consultas de puericultura, focadas no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, visando minimizar o impacto do transtorno.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição caracterizada por dificuldades na interação social e comunicação, além de padrões repetitivos de comportamento (Pinto et al., 2021). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os Transtornos do Espectro do Autismo podem ser classificados em quatro tipos: Síndrome de Asperger, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Transtorno Autista e Transtorno Desintegrativo da Infância, os quais são subdivididos em três níveis: leve, moderado e grave (MENDES et al., 2022).

Trata-se de uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico, caracterizado por dificuldades qualitativas conhecidas como tríade do comprometimento repetitivo, além de sintomas como sensibilidade sensorial, dificuldades de comunicação e presença de comportamentos ou interesses repetitivos e restritos, bem como aversão a mudanças (DMS-5, 2021).

Dessa forma, estudos também apontam para um desequilíbrio tanto no sistema imunológico central quanto periférico, assim como na resposta ao estresse hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) (Curran, 2018). Crianças com TEA frequentemente apresentam déficits cognitivos e de linguagem, o que sugere que exposições comuns possam ter contribuído para o desenvolvimento da patologia (Mendes et al., 2022). O número de casos de TEA tem aumentado recentemente, afetando cerca de 1% a 2% da população mundial, com aproximadamente dois milhões de casos no Brasil (CDC, 2021).

Porém, ainda que há inúmeras pesquisas sobre as causas do autismo, atualmente ainda não há certeza sobre a sua origem, mas é sabido que a síndrome está relacionada a uma junção de elementos. Acredita-se que fatores genéticos, ambientais e epigenéticos estejam envolvidos no desenvolvimento do autismo, e a exposição a determinados riscos gestacionais pode desempenhar um papel importante nesse processo (PINTO et al., 2021).

Silva et al., (2019) ressalta que os eventos gestacionais da fase inicial são considerados de extrema importância e necessitam de um acompanhamento mais atento por parte dos profissionais de saúde. Entre esses eventos estão: diabetes gestacional, síndrome hipertensiva da gestação, influência de níveis elevados de testosterona e o sexo masculino do feto, pois o autismo é mais comum em meninos do que em meninas.

Além disso, dentre as causas relacionadas ao autismo, estão as infecções maternas como pielonefrite, infecções urinárias mais leves, herpes, devido à sua capacidade de ultrapassar a barreira placentária, exposição pré-natal a inibidores seletivos da receptação da serotonina, parto prematuro e baixo peso ao nascer, sangramento vaginal durante a gestação, e a idade avançada dos pais (MENDES et al., 2022).

            Diante do exposto, é possível observar que a gravidez de alto risco pode ser um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do autismo. Este tipo de gravidez é caracterizado por alterações clínicas, obstétricas ou sociais que impactam a saúde da mãe e do bebê. A identificação do risco durante a gestação leva em conta diversos aspectos, como características individuais, histórico reprodutivo e condições clínicas, que podem interferir no processo gestacional (RODRIGUES et al., 2017).

Desse modo, ressalta-se que os principais grupos de mulheres consideradas de risco incluem aquelas com idade abaixo de 17 anos ou acima de 35 anos, dependência de drogas ou álcool, história de abortos recorrentes, infertilidade, intervalos curtos entre gestações, múltiplos partos, problemas hipertensivos e cirurgias uterinas prévias (SILVA et al., 2021).

Ademais, diversos outros fatores podem contribuir para a classificação de uma gravidez como de alto risco, envolvendo desde questões relacionadas ao crescimento uterino, quantidade de fetos e volume de líquidos amnióticos, até complicações como pré-eclâmpsia, eclampsia, patologias endócrinas, cardiológicas, renais, infecciosas, autoimunes, ginecológicas e epilepsia também podem aumentar o risco durante a gravidez (SILVA et al., 2021).

Doenças infecciosas durante a gestação, como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose, têm sido associadas a um maior risco de desenvolvimento de autismo na criança. E ainda, mulheres com diabetes gestacional ou pré-gestacional têm um risco aumentado de terem filhos com autismo (GOMEZ, 2018).

À vista disso, ressalta-se que este estudo se propõe a destacar os tipos de gestação de risco que estão associados ao autismo, sem, no entanto, esgotar o tema da gestação de alto risco ou discutir todas as questões que norteiam essa questão.

Importante abordar nesse estudo sobre os fatores de risco gestacional, tendo em vista que o objetivo concerne em analisar como o enfermeiro pode atuar para atenuar os riscos gestacionais e consequentemente prevenir o autismo. Portanto, ressalta-se que a idade materna é um fator de risco significativo para natimortalidade e mortalidade infantil, mulheres com 35 anos ou mais sendo consideradas extremos nesse aspecto.  Destarte, é fundamental que a mulher que está passando por uma gestação em idade avançada, independentemente se foi planejada ou não, esteja ciente de todos os possíveis riscos tanto para ela quanto para o bebê, uma vez que a taxa de mortalidade é significativamente maior e aumenta de três a quatro vezes em comparação com gestações em idade ideal (GOMES; DOMINGUETI, 2021).

