EFICIÊNCIA DA SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL: APLICABILIDADE DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA A REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10184569


¹Hélio Damasceno Rodrigues
²Jeann Carlos Mororó Sousa
³Linardy de Moura Sousa


RESUMO

Esta pesquisa aborda a eficiência da segurança na construção civil: aplicabilidade das medidas de segurança para a redução de acidentes de trabalho. O objetivo é verificar as medidas de segurança eficazes para a redução de acidentes de trabalho na construção civil aplicadas atualmente. A metodologia empregada consiste em uma pesquisa quantitativa, descritiva e bibliográfica. Os dados foram coletados e obtidos por meio de pesquisas bibliográficas, revistas e artigos. Foi identificada a eficiência das medidas preventivas utilizadas para redução de acidentes na construção civil do Brasil. Os principais resultados obtidos destacam algumas ocupações, como servente de obras, pedreiros, carpinteiro e soldador, com os maiores índices de incidência em suas atividades, categorizadas em riscos ergonômicos, físicos, químicos e mecânicos. Dentre os principais tipos de acidentes identificados, destacam-se as quedas de grandes alturas, quedas de objetos, colisões e incidentes envolvendo equipamentos. No entanto, foi realizada uma análise de risco aprofundada, resultando na identificação de medidas preventivas adequadas e eficazes para cada categoria de risco e acidente em cada ocupação. Essas medidas incluem o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), como capacetes, luvas, coletes sinalizadores, óculos de segurança e redes de proteção. Destaca-se a notável eficácia das redes de proteção na prevenção de quedas de grandes alturas e a aplicabilidade prática de ferramentas de análise de risco no ambiente de trabalho. Em conjunto, estas práticas demonstram que a segurança na construção civil não é apenas uma prioridade, mas um investimento indispensável para garantir a segurança e bem-estar dos trabalhadores, ao mesmo tempo que promove um local de trabalho mais seguro e produtivo.

Palavras-chaves: Segurança do trabalho; Acidentes; Medidas preventivas; Construção civil.  

ABSTRACT

This research addresses the efficiency of safety in civil construction: applicability of safety measures to reduce work accidents. The objective is to verify the effective safety measures to reduce work accidents in construction currently applied. The methodology employed consists of quantitative, descriptive and bibliographic research. Data were collected and obtained through bibliographical research, magazines and articles. The efficiency of preventive measures used to reduce accidents in civil construction in Brazil was identified. The main results obtained highlight some occupations, such as construction assistants, bricklayers, carpenters and welders, with the highest rates of incidence in their activities, categorized into ergonomic, physical, chemical and mechanical risks. Among the main types of accidents identified, falls from high heights, falling objects, collisions and incidents involving equipment stand out. However, an in-depth risk analysis was conducted, resulting in the identification of appropriate and effective preventive measures for each risk category and accident in each occupation. These measures include the use of Personal Protection Equipment (PPE) and Collective Protection Equipment (EPC), such as helmets, gloves, signaling vests, safety glasses and safety nets. The notable effectiveness of safety nets in preventing falls from great heights and the practical applicability of risk analysis tools in the workplace are highlighted. Together, these practices demonstrate that safety in civil construction is not just a priority, but an indispensable investment to ensure the safety and well-being of workers, while promoting a safer and more productive workplace.

Keywords: Work safety; Accidents; Preventive measures; Civil Construction.

1. INTRODUÇÃO

A segurança no ambiente de trabalho é um tema de extrema importância em qualquer setor de atividade, especialmente na construção civil, no qual os trabalhadores estão expostos a diversos riscos e perigos que podem levar a acidentes graves, inclusive fatais. Um acidente de trabalho é definido como um evento que acontece durante o exercício do trabalho em nome da empresa, que resulta em lesões corporais ou perturbações funcionais, levando à morte ou à redução temporária ou permanente da capacidade de trabalho (NEGRINI, 2016).

É imperioso mencionar que os procedimentos de segurança são como o conjunto de prescrições ou recomendações necessárias para assegurar a realização das tarefas ou das operações com o pleno atendimento dos requisitos de eficiência e segurança, sendo que são muito mais do que simples orientações, e devem estar sempre disponíveis na forma escrita. Dessa forma, as medidas de segurança em canteiros de obras são variadas, incluindo desde o uso de equipamentos de proteção individual entre os mais utilizados na construção civil, como capacetes, óculos de proteção, luvas, cintos de segurança, até a implementação de treinamentos, procedimentos administrativos e de proteções coletivas. (BARBOSA FILHO, 2011).

