EFEITOS DO CONSUMO HABITUAL DE RESVERATROL NA SAÚDE CARDIOVASCULAR: REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11617744


Anna Júlia Lopes C. Jesus; Cilene Passarella; Jacqueline Yukari D. Shibata; Marianna Paiva Capelli Ivantes; Orientador: Me. Vanessa Dias Ferreira Nogueira; Co-orientador: Me. Teresa Cristina de Oliveira Marsi.


RESUMO

O aumento da busca por qualidade de vida pela população brasileira, por meio do estilo de vida saudável, tem estimulado estudiosos a pesquisarem substâncias promotoras da saúde humana e que atuem prevenindo as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), responsáveis por 75% das mortes em todo o mundo. O presente trabalho buscou investigar as influências do consumo crônico e regular do resveratrol na saúde cardiovascular, decorrente de suas propriedades antioxidantes, antiagregante plaquetária e por atuar no aumento da liberação de óxido nítrico, o que parece conferir prevenção e proteção de doenças cardiovasculares (DCV) como o infarto do miocárdio (IAM). Para isso, realizou-se revisão sistemática de literatura a fim de investigar o mecanismo de ação dos polifenois nas paredes dos vasos sanguíneos, alimentos fonte destes fitoquímicos, a efetividade da suplementação e qual a posologia  recomendada para prevenir DCVs. Ao final deste estudo sugere-se que a ingesta habitual de resveratrol pode ser utilizada na dieta como potente aliado à saúde do coração, por reduzir a inflamação, fornecer a atividade antioxidante e vasodilatadora do endotélio vascular. Mais estudos sobre o tema fazem-se necessários para consolidar evidências científicas mais sólidas sobre papel cardioprotetor e anti-inflamatório desta substância.

PALAVRAS-CHAVE: resveratrol, compostos fenólicos, antioxidantes, saúde cardiovascular.

1 INTRODUÇÃO

O cuidado com a alimentação mais saudável ocasiona procura por alimentos  que além de nutrir, protejam o corpo de doenças. A partir dessa premissa, algumas pesquisas têm demonstrado a valiosa contribuição resveratrol. Uma molécula presente em alguns  alimentos capaz de prevenir doenças, principalmente associadas ao sistema cardiovascular (Freitas et al., 2010).

O resveratrol é um composto polifenólico de origem natural produzido por cerca de 70 espécies de frutos e plantas como cascas e sementes das uvas roxas, amoras, mirtilos e amendoins, com propriedade antioxidante, anti-inflamatória e antiproliferativa (Banez et al., 2020; Breuss et al., 2019; Colica et al., 2018; Gerszon et al., 2014; Neves et al., 2012). É produzido pelo metabolismo secundário das plantas expostas em situação de ataques fúngicos e fatores climáticos, como geadas e radiação ultravioleta (Kolouchov Hanzlikov et al., 2004). 

Inúmeros mecanismos de ação têm sido estudados afim de esclarecer os efeitos cardioprotetores do resveratrol. O consumo frequente do resveratrol parece ter caráter  preventivo de doenças cardiovasculares (Caseiro et al., 2019).

A formação da placa aterosclerótica tem início pela agressão ao endotélio vascular, por fatores variáveis, que aumentam a retenção das lipoproteínas plasmáticas no espaço subendotelial, onde sofrem oxidação, causando exposição de fatores inflamatórios que as tornam imunogênicas. Este processo é o principal causador da aterogênese, ocorrendo de maneira proporcional à concentração destas lipoproteínas oxidadas (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2017).

Resultados de pesquisas sugerem que a terapia com resveratrol pode ser benéfica no combate da aterosclerose, uma vez que, reduz a expressão de moléculas de adesão leucocitária, as quais estão diretamente ligadas ao desenvolvimento  de placas de ateroma (Colica et al., 2018; Li et al., 2019).

A patogênese da aterosclerose está associada à disfunção endotelial, por meio do processo oxidativo da lipoproteína de baixa densidade (LDL). Pesquisas apontam que o consumo de alimentos ricos em antioxidantes naturais, incluindo polifenóis, pode apresentar melhora das funções das células endoteliais. Polifenóis como o resveratrol têm propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antiproliferativas, que desempenham importante papel na proteção do sistema cardiovascular (Oliveira et al., 2016).

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Este trabalho tem o objetivo de realizar revisão bibliográfica a respeito da ação cardioprotetora do resveratrol, evidenciando benefícios do seu uso frequente com possíveis efeitos anti-inflamatórios e anti-aterogênicos.

