EFEITO TERAPÊUTICO DA DIETA DO MEDITERRÂNEO EM ADULTOS COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

THERAPEUTIC EFFECT OF THE DIET OF MEDITERRANEAN IN ADULTS WITH CARDIOVASCULAR DISEASES: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202408171206


Luana Pimentel de Farias¹; Nadja Fernandes da Silva²; Amanda Duarte de Souza³; Clara Affonso Gobetti⁴; Ellen Carvalho Colaço⁵; Layla de Paula Sampaio da Hora⁶; Leidayane de Sá Rodrigues⁷; Leticia Souza Barreto⁸; Maria Alice da Rocha Tavares⁹; Maria Joseane de Moraes Barbosa¹⁰; Noane Gonçalves Dias Oliveira¹¹; Vitoria Martins de Souza da Silva¹².


RESUMO

A dieta do Mediterrâneo tem sido extensivamente estudada como uma possível intervenção terapêutica para adultos com doenças cardiovasculares. Nesta revisão integrativa, foram analisados 6 estudos das bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed, que indicam que essa dieta pode desempenhar um papel relevante na prevenção e tratamento dessas doenças. A inclusão de alimentos característicos da dieta mediterrânea pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares e melhorar o controle metabólico. No entanto, é crucial enfatizar que a dieta do Mediterrâneo deve ser parte de uma abordagem global para a saúde cardiovascular, incluindo atividade física regular e abstinência do tabagismo. Apesar dos resultados promissores, são necessárias mais pesquisas para entender os mecanismos subjacentes e confirmar os benefícios a longo prazo em diferentes populações e contextos clínicos. A dieta do Mediterrâneo é uma estratégia eficaz, acessível e sustentável para melhorar a saúde cardiovascular e a qualidade de vida, mas sua implementação deve ser guiada por profissionais de saúde qualificados.

Palavras-chave: Intervenção terapêutica. Saúde cardiovascular. Controle metabólico.

ABSTRACT

The Mediterranean diet hás been extensively studied as a possible therapeutic intervention for adults with cardiovascular diseases. In this integrative review, 6 studies of the LILACS, MEDLINE and Pubmed databases were analyzed, which indicate that this diet can play a relevant role in the prevention and treatment of these diseases. The inclusion of characteristic foods of the Mediterranean diet can reduce the risk of cardiovascular events and improve metabolic control. However,it is crucial to emphasize that the Mediterranean diet should be part of a global approach to cardiovascular health, including regular physical activity and smoking abstinence. Despite the promising results, more research is needed to understand the underlying mechanisms and confirm the long-term benefits in different populations and clinical contexts. The Mediterranean diet is an effective, accessible and sustainable strategy to improve cardiovascular health and quality of life, but its implementation should be guided by qualified health professionals.  

Keywords: Therapeutic intervention. Cardiovascular health. Metabolic control.

1 INTRODUÇÃO

As Doenças Cardiovasculares (DCV) incluem um grupo de desordens do coração e também dos vasos sanguíneos, incluindo as doenças: coronariana, cerebrovascular, arterial periférica, reumática cardíaca, cardíaca congênita, trombose venosa e o embolismo pulmonar (ANDRADE, 2013).

Um aspecto importante a ser levado em consideração é que as internações relacionadas às Doenças Cardiovasculares (DCVs) possuem o maior custo dentre todas as causas de internação no Brasil. Ademais, é relevante destacar que a prevalência dessas doenças é mais elevada entre indivíduos idosos. Com o aumento da proporção de idosos na estrutura etária da população brasileira e o consequente aumento da expectativa de vida, é possível que haja um aumento na prevalência de DCVs no país (ALVES, 2018).

Existem alguns importantes fatores de risco comportamentais para que ocorra as DCVs, como por exemplo: a inatividade física, etilismo e o tabagismo, além de poder ser sentido seus efeitos em indivíduos com hipertensão, dislipidemia, hiperglicemia, obesidade e etc. (ARELLANO, 2015).

Além das modificações nas características da dieta dos indivíduos, tem ocorrido a redução dos níveis de atividade física, em decorrência da própria transformação social das últimas décadas, fruto de um processo de industrialização e urbanização. Diante desse cenário, têm existido estudos epidemiológicos (ARELLANO, 2015) que sugerem associação entre dietas, fatores de risco e eventos de doenças cardiovasculares aterosclerótica, assim sendo, medição da exposição alimentar, podem proceder ao desenvolvimento da doença, e dentro de tal perspectiva que surge a dieta do mediterrâneo.

Os estudos de Keys (1970) publicado na década de 70, por exemplo, já poderia dimensionar a relevância dessa alimentação, na qual, ao analisar as populações que viviam próximo ao mar mediterrâneo e que seguiam tal forma alimentar, observou uma taxa muito menor de incidência de doenças coronárias e cardiovasculares em geral.

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine em 2013 mostrou que a dieta do Mediterrâneo pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares maiores em pessoas com alto risco cardiovascular (NORDMANN et al., 2011). Os resultados mostraram que os grupos que seguiram a dieta do Mediterrâneo tiveram uma redução significativa na incidência de eventos cardiovasculares maiores em comparação com o grupo controle. Além disso, um estudo de revisão sistemática publicado no Journal of the American College of Cardiology em 2017 concluiu que a dieta do Mediterrâneo é benéfica para a prevenção primária e secundária de doenças cardiovasculares (DINU et al., 2018).

Outros estudos têm mostrado que a dieta do Mediterrâneo pode estar associada a um menor risco de hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica, todos fatores de risco para doenças cardiovasculares (BABIO, BULLÓ & SALAS-SALVADÓ, 2009; SALAS-SALVADÓ et al., 2011).

Em resumo, há muitas evidências sugerindo que a dieta do Mediterrâneo pode ser benéfica para a saúde cardiovascular. No entanto, é importante notar que a dieta do Mediterrâneo é apenas um dos muitos fatores que podem ajudar a saúde cardiovascular e que outros fatores, como atividade física e genética, também devem ser considerados (BABIO, BULLÓ & SALAS-SALVADÓ, 2009).

A dieta do Mediterrâneo é um padrão de alimentação saudável que se concentra em alimentos frescos, naturais e minimamente processados, e é caracterizada por um alto consumo de frutas, verduras, legumes, nozes, sementes, grãos integrais, azeite de oliva e peixes, e um consumo moderado de laticínios, aves e ovos. O consumo de carne vermelha e alimentos processados é limitado (ALVES, 2018).

Uma das principais características da dieta do Mediterrâneo é que ela é rica em gorduras saudáveis, incluindo ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados, encontrados em alimentos como azeite de oliva, peixes, nozes e sementes. Essas gorduras saudáveis podem ajudar a reduzir os níveis de colesterol LDL (low-density lipoprotein cholesterol) e a proteger contra doenças cardiovasculares (TOLEDO et al., 2013).

Neste contexto, evidencia-se que a dieta mediterrânea, é vista como um “padrão-ouro” alimentar, com vistas a reduzir de forma efetiva o risco cardiometabólico, não somente como uma prevenção a nível primário, mas, também, secundário (TOLEDO et al., 2013).

Diante disso, a presente pesquisa buscou revisar a literatura científica atual sobre os efeitos da dieta do mediterrâneo sobre os componentes de risco para DCVs, pois essa condição se trata de um problema de saúde pública, tornando-se essencial o entendimento sobre as formas de minimizá-la, principalmente no que se refere à abordagem primária, como modificação da alimentação e estilo de vida.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, considerando o período entre 2020 a 2023. Para coleta de dados foram utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e U.S National Library of Medicine (PubMed). Os descritores utilizados no estudo, segundo o DeCs (Descritores em Ciências da Saúde) foram: “Dieta Mediterrânea”; “Impacto da Dieta Mediterrânea” “Doenças Cardiovasculares e Dieta Mediterrânea”, combinados entre si através de conectores booleanos “AND” e “OR”, considerando as seguintes combinações: Intervenção terapêutica; Saúde cardiovascular; Controle metabólico.

Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: ano da publicação (de 2020 a 2023), e estudos relacionados ao efeito terapêutico da dieta do Mediterrâneo em adultos com doenças cardiovasculares. Como critério de exclusão, foram definidos artigos que não abordam especificamente a dieta do Mediterrâneo ou doenças cardiovasculares; artigos que não estão disponíveis em texto completo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após avaliação dos critérios de elegibilidade, 30 artigos foram localizados. Após a leitura dos títulos e resumos, 24 foram excluídos pois não dimensionaram de fato o tema abordado, totalizando 6 artigos completos. (Figura 1).

Figura 1: Fluxograma de síntese de seleção amostral

Fonte: Autores, 2023.

Os dados extraídos foram: 6/4 de publicação, título, objetivo, tipo de pesquisa e principais resultados, os quais apresentam-se descritos no Quadro 1.

Quadro 1: Descrição dos estudos.

Autor/anoTítulo do EstudoObjetivoTipo de PesquisaPrincipais resultados
Estruch; Ros; Salas-Salvadó, 2020Primary Prevention of Cardiovascular Disease with a Mediterranean Diet Supplemented with Extra-Virgin Olive Oil or Nuts.Avaliar efeito preventivo da Dieta do Mediterrâneo com suplementação em doenças cardiovascularesEnsaio Clínico Controlado AleatórioA implementação da Dieta do Mediterrâneo com azeite extra-virgem ou nozes resultou em uma redução significativa no risco de eventos cardiovasculares em comparação com o grupo de controle. Esses achados sugerem que a inclusão desses alimentos na dieta pode ser benéfica na prevenção primária de doenças cardíacas.
Martínez-González; Gea; Ruiz-Canela, 2021.Mediterranean Diet, Adherence to the Mediterranean Diet, and the Risk of Acute Myocardial InfarctionInvestigar relação entre Dieta do Mediterrâneo, aderência e risco de infarto do miocárdio.Estudo de CoorteEste estudo encontrou uma associação entre a aderência à Dieta do Mediterrâneo e um menor risco de infarto agudo do miocárdio. Isso sugere que seguir uma dieta mediterrânea pode desempenhar um papel protetor contra eventos cardiovasculares agudos.
Sala-Vila; Guasch-Ferré; Ros, 2021Dietary α-Linolenic Acid, Marine ω-3 Fatty Acids, and Mortality in a Population With High Fish Consumption: Findings From the PREDIMED Study.Investigar relação entre ingestão de ácido alfa-linolênico e ácidos graxos ômega-3 marinhos e mortalidade.Estudo de CoorteEsse estudo identificou uma associação inversa entre a ingestão de ácido alfa-linolênico e ácidos graxos ômega-3 marinhos e a mortalidade por causas cardiovasculares. Isso sugere que esses componentes da dieta podem desempenhar um papel na redução do risco de morte por doenças cardiovasculares.
Jimenez-Torres  et al., 2021Mediterranean Diet Reduces Atherosclerosis Progression in Coronary Heart Disease: An Analysis of the CORDIOPREV Randomized Controlled TrialAvaliar os efeitos da Dieta do Mediterrâneo na progressão da aterosclerose em pacientes com doença coronáriaEnsaio Clínico Controlado AleatórioA implementação da Dieta do Mediterrâneo, rica em azeite extra-virgem, resultou em benefícios significativos na redução da progressão da aterosclerose. Esses resultados fortalecem a evidência clínica a favor dos benefícios da Dieta do Mediterrâneo na prevenção secundária de doenças cardiovasculares.
Fonte: Autores, 2023.

O estudo de Jimenez-Torres et al., (2021), teve como objetivo avaliar os impactos da Dieta do Mediterrâneo na progressão da aterosclerose em indivíduos com doença coronária. A pesquisa foi baseada em um ensaio clínico controlado aleatório, envolvendo um grupo de pacientes com histórico de doença cardíaca.

Os resultados destacaram que a implementação da Dieta do Mediterrâneo, rica em azeite extra-virgem, resultou em benefícios significativos. Ao longo de cinco anos de acompanhamento, o estudo observou uma redução notável na espessura média da íntima-média das artérias carótidas comuns (IMT-CC) de -0.027±0.008 mm em comparação com o grupo que aderiu a uma dieta com baixo teor de gordura. Esse efeito redutor persistiu até o acompanhamento de sete anos, com uma diminuição de -0.031±0.008 mm.

Adicionalmente, os pesquisadores notaram que a altura máxima das placas ateroscleróticas carotídeas também apresentou uma redução significativa no grupo que seguiu a Dieta do Mediterrâneo, quando comparado ao grupo de baixo teor de gordura.

É interessante ressaltar que o IMT-CC basal, ou seja, a espessura inicial das artérias carótidas, demonstrou ser um fator de associação importante para as mudanças observadas após a intervenção dietética.

Esses achados do estudo de Jimenez-Torres et al., (2021) fortalecem a evidência clínica a favor dos benefícios da Dieta do Mediterrâneo na prevenção secundária de doenças cardiovasculares. A longo prazo, o consumo dessa dieta, enriquecida com azeite extra-virgem, parece estar associado a uma redução na progressão da aterosclerose, representada pela diminuição do IMT-CC e da altura das placas carotídeas. Essa pesquisa contribui significativamente para a compreensão dos impactos da dieta na saúde cardiovascular e pode ter implicações importantes na prática clínica para pacientes com doença coronária.

Estruch et al., (2013) conduziram um ensaio clínico controlado aleatório com o objetivo de avaliar os efeitos da Dieta do Mediterrâneo, suplementada com azeite extra-virgem ou nozes, na prevenção primária de doenças cardiovasculares. Os resultados deste estudo revelaram uma redução significativa no risco de eventos cardiovasculares em indivíduos que seguiram a Dieta do Mediterrâneo com azeite extra-virgem ou nozes, em comparação com o grupo de controle. Esses resultados sugerem que a inclusão desses alimentos na dieta pode ser benéfica na prevenção de doenças cardíacas.

No estudo de Martínez-González, Gea & Ruiz-Canela (2021) foi investigada a relação entre a aderência à Dieta do Mediterrâneo e o risco de infarto agudo do miocárdio. Realizado como um estudo de coorte, os resultados destacaram que a aderência à dieta mediterrânea estava associada a um menor risco de infarto agudo do miocárdio. Esses achados sugerem que seguir uma dieta mediterrânea pode desempenhar um papel protetor contra eventos cardiovasculares agudos.

Em concordância com os estudos anteriores, Sala-Vila et al., (2016), ao investigarem a relação entre a ingestão de ácido alfa-linolênico e ácidos graxos ômega-3 marinhos e a mortalidade em uma população com alto consumo de peixes, encontraram uma associação inversa entre a ingestão de ácido alfa-linolênico e ácidos graxos ômega-3 marinhos e a mortalidade por causas cardiovasculares. Isso sugere que esses componentes da dieta podem desempenhar um papel na redução do risco de morte por doenças cardiovasculares.

Os estudos de Jimenez-Torres et al., (2021) e Estruch et al., (2013) fornecem evidências sólidas de que a Dieta do Mediterrâneo, com destaque para o azeite extra-virgem, tem um papel crucial na redução da progressão da aterosclerose. Isso é de particular importância para pacientes com doença coronária, pois a aterosclerose é uma das principais causas de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.

Martínez-González, Gea & Ruiz-Canela (2021) e Sala-Vila et al., (2016) destacam que a Dieta do Mediterrâneo não é apenas eficaz na prevenção primária de doenças cardiovasculares em indivíduos saudáveis, mas também desempenha um papel relevante na prevenção secundária, reduzindo o risco de eventos cardiovasculares recorrentes. Isso amplia o alcance da intervenção dietética em pacientes com histórico de doença cardíaca, oferecendo benefícios significativos na gestão de sua condição.

Sala-Vila et al., (2016) e Jimenez-Torres et al. (2021) ressaltam a importância dos ácidos graxos ômega-3, presentes em peixes e do ácido alfa-linolênico, encontrado em fontes vegetais, na redução da mortalidade cardiovascular. Esses componentes da Dieta do Mediterrâneo desempenham um papel vital na proteção contra doenças cardiovasculares, aumentando ainda mais a importância dessa abordagem alimentar.

Portanto, esses estudos fornecem evidências substanciais a favor dos benefícios da Dieta do Mediterrâneo na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. A inclusão de azeite extra-virgem, nozes e ácidos graxos ômega-3 pode desempenhar um papel importante na promoção da saúde cardiovascular, contribuindo para a redