EFEITOS DO CANABIDIOL NO TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

EFFECTS OF CANNABIDIOL IN THE TREATMENT OF ANXIETY DISORDERS: AN INTEGRATIVE LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202506061701


Rayuska Lorrany Tavares Duarte1
Maria Raquel Antunes Casimiro2
Anne Caroline de Souza3
Yuri Charllub Pereira Bezerra4


RESUMO: Introdução: Os transtornos de ansiedade representam um importante problema de saúde pública, com impacto na qualidade de vida dos indivíduos e elevados custos sociais. Diante das limitações dos tratamentos farmacológicos tradicionais, tem crescido o interesse científico pelo uso do canabidiol (CBD), composto derivado da Cannabis sativa, conhecido por seus efeitos ansiolíticos e perfil de segurança favorável. Objetivo: Analisar, com base na literatura científica recente, de que forma o CBD tem sido utilizado no tratamento dos transtornos de ansiedade e quais são seus efeitos sobre os mecanismos neurobiológicos associados. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases SciELO, BVS, PubMed e Periódicos CAPES, com recorte temporal entre 2020 e 2025. Utilizaram-se os descritores “canabidiol”, “transtornos de ansiedade” e “tratamento” combinados entre si com o operador booleano AND. Resultados e Discussão: Os estudos incluídos demonstraram que o CBD atua na modulação de receptores como 5-HT1A, CB1 e CB2, promovendo efeitos ansiolíticos com baixo risco de efeitos adversos. Observou-se redução dos sintomas de ansiedade em diferentes populações e tipos de transtorno, sobretudo ansiedade generalizada, social e estresse pós-traumático. No entanto, a escassez de ensaios clínicos randomizados, a heterogeneidade dos protocolos e a ausência de padronização de dosagem e formulação ainda limitam a consolidação do uso clínico do CBD. Conclusão: O CBD mostra-se uma alternativa terapêutica promissora no manejo dos transtornos de ansiedade, apresentando bons resultados clínicos e perfil de segurança satisfatório. O fortalecimento das evidências científicas por meio de estudos controlados e de maior escala é essencial para validar sua eficácia e ampliar sua aplicabilidade na prática clínica.

Palavras-chave: Canabidiol. Transtornos de ansiedade. Ansiedade generalizada. Tratamento alternativo. Psicofarmacologia.

ABSTRACT: Introduction: Anxiety disorders represent a major public health issue, significantly impacting individuals’ quality of life and generating high social costs. Given the limitations of traditional pharmacological treatments, scientific interest in the use of cannabidiol (CBD)—a compound derived from Cannabis sativa—has grown, due to its anxiolytic effects and favorable safety profile. Objective: To analyze, based on recent scientific literature, how CBD has been used in the treatment of anxiety disorders and its effects on the associated neurobiological mechanisms. Methodology: This is an integrative review conducted in the SciELO, BVS, PubMed, and CAPES Journal Portal databases, with a time frame from 2020 to 2025. The descriptors “cannabidiol,” “anxiety disorders,” and “treatment” were used in combination with the Boolean operator AND. Results and Discussion: The studies included showed that CBD acts by modulating receptors such as 5-HT1A, CB1, and CB2, promoting anxiolytic effects with a low risk of adverse reactions. A reduction in anxiety symptoms was observed across different populations and types of disorders, particularly generalized anxiety, social anxiety, and post-traumatic stress disorder. However, the lack of randomized clinical trials, protocol heterogeneity, and the absence of standardized dosage and formulation still limit the broader clinical application of CBD. Conclusion: CBD appears to be a promising therapeutic alternative in the management of anxiety disorders, showing favorable clinical outcomes and a satisfactory safety profile. Strengthening scientific evidence through largescale, controlled studies is essential to validate its efficacy and expand its clinical applicability.

Keywords: Cannabidiol. Anxiety disorders. Generalized anxiety. Alternative treatment. Psychopharmacology.

1  INTRODUÇÃO

A planta nativa Cannabis sativa, conhecida no Brasil popularmente como maconha, vem sendo aplicada para fins medicinais há milhares de anos. Registros apresentam o uso da planta na China datando-se de 2.700 a.C. para tratamento de diversas condições médicas como constipação intestinal, dores, malária, expectoração, epilepsia, tuberculose, entre outras. Na Índia, esses registros também podem ser observados por volta de 1.000 a.C., administrada como hipnótico e ansiolítico no tratamento de problemas como ansiedade, manias e histeria (Matos et al., 2017).

A Cannabis sativa é amplamente reconhecida por suas propriedades medicinais, apresentando efeitos sedativos, analgésicos e antieméticos, além de atuar no sistema nervoso central (SNC), produzindo alterações como euforia, alucinações e sensação subjetiva de bem estar. As subespécies Cannabis indica e Cannabis sativa já desempenharam um papel mais expressivo na medicina tradicional; contudo, devido a fatores políticos, sociais e legais, seu uso terapêutico foi progressivamente marginalizado e a produção científica sobre seus efeitos permaneceu limitada por décadas. Esse cenário começou a se modificar a partir de 1964, quando o Δ9-tetrahidrocanabinol (THC), principal responsável pelos efeitos psicoativos da planta, foi isolado pelo pesquisador Raphael Mechoulam. Posteriormente, outros canabinoides exógenos foram identificados, como o canabinol (CBN), o canabidiol (CBD) e o canabicromeno (CBC), ampliando as possibilidades de investigação sobre os potenciais terapêuticos da planta (Sousa; Oliveira; Calou, 2018).

Com base em Santos e Serapião (2021), a ansiedade é descrita atualmente como uma das doenças que mais acomete a população mundial, sendo definida como um sofrimento causado por antecipação a algo desconhecido, gerando sentimentos desconfortável de medo, angústia e insegurança relacionado à causa do sofrimento. A ansiedade se refere a uma reação natural do nosso corpo que funciona como um mecanismo de defesa, e está presente durante toda nossa formação do desenvolvimento, sendo de grande relevância responder algumas situações da vida com ansiedade. Essa forma de ansiedade é considerada fisiológica, pois não prejudica o sujeito. No entanto, algumas pessoas apresentam um grau de ansiedade muito elevado chegando a prejudicar sua vida social tornando um quadro patológico, de transtorno de pânico, transtorno de ansiedade generalizada ou uma síndrome.

Tendo em vista esse quadro clínico apresentando pela ansiedade, Bueno e Ortiz (2021) explica que atualmente os tratamentos farmacológicos disponíveis incluem inibidores de recaptação de serotonina, inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina, benzodiazepínicos, inibidores da monoamina oxidase, antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes e antipsicóticos são os mais usados para tratar a ansiedade e transtorno de pânico (TP). Esses medicamentos possuem taxas de respostas limitadas e efeitos colaterais podem incluir: disfunção erétil, incapacidade, sonolência e abstinência que podem levar a limitações dos tratamentos atuais, o que colocam uma prioridade no desenvolvimento de novos tratamentos. 

Assim, o uso terapêutico de alguns compostos da planta Cannabis sativa, tem atraído bastante interesse, especialmente para o tratamento de transtornos neuropsiquiátricos devido à relativa falta de eficácia dos tratamentos atuais. Os principais fitocanabinóides como o THC e CBD são os principais compostos utilizados da planta. O CBD apresenta um interessante perfil farmacológico sem potencial para se tornar uma droga de abuso, ao contrário do THC que é o responsável pelos efeitos eufóricos. Ao reportar-se diretamente expectativa do uso do CBD como opção terapêutica para transtorno de ansiedade, Carvalho et al. (2021) dizem que isto deve-se aos efeitos psicoativos e na cognição, qualidade, segurança nos ensaios clínicos com resultados positivos e o amplo espectro de ações farmacológicas. É importante destacar também que o efeito terapêutico para transtorno de ansiedade é reconhecido na erva. Contudo, o uso abusivo pode apresentar consequências adversas, como taquicardia, secura da boca e olhos avermelhados.

Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo geral identificar como a literatura científica aborda o uso do CBD no manejo dos transtornos de ansiedade, buscando compreender o potencial terapêutico dessa substância no alívio dos sintomas ansiosos e na promoção da saúde mental. Para alcançar esse propósito, foram definidos os seguintes objetivos específicos: descrever as principais evidências científicas disponíveis sobre os efeitos do CBD em diferentes tipos de transtornos ansiosos; analisar os tipos de estudos existentes, suas metodologias, amostras investigadas e os desfechos clínicos associados ao uso do canabidiol nesse contexto; e identificar as lacunas no conhecimento científico que ainda persistem quanto à incorporação do CBD em protocolos clínicos voltados ao tratamento dos transtornos de ansiedade.

A presente pesquisa justifica-se, do ponto de vista social, pela crescente prevalência dos transtornos de ansiedade, que afetam a qualidade de vida dos indivíduos e representam uma importante carga para os sistemas de saúde. Muitos pacientes apresentam resposta limitada aos tratamentos farmacológicos convencionais, frequentemente acompanhados de efeitos adversos, o que reforça a necessidade de se buscar novas estratégias terapêuticas. No âmbito acadêmico, ainda se observa uma lacuna na literatura nacional sobre a aplicação do canabidiol no tratamento de transtornos ansiosos, o que torna este estudo relevante para ampliar o conhecimento científico sobre o tema. Cientificamente, o CBD tem sido apontado por diversos estudos como um agente promissor no controle da ansiedade, devido ao seu perfil farmacológico, segurança e ausência de efeitos psicoativos, mas são necessários mais dados clínicos que sustentem sua indicação terapêutica.

2  METODOLOGIA 

Este estudo caracterizou-se como uma revisão integrativa da literatura, cuja finalidade consiste em reunir, avaliar criticamente e sintetizar os resultados de pesquisas publicadas sobre o uso do CBD no tratamento de transtornos de ansiedade. Essa abordagem metodológica mostra-se especialmente pertinente quando se pretende compreender o estado atual do conhecimento científico sobre uma intervenção terapêutica, permitindo identificar evidências consolidadas, lacunas existentes na produção acadêmica e caminhos possíveis para futuras investigações. Conforme destacado por Almeida et al. (2024), a revisão integrativa permite articular estudos teóricos e empíricos, propiciando uma análise ampliada que incorpora diferentes delineamentos e abordagens metodológicas.

A condução desta revisão seguiu as etapas propostas por Mendes, Silveira e Galvão (2008), contemplando: 1) Identificação do tema e formulação da pergunta de pesquisa; 2) Estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão dos estudos; 3) Definição das informações a serem extraídas das publicações selecionadas; 4) Avaliação dos estudos incluídos; 5) Interpretação dos resultados; e 6) Síntese e divulgação dos achados. A adoção dessas etapas assegura maior rigor metodológico, além de garantir confiabilidade e validade aos dados obtidos.

A busca bibliográfica foi realizada em maio de 2025, nas bases Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e no Portal de Periódicos da CAPES, reconhecidas por sua abrangência na área da saúde e por reunirem publicações científicas de qualidade revisada por pares. Para a construção da estratégia de busca, foram utilizados os descritores controlados “Canabidiol/Cannabidiol”, “Ansiedade/Anxiety” e “Transtorno/Disorders”, combinados entre si com o operador booleano AND, com o objetivo de localizar estudos que investigassem, especificamente, os efeitos do CBD sobre os sintomas de transtornos ansiosos em contextos clínicos ou experimentais.

Foram definidos como critérios de inclusão: artigos científicos disponíveis na íntegra e com acesso gratuito, publicados entre os anos de 2020 e 2025, redigidos em português ou inglês, e que abordassem diretamente o uso do CBD em contextos terapêuticos relacionados aos transtornos de ansiedade. Foram excluídas da revisão integrativa as publicações identificadas como duplicadas entre as bases de dados consultadas, os estudos que não apresentavam pertinência temática com o objeto da pesquisa, bem como aqueles que, após leitura do texto completo, não demonstraram relevância teórica ou metodológica para os objetivos da presente revisão.

Para sistematizar os dados, elaborou-se um fluxograma que apresenta visualmente o processo de triagem e seleção dos artigos, desde a busca inicial até a inclusão final dos estudos analisados. As informações extraídas foram organizadas em tabelas contendo as seguintes variáveis: Autor/Ano, Título do Estudo, Objetivo, Metodologia e Principais Resultados. A análise dos dados será realizada de forma descritiva e interpretativa, buscando evidenciar os padrões observados quanto à eficácia do CBD, mecanismos de ação propostos, limitações metodológicas e repercussões clínicas identificadas. A apresentação dos resultados será complementada por recursos gráficos e tabelas, utilizando o software Microsoft Office Excel. 

3  RESULTADOS E DISCUSSÃO 

A partir das buscas realizadas nas bases de dados previamente mencionadas, foram inicialmente identificadas 64 publicações potencialmente relevantes, distribuídas da seguinte forma: Scientific Electronic Library Online – SciELO (0 artigo), PubMed (0 artigo), Biblioteca Virtual em Saúde – BVS (28 artigos) e Portal de Periódicos da CAPES (36 artigos). Esse conjunto inicial contemplava estudos que abordavam, de forma direta ou indireta, a temática proposta nesta revisão integrativa. 

Na etapa seguinte, procedeu-se à remoção de 8 artigos duplicados entre as bases de dados consultadas, restando um total de 58 publicações. Esses 58 estudos foram submetidos à análise dos títulos e resumos, com o intuito de verificar sua pertinência à temática proposta. Nessa triagem, 40 artigos foram excluídos por não apresentarem relação direta com o objeto da pesquisa, resultando na seleção de 18 estudos para leitura na íntegra. Na fase de leitura completa dos trabalhos, foram excluídos 8 artigos por não abordarem de forma direta o uso do CBD no tratamento dos transtornos de ansiedade. Ao final desse processo, 10 artigos atenderam integralmente aos critérios de elegibilidade previamente estabelecidos e foram, portanto, incluídos na presente revisão integrativa. A Figura 1 apresenta, de forma esquemática, as etapas de identificação, triagem, avaliação de elegibilidade e inclusão dos estudos selecionados.

Figura 1 – Fluxograma do resultado da pesquisa realizada nas bases de dados para seleção da revisão integrativa

 Fonte: Autoria própria (2025).

Seguindo, no quadro 1 elenca-se a síntese dos principais achados dos artigos revisados, reunindo informações que contemplam os critérios de inclusão e exclusão organizando e numerando com as informações de autores, título dos artigos, revista e ano de publicação. 

Quadro 1 – Distribuição dos artigos selecionados por autores, título dos artigos, revista e ano de publicação.

Número ArtigoAutor(es)Título dos ArtigosRevistaAno de Publicação
1Berger, Li e AmmingerTreatment of social anxiety disorder and attenuated psychotic symptoms with cannabidiolBMJ Case Reports2020
2García-Gutiérrez et al.Cannabidiol: A Potential New Alternative for the Treatment of Anxiety, Depression, and Psychotic DisordersBiomolecules2020
3Bueno e OrtizOpção terapêutica para ansiedade: o uso da Cannabis sativa é uma alternativa farmacológica?Research, Society and Development2021
4Stanciu et al.Evidence for Use of Cannabinoids in Mood Disorders, Anxiety Disorders, and PTSD: A Systematic ReviewPsychiatric Services2021
5Kwee et al.Cannabidiol enhancement of exposure therapy in treatment refractory patients with social anxiety disorder and panicdisorder with agoraphobia: A randomised controlled trialEuropean Neuropsychopharmacology2022
6Rodrigues,Alvarenga e AguiarUso terapêutico do canabidiol nos transtornos de ansiedade einsôniaBrazilian Journal of Development2022
7Aguiar et al.Canabidiol (CBD) e seus efeitos terapêuticos para a ansiedade no ser humanoResearch, Society and Development2023
8Vasconcelos e SerrãoAtualizações sobre o uso de canabidiol em pacientes com transtorno de ansiedadeCognitionis2024
9Rodrigues et al.A eficácia do canabidiol no tratamento dos transtornos de ansiedade: Uma revisão integrativa de literaturaResearch, Society and Development2024
10Levada et al.Uma revisão narrativa da literatura sobre o uso decanabidiol no tratamento da ansiedadeBrazilian Journal ofImplantology and Health Sciences2024

Fonte: Autoria própria.

Já no Quadro 2 apresentam-se os objetivos, métodos/tratamentos e resultados dos estudos analisados. Essa organização favorece uma leitura sistematizada das evidências científicas, permitindo, por meio da análise do uso do CBD no tratamento dos transtornos de ansiedade, identificar contribuições relevantes da literatura quanto ao potencial terapêutico do composto. Além disso, essa sistematização evidencia lacunas ainda existentes no que se refere à aplicabilidade clínica do CBD, à definição de esquemas terapêuticos padronizados, à eficácia em longo prazo e à segurança do seu uso em populações específicas, como aquelas com comorbidades psiquiátricas associadas.

Quadro 2 – Distribuição dos artigos selecionados por objetivos, métodos e resultados encontrado

ObjetivoMétodo/TratamentoResultados
1Investigar se o CBD pode potencializar os efeitos da terapia de exposição em pacientes com transtorno deansiedade social e transtorno de pânico com agorafobia resistentes ao tratamento.Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, com 8 sessões de terapia de exposição assistidapor 300 mg de CBD ou placebo, com avaliações de ansiedade antes e após as sessões e em follow-up de 3 e 6 meses.Não houve diferenças significativas entre os grupos CBD e placebo naredução dos sintomas de ansiedadeou na extinção do medo. A adesão foi boa e os efeitos adversos foram semelhantes em ambos os grupos.
2Reunir e sintetizar dados da literatura científica sobre ouso terapêutico do CBD nos transtornos de ansiedade e insônia.Revisão de literatura com recorte entre 2010 e 2020, incluindo estudos com humanos disponíveis nas bases SciELO, LILACS e MEDLINE, selecionando 32 artigos.O CBD demonstrou efeitos ansiolíticos e potencial terapêutico em múltiplas vias receptoras, como 5-HT1A e GABA-A, mas os dados clínicos ainda são limitados. Há necessidade de novos estudos com maior rigor metodológico.
3Revisar a literatura sobre o uso terapêutico do CBD em pacientes adultos com transtorno de ansiedade, destacando mecanismos de ação, eficácia e papel do farmacêutico.Revisão narrativa da literatura com busca nas bases SciELO, PubMed e Google Acadêmico entre 2019 e 2024, utilizando descritores relacionados ao CBD e transtornos de ansiedade.O CBD demonstrou efeitos ansiolíticos associados aos receptores 5-HT1A, com melhora dos sintomas em pacientes com TAG. O artigo também destaca o papel dofarmacêutico na orientação e uso seguro do CBD.
4Descrever a eficácia do uso do CBD no tratamento da ansiedade, mecanismos fisiológicos e efeitos adversos.Revisão bibliográfica com artigos de 2015 a 2021, incluindo ensaios clínicos randomizados, coorte e casocontrole com estudos em humanos e animais.O CBD demonstrou efeito ansiolítico positivo em estudos com adolescentes e adultos, com melhora significativa de sintomas em transtornos de ansiedade social. Apresentou segurança e baixa incidência de efeitos adversos.
5Revisar os efeitos terapêuticos do CBD sobre a ansiedade, elucidar seus mecanismos de ação e potenciais benefícios.Revisão integrativa de literatura com busca nas bases Web of Science, PubMed e LILACS, incluindo estudos de 2018 a 2022, com análise crítica de 18 estudos selecionados.O CBD demonstrou efeitos ansiolíticos e neuroprotetores modulando neuro transmissão excitatória e inibitória; mostrou-se bem tolerado, mas requer mais estudos para definir doses seguras e eficácia clínica sustentada.
6Investigar os efeitos e mecanismos de ação do CBD no tratamento dos transtornos de ansiedade.Revisão integrativa de literatura nas bases LILACS e PubMed, com critérios de inclusão de artigos dos últimos 5 anos eexclusão de estudos com THC ou em animais.O CBD apresentou efeito ansiolítico e ação sobre estruturas límbicas, reduzindo o medo e o estresse oxidativo. Embora promissor, seu uso clínico ainda exige mais pesquisas e regulamentação.
7Revisar criticamente os achados mais recentes sobreo uso do CBD no tratamento da ansiedade, destacando mecanismos, eficácia e limitações.Revisão narrativa da literatura com busca na base PubMed,incluindo revisões sistemáticas, narrativas e meta-análises publicadas até 2023, com foco na população adulta.O CBD demonstrou efeitos ansiolíticos promissores, sobre tudo em TEPT e ansiedade social, mas os dados sobre farmacocinética e relação dose-resposta ainda são limitados. Estudos futuros são necessários para validação clínica e definição de protocolos.
8Relatar o caso clínico de um jovem com ansiedade social severa, sintomas psicóticos atenuados e insônia tratados com CBD como adjuvante terapêutico.Estudo de caso clínico com uso de CBD de 200 a 800 mg/diapor 6 meses, associado a terapia cognitivo-comportamental emirtazapina. Monitoramento clínico e laboratorial durante o período.Melhora significativa nos sintomas de ansiedade e psicose subclínica após 8 semanas com CBD 800 mg/dia.Relato de melhora no sono e ausência de efeitos adversos, com boa tolerância ao tratamento.
9Revisar sistematicamente evidências experimentais e clínicas sobre o usoterapêutico do CBD emtranstornos de ansiedade, depressão e psicóticos.Revisão narrativa baseada em dados de estudos pré-clínicos e ensaios clínicos com CBD, incluindo modelos animais e estudos com humanos.O CBD demonstrou efeitos ansiolíticos, antidepressivos e antipsicóticos em modelos animais e humanos, com destaque para a atuação sobre os receptores 5-HT1A, CB1r e GPR55. Estudos clínicos preliminares apontam eficácia e perfilde segurança positivo, recomendando mais investigações com maiores amostras.
10Avaliar, por meio de revisão sistemática, a eficácia do CBD e THC em transtornos de ansiedade, depressão e PTSD.Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados controlados com THC e/ou CBD em pacientes com diagnóstico formal segundo o DSM.Foram incluídos oito estudos clínicos pequenos; resultados mostraram evidências limitadas de eficácia do CBD para ansiedade social, enquanto o THC apresentou efeitos adversos significativos. Conclui-se que não há suporte suficiente para recomendar canabinoides no tratamento desses transtornos.

Fonte: Autoria própria (2025).

O ensaio clínico conduzido por Kwee et al. (2022) representa uma contribuição no contexto da avaliação da eficácia do CBD no tratamento de transtornos de ansiedade social e de pânico com agorafobia, onde, ao associar a administração de 300 mg de CBD à terapia de exposição, buscou investigar a hipótese de que o canabidiol poderia potencializar os efeitos dessa intervenção psicoterapêutica, especialmente em pacientes refratários a tratamentos convencionais. No entanto, os resultados obtidos não demonstraram diferença entre o grupo experimental e o grupo placebo, nem na evolução dos sintomas nem na resposta precoce ao tratamento. Esse achado contrasta com parte da literatura que aponta o potencial ansiolítico do CBD em quadros específicos, como destacado por Santos e Serapião (2021), segundo os quais a substância poderia exercer efeitos terapêuticos com efeitos adversos leves. O estudo de Kwee et al. sugere que, embora os mecanismos neurobiológicos do CBD, como sua atuação nos receptores 5-HT1A e CB1, estejam bem documentados (Salustiano; Bortoli, 2022), sua eficácia clínica pode depender de variáveis como dosagem, tempo de uso e comorbidades associadas, o que reforça a necessidade de abordagens terapêuticas mais individualizadas e de novos ensaios clínicos com parâmetros variados.

Já o estudo de Rodrigues, Alvarenga e Aguiar (2022) apontam que o CBD atua indiretamente sobre os receptores CB1 e CB2, além de modular a atividade de receptores serotoninérgicos como o 5-HT1A, os quais estão diretamente envolvidos na regulação da ansiedade. Essa análise converge com as proposições teóricas de Assis e Loura (2022), que relacionam a ansiedade a uma hiperatividade do sistema nervoso e a alterações fisiológicas marcantes, como taquicardia e tensão muscular. O estudo também corrobora com a ideia de que o CBD pode oferecer uma alternativa menos invasiva e mais segura que os tratamentos farmacológicos tradicionais, frequentemente associados a efeitos adversos e risco de dependência (Matos et al., 2017). Apesar disso, os autores alertam para a carência de ensaios clínicos bem delineados, indicando que, embora os efeitos ansiolíticos do CBD estejam bem fundamentados do ponto de vista farmacológico, a sua validação clínica ainda carece de maior aprofundamento.

A revisão realizada por Vasconcelos e Serrão (2024) enfatiza os efeitos do CBD sobre estruturas cerebrais como o hipocampo e a amígdala, diretamente associadas à resposta ao medo e à ansiedade, e sua ação nos receptores 5-HT1A, elementos que se coadunam com os modelos neurobiológicos contemporâneos sobre os transtornos ansiosos (Gurgel et al., 2019). Ao destacar o papel do farmacêutico na orientação ao uso da substância, o estudo aponta para a importância do acompanhamento clínico e do uso racional do CBD, especialmente em um contexto em que sua regulamentação ainda encontra entraves normativos (Nunes; Andrade, 2021). Além disso, o artigo chama atenção para a crescente busca por alternativas terapêuticas naturais entre adultos jovens, o que está de acordo com o aumento do diagnóstico de transtornos de ansiedade entre essa faixa etária (Carvalho et al., 2021). 

O trabalho de Bueno e Ortiz (2021), por sua vez, aprofunda a discussão sobre a aplicabilidade clínica do CBD em casos de transtornos de ansiedade social e de estresse pós-traumático, reunindo dados de estudos clínicos e pré-clínicos. Os autores destacam que o CBD demonstrou eficácia terapêutica em diferentes faixas etárias, com boa tolerância mesmo em doses elevadas, reforçando seu potencial como alternativa aos tratamentos convencionais. Isso é particularmente relevante quando se observa que os transtornos de ansiedade reduzem a qualidade de vida e representam importante fator de afastamento do trabalho e aumento de dependência de benefícios sociais (Sousa; Oliveira; Calou, 2018). 

Já Aguiar et al. (2023) destaca a atuação do CBD sobre estruturas cerebrais implicadas na regulação emocional, como a amígdala e o hipocampo, além de sua interação com os receptores CB1, CB2 e 5-HT1A. Esses achados estão em consonância com a literatura que associa os transtornos de ansiedade a desequilíbrios no funcionamento dessas áreas e receptores (Silva et al., 2017; Assis; Loura, 2022). Aguiar et al. (2023) evidenciam que, tanto em indivíduos saudáveis quanto em pacientes diagnosticados com transtornos ansiosos, o CBD promoveu redução da sintomatologia ansiosa em estudos clínicos que utilizaram doses entre 300 e 600 mg. No entanto, a revisão também aponta lacunas importantes, como a ausência de padronização quanto à duração do tratamento e à formulação farmacêutica, aspectos igualmente ressaltados na literatura quanto à complexidade do tratamento dos transtornos de ansiedade (Nunes; Andrade, 2021). 

A revisão desenvolvida por Rodrigues et al. (2024) reforça o entendimento de que o canabidiol atua sobre regiões cerebrais centrais para a regulação emocional, como a amígdala e o hipocampo, modulando circuitos associados à resposta ao medo. Essa conclusão dialoga com a descrição fisiopatológica dos transtornos de ansiedade enquanto distúrbios marcados por hiperatividade autonômica e desorganização cognitiva e comportamental diante de estímulos ambíguos, como apontado por Salustiano e Bortoli (2022). Os autores também ressaltam que o CBD contribui para a extinção de memórias traumáticas, um dado coerente com estudos sobre o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), onde o tratamento farmacológico tradicional costuma ser limitado por efeitos adversos importantes (Matos et al., 2017). A ausência de efeitos colaterais graves relatados por Rodrigues et al. reforça o potencial de segurança do CBD, mas a variabilidade nas formulações comerciais e na posologia compromete a previsibilidade terapêutica e reforça a necessidade de protocolos clínicos bem definidos, conforme também defendido por Assis e Loura (2022). 

O trabalho de Levada et al. (2024) confirma que o CBD apresenta múltiplos mecanismos de ação ansiolítica, destacando-se sua atividade nos receptores 5-HT1A, CB1 e TRPV1, além de efeitos epigenéticos que interferem na expressão gênica relacionada ao humor. Tais achados corroboram com as análises de Ortiz (2020), que situam a ansiedade como uma disfunção de múltiplos sistemas neuroquímicos e estruturais, e reforçam o papel do CBD como um modulador não apenas sintomático, mas potencialmente restaurador da homeostase cerebral. O estudo de Levada et al. também reforça os benefícios observados em simulações de fala pública, um tipo de experimento frequentemente utilizado para induzir ansiedade em laboratório e que está particularmente associado ao Transtorno de Ansiedade Social (Silva et al., 2017). Apesar das evidências favoráveis, o artigo destaca limitações importantes quanto à farmacocinética do CBD, como a variabilidade de resposta entre indivíduos e a indefinição da correlação entre dose, concentração plasmática e efeito clínico, como também advertido por Aguiar (2020). 

O relato de caso apresentado por Berger, Li e Amminger (2020) ilustra de forma clínica os potenciais efeitos do CBD em um paciente com transtorno de ansiedade social grave e sintomas psicóticos atenuados. O caso descrito se destaca por incluir um quadro psiquiátrico complexo e refratário às abordagens convencionais, incluindo antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental. A melhora progressiva após a introdução do CBD, com remissão de sintomas ansiosos, psicóticos e melhora na qualidade do sono, reafirma os achados experimentais sobre os múltiplos alvos terapêuticos do canabidiol (García-gutiérrez et al., 2020). Tais resultados são coerentes com a literatura que indica a ação do CBD sobre os receptores 5-HT1A e sua modulação do eixo HPA, aspectos diretamente implicados nos quadros de ansiedade e estresse crônico (Assis; Loura, 2022). A ausência de efeitos adversos relevantes, mesmo com doses elevadas (800 mg/dia), reforça o perfil de segurança da substância, algo frequentemente relatado nas revisões anteriores. 

A revisão conduzida por García-Gutiérrez et al. (2020) reforçam que o CBD interage com receptores como 5-HT1A e CB1, além de exercer regulação sobre o eixo hipotálamo hipófise-adrenal, mecanismo central na resposta ao estresse. Essa abordagem multifatorial é particularmente pertinente frente à apresentação heterogênea dos transtornos de ansiedade, que frequentemente coexistem com sintomas depressivos, conforme descrito por Nunes e Andrade (2021). O artigo também evidencia o diferencial do CBD em relação aos fármacos tradicionais, como os benzodiazepínicos, destacando seu menor risco de dependência e ausência de efeitos psicotrópicos (Carvalho et al., 2021). Apesar das limitações metodológicas identificadas nos estudos analisados, o trabalho posiciona o CBD como um composto com potencial para redefinir paradigmas terapêuticos, desde que respaldado por regulamentações e validações clínicas mais robustas, algo que ainda está em construção no Brasil (Gurgel et al., 2019).

Por fim, o estudo de Stanciu et al. (2021) reforça a distinção terapêutica entre os canabinoides, especialmente no que tange ao perfil de eficácia e segurança do CBD em comparação ao THC. A análise dos autores, baseada em ensaios clínicos com pacientes diagnosticados com ansiedade, depressão e PTSD, aponta que o CBD apresenta efeitos positivos na redução de sintomas ansiosos, mesmo quando administrado por períodos curtos. Esse achado está alinhado com o entendimento de que a ansiedade, como reação exacerbada ao medo e à imprevisibilidade, requer intervenções que atuem rapidamente sobre os circuitos neuronais disfuncionais, o que o CBD parece proporcionar de forma segura (Salustiano; Bortoli, 2022). A revisão, no entanto, também evidencia a necessidade de estudos mais extensos, com maior número de participantes e controle rigoroso de variáveis como dosagem e via de administração. O destaque para os efeitos colaterais associados ao THC, como aumento da ansiedade e sintomas psicóticos, reforça o argumento da literatura brasileira de que o CBD, por ser desprovido de efeitos eufóricos, representa uma alternativa mais viável e ética para o tratamento dos transtornos ansiosos (Ortiz, 2020). O estudo conclui que o potencial do CBD é relevante, mas sua consolidação terapêutica ainda depende da superação de barreiras metodológicas e regulatórias, o que também é apontado como desafio nas discussões sobre a política de saúde e medicamentos no Brasil (Nunes; Andrade, 2021).

4  CONCLUSÃO

A presente revisão integrativa teve como objetivo analisar, com base na literatura científica recente, o uso do canabidiol (CBD) no tratamento dos transtornos de ansiedade. Os achados dos dez estudos incluídos demonstram que o CBD apresenta um perfil terapêutico promissor, sobretudo pelos seus efeitos ansiolíticos observados em diferentes populações e protocolos experimentais. As evidências apontam que o composto atua por meio de mecanismos neurobiológicos bem estabelecidos, como a modulação dos receptores 5-HT1A, CB1 e CB2, bem como pela regulação de áreas cerebrais envolvidas na resposta ao medo e à ansiedade, como a amígdala, o hipocampo e o córtex pré-frontal.

Constatou-se que, em geral, os estudos destacam a eficácia do CBD na redução dos sintomas ansiosos, especialmente em quadros de Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno de Ansiedade Social e Transtorno de Estresse Pós-Traumático. A segurança do composto também se mostrou satisfatória, com baixa incidência de efeitos adversos graves, ainda que a variabilidade nas doses utilizadas e nas formulações empregadas represente um desafio para a padronização do tratamento. Apesar dos resultados encorajadores, os autores analisados foram unânimes em afirmar a necessidade de mais ensaios clínicos controlados, com maior número de participantes, protocolos homogêneos e acompanhamento de longo prazo, a fim de consolidar o uso do CBD como estratégia terapêutica segura e eficaz.

A análise crítica dos estudos evidencia, ainda, importantes lacunas a serem enfrentadas, como a escassez de pesquisas conduzidas no Brasil, as barreiras regulatórias que limitam o acesso ao CBD e a falta de padronização dos produtos comercializados. Essas limitações comprometem a implementação de condutas clínicas baseadas em evidências e dificultam o acompanhamento terapêutico dos pacientes. Portanto, torna-se urgente o fortalecimento das políticas públicas e sanitárias que viabilizem o uso racional do CBD, com base científica, em conformidade com as normativas nacionais e internacionais.

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1 Discente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Santa Maria – UNIFSM, E-mail: rayuskalorrany2013@gmail.com.
2 Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Santa Maria – UNIFSM. E-mail: raquelcasimiro2018@gmail.com.
3 Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Santa Maria – UNIFSM. E-mail: annekarolynne11@gmail.com.
4 Docente orientador do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Santa Maria – UNIFSM. E-mail: yurim_pereira@hotmail.com.