EFFECTS OF EXERCISE ON PAIN IMPROVEMENT IN PATIENTS WITH FIBROMYALGIA: INTEGRATIVE REVIEW1
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202410231656
Ademir Pereira Braga Júnior2;
Nathalya Caitano Silva3;
Waueverton Bruno Wyllian Nascimento Silva4
RESUMO
A FM é uma condição reumática complexa, caracterizada por dor crônica sem inflamação evidente. Afeta principalmente mulheres entre 55 e 74 anos, prejudicando a qualidade de vida devido à dor, fadiga, distúrbios do sono e sintomas emocionais. Objetivo: Identificar e relatar os efeitos dos exercícios físicos na melhora da dor em pacientes com FM. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura utilizando a estratégia PICo, abrangendo estudos primários de ensaios clínicos randomizados publicados entre 2019 e 2024. A busca foi feita nas bases de dados LILACS, PubMed, SciELO e PEDro, com foco nos benefícios dos exercícios no controle da dor. Os critérios de inclusão restringiram-se a artigos em português e inglês completos. Resultados: Foram analisados 642 estudos, dos quais 9 foram incluídos na amostra final. Esses estudos mostraram que exercícios aeróbicos, resistidos, aquáticos e alongamentos contribuíram significativamente para a redução da dor e da fadiga. Além disso, houve melhora na qualidade do sono, na capacidade funcional e no bem-estar emocional, com diminuição de sintomas como ansiedade e depressão. No entanto, alguns estudos não mostraram resultados estatisticamente significativos. Conclusão: conclui-se que os exercícios físicos, quando supervisionados e ajustados às necessidades individuais, são uma intervenção eficaz no manejo da fibromialgia, proporcionando alívio da dor e melhora da qualidade de vida. Mais estudos são necessários para investigar a interação dos exercícios com outros tratamentos, como a farmacoterapia, e avaliar os efeitos a longo prazo.
Palavras–Chave: Dor. Exercícios. Fibromialgia.
ABSTRACT
FM is a complex rheumatic condition characterized by chronic pain without evident inflammation. It primarily affects women between the ages of 55 and 74, impairing quality of life due to pain, fatigue, sleep disturbances, and emotional symptoms. Objective: To identify and report the effects of physical exercise on pain improvement in patients with FM. Methodology: An integrative literature review was conducted using the PICo strategy, covering primary studies from randomized clinical trials published between 2019 and 2024. The search was carried out in the LILACS, PubMed, SciELO, and PEDro databases, focusing on the benefits of exercise in pain management. The inclusion criteria were limited to full-text articles in Portuguese and English. Results: A total of 642 studies were analyzed, of which 9 were included in the final sample. These studies showed that aerobic, resistance, aquatic, and stretching exercises significantly contributed to the reduction of pain and fatigue. Additionally, there was an improvement in sleep quality, functional capacity, and emotional well-being, with a decrease in symptoms such as anxiety and depression. However, some studies did not show statistically significant results. Conclusion: It is concluded that physical exercise, when supervised and adjusted to individual needs, is an effective intervention in the management of fibromyalgia, providing pain relief and improving quality of life. Further studies are needed to investigate the interaction of exercises with other treatments, such as pharmacotherapy, and to evaluate long-term effects.
Keywords: Pain. Exercise. Fibromyalgia.
1 INTRODUÇÃO
A Fibromialgia (FM) é uma condição reumática complexa cuja origem ainda não é completamente compreendida. Caracteriza-se pela presença de dor crônica em múltiplas regiões do corpo, sem evidências visíveis de inflamação. A prevalência desta doença varia de 0,2 a 6,6% na população em geral, e é vista predominantemente em mulheres na faixa etária de 55 a 74 anos e tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, manifestando se por dor persistente, fadiga, distúrbios do sono, rigidez ao acordar, ansiedade e depressão (AVILA et al., 2014; ANTUNES; MARQUES, 2022).
O termo fibromialgia é derivado das palavras latinas e gregas que descrevem a dor no tecido fibroso e muscular. Introduzido por Yunus e colaboradores em 1981 para substituir o termo “fibrosite”, o conceito de FM foi estabelecido para descrever uma condição caracterizada por pontos musculares sensíveis à palpação, sem inflamação evidente nos tecidos afetados. Essa mudança de terminologia visou refletir com mais precisão a natureza da dor associada à condição (CARVALHO; PEREIRA, 2014).
Apesar de não ser uma síndrome recente, com registros históricos datando de 1592, o diagnóstico da FM e a definição de critérios diagnósticos precisos foram desafiadores até o final do século XX. A ausência de marcadores clínicos objetivos e a falta de consenso nos critérios diagnósticos contribuíram para a dificuldade na identificação e manejo da doença. Como resultado, o diagnóstico de FM carece frequentemente de clareza, complicando o tratamento eficaz (HEYMANN et al., 2017).
A fisioterapia desempenha um papel essencial no tratamento da FM, focando na melhora da função cardiorrespiratória, no fortalecimento muscular e na redução da dor. Exercícios físicos, especialmente os aeróbicos, são recomendados devido ao seu baixo impacto e aos benefícios associados, como a diminuição da dor, a melhoria do humor e do sono, e o aumento do bem-estar geral. Essa abordagem tem se mostrado eficaz na promoção de uma melhor qualidade de vida para os pacientes (BERNARDI et al., 2021; CHEN; HAN; WU, 2022; ONAL; SARIKAYA, 2022).
Além dos exercícios aeróbicos, outras abordagens terapêuticas, como exercícios aquáticos, alongamentos e técnicas de relaxamento, têm sido recomendadas para o manejo da FM. Essas estratégias visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, compensando a falta de compreensão completa sobre a etiologia e fisiopatologia da doença. A diversidade de tratamentos reflete a necessidade de uma abordagem personalizada para cada paciente (CARRASCO-VEJA et al., 2024; SOUSA et al., 2024).