No âmbito da construção civil, a presença de um engenheiro especializado em segurança do trabalho no canteiro de obras é de suma importância para garantir a redução dos acidentes de trabalho e a implementação de medidas de segurança eficazes, que visam proteger os trabalhadores. Por isso, é fundamental que as empresas do setor da construção civil contêm com profissionais capacitados para desempenhar essa função (SALIBA, 2015).

Dessa forma, surge a seguinte pergunta de pesquisa: Quais as medidas de segurança eficazes para a redução de acidentes de trabalho na construção civil estão sendo aplicadas atualmente?

H1. As empresas estão implantando medidas de proteção coletivas, administrativas e EPI´s.

H2. As empresas não estão seguindo a legislação (Normas Regulamentadoras).

A exposição aos fatores de risco, como calor, altura, ruídos e esforços repetitivos, favorece o aumento das chances de acidentes de trabalho. Portanto, é possível verificar a importância da adoção de práticas preventivas, com a finalidade de conscientização dos profissionais e redução dos riscos. Dessa forma, para haver uma política de segurança bem implantada, deve-se ter um contínuo planejamento e desenvolvimento de ações e cumprimento de medidas preventivas, bem como a necessidade de implantar uma política de educação aos trabalhadores de modo que estes passem a compreender, obedecer e cooperar com as normas pré-estabelecidas (ARAUJO; DOMINGUES JÚNIOR, 2018).

Em decorrência da atividade laboral, a construção civil enfrenta muitos problemas, especialmente relacionados às condições de trabalho, como a ocorrência de inúmeros acidentes que ocorrem em canteiros de obras. Nesse viés, é imprescindível seguir a Norma Regulamentadora 18, na qual cita procedimentos que garantam a segurança dos trabalhadores desta área, possuindo como foco primordial as medidas de controle e sistemas preventivos de segurança no processo. Dessa forma, a NR-18 ao ordenar ações voltadas à segurança do trabalho tem no canteiro de obras o palco para sua implementação (AZEVEDO et al., 2020).

Diante disso, é fundamental discutir a eficácia das medidas de segurança na redução de acidentes de trabalho em canteiros de obras, bem como as estratégias utilizadas, os devidos equipamentos de proteção individual, os benefícios e os desafios enfrentados pelas empresas do setor, isto é, os trabalhadores devem ter e sentir segurança contra tudo que possa ser caracterizado como agente perigoso à sua integridade física e a sua saúde (MALLMANN, 2008).

Embora à primeira vista possa parecer que a procura da segurança e da eficiência possa implicar custos adicionais para as empresas de construção, a longo prazo esta abordagem é muito benéfica, tanto financeiramente como em termos de reputação e sustentabilidade do setor. Isto não só reduz os custos diretos dos acidentes de trabalho, mas também aumenta a produtividade, fortalece a reputação da empresa e ajuda a garantir a sustentabilidade a longo prazo da indústria. É, portanto, um investimento economicamente sensato e socialmente responsável (CRUZ et.al., 1998).

A eficiência e a segurança da construção através da aplicação rigorosa de medidas de segurança são uma abordagem socialmente benéfica. Isto porque, em primeiro lugar, a nossa prioridade é proteger a vida e a saúde dos trabalhadores. Além disso, ajuda a reduzir as desigualdades sociais, beneficiando os trabalhadores de grupos de estatuto socioeconómico mais baixo. Por último, a sustentabilidade da empresa é garantida, permitindo que a construção continue a impulsionar o desenvolvimento económico e a criar empregos sem comprometer a segurança e o bem-estar dos trabalhadores. A segurança no local de trabalho é, portanto, uma importante responsabilidade social que vai além das preocupações puramente económicas (BRAGA, 2017).

Assim, o presente trabalho objetiva verificar as medidas de segurança eficazes para a redução de acidentes de trabalho na construção civil aplicadas atualmente.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Segurança do Trabalho

A segurança do trabalho é um tema importante e relevante para as empresas e trabalhadores, pois busca prevenir acidentes e doenças ocupacionais, além da proteção da integridade física e da capacidade de trabalho dos indivíduos envolvidos. Para isso, é necessário que as empresas adotem medidas de segurança e que os trabalhadores sigam as normas e procedimentos de segurança estabelecidos (BARSANO; BARBOSA, 2018).

A organização internacional do trabalho (OIT) estima que, anualmente, ocorram cerca de 60 mil acidentes de trabalho fatais em obras de construção civil ao redor do mundo, portanto aquela implica que a segurança do trabalho seja de extrema importância na área da construção pois é o conjunto de medidas que visam prevenir acidentes e doenças ocupacionais, protegendo a integridade física e mental dos trabalhadores. Já a saúde ocupacional é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um conjunto de atividades voltadas para a promoção e proteção da saúde dos trabalhadores (SPIRLANDELI, 2022).