Da mesma forma, a idade paterna está diretamente associada a um aumento do risco de autismo na descendência. Com o envelhecimento, as células têm uma maior probabilidade de sofrer mutações genéticas ao longo do ciclo celular, o que pode resultar em malformações congênitas e distúrbios, doenças e transtornos, como o autismo (MARTINS; MENEZES, 2022). 

Outra situação que torna a gestação de alto risco são as infecções maternas, e Estudos realizados por Santos, Souza e Passos (2022) indicam  que infecções maternas podem ser uma possível causa de anormalidades no cérebro em formação, através de interações imunológicas entre mãe e feto. Os mecanismos pelos quais as infecções virais ou bacterianas podem contribuir para o autismo incluem a possibilidade de infecção direta do Sistema Nervoso Central (SNC), a ativação do SNC devido a infecções em outras partes do corpo que desencadeiam uma resposta imune materna alterada e uma combinação desses dois cenários.

Nos estudos de Mahicet al., (2018), ressaltam que mulheres que estavam ativamente infectadas com herpes simplex 2 (HSV-2) no início da gravidez tinham duas vezes mais chances de ter um filho posteriormente diagnosticado com TEA. Os estudiosos encontraram conexão entre a infecção materna e o risco de TEA, enfocando cinco patógenos: Toxoplasma gondii, rubéola, citomegalovírus e herpes simplex 1 e 2. Descobriram que  os altos níveis de anticorpos contra o HSV-2, e não contra os outros agentes, estavam associados ao risco de TEA.

A infecção viral pode afetar diretamente o cérebro, desencadear uma resposta imunológica, causar mudanças epigenéticas e potencialmente aumentar as chances de ter um filho com autismo. Por outro lado, também há indícios de que crianças com autismo têm maior probabilidade de sofrer infecções virais, devido a diversos fatores (AL-Beltagi et al., 2023).

A diabete é também um dos casos preocupantes na gestação, que conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) trata-se de uma doença crônica em que o organismo não produz ou não utiliza corretamente a insulina que produz. Independentemente do nível de desenvolvimento dos países, trata-se de uma questão de saúde em crescimento e de extrema importância. O diabetes mellitus relacionado à gestação pode ser dividido entre diabetes pré-gestacional (tipo 1 e tipo 2 diagnosticados antes da gravidez) e diabetes mellitus gestacional (COSTA; GONÇALVES, 2022).

O processo inflamatório em células cerebrais pode estar ligado ao surgimento de uma forma grave do TEA, distúrbios durante a gestação, como o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), podem impactar diretamente o desenvolvimento do feto, que normalmente surge no terceiro trimestre de gravidez devido à resistência à insulina causada pelos hormônios da gestação, tem sido associado ao aumento do risco de TEA devido à relação entre níveis elevados de glicose e disfunções no desenvolvimento cerebral do feto (WAN, 2018).

A condição da pré-eclâmpsia é caracterizada como condições de alto risco gestacional, a qual trata-se de uma hipertensão que surge após as 20 semanas de gestação (ou antes, nos casos de doença trofoblástica gestacional ou hidrópsia fetal) acompanhada de proteinúria, que desaparece até 12 semanas após o parto. Na ausência de proteinúria, a suspeita é reforçada quando o aumento da pressão arterial vem acompanhado de sintomas como dor de cabeça, distúrbios visuais, dor abdominal, contagem baixa de plaquetas e aumento das enzimas hepáticas (DULLAY, 2022).

O estresse oxidativo e a hipóxia fetal são considerados fatores de risco para o TEA, possivelmente devido à privação de nutrientes e oxigênio causada pela baixa perfusão placentária e outras complicações obstétricas. A exposição dos neurônios fetais à linfa materna em casos de pré-eclâmpsia pode alterar o crescimento neuronal e sua ramificação, resultando em um aumento de citocinas pró-inflamatórias (MAHER, 2019).

O enfermeiro, por meio da assistência pré-natal, deve estar atento aos sinais e sintomas da pré-eclâmpsia, como a hipertensão arterial e a presença de proteína na urina, e atuar de forma proativa para monitorar e controlar a pressão sanguínea da gestante (CURRAN, 2018).

O pré-natal de alto risco é um momento crucial na vida da gestante, que requer atenção especial e cuidados específicos para garantir a saúde tanto dela quanto do bebê. Neste contexto, a atuação do enfermeiro desempenha um papel fundamental na promoção do bem-estar físico e emocional da gestante, bem como na prevenção e no tratamento de possíveis complicações que possam surgir durante a gestação.

Entender os possíveis fatores envolvidos na origem do autismo possibilitará que os enfermeiros identifiquem gestantes mais vulneráveis e implementem intervenções precoces no cuidado pré-natal, com foco na prevenção de complicações. Um cuidado pré-natal adequado requer o trabalho de uma equipe interdisciplinar capacitada, que priorize o bem-estar completo das gestantes, buscando principalmente garantir o nascimento de bebês saudáveis (SILVA; SOUZA; PASSOS, 2022).

