EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES MENORES DE 24 MESES COM DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE BRONQUIOLITE PELO VÍRUS SINCIAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th102411242314


Carolina Oliveira Cardoso
Evelyn França Lins
Orientador: Prof. Esp. Lucas José Sales de Araújo


A presente pesquisa tem como objetivo investigar e identificar o impacto da fisioterapia respiratória em pacientes menores de 24 meses com bronquiolite causado pelo vírus sincicial respiratório, um vírus comum que causa sintomas semelhantes a um resfriado como coriza, espirros, tosses, febre e dor de garganta. A bronquiolite viral aguda (BVA) é a uma infecção do sistema respiratório atingindo maior parte crianças durante seus primeiros anos de vida. O diagnóstico é realizado através dos principais sintomas relacionados a doença, como febre, tosse, chiado no peito e com o tratamento precoce evita-se que a doença evolua para um quadro mais grave. O tratamento para bronquiolite em crianças até de 2 anos de idade inclui fisioterapia respiratória baseada em aplicações técnicas e manobras fisioterapêuticas que visam mobilizar secreções, aumentar a oxigenação sanguínea, promover a ré expansão pulmonar, reduzir o trabalho respiratório, retreinar a função respiratória e prevenir complicações. A fisioterapia promove a melhora do sistema respiratório, diante das técnicas e manobras utilizadas. A abordagem da fisioterapia utilizando terapias de suporte, indicaram resultados benéficos para a rápida recuperação do paciente, assim evitando maiores complicações da doença. Para a coleta de dados, optou-se pela pesquisa bibliográfica, foram utilizados como fonte de pesquisa artigos da língua portuguesa, selecionou-se estudos realizados entre 2014 e 2024, sendo obtidos no Google Acadêmico, PubMed, Scielo e livros publicados nos últimos 10 anos que abordam a importância da fisioterapia em pacientes menores de 24 meses com bronquiolite causada pelo vírus sincicial. O principal objetivo deste estudo, foi revisar as referências de artigos científicos sobre a eficácia da fisioterapia respiratória em crianças com BVA e validar as técnicas que proporcionam melhoras significativas à patologia. Considerando o exposto, pode-se concluir que os tratamentos avaliados no estudo alcançaram resultados positivos e eficazes na melhoria da função e do sistema respiratório de pacientes menores de 2 anos de idade após o uso de fisioterapia respiratória.

Palavras-chave: Fisioterapia Respiratória. Bronquiolite. Vírus Sincicial. Técnicas Fisioterapêutica. Sistema Respiratório.

The aim of this research is to investigate and identify the impact of respiratory physiotherapy on patients under 24 months of age with bronchiolitis caused by the respiratory syncytial virus, a common virus that causes symptoms similar to cold such as runny nose, sneezing, coughing, fever and sore throat. Acute viral bronchiolitis (AVB) is an infection of the respiratory system that affects most children during their first years of life. Diagnosis is made through the main symptoms related to the disease, such as fever, cough, wheezing, and early treatment prevents the disease from evolving into a more serious condition. Treatment for bronchitis in children up to 2 years of age includes respiratory physiotherapy based on technical applications and physiotherapeutic maneuvers that aim to mobilize secretions, increase blood oxygenation, promote lung re-expansion, reduce respiratory work, retrain respiratory func-tion, and prevent complications. Physiotherapy promotes improvement of the respira-tory system, given the techniques and maneuvers used. The physiotherapy approach using supportive therapies indicated beneficial results for the patient’s rapid recovery, thus avoiding further complications of the disease. For data collection, bibliographical research was chosen, articles in the Portuguese language, Studies carried out between 2014 and 2024 were selected, and magazines and books published in the last 10 years were obtained from Google Scholar, PubMed,Scielo that address the importance of physiotherapy in patients under 24 months of age with bronchiolitis caused by the syncytial virus. The main objective of this study was to review the references of scientific articles on the effectiveness of respiratory physiotherapy in children with AVB and validate the techniques that provide significant improvements to the pathology. Con-sidering the above, it can be concluded that the treatments evaluated in the study achieved positive and effective results in improving the function and respiratory sys-tem of patients under 2 years of age after the use of respiratory physiotherapy.

Keywords: Respiratory Physiotherapy. Bronchiolitis. Syncytial Virus. Physiotherapy Techniques. Respiratory System.

1.  INTRODUÇÃO

A fisioterapia respiratória a ou fisioterapia torácica, como foi a princípio conhecida, surgiu inicialmente em 1898 com a função de desobstrução de vias aéreas em pacientes com secreção espessa. Atualmente é uma área que visa principalmente na terapia de crianças e adultos no tratamento de doenças crônicas e agudas relacionado a doenças respiratórias e tem como finalidade e melhoria da qualidade de vida atuando na desobstrução dos brônquios, melhoria da ventilação alveolar, resistência a atividade física e reduzir o número de internações (ROZOV, 2016).

É, preciso, porém, buscar e aprofundar em estudos bibliográficos que mostrem a eficácia da fisioterapia respiratória em pacientes com bronquiolite, onde a presente pesquisa tem como principal objetivo comprovar de forma positiva o uso de técnicas fisioterapêuticas aplicadas em pacientes menores de 2 anos de idade com bronquiolite viral aguda causada pelo vírus sincicial. Diante deste fator tornou-se de suma importância comprovar que o tratamento fisioterapêutico proporciona melhorias significativas contra a doença com base nas técnicas como drenagem postural, vibrocompressão, aspiração traqueal e entre outras. (ROZOV, 2016).