O aumento da prevalência de doenças reumáticas, associado ao crescimento da expectativa de vida e à inatividade física, tem gerado preocupações significativas em países desenvolvidos. A FM, portanto, não só afeta a qualidade de vida dos indivíduos, mas também representa um desafio para a saúde pública e a economia, evidenciando a importância de estratégias eficazes de manejo e tratamento (SILVA, 2014).
Neste contexto, o objetivo deste estudo foi identificar e relatar os efeitos dos exercícios físicos na melhora da dor em pacientes com FM. A pesquisa tem como objetivo avaliar a eficácia de diferentes tipos exercícios na melhora da dor de pessoas com diagnóstico clínico de FM.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
O estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde foi utilizada a estratégia PICo para a formulação da questão norteadora, o que auxiliou na organização e direcionamento da pesquisa. A Tabela 1 detalha a estrutura da estratégia PICo empregada na construção da pergunta norteadora: “Os exercícios físicos são benéficos para o controle da dor em pessoas com fibromialgia?”
Foram incluídos estudos primários sendo eles ensaios clínicos randomizados, disponibilizados na íntegra no período de 2019 a 2024, publicados em português e inglês, que abordassem sobre os efeitos dos exercícios físicos no controle da dor em pessoas com fibromialgia. Foram excluídos estudos incompletos, teses, dissertações, resumos e anais, pesquisas qualitativas, descritivas, artigos de revisão, bem como trabalhos que não abordavam a temática proposta.
A busca eletrônica foi realizada nas seguintes bases de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs), nas línguas portuguesa e inglesa, como “Exercício” (Exercise), “Fibromialgia” (Fibromyalgia) e “Dor” (Pain), combinados entre si por meio do operador booleano AND.
Durante o processo de triagem dos estudos, primeiramente foram analisados os títulos e resumos dos artigos encontrados, em seguida, os trabalhos selecionados foram lidos na íntegra e avaliados conforme os critérios de elegibilidade estabelecidos.
Desse modo, para compor os resultados foram extraídas as seguintes informações: autor, ano de publicação, método, amostra (incluindo faixa etária dos participantes), variáveis avaliadas, intervenção e resultados (Quadro 1).
3 RESULTADOS
Inicialmente, foram identificados 642 artigos nas bases de dados e, após leitura do título, resumo e aplicação dos critérios de inclusão, foram pré-selecionados 15 artigos, cujos resumos foram analisados. Desses, 9 artigos foram incluídos na amostra final desta revisão (Figura 1).
Dos 9 artigos incluídos na revisão, a maior concentração de publicações ocorreu entre 2022 e 2024, com um total de cinco estudos. O período de 2019 a 2020 também foi expressivo, apresentando uma produção relevante, com quatro artigos publicados, indicando uma continuidade das pesquisas na área. Essa distribuição temporal reflete uma crescente atenção ao tema ao longo dos últimos anos, com destaque para esses dois períodos, que juntos compreendem a totalidade dos estudos analisados. Os profissionais que participaram das pesquisas foram médicos, fisioterapeutas e educadores físicos, e a faixa etária dos participantes variou entre 18 e 75 anos, sendo a maioria entre 30 a 45 anos.
Em termos de metodologia, todos os estudos escolhidos consistem em ensaios clínicos randomizados, sejam eles controlados ou duplo-cegos. Em cada investigação, foram utilizados grupos experimentais ou terapêuticos e grupos controle ou placebo, com a nomenclatura variando de acordo com os objetivos de cada pesquisa. Quanto ao tamanho da amostra, os estudos englobaram um total de 564 indivíduos diagnosticados com FM, com amostras variando de 32 a 106 participantes, abrangendo ambos os sexos, incluindo adultos e idosos.
As variáveis examinadas nos estudos incluíram dor, fadiga, força muscular, qualidade de vida, impacto da FM, limiar de dor a pressão, além de outros aspectos como sono, sonolência diurna, capacidade funcional, ansiedade, depressão, cinesiofobia, reflexo de flexão nociceptivo, escala específica do paciente e parâmetros antropométricos. As intervenções aplicadas incluíram hidroterapia, exercícios do método Pilates, corrida aquática, exercícios resistidos em ambientes aquáticos, alongamento, exercícios aeróbicos e exercícios resistidos em solo. As sessões de intervenção variaram de 2 a 3 vezes por semana, com duração mínima de 3 semanas e máxima de 12 semanas.
Os principais resultados observados nos estudos evidenciaram uma redução significativa da dor e da fadiga, além de melhorias na qualidade do sono e na capacidade funcional. Também foram relatadas melhorias em aspectos emocionais, como a diminuição da ansiedade e da depressão, e um aumento na força muscular e no desempenho em atividades de vida diária. Embora alguns estudos não tenham apresentado diferenças estatisticamente significativas nas variáveis analisadas, a tendência foi de benefícios nos parâmetros avaliados, ressaltando a eficácia dos exercícios como intervenção para a melhora da dor em pacientes com FM.
Autor/Ano | Método e Amostra | Variáveis e Instrumentos de Avaliação | Intervenção | Resultados |
Izquierdo- Alventosa et al., 2020 | Ensaio Controlado Randomizado A amostra foi composta por 32 mulheres com diagnóstico clínico de FM, divididos aleatoriamente em dois grupos: GI: (n=16) GC: (n=16) | Catastrofizacão da dor por meio da PCS, escala hospitalar de ansiedade e depressão HADS, BDIII, escala de estresse percebido PSS-10, CPAQ-FM. Capacidade funcional autopercebida: avaliada pela subescala “função física” do FIQR, 6MWT, 5STST, 4mGST. PPT avaliado com um algômetro, que mede a pressão em pontos sensíveis. Aplicado diretamente com eixo de 90◦ em relação à superfície nos pontos sensíveis examinados. | GI foi submetido um programa de exercícios físicos de baixa intensidade, focado em combinar treinamento de resistência e coordenação. O programa durou 8 semanas, com sessões realizadas 2x por semana, totalizando 16 sessões. Cada sessão tinha a duração de 60 min. As sessões foram divididas em 3 fases: aquecimento, treinamento e relaxamento. Aquecimento (10-15 minutos): Incluía uma caminhada em ritmo lento e movimentação das principais articulações (pescoço, ombros, quadris, joelhos, tornozelos) para aumentar a mobilidade. Treinamento (25-40 minutos): primeira fase (sessões 1 a 4) os participantes foram familiarizados com os exercícios, que incluíam caminhar por 15 min e realizar um circuito de 10 exercícios de resistência usando halteres leves (1-3 kg) e faixas elásticas. Segunda fase (sessões 5 a 16): O treinamento foi intensificado, com exercícios de resistência de maior. Os exercícios foram realizados no máximo de repetições possíveis em 1 min. Relaxamento (10-20 minutos): Consistia em caminhar em ritmo lento, alongamentos gerais e técnicas de respiração profunda. Tipos de exercícios: Curvatura de bíceps em pé, extensão de pernas sentado com halteres, elevação de panturrilhas em pé, sentar e levantar de uma cadeira sem usar os braços, subir e descer degraus, jogar uma bola no ar e pegá-la. GC não participou de nenhuma intervenção. As participantes continuaram com suas atividades diárias normais e foram instruídas a manter suas rotinas sem realizar exercícios físicos intensos. Obs: ambos os grupos continuaram a tomar sua medicação habitual. | O GI apresentou melhora significativa em todas as variáveis estudadas, incluindo catastrofização da dor, ansiedade, depressão, estresse, aceitação da dor, limiar de dor à pressão, qualidade de vida e condicionamento físico. Em contraste, o grupo controle (GC) não mostrou melhoras e apresentou uma piora significativa no limiar de dor à pressão. As participantes do GI tiveram uma melhoria significativa na percepção de dor e nas variáveis psicológicas e físicas relacionadas à fibromialgia, incluindo redução da ansiedade, depressão e estresse. |
Andrade et al., 2022 | Método: Ensaio clinico randomizado. A amostra foi definida com 54 mulheres com diagnóstico clínico de FB, divididos em dois grupos: GI: (n=33) GC: (n=21) | Algômetro usado para medir o limiar de dor em 18 pontos específicos de acordo com Wolfe, EVA para avaliar a intensidade da dor e questionário sociodemográfico e clínico para caracterizar o perfil das participantes. | GI a intervenção durou 4 semanas, com 3 sessões semanais supervisionadas por um profissional de educação física e dois estudantes de graduação. Cada sessão teve 60 min, divididos em: aquecimento (10 minutos) alongamentos dinâmicos para grandes e pequenos grupos musculares. Parte principal: incluiu exercícios como extensão e flexão de joelhos, supino reto, crucifixo, adutores, remada baixa, polia alta, extensão de cotovelo, elevação lateral, flexão de braço, elevação de panturrilha em pé e abdominal crunch. O objetivo era trabalhar grandes grupos musculares, com 3 séries de 8-12 rep. Alongamento (10 minutos): para os músculos exercitados. O protocolo permitia ajustes progressivos da carga, ou seja, quando a participante conseguia completar as 12 rep, a carga era aumentada. O intervalo entre as séries era de 1 min, e os exercícios foram realizados com halteres (1-4 kg) e máquinas. No GC as participantes foram orientadas a manter seus hábitos normais, sem mudanças na dieta ou uso de medicamentos, e não participaram de nenhum programa de exercícios durante o estudo. | As participantes GI apresentaram redução significativa na percepção de dor, conforme medido pela escala EVA. A média da dor inicial foi de 8,53 (±2,37), que diminuiu para 7,70 (±2,20) após o treinamento. Aumento do limiar de dor, a média do limiar de dor, medida com o algômetro, subiu de 23,19 kg/cm² para 27,02 kg/cm², indicando que as pacientes passaram a suportar mais pressão antes de sentir dor. Embora esses resultados mostrem uma melhora, o efeito foi considerado pequeno. No GC não houve mudanças significativas na percepção de dor ou no limiar de dor no grupo controle. As médias mantiveram-se praticamente inalteradas: 8,43 (±1,93) para 8,20 (±1,82) na EVA, e 23,93 kg/cm² para 26,13 kg/cm² no algômetro. Ao comparar os dois grupos, apesar das melhorias dentro do grupo de intervenção, não houve diferenças estatisticamente significativas quando comparado ao grupo controle. Isso indica que, embora o treinamento resistido tenha trazido benefícios no alívio da dor, os efeitos não foram suficientemente grandes para serem considerados clinicamente relevantes em comparação com os controles. |
Neira et al., 2024 | Ensaio clínico randomizado simples-cego. A amostra foi composta por 40 mulheres com diagnóstico de FM conforme os critérios do ACR 2010, divididos aleatoriamente em dois grupos: Grupo TA: (n=20). Grupo LBT: (n=20). | Intensidade da dor por meio da EVA, PPT utilizando um algômetro eletrônico para medir o PPT nos 18 pontos dolorosos, conforme os critérios da fibromialgia do Colégio Americano de Reumatologia. Qualidade de vida pelo FIQR, qualidade do sono utilizando PSQI, fadiga pelo MFI, capacidade funcional através do TC6M. | As participantes do grupo TA realizaram sessões de 60 min, 3x por semana durante 12 semanas, em uma piscina com temperatura controlada a 30 °C. O protocolo de terapia aquática incluiu: 15 minutos de aquecimento, exercícios como correr na água, chutar alternadamente, saltar e pedalar usando um macarrão de piscina para suporte. 25 min de exercícios proprioceptivos onde trabalharam equilíbrio e fortalecimento, utilizando flutuação e resistência da água, com exercícios que exigiam controle do corpo em diferentes posições (como o equilíbrio em pé e a manutenção da posição sobre uma prancha submersa). 8 min de alongamento focado em grandes grupos musculares, como Gastrocnêmio, quadríceps, isquiotibiais, adutores, quadrado lombar, deltoide, tríceps braquial, trapézio superior por 30s em ambos os lados. 12 min de relaxamento baseado em uma técnica chamada Ai Chi, semelhante ao Tai Chi aquático, com movimentos lentos e suaves para promover relaxamento muscular e mental. As participantes do grupo LBT realizaram sessões de 60 min, 3x por semana durante 12 semanas, em ambiente terrestre (um laboratório). O protocolo foi semelhante ao da TA em termos de estrutura, incluindo: 15 min de aquecimento com caminhada vigorosa, movimentos coordenados com os membros superiores e inferiores, e saltos em uma bola de Bobath. 25 min de exercícios proprioceptivos com exercícios de equilíbrio e força, utilizando bolas de estabilidade e rolos de Pilates para desafiar o equilíbrio e a estabilidade. 8 min de alongamento nos mesmos grupos musculares que a terapia aquática. 12 min de relaxamento: relaxamento progressivo de Jacobson, com foco em relaxamento muscular ativo. | As participantes do grupo TA apresentaram uma redução significativa na dor (EVA) tanto no pós-tratamento quanto no acompanhamento (18 semanas após o tratamento). Já no grupo LBT embora tenha reduzido a dor no pós-tratamento, os efeitos não foram mantidos no acompanhamento, e a dor aumentou ligeiramente. A TA melhorou significativamente a qualidade do sono no acompanhamento, com uma diferença significativa em comparação à LBT (p = 0,030). Ambos os grupos mostraram melhora no limiar de dor após o tratamento, mas o efeito terapêutico foi mantido apenas no grupo TA no acompanhamento. Houve uma melhora significativa na qualidade de vida no grupo TA após o tratamento e no acompanhamento, enquanto no grupo LBT a melhora foi mais modesta. No domínio de “atividade reduzida”, ambos os grupos mostraram piora, enquanto o grupo LBT apresentou uma melhora na “fadiga geral”. Ambos os grupos melhoraram significativamente a capacidade funcional no pós-tratamento e mantiveram os resultados no acompanhamento, sem diferenças entre os grupos. |
Velioglu et al., 2023 | Ensaio clinico randomizado. A amostra foi composta por 40 pacientes confirmados com FM segundo os critérios do ACR 2010, divididos em dois grupos: G1: (n=20) G2: (n=20) | Avaliação da intensidade da dor em repouso e durante atividades por meio da EVA, impacto da fibromialgia através do FIQ, sintomas de depressão pelo BDI, limiar do reflexo de flexão nociceptivo através do NFR. | No G1 os pacientes iniciaram com 75 mg de pregabalina duas vezes ao dia durante a primeira semana. Após isso, a dosagem foi aumentada para 150 mg duas vezes ao dia, em ambos os grupos. Além do tratamento com pregabalina, os pacientes participaram de um programa de exercícios supervisionado por um fisioterapeuta, 3x por semana durante 5 semanas (15 sessões no total). O programa consistiu em: Aquecimento: 10 min na esteira. Exercícios aeróbicos: 15 min de exercícios moderados. Fortalecimento muscular: 15 min de exercícios de resistência. Alongamento e relaxamento: 15 min de exercícios focados em alongamento muscular e relaxamento. | Ambos os grupos mostraram melhorias significativas nos escores de dor (EVA em repouso e durante atividades), depressão (BDI), impacto da fibromialgia (FIQ) e sensibilidade à dor (limiar de NFR). A redução da dor e da depressão, assim como a melhora no impacto funcional, foram significativas após 1 mês de tratamento. Os pacientes de ambos os grupos apresentaram aumento significativo no limiar de NFR, o que indica que o tratamento foi eficaz em reduzir a sensibilização central e a hipersensibilidade à dor. Foi observada uma forte correlação negativa entre o limiar de NFR pré-tratamento e os escores de VAS, FIQ e BDI, sugerindo que pacientes com pior estado clínico tinham menor limiar de NFR (mais sensíveis à dor). Embora ambos os grupos tenham mostrado melhoras, não houve diferença significativa entre o grupo que realizou exercícios e o grupo que recebeu apenas pregabalina, em termos de dor, impacto funcional ou depressão. Isso sugere que, no curto prazo, a adição de exercícios não ofereceu benefícios adicionais significativos. |
Vrouva et al., 2022 | Ensaio clínico randomizado duplo-cego. A amostra incluiu 106 pacientes com FM, divididos aleatoriamente em dois grupos: G1: (n=53) G2: (n=53) | As características da dor foram registradas por meio do preenchimento de 3 questionários: 1x antes de iniciar o exercício, outra vez após um período de três semanas de exercício e novamente 3 meses depois do início do programa. Que são: FiRST usado para identificar a fibromialgia em pacientes com dor crônica e difusa; BPI utilizado para avaliar a intensidade da dor (gravidade) e o impacto da dor no funcionamento diário e PQAS usado para medir três qualidades da dor (dor paroxística, dor superficial e dor profunda). | Foi realizado aquecimento em 10 min, antes de iniciar os exercícios, foi aplicada a ambos os grupos, consistindo em mobilização ativa e alongamentos de 30 s para a coluna, quadris, joelhos, tornozelos, ombros, cotovelos e pulsos. O G1 seguiu um programa de exercícios dinâmicos que incluiu atividades para vários grupos musculares, como deltoides, quadríceps, extensores de tronco, extensores de quadril, flexores de cotovelo