Nesse sentido, Silva, Silva e Souza (2018) mencionam que é essencial que toda gestante faça um acompanhamento pré-natal regular, pois é a melhor maneira de prevenir e identificar precocemente as condições de risco. Isso ajuda a evitar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. É importante ressaltar que o número adequado de consultas durante a gestação, conforme a idade gestacional, é crucial para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz para qualquer condição de risco gestacional.

De acordo com Martins (2018), é ressaltado que estratégias como planejamento reprodutivo, monitoramento, diagnóstico precoce e tratamento eficaz das complicações na gestação, parto e pós-parto são fundamentais para reduzir os óbitos maternos e garantir o direito à vida. Desta forma, é essencial priorizar a melhoria das condições de vida das gestantes e puérperas, considerando não apenas questões de saúde, mas também aspectos socioeconômicos e grupos vulneráveis.

Deus et al., (2022) reforça a importância da atuação do enfermeiro na detecção de possíveis agravos durante a gravidez e puerpério, oferecendo cuidados de qualidade para contribuir na redução da mortalidade materna. O foco em ações preventivas e educativas, aliadas às políticas públicas existentes, se configura como um elemento crucial na promoção da saúde materna.

 O enfermeiro desempenha um papel essencial na execução do tratamento, monitorização da paciente e prevenção de complicações, sendo fundamental para o prognóstico positivo da gestante e puérpera. Conforme destacado por Silva et al. (2019), o pré-natal de alto risco envolve a promoção, prevenção e manutenção da saúde materna e fetal, buscando proporcionar um acompanhamento cuidadoso e detalhado ao longo de toda a gestação. Para isso, é essencial que o enfermeiro elabore estratégias personalizadas, promova a humanização do cuidado e ofereça suporte psicossocial às gestantes, contribuindo para a redução dos índices de morbimortalidade fetal e materna.

De acordo com Gomes et al. (2019), o enfermeiro pode auxiliar as gestantes na compreensão do processo gestacional, esclarecer dúvidas, monitorar a evolução da gravidez e implementar medidas preventivas e terapêuticas, garantindo uma assistência de qualidade e segura durante o pré-natal de alto risco.

Destaca-se a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento de possíveis complicações que possam surgir ao longo da gestação, sendo essencial a atuação do enfermeiro na identificação precoce de sinais de alerta e no encaminhamento adequado para um acompanhamento mais especializado, conforme ressaltado por Gonçalves et al. (2021). Assim, o papel do enfermeiro durante o pré-natal de alto risco é essencial para garantir uma gestação saudável e um parto seguro, priorizando o bem-estar da mãe e do bebê em todo o processo.

Neste contexto, a busca por compreender os possíveis elementos ambientais que contribuem para o desenvolvimento do autismo permitirá que o enfermeiro identifique gestantes em maior risco e implemente estratégias adequadas durante o acompanhamento pré-natal, com foco na prevenção da condição. Uma assistência pré-natal eficaz requer uma equipe multidisciplinar qualificada, comprometida com a saúde global das gestantes e com o objetivo principal de promover o nascimento de bebês saudáveis. Portanto, o objetivo principal deste estudo foi identificar os potenciais fatores de risco pré-natal em mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) (SANTOS; SOUZA; PASSOS, 2022).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos revisados destacam a complexidade da etiologia do autismo, enfatizando a influência de fatores genéticos e ambientais durante a gestação. A falta de um único fator causal definido sublinha a necessidade de uma abordagem integrada na pesquisa e prática clínica, focada na identificação precoce de possíveis fatores de risco gestacional associados ao TEA. Isso é crucial não apenas para o diagnóstico precoce, mas também para a implementação de intervenções que possam mitigar o impacto do transtorno no desenvolvimento infantil.

A atenção primária à saúde emerge como um ponto central na promoção da saúde e prevenção de doenças relacionadas ao autismo. A integração dos serviços de saúde, fortalecendo unidades básicas e equipes multidisciplinares, é essencial para proporcionar um cuidado abrangente e de qualidade às crianças com TEA e suas famílias. O matriciamento dos serviços de saúde, aliado à Estratégia de Saúde da Família, representa uma estratégia eficaz para fortalecer a rede de atenção psicossocial e garantir suporte contínuo às famílias afetadas.

Além disso, a assistência de enfermagem desempenha um papel crucial na prestação de cuidados, educação e suporte às famílias. O enfermeiro não apenas facilita o acesso a informações sobre o transtorno, mas também colabora ativamente na identificação precoce de sinais de TEA durante as consultas de puericultura, contribuindo para intervenções precoces e direcionadas.

Portanto, a implementação de estratégias que fortaleçam a atuação integrada da atenção primária à saúde, aliada ao papel fundamental da enfermagem, é fundamental para melhorar o manejo e os resultados no cuidado às crianças com autismo. Essas abordagens não apenas beneficiam o desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental dos indivíduos autistas, mas também promovem uma maior qualidade de vida para eles e suas famílias.

  REFERÊNCIAS

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