EFICÁCIA DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA NA MELHORA DE SEQUELAS MOTORAS E COGNITIVAS PÓS-AVC E SEU IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA: PROTOCOLO DE ESTUDO 

EFFICACY OF TRANSCRANIAL DIRECT CURRENT STIMULATION IN IMPROVING MOTOR AND COGNITIVE IMPAIRMENTS POST-STROKE AND ITS IMPACT ON QUALITY OF LIFE: STUDY PROTOCOL 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505120037


Emanuelle dos Santos Campos1
Cleyton Souza de Oliveira1
Kelivan Miranda de Lima Perrone1
Sheila Lopes Frota1
Maria Erleny Lima de Brito2
Rafaella de Souza Pereira Rodrigues2
Marcos Fernando de Andrade3
Pablo Costa Cortêz2


Resumo

INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidades em adultos e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta cerca de 15 milhões de pessoas todos os anos em todo o mundo, das quais 5 milhões ficam com sequelas permanentes que podem incluir déficits motores e cognitivos significativos. A reabilitação pós-AVC é, portanto, uma prioridade na saúde pública que visa a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Nesse contexto, a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) tem emergido como uma técnica promissora capaz de melhorar a função motora e cognitiva quando combinada com terapias de reabilitação tradicionais. JUSTIFICATIVA: A investigação dos potenciais efeitos e eficácia da ETCC na reabilitação pós-AVC é de grande importância para a contribuição no conhecimento científico, melhor elaboração de políticas públicas e protocolos de atendimento atualizados e baseados em evidências científicas que contribuam para a melhora da qualidade de vida de indivíduos que sofrem com as sequelas de um AVC. OBJETIVOS: O presente trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia da ETCC em comparação com a ETCC-Sham na melhora da função motora e cognitiva em adultos com sequelas de AVC, com base em revisões sistemáticas publicadas nos últimos 20 anos. MATERIAIS E MÉTODOS: Será realizada uma overview de revisões sistemáticas com ou sem metanálise utilizando artigos publicados nas bases de dados Cochrane Library, PEDro, PubMed e Scielo Org, entre 2004-2024, sem restrição de linguagem, com os termos stroke, transcranial direct current stimulation, motor function, cognitive function e quality of life

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua. Função Motora. Função Cognitiva. Qualidade de Vida. 

1. INTRODUÇÃO 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade em adultos (GUZIK; BUSHNELL, 2017; SAINI; GUADA; YAVAGAL, 2021; TATER; PANDEY, 2021). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVC afeta aproximadamente 15 milhões de pessoas em todo o mundo anualmente, no qual 5 milhões desenvolvem sequelas permanentes, que podem incluir déficits motores e cognitivos significativos (SAINI; GUADA; YAVAGAL, 2021; TATER; PANDEY, 2021). A reabilitação pós-AVC é, portanto, uma prioridade na saúde pública que visa a melhoria da qualidade de vida dos pacientes (TATER; PANDEY, 2021; WINSTEIN et al., 2016). No Brasil, estima-se que cerca de 400 mil novos casos de AVC ocorrem por ano, dos quais 70% resultam em alguma forma de deficiência, destacando a necessidade urgente de intervenções eficazes para a recuperação motora e cognitiva desses pacientes (CACHO et al., 2022; MINELLI et al., [s.d.], [s.d.]). 

O AVC acontece quando há lesões no tecido cerebral, seja pela interrupção do fluxo ou pelo rompimento de um vaso sanguíneo, resultando em perda de função neurológica nas áreas afetadas (BUONACERA; STANCANELLI; MALATINO, 2019; CAMPBELL et al., 2019). O déficit motor é comum e frequente, manifestando-se como hemiplegia ou hemiparesia, enquanto os déficits cognitivos podem incluir dificuldades relacionadas à memória, atenção e funções executivas (CRAMER et al., 2023; DEFEBVRE; KRYSTKOWIAK, 2016; KRAKAUER, 2006; ROST et al., 2022; TATER; PANDEY, 2021). A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) tem emergido como uma técnica promissora na reabilitação de pacientes com AVC, sendo capaz de modular a excitabilidade cortical e facilitando a neuroplasticidade das regiões acometidas (AHMED et al., 2023; ELSNER et al., 2020; FLÖEL, 2014; KANG; SUMMERS; CAURAUGH, 2015; KESIKBURUN, 2022; MIRKOWSKI et al., 2019). Evidências científicas recentes demonstram que a ETCC pode melhorar a função motora e cognitiva quando combinada com terapias de reabilitação tradicionais, entretanto os mecanismos de como isso acontece ainda não são completamente compreendidos (AHMED et al., 2023; ELSNER et al., 2020; FLÖEL, 2014; KANG; SUMMERS; CAURAUGH, 2015; KESIKBURUN, 2022; MIRKOWSKI et al., 2019). 

Apesar dos avanços na utilização da ETCC, ainda existem lacunas significativas no conhecimento, especialmente no que se refere à comparação entre a ETCC e a ETCC-Sham (placebo) em ensaios clínicos (ELSNER et al., 2020; FLÖEL, 2014; KESIKBURUN, 2022). A literatura científica atual aponta para resultados promissores, mas inconsistentes, o que justifica a necessidade de estudos adicionais e mais robustos (AHMED et al., 2023; ELSNER et al., 2020; FLÖEL, 2014; KANG; SUMMERS; CAURAUGH, 2015; KESIKBURUN, 2022; MIRKOWSKI et al., 2019). O aspecto inovativo deste estudo reside na realização de uma overview de revisões sistemáticas com ou sem metanálises, com artigos publicados nos últimos 20 anos. Dessa forma, essa metodologia permitirá uma avaliação abrangente e crítica da eficácia da ETCC sobre a função motora e cognitiva em adultos com sequelas de AVC, proporcionando uma base sólida para futuras intervenções terapêuticas na reabilitação. 

A pergunta de pesquisa deste estudo é: “Em adultos com sequelas de AVC (P), a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) (I) é mais eficaz do que a ETCC-sham (C) na melhora da função motora e cognitiva (O), com base em revisões sistemáticas publicadas nos últimos 20 anos (T)?” A hipótese subjacente é que a ETCC ativa proporciona melhorias significativas na função motora e cognitiva em comparação à ETCC-sham. Os resultados esperados têm o potencial de influenciar práticas clínicas e políticas de saúde, promovendo intervenções baseadas em evidências que podem melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas afetadas pelo AVC. Além disso, este estudo contribuirá para o corpo de conhecimento científico, orientando futuras pesquisas e desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. 

2. JUSTIFICATIVA 

A crescente incidência do Acidente Vascular Cerebral (AVC) nas últimas décadas é um fator significativamente preocupante devido às suas graves consequências na vida das pessoas acometidas, que incluem, dentre outras, sequelas motoras e cognitivas que, muitas vezes, são incapacitantes, levando ao prejuízo da independência funcional e diminuindo a qualidade de vida.

Nessa conjuntura, a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) surge como uma abordagem terapêutica não invasiva e promissora capaz de modular o processamento neural e a excitabilidade cortical, tendo a potencialidade de melhorar a função motora e cognitiva de pacientes pós-AVC. 

A investigação dos efeitos e eficácia dessa terapia inovadora é de suma importância para a contribuição no campo científico, na prática profissional e acadêmica e na vida social tanto dos indivíduos doentes como de seus familiares e cuidadores, visto que ainda há lacunas no conhecimento científico a respeito de novos métodos que possam tratar as alterações na função motora e cognitiva, sendo ainda uma das prioridades de pesquisa relacionadas à vida pós-AVC. 

Dessa forma, sendo comprovada sua eficácia e relevância para a reabilitação pós-AVC, o conhecimento acerca da ETCC e sua eventual aplicação na prática clínica poderão ser de grande contribuição para o campo científico, para uma melhor elaboração de políticas públicas e protocolos de tratamento que sejam atualizados e promovam intervenções baseadas em evidências científicas que contribuam de forma significativa para a melhora da qualidade de vida de milhões de pessoas que sofrem com as sequelas de um AVC. 

3. OBJETIVOS 

3.1 Geral 

Avaliar a eficácia da ETCC em comparação com a ETCC-Sham na melhoria da função motora e cognitiva em adultos com sequelas de AVC, com base em revisões sistemáticas publicadas nos últimos 20 anos.

3.2 Específicos 

Identificar e analisar revisões sistemáticas que investigam a eficácia da ETCC na reabilitação motora e cognitiva de pacientes com AVC; 

Avaliar a qualidade metodológica das revisões sistemáticas incluídas;

Comparar os resultados de estudos que utilizaram ETCC ativa versus ETCC-Sham; 

Examinar os efeitos da ETCC sobre a função cognitiva em pacientes pós-AVC; 

Sintetizar as evidências disponíveis para fornecer recomendações práticas para a implementação da ETCC na reabilitação de AVC. 

4. MATERIAIS E MÉTODOS 

Será realizada para este estudo uma overview de revisões sistemáticas na qual serão considerados elegíveis estudos de revisões sistemáticas com ou sem metanálise publicadas nos últimos 20 anos (2004-2024) e sem restrição de linguagem. Os critérios de inclusão e exclusão obedecerão a questão de estudo elaborada de acordo com o acrônimo PICO: P – paciente: indivíduos adultos com sequelas motoras e cognitivas de AVC; I – intervenção: ETCC; C – controle: ETCC-Sham; O – desfecho: função motora, cognitiva e qualidade de vida. As bases de dados utilizadas serão a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Cochrane Library, PEDro, PubMed e Scielo Org, no período de 15 de agosto a 15 de novembro de 2024 utilizando os descritores e correlatos específicos identificados na plataforma Medical Subject Headings (MeSH): Stroke, Transcranial Direct Current Stimulation, Motor Function, Cognitive Function e Quality of Life. As estratégias de busca serão elaboradas utilizando os operadores booleanos ”AND”, “OR” e “NOT” independentemente para cada base de dados e anexada ao final do estudo para possíveis reprodutibilidades. 

A seleção dos estudos será realizada com 4 revisores independentes e obedecerá a sequência de: 1- Elaboração da estratégia de busca; 2- Identificação dos estudos nas bases de dados; 3- Triagem dos estudos através da análise do título e resumo e 4- Inclusão dos estudos através dos critérios de inclusão e exclusão. Além disso, a busca também será realizada na literatura cinzenta na qual possíveis inclusões serão justificadas e incluídas no fluxograma de busca. Após inclusão dos estudos selecionados, 3 revisores irão extrair os dados dos artigos e 1 revisor irá repetir para melhorar a acurácia. As análises serão realizadas de forma independente e ao fim os revisores discutirão o nível de evidência e a avaliação das recomendações. Possíveis discordâncias serão resolvidas através de discussão até consenso. Quando necessário, os autores dos estudos serão contatados para maiores informações.  

A avaliação da qualidade metodológica dos artigos incluídos será realizada com base na ferramenta Revised Assessment of Multiple Systematic Reviews (R-AMSTAR) (KUNG et al., 2010). O R-AMSTAR é uma ferramenta validada para avaliar a força das evidências científicas provenientes de revisões sistemáticas utilizando análise metodológica e que possui onze domínios com no máximo 44 pontos (KUNG et al., 2010). É classificado da seguinte maneira: Qualidade A – melhor evidência possível – 100-90% – nota: 44-40 pontos; Qualidade B – de 89-80% – nota: 39-36 pontos; Qualidade C – de 79-70% – nota: 35-31 pontos; Qualidade D – menor que 69% – nota menor que 31 pontos (KUNG et al., 2010). O grau de recomendação e a sugestão da prática será baseada no Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE), que consiste em um sistema desenvolvido para graduar a qualidade de evidências e a força das recomendações em saúde (BALSHEM et al., 2011; GUYATT et al., 2008). Nesse sistema, a avaliação da qualidade da evidência é realizada para cada desfecho analisado fazendo o uso do conjunto disponível de evidência e é classificada em quatro níveis: alto – forte confiança de que o verdadeiro efeito esteja próximo do estimado; moderado – confiança moderada no efeito estimado; baixo – confiança no efeito limitada; e muito baixo – confiança na estimativa do efeito muito limitada e importante grau de incerteza nos achados (BALSHEM et al., 2011; GUYATT et al., 2008). 

Para cada questão clínica os resultados serão analisados e discutidos ponto a ponto, sendo a recomendação baseada na evidência conforme a ferramenta. Além disso, os dados serão extraídos por desfechos e separados por estudo e apresentados de maneira descritiva em formato de tabela. Este protocolo seguiu as normas e diretrizes estabelecidas pelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) (LIBERATI et al., 2009; PAGE et al., 2022). O PRISMA é uma evolução do QUOROM guidelines utilizado para orientar e avaliar revisões sistemáticas e metanálises com intervenções em saúde (LIBERATI et al., 2009; PAGE et al., 2022). É composto por 27 itens de checklist num diagrama de quatro fases e tem como objetivo avaliar se os estudos selecionados incluem elementos essenciais para proporcionar a transparência necessária a uma boa revisão sistemática (LIBERATI et al., 2009; PAGE et al., 2022). 

REFERÊNCIAS 

AHMED, I. et al. Non-invasive Brain Stimulation Techniques for the Improvement of Upper Limb Motor Function and Performance in Activities of Daily Living After Stroke: A Systematic Review and Network Meta-analysis. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, v. 104, n. 10, p. 1683–1697, 1 out. 2023. 

BALSHEM, H. et al. GRADE guidelines: 3. Rating the quality of evidence. Journal of Clinical Epidemiology, v. 64, n. 4, p. 401–406, 1 abr. 2011. 