e gastrocnêmio. Cada sessão de exercícios durou 30 min, com duas sessões semanais por 3 semanas. Foi 1 série com 10 repetições em cada grupo muscular. Além disso, os exercícios foram realizados até o “limite da dor”, ou seja, até que o paciente começasse a sentir desconforto ou dor. O G2 seguiu o mesmo programa de exercícios dinâmicos do G1, mas com a adição de respiração diafragmática lenta e profunda. Quando os pacientes atingiam o limite da dor durante os exercícios, eram instruídos a parar e realizar três respirações profundas, inspirando pelo nariz e expirando pela boca. Após essa pausa, continuavam os exercícios. O objetivo da respiração profunda era controlar e reduzir a sensação de dor, ajudando os pacientes a retomar os exercícios sem que a dor fosse um impedimento. | Ambos os grupos apresentaram melhorias significativas em todas as escalas de dor, comparando os dados antes e depois das intervenções. As escalas BPI (gravidade e interferência da dor), FiRST, e as subescalas PQAS (paroxística, superficial e profunda) mostraram melhoras consistentes. O G2 apresentou melhorias significativamente maiores em comparação ao grupo que fez apenas exercícios. Essa diferença foi observada nas escalas de gravidade da dor (BPI), interferência da dor (BPI), e nas subescalas de dor paroxística e superficial do PQAS. Curiosamente, não houve uma diferença significativa entre os grupos na subescala de dor profunda do PQAS, sugerindo que a respiração diafragmática pode ter menos efeito sobre esse tipo específico de dor. A maior parte da melhora ocorreu logo após as primeiras três semanas de intervenção. Essa melhora foi mantida até a avaliação de três meses, indicando que tanto os exercícios quanto a respiração diafragmática tiveram benefícios duradouros na redução da dor. |
Kolak; Ardiç; Findikoğlu, 2022 | Ensaio clinico randomizado. A amostra foi composta por 84 mulheres diagnosticadas com FM de acordo com ACR 2016, divididas aletoriamente em três grupos: G1: (n=28) G2: (n=28) G3: (n=28) | Intensidade da dor pela EVA, TECP (teste de exercício cardiopulmonar), impacto da FM por meio do FIQ, sintomas de depressão através do BDI, qualidade de vida com o SF-36, avaliação da composição corporal através do BIA e teste de repetição máxima 1-RM. | Os exercícios foram organizados em três grupos que praticaram diferentes tipos de exercícios durante 12 semanas, 3x por semana. O G1 realizou exercícios aeróbicos supervisionados mais alongamento. Exercícios aeróbicos: as pacientes caminharam em uma esteira com intensidade baseada no consumo máximo de oxigênio (VO₂ máx.), que é um indicador da capacidade cardiorrespiratória. A intensidade foi inicialmente moderada (50% do VO₂ máx.) e aumentou gradualmente até 70% a partir da sétima semana. A duração da caminhada dos pacientes foi de 40 min. Alongamento: Realizado antes e depois de cada sessão de caminhada, envolvendo grandes grupos musculares. O alongamento teve como objetivo melhorar a flexibilidade e reduzir a rigidez muscular. Exercícios de alongamento foram realizados no início e no final de cada sessão de exercícios. G2 realizou exercícios de resistência supervisionados mais alongamento. Exercícios de resistência: as participantes usaram máquinas de pesos para realizar exercícios de fortalecimento muscular. A carga foi ajustada com base no teste de uma repetição máxima (1-RM), que mede a força máxima que uma pessoa pode levantar em uma única repetição. A carga inicial foi 50% de 1-RM até a sexta semana. aumentando progressivamente até 70-80% a partir da sétima semana. O número de séries aumentou progressivamente (nas 2 primeiras semanas, uma série de 10 rep; nas semanas 3 e 4, duas séries de 10 rep; nas semanas 5 e 6, três séries de 10 rep). Os grupos musculares que estavam envolvidos nos exercícios de resistência foram bíceps bilateral, deltoide, trapézio, peitoral maior e menor, serrátil anterior, grande dorsal, levantador da escápula, romboide, glúteo, quadríceps, adutor e abdutor do quadril, isquiotibiais, gastrocnêmio e músculos abdominais. Alongamento: semelhante ao G1, o alongamento foi realizado antes e após as sessões de treino, visando melhorar a flexibilidade. G3 realizou alongamento em casa. Este grupo realizou apenas alongamentos em casa, focando em grandes grupos musculares como trapézio superior, romboide, flexor do quadril, isquiotibiais, peitoral, piriforme, quadríceps, gastrocnêmio, sóleo, levantador da escápula, adutor do quadril e músculos tensores da fáscia tardia. Cada exercício foi repetido de 3 a 4 vezes, com cada repetição durando 30 s. | Dor: Houve redução significativa da dor nos grupos 1 e 2 em comparação ao grupo 3. A variação percentual da EVA foi de -37,92% no G1, -39,26% no G2, e -13,48% no G3. SF-36: Houve melhora significativa nos componentes de saúde geral, funcionamento físico, social e vitalidade nos grupos 1 e 2. O G1 também teve melhora no papel emocional. BDI: Reduções significativas nos grupos 1 e 2, mas sem alterações no G3. Composição corporal: O peso e o IMC diminuíram significativamente no G2, enquanto a taxa de gordura aumentou e a massa muscular diminuiu no G3. FIQ: Houve melhora significativa em todos os grupos, mas 80,8% dos pacientes nos grupos combinados alcançaram uma mudança clinicamente significativa, em comparação com 40% no G3. |