2.2 ESPECÍFICOS

  • Realizar revisão literária atualizada a cerca do consumo habitual do resveratrol. – Investigar os impactos positivos do uso dessa substancia como protetora do leito vascular.
  • Discutir os resultados obtidos na pesquisa e apontar ao leitor sua relevância auxiliando na compreensão dos benefícios do uso do resveratrol na rotina dos hábitos alimentares.

3 METODOLOGIA

Trata-se de revisão sistemática de literatura do tipo qualitativa, cujo objetivo foi avaliar o mecanismo de ação da suplementação habitual de resveratrol, na qual observou-se o efeito protetor desta substância na saúde cardiovascular. Para a coleta de dados do presente estudo foram utilizadas as seguintes palavras-chave: resveratrol, compostos fenólicos, antioxidante e saúde cardiovascular.

Inicialmente à consulta identificou-se 40 artigos citando os benefícios do consumo habitual da suplementação de resveratrol. Após análise crítica de todos os estudos elegeu-se sete (7) que atendiam aos critérios técnicos e científicos que descreviam de forma específica o mecanismo de ação, as concentrações e as fontes alimentares de resveratrol que apresentavam efeito protetor ao coração.

Como critério de inclusão considerou-se trabalhos que demonstravam especificamente a redução da produção de radicais livres e a proteção das artérias em modelos animais e em células humanas, após o uso dos polifenois presentes no resveratrol. Excluíram-se deste estudo os artigos que apontavam os mecanismos protetores da substância para outras patologias. Após buscas na literatura acadêmica objetivou-se responder a questão: “Como o resveratrol protege a saúde cardiovascular?” A partir desta questão obtiveram-se respostas que serão discutidas detalhadamente nos resultados e discussão.

4 RESULTADOS

Lakatos e Marconi (2021) orientam que é fundamental que se busque embasamento amparado na pesquisa bibliográfica a fim de não se perder tempo com casos já resolvidos para que se possa inovar cientificamente.

Neste sentido, a pesquisa bibliográfica teve a finalidade de explorar referências teóricas acerca do tema estudado por meio de artigos científicos, teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso pesquisadas nas plataformas de dados Google Acadêmico, biblioteca de artigos Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e em livros. As publicações se concentraram entre os anos 2005 e 2023 nos idiomas inglês e português.

Para a coleta de dados foram utilizadas as seguintes palavras-chave: resveratrol, compostos fenólicos, antioxidante, saúde cardiovascular. Inicialmente foram identificados 40 artigos citando os benefícios do consumo habitual da suplementação de resveratrol.

Após análise crítica de todos os estudos elegeu-se sete (7) que atendiam aos critérios técnicos e científicos que descreviam de forma específica o mecanismo de ação dos compostos fenólicos no estresse oxidativo do endotélio vascular, conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 – Revisão bibliográfica da ação cardio-protetora do resveratrol

Autor, anoTipo de estudo – Modelo HumanoResultados
Imamura et  al., 2017Duplo cego, randomizado, controlado por placebo, 50 pacientes portadores de DM2A suplementação de resveratrol por 12 semanas pode melhorar a rigidez arterial e reduzir estresse oxidativo em pacientes com DM2. O resveratrol pode ser benéfico na prevenção do desenvolvimento da aterosclerose induzida por DM2
Freitas et al., 2023Duplo cego 27 alunos clinicamente saudáveis, com idades entre 18-22 anos foram randomizados em grupo controle e experimental, e submetidos a suplementação com placebo e resveratrol, respetivamente, durante 30  diasO que concerne á atividade da GPx, no momento T1 observaram-se valores superiores no Grupo experimental. Relativamente á GluRed, ambos os grupos demonstraram uma tendência de aumento da atividade enzimática em T1. No entanto, apenas o grupo controle revelou resultados estatistica-mente significativos
Matos et al., 2011Duplo cego. Vinte coelhos brancos adultos do sexo masculino foram selecionados e divididos em dois grupos: grupo controle (GC), 10 coelhos; grupo resveratrol (GR), 10 coelhos. Os animais foram alimentados com uma dieta hipercolesterolêmica por 56 dias. Para dieta do GR, o resveratrol (2 mg/kg peso/dia) foi adicionado do 33º ao 56º  diaNão houve diferença significativa entre os grupos no colesterol sérico total, no colesterol HDL, no colesterol LDL e nos triglicerídeos. No GC, 70% apresentaram lesões ateroscleróticas avançadas da aorta (tipos III, IV, V ou VI). Todos os animais do GR apresentaram lesões ateroscleróticas leves da aorta (tipos I ou II) ou não apresentaram lesões. A razão entre a área intimal e a área da camada intimal/medial mostrou-se significativamente menor no GR quando comparada ao GC (p < 0,001). Áreas positivas para moléculas de adesão celular vascular-1
(VCAM-1) foram menores no GR (p = 0,007). As concentrações de proteína quimiotática de monócitos-1 (MCP-1) e de interleu-cina-6 (IL-6) mostraram-se significativa-mente menores no GR do que no GC (p = 0,039 e p = 0,015, respectivamente)
Yiu et al., 2015Estudo aberto e não randomizado. Vinte e quatro participantes completaram o estudo; 12 receberam resveratrol em dose baixa (1 g por dia) e 12 resveratrol em dose alta (5 g por dia)Este estudo aberto não mostra nenhum efeito do resveratrol nos níveis de frataxina no FRDA, mas sugere que podem
existir efeitos clínicos e biológicos positi-
vos independentes de resveratrol em altas doses. Uma avaliação adicional da eficácia é necessária em um ensaio randomizado controlado por placebo
Fabricio et al., 
2017
Duplo cego, ratas Wistar com 3 meses de idade, distribuídas em 6 grupos: grupos intactos com 60 dias , grupos  ovariectomizados com 60 dias, e  ovariectomizada tratada com resveratrol  (10 mg/kg de peso corporal por dia) por 90 dias. O grupo corresponde à duração do período experimental. O estudo da reatividade vascular foi realizado em anéis aórticos abdominais, sangue sistólico. A pressão foi medida e a concentração sérica de óxido nítrico (NO) foi quantificadaA ooforectomia induziu aumento da pressão arterial 60 e dias após a cirurgia, enquanto a função endotelial diminuiu apenas 90 dias. Após a cirurgia, não houve diferença na concentração de NO entre os grupos. Apenas o tratamento mais longo (90 dias) com resveratrol foi capaz de melhorar a função endotelial e normalizar a pressão arterial
Castro et al., 2018Estudo Duplo cego,foram utilizados 24 ratos machos, Wistar, adultos e divididos  em 4 grupos: 1) Controle: animais  saudáveis, sem nenhum tratamento  especial; 2) Animais diabéticos não tratados; 3) Animais diabéticos tratados
com hipoglicemiante (Glibenclamida); 4) Animais diabéticos tratados com resveratrol 
Grupo de animais diabéticos não tratados apresentou uma perda de peso 41,90% em relação ao seu peso inicial. Embora os níveis glicêmicos dos animais tratados com resveratrol não terem diminuído na mesma proporção que o grupo tratado com glibenclamida, representou, ao final do experimento, houve redução positiva da PCR-us
Kim et al., 2018Camundongos idosos foram divididos em grupos controle e resveratrol. Alterações histológicas, inflamação, estresse oxidativo, componentes do SRA e expressão de proteína quinase ativado por AMP (AMPK), regulador de informação silenciosos T1 (SIRT1), coativador 1α do receptor γ ativado por proliferador de peroxissoma (PGC-1α) e enzimas antioxidantes foram medidos em aortas     torácicas de camundongos com 24 meses de idadeO resveratrol protegeu contra o envelhecimento arterial e esse efeito está associado à redução da atividade do eixo e à estimulação do eixo de angiotensina tipo
2 e o receptor MAS
Fonte: Autoras, 2024.

5 DISCUSSÃO

As doenças cardiovasculares (DCVs) são caracterizadas por patologias que afetam o coração, e estão entre as principais causas de mortes no Brasil. Nesse sentido, o aumento do estresse oxidativo relaciona-se com a maior prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS), aterosclerose e doenças coronarianas. 

Além disso, os principais fatores de riscos que predispõem ao desenvolvimento de uma DCV são: o sexo, a genética e a idade. O estilo de vida benéfico associado a alimentação saudável são considerados fatores modificáveis que podem atuar como agentes promotores de saúde por prevenir: dano arterial, inflamação de vasos, limitar o desenvolvimento de lesões ateromatosas e formações de coágulos (Leifert e Abeywardena, 2008).

O polifenol resveratrol (RVS) é um antioxidante natural presente em alimentos como uvas, vinho tinto e podem beneficiar a saúde cardiovascular por apresentar atividades antiangiogênica, anti-inflamatória e por favorecer o metabolismo do óxido nítrico (NO) no endotélio. Esse fitoquímico tem meia vida curta após consumido e em altas concentrações, disponíveis através de fórmulas farmacêuticas, tem demonstrado ser uma substância promissora na prevenção das doenças do coração (Signorelli e Ghidoni, 2005).

Estudos sugerem que o resveratrol pode ter benefícios cardiovasculares decorrentes de suas atividades antiplaquetárias, que ajudam a prevenir a formação de coágulos sanguíneos, o que pode ajudar a proteger as células do coração dos danos causados pelos radicais livres (Freitas, 2023).

Nesse sentido, em um estudo in vitro de células endoteliais humanas da linhagem ECV304, realizado pelo Laboratório de Glicoimunologia do Departamento de análises Clínicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP/USP), que teve por objetivo determinar as concentrações que o resveratrol fornece atividade vasoativa e ação contra os radicais livres, observou-se que esse fitoquímico estimula a produção de óxido nítrico, protege células do endotélio contra a ação do peróxido de hidrogênio, mas em contrapartida não obteve-se resultados satisfatórios que evidenciassem as atividades antiinflamatórias (Salvador, 2019).

Luciano et al., (2014) observaram o mecanismo de ação do resveratrol sobre a via de sinalização da insulina e a melhora do processo inflamatório no miocárdio de ratos Winster  obesos que receberam dieta hipercolesterolêmica . Neste estudos ficou evidenciado, a partir dos resultados, que esse composto fenólico reduziu a resistência à insulina nos animais e por isso demonstrou ser uma substância protetora para o miocárdio.

Estudo de Imamura et al. (2017) envolvendo 50 pacientes com DM2 de ambos os sexos constatou que a suplementação de resveratrol diminuiu significativamente a pressão arterial sistólica (PAS), o peso corporal e o índice de massa corporal (IMC), embora não houvessem alterações significativas no grupo placebo. No estudo, a suplementação de resveratrol por 12 semanas contribuiu para melhorar a rigidez arterial e redução do estresse oxidativo em pacientes com DM2.

Por outro lado, estudo de Castro (2017) envolvendo 24 ratos machos Wistar, constatou que os níveis glicêmicos dos animais tratados com resveratrol não haviam contribuído para a redução da perda de peso, em relação ao peso inicial.

Embora sejam escassos estudos envolvendo seres humanos, foram encontrados estudos em modelo animal (ratos, coelhos), que demonstraram propriedades antioxidantes do resveratrol no sistema nervoso central (SNC), gerando dúvidas sobre o efeito positivo  da suplementação de resveratrol em grupos placebo (Freitas, 2023).

O resveratrol apresentou importantes efeitos antiaterogênicos e anti-inflamatórios em modelo animal, utilizando-se coelhos alimentados com uma dieta hipercolesterolêmica  (1% de colesterol) (Imamura, 2017).

Os estudos mencionados nesta revisão de literatura, evidenciaram pontos positivos do consumo crônico e regular do resveratrol agregando propriedades antioxidantes, antiinflamatórias e antiproliferativas, que desempenham importante papel na proteção do sistema cardiovascular. A partir do exposto, pode-se inferir que resveratrol pode ter ação na prevenção e tratamento de diversos processos patológicos.

O resveratrol está sendo notavelmente considerado como terapia para humanos em diversos tipos de patologias. Estudos recentes in vitro mostraram que o resveratrol  inibe a ativação endotelial e adesão de monócitos, protege células endoteliais induzida por estresse oxidativo. (Das, 2007).

Faz-se necessária a realização de futuros estudos sobre o assunto visando esclarecer os mecanismos e concentrações pelos quais o resveratrol inibe a formação de lesões ateroscleróticas avançadas ao decorrer do efeito inibitório sobre a oxidação do LDL, a agregação plaquetária e a proliferação vascular de células musculares lisas. 

CONCLUSÃO

Como respostas ao stress oxidativo (SO), as células do organismo humano geram espécies reativas de oxigênio (ROS). Esse mecanismo de ação influencia  a homeostase do organismo e pode desencadear inúmeras patologias como as doenças cardiovasculares (DCVs).

O resveratrol é uma substância natural, antioxidante, anti-inflamatória e  vasodilatadora que atua nas funções vasculares endoteliais. A ingesta habitual  desta substância pode beneficiar a saúde do coração pela inibição da COX1, responsável pela atividade anti-inflamatória, atuação no metabolismo do óxido nítrico e redução do estresse oxidativo (SO) do peróxido de hidrogênio (H2O2). Substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias estão relacionadas a redução da incidência e gravidade das doenças cardiovasculares, como aterosclerose, doenças coronarianas e HAS.

No entanto, há a necessidade de mais estudos com sólido embasamento científico que comprovem os efeitos cardioprotetores dos polifenóis, embora hajam estudos que sugiram a suplementação de 100 mg/dia de resveratrol e consumo  diário de cascas de uvas vermelhas.

Pode-se citar como limitações dos estudos: tamanhos das amostras, duração do tratamento, se in vitro, em modelo animal ou humano, além da identificação do sexo e idade dos componentes da amostra.

A partir do exposto, sugere-se a elaboração de mais estudos sobre mecanismo de ação do resveratrol, a dose ideal para determinado público e o tempo de uso adequado para se observar os benefícios para saúde cardiovascular.

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