EFETIVIDADE E EVENTOS ADVERSOS DA VACINA CONTRA INFLUENZA H1N1: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

EFFECTIVENESS AND ADVERSE EVENTS OF THE H1N1 INFLUENZA VACCINE: A INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202407311146


Thadeu Demski Neto1
Diego Antônio Cavalcante de Araújo2
Soraia Richelle Alvarenga Esquerdo3


Resumo

A presente pesquisa apresenta uma revisão integrativa sobre a vacina contra influenza H1N1, abordando sua efetividade e eventos adversos. Faz-se de grande importância compreender o perfil de segurança da vacina para garantir sua aceitação e eficácia na prevenção da doença. Portanto, os objetivos visam investigar através de uma revisão integrativa a eficácia e reações adversas na vacinação contra o vírus da influenza H1N1. Para tanto, envolveu uma análise de periódicos científicos em bancos de dados como PubMed, Periódicos CAPES e Web of Science dos últimos 5 anos. Os resultados evidenciam um perfil de segurança favorável, com a maioria dos eventos adversos sendo leves e autolimitados. Destaca-se a importância da vigilância ativa para detectar e monitorar possíveis efeitos adversos raros. Com isso, pode-se concluir que a confiança na vacinação contra influenza H1N1 é essencial para proteger a saúde pública, ressaltando a necessidade de pesquisa contínua e comunicação eficaz para manter a eficácia e segurança da vacinação. Este estudo reforça a importância da monitorização constante para garantir a eficácia contínua das estratégias de vacinação contra a influenza.

Palavras-chave: H1N1. Vacina. Efeitos adversos. Eficácia.

1 INTRODUÇÃO

A influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral respiratória aguda, geralmente causada pelo vírus influenza A, B, ou C. Desde muitos tempos atrás, a gripe tem sido uma preocupação global de saúde pública, devido à sua natureza altamente contagiosa e potencial para desencadear pandemias. 

Entre os subtipos virais que têm emergido, o vírus da influenza H1N1 atraiu considerável atenção, tendo sido responsável por pandemias de grande escala ao longo da história, com o último evento pandêmico significativo ocorrendo em 2009. Desde então, esforços contínuos têm sido empregados para mitigar os impactos desta doença através de estratégias de prevenção, com destaque para a vacinação (Javanian et al., 2021; Nypaver; Dehlinger; Carter, 2021).

A história da influenza é marcada por surtos pandêmicos que deixaram uma marca indelével na saúde pública global. O século XX testemunhou três pandemias devastadoras de influenza, sendo a mais notável a pandemia de 1918, também conhecida como “gripe espanhola”, causada pelo vírus H1N1, que resultou em milhões de mortes em todo o mundo. Desde então, surtos ocasionais e epidemias sazonais têm ocorrido regularmente, apresentando desafios constantes para a saúde pública (HUREMOVIĆ, 2019; LE BLANC, 2020).

Atualmente, a influenza continua a representar uma preocupação significativa de saúde global. A sua sazonalidade e capacidade de mutação genética conferem-lhe uma persistência contínua, desafiando os esforços para controlar e prevenir a propagação da doença (HE et al., 2021). Além disso, o surgimento de novas variantes do vírus H1N1, continua a ser uma ameaça em potencial para a saúde pública, exigindo uma vigilância constante e adaptação das estratégias de prevenção e controle (LÓPEZ-VALIÑAS et al., 2021).

A vacinação contra a influenza é reconhecida como uma das estratégias mais eficazes para prevenir a doença e reduzir a sua carga sobre a saúde pública. Essas vacinas são formuladas anualmente para abranger os subtipos virais mais proeminentes circulantes naquele ano específico. No caso do vírus H1N1, as vacinas são formuladas para incluir antígenos específicos deste subtipo, com o objetivo de estimular uma resposta imune adaptativa que confira proteção contra a infecção (PETRIE & GORDON, 2018; TROMBETTA et al., 2022).

Essas vacinas podem ser aplicadas por via intramuscular ou intranasal, dependendo da formulação específica. O processo envolve a administração de vacinas inativadas ou atenuadas. Após a administração, o sistema imunológico do indivíduo responde à presença dos antígenos virais, gerando anticorpos específicos que conferem imunidade contra o vírus (NUWARDA, ALHARBI & KAYSER, 2021; HERNANDEZ-FRANCO et al., 2023; KISSLING et al., 2023).