Franco et al., 2019 | Ensaio clinico randomizado controlado e cego. A amostra foi composta por 98 pacientes com de acordo com os critérios do ACR 2010, divididos em dois grupos: GA: (n=49) GP: (n=49) | Impacto da fibromialgia pelo FIQ, intensidade da dor por meio da escala PNRS, cinesiofobia pelo TSK, deficiência específica através do EPSP, qualidade de vida relacionada a saúde pelos questionários EQ-5D-3L e SF-6D, qualidade do sono por meio do PSQI e capacidade funcional pelo 6MWT. | O GA realizou exercícios em esteira ou bicicleta ergométrica, com sessões de 60 min 2x por semana durante 8 semanas. As sessões começarão com um aquecimento (caminhada de 10 min) e terminarão com relaxamento (massagem de 10 min com bola) com o paciente deitado. A frequência cardíaca é mantida entre 57% e 76% da frequência cardíaca máxima, calculada pela fórmula: FCmáx = 208–0,7 x idade. Isso garante que os exercícios sejam de intensidade leve a moderada. A intensidade do exercício também é avaliada pela Escala de Borg, que vai de 6 a 20, onde 11-13 indica esforço moderado. Os participantes são informados de que podem experimentar aumento de dor ou fadiga a curto prazo, mas isso tende a se estabilizar após as primeiras semanas. O GP realiza exercícios de pilates modificados, usando equipamentos como Cadillac, Reformer, Ladder Barrel e Step Chair, além de exercícios no solo com acessórios. As sessões têm a mesma frequência e duração que o grupo aeróbico (60 min, 2x por semana por 8 semanas). Os exercícios são divididos em três níveis de dificuldade (básico, intermediário e avançado), e o progresso entre os níveis é baseado na capacidade do participante de realizar 10 rep corretas dos exercícios. O foco é na ativação do powerhouse (conjunto de músculos do abdômen, pelve e costas) para garantir uma execução controlada e segura dos movimentos. A ativação desses músculos é combinada com a respiração. | Os desfechos principais e secundários são avaliados em diferentes momentos (início, 8 semanas, 6 meses e 12 meses após a randomização). Espera-se que os exercícios de Pilates apresentem maior eficácia na melhora dos sintomas da fibromialgia e maior adesão ao tratamento, o que pode resultar em menores custos e melhor custo-efetividade comparado aos exercícios aeróbicos. |
Sauch Valmaña et al., 2020 | Ensaio clínico randomizado. A amostra foi composta por 50 mulheres diagnosticadas com FM, divididos em dois grupos: GI: (n=25) GC: (n=25) | Intensidade da dor por meio da EVA, impacto da FM pelo FIQ e estado de saúde pelo SF-36. | GI as participantes realizaram um programa de exercícios físicos estruturados durante 12 semanas, com sessões 2x por semana, totalizando 24 sessões. Cada sessão durava 90 min. Os exercícios eram voltados para a resistência aeróbica, força muscular e equilíbrio, conforme a tolerância individual. As diretrizes seguidas foram as do ACSM. Um fisioterapeuta especializado guiou as sessões, garantindo a segurança e adaptação às limitações físicas das pacientes. O GC não participou de qualquer atividade física estruturada, servindo como comparação para avaliar os efeitos do programa no grupo de intervenção. | Após 12 semanas, os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significativa em nenhum dos grupos com relação aos níveis de dor, estado de saúde ou impacto da FM medidos pelos questionários EVA, FIQ e SF-36. No entanto, o GI apresentou melhora na percepção da saúde física e redução da dor, enquanto o GC experimentou piora nesses aspectos. Apesar disso, as diferenças não foram estatisticamente significativas, sugerindo que a frequência e a duração do programa (2x por semana) podem ter sido insuficientes para gerar efeitos significativos. |
Silva et al., 2019 | Ensaio clínico randomizado controlado, de grupos paralelos, simples-cego. A amostra incluiu 60 mulheres diagnosticadas com FM de acordo com os critérios de classificação do ACR, divididas aleatoriamente em dois grupos: G1: (n=30) G2: (n=30) | Dor através da EVA, impacto da fibromialgia pelo FIQ, capacidade funcional por meio do TUG e 6MWT, qualidade do sono pelo PSQI, sonolência diurna através da ESS e qualidade de vida por meio do SF-36. | O G1 realizou um programa de exercícios de pilates de solo. Os participantes que realizam o Pilates de solo fazem exercícios baseados no método de Joseph Pilates, que envolvem movimentos controlados de fortalecimento e alongamento sem o uso de equipamentos, realizados em um colchonete. O foco principal do Pilates é o fortalecimento do core (músculos abdominais, do assoalho pélvico e das costas), além da melhora da flexibilidade, postura e controle corporal. Com duração de 12 semanas, com 2 sessões supervisionadas por semana, cada uma com 50 min de duração. A progressão dos exercícios ao longo do tempo ocorre em três fases: primeiro mês: 1 série de 8 rep de cada exercício; segundo mês: 2 séries de 10 rep; terceiro mês: 3 séries de 8 rep. Exercícios de pilates: Inclui movimentos como “Swan”, “One leg up-down”, “Leg Circles”, “Single leg stretch”, “Saw”, “Side kicks”, “The hundred”, “Pelvic lift on the ball”, “Sit-ups on the ball”, “Stretching on the ball”. Cada exercício é cuidadosamente planejado para melhorar a estabilidade, mobilidade e controle muscular. O G2 realizou um programa de exercícios aquáticos. As participantes que fazem os exercícios aquáticos realizam atividades aeróbicas em uma piscina aquecida (30 ºC). Os exercícios incluem movimentos que aproveitam a resistência da água, como caminhada rápida, flexão de joelhos e uso de macarrões de piscina para fazer movimentos rítmicos. O ambiente aquático é ideal para pacientes com fibromialgia, pois minimiza o impacto nas articulações e permite uma maior liberdade de movimento. Assim como no pilates, são 12 semanas de tratamento, com 2 sessões de 50 min por semana. O programa inclui: aquecimento com caminhada lenta na água e exercícios de mobilidade articular. Parte principal com exercícios aeróbicos rápidos como caminhada rápida na ponta dos pés, marcha lateral e movimentos rítmicos. E relaxamento com exercícios de respiração diafragmática e relaxamento na água. | O estudo teve como objetivo comparar os efeitos de ambas as modalidades de exercício na redução da dor e na melhora do bem-estar geral de mulheres com FM. Os resultados esperados foram que tanto o pilates de solo quanto os exercícios aeróbicos aquáticos reduziriam a dor, melhorariam a qualidade do sono e aumentariam a capacidade funcional e a qualidade de vida, com os exercícios aeróbicos aquáticos potencialmente fornecendo melhor alívio emocional devido aos efeitos terapêuticos da água. Este protocolo estabeleceu uma base para comparar duas intervenções de exercícios físicos e seu impacto nos sintomas da FM. O estudo seguiu uma randomização rigorosa, com avaliações conduzidas na linha de base, após 6 semanas e após 12 semanas de tratamento. |
Fonte: Autor, 2024. Legenda: Fibromialgia (FM); Grupo Controle (GC); Grupo Intervenção (GI); Grupo Um (G1); Grupo Dois (G2); Grupo Três (G3); Grupo Aeróbico (GA); Grupo Pilates (GP); Terapia Aquática (TA); Terapia Baseada em Solo (LBT); Repetições (REP); Minutos (MIN); Segundos (S); Fibromyalgia Impact Questionnaire (Questionário de Impacto da Fibromialgia) (FIQ); Beck Depression Inventory (Inventário de Depressão de Beck) (BDI); Escala Visual Analógica (EVA); Teste de Exercício Cardiopulmonar (TECP); Short-Form (SF-36); Análise de Impedância Bioelétrica (BIA); Fibromyalgia Rapid Screening Tool (Ferramenta de Triagem Rápida de Fibromialgia) (FiRST); Brief Pain Inventory (Inventário Breve de Dor) (BPI); Pain Quality Assessment Scale (Escala de Avaliação da Qualidade da Dor) (PQAS); Limiar do Reflexo de Flexão Nociceptivo (NFR); Multidimensional Fatigue Inventory (Inventário de fadiga multidimensional) (MFI); Pittsburgh Sleep Quality Index (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh) (PSQI); Revised Fibromyalgia Impact Questionnaire (Questionário de Impacto da Fibromialgia Revisado) (FIQR); Numerical Pain Rating Scale (Escala Numérica de Avaliação da Dor) (PNRS); Kinesiophobia Tampa Scale (Escala de Tampa de Cinesiofobia ) (TSK); Escala Funcional Específica do Paciente (EPSP); Short format 6 dimensions (Formato curto 6 dimensões) (SF-6D); Euroqol 5 dimensões (EQ-5D-3L); Six-Minute Walk Test (Teste de Caminhada de 6 Minutos) (6MWT); Five-Repetition Sit-to-Stand Test (Teste de Sentar-Levantar com Cinco Repetições) (5STST); Teste de Velocidade de Marcha de 4 Metros (4mGST); Escala de Catastrofização da Dor (PCS); Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS); Escala de Estresse Percebido – 10 (PSS-10); Chronic Pain Acceptance Questionnaire (Questionário de Aceitação da Dor Crônica ) (CPAQ-FM); Pressure Pain Threshold (Limiar de Dor à Pressão) (PPT); American College of Sports Medicine (Colégio Americano de Medicina Esportiva) (ACSM); Timed Up and Go (TUG); Escala de Sonolência de Epworth (ESS); American College of Rheumatology (Colégio Americano de Reumatologia ) (ACR); Uma Repetição Máxima (1-RM); Volume de Oxigênio Máximo (VO2 máx).
4 DISCUSSÃO
A literatura sobre o impacto do exercício físico na fibromialgia oferece diferentes abordagens e resultados, em grande parte apontando para os benefícios da atividade física no alívio da dor e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Desse modo, os resultados encontrados nesta revisão evidenciam a importância dos exercícios físicos no manejo da dor em pacientes com FM. No entanto, ao analisar esses estudos, é possível perceber limitações que, ao serem comparadas, revelam a complexidade da fibromialgia e a necessidade de personalização nas intervenções (DOURADO et al., 2020).
Com base nisso, Izquierdo-Alventosa et al., (2020) apresentou em seu estudo um programa de exercícios físicos de baixa intensidade, combinando treinamento de resistência e coordenação em 32 mulheres com FM. O grupo de intervenção (GI) obteve melhorias significativas na catastrofização da dor, ansiedade, depressão, estresse e limiar de dor à pressão. Isso indica que exercícios leves, quando bem estruturados, podem trazer benefícios expressivos tanto para o aspecto físico quanto psicológico da FM. O fato de o grupo controle (GC) não ter mostrado melhoras ressalta a eficácia da intervenção. A divisão do treinamento em aquecimento, fortalecimento e relaxamento foi fundamental para engajar as pacientes e garantir a segurança, o que é crucial em pacientes com FM.
No estudo de Andrade et al., (2022) utilizou um protocolo de exercícios de resistência em 54 mulheres com FM, resultando em redução significativa da dor e aumento do limiar de dor medido por algômetro. No entanto, a ausência de diferenças estatisticamente significativas em comparação ao GC sugere que, embora os exercícios resistidos ofereçam benefícios, eles podem não ser suficientes para alcançar grandes efeitos clínicos. O estudo destaca a necessidade de intervenções mais longas ou com maior intensidade para que os resultados sejam clinicamente relevantes.
Ambos os estudos, demonstraram que exercícios de resistência e baixa intensidade podem reduzir a catastrofização da dor, ansiedade e melhorar o condicionamento físico, destacando a importância dos exercícios supervisionados (IZQUIERDO-ALVENTOSA et al., 2020; ANDRADE et al., 2022).
Neira et al., (2024) comparou a terapia aquática (TA) com terapia baseada em solo (LBT) em 40 mulheres. A TA se destacou, promovendo uma redução significativa da dor e melhora na qualidade do sono no seguimento de 18 semanas. A LBT, embora também tenha melhorado a dor e a capacidade funcional, não manteve os resultados a longo prazo, sugerindo que o ambiente aquático pode ser mais eficaz para a manutenção dos benefícios terapêuticos.
A TA, por ser de baixo impacto, pode ser especialmente indicada para pacientes que apresentam maior sensibilidade à dor ou limitações físicas.
Nessa perpectiva, Vrouva et al., (2022) reforça em estudo, que 106 pacientes realizaram exercícios dinâmicos com ou sem respiração diafragmática. Ambos os grupos mostraram melhorias na dor, com o grupo que realizou respiração profunda (G2) apresentando maiores reduções em dor paroxística e superficial. Esses achados são importantes, pois indicam que técnicas complementares, como a respiração diafragmática, podem otimizar os efeitos dos exercícios físicos, ajudando a reduzir a dor durante a atividade. Esse tipo de intervenção pode ser valioso para pacientes que encontram limitações ao realizar exercícios devido à dor.