BUONACERA, A.; STANCANELLI, B.; MALATINO, L. Stroke and Hypertension: An Appraisal from Pathophysiology to Clinical Practice. Current Vascular Pharmacology, v. 17, n. 1, p. 72–84, 2019. 

CACHO, R. DE O. et al. Access to rehabilitation after stroke in Brazil (AReA study): multicenter study protocol. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 80, n. 10, p. 1067, out. 2022. 

CAMPBELL, B. C. V. et al. Ischaemic stroke. Nature Reviews. Disease Primers, v. 5, n. 1, p. 70, 10 out. 2019. 

CRAMER, S. C. et al. Cognitive Deficits After Stroke. Stroke, v. 54, n. 1, p. 5–9, jan. 2023. DEFEBVRE, L.; KRYSTKOWIAK, P. Movement disorders and stroke. Revue Neurologique, Movements disorders. v. 172, n. 8, p. 483–487, 1 ago. 2016. 

ELSNER, B. et al. Transcranial direct current stimulation (tDCS) for improving activities of daily living, and physical and cognitive functioning, in people after stroke. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 11, 2020. 

FLÖEL, A. tDCS-enhanced motor and cognitive function in neurological diseases. NeuroImage, Neuro-enhancement. v. 85, p. 934–947, 15 jan. 2014. 

GUYATT, G. H. et al. GRADE: an emerging consensus on rating quality of evidence and strength of recommendations. BMJ : British Medical Journal, v. 336, n. 7650, p. 924–926, 26 abr. 2008. 

GUZIK, A.; BUSHNELL, C. Stroke Epidemiology and Risk Factor Management. Continuum (Minneapolis, Minn.), v. 23, n. 1, Cerebrovascular Disease, p. 15–39, fev. 2017. 

KANG, N.; SUMMERS, J. J.; CAURAUGH, J. H. Transcranial direct current stimulation facilitates motor learning post-stroke: a systematic review and meta-analysis. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 28 ago. 2015. 

KESIKBURUN, S. Non-invasive brain stimulation in rehabilitation. Turkish Journal of Physical Medicine and Rehabilitation, v. 68, n. 1, p. 1–8, 1 mar. 2022.

KRAKAUER, J. W. Motor learning: its relevance to stroke recovery and neurorehabilitation. Current Opinion in Neurology, v. 19, n. 1, p. 84, fev. 2006. 

KUNG, J. et al. From Systematic Reviews to Clinical Recommendations for Evidence-Based Health Care: Validation of Revised Assessment of Multiple Systematic Reviews (R-AMSTAR) for Grading of Clinical Relevance. The Open Dentistry Journal, v. 4, p. 84–91, 16 jul. 2010. 

LIBERATI, A. et al. The PRISMA statement for reporting systematic reviews and meta-analyses of studies that evaluate healthcare interventions: explanation and elaboration. The BMJ, v. 339, p. b2700, 21 jul. 2009. 

MINELLI, C. et al. Brazilian Academy of Neurology practice guidelines for stroke rehabilitation: part I. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 80, n. 6, p. 634–652, [s.d.]. 

MINELLI, C. et al. Brazilian practice guidelines for stroke rehabilitation: part II. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 80, n. 7, p. 741–758, [s.d.]. 

MIRKOWSKI, M. et al. Nonpharmacological rehabilitation interventions for motor and cognitive outcomes following pediatric stroke: a systematic review. European Journal of Pediatrics, v. 178, n. 4, p. 433–454, 1 abr. 2019. 

PAGE, M. J. et al. A declaração PRISMA 2020: diretriz atualizada para relatar revisões sistemáticas. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 46, p. e112, 30 dez. 2022. 

ROST, N. S. et al. Post-Stroke Cognitive Impairment and Dementia. Circulation Research, v. 130, n. 8, p. 1252–1271, 15 abr. 2022. 

SAINI, V.; GUADA, L.; YAVAGAL, D. R. Global Epidemiology of Stroke and Access to Acute Ischemic Stroke Interventions. Neurology, v. 97, n. 20 Suppl 2, p. S6–S16, 16 nov. 2021. 

TATER, P.; PANDEY, S. Post-stroke Movement Disorders: Clinical Spectrum, Pathogenesis, and Management. Neurology India, v. 69, n. 2, p. 272–283, 2021. 

WINSTEIN, C. J. et al. Guidelines for Adult Stroke Rehabilitation and Recovery. Stroke, v. 47, n. 6, p. e98–e169, jun. 2016.


1Discente do Curso Superior de Fisioterapia da Universidade Nilton Lins.
2Docente do Curso Superior de Fisioterapia da Universidade Nilton Lins.
3Coordenador do Curso Superior de Fisioterapia da Universidade Nilton Lins.