CARDIOVASCULAR EFFECTS OF PROLONGED USE OF PSYCHOSTIMULANTS IN CHILDREN WITH ADHD: A BRIEF LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202505221648
Daiane Aparecida Dezordi Coimbra
Esthefane Souza da Silva
Raísa Oliveira Cerqueira
Suely Gomes de Jesus
Tiago Henrique Sousa Carvalho
Vanessa Simioni Couto
Orientador: Luciano de Oliveira Souza Tourinho
RESUMO
INTRODUÇÃO. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos distúrbios neuropsiquiátricos mais prevalentes na infância, com estimativas globais variando entre 5% e 7% da população pediátrica. O tratamento farmacológico, sobretudo com psicoestimulantes como o metilfenidato e a anfetamina, constitui a primeira linha de intervenção em muitos casos, por sua eficácia comprovada na redução dos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Apesar dos benefícios terapêuticos, cresce a preocupação quanto à segurança do uso prolongado desses medicamentos, especialmente no que diz respeito aos efeitos cardiovasculares. Estudos demonstram que os psicoestimulantes podem levar a aumentos modestos, porém significativos, da pressão arterial e da frequência cardíaca, o que levanta questões sobre o risco potencial de eventos adversos em crianças com predisposição cardiovascular. A compreensão desses riscos é essencial para orientar condutas clínicas seguras, incluindo a triagem pré-tratamento, o monitoramento contínuo e a individualização da terapia. Diante disso, esta breve revisão de literatura tem como objetivo explorar os principais achados científicos sobre os efeitos cardiovasculares associados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças com TDAH, destacando implicações clínicas e recomendações atuais de segurança. OBJETIVOS. O presente estudo tem como objetivo principal analisar os efeitos cardiovasculares associados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por meio de uma revisão da literatura científica recente. De forma específica, busca-se: investigar os principais achados científicos relacionados a alterações na pressão arterial, frequência cardíaca e outros parâmetros cardiovasculares decorrentes do uso contínuo de medicamentos psicoestimulantes, como metilfenidato e anfetaminas, na população pediátrica; avaliar os riscos cardiovasculares potenciais em crianças com predisposição a doenças cardíacas ou com histórico familiar relevante, no contexto do tratamento com psicoestimulantes; apontar diretrizes clínicas e recomendações atuais sobre a monitorização cardiovascular durante o tratamento de crianças com TDAH, com base em estudos e posicionamentos de sociedades científicas; contribuir para a reflexão sobre a segurança a longo prazo do uso desses fármacos em crianças, fornecendo subsídios para a prática clínica e tomada de decisão terapêutica por parte de médicos, pais e responsáveis. JUSTIFICATIVA. Diversos estudos vêm relatando aumentos discretos, porém consistentes, na pressão arterial e na frequência cardíaca de crianças em uso prolongado de psicoestimulantes. Embora tais alterações sejam geralmente consideradas seguras em pacientes saudáveis, há riscos potenciais quando se trata de indivíduos com predisposição genética, histórico familiar de doenças cardiovasculares ou condições subclínicas não diagnosticadas. Diante desse cenário, torna-se essencial investigar os possíveis riscos associados ao uso contínuo desses fármacos durante a infância, fase crítica do desenvolvimento fisiológico e neurológico. Do ponto de vista científico, esta pesquisa contribui para o aprofundamento do conhecimento sobre os efeitos adversos de medicamentos amplamente utilizados na prática clínica, fortalecendo a base de evidências necessária para guiar condutas seguras e eficazes. Em termos de importância social, o estudo fornece informações relevantes para profissionais de saúde, pais e educadores, promovendo o uso racional de medicamentos e o acompanhamento adequado de crianças em tratamento, com foco na prevenção de complicações cardiovasculares. Já a importância acadêmica reside na formação crítica do estudante-pesquisador, ao permitir o desenvolvimento de habilidades de análise, revisão de literatura científica e compreensão dos impactos reais das decisões terapêuticas na saúde pública. Assim, esta pesquisa justifica-se não apenas pela relevância clínica do tema, mas também pelo seu potencial de gerar impacto na prática médica, orientar políticas de saúde e fomentar a produção de conhecimento acadêmico voltado à segurança farmacológica na infância. MATERIAIS E MÉTODOS. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, com abordagem descritiva e qualitativa, sem sistematização dos resultados. Para isso, utilizou-se bases de dados online nacionais e internacionais Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), U.S National Library os Medicine (PubMed), e Google Acadêmico. A pesquisa tem por objetivo analisar, por meio de uma revisão de literatura, os efeitos cardiovasculares associados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com foco na identificação de possíveis riscos e implicações clínicas. RESULTADOS/DISCUSSÃO. Com tal pesquisa de dados espera-se encontrar os efeitos cardiovasculares do uso prolongado de psicoestimulantes em crianças com TDAH. A discussão envolve a importância do monitoramento individualizado, especialmente em crianças que apresentam outros fatores de risco, como obesidade, sedentarismo ou uso concomitante de outros medicamentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Este estudo tem como objetivo compreender os efeitos cardiovasculares associados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Para isso, entre o final de 2024 e o ano de 2025, serão coletadas informações atualizadas e fundamentadas cientificamente sobre o tema, com a finalidade de garantir a credibilidade, relevância e eficácia da pesquisa. Após a análise e organização dos dados, os resultados serão redigidos em formato acadêmico e submetidos para publicação em revista científica ao longo de 2025.
Palavras-chave: Neurodesenvolvimento. TDAH. Psicoestimulante. Cardiovascular. Criança.
ABSTRACT
Introducion. Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is one of the most prevalent neuropsychiatric disorders in childhood, with global estimates ranging from 5% to 7% of the pediatric population. Pharmacological treatment, especially with psychostimulants such as methylphenidate and amphetamine, is the first line of intervention in many cases, due to its proven efficacy in reducing symptoms of inattention, hyperactivity, and impulsivity. Despite the therapeutic benefits, there is growing concern about the safety of prolonged use of these medications, especially with regard to cardiovascular effects. Studies show that psychostimulants can lead to modest but significant increases in blood pressure and heart rate, which raises questions about the potential risk of adverse events in children with cardiovascular predisposition. Understanding these risks is essential to guide safe clinical practices, including pretreatment screening, ongoing monitoring, and individualization of therapy. Therefore, this brief literature review aims to explore the main scientific findings on the cardiovascular effects associated with the prolonged use of psychostimulants in children with ADHD, highlighting clinical implications and current safety recommendations. Objectives. The main objective of this study is to analyze the cardiovascular effects associated with the prolonged use of psychostimulants in children diagnosed with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD), through a review of recent scientific literature. Specifically, we seek to: investigate the main scientific findings related to changes in blood pressure, heart rate and other cardiovascular parameters resulting from the continuous use of psychostimulant medications, such as methylphenidate and amphetamines, in the pediatric population; assess potential cardiovascular risks in children with a predisposition to heart disease or with a relevant family history, in the context of treatment with psychostimulants; point out clinical guidelines and current recommendations on cardiovascular monitoring during the treatment of children with ADHD, based on studies and positions of scientific societies; contribute to the reflection on the long-term safety of the use of these drugs in children, providing support for clinical practice and therapeutic decision-making by physicians, parents, and guardians. Justification. Several studies have reported discrete but consistent increases in blood pressure and heart rate in children who have taken psychostimulants for a long time. Although such changes are generally considered safe in healthy patients, there are potential risks when it comes to individuals with a genetic predisposition, family history of cardiovascular disease, or undiagnosed subclinical conditions. Given this scenario, it is essential to investigate the possible risks associated with the continued use of these drugs during childhood, a critical phase of physiological and neurological development. From a scientific point of view, this research contributes to the deepening of knowledge about the adverse effects of drugs widely used in clinical practice, strengthening the evidence base necessary to guide safe and effective conduct. In terms of social importance, the study provides relevant information for health professionals, parents, and educators, promoting the rational use of drugs and the adequate monitoring of children undergoing treatment, with a focus on preventing cardiovascular complications. The academic importance lies in the critical training of the student-researcher, as it allows the development of analytical skills, review of scientific literature and understanding of the real impacts of therapeutic decisions on public health. Thus, this research is justified not only by the clinical relevance of the topic, but also by its potential to generate an impact on medical practice, guide health policies and promote the production of academic knowledge focused on pharmacological safety in childhood. Methodology. This is a narrative literature review, with a descriptive and qualitative approach, without systematization of the results. For this, national and international online databases were used: Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), U.S National Library of Medicine (PubMed), and Google Scholar. The research aims to analyze, through a literature review, the cardiovascular effects associated with the prolonged use of psychostimulants in children diagnosed with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD), focusing on identifying possible risks and clinical implications. Results/discussion. With such data research, it is expected to find the cardiovascular effects of the prolonged use of psychostimulants in children with ADHD. The discussion involves the importance of individualized monitoring, especially in children who have other risk factors, such as obesity, sedentary lifestyle or concomitant use of other medications. Conclusion. This study aims to understand the cardiovascular effects associated with the prolonged use of psychostimulants in children diagnosed with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD). To this end, between the end of 2024 and the year 2025, updated and scientifically based information on the topic will be collected, with the aim of ensuring the credibility, relevance and effectiveness of the research. After analyzing and organizing the data, the results will be written in an academic format and submitted for publication in a scientific journal throughout 2025.
Keywords: Neurodevelopment. ADHD. Psychostimulant. Cardiovascular. Child.
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica comum na infância, caracterizada por sintomas persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade. O tratamento farmacológico, especialmente com psicoestimulantes como o metilfenidato e as anfetaminas, é amplamente utilizado devido à sua eficácia na redução dos sintomas centrais do transtorno.
Entretanto, o uso prolongado desses medicamentos em crianças tem levantado preocupações quanto aos possíveis efeitos adversos, particularmente no sistema cardiovascular. Estudos indicam que psicoestimulantes podem causar aumentos modestos na pressão arterial e na frequência cardíaca, além de prolongamento do intervalo QT, alterações que, embora geralmente bem toleradas, podem representar riscos em indivíduos com predisposição cardiovascular.
Além disso, pesquisas sugerem que o risco de doenças cardiovasculares pode aumentar com a duração do uso desses medicamentos, especialmente nos primeiros anos de tratamento. Apesar dessas evidências, há uma escassez de estudos de longo prazo que avaliem de forma abrangente os impactos cardiovasculares do uso contínuo de psicoestimulantes em populações pediátricas.
Diante desse cenário, torna-se essencial investigar os efeitos cardiovasculares associados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças com TDAH, visando identificar possíveis riscos e implicações clínicas. Tal investigação é fundamental para embasar práticas terapêuticas mais seguras e individualizadas, garantindo o equilíbrio entre os benefícios do tratamento e a minimização de potenciais efeitos adversos à saúde cardiovascular infantil.
Esta pesquisa se delimita à análise dos efeitos cardiovasculares do uso prolongado de psicoestimulantes, especificamente metilfenidato e lisdexanfetamina, em crianças com diagnóstico de TDAH, com idade entre 6 e 12 anos. A investigação será conduzida por meio de revisão de literatura científica publicada entre os anos de 2013 e 2024, abrangendo artigos indexados em bases de dados reconhecidas, como PubMed, Scopus, SciELO e Web of Science. Não serão incluídos estudos com populações adolescentes, adultas ou com comorbidades psiquiátricas significativas que possam interferir nos desfechos cardiovasculares. Também serão excluídos artigos que abordem exclusivamente medicamentos não estimulantes. Dessa forma, a pesquisa se propõe a oferecer uma análise focada e atualizada sobre os riscos cardiovasculares relacionados ao uso prolongado desses fármacos em crianças durante a fase inicial do desenvolvimento.
A farmacoterapia com psicoestimulantes, incluindo metilfenidato e lisdexanfetamina, é amplamente aplicada no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças, sendo considerada eficaz na diminuição dos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Contudo, a utilização prolongada desses medicamentos tem suscitado preocupações em relação à sua segurança, especialmente no que tange a possíveis efeitos cardiovasculares, como elevação da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e, em situações mais raras, a possibilidade de arritmias ou outros eventos indesejados. Apesar de existirem diretrizes clínicas que recomendam o monitoramento cardiovascular durante o uso desses medicamentos, a prática clínica nem sempre segue tais recomendações de forma sistemática, especialmente na pediatria. Apesar dos avanços no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), persistem lacunas na literatura científica quanto aos efeitos cardiovasculares de longo prazo dos psicoestimulantes em crianças, especialmente naquelas com predisposição genética ou histórico familiar de doenças cardíacas. Essa preocupação é fundamentada por estudos que associam o uso prolongado de medicamentos como metilfenidato e lisdexanfetamina a um aumento no risco de hipertensão e doenças arteriais, com o risco crescendo proporcionalmente ao tempo de uso e à dosagem.
Diante desse cenário, surge a seguinte questão: quais são os riscos cardiovasculares associados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças com TDAH, e como esses efeitos têm sido abordados na literatura científica recente? Responder a essa pergunta é essencial para garantir a segurança terapêutica, orientar decisões clínicas e promover o uso racional desses medicamentos em uma população em fase crítica de desenvolvimento. A compreensão aprofundada desses riscos permitirá a implementação de estratégias de monitoramento mais eficazes, como avaliações regulares da pressão arterial e da frequência cardíaca, além de exames eletrocardiográficos quando indicados . Tais medidas são fundamentais para mitigar possíveis efeitos adversos e assegurar que os benefícios do tratamento superem os riscos potenciais.
A formulação de hipóteses é essencial para orientar investigações científicas, especialmente em áreas complexas como o uso de psicoestimulantes no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças. Três hipóteses principais podem ser delineadas para explorar os efeitos cardiovasculares associados a esse tratamento. A primeira hipótese sugere que o uso prolongado de psicoestimulantes, como metilfenidato e anfetaminas, está associado a alterações cardiovasculares leves, como elevação da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca. Essas alterações são geralmente bem toleradas em crianças saudáveis, mas podem representar riscos significativos em casos de predisposição cardiovascular. Estudos indicam que esses medicamentos podem causar aumentos modestos na pressão arterial sistólica e diastólica, além de elevações na frequência cardíaca, o que pode ser preocupante em pacientes com histórico familiar de doenças cardíacas ou outras comorbidades. A segunda hipótese aborda a questão da subnotificação de eventos adversos cardiovasculares relacionados ao uso de psicoestimulantes. A literatura científica recente aponta que, embora esses medicamentos sejam considerados seguros na maioria dos casos, há uma tendência à subnotificação de efeitos adversos devido à ausência de triagem adequada e monitoramento contínuo em muitos serviços de saúde. A falta de protocolos padronizados para avaliação cardiovascular antes e durante o tratamento pode levar à omissão de dados importantes, dificultando a identificação de riscos e a implementação de medidas preventivas eficazes. A terceira hipótese destaca a escassez de pesquisas de longo prazo sobre os riscos cardiovasculares do uso de psicoestimulantes em crianças com TDAH.
Embora as diretrizes clínicas reconheçam os riscos cardiovasculares associados ao uso de psicoestimulantes, ainda existe uma lacuna significativa na literatura científica quanto às implicações desses medicamentos em nível populacional e individual ao longo do tempo. A maioria dos estudos concentra-se em períodos curtos de tratamento, limitando a compreensão dos efeitos cumulativos e das possíveis consequências a longo prazo.
Recentemente, estudos de coorte têm demonstrado que o uso prolongado de medicamentos para TDAH, como metilfenidato e lisdexanfetamina, está associado a um aumento no risco de doenças cardiovasculares, especialmente hipertensão e doença arterial. Por exemplo, um estudo sueco publicado no JAMA Psychiatry indicou que cada ano adicional de uso desses medicamentos está associado a um aumento de 4% no risco de doenças cardiovasculares, com o risco sendo mais pronunciado nos primeiros três anos de uso. Outro estudo destacou que o uso prolongado por 3 a 5 anos ou mais pode aumentar significativamente o risco de hipertensão e doença arterial em comparação com aqueles que não utilizam esses medicamentos. Essas evidências reforçam a necessidade de mais pesquisas de longo prazo para informar práticas clínicas seguras e eficazes. A análise dessas hipóteses evidencia a complexidade envolvida no tratamento do TDAH com psicoestimulantes em crianças, especialmente no que diz respeito aos efeitos cardiovasculares. Considerar fatores individuais, implementar monitoramento rigoroso e conduzir pesquisas de longo prazo são fundamentais para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma das condições neuropsiquiátricas mais prevalentes na infância, afetando significativamente o desempenho escolar, o comportamento social e a qualidade de vida de crianças e adolescentes. O tratamento farmacológico com psicoestimulantes, como o metilfenidato e as anfetaminas, é amplamente adotado devido à sua eficácia comprovada no controle dos sintomas. No entanto, é crucial equilibrar os benefícios terapêuticos com os potenciais riscos, especialmente em tratamentos de longa duração. No entanto, à medida que cresce o número de diagnósticos e, consequentemente, a prescrição de tais medicamentos, aumentam também as preocupações com os efeitos adversos, especialmente os de natureza cardiovascular.
Diversos estudos vêm relatando aumentos discretos, porém consistentes, na pressão arterial e na frequência cardíaca de crianças em uso prolongado de psicoestimulantes. Embora tais alterações sejam geralmente consideradas seguras em pacientes saudáveis, há riscos potenciais quando se trata de indivíduos com predisposição genética, histórico familiar de doenças cardiovasculares ou condições subclínicas não diagnosticadas. Diante desse cenário, torna-se essencial investigar os possíveis riscos associados ao uso contínuo desses fármacos durante a infância, fase crítica do desenvolvimento fisiológico e neurológico.
Do ponto de vista científico, esta pesquisa contribui para o aprofundamento do conhecimento sobre os efeitos adversos de medicamentos amplamente utilizados na prática clínica, fortalecendo a base de evidências necessária para guiar condutas seguras e eficazes. Em termos de importância social, o estudo fornece informações relevantes para profissionais de saúde, pais e educadores, promovendo o uso racional de medicamentos e o acompanhamento adequado de crianças em tratamento, com foco na prevenção de complicações cardiovasculares. Já do ponto de vista acadêmico, reside na formação crítica do estudante-pesquisador, ao permitir o desenvolvimento de habilidades de análise, revisão de literatura científica e compreensão dos impactos reais das decisões terapêuticas na saúde pública. Assim, esta pesquisa justifica-se não apenas pela relevância clínica do tema, mas também pelo seu potencial de gerar impacto na prática médica, orientar políticas de saúde e fomentar a produção de conhecimento acadêmico voltado à segurança farmacológica na infância.
A presente pesquisa tem como objetivo principal analisar os efeitos cardiovasculares associados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), buscando identificar possíveis riscos e implicações clínicas decorrentes dessa terapêutica. Com o crescente número de prescrições desses medicamentos na população pediátrica, torna-se essencial compreender as repercussões a longo prazo sobre o sistema cardiovascular, visando garantir a segurança e eficácia do tratamento.
Inicialmente, propõe-se investigar os principais efeitos cardiovasculares relatados na literatura científica relacionados ao uso contínuo de psicoestimulantes, como metilfenidato e anfetaminas, em crianças com TDAH. Estudos indicam que esses fármacos podem levar a aumentos na pressão arterial e na frequência cardíaca, além de, em casos raros, estarem associados a eventos adversos graves, como arritmias e infartos. Em seguida, busca-se avaliar a magnitude das alterações cardiovasculares observadas, considerando o tempo de uso e a dosagem dos medicamentos. Evidências sugerem que o risco de eventos cardiovasculares pode aumentar com a duração do tratamento, especialmente nos primeiros anos de uso contínuo.
Outro aspecto relevante é a identificação de fatores de risco que podem potencializar os efeitos adversos cardiovasculares, como predisposição genética, histórico familiar de doenças cardíacas ou presença de comorbidades. A compreensão desses fatores é crucial para a individualização do tratamento e para a implementação de medidas preventivas adequadas.
Além disso, é fundamental apresentar as diretrizes atuais para triagem, acompanhamento e monitoramento cardiovascular de pacientes pediátricos em uso de psicoestimulantes. Segundo as diretrizes NICE, recomenda-se o monitoramento regular da pressão arterial e da frequência cardíaca antes e após cada ajuste de dose, bem como a cada seis meses durante o tratamento.
Por fim, este estudo visa contribuir para a reflexão crítica sobre a segurança e o manejo clínico do TDAH na infância, promovendo práticas terapêuticas mais individualizadas e seguras. Ao reunir e analisar as evidências disponíveis, espera-se oferecer subsídios para a tomada de decisões clínicas mais informadas, equilibrando os benefícios do tratamento com os potenciais riscos cardiovasculares associados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças com TDAH.
Estudos indicam que o uso de metilfenidato (MPH) está associado a aumentos modestos, porém estatisticamente significativos, na pressão arterial sistólica (PAS) e na frequência cardíaca (FC) durante o dia. No entanto, esses aumentos não foram observados durante a noite, e não houve diferença significativa na massa ventricular esquerda entre usuários e não usuários de MPH. Uma análise de longo prazo revelou que o uso contínuo de medicamentos para TDAH por mais de cinco anos está associado a um aumento de 80% no risco de hipertensão e 49% no risco de doença arterial. O risco de doenças cardiovasculares (DCV) aumenta em 4% a cada ano adicional de uso.(Faraone, 2021)
Uma meta-análise abrangendo quase 4 milhões de participantes não encontrou associação estatisticamente significativa entre o uso de medicamentos para TDAH e eventos cardiovasculares graves, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral. No entanto, não se pode descartar um aumento modesto no risco de parada cardíaca ou taquiarritmias (Zhang L, Li L, Andell P).
O uso de metilfenidato foi associado a um aumento de 61% no risco de arritmias, especialmente em crianças com doenças cardíacas congênitas. O risco de infarto do miocárdio foi mais elevado nas primeiras semanas após o início do tratamento. Em uma coorte nacional, crianças com TDAH que usaram estimulantes apresentaram um risco 2,34 vezes maior de eventos cardiovasculares em comparação com não usuários. Os eventos incluíram hipertensão, arritmias e doenças cerebrovasculares. (Zhang L, Li L, Andell P).
Um estudo de 2024 indicou que adultos jovens que usaram estimulantes por mais de oito anos apresentaram um risco 57% maior de desenvolver cardiomiopatia em comparação com não usuários. Apesar dos riscos cardiovasculares, estudos destacam que os benefícios dos medicamentos para TDAH, como melhorias no desempenho acadêmico e redução de comportamentos de risco, geralmente superam os riscos associados, desde que haja monitoramento adequado (Zhang L, Li L, Andell P).
Recomenda-se monitoramento regular da pressão arterial e frequência cardíaca em crianças em uso de estimulantes. Em casos de histórico familiar de doenças cardíacas, avaliações cardiológicas adicionais podem ser necessárias. O uso prolongado de psicoestimulantes em crianças com TDAH está associado a aumentos modestos na pressão arterial e frequência cardíaca, além de um risco aumentado de hipertensão e arritmias, especialmente em indivíduos com predisposição genética ou doenças cardíacas preexistentes. Embora os benefícios terapêuticos sejam significativos, é essencial um acompanhamento médico contínuo para minimizar riscos cardiovasculares. (Dalsgaard S, Kvist AP, Leckman JF, Nielsen HS, Simonsen M.2014)
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, com abordagem descritiva e qualitativa, sem sistematização dos resultados. Para isso, utilizou-se bases de dados online nacionais e internacionais Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), U.S National Library os Medicine (PubMed), e Google Acadêmico. A pesquisa tem por objetivo analisar os efeitos cardiovasculares associados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com foco na identificação de possíveis riscos e implicações clínicas.
Dentro dos critérios de inclusão abordamos pesquisas que tratam sobre o tema, publicadas com base na literatura internacional e nacional, em formato de artigos, dissertações e teses entre o período de 2013 e 2024; Já para os critérios de exclusão consideramos trabalhos científicos que não foram publicados em revistas científicas, artigos e dissertações que não tratam sobre o assunto foco do tema; e trabalhos que não foram publicados entre os anos de 2013 e 2024 ou que publicados fora deste período. Não serão incluídos estudos com populações adolescentes, adultas ou com comorbidades psiquiátricas significativas que possam interferir nos desfechos cardiovasculares. Também serão excluídos artigos que abordem exclusivamente medicamentos não estimulantes.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos distúrbios psiquiátricos mais frequentes entre crianças, afetando aproximadamente 3 a 5% de todos os alunos em idade escolar em todo o mundo. Essa condição é marcada por comportamentos desatentos e/ou impulsivos e hiperativos em níveis que têm importância clínica. O TDAH tende a persistir ao longo da vida, com muitos jovens que tiveram o diagnóstico ainda apresentando sintomas durante a adolescência e na vida adulta. As diretrizes clínicas enfatizam a importância da medicação no manejo deste transtorno. Essas orientações se baseiam em diversos estudos clínicos que indicam a eficácia tanto de medicamentos estimulantes, como metilfenidato (MPH) e anfetamina (AMP), quanto de não estimulantes, como atomoxetina (ATX), para o tratamento dos sinais do TDAH, com mais de 70% dos pacientes se mostrando clinicamente responsivos. Devido à natureza duradoura dos sintomas de TDAH, é comum que os indivíduos afetados necessitem de tratamento farmacológico a longo prazo. Entre aqueles que iniciam o tratamento, de 18 a 50% continuam a utilizar medicações de forma consistente por um período significativo, que pode ser de 2 a 3 anos (Cortese, 2020).
Apesar de, em linhas gerais, os fármacos destinados ao TDAH serem bem aceitos, a segurança e os efeitos colaterais geram preocupações relevantes tanto na prática clínica quanto na saúde pública. Efeitos colaterais como distúrbios do sono e da alimentação são frequentemente reportados e, em geral, podem ser manejados por meio de ajustes na medicação ou nas rotinas diárias. Considerando o modo como atuam, esses fármacos também têm o potencial de afetar adversamente o funcionamento do coração. MPH, AMP e ATX são todos medicamentos que atuam como simpatomiméticos e que intensificam a transmissão noradrenérgica e dopaminérgica (Cortese, 2018).
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é comumente tratado com psicoestimulantes, com o metilfenidato e anfetaminas. Embora eficazes, esses medicamentos têm sido associados a efeitos cardiovasculares, especialmente quando usados por longos períodos em crianças. Psicoestimulantes, como citado acima, aumentam a liberação de neurotransmissores como norepinefrina e dopamina, resultando em efeitos simpaticomiméticos que podem elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca. Estudos demonstram que, em média, esses medicamentos podem causar aumentos modestos na pressão arterial (≤7 mmHg) e na frequência cardíaca (≤10 bpm). Embora essas elevações sejam geralmente pequenas, uma parcela dos pacientes pode experimentar aumentos mais significativos que atingem níveis clínicos preocupantes. (Hennissen, L., et al, 2019)
Estudos também indicam que o uso prolongado de psicoestimulantes pode levar a aumentos modestos na pressão arterial e na frequência cardíaca. Uma revisão sistemática publicada no American Journal of Psychiatry analisou dados de crianças tratadas por até 10 anos e não encontrou aumento significativo no risco de hipertensão, embora tenha observado elevações persistentes na frequência cardíaca. Os autores sugerem que, embora esses aumentos sejam geralmente pequenos, eles podem ser clinicamente relevantes para indivíduos com condições cardíacas preexistentes.
Outra pesquisa, um estudo de coorte prospectivo dinamarquês, acompanhou crianças com TDAH e descobriu que aquelas em tratamento com psicoestimulantes apresentavam um risco duas vezes maior de eventos cardiovasculares em comparação com não usuários. Os eventos incluíram hipertensão, arritmias e, em casos raros, doenças cardíacas isquêmicas. Apesar dos riscos potenciais, os benefícios dos psicoestimulantes no manejo do TDAH frequentemente superam os possíveis efeitos adversos cardiovasculares. Um estudo liderado pela Universidade de Southampton concluiu que, embora os medicamentos estejam associados a pequenos aumentos na pressão arterial e na frequência cardíaca, eles proporcionam melhorias significativas no desempenho acadêmico e reduzem a incidência de ansiedade e depressão. Os pesquisadores enfatizam a importância do monitoramento regular, especialmente em pacientes com condições cardíacas preexistentes. O uso prolongado de psicoestimulantes em crianças com TDAH está associado a aumentos modestos na pressão arterial e na frequência cardíaca, com um possível aumento no risco de eventos cardiovasculares. No entanto, esses riscos são geralmente superados pelos benefícios terapêuticos dos medicamentos. É essencial que os profissionais de saúde monitorem regularmente os parâmetros cardiovasculares das crianças em tratamento e considerem cuidadosamente os riscos e benefícios ao prescrever esses medicamentos. (Faraone, S. V., et al., 2021)
Notavelmente, estudos indicaram uma tendência crescente no uso a longo prazo de medicamentos para TDAH, com aproximadamente metade dos indivíduos usando medicamentos para TDAH por mais de 5 anos. Além disso, faltam evidências sobre como o risco cardiovascular pode variar com base em fatores como tipo de DCV, tipo de medicamento para TDAH, idade e sexo. O uso de psicoestimulantes, como o metilfenidato e as anfetaminas, representa uma das estratégias terapêuticas mais eficazes no manejo dos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças. No entanto, a crescente utilização prolongada desses medicamentos levanta preocupações quanto aos seus efeitos sobre o sistema cardiovascular, especialmente em uma população em desenvolvimento. (Cortese, 2020).
A literatura científica atual evidencia que o uso contínuo de psicoestimulantes está associado a aumentos modestos, porém significativos, na pressão arterial e na frequência cardíaca. Embora tais alterações sejam geralmente bem toleradas por crianças saudáveis, pacientes com predisposição a doenças cardíacas ou fatores de risco cardiovasculares requerem atenção especial, visto que podem apresentar maior vulnerabilidade a eventos adversos. Portanto, é imprescindível que o tratamento com psicoestimulantes seja acompanhado por avaliações clínicas regulares, incluindo monitoramento da pressão arterial, frequência cardíaca e histórico familiar de doenças cardiovasculares. A adoção de uma abordagem individualizada, baseada na análise risco-benefício, é fundamental para garantir a eficácia terapêutica com segurança (Zhang L, Li L, Andell P, 2023).
Por fim, ressalta-se a necessidade de mais estudos longitudinais e com maior representatividade populacional, a fim de consolidar o conhecimento sobre os impactos cardiovasculares do uso prolongado desses medicamentos e orientar protocolos clínicos mais precisos e seguros. Dessa forma, a presente fundamentação teórica teve como objetivo compreender os principais efeitos cardiovasculares relacionados ao uso prolongado de psicoestimulantes em crianças com TDAH, a fim de subsidiar uma prática clínica mais consciente, segura e baseada em evidências.
4 CONCLUSÃO
Em conclusão, embora os psicoestimulantes, como metilfenidato e anfetaminas, sejam amplamente reconhecidos por sua eficácia no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças, evidências crescentes apontam para a necessidade de uma avaliação mais cautelosa dos riscos cardiovasculares associados ao uso prolongado desses medicamentos. Estudos recentes indicam que o uso cumulativo de medicamentos para TDAH está associado a um aumento no risco de hipertensão e doenças arteriais, especialmente nos primeiros anos de tratamento. Apesar de diretrizes clínicas reconhecerem esses riscos, persiste uma lacuna significativa na literatura científica quanto às implicações a longo prazo desses medicamentos, tanto em nível populacional quanto individual. A maioria dos estudos existentes concentra-se em períodos curtos de tratamento, o que limita a compreensão dos efeitos cumulativos e das possíveis consequências a longo prazo. Essa falta de dados robustos reforça a necessidade de mais pesquisas para informar práticas clínicas seguras e eficazes.
A análise dessas evidências destaca a complexidade envolvida no tratamento do TDAH com psicoestimulantes em crianças, especialmente no que diz respeito aos efeitos cardiovasculares. Considerar fatores individuais, implementar monitoramento rigoroso e conduzir pesquisas de longo prazo são fundamentais para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. Recomendações de especialistas sugerem a realização de avaliações cardiovasculares, incluindo eletrocardiogramas, antes e durante o tratamento com psicoestimulantes, especialmente em pacientes com histórico familiar de doenças cardíacas.
Portanto, é imperativo que profissionais de saúde equilibrem cuidadosamente os benefícios terapêuticos dos psicoestimulantes com os potenciais riscos cardiovasculares, adotando uma abordagem individualizada e baseada em evidências. A implementação de estratégias de monitoramento contínuo e a consideração de alternativas terapêuticas, quando apropriado, são essenciais para otimizar os resultados clínicos e garantir a segurança dos pacientes em desenvolvimento.
5 REFERÊNCIAS
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