Velioglu et al., (2023) investigou os efeitos da pregabalina combinada com exercícios físicos supervisionados em 40 pacientes. Ambos os grupos, com ou sem exercícios, mostraram melhorias em dor, depressão e sensibilidade à dor (limiar de NFR). No entanto, não houve diferença significativa entre os grupos, sugerindo que, a curto prazo, o exercício físico não ofereceu benefícios adicionais aos pacientes que estavam em tratamento medicamentoso. Esse resultado levanta uma discussão importante sobre a interação entre terapias farmacológicas e exercícios físicos, e a necessidade de explorar como os exercícios podem complementar ou intensificar os efeitos dos medicamentos.
Dessa forma, corroborando com tais perspectivas, o estudo de Sousa, Monteiro e Vitorino (2019) evidenciou uma significativa redução no estresse percebido, além da diminuição da dor em diferentes pontos do corpo. Isso corrobora de fato com os resultados de Salazar, Junior e Farani (2023), que relacionaram a melhora da percepção da dor à diminuição de sintomas de ansiedade e depressão. Ambos os estudos sugerem que o impacto do exercício vai além dos aspectos físicos, influenciando diretamente o bem-estar emocional.
Sauch Valmaña et al., (2020) neste ensaio, 50 mulheres com FM participaram de um programa de exercícios estruturados durante 12 semanas. Embora o grupo de intervenção tenha mostrado melhora na percepção de saúde e redução da dor, as diferenças não foram estatisticamente significativas. Esse estudo sugere que a frequência (2 vezes por semana) e a duração do programa podem não ter sido suficientes para gerar melhorias clinicamente relevantes. A importância da dosagem do exercício físico, em termos de frequência e intensidade, é reforçada, sugerindo que intervenções mais frequentes podem ser necessárias para resultados significativos.
Por outro lado, esse achado é contrastante com o estudo de Kolak et al., (2022) no qual mostrou em seu estudo, que 84 mulheres com FM foram divididas em três grupos que praticaram exercícios aeróbicos, de resistência ou alongamentos em casa. Os grupos de exercício supervisionado apresentaram maiores reduções na dor (cerca de 38% e 39%) em comparação ao grupo de alongamento (13%). Além disso, houve melhorias significativas na composição corporal e na qualidade de vida nos grupos de resistência e aeróbico. Esse estudo evidencia a importância dos exercícios supervisionados para obter benefícios mais consistentes e sugere que exercícios aeróbicos e de resistência são particularmente eficazes no manejo da FM, sobretudo na redução da dor e melhora da função física.
Silva et al. (2019) em seu estudo comparou Pilates de solo com exercícios aquáticos em 60 mulheres com FM. Ambos os grupos mostraram melhorias significativas na dor e na capacidade funcional, mas o grupo de exercícios aquáticos apresentou maior alívio emocional devido ao ambiente terapêutico da água. A água oferece uma resistência suave e suporte, permitindo que os pacientes realizem movimentos com menos dor e rigidez, o que pode explicar os benefícios emocionais observados. Esse estudo reforça a eficácia dos exercícios aquáticos como uma intervenção preferencial para pacientes com dor intensa ou mobilidade reduzida.
Em comparação, o estudo de Kumpel et al. (2020), que investigou hidroterapia e Pilates, demonstrou reduções significativas na dor em ambos os grupos. A divergência entre os estudos sugere que modalidades de exercício mais tradicionais ou que envolvem menor impacto, como a hidroterapia, podem ser mais adequadas para certos perfis de pacientes, especialmente aqueles com limitações físicas mais severas.
Em contrapartida, Franco et al., (2019) comparou os efeitos de exercícios aeróbicos e Pilates modificados em 98 participantes, ambos realizados por 8 semanas. Embora ambos os grupos tenham mostrado melhora na dor e na capacidade funcional, o grupo Pilates apresentou maior adesão e satisfação com o tratamento. Esse resultado destaca o papel do Pilates como uma alternativa viável e eficaz para pacientes que podem ter dificuldades em realizar exercícios aeróbicos devido à dor ou limitações físicas. A adesão ao tratamento é um fator-chave no manejo de condições crônicas como a FM, e intervenções que oferecem maior conforto podem promover melhor engajamento.
5 CONCLUSÃO
Em conclusão, os exercícios físicos desempenham um papel fundamental na melhora da dor e da qualidade de vida de pacientes com FM. Diversas modalidades de exercício, como exercícios aeróbicos, de resistência e aquáticos, demonstraram eficácia na redução da dor, melhora do sono, aumento da força muscular e alívio de sintomas emocionais, como ansiedade e depressão.
Entretanto, a heterogeneidade dos estudos, a variação na intensidade e duração dos protocolos de exercício, bem como as diferentes características dos pacientes, indicam que as intervenções devem ser individualizadas. Programas de exercícios supervisionados e progressivos, com acompanhamento especializado, parecem ser mais eficazes para alcançar resultados significativos e duradouros.
Apesar dos benefícios evidenciados, são necessárias mais pesquisas que avaliem a interação de exercícios com outros tratamentos, como a farmacoterapia, além de investigações de longo prazo para determinar a manutenção dos resultados obtidos. Dessa forma, os exercícios físicos, aliados a uma abordagem multidisciplinar, são uma ferramenta essencial no tratamento da fibromialgia, proporcionando uma melhora considerável na dor e no bem-estar geral dos pacientes. Disponível em: Acesso em:
REFERÊNCIAS
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1Artigo Apresentado ao Curso de Bacharelado em Fisioterapia do Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão – IESMA/Unisulma;
2 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Fisioterapia do Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão – IESMA/Unisulma. E-mail: Bragajr07@hotmail.com;
3 Orientadora. Docente do Curso de Bacharelado em Fisioterapia do Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão – IESMA/Unisulma. E-mail: Nathalya.caitano@unisulma.edu.br;
4 Coorientador. Especialista em Reumatologia pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO. E-mail: waueverton.silva@unisulma.edu.br