A segurança do trabalho, no Brasil, é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que estabelece as obrigações dos empregadores e dos trabalhadores no que se refere à segurança e saúde no trabalho, com a finalidade de proporcionar às micro e pequenas empresas melhores condições de segurança e saúde ocupacional, o poder público e os serviços sociais autônomos incentivam a formação de alianças entre essas empresas para prestação de serviços profissionais (BRASIL, 2006).

Além disso, existem diversas normas regulamentadoras (NRs) estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que visam garantir a segurança e saúde dos trabalhadores em diferentes áreas, criada pelo governo para diminuir os índices de acidentes, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) passou a contar com 38 Normas Regulamentadoras (SANTOS, 2018).

A segurança do trabalho é um tema importante e que deve ser tratado com seriedade pelas empresas e trabalhadores. É fundamental que as empresas adotem medidas de prevenção e que os trabalhadores estejam conscientes da importância de seguir as normas e procedimentos de segurança (BENITE, 2004).

Em primeiro lugar, a Segurança e Saúde no Trabalho (SST) procura preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, garantindo que estes possam desempenhar as suas funções em um ambiente seguro e livre de riscos. A SST visa também reduzir os custos humanos e financeiros associados aos acidentes de trabalho, protegendo os trabalhadores e as empresas de custos elevados em termos de indemnizações, multas e ações judiciais (BRIDI, 2012).

Ademais, pode haver custos iniciais consideráveis ​​envolvidos na implementação de medidas de segurança na construção, incluindo custos de formação de pessoal, aquisição de equipamentos de proteção individual e coletiva, investimento em tecnologia e sistemas de segurança avançados, e a afetação de recursos para desenvolver e aderir a procedimentos de segurança rigorosos. Embora estes custos iniciais possam apresentar desafios, é importante perceber que são um investimento a longo prazo (FRANZ et.al., 2006).

A redução de acidentes de trabalho pode economizar recursos significativos, como contas médicas, indenizações, ações judiciais e multas relacionadas ao descumprimento. Além disso, o aumento da eficiência no local de trabalho, o aumento da produtividade e a redução do tempo de inatividade devido a acidentes compensam esses custos iniciais e podem até melhorar a lucratividade geral de uma empresa de construção civil. Por conseguinte, o custo da implementação de medidas de segurança é justificado em termos de retorno do investimento e, mais importante, em termos de promoção de um ambiente de trabalho mais seguro e saudável (ALMEIDA DE SOUZA, 2020).

O Ministério do Trabalho (ou Secretaria Especial do Trabalho e Previdência Social) é responsável por criar normas, regulamentos e normas que garantam a segurança dos trabalhadores da construção civil. No contexto das regulamentações trabalhistas, destaca-se a Norma Regulamentadora 01, onde aborda competências e estruturas. Nesse contexto, a Secretaria do Trabalho (STRAB) desempenha um papel crucial, por meio da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), sendo o órgão nacional encarregado da segurança e saúde no ambiente de trabalho. Suas responsabilidades incluem desde formulação de diretrizes, supervisão das atividades relacionadas à segurança e saúde até a garantia do cumprimento das normas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e participação ativa na Comissão Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho de âmbito nacional (NETO, 2020).

A segurança no trabalho é uma responsabilidade partilhada entre a empresa, os seus colaboradores e o Estado que visa preservar a saúde física e mental dos trabalhadores emprega órgãos reguladores para estabelecer padrões e monitorar a conformidade das empresas com os regulamentos de segurança no local de trabalho. A corporação tem a obrigação de fornecer um ambiente de trabalho seguro e saudável, identificar e mitigar riscos potenciais na ocupação, bem como promover treinamento e equipamentos adequados. Os colaboradores devem seguir os protocolos de segurança estabelecidos pela empresa, utilizar os equipamentos de proteção individual disponíveis e reportar quaisquer situações de risco. Esta parceria tripartida é crucial para criar um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos (PEINADO, 2019).

2.2 Acidentes e Riscos no Canteiro de Obras

Os canteiros de obras são ambientes complexos e dinâmicos que requerem uma série de atividades e processos para a construção de edifícios e outras estruturas, intrinsecamente repletos de perigos e riscos. Um local de trabalho onde são realizadas uma variedade de atividades e transações que figuram esses riscos significantes para a saúde e a segurança dos funcionários. Portanto, a gestão eficaz desses perigos e riscos, é vital para garantir a segurança e bem-estar dos trabalhadores na construção civil do Brasil (SERRA, 2010).

