EFEITOS COLATERAIS E A UTILIZAÇÃO DE PÍLULA DO DIA SEGUINTE POR UNIVERSITÁRIAS DO CURSO DE FARMÁCIA EM UMA UNIVERSIDADE PARTICULAR EM SANTARÉM -PA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10752286


Alessandra Odaira Reinheimer Da Silva
Dalcilene Silva Pereira
Lucielle Da Silva Lopes
Orientador(a): Esp. Jacqueline Parente de Sousa


RESUMO

Introdução: A contracepção de emergência (CE) conhecida como pílula do dia seguinte, é um contraceptivo que deve ser ingerido até 72 horas após o ato sexual. O CE tem indicação reservada a situações especiais ou exceções, com o objetivo de prevenir gravidez inoportuna. A ação farmacológica é eficaz, no entanto, se utilizada por um longo período, o Levonorgestrel pode desenvolver problemas à saúde da mulher, como: câncer de mama, colo uterino, infertilidade ou até uma possível gravidez. Assim, seu uso deve ser restrito e com auxílio médico para as orientações cabíveis. Objetivo: Avaliar os efeitos colaterais e os motivos que levam as universitárias do curso de farmácia a fazer uso da pílula do dia seguinte. Materiais e métodos: Utilizou-se uma pesquisa de campo em um estudo desenvolvido de natureza observacional, quantitativo e descritivo sobre   os efeitos colaterais e a utilização de pílula do dia seguinte. Aprovada pelo Comitê de Ética sob aprovação número do parecer: 5.609.471.  A população pesquisada foram alunas matriculadas no 4º, 6º, 8º e 10° semestre o curso de Farmácia maiores de 18 anos que já fizeram uso desse método. Não participaram da pesquisa alunas matriculadas menores de 18 anos e alunas matriculadas que não estavam presentes no dia da aplicação dos questionários. Resultados: O principal motivo que levam as acadêmicas ao uso do CE e a não utilização do uso de preservativos sendo (34,75%). Constatou-se que os efeitos adversos causados são: (17,89%) náuseas, (8,69%) apresentaram sangramentos, (46,73%) irregularidade menstrual e (13,04%) apresentaram outros efeitos. Considerações Finais. Nota-se que todas as acadêmicas apresentam efeitos adversos ao uso do medicamento e fazem uso pela não utilização de outros métodos de evitar a gravidez, além de não se proteger de infecções sexualmente transmissíveis devido ao não uso do preservativo.

Palavras-chave: Pílula do dia seguinte. Efeitos colaterais. Contracepção de Emergência

RESUME

Introduction: Emergency contraception (EC), known as the morning-after pill, is a contraceptive that must be taken within 72 hours after sexual intercourse. CE is reserved for special situations or exceptions, with the aim of preventing untimely pregnancies. The pharmacological action is effective, however, if used for a long period, Levonorgestrel can develop problems for women’s health, such as: breast cancer, cervical cancer, infertility or even a possible pregnancy. Therefore, its use must be restricted and with medical assistance for appropriate guidance. Objective: To evaluate the side effects and reasons that lead university students studying pharmacy to use the morning-after pill. Materials and methods: Field research was used in an observational, quantitative and descriptive study on the side effects and use of the morning-after pill. Approved by the Ethics Committee under approval opinion number: 5,609,471. The population researched were students enrolled in the 4th, 6th, 8th and 10th semester of the Pharmacy course over 18 years of age who had already used this method. Enrolled students under the age of 18 and enrolled students who were not present on the day the questionnaires were administered did not participate in the research. Results: The main reason that leads students to use EC is not using condoms (34.75%). It was found that the adverse effects caused were: (17.89%) nausea, (8.69%) had bleeding, (46.73%) menstrual irregularity and (13.04%) had other effects. Final considerations. It is noted that all students have adverse effects when using the medication and use other methods to avoid pregnancy, in addition to not protecting themselves from sexually transmitted infections due to not using condoms.

Keywords: Morning after pill. Side effects. Emergency Contraception

1. INTRODUÇÃO

          O método Contraceptivo Emergencial (CE) surgiu ao longo da década de 60 e 70, por meio de estudos realizados pelo médico Canadense Albert Yuzpe. Na sua observação continha princípio ativo a base de progestogênio oral e, em seguida sendo comercializado na época com intuito de impedir a gravidez adquirida por violência sexual. Entretanto, a utilização deste medicamento era pouca e sua eficácia no mercado levou mais de 30 anos para       se consolidar (PORTELA, 2015).

            O AE (Anticoncepção de Emergência) entrou para lista de fármacos da Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 1995, como medicamento essencial para evitar uma gravidez indesejada. Porém, diferente de outros métodos anticonceptivos, o AE tem indicação reservada a situações especiais ou exceção, com o objetivo de prevenir gravidez inoportuna. A partir do ano de 1996, o Ministério da Saúde fez a inclusão desse medicamento no Brasil, mas, sua comercialização iniciou a partir do ano de 1999 (MEDEIROS, 2019).

            A ação farmacológica é eficaz, no entanto se utilizado por um longo período, o Levonorgestrel pode desenvolver problemas na saúde da mulher como: câncer de mama, câncer do colo uterino e até a infertilidade ou uma possível gravidez, assim seu uso deve ser sob prescrição médica (RIBEIRO; SILVA; BARROS, 2020).

           O comprimido de AE deve ser ingerido com intervalos de 12 horas ou em pílula de dosagem única, sua faixa de maior proteção está nas primeiras 48 horas após o ato sexual, em perfeição, ela é indicada até 72 horas, não havendo nenhum tipo de contraindicação ou restrição de idade para o uso da pílula, é importante salientar que seu uso deve ser apenas emergencial (SILVA; PILLATI, DAL PIVA, 2021).

           Observa-se que o uso da AE vem sendo utilizado com bastante frequência pelas adolescentes, o uso desse medicamento não deve ser de uso contínuo. Contudo, estão sendo utilizadas de forma exagerada e inadequada por jovens, causando uma preocupação constante devido à pílula conter uma alta concentração de hormônio, acarretando assim, riscos ao organismo e a uma possível gravidez futura devido ao excesso do consumo (MOURO; GONÇALVES, 2021).

           Assim, cabe salientar da importância de ter trabalhado a temática de levar conhecimento a comunidade acadêmica, a quem faz uso ou pretende utilizar a pílula do dia seguinte demonstrando os motivos que levam ao uso e os efeitos colaterais causado pela utilização do medicamento. Portanto, a orientação de um profissional especializado no assunto deve sempre ser consultado para utilização de forma eficaz e segura, pois a saúde de uma mulher deve ser a base para que ela possa ter uma vida saudável sem prejuízos futuros.

    3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

  • Avaliar os motivos que levam as universitárias do curso de Farmácia da UNAMA Santarém-PA a fazer uso da pílula do dia seguinte.

3.2 ESPECÍFICOS

  • Avaliar a frequência de uso da pílula do dia seguinte pelas universitárias do curso de Farmácia da UNAMA, Santarém/PA e discorrer sobre seu uso.
  • Descrever se houve a indicação médica para a utilização da pílula do dia seguinte pelas universitárias do curso de Farmácia da UNAMA, Santarém/PA e relatar de que forma a CE foi adquirida.
  • Discutir os efeitos colaterais causados pelo uso frequente da pílula do dia seguinte.

   4. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo consiste em uma pesquisa de campo de natureza observacional, quantitativo e descritivo, denominada Efeitos Colaterais e a Utilização da Pílula do dia Seguinte por   Universitárias do curso de Farmácia em uma universidade particular – Santarém-Pa, aprovada pelo Comitê de Ética em pesquisa do Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU, sob aprovação número do CAAE: 62557922.0.0000.5193 e número do parecer: 5.609.471 está fundamentada na Resolução nº 466, de dezembro de 2012, considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devida aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humano. O primeiro passo, as alunas pesquisadoras marcarão junto à coordenação do curso de Farmácia as datas para a aplicação do questionário em salas de aula.

           Para o desenvolvimento do estudo foi realizado uma pesquisa de campo que consiste em um estudo desenvolvido de natureza observacional, quantitativo e descritivo, realizada no Centro Universitário da Amazônia – UNAMA, localizada na cidade de Santarém-Pa, as participantes da pesquisa foram acadêmicas matriculadas no curso de farmácia.

          As participantes desta pesquisa foram acadêmicas matriculadas no 4º, 6º, 8º E 10º semestre curso de Farmácia do Centro Universitário da Amazônia – UNAMA, que aceitaram participar da pesquisa sendo maiores de 18 anos que já fizeram uso da pílula do dia seguinte.