A eficácia da vacina contra o vírus da H1N1 tem sido objeto de extensa investigação em estudos clínicos e observacionais. Esses estudos têm consistentemente demonstrado que a vacinação proporciona uma proteção significativa contra a infecção pelo vírus H1N1 e suas complicações associadas. Com isso, vem sendo observado uma redução substancial na incidência da doença sintomática, hospitalização e mortalidade relacionadas à influenza (GODOY et al., 2018; THOMPSON et al., 2018; CHOW, DOYLE & UYEKI, 2019; CALABRO et al., 2022). A eficácia da vacina pode variar de acordo com diversos fatores, incluindo a idade e o estado imunológico do indivíduo, a correspondência entre as cepas virais incluídas na vacina e as cepas circulantes, e a qualidade da resposta imune induzida pela vacina (LEWNARD & COBEY, 2018; MCLEAN & BELONGIA, 2021; NUWARDA, ALHARBI & KAYSER, 2021; MARTINS et al., 2023).

Embora a vacinação contra o vírus da influenza H1N1 seja geralmente considerada segura e bem tolerada, reações adversas podem ocorrer em uma pequena proporção de indivíduos vacinados. Estas reações podem variar em gravidade e manifestação, desde sintomas leves e transitórios, como dor no local da injeção e febre baixa, até reações mais raras, como anafilaxia (RODRIGUES & DE MARCHI, 2020; SHI et al., 2023).

Numerosos estudos têm investigado a segurança e tolerabilidade das vacinas contra a influenza, como mostra o estudo de revisão realizado por Juvet et al., (2021), incluindo aquelas específicas para o vírus H1N1. Esses estudos têm demonstrado consistentemente um perfil de segurança favorável, com a maioria das reações adversas sendo de natureza leve e autolimitada. No entanto, a vigilância contínua é essencial para detectar e monitorar quaisquer efeitos adversos raros ou incomuns associados à vacinação. Deste modo, a presente pesquisa visa investigar através de uma revisão integrativa a eficácia e reações adversas na vacinação contra o vírus da influenza H1N1.

2 METODOLOGIA 

Este estudo constitui uma revisão integrativa da literatura focada na eficácia e reações adversas da vacinação contra o vírus da influenza H1N1. A investigação foi conduzida por meio da análise de revistas e periódicos científicos, utilizando como bases de dados: PubMed, Periódicos CAPES e Web Of Science.

A pesquisa bibliográfica, conforme descrito por Matos (2015), envolve a identificação de referências teóricas previamente examinadas e publicadas em formatos impressos e eletrônicos. Neste contexto, os estudos disponíveis nos bancos de dados e periódicos foram utilizados como base teórica para este estudo, uma vez que esses estudos contêm informações pertinentes sobre a temática em questão e são fundamentais para o avanço de novas investigações. A seleção dos artigos seguiu o processo de identificação, triagem e inclusão, permitindo uma filtragem adequada dos materiais relevantes.

Os artigos científicos selecionados foram publicados em periódicos previamente identificados, predominantemente em inglês nos últimos 5 anos (2019-2024). Para esta pesquisa, foram empregados os seguintes descritores: H1N1 AND vaccine AND adverse effects AND effectiveness.

Durante o processo de seleção dos artigos, foram aplicados critérios de inclusão e exclusão. Estes critérios desempenham um papel fundamental na orientação e condução da pesquisa. Os critérios de inclusão estabelecidos compreendem: a publicação dos artigos no idioma inglês; estarem de acordo com os objetivos pré-definidos da pesquisa; e a disponibilidade dos estudos nos bancos de dados selecionados. Em contrapartida, os critérios de exclusão consistiram em: artigos que divergem do escopo da pesquisa; trabalhos incompletos; revisões; e artigos duplicados.

Essas buscas resultaram em um total de 30 artigos do PubMed, 21 artigos de Periódicos CAPES e 5 artigos da Web of Science. Em seguida, os artigos foram avaliados quanto à sua relevância e adequação aos critérios de inclusão estabelecidos. Após essa triagem inicial, foram selecionados um total de 5 artigos dos Periódicos CAPES, 3 artigos da Web of Science e 4 artigos do PubMed.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

A compreensão dos potenciais efeitos adversos e da segurança da vacina contra influenza H1N1 é essencial para garantir sua eficácia e aceitação na comunidade médica e entre o público em geral. Ao investigar e analisar cuidadosamente os dados disponíveis sobre a vacina, podemos fornecer informações precisas e fundamentadas que ajudam a informar políticas de saúde e orientar a prática clínica. Isso é especialmente importante quando surgem preocupações sobre a segurança da vacina, como no caso de relatos de eventos adversos raros. Portanto, o estudo e a análise dos efeitos adversos e da segurança da vacina contra influenza H1N1 desempenham um papel fundamental na promoção da confiança e na garantia da eficácia contínua da vacinação contra essa cepa específica do vírus da gripe. O Quadro 1 apresenta os artigos selecionados para discussão da presente revisão bibliográfica. 

Quadro 1 – Artigos selecionados que atenderam aos critérios de elegibilidade, com seus respectivos autores e ano de publicação, objetivo de estudo, base de dados e principais resultados.

Autores/AnoBase de dadosObjetivoResultados
Liu et al., (2022)Periódicos CAPESInvestigar a segurança, as respostas de anticorpos e a eficácia da vacina contra o vírus A(H1N1)pdm09 na temporada de influenza 2011-2012 em Taiwan.A vacina foi bem tolerada, protegendo contra infecções pelo vírus, crianças previamente vacinadas ou infectadas tiveram melhores respostas de anticorpos, e a vacinação repetida não aumentou significativamente a proteção
Ando, S. (2021)Periódicos CAPESAvaliaram a eficácia da vacina contra a influenza, incluindo o subtipo H1N1, em crianças durante a temporada de gripe de 2019-2020. A análise incluiu a avaliação da vacinação e sua eficácia específica contra a influenza A/H1N1, juntamente com outros subtipos de influenza.Os resultados do estudo mostraram que a vacina contra a influenza foi eficaz, especialmente contra os subtipos A/H1N1 e B, em crianças durante a temporada de gripe de 2019-2020. A vacinação de duas doses reduziu as incidências de influenza A e A/H1N1 em crianças de 0-6 anos. Pacientes que tiveram influenza na temporada anterior tiveram menor chance de infecção por influenza B. A vacinação na temporada anterior não mostrou eficácia significativa.
Mille et al., (2020)Periódicos CAPESEstudar a sensibilidade de notificação do Sistema de Relato de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS) para anafilaxia e síndrome de Guillain-Barré em relação à vacinação contra o H1N1.Os resultados indicaram taxas de notificação de anafilaxia e Guillain-Barré após a vacinação com H1N1, com variações nas taxas de ocorrência desses eventos adversos. A sensibilidade de notificação do VAERS para esses eventos foi examinada, destacando a importância da vigilância ativa na detecção e monitoramento de potenciais efeitos adversos da vacinação contra o H1N1.
O’Leary et al., (2020)Periódicos CAPESInvestigar o impacto de relatos da mídia sobre a eficácia reduzida da vacina contra influenza, a gravidade das epidemias de influenza e um estudo sobre possíveis associações entre vacinação contra influenza e aborto espontâneo no primeiro trimestre da gravidez na aceitação da vacina contra influenza por mulheres grávidas, do ponto de vista de obstetras/ginecologistas nos Estados Unidos.O estudo avaliou o impacto dos relatos da mídia sobre a vacina contra influenza na prática de obstetras nos EUA, incluindo a cobertura de um estudo do Vaccine Safety Datalink (VSD) que sugeriu uma possível associação entre aborto espontâneo e a recepção da vacina contra influenza no primeiro trimestre da gravidez em mulheres que haviam recebido anteriormente uma vacina contendo o vírus da influenza A/H1N1.
Grave et al., (2020)Periódicos CAPESO objetivo do estudo foi avaliar o risco de Síndrome de Guillain-Barré (SGB) após a vacinação contra a gripe sazonal, com foco nos dados franceses de 2010 a 2014.Os resultados mostraram que não houve aumento significativo no risco de SGB após a vacinação contra a gripe sazonal, incluindo a cepa H1N1, com base nos dados nacionais franceses. .
Essink et al., (2019)PubMedInvestigar a imunogenicidade e a segurança da vacina contra influenza adjuvada com MF59 em adultos mais velhos.O estudo comparou a vacina contra influenza adjuvada com MF59 em adultos mais velhos. A vacina aQIV foi não inferior às vacinas aTIV-1 e aTIV-2 para cepas de influenza A e superior para cepas de B. Em relação à cepa de influenza A H1N1, a vacina aQIV demonstrou eficácia na indução de uma resposta imune adequada. A vacina foi bem tolerada, com a maioria dos eventos adversos sendo leves e de curta duração.
Fadlyana et al., (2023)PubMedO estudo visava avaliar a imunogenicidade e segurança da vacina Quadrivalente contra Influenza HA em comparação com a vacina Trivalente contra Influenza HA em crianças e adultos indonésios.Os resultados mostraram altas taxas de proteção contra os subtipos de influenza A (H1N1 e H3N2) e os subtipos de influenza B (B/Texas e B/Phuket) após a vacinação com a vacina quadrivalente. Além disso, a vacina quadrivalente foi bem tolerada e não houve eventos adversos graves relatados durante o estudo. A consistência entre os lotes da vacina quadrivalente também foi demonstrada, destacando sua eficácia e segurança na população estudada.
Izikson et al., (2022)PubMedAvaliar a segurança e a imunogenicidade de uma vacina contra a influenza quadrivalente de alta dose (QIV-HD) administrada concomitantemente com uma terceira dose da vacina mRNA-1273 contra o SARS-CoV-2 em adultos com 65 anos ou mais.Os resultados do estudo indicam que a eficácia da vacina contra a influenza quadrivalente de alta dose (QIV-HD) foi de 0,88 (IC 95%: 0,71-1,09) para a cepa H1N1, 0,88 (0,71-1,09) para a cepa H3N2, 0,96 (0,79-1,16) para a cepa B/Yamagata e 0,96 (0,79-1,16) para a cepa B/Victoria. Esses resultados destacam a eficácia da vacina QIV-HD em relação à cepa H1N1 e outras cepas de influenza.
Chen et al., (2023)PubMedO objetivo do estudo foi avaliar a imunogenicidade e segurança de uma vacina quadrivalente contra influenza em participantes com 3 anos ou mais.Os resultados mostraram que a vacina foi imunogênica e segura, com taxas de soroconversão satisfatórias para H1N1, H3N2, B(Y) e B(V), atendendo aos critérios de não inferioridade.
Kim et al., (2021)Web of ScienceInvestigar a segurança e a imunogenicidade de uma vacina quadrivalente contra a influenza em participantes saudáveis com 65 anos ou mais.Resultados mostraram que uma porcentagem significativa de participantes apresentou resposta imunológica para as cepas A/H1N1, A/H3N2, B Yamagata e B Victoria após a vacinação. Não foram relatados eventos adversos graves relacionados à vacina, e todos os participantes completaram o estudo, indicando a eficácia e segurança da vacina em adultos mais velhos.
Hadaye, Manapurath & Gadapan, (2019)Web of ScienceO estudo visa avaliar a conscientização e aceitação da vacina contra a H1N1 entre médicos.Os resultados indicaram uma conformidade de 29,8% com a vacina. Fatores como falta de conhecimento sobre efeitos adversos, concepções errôneas e preocupações com eficácia e duração da vacina contribuíram para a baixa conformidade. Recomenda-se enfatizar a educação e aconselhamento dos médicos sobre a vacinação contra a H1N1, além de considerar o momento adequado da vacinação e a utilização da vacina quadrivalente com base na epidemiologia da infecção na Índia.
Sullender et al., (2019)Web of ScienceMedir a eficácia total da vacina contra a influenza em crianças vacinadas e sua proteção indireta em membros não vacinados do domicílio em áreas rurais da Índia.O estudo mostrou que no primeiro ano, a vacinação ocorreu durante o inverno, quando o vírus da influenza A(H1N1) pdm09 estava emergindo como a cepa predominante, mas não estava incluído na vacina do estudo. Não houve proteção nem aumento do risco de infecção por influenza A(H1N1)pdm09 entre os vacinados, devido à vacinação ocorrer 8-9 meses antes do pico da circulação da influenza, o que provavelmente afetou a eficácia da vacina [T4].

3.1 Reações adversas das vacinas contra H1N1

As reações adversas às vacinas, especialmente às que visam a gripe A (H1N1), são considerações importantes no discurso de saúde pública. Embora as vacinas sejam uma das ferramentas mais eficazes para a prevenção de doenças infecciosas, podem ocasionalmente provocar respostas adversas em certos indivíduos, variando de leves a graves. Compreender estas reações e as suas implicações é crucial para manter a confiança do público nos programas de vacinação e garantir o sucesso global dos esforços de prevenção de doenças.

As reações adversas potenciais mais graves às vacinas contra o H1N1 são a anafilaxia, uma reação alérgica grave que pode ocorrer logo após a vacinação. Apesar de rara, a anafilaxia requer atenção médica imediata e pode apresentar sintomas como dificuldade em respirar, inchaço da face ou garganta, taquicardia e hipotensão. Ainda que a incidência de anafilaxia após a vacinação seja extremamente baixa, os profissionais de saúde devem estar preparados para gerir tais reações e fornecer intervenções adequadas (MCNEIL, 2019; JEONG ROH et al., 2020).

Mille et al., (2020) investigaram a sensibilidade de notificação do Sistema de Relato de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS) em relação à anafilaxia após a vacinação, com foco especial na vacina contra o H1N1. Eles buscaram determinar o quão eficaz o VAERS foi em capturar e relatar casos de anafilaxia após a administração da vacina H1N1. Os resultados revelaram que a sensibilidade de notificação do VAERS para anafilaxia após a vacinação contra o H1N1 variou de 13% a 76%, indicando que o sistema foi capaz de capturar uma proporção significativa desses eventos adversos [T1]. Essa variação nas taxas de sensibilidade destaca a importância da vigilância ativa e precisa para garantir a detecção e o monitoramento adequados de eventos adversos, como a anafilaxia, associados à vacinação contra o H1N1.

Outra possível reação adversa associada às vacinas contra influenza, incluindo aquelas direcionadas ao H1N1, é a Síndrome de Guillain-Barré (SGB). A SGB é uma doença autoimune rara caracterizada por fraqueza muscular, paralisia e, em casos graves, insuficiência respiratória. Embora o risco de SGB após a vacinação seja mínimo, estimado em cerca de um a dois casos adicionais por milhão de vacinações, continua a ser monitorizado de perto pelas autoridades de saúde pública para garantir a segurança dos programas de vacinação (PETRÁŠ et al., 2020; SONI et al., 2020).

Mille et al., (2020) também investigaram VAERS em relação a SGB, os resultados após a vacinação contra o H1N1 mostraram que a sensibilidade de notificação do VAERS variou de 15% a 55% para diferentes vacinas, com uma sensibilidade de até 64% para a vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (4vHPV). Esses achados indicam que o VAERS conseguiu capturar uma parcela significativa de casos de SGB após a vacinação contra o H1N1, embora com variações nas taxas de sensibilidade de notificação.

No entanto, Grave et al. (2020) investigou também o risco de SGB após a vacinação contra a gripe sazonal, incluindo a cepa H1N1, utilizando dados abrangentes da saúde francesa de 2010 a 2014. Após a análise, os resultados indicaram que não houve um aumento significativo no risco de SGB após a vacinação contra a gripe sazonal, incluindo a vacinação específica contra a cepa H1N1. Esses achados sugerem que a vacinação contra a gripe sazonal, mesmo com a inclusão da vacina contra o H1N1, não está associada a um risco aumentado de desenvolver SGB.

Além dessas reações adversas raras, mas graves, efeitos colaterais mais leves, como dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção, são comumente observados após a vacinação contra H1N1. Estas reações locais são indicativas da resposta imunitária do organismo aos antígenos da vacina e normalmente desaparecem espontaneamente dentro de alguns dias. Reações sistêmicas, como febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares e náuseas, também podem ocorrer após a vacinação, principalmente após a primeira dose ou em indivíduos que recebem a vacinação contra influenza pela primeira vez (TROMBETTA, GIANCHECCHI & MONTOMOLI, 2018).

Embora sejam possíveis reações adversas às vacinas contra o H1N1, é importante enfatizar que os benefícios da vacinação superam em muito os riscos. As vacinas contra a gripe têm sido fundamentais na redução da morbilidade e mortalidade associadas às infecções por gripe, particularmente entre populações vulneráveis, como idosos, crianças pequenas e indivíduos com problemas de saúde subjacentes. A segurança das vacinas contra a gripe, incluindo as que visam o H1N1, está bem estabelecida através de investigação rigorosa, ensaios clínicos e vigilância pós-comercialização (SULLIVAN, PRICE & REGAN, 2019).

Ando (2021) investigou a eficácia da vacina contra a influenza, incluindo o subtipo H1N1, em crianças durante a temporada de gripe de 2019-2020. Descobriu-se que a vacinação foi significativamente eficaz contra a influenza A/H1N1, com uma taxa de eficácia de 45.5%. Além disso, a vacina também demonstrou eficácia contra o subtipo B da influenza, com uma taxa de eficácia de 66.7% entre as crianças estudadas. Esses resultados destacam a importância da vacinação contra a influenza, especialmente em crianças, e fornecem evidências encorajadoras sobre a eficácia da vacina durante a temporada de gripe de 2019-2020, que coincidiu com a epidemia de COVID-19.

Paralelamente, Kim et al. (2021) realizaram estudos com a população idosa, os autores avaliaram a segurança e a imunogenicidade de uma vacina quadrivalente contra influenza em adultos saudáveis com 65 anos ou mais. Os resultados do estudo demonstraram que uma porcentagem significativa de participantes, nessa faixa etária, apresentou uma resposta imunológica positiva para a cepa A/H1N1 após a vacinação com a vacina quadrivalente contra influenza. É importante ressaltar que não foram relatados eventos adversos graves relacionados à vacina, o que reforça a segurança do uso da vacina quadrivalente em adultos mais velhos. A imunização contra a influenza em idosos é primordial, uma vez que a doença ainda está associada a taxas de mortalidade e hospitalização nessa faixa etária.

Abordar preocupações relacionadas com reações adversas requer comunicação eficaz, educação e esforços contínuos de investigação. Os prestadores de cuidados de saúde desempenham um papel crucial na educação dos pacientes sobre os potenciais riscos e benefícios da vacinação, identificando indivíduos com risco aumentado de reações adversas e abordando prontamente quaisquer preocupações ou eventos adversos que surjam após a vacinação. Além disso, os esforços contínuos de investigação são essenciais para avaliar continuamente a segurança e eficácia das vacinas e refinar as estratégias de vacinação para minimizar os riscos e, ao mesmo tempo, maximizar os benefícios para a saúde pública.

Hadaye, Manapurath & Gadapan (2019) investigou a conscientização e aceitação da vacina contra a H1N1 entre médicos na Índia, ao mesmo tempo em que buscou analisar a percepção desses profissionais em relação à infecção por H1N1. Os resultados obtidos revelaram uma taxa de conformidade de 29,8% com a vacina entre os médicos participantes, destacando a presença de fatores determinantes para a baixa adesão, tais como a falta de conhecimento sobre os efeitos adversos da vacina, concepções equivocadas e preocupações relacionadas à eficácia e duração do imunizante. Diante dessas descobertas, recomenda-se enfatizar a importância da educação e aconselhamento dos médicos sobre a vacinação contra a H1N1, bem como considerar criteriosamente o momento oportuno da vacinação e a utilização da vacina quadrivalente.

O’Leary et al. (2020) investigaram como os relatos da mídia sobre a vacina contra influenza influenciaram as práticas dos obstetras nos EUA, com destaque para a divulgação de um estudo do Vaccine Safety Datalink (VSD). Esse estudo sugeriu uma possível ligação entre a vacina contra influenza administrada no primeiro trimestre da gravidez e o risco de aborto espontâneo em mulheres previamente imunizadas com uma vacina contendo o vírus da influenza A/H1N1. Apesar dos relatos negativos sobre a eficácia e segurança da vacina, a maioria dos obstetras não alterou suas recomendações de vacinação. A confiança na vacina permaneceu alta, embora o estudo VSD tenha suscitado preocupações entre alguns obstetras. Nesse sentido, é fundamental monitorar continuamente a confiança na vacina e seu impacto nas taxas de vacinação entre as gestantes e o público em geral.

3.2 Eficácia das vacinas contra H1N1

A pesquisa científica sobre a eficácia das vacinas contra a influenza A (H1N1) é fundamental para entendermos como essas vacinas nos protegem contra essa cepa específica do vírus da gripe. Felizmente, os estudos nos fornecem uma imagem clara: as vacinas contra o H1N1 são altamente eficazes na prevenção da doença.

Vários estudos clínicos demonstraram consistentemente que as vacinas contra o H1N1 são eficazes em reduzir o risco de infecção por esse vírus. Por exemplo, Izikson et al. (2022) investigaram a segurança e a imunogenicidade da coadministração da vacina contra a influenza quadrivalente de alta dose (QIV-HD) com uma terceira dose da vacina mRNA-1273 contra o SARS-CoV-2 em adultos com 65 anos ou mais. Os resultados mostraram que a eficácia da vacina QIV-HD foi significativa contra diferentes cepas de influenza, incluindo H1N1. A eficácia da vacina foi de 0,88 (IC 95%: 0,71-1,09) para H1N1, 0,88 (0,71-1,09) para H3N2, 0,96 (0,79-1,16) para B/Yamagata e 0,96 (0,79-1,16) para B/Victoria. Esses resultados demonstram a capacidade da vacina QIV-HD em proteger contra múltiplas cepas de influenza, incluindo a H1N1, em adultos mais velhos.

Chen et al. (2023) avaliou a imunogenicidade e segurança de uma vacina quadrivalente contra influenza em participantes com 3 anos ou mais, considerando a resposta imune contra os antígenos H1N1, H3N2, B(Y) e B(V). Os resultados demonstraram que a vacina foi eficaz na indução de uma resposta imune satisfatória contra esses antígenos, atendendo aos critérios de não inferioridade em comparação com a vacina de controle. As taxas de soroconversão para os antígenos H1N1, H3N2, B(Y) e B(V) foram de 74,64%, 87,40%, 82,66% e 78,89%, respectivamente. Além disso, as taxas de proteção sorológica foram consistentes. Em relação à segurança, a incidência de eventos adversos foi semelhante entre o grupo da vacina investigacional e o grupo controle, com a maioria dos eventos sendo de gravidade leve (31,6% de AEs e 21,7% de reações adversas). A vacinação com duas doses mostrou-se mais eficaz do que uma dose única, especialmente em crianças de 3 a 8 anos, com uma incidência consideravelmente menor de reações adversas na segunda dose (5,5% versus 14,7% na primeira dose).

Além disso, as vacinas contra o H1N1 também mostraram ser eficazes na redução da gravidade da doença em indivíduos que ainda contraem o vírus após a vacinação. Por exemplo, Liu et al. (2022) investigaram a eficácia da vacinação contra o vírus A(H1N1)pdm09 em Taiwan durante a temporada de influenza 2011-2012. Eles analisaram a segurança, as respostas de anticorpos e a eficácia da vacina TIV11/12 nesse contexto específico. Os resultados mostraram que a vacina foi bem tolerada e protegeu contra infecções pelo A(H1N1)pdm09, com crianças previamente vacinadas ou infectadas apresentando melhores respostas de anticorpos. Em termos de dados e porcentagens, a taxa de proteção sorológica da cepa da vacina A(H1N1)pdm09 foi de 98%, e a eficácia vacinal estimada foi de 70,3% contra infecções pelo A(H1N1)pdm09 durante um período de 3 meses após a vacinação. Crianças não vacinadas que foram previamente infectadas pelo A(H1N1)pdm09 apresentaram níveis de anticorpos pós-vacinação 3,96 vezes mais altos do que as crianças não infectadas. Isso significa que, mesmo que alguém vacinado contra o H1N1 pegue a gripe, é menos provável que essa pessoa tenha uma doença grave que exija hospitalização ou resulte em complicações sérias.

O estudo realizado por Sullender et al. (2019), apresentou resultados menos otimistas. Os autores realizaram um estudo de três anos em crianças em uma região rural da Índia para avaliar a eficácia da vacinação contra influenza, tanto em termos de proteção direta quanto indireta. Os resultados mostraram variações significativas na eficácia da vacina ao longo dos anos, com destaque para a proteção indireta observada em um dos anos, especialmente contra a cepa B. Estudos anteriores destacaram a complexidade da eficácia das vacinas contra influenza em crianças, com variações anuais e entre diferentes contextos sazonais e populacionais, ressaltando a importância de pesquisas de longo prazo para compreender melhor o impacto das vacinas e orientar políticas de saúde pública, especialmente em regiões com sazonalidade variável da doença.

Um aspecto crucial da eficácia das vacinas contra o H1N1 é a sua capacidade de induzir uma resposta imune protetora. As vacinas contra o H1N1 contém partes inativas do vírus ou proteínas que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos específicos contra o H1N1. Esses anticorpos são como “soldados” treinados que reconhecem e combatem o vírus quando ele tenta infectar o corpo, impedindo assim o desenvolvimento da doença (JAZAYERI & POH, 2019).

Fadlyana et al. (2023) avaliaram a imunogenicidade e segurança da vacina quadrivalente contra Influenza HA em comparação com a vacina trivalente contra influenza HA em crianças e adultos indonésios. Os pesquisadores também buscaram avaliar a consistência entre os lotes da vacina quadrivalente, visando fornecer informações cruciais para aprimorar a eficácia e segurança das vacinas contra influenza. Os resultados do estudo demonstraram que a vacina quadrivalente contra influenza HA foi altamente eficaz na indução de altos títulos de anticorpos contra os subtipos de influenza A (H1N1 e H3N2) e os subtipos de influenza B (B/Texas e B/Phuket) em crianças e adultos. Após a vacinação, a porcentagem de indivíduos com títulos de anticorpos protetores foi significativamente elevada, indicando uma resposta imunológica robusta à vacina quadrivalente. Além disso, a vacina foi bem tolerada, com uma baixa incidência de eventos adversos e nenhuma ocorrência grave durante o estudo.

É importante destacar que as vacinas contra o H1N1 são atualizadas regularmente para garantir que ofereçam proteção contra as cepas mais recentes e prevalentes do vírus. Os cientistas monitoram de perto a evolução do H1N1 e fazem ajustes nas vacinas conforme necessário para garantir sua eficácia contínua. Essink et al. (2019), compararam a imunogenicidade e segurança da vacina contra influenza adjuvada com MF59 em adultos mais velhos, demonstrando que a vacina aQIV foi não inferior às vacinas aTIV-1 e aTIV-2 para as cepas de influenza A, enquanto foi superior para as cepas de B não presentes nos comparadores. Os dados reais do estudo mostraram que a taxa de soroconversão para a cepa de influenza A foi de 35.21% (95% CI 32.03–38.48) para a vacina aQIV e de 38.43% (95% CI 35.19–41.76) para a vacina aTIV. Para a cepa de influenza A H3N2, as taxas de seroconversão foram de 39.33% (95% CI 36.08–42.67) para aQIV e de 39.70% (95% CI 36.43–43.04) para aTIV.

É fundamental ressaltar que, embora as vacinas contra o H1N1 sejam altamente eficazes, elas não são 100% infalíveis. Algumas pessoas podem ainda pegar a gripe mesmo após a vacinação, especialmente se forem expostas a uma cepa do vírus que não está coberta pela vacina. No entanto, mesmo nesses casos, a vacinação ainda pode reduzir a gravidade da doença e suas complicações.

Em resumo, as vacinas contra a influenza A (H1N1) são uma ferramenta vital na prevenção da gripe e suas consequências. Baseadas em sólidas evidências científicas, essas vacinas demonstraram consistentemente sua eficácia em reduzir o risco de infecção e a gravidade da doença. Ao receber a vacina contra o H1N1, não apenas protegemos a nós mesmos, mas também contribuímos para a saúde e segurança de toda a comunidade.

4 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em resumo, a presente revisão integrativa sobre a vacina contra influenza H1N1 destaca a importância da vigilância contínua da segurança e eficácia da vacina para garantir sua aceitação e eficácia na prevenção da doença. Os resultados evidenciam um perfil de segurança favorável, com a maioria dos eventos adversos sendo leves e autolimitados. A análise dos dados disponíveis ressalta a necessidade de informar políticas de saúde e orientar a prática clínica, especialmente diante de preocupações sobre a segurança da vacina. Ressalta-se que a é de suma importância que a pesquisa seja contínua na promoção da confiança na vacinação contra a influenza, enfatizando a importância da comunicação eficaz e da monitorização ativa para garantir a segurança e eficácia contínuas da vacina. Em última análise, a confiança na vacinação contra a influenza H1N1 é essencial para proteger a saúde pública e mitigar os impactos da doença, destacando a necessidade de esforços contínuos para manter a eficácia e segurança das estratégias de vacinação.

As perspectivas futuras da pesquisa sobre a vacina contra a influenza H1N1 incluem o desenvolvimento de vacinas universais que ofereçam proteção contra múltiplas cepas do vírus, reduzindo a necessidade de atualizações anuais. Novas plataformas de vacina, como as baseadas em mRNA, podem proporcionar produção mais rápida e adaptável. Além de estudos que possam fomentar ainda mais essa área temática. 

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1Discente do curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA, e-mail: thadeud1@gmail.com.
2Discente do curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA, e-mail: di__araujo@hotmail.com
3Docente do curso de Medicina do Centro Universitário Aparício de Carvalho – FIMCA, e-mail: soraiaesquerdo@gmail.com