Os acidentes na construção civil são eventos adversos comuns, como quedas de altura, soterramentos, lesões por equipamentos e exposição a substâncias químicas, enquanto doenças incluem problemas respiratórios, musculoesqueléticos, intoxicação por chumbo e perda auditiva ocupacional. Os acidentes podem ter consequências graves, desde ferimentos leves até lesões permanentes e morte. Esses acidentes podem atrasar a conclusão do trabalho. Como resultado, as empresas envolvidas sofrer perdas financeiras e afetando a vida dos assalariados e suas famílias. Por isso, a prevenção de acidentes e riscos na obra deve ser uma preocupação constante de todos os envolvidos na construção desde o planejamento até a execução das obras, garantindo um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos (REIS; GUIMARÃES, 2017).

O termo “perigo” no setor da construção civil geralmente se refere a qualquer situação ou condição que possa causar danos, lesões, doenças ou morte aos trabalhadores, como quedas de altura, eletricidade, máquinas pesadas e produtos químicos perigosos. O risco está relacionado com a probabilidade de um perigo causar danos ou lesões, tendo em conta a frequência de exposição ao perigo, a gravidade das lesões que podem ocorrer e as medidas de controle que são implementadas. Lidar com perigos e riscos é fundamental para a indústria da construção. Isto inclui precauções como o uso de equipamentos de proteção individual, treinamento adequado e cumprimento das normas de segurança para garantir a proteção e eficiência dos trabalhadores nos canteiros de obras (TAKAHASHI et.al., 2012).

As causas dos acidentes de trabalho na construção civil incluem a falta de formação, a utilização inadequada de equipamentos de proteção, as más condições de trabalho, o não cumprimento das normas de segurança, a exposição a agentes químicos e físicos, etc. As consequências são graves, incluindo ferimentos, mortes, custos financeiros significativos, paralisações de trabalho e impacto no moral e na reputação da empresa. Para prevenir estes efeitos negativos, é importante que os empregadores promovam medidas de segurança rigorosas, enquanto os trabalhadores estejam conscientes dos riscos e contribuam para um ambiente de trabalho seguro (ARAGÃO JÚNIOR, 2016).

No mundo da construção civil, o canteiro de obras apresenta diversos riscos e perigos para quem ali trabalha. Discernindo os riscos em cinco categorias, o canteiro de obras possui perigos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos. Dentre os físicos, destacam-se temperaturas extremas, esforço físico excessivo, vibrações, ruídos, queda de objetos e quedas de altura. Quando se trata de riscos químicos, é possível estar exposto a substâncias tóxicas, incluindo poeira, solventes, vapores e gases. Quanto aos riscos biológicos, vírus, bactérias, parasitas e fungos representam uma ameaça à exposição. Esforço físico, repetitividade e posturas inadequadas são atividades que contribuem para riscos ergonômicos e entre os mecânicos encontram-se quedas de objetos, manipulação de materiais, ferramentas elétricas e manuais (BEZERRA, 2015).

Atualmente, os acidentes mais comuns na construção civil é a queda de altura, que pode ser causada por escorregamento, desequilíbrio ou falta de proteção em áreas elevadas. O choque elétrico também é comum em trabalhos envolvendo instalações elétricas e hidráulicas. Outros acidentes comuns incluem soldagem de estruturas, escavação, colapso estrutural, queda de materiais, ferramentas e exposição a substâncias tóxicas e inflamáveis. Além de um planejamento cuidadoso e do uso de equipamentos de proteção individual e coletivo adequados, evitar esses acidentes requer uma equipe de profissionais capacitados e que entendem a importância da segurança no trabalho (LUZ, 2018).

Portanto, estes acidentes poderiam ser evitados com a implementação das medidas de segurança adequadas, treinamento dos trabalhadores e fiscalização rigorosa. A segurança no trabalho é uma preocupação fundamental na construção civil, e as autoridades reguladoras, empresas e trabalhadores devem se esforçar para minimizar os riscos e prevenir acidentes (ZAGO et.al., 2014).

2.3 Medidas de Segurança do Trabalho no Canteiro de Obras

A gestão da segurança do trabalho nos canteiros de obras é uma prática que engloba diversas atividades como identificação de perigos e, análise e avaliação de riscos, implementação de medidas preventivas, monitoramento das condições de trabalho, treinamento e qualificação de pessoal, etc. Essas atividades devem ser realizadas de forma integrada e coordenada envolvendo todos os envolvidos na operação, desde a equipe gestora até os trabalhadores da obra (FERREIRA, 2020).

A avaliação de riscos e a análise de causas têm um papel significativo no âmbito do Programa de Gestão de Riscos (PGR) relativos à segurança na indústria da construção. Isto envolve primeiro identificar e depois classificar os riscos associados ao projeto, priorizando os riscos mais graves e prováveis, desenvolvendo controles, monitorando processos em andamento e envolvendo os funcionários. O objetivo é prevenir acidentes, garantir o cumprimento das normas de segurança e criar ambientes de trabalho mais seguros na indústria da construção (TORRES; PEREIRA; ALMEIDA, 2021).

Algumas das inovações significativas incluem a utilização de ferramentas como BIM para identificar riscos durante o projeto, a utilização de drones para inspecionar áreas de difícil acesso, a utilização de VR (Realidade Virtual) e AR (Realidade Aumentada) para treinar com segurança, a utilização de sensores e dispositivos que podem ser usados ​​para monitorar o saúde do trabalhador, utilização de robôs perigosos, utilização de inteligência artificial para análise de dados de segurança, monitoramento ambiental, automação de máquinas, aplicativos móveis e plataformas de comunicação utilizadas durante o projeto. Estas inovações não só melhoram a segurança, mas também aumentam a eficiência e a qualidade dos projetos de construção, o que resulta num ambiente de trabalho mais seguro e num empreendimento mais bem-sucedido (GRAMKOW, 1998).

A utilização de EPIs e EPCs é uma das medidas mais importantes de segurança do trabalho nos canteiros de obras. Os EPIs devem ser fornecidos pelas as empresas e utilizados pelos trabalhadores de forma adequada, como capacetes, óculos de proteção, protetores auriculares, luvas e cintos de segurança entre outros. Já os EPCs devem ser instalados nos locais de trabalho de forma a garantir a segurança dos trabalhadores e evitar acidentes como em alturas elevadas com a utilização de redes de proteção, guarda corpos e placas de sinalização. Os trabalhadores devem ser treinados para utilizar corretamente os EPIs e EPCs, bem como para realizar as atividades de forma segura e evitar acidentes. Além disso, é importante que os trabalhadores sejam conscientizados sobre a importância da segurança do trabalho e incentivados a adotar boas práticas no ambiente de trabalho (ARÃO et al., 2012).

Outra importante medida de segurança do trabalho na construção civil é a realização de vistorias de segurança e também a utilização das medidas administrativas. Dentre as medidas administrativas tem se a elaboração de planos de segurança, controle de acesso, gestão de emergência e a comunicação de riscos. As inspeções devem ser realizadas periodicamente para garantir que as medidas de segurança estão sendo seguidas e que não há perigos potenciais que precisem ser tratados. Com base na inspeção, a equipe de gestão pode identificar problemas e tomar as medidas preventivas adequadas (FELIX, 2021).

A implementação de medidas preventivas de segurança eficazes exige comprometimento, planejamento e investimento por parte das empresas, mas os benefícios a médio e longo prazo são inestimáveis, tanto para os trabalhadores como para as empresas e a sociedade em geral (LIMBERGER, 2016).

3 METODOLOGIA

O referente estudo visa identificar e relatar a aplicabilidade das medidas de segurança para redução dos acidentes de trabalho que ocorrem em meio ao setor da construção civil na atualidade (período de 2018 a 2023). A pesquisa nos quais os dados coletados serão analisados de forma descritiva, utilizando-se registros de medidas preventivas aplicadas para redução de acidentes de trabalho, visa proporcionar uma compreensão abrangente do cenário atual da segurança na construção civil. Este método descritivo com base na análise dos dados coletados, buscará fornecer conclusões e recomendações para maximizar a eficiência e a segurança na construção civil brasileira (GIL, 2002).

A abordagem adotada será baseada na pesquisa bibliográfica, que incluirá a consulta de diversas fontes de informação, como artigos publicados em revistas, livros de referência, e a exploração de websites e recursos online relacionados com Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Uma abordagem atualizada do assunto com base em evidências e conhecimento abrangente fornecido na literatura e em fontes confiáveis. A pesquisa bibliográfica é essencial para apoiar a análise crítica e os fundamentos teóricos de nossa pesquisa, ajudando a construir uma base sólida de informações (RODRIGUES; SANTARÉM; FIGUEIREDO, 2020).

A população alvo deste estudo consiste nas medidas de segurança aplicadas na construção civil com o objetivo de reduzir o percentual de acidentes de trabalho no Brasil. Portanto, para obtenção de dados, tem-se a seleção de uma amostra representativa realizada por meio de pesquisa bibliográfica para condensar informações atualizadas onde os resultados obtidos foram organizados em tabelas, figuras e gráficos para apresentar e analisar os tópicos abordados neste estudo.

4.    RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 A Segurança do Trabalho e Acidentes no Setor da Construção Civil no Território Brasileiro

A partir do levantamento bibliográfico para realização dos objetivos propostos neste artigo, no âmbito do território nacional brasileiro, atualmente com o crescimento da construção civil tem sido de enorme importância a segurança do trabalho onde por normas e leis previstas na Consolidação Das Leis Do Trabalho (CLT) e regulamentadas pelo Ministério do Trabalho órgão encarregado da supervisão in loco dos assuntos relacionadas com a segurança no local. Em síntese, a consolidação de práticas seguras na construção civil não apenas atende às exigências legais, mas eleva a indústria a um patamar de excelência, refletindo não apenas números estatísticos positivos, mas, sobretudo, o respeito pela vida e pela dignidade daqueles que, diariamente, dedicam-se a construir o futuro do país.

Segundo informações fornecidas pelo Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho em seu relatório de 2021, a construção de edifícios, dentro do setor da construção civil, se destaca como o quinto setor com maior incidência de acidentes de trabalho (Figura 1). Ficando atrás apenas dos setores de transporte rodoviário de carga, administração pública em geral, comércio varejista de mercadorias em geral e o primeiro que são as atividades de atendimento hospitalar (BORGES; VILAÇA; LAURINDO, 2021).

(Fonte: BORGES; VILAÇA; LAURINDO, 2021)

Ao se posicionar entre os setores com índices significativos de acidentes no Brasil, torna-se evidente que a segurança no trabalho nas construções de edifícios tem sido negligenciada. É importante destacar, ademais, que em muitas situações, a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) não é devidamente emitida, portanto, o número de acidentes que ocorrem na realidade é maior do que os contabilizados nas pesquisas (BORGES; VILAÇA; LAURINDO, 2021).

De acordo com a coleta de dados feita na ferramenta SmartLab, foram obtidas informações sobre as lesões mais comuns entre os incidentes ocorridos na indústria da construção civil, no setor da construção de edifícios no Brasil, durante o período de 2014 a 2022 como demonstra a Tabela 1 (SILVA; DA SILVA, 2023).

(Fonte: SILVA; DA SILVA, 2023)

Nesse contexto, ao fazer a análise dos dados obtidos e apresentados na Tabela 1, é possível identificar as lesões que ocorrem com maior frequência como resultado dos acidentes ocorridos na construção civil. Portanto, observa-se que três dos onze grupos se destacam com uma alta prevalência de ocorrências. No topo da lista, encontra-se a fratura, representando 26% dos casos, seguida pelo corte e/ou laceração, que corresponde a 20% dos casos, e por último, a contusão e/ou esmagamento, que totaliza 12% dos casos registrados (SILVA; DA SILVA, 2023).

Por meio da análise das lesões mais comuns na construção civil, conforme os dados coletados na ferramenta SmartLab, é possível identificar as áreas de maior risco. Essa identificação torna ainda mais crucial a implementação de práticas de segurança específicas para a prevenção e redução do percentual de acidentes.

4.2 Perigos e Riscos nas Atividades com Maior Incidência de Acidentes na Construção Civil no Brasil

No período de 2014 a 2018, uma análise das notificações de acidentes na indústria da construção civil revelou um panorama preocupante, destacando atividades ocupacionais com incidências mais significativas. Os dados apontam que as ocupações de carpinteiro, servente de obras e pedreiro assumiram as posições de liderança, com 160, 137 e 77 notificações, respectivamente. Esse cenário reflete a complexidade do ambiente de trabalho na construção civil, que frequentemente envolve tarefas desafiadoras, exposição a riscos variados e a necessidade de aderência estrita a medidas de segurança. Além disso, o Gráfico 01, que apresenta as demais ocupações, oferece uma visão abrangente da distribuição das notificações de acidentes, destacando a importância de um enfoque proativo na prevenção de incidentes em toda a indústria (RAMOS, 2020).

Gráfico 01 – Ocupações citadas em notificações entre 2014 e 2018

(Fonte: RAMOS, 2020)

Durante o período analisado, lamentavelmente, ocorreram duas tragédias que resultaram em perdas humanas na indústria da construção civil. Ambos os casos envolveram lesões do tipo contusão/esmagamento da superfície cutânea, com a parte do corpo atingida sendo a cabeça. Estas ocorrências afetaram dois profissionais, um pedreiro e um carpinteiro. A análise dos agentes causadores aponta que um dos acidentes foi resultado de uma queda de altura, enquanto o outro se originou de uma queda do mesmo nível (RAMOS, 2020).

Com base em uma análise adicional dos resultados que abordam as incidências de acidentes de trabalho na indústria da construção civil entre o período de 2012 a 2018, torna-se evidente que a ocupação de servente de obras continua apresentando maior percentual com cerca de 37% em comparação com outras ocupações. Em segundo lugar, encontramos a ocupação de pedreiro com 16%, conforme demonstrado no Gráfico 02 (SENA, 2019).

Gráfico 02 – Incidência de Acidentes de Trabalho por Ocupação (2012 – 2018).

(Fonte: SENA, 2019)

Em comparação dos Gráficos 1 e 2 revela diferenças significativas nas incidências de acidentes em ocupações da indústria da construção civil. No Gráfico 2, os dados apontam para uma alta incidência de acidentes em ocupações como servente de obras (88749), pedreiro (37440). No entanto, no Gráfico 1, o pedreiro (77), o servente de obras (137) e o carpinteiro (160) tem como liderança no ranking de ocupações com mais incidências de acidentes e continuam sendo ocupações afetadas, mas é importante notar que as ocupações em comum entres os gráficos e diferenças numéricas entre os dois são substanciais. Além disso, o Gráfico 2 destaca ocupações menos frequentes em acidentes, como soldador (2), entretanto, no Gráfico 1 temos essa ocupação ocupando a terceira maior porcentagem de incidentes notificados, sugerindo que, embora essa ocupação esteja menos expostas, enfrenta ainda riscos significativos.

Considerando as ocupações com os mais elevados registros de incidentes notificados, destaca-se em primeiro lugar a ocupação de servente de obras, seguida pelas ocupações de pedreiro, carpinteiro e soldador, com base em uma análise detalhada dos gráficos 1 e 2. A fim de sistematizar esta análise, foi elaborada uma tabela (01) que descreve as atividades, perigos e riscos inerentes a cada uma das ocupações.

Tabela 02 – Ocupações na Construção Civil – Atividades, Perigos e Riscos

(Fonte: AUTOR, 2023)

Conforme os dados da tabela 02 acima, constata-se que as ocupações apresentadas compartilham perigos comuns relacionados a quedas de altura e lesões, enquanto aos riscos observa-se a predominância de riscos ergonômicos devido aos movimentos repetitivos e posturas inadequadas ao levantar, carregar e movimentar materiais. Portando, torna-se o maior enfoque em aplicabilidade de medidas preventivas ao que se submetem os perigos de quedas de alturas elevadas nessas ocupações, bem como prevenir e evitar os diversos riscos existentes.

4.3 Implementação de Ações e Medidas Preventivas na Construção Civil Brasileira para a Redução de Acidentes

Ao longo dos resultados apresentados, para garantir a segurança dos trabalhadores em ocupações tão variadas como pedreiro, servente de obras, carpinteiro e soldador, é fundamental a aplicabilidade das medidas de segurança para reduzir os acidentes de trabalho. A análise detalhada dos riscos específicos inerentes a cada ocupação possibilitou a elaboração de uma tabela (03) contendo medidas preventivas pertinentes e eficazes, visando reduzir os potenciais incidentes.

Tabela 03 – Ocupações na Construção Civil – Riscos e Medidas Preventivas

(Fonte: AUTOR, 2023)

No contexto da segurança do trabalho, em análise feita da tabela 03, percebe-se as suas respectivas medidas preventivas. No caso dos serventes de obras, onde os riscos ergonômicos, mecânicos e de colisões são eminentes, a implementação de rodízio de tarefas e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como capacetes e coletes sinalizadores são de extrema importância para os trabalhadores. Da mesma forma, para pedreiros, carpinteiros e soldadores, a tabela destaca medidas preventivas personalizadas para riscos físicos, mecânicos e químicos específicos a cada função, destacando a importância do rodízio de tarefas, EPIs adequados e procedimentos específicos, como a inspeção e manutenção de equipamentos para soldadores. Essa abordagem sistemática, incorporada à rotina de trabalho, visa estabelecer ambientes seguros e promover uma cultura de prevenção de acidentes nas atividades diárias desses profissionais.

Analisando as medidas preventivas utilizadas para minimizar os acidentes na construção civil no Brasil, tem si uma construtora onde suas obras são referência no requisito ao que se refere a segurança de seus trabalhadores no canteiro de obras da construtora. Medidas como treinamentos, fiscalização quanto ao uso de EPIs e EPCs favorecendo aos trabalhadores que fazem o exercício da profissão de pedreiros e serventes de obras utilizando de forma correta e a aplicação de sistemas de proteção coletiva que por sua vez tem si o (SPCQA) utilizados na obra contra quedas de alturas. (CZIECZEK; FABER, 2021).

Entre os EPCs o que se destacou foi o uso do SLQA (Sistema Limitador de Quedas de Altura) nas obras da construtora com a implementação do sistema de segurança com tela. A equipe encarregada da execução da estrutura é composta por trabalhadores pertencentes a uma empresa terceirizada que passam por um treinamento específico, habilitando-os para a montagem do sistema. À medida que a estrutura é progressivamente construída, esses profissionais supervisionam e acompanham o andamento dos trabalhos, conforme ilustrado na Figura 02 A e B (CZIECZEK; FABER, 2021).

Figura 02 – Ascensão da tela

(Fonte: CZIECZEK; FABER, 2021)

Com o uso dessa tela SLQA (Sistema Limitador de Quedas de Altura) pode-se reduzir e evitar quedas de materiais e ferramentas dos trabalhadores de diferentes alturas, minimizando os riscos nas ocupações como servente de obras quanto a queda de objetos e a pessoas a serem atingidas enquanto se encontram nas proximidades da obra.

Dentre outras medidas preventivas tem-se a aplicabilidade da ferramenta FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) que tem a tradução no português como Analise de Modos de Falha de Efeitos nos processos de soldagem de reforços e fechamento lateral, verificando os riscos mais críticos sendo: Queda de objetos; Ruído; Queda de pessoas em diferentes níveis; Inalação de fumos metálicos e gases; Choque elétrico; Contato com material químico/irritante, resultando na minimização de acidentes durante as atividades executadas pelos soldadores. Assim, sendo feito à análise do número de acidentes de trabalho em conformidade com a meta estabelecida de não mais do que 4 incidentes em um intervalo de 6 meses, abrangendo o período de maio a outubro de 2020, como indicado no Gráfico 3 (JUNIOR, 2023).

(Fonte: JUNIOR, 2023)

Com base na análise do gráfico feito pelos os envolvidos, é possível constatar que durante o período da implementação da ferramenta, ocorreu apenas um incidente na ocupação de soldador. Comparando este resultado com os meses anteriores à adoção da ferramenta, foi observado uma melhora significativa na segurança no ambiente de trabalho. Vale ressaltar que o único acidente registrado durante o período se deu devido à não conformidade com as práticas de segurança, especificamente relacionado à falta de utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) durante uma atividade de içamento de objetos (JUNIOR, 2023).

Essa redução na frequência de acidentes demonstra os benefícios da implementação de ferramentas, ressaltando a importância de manter rigorosas práticas de segurança, incluindo o uso de sistemas e EPIs e EPCs, a fim de garantir um ambiente de trabalho mais seguro e evitar incidentes no futuro. A conscientização e o cumprimento de normas e regulamentos de segurança continuam sendo fatores essenciais para a prevenção de acidentes e a proteção da saúde e bem-estar dos trabalhadores.

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que esta pesquisa com vistas a ter seus resultados obtidos de forma bibliográfica traz uma contribuição para o campo da Engenharia Civil, ao destacarmos a importância da segurança do trabalho na indústria da construção civil. Um aspecto singular da pesquisa é a ênfase na implementação de sistemas de proteção e ferramentas como medidas preventivas eficazes, que se mostraram cruciais para a redução da incidência de acidentes, especialmente nos contextos ocupacionais no setor da construção civil do Brasil atualmente.

A pesquisa tende a ressaltar que a falta de medidas preventivas e a prática de atos inseguros por parte dos trabalhadores representam um fator significativo na ocorrência de acidentes. No entanto, o estudo também identificou que as medidas preventivas implementadas desempenham um papel fundamental na mitigação desses riscos.

A implementação bem-sucedida de sistemas de proteção e ferramentas como medidas preventivas pode ter um impacto substancial na vida dos trabalhadores da construção civil, uma vez que reduz os riscos associados a acidentes no ambiente de trabalho. Isso não apenas preserva a saúde e a integridade física dos profissionais envolvidos, mas também impulsiona a produtividade e a qualidade dos projetos de construção.

Além disso, ao reduzir a incidência de acidentes, a pesquisa pode potencialmente diminuir os custos associados ao tratamento médico e licenças médicas, aliviando o ônus financeiro sobre os trabalhadores e as empresas. Em última análise, a pesquisa contribui para a construção de uma sociedade mais segura e sustentável, ao ressaltar a importância da segurança no trabalho como um valor fundamental na indústria da construção civil e no desenvolvimento da Engenharia Civil como um todo.

É importante ressaltar que a pesquisa enfrentou algumas limitações durante o processo, especialmente no que diz respeito à busca por resultados mais recentes no contexto brasileiro. A obtenção de informações atualizadas sobre medidas preventivas utilizadas para reduzir acidentes na construção civil no Brasil pode ser desafiadora devido à falta de dados e estatísticas oportunas e abrangentes.

Portanto, recomenda-se que estudos futuros se concentrem na coleta e análise de dados mais recentes, a fim de manter a relevância das medidas preventivas em um setor em constante evolução. Além disso, sugere-se a investigação mais aprofundada das barreiras e desafios enfrentados na implementação eficaz dessas medidas, bem como a avaliação do impacto das mudanças na legislação e regulamentações na indústria da construção civil brasileira. Tais estudos podem proporcionar insights valiosos para aprimorar ainda mais a segurança no trabalho e reduzir a ocorrência de acidentes na construção civil.

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