Uma das principais funções da fisioterapia em pacientes com bronquiolite é a técnica de desobstrução brônquica e a ofertagem adequada de oxigênio, assim, promovendo melhoria do desconforto respiratório. O problema da pesquisa foi assim definido: De que modo a fisioterapia respiratória proporciona melhorias em pacientes menores de 2 anos com bronquiolite viral aguda? (ROZOV, 2016).

Conforme ROZOV (2016), que a bronquiolite é uma inflamação aguda dos bronquíolos, ocorrendo geralmente pelo agente causador vírus sincicial respiratório (VRS). O autor deixa claro que a fisiopatologia básica dessa infecção é a interrupção das vias aéreas por excesso de muco e fibrina e possivelmente edema de mucosa, ocorrendo agravamento nos lactentes. Diante disto são desencadeados transtornos da ventilação pulmonar, descrito por hipoxemia, redução de CO2 e diminuição de pH sanguíneo.

Com intenção de buscar resultados e soluções para o problema, foram estabelecidos os seguintes objetivos para comprovar que as técnicas de manobras fisioterapêutica têm efeito eficaz em crianças com vírus sincicial. Foram feitas buscas para sobre importância da fisioterapia respiratória em desobstrução das vias aéreas e canal respiratórios em pacientes com vírus sincicial, uso técnicas de manobras de higiene brônquica e a etiologia da bronquiolite.

2.  JUSTIFICATIVA

A bronquiolite é um diagnostico comum e frequente de internação hospitalar em pediatria ocasionada pelo vírus sincicial respiratório. Ocorre epidemicamente nos meses de outono e inverno é uma das principais causas de emergência médica em crianças menores de 24 meses. A bronquiolite viral é uma inflamação dos bronquíolos causando obstrução, os sintomas são febres, tosse, sibilância, taquipneia, crepitações, tempo de expiração prolongada e sinais de desconforto respiratório.

O fisioterapeuta respiratório tem como objetivo remover as secreções de muco nos brônquios, com manobras de higiene brônquica para eliminação de muco e secreções das vias aéreas.

Diante disso a realização desse trabalho é bastante oportuna por se trata de uma revisão bibliográfica, considera-se viável uma vez que há grandes obras sobre o tema que servirão de fundamento ao trabalho, além de as informações necessária ao alcance das alunas.

3.  OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Analisar a importância da fisioterapia respiratória abordando técnicas de manobras brônquicas tem eficácia em desobstrução das vias aéreas e canal respiratórios em pacientes com vírus sincicial.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

  • Explicar a importância da intervenção fisioterapêutica frente a bronquiolite causada pelo vírus sincicial em lactantes.
  • Diferenciar as técnicas de manobras de higiene brônquica.
  • Esclarecer a etiologia da bronquiolite que afeta crianças menores 24 meses.
4.  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

FISIOLOGIA NEONATAL: SISTEMA RESPIRATÓRIO

Segundo Gonçalves (2019), o nascimento de uma criança é um fato muito esperado por todas as famílias em todo o mundo, mas muitos fatores podem incorrer em alterações na gestação, podendo ser primordiais para um nascimento saudável ou para uma patologia.

No sistema respiratório, o pulmão inicia seu desenvolvimento na 4ª semana de idade gestacional, na qual aparece o Broto Pulmonar, e na16ª semana de Idade gestacional (SIG) a árvore brônquica está completa. O desenvolvimento pulmonar acontece em dois períodos: fetal e neonatal, sendo que o período fetal abrange quatro fases ou estágios: a) pseudo glandular (7 a 16 SIG), na qual se desenvolve toda a árvore brônquica. Aqui aparecem as glândulas mucosas e as células ciliadas tão importantes para o carreamento de microrganismos e manutenção das vias de condução saudáveis; b) canalicular (17 a 26 SIG), em que aparecem os ácinos, onde se inicia a estruturação das unidades respiratórias (bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos); c) sacular (27 a 35 SIG), quando há o crescimento dos capilares no entorno dos sáculos, há a formação dos pneumócitos tipo I que são células de estruturação alveolar e os pneumócitos tipo II que iniciam a síntese de surfactante, ainda com interstício aumentado, sem troca gasosa; d) alveolar (36 SIG ao nascimento a termo: entre 37 e 42 SIG), em que os alvéolos sofrem adelgaçamento de suas paredes, os capilares se tornam mais calibrosos e o interstício pulmonar diminui, viabilizando assim uma troca de gás adequada no nascimento.

Em toda a fase embrionária os pulmões não contêm ar; eles são preenchidos pelo líquido pulmonar que é eliminado no momento do parto, dando espaço para a entrada do ar.

No período neonatal (entre 38 e 42 SIG), os alvéolos passam por um intenso crescimento e desenvolvimento (fase de alveolização), até por volta de oito a 12 anos de idade. Até o segundo ano de vida, 80% dos alvéolos crescem e formam a respiração colateral com o aparecimento dos poros de Khon e ductos alveolares. O surfactante pulmonar, uma lipoproteína que tem por objetivo a manutenção dos alvéolos secos e estáveis, promovendo uma diminuição do trabalho respiratório, resistentes à fadiga, tornando assim o padrão respiratório mais irregular.

FISIOLOGIA NEONATAL: SISTEMA RESPIRATÓRIO FACILITA TRAQUEIA E BRONQUÍOLOS

Seguido da laringe é possível encontrar uma estrutura cilindroide, constituída por anéis cartilaginosos em forma de C, sobrepostos entre sim através dos ligamentos anulares, denominada de Traqueia. Posteriormente a traqueia é desprovida de cartilagem, região conhecida como parede membranácea da traqueia, que é composta por uma musculatura lisa.

Assim como outros órgãos do sistema respiratório, as cartilagens da traqueia são responsáveis por proporcionar uma rigidez suficiente para impedir que a traqueia entre em colapso e, ao mesmo tempo, devido ao componente elástico que une estes anéis cartilaginosos, é possível encontrar certa mobilidade e flexibilidade desta estrutura, a qual se desloca com a respiração e com os movimentos da laringe durante a deglutição antes de atingir sua extremidade inferior a traqueia sofre um ligeiro desvio para a direita. Uma vez atingido o final, a traqueia se divide em dois ramos menores. O ponto de divisão da traqueia é conhecido como carina, e divide a traqueia em dois brônquios principais (direito e esquerdo), os quais se dirigem para os pulmões.

Os brônquios principais apresentam uma estrutura muito semelhante à traqueia e podem ser chamados de brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal dá origem aos brônquios lombares ou como também são chamados, brônquios de segunda ordem. Estes se dividem e dão origem aos bronquíolos segmentares ou brônquios de terceira ordem, e estes vão de encontro aos segmentos bronco pulmonares.

Os brônquios segmentares ainda sofrem várias divisões, as quais vão atingindo um tamanho cada vez menor até alcançar os alvéolos pulmonares. Assim pode-se dizer que cada brônquio principal dá origem a uma série de ramificações conhecidas como árvore brônquica.

Os órgãos principais da respiração são os pulmões, os quais podem ser diferenciados em direito e esquerdo e estão localizados na cavidade torácica. Entre os pulmões existe uma região conhecida como mediastino, a qual é ocupada pelo coração, os grandes vasos e alguns ramos proximais, o esôfago, parte da traqueia e dos brônquios principais.

Cada pulmão é recoberto por um saco seroso fechado, este saco é conhecido como pleura, que apresenta dois folhetos: pleura pulmonar, que reveste a superfície do pulmão e mantém uma continuidade com a pleura parietal, que recobre a face

interna do tórax. Entre as pleuras existe um espaço denominado de cavidade pleural o qual contém uma película muito fina de líquido. Este líquido é responsável pelo deslizamento de um folheto contra o outro devido às constantes mudanças de volume do pulmão em consequência dos movimentos do sistema respiratório.

Os pulmões podem ser classificados como órgãos com forma cônica, onde apresentam um ápice superior, uma base na região inferior e duas faces: 1. costal (devido ao contato com as costelas); e 2. medial (em contato com o coração e mediastino). A base pulmonar descansa sobre o músculo diafragma, que separa internamente o tórax do abdome, e é conhecida como face diafragmática. Os pulmões apresentam algumas subdivisões, as quais são conhecidas como lobos pulmonares, e são encontrados três lobos no pulmão direito, e dois lobos no pulmão esquerdo. Os lobos do pulmão direito são separados por algumas fendas profundas, conhecidas como fissura oblíqua e fissura horizontal, enquanto o pulmão esquerdo é separado em dois lobos através da fenda oblíqua. Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos bronco pulmonares, considerados como a maior porção de um lobo e que é ventilada por um brônquio específico originado do brônquio lombar. Assim, um mesmo lobo apresenta vários segmentos bronco pulmonares, onde cada um deles é suprido por um brônquio segmentar específico, originado do brônquio lombar.

Em sua face medial, os pulmões apresentam uma fenda em forma de raquete, conhecida como o hilo pulmonar, região pela qual entram ou saem os brônquios, vasos e nervos pulmonares, que constituem a raiz do pulmão (ZANELA, 2015, p. 111).

ESCALAS DE AVALIAÇÕES

Boletim de Silverman-Andersen

O Boletim de Silverman Andersen se refere a escala utilizada para avaliar a gravidade do comprometimento pulmonar e os aspectos do desconforto respiratório (batimento de asa nasal, gemido expiratório, retração intercostal e retração xifoide). São adotadas notas de 0 a 2 para cada item, e uma pontuação igual a zero indica a ausência de desconforto respiratório; 1 a 3 pontos indicam desconforto respiratório leve; 4 a 6 pontos apontam desconforto respiratório moderado; e 7 a 10 pontos indicam desconforto respiratório grave (BISPO, 2021)

Figura 1 – Boletim de Silverman-Andersen

Fonte: Ministério da Saúde, 2o Ed., Vol.3. (2012)

Escala Wood-Downes-Ferres

Segundo Bispo, 2021, a Escala de Wood-Downes-Ferres é um utilizada para avaliar a gravidade da bronquiolite. Nesta escala é investigado os sibilos, tiragem, frequência respiratória, frequência cardíaca, ventilação e cianose. É dada as pontuações de 0 a 3, a depender da presença e da intensidade. Pontuação menor ou igual a 3 apresenta uma bronquiolite leve (1 a 3 pontos), enquanto uma pontuação maior que 3 pode indicar uma bronquiolite moderada (4 a 7 pontos) ou grave (8 a 14 pontos).

Figura 2 – Escala Wood-Sownes-Ferres

Fonte: Bispo (2021)

VISÃO SOBRE A FISIOTERAPIA

Segundo Silva, Santos, Santos, Filho, (2021), a história da fisioterapia começou em 9 de maio de 1987, o (COFITTO) Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, designou fisioterapia como uma ciência aplicada aos estudos do movimento humano, com a finalidade de entender disfunções patológicas, repercussões psíquicas e orgânicas, com propósito de conservar os órgãos, sistema ou função anatómica. A fisioterapia tem como propósito realizar a promoção da saúde através de técnicas aplicadas voltada a realizar melhorias das disfunções agudas ou crônicas dos movimentos.

Como bem nos assegura Moreira, (2017), a história da fisioterapia surgiu no Brasil através da vinda da família real, onde eram feitos o uso da casa de duchas, a visão que tinham sobre a fisioterapia nessa época era somente com a finalidade de reabilitar e não como uso científico. Os fisioterapeutas usavam como fontes de ensino livros de reabilitação funcional, os quais, sua grande maioria eram importados, e que já vinham descritos procedimentos e abordagens fisioterapêuticas que o profissional deveria utilizar durante ao atendimento, desde modo ocorria a restrição de tomada de decisão clínica do profissional.

INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICA

A bronquiolite é uma infecção respiratória comum em crianças, especialmente aquelas com menos de dois anos. Caracterizada pela inflamação das vias aéreas inferiores, a condição é frequentemente causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e pode levar a dificuldades respiratórias significativas. As intervenções fisioterapêuticas têm se mostrado eficazes no manejo dos sintomas e na melhora da função pulmonar em pacientes afetados.

O tratamento fisioterapêutico para a bronquiolite geralmente envolve técnicas de drenagem brônquica, que ajudam a remover secreções acumuladas nas vias aéreas. A mobilização das secreções é crucial, pois a obstrução brônquica pode agravar a dificuldade respiratória e aumentar o risco de complicações. Além disso, a utilização de técnicas como a ventilação não invasiva também pode ser implementada para melhorar a oxigenação e reduzir o trabalho respiratório.

Estudos destacam que a fisioterapia respiratória deve ser iniciada precocemente, pois isso pode resultar em uma recuperação mais rápida e na diminuição da necessidade de internação hospitalar (Castro 2022).

MANOBRAS BRÔNQUICAS

As manobras brônquicas são técnicas fundamentais na fisioterapia respiratória, especialmente voltadas para a mobilização e eliminação de secreções. A vibrocompressão é uma dessas técnicas, que envolve a aplicação de vibrações sobre o tórax do paciente durante a expiração. Segundo Almeida (2022), a vibro-compressão facilita a desagregação das secreções brônquicas, tornando-as mais fluidas e mais fáceis de serem eliminadas pelo paciente.

A drenagem postural é outra abordagem importante que utiliza a gravidade para auxiliar na remoção de secreções dos pulmões. Essa técnica envolve posicionar o paciente de forma que as áreas afetadas sejam drenadas adequadamente. De acordo com Martins (2021), a drenagem postural é uma prática eficaz que ajuda a otimizar o esvaziamento das secreções pulmonares, promovendo uma melhor ventilação e oxigenação.

A aceleração do fluxo respiratório é uma técnica que visa aumentar a velocidade do ar durante a expiração, facilitando ainda mais a eliminação de secreções. Essa abordagem pode ser realizada através de exercícios respiratórios específicos ou dispositivos como espirômetros. Como afirmam Gomes (2023), a aceleração do fluxo respiratório é crucial para melhorar a eficiência da expectoração e garantir uma ventilação adequada nos pacientes.

Essas técnicas devem ser aplicadas por profissionais capacitados, que possam avaliar as necessidades individuais de cada paciente e adaptar as intervenções conforme necessário. Gomes (2023), a personalização das manobras brônquicas é fundamental para alcançar resultados clínicos positivos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com comprometimento respiratório.

Em suma, as manobras brônquicas, incluindo vibro-compressão, drenagem postural e aceleração do fluxo respiratório, são essenciais na fisioterapia respiratória. Elas não apenas ajudam na desobstrução das vias aéreas, mas também contribuem significativamente para o bem-estar dos pacientes em tratamento.

PALIVIZUMABE

Ainda não está disponível a prevenção através de imunização ativa (vacinas), todavia o uso da imunização passiva através de imunoglobulinas e anticorpos monoclonais é muito eficaz na prevenção da doença e de suas formas graves, principalmente nos grupos de maior risco, visto que a infecção pelo VSR não determina imunidade duradoura e a reinfecção pode ocorrer por toda vida. (SOUZA,2017)

O Palivizumabe (Synagis) é um anticorpo monoclonal humanizado da classe IgG1 cujo mecanismo de ação é a neutralização e a inibição da atividade de fusão das cepas A e B nas células do epitélio respiratório, no Brasil, o Ministério da Saúde disponibilizou, por meio da Portaria nº 522 de maio de 2013, a imunização com palivizumabe para crianças de alto risco em todo o território nacional. Em 2018, a agência nacional de saúde suplementar (ANS) incluiu a aplicação de palivizumabe entre os procedimentos que devem ser fornecidos ou reembolsados pelos planos de saúde. (SOUZA,2017)

Indicações gerais de imunoprofilaxia com Palivizumabe, conforme Portaria Conjunta SAS-SCTIE/MS n°23, de 23/10/18

Está indicada a realização de imunoprofilaxia com palivizumabe nos seguintes grupos de pacientes, crianças menores de 1 ano de idade (até 11 meses e 29 dias) que nasceram prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas (28 semanas e 6 dias), crianças menores de 2 anos de idade, com doença pulmonar crônica da prematuridade (DPCP), definida pela dependência de oxigênio em prematuros a partir de 28 dias de vida acompanhada de alterações típicas na radiografia pulmonar ou dependência de oxigênio com 36 semanas de idade gestacional corrigida, em prematuro extremo, crianças menores de 2 anos de idade com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada e\ou hipertensão pulmonar, a sociedade Brasileira de Pediatria em sua publicação “Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), 2017”, preconiza também a profilaxia para, além dos grupos contemplados pelo Ministério da Saúde, o grupo de bebês prematuros nascidos entre 29 e 31 semanas e 6 dias de idade gestacional nos primeiros 6 meses de vida, durante a sazonalidade; Diversas evidências demonstram que este é também um grupo vulnerável para desenvolver formas graves da infecção e que há benefício na profilaxia desta população, há cada vez mais evidências de que a bronquiolite causada pelo VSR

está associada a eventos respiratórios mais graves, sendo que as crianças com cardiopatia congênita ou adquirida estão entre o grupo de risco de elevada morbidade devido a infecção pelo VSR. Dentro os fatores responsáveis pelo aumento da morbidade está o fato de que estas crianças não conseguem aumentar o débito cardíaco em resposta a uma infecção respiratória, o que aumenta o risco de descompensação hemodinâmica. Além disso, a presença de hipertensão pulmonar pode resultar em um aumento do shunt D-E em determinadas cardiopatias, agravando o quadro de hipoxemia. (SOUZA,2017)

As crianças cardiopatias que mais se beneficiam com a profilaxia são aquelas que fazem parte de pelo um dos seguintes grupos, crianças portadoras de cardiopatias acianóticas em uso de medicamentos para controlar insuficiência cardíaca congestiva e que precisarão de procedimento cirúrgico; Crianças submetidas a cirurgia cardíaca e que ainda necessitam de uso de medicações para controlar insuficiência cardíaca; Crianças portadoras de cardiopatias cianóticas (saturação de oxigênio abaixo de 90%); Crianças com hipertensão pulmonar moderada a severa. (SOUZA,2017)

Dose de Reforço e condições especiais

Crianças que porventura tenham que ser submetidas a cirurgia cardíaca com uso de circulação extracorpórea apresentam uma redução de até 58% na concentração sérica do palivizumabe. Nessas situações, caso seja necessário manter-se a profilaxia após a correção cirúrgica, deve-se realizar uma dose de reforço de palivizumabe (15 mg/Kg) após o procedimento cirúrgico. Nos casos de crianças submetidas a transplante cardíaco no período da sazonalidade do VSR, mesmo que tenham mais que 2 anos de idade, devem ser consideradas para receber profilaxia com (Pivizumabe. (SOUZA,2017)

Esquema posológico

A posologia recomendada de palivizumabe é a dose de 15 mg/kg de peso corporal, administrados uma vez por mês durante o período de maior prevalência do VSR, no total de, no máximo, cinco aplicações mensais consecutivas, dentro do período sazonal, que é variável em diferentes regiões do Brasil. A primeira dose deve ser administrada um mês antes do início do período de sazonalidade do VSR e as quatro doses subsequentes devem ser administradas com intervalos de 30 dias durante este período no total de até 5 doses, não há contraindicações, exceto reações alérgicas, anafilaxia a doses anteriores do produto. Não há relatos de eventos adversos graves, inclusive para cardiopatas. (SOUZA,2017)

ETIOLOGIA

O VSR é o agente etiológico mais comum, isolado em até 75% dos lactantes internados com essa infecção, ainda que outros vírus, como o parainfluenza, tipo 3, influenza tipos A e B, o da caxumba, os adenovírus e os rinovírus. Os adenovírus estão associados a uma forma particularmente grave, que pode evoluir para uma doença crônica conhecida como bronquiolite obliterante, ainda que não se possa dizer com absoluta convicção que a infecção bacteriana secundária depois do dano causado pelo VSR seja comum, em países em desenvolvimento (caso do Brasil) existem algumas evidencias de com absoluta convicção que a infecção bacteriana secundária depois do dano causado pelo VSR seja comum, em países em desenvolvimento (caso do Brasil) existem algumas evidencias de que isso possa ocorrer. As infecções virais no trato respiratório influem sobre vários dos fatores de defesa dos hóspedes e preparam o caminho para uma subsequente infecção bacteriana secundária(SARMENTO,2011).

EPIDEMIOLOGIA

Segundo Pedrosa (2015) a epidemiologia do vírus sincicial respiratório em pacientes menores de 24 meses d nos últimos 20 anos, de acordo com pesquisas epidemiológicas têm evidenciado a relação entre o RSV e a bronquiolite, resultando em um posterior surgimento de chiado e asma em crianças até a fase escolar. Cerca de 160.000 óbitos anuais são atribuídos ao RSV globalmente, especialmente em países em desenvolvimento, onde o acesso a serviços de saúde de suporte é restrito.

Como bem nos assegura Andrade et al. (2024) a epidemiologia do vírus sincicial respiratório (VSR) é responsável por até 75% das ocorrências, seguido pelo rinovírus, também pelos vírus parainfluenza e, em menor frequência, pelos vírus da gripe, adenovírus e metapneumovírus. É comum a ocorrência de coinfecção viral, onde mais de um vírus está presente. A bronquiolite apresenta um padrão típico de sazonalidade, o que permite a reinfecção durante a mesma estação. Dado que o diagnóstico em nosso contexto se fundamenta em critérios clínico-radiológicos, existem algumas dificuldades para se obter um entendimento preciso sobre a distribuição da doença na população. A taxa de mortalidade entre crianças internadas devido a BVA varia de 1% entre aquelas que eram saudáveis antes do quadro, a 3,5% em crianças que apresentam histórico de doenças cardíacas, displasia bronco pulmonar, prematuridade ou imunodeficiências. Além disso, infecções bacterianas secundárias podem elevar tanto a morbidade quanto a mortalidade decorrente da BVA.

A epidemiologia do vírus sincicial respiratório em pacientes menores de 24 meses facilita a morbidade da bronquiolite viral (BV) é variável conforme a idade, sendo nas crianças mais significativa como causa de hospitalização, internação e óbito. O vírus sincicial respiratório (VSR) tem relevância nas internações infantis, sendo relacionado, de modo geral, como causa em 4,4 por 1000 em crianças menores de 5 anos, 19,9 por 1000 em menores de 1 ano e 63,9 por 1000 em crianças prematuras com menos de 1 ano. Além disso, entre as crianças internadas, 2,7% são admitidas na UTI e 1,5% requerem ventilação mecânica. Por outro lado, a mortalidade global média estimada é de 2,3% em neonatos e 6,7% em crianças com menos de 1 ano, sendo os principais fatores de risco a prematuridade e doenças cardiopulmonares.

Epidemiologia do vírus sincicial respiratório em pacientes menores de 24 meses permite tipicamente o VSR ser o agente patológico de maior relevância, sendo responsável por 41.7 a 83.6% dos casos reportados e, no Brasil, por 31.9 a 64% das crianças hospitalizadas. A incidência, portanto, é similar a do próprio vírus, respeitando assim a sazonalidade do vírus, aumentando durante o outono e o inverno, nos países subtropicais, e durante a estação chuvosa nos países equatoriais e subequatoriais. (SILVA ET AL., 2023, p. 5).

Em relação às crianças com malformação cardíaca congênita, é importante ressaltar que, além das publicações que sustentam a recomendação de prevenção de infecção pelo VSR até os dois anos de idade, há um número significativo de crianças com diagnóstico de cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica não operadas no primeiro ano de vida, devido à insuficiência de serviços de cirurgia cardíaca pediátrica.

FISIOPATOGÊNESE

O Tipo de lesão e as manifestações clínicas induzidas pelas doenças virais nas vias respiratórias são, provavelmente, uma combinação da afinidade do vírus por células específicas em determinados segmento respiratórios (tropismo), do efeito destruidor celular (virulência), do calibre das vias aéreas do hóspede e da resposta imunitária que se pode gerar. (SARMENTO,2011).

O vírus é inoculado através da superfície da mucosa nasal, onde permanece incubado por um período de 4 a 5 dias nessa fase, o paciente ainda é assintomático. Após esse período, sintomas característicos de infecção respiratória superior, como rinorreia, começam a se desenvolver. Habitualmente a infecção resolve-se nesse primeiro estágio. Caso isto não ocorra, a disseminação para as vias respiratórias inferiores é causada por provável aspiração de secreção contaminada. Contudo, esse mecanismo ainda não está completamente esclarecido, e controvérsias a respeito do

assunto ainda são frequentes. O vírus se multiplica de forma rápida no epitélio bronquíolo, causando necrose das células não ciliadas e proliferação das células não ciliadas. O dano ao epitélio ciliar causa dificuldade e diminuição do ao epitélio ciliar causa dificuldade e diminuição do Clarence. Isso combinado com o aumento de secreção e descamação das células, leva à obstrução bronquiolar, atelectasia e hiperinflação. Os tecidos peribronquiolares mostram infiltrados inflamatórios edemas submucoso e congestão. (SARMENTO, 2011).

Portanto resume-se a seguir o mecanismo fisiopatológico do desenvolvimento da bronquiolite: inoculação do vírus, infecção das vias aéreas superiores, aspiração de secreção, infeção  das vias aéreas inferiores gerando resposta inflamatória com descamação celular e exsudação de proteínas plasmáticas produzindo tampões de muco, infiltrados peribronquiolares com acúmulo de linfócitos e polimorfonucleares, resultando em edema de submucosa. A obstrução bronquiolar ocorrerá em consequência do edema e dos densos tampões de restos celulares e secreções. Em determinadas áreas pulmonares, ocorrerá obstrução total da via aérea, com absorção do ar interalveolar e formação de atelectasias. Em outras áreas, ocorrerá obstrução parcial das vias aéreas, dificultando o esvaziamento alveolar na expiração (SARMENTO, 2011).

QUADRO CLÍNICO

Inicialmente, os achados clínicos correspondem a infeção das vias aéreas superiores, resfriado com coriza, rinorreia, redução do apetite/ anorexia, febre baixa ou ausente e irritabilidade. É importante lembrar que a recusa alimentar. É importante lembrar que a recusa alimentar, quando associada a perdas insensíveis, no caso, a febre, a taquipneia, pode desencadear a desidratação, agravando o caso clínico. (SARMENTO, 2011).

No caso de haver obstrução nasal acentuada alguns pacientes podem apresentar maior sofrimento respiratório, pois, durante o primeiro semestre de vida, os lactantes apresentam uma respiração eminentemente nasal. Posteriormente, a criança apresenta-se taquipneica, com respiração superficial, podendo a frequência respiratória chegar a 90 IPM em razão de hiper distensão pulmonar persistente, sinais de aumento do esforço respiratório, traduzidos em desconforto respiratório com uso de musculatura acessória, balanceio de cabeça, batimento de asa do nariz e tiragens sub diafragmática, intercostal e de fúrcula. Febre, tosse produtiva do tipo coqueluxoide

expiração prolongada, dispneia e crises de sibilância são frequentes, podendo evoluir para o quadro de insuficiência respiratória ou até falência respiratória aguda, já que a bronquiolite pode aumentar em até seis vezes o esforço respiratório. Há timpanismo à percussão pulmonar é rica, com sibilos, roncos e estertorarão, com murmúrio vesicular presente ou diminuindo. (SARMENTO, 2011).

No caso de haver obstrução nasal acentuada alguns pacientes podem apresentar maior sofrimento respiratório, pois, durante o primeiro semestre de vida, os lactantes apresentam uma respiração eminentemente nasal.

Posteriormente, a criança apresenta-se taquipneica, com respiração superficial, podendo a frequência respiratória chegar a 90 IPM em razão de hiper distensão pulmonar persistente, sinais de aumento do esforço respiratório, traduzidos em desconforto respiratório com uso de musculatura acessória, balanceio de cabeça, batimento de asa do nariz e tiragens sub diafragmática, intercostal e de fúrcula. Febre, tosse produtiva do tipo coqueluxoide, expiração prolongada, dispneia e crises de sibilância são frequentes, podendo evoluir para o quadro de insuficiência respiratória ou até falência respiratória aguda, já que a bronquiolite pode aumentar em até seis vezes o esforço respiratório. Há timpanismo à percussão pulmonar é rica, com sibilos, roncos e estertorarão, com murmúrio vesicular (SARMENTO, 2011).

DIAGNÓSTICOS

Os sintomas de aumento de secreção, tosse febricular, nos estágios iniciais da doença, seguidos de difícil respiratória com sinais de obstrução braquial sibilos têm sido extensamente analisados na literatura. (SARMENTO, 2011).

As manifestações radiológicas avaliadas são perinsuflação torácica difusa, hiper transparência, retificação das hemicúpulas diafragmática e broncograma aéreo com infiltrado padrão intersticial. Frequentemente, podem ser observadas aéreas atelectasias provenientes de tampões mucosos, assim como infiltrados de baixa densidade e um espessamento pleural que pode ser evidente. Consolidação do pulmão é encontrada em 20 a 25%dos casos. (SARMENTO, 2011).

As manifestações radiológicas avaliadas são hiper insuflação torácica difusa, hiper transparência, retificação das hemicúpulas diafragmática e broncograma aéreo com infiltrado padrão intestinal. Frequentemente, podem ser observadas aéreas atelectasias provenientes de tampões mucosos, assim como infiltrados de baixa densidade e um espessamento pleural que pode ser evidente (SARMENTO, 2011).

O USO DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES COM BRONQUIOLITE

Segundo Mota (2012) a fisioterapia respiratória em pacientes com bronquiolite através de estudos bibliográficos foram analisadas várias intervenções fisioterapêuticas em pacientes com BVA, esse estudo revelou melhorias significativas a curto prazo em desobstrução brônquica e desinsuflação pulmonar.

Como bem nos assegura Fontes “et al” (2018). O fisioterapeuta respiratório começou ganhar espaço na aérea hospitalar entre décadas de 50 e 60. Na atualidade os fisioterapeutas não têm a função em apenas tratar a doença e sim trabalhar desde a prevenção, assim minimizando risco de possíveis sequelas ao paciente.

A fisioterapia respiratória é usada em pacientes com bronquiolite com o objetivo de desobstrução brônquica, desinsuflação pulmonar e recrutamento alveolar, através de técnicas como o posicionamento do paciente, aumento do fluxo expiratório, vibração manual e aspiração das vias aéreas.

A fisioterapia respiratória em pacientes com Bronquiolite permite utilização das manobras de higiene brônquica se dá de forma positiva, tanto na reversão dos quadros de alta produção de muco, melhora das trocas gasosas, ventilação, mobilização das secreções assistência na remoção delas, visando às contraindicações de cada manobra, consequentemente melhorando o tempo de internação do paciente com bronquiolite viral ajuda, e a taxa de mortalidade (GONÇALVES, 2022, p. 23).

Como se pode verificar nessa citação, as técnicas fisioterapêuticas podem ser indicadas e aplicadas durante o percurso da doença sendo em nível de emergência, ambulatorial,         enfermarias       ou                      UTI.              Avaliada    sua           aplicabilidade       através          das características fisiopatológicas da doença e pelos objetivos do fisioterapeuta. Evidentemente a aplicação pode ser utilizada para eliminar o acúmulo de secreções nas vias aéreas, desobstrução alveolar, melhorar a troca gasosa, mobilizar secreções. Em muitas unidades hospitalares brasileiras há uma quantidade considerável de solicitações médicas para ser aplicada a intervenção fisioterapêutica em pacientes com BVA, os fisioterapeutas utilizam como rotina as manobras. Cita-se, como exemplo.

O fisioterapeuta pode salvar vidas, diminuir o tempo de internação, reduzir mortalidade, prevenir a evolução do quadro da doença, aumentar a convalescença e auxiliar a readaptação do paciente e sua integração social.

Nesse caso os objetivos da fisioterapia respiratória tiveram grande sucesso por ter colocado em pratica os seguintes recursos desobstrução brônquica, desinsuflação pulmonar e recrutamento alveolar, por meio de diversas técnicas, como posicionamento, aumento do fluxo expiratório (AFE), vibração manual, tapotagem e aspiração das vias aéreas, dando maior conforto e melhora para o paciente, reduz diminuição do tempo de hospitalização. Nesse sentido, estudos mostram que crianças internadas com bronquiolite tem um risco maior de desenvolverem sequelas pulmonares, causada principalmente por tosse, sibilancia recorrente (GONÇALVES, 2022).

Logo, é importante compreender que o um atendimento multidisciplinar tem uma eficácia melhor do que trabalhada de forma individual. Nesse sentido, vamos exemplificar a fisioterapia respiratória em pacientes com bronquiolite aguda é realizada através de métodos físicos e assistência respiratória em pacientes com problemas pulmonares. Alguns autores relatam a necessidade de pesquisas mais especificas e acuradas.

5.  METODOLOGIA

Este trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, descritiva e qualitativa, cujo objetivo é revisar e avaliar a literatura disponível sobre a eficácia da fisioterapia respiratória em crianças com menos de 24 meses que apresentam bronquiolite provocada pelo vírus sincicial respiratório (VSR).

O levantamento de informações foi realizado em bancos de dados científicos, como PubMed, Scielo, Lilacs e Google Scholar. Foram empregados termos como fisioterapia respiratória, bronquiolite, vírus sincicial respiratório, crianças com menos de 24 meses e suas combinações.

Os artigos selecionados cumpriram os requisitos a seguir: Publicações científicas submetidas a revisão por pares. Estudos clínicos, revisões sistemáticas e metanálises na área da fisioterapia respiratória em pacientes com bronquiolite causada pelo VSR. Investigações realizadas com crianças com idade inferior a 24 meses.

Foram excluídos artigos que não abordaram especificamente a fisioterapia respiratória ou que incluirão populações com mais de 24 meses ou que apresentaram outras condições respiratórias que não sejam bronquiolite causada pelo VSR.

6.CONCLUÇÃO

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise detalhada de como a fisioterapia respiratória em pacientes menores de 24 meses de idade com diagnóstico bronquiolite pelo vírus sincicial mostrou resultados eficazes, diante disto houve melhoras significativas e diminuição de tempo de internação e de uso de suporte ventilatório desses pacientes.

Segundo Martins et al. (2021) afirmam que, com base nos estudos analisados, constatou-se que a fase aguda da patologia que não há uma padronização das técnicas e um momento ideal para a indicação da fisioterapia respiratória. Contudo, mostraram respostas satisfatórias em relação aos efeitos das técnicas respiratórias.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BATISTA, KAROLINE; PIERI, MARIANA; IENK, SUELEN. Atuação fisioterapêutica na bronquiolite viral aguda. Unisociesc campus Anita Garibaldi, Joinville-SC, ano 2021, 8 dez. 2021. Revista multidisciplinar de saúde (RMS).

BRONQUIOLITE aguda: Uma revisão atualizada. Jornal de pediatria, Rio grande do Sul, ano 2017, 13 jul. 2017. Sociedade brasileira de pediatria, p. 9. Disponível em: www.jped.com.br. Acesso em: 11 abr. 2024.

CASTRO, G. DE. et al. Análise dos sintomas, sinais clínicos e suporte de oxigênio em pacientes com bronquiolite antes e após fisioterapia respiratória durante a internação hospitalar. Revista Paulista de Pediatria, v. 29, n. 4, p. 599– 605, dez. 2011.

FERRONATO, Ângela Esposito. Influência do diagnóstico etiológico viral sobre a conduta, em lactentes hospitalizados, com diagnóstico de bronquiolite aguda. 2011. Dissertação (Mestrado em Pediatria) – Faculdade de Medicina, University of São Paulo, São Paulo, 2011. doi:10.11606/D.5.2011.tde-17022012-144411. Acesso em: 2024-05-31.

G GELLI, Q TORRES – mastereditora.com.br

Gardenghi, G., Bertoldo, K. A. M., Bonifacio, J. S., Corrêa, E. L., Miranda, C. C., & Doria Filho, U. (2015). Respostas hemodinâmicas e ventilatórias após fisioterapia em crianças com bronquiolite viral aguda. Revista Eletrônica Saúde e Ciência, 5(1).

GONÇALVES, Ana Mari. Fisioterapia na Saúde do Neonato. 4 Pré-termo. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A.

M de Sousa, C Científico, CN Binnoto, GCP Leite… – socesp.org.br

MARTINS, Lais Silvério; LOVATTO, Viviane; CABRAL, Fernando Duarte; OLIVEIRA, Daniela Gomes de. Fisioterapia Respiratória em Crianças com Bronquiolite Viral Aguda. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 7, n. 12, p. 866–879, 2021. DOI: 10.51891/rease.v7i12.3530. Disponível em:

https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/3530. Acesso em: 1 jun. 2024.

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