          A coleta de dados correu por meio da aplicação de um questionário formulado pelas pesquisadoras do estudo no qual não consta informações pessoais como (nome, endereço) para garantir a privacidade e o anonimato das participantes e possui 09 perguntas fechadas sobre o uso da pílula do dia seguinte conforme (Apêndice A). A coleta ocorreu em um mês de forma presencial, em que as pesquisadoras foram na sala de aula elencar a importância da pesquisa e disponibilizam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento (TCLE) (APÊNDICE B).

Foram utilizados dados estatísticos calculado o tamanho da amostra (participantes da pesquisa), organizados e tabuladas no programa do Microsoft Excel 2003 foi avaliado estatísticas percentuais e os resultados foram expostos por meio de gráficos em formato de pizza.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram distribuídos 100 questionários entre acadêmicas do curso de farmácia das quais 92 acadêmicas voluntárias com idade superior à de 18 anos responderam os questionários que foram distribuídos entre as alunas matriculadas.

As distribuições dos questionários foram entre as acadêmicas que cursam farmácia das quais 31,52% das participantes estudam no 4° semestre, e 23,91% das acadêmicas que responderam o questionário estudam no 6° semestre, e apena 18,48% estão cursando o 8° semestre e 26,09% cursa 10° semestre no (Gráfico 1).

Gráfico 01 – Semestre letivo das pesquisadas

Fonte: Autoras (2022).

É importante destacar que o questionário é um instrumento útil para coletar informações de pesquisa, os quais podem fornecer dados estruturados, podendo ser administrado muitas vezes sem a presença do pesquisador (RAMOS et al., 2018).

Das 100 acadêmicas matriculadas no curso de Farmácia que responderam quando questionada se já fez uso da pílula do dia seguinte, 73,91%  responderam que já fizeram uso e 26,08% responderam não ter feito uso, em que verifica-se em um determinado momento da vida sexual ativa a maioria já havia utilizado o método como demostrado no (Gráfico 2).

Gráfico 02 – Você já fez uso da pílula do dia seguinte?

   Fonte: Autoras (2022).

 Segundo dados da pesquisa de Medeiros (2019), sobre o uso da pílula do dia seguinte por estudantes Universitárias, 27 estudantes responderam aos questionários, sendo que 22 declararam já ter feito uso da pílula e 05 nunca haviam feito uso. Já na pesquisa de Vieira et al. (2018), foram entrevistadas 158 acadêmicas da área da saúde, onde 117 (74%) das universitárias responderam que já fizeram uso da pílula do dia seguinte, e 41 (26%) responderam que nunca fizeram o uso da CE. Assim como a pesquisa atual os dados mostram que a maioria das mulheres já fizeram uso do medicamento em um determinado momento da vida sexual.

Segundo Cavalcante et al. (2016), o CE é um método usado em casos especiais e de emergência, portanto, a mulher não deve fazer uso desse medicamento com frequência, devido sua alta taxa de concentração hormonal na sua composição, pois assim ele perde sua eficácia, aumentando o risco de gravidez em que o mesmo foi criado com a finalidade de evitar uma gravidez inoportuna, nos casos de estupro, rompimento do preservativo ou falha de outros métodos contraceptivos, porém, deve ser tomada até 72 horas após o ato sexual.

Sobre a faixa etária das acadêmicas, onde 100% responderam à pesquisa. Entre as entrevistadas 46,75% foram entre 18 a 23 anos, 30,43% entre 24 a 30 anos, 22,82% entre 31 a 40 anos e nenhuma acima de 40 anos (Gráfico3).

Gráfico 03 – Faixa Etária das pesquisadas?

  Fonte: Autoras (2022).

            Nos estudos de Ribeiro, Silva e Barros (2020), a idade mínima para participar da pesquisa era de 18 anos. O público pode observar que as alunas que fizeram uso CE com maior porcentagem foram as faixas etárias entre 20 a 30 anos, com 41,86% do total, corroborando com dados da pesquisa apresentada.

            Nos últimos anos a vida sexual ativa dos jovens no Brasil, vem ganhando destaque, pois existem vários meios de se prevenir, mas os jovens se preocupam mais com a gravidez  do que com as Infecções Sexualmente Transmissíveis, o que leva a fazerem o uso de forma abusiva da pílula do dia seguinte e não se preocupando com os efeitos adversos que o medicamento acarreta (VIEIRA et al., 2018).

            Das 92 acadêmicas matriculadas no curso de Farmácia 73,91% quando questionadas sobre quantas vezes fez uso da pílula do dia seguinte, 17,39% responderam uma vez, 53% responderam duas vezes ou mais vezes e 3,26% responderam que fazem uso frequentemente (Gráfico 4).

Gráfico 04 – Quantas vezes você fez uso da pílula do dia seguinte?

 Fonte: Autoras (2022).

             Segundo Medeiros ( 2019), revela em sua pesquisa que o uso da pílula do dia seguinte por estudantes universitárias do curso de Graduação em Farmácia e em Ciências socias da Universidade Federal  de Santa Catarina (UFSC), demonstraram resultados que as universitárias já haviam feito o uso da pílula do dia seguinte  uma ou duas vezes na vida sexual, demonstrando que o método se faz presente  no planejamento reprodutivo das mulheres e que o local de acesso do CE são farmácias comercias devido ao fácil acesso.

Das 92 acadêmicas de farmácia que responderam ao questionário da pesquisa, 80,43 % acadêmicas responderam quando questionada sobre o motivo do uso da pílula do dia seguinte, observa-se que 34,79% utilizaram a pílula do dia seguinte devido ao sexo sem preservativo, 27,17% usaram por não está fazendo uso de outro método contraceptivo, 4,34% por falha no uso de anticoncepcional, 5,44% devido a coito interrompido, 8,69% fizeram uso por outros motivos e nenhuma acadêmica fez uso devido a violência sexual (Gráfico 5).

Gráfico 05 – Motivo do uso da pílula do dia seguinte pelas pesquisadas?

Fonte: Autoras (2022).

              Após o ato sexual sem os devidos cuidados para prevenir a gravidez, a anticoncepção de emergência (AE) ou pílula do dia seguinte é um método contraceptivo que pode ser utilizado para evitar a gravidez indesejada após o ato sexual, visto a não utilização de outros métodos contraceptivos no ato sexual ou antes do ato (COSTA et al., 2021). Desta forma observa-se que a pílula do dia seguinte foi utilizada pelas participantes da pesquisa dentro dos critérios indicação de uso.

Evidencia-se na pesquisa que o principal motivo que levam ao uso da pílula do dia seguinte é devido relação sexual sem preservativo de 32 (34,79%) de 80,43% das entrevistadas. Segundo Pereira et al. (2021), revela que o motivo de 88,89 % das entrevistadas fez o uso do CE é devido ao sexo sem camisinha. O que chama a atenção, pois a falta do preservativo pode gerar riscos à saúde da mulher, pois este é o método mais seguro que pode evitar as ISTs.

           Utilização de preservativos tanto masculino e feminino é um método de prevenir a gravidez, é o mais eficaz contra as ISTs, sendo assim de grande importância para que mulheres em vida sexual ativa façam o uso da pílula do dia seguinte de forma mais consciente (LEITÃO, 2016).

            Em estudos realizados sobre a prática contraceptivas entre jovens universitárias: O uso da Anticoncepção de Emergência, as razões para o uso incluem 35,3% dos homens e 15,8% das mulheres não estavam usando qualquer outro método de contracepção em que a CE foi utilizada. Verifica-se na pesquisa que 27,17 % das acadêmicas utilizaram o CE foi por não estarem fazendo uso de outro método contraceptivo, sendo segundo motivo do uso do CE. Outro motivo relatado no presente estudo foi pela falha no uso do anticoncepcional 4,34% (BORGES et al., 2010).

Das 92 acadêmicas que participaram da pesquisa somente 75 % responderam sobre quem fez a indicação da pílula do dia seguinte. No (gráfico 6), observa-se que 60,87 % das acadêmicas fizeram uso da pílula do dia seguinte por uso próprio, 2,18% prescrição médica, 8,69% prescrição do Farmacêutico e 3,26% fizeram uso por outras indicações (Gráfico 6).

Gráfico 06 –Quem fez a Indicação da pílula do dia seguinte?

Fonte: Autoras (2022).

             Fazendo um comparativo com a pesquisa realizada por Leitão (2016), da Universidade Federal do Maranhão, constatou-se que das 310 entrevistadas, apenas 91 ( 29,35%) que corresponde 100 % responderam que adquiriu e fizeram uso do CE sem prescrição médica e apenas 26,4%, receberam a orientação na hora da compra, usando assim o medicamento por conta própria, o que constata-se a equiparação da pesquisa realizada.

            Para Rabelo et al. (2021), afirma que a procura pela pílula de emergência, é algo muito comum entre as mulheres de todas as classes sociais devido a facilidade em adquiri-lo em farmácias e drogarias já que é dispensável o receituário médico para a aquisição deste medicamento. Ainda vale ressaltar que o uso indiscriminado deste medicamento pode comprometer a saúde da mulher, levando a sérias complicações, desta forma, percebe-se que o uso de preservativos, mesmo sendo pouco utilizado ainda é o método mais seguro para evitar uma gravidez indesejada sem o uso irracional da CE.

           Segundo Pêgo, Chaves e Morais (2021), em sua pesquisa com profissional farmacêutico revelou que CE um método cada vez mais utilizado por mulheres de forma regular e não sendo utilizado para fim emergencial, o que gera um alerta sobre o papel do farmacêutico na orientação e dispensação deste medicamento que está cada vez mais presente    na vida das mulheres.

          Das 92 acadêmicas participante da pesquisa apenas 86,35% acadêmicas responderam quando questionada sobre os efeitos colaterais ao fazer uso da pílula do dia seguinte onde constata-se que 17,89% sentiram náuseas, 8,69% apresentaram sangramentos, 46,73% irregularidade menstrual e 13,04% outros efeitos (Gráfico 7).

     Gráfico 07 – Efeitos colaterais sentidos pelas pesquisadas que fizeram uso da pílula do dia seguinte?

 Fonte: Autoras (2022).

Na pesquisa de Santos e Caires (2021), sobre risco do uso de contraceptivos orais e de emergência revela que das mulheres que participaram da pesquisa 35% sentiram dores de cabeça, 17% retenção de liquido e 48% náuseas, sendo este o de mais prevalência, fazendo um comparativo com esta pesquisa o principal efeito apresentado foi a irregularidade menstrual 46,73% o segundo efeito constatado  foi náuseas com 17,89%. O que se constata na pesquisa de Ribeiro, Silva e Barros (2020), entre os sintomas apresentados pelas alunas usuárias da pílula de emergência da escola EEEFM 4 de quatro de janeiro em Porto Velho/RO são a mudança no período menstrual.

Segundo Portela (2015), o uso do CE pode alterar o ciclo menstrual e causar náuseas, fraqueza, tontura, acne, dor de cabeça, sensibilidade mamária, perda do desejo sexual e depressão. Diante disso, Rabelo et al. (2021), afirma que o uso da pílula de emergência, é algo muito comum entre as mulheres de todas as idades, mesmo oferecendo alguns efeitos colaterais que podem prejudicar a saúde das mulheres.

Das 92 acadêmicas que participaram da pesquisa responderam apenas 78,25 % quando questionadas se foi informada sobre os riscos e as reações adversas da pílula do dia seguinte 45,65% responderam que sim e 32,60% responderam que não foram informadas (Gráfico 8).

Gráfico 08 – Você foi informada sobre o uso, os riscos e as reações da pílula do dia seguinte?

Fonte: Autoras (2022).

              De acordo com Santos e Caires (2021), relatam que 31% das mulheres que utilizaram foram informadas sobre o uso e as reações que o contraceptivo pode vir a causar a saúde e 69% que fizeram uso não tiveram qualquer informação. Fazendo um comparativo com esta pesquisa constata-se que ainda é grande o número de mulheres que fazem uso da pílula do dia seguinte não recebe qualquer informação sobre a forma de uso e as reações adversas que este pode causar a saúde.

A vergonha, o nervosismo e até mesmo a pressa fazem com que os clientes na hora da compra não receberem as devidas informações sobre seu uso correto. A falta de conhecimento e a não leitura da bula são fatores que contribuem com o consumo demasiado desse método contraceptivo, fazendo o seu uso frequente, se não, repetidas vezes no mês (RIBEIRO; SILVA; BARROS, 2020).

            Das 92 acadêmicas participantes da pesquisa 84,77% acadêmicas responderam a quando questionada sobre os conhecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte pode fazer alterações no organismo como câncer de mama, câncer de útero e infertilidade, devido a uso frequente e 4,34% responderam não ter conhecimento (Gráfico 9).

Gráfico 09 – O uso da pílula do dia seguinte pode fazer alterações no organismo como câncer de mama, câncer de útero e infertilidade, devido a seu uso frequente?

Fonte: Autoras (2022).

           Fazendo uma comparativo com a pesquisa de  Pereira et al. (2021), sobre a avaliação do Uso da Contracepção de Emergência em Bairros da Periferia do Estado de São Paulo, revela em sua pesquisa que 44,44% das mulheres possui conhecimento ao utilizar o Contraceptivo de Emergência e 55,56% não possui conhecimento dos riscos causados a saúde devido ao uso do  CE, o que difere com a pesquisa realizada, visto que a maiorias das acadêmicas do curso de farmácia conhecem os danos que o CE pode causar a saúde das mulheres devido a maneira continua.

           Dos 100 questionários aplicados, 92% das acadêmicas matriculadas no curso de Farmácia optaram por participar da pesquisa e 8% não aceitaram participar. As acadêmicas que responderam o questionário da pesquisa sobre sua experiencias com o uso da pílula do dia seguinte contribuíram para esta pesquisa e pesquisas futuras. As acadêmicas optaram por não participar da pesquisa pode ter sido por algum motivo como: vergonha, medo de se expor ou até mesmo não querer participar (Gráfico 10).

Gráfico 10 – Números de participantes e não participantes da pesquisa?

Fonte: Autoras (2022).

6. COSIDERAÇÕES FINAIS

Diante disso conclui-se que o CE é conhecido e utilizado pelas acadêmicas, e sugere-se que haja mais pesquisas que relatem os riscos causados a saúde da mulher ao uso CE e pela não utilização de outros métodos para não só evitar a gravidez, mas também evitar infecções sexualmente transmissíveis.

Desta forma para que o CE venha ser utilizado de forma adequada e segura, há necessidades de medidas afetivas, como a orientação de um profissional farmacêutico que é de extrema importância na hora da aquisição do medicamento, pois com suas orientações a mulher saberá como e quando poderá fazer a utilização do contraceptivo e quais os possíveis efeitos colaterais esse medicamento pode ocasionar.

As ações em escolas também devem ser promovidas, levando a informação para as estudantes jovens que futuramente poderão fazer o uso da contracepção de emergência, porém com as devidas orientações de uso de forma segura e consciente dos riscos que o CE pode causar a saúde da mulher.  

7. REFERÊNCIAS

BORGES, A.L; FUJIMORI, E; HOGA, L.A; CONTIN,M.V. Práticas contraceptivas entre jovens universitários: o uso da anticoncepção de emergência. Cadernos de Saúde Pública, v. 26, p. 816-826, Rio de Janeiro, 2010.

CAVALCANTE, M.S, SOARES, M.A, FEIJÓ, C.M, FONTELES, M.F. Perfil de utilização de anticoncepcional de emergência em serviços de atendimento farmacêutico de uma rede de farmácias comunitárias. Eletronic Journal of Pharmacy, v. XIII, n. 3, p. 131-139, 2016.

COSTA, W.R; PLUGLIESE, F.S; SILVA, M,S; ANDRADE, L.G. Pílula do dia seguinte: importância da atenção farmacêutica no uso de contracetivo de emergência para as adolescentes. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 8, p. 932-940, 2021.

LEITÃO, K.R.S. Conhecimento e utilização da anticoncepção de emergência entre os acadêmicos da Universidade Federal do Maranhão. Monografia (graduação). São Luís 2016.

MEDEIROS, M.F. O uso da pílula do dia seguinte por estudantes Universitárias. Trabalho de Conclusão de Curso (Farmácia), Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019.

 MOURO, L.B; GONÇALVES, K.. O uso moderado do contraceptivo de emergência por mulheres jovens. Research, Society and Development, v. 10, n. 15, 2021.

PEREIRA, A.C; BISBO, E.S; XAVIER, G.N; FERNADES, A.B. Avaliação do uso da contracepção de emergência em bairros da periferia do estado de São Paulo. Research, Society and Development, v. 10, n. 15, e34101522409, 2021

PÊGO, A.C; CHAVES, S.S; MORAIS, Y.J. A falta de informação e os possíveis riscos sobre o uso exagerado da pílula do dia seguinte (levonorgestrel). Research, Society and Development, v. 10, n. 12, 2021.

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REBELO, G; AMORIM, J; SANTOS,L; MATIAS, P. Uso indiscriminado da pílula do dia seguinte e a importância da informação para as usuárias: uma revisão sistemática. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 6, p. 27802-27819, 2021.

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VIEIRA, G.V. Fatores associados ao uso abusivo do Contraceptivo de Emergência e seus efeitos indesejados em acadêmicas da área da saúde de uma Faculdade de Ariquemes Rondônia. Faculdade de Educação e Meio Ambiente. Arquimedes- RO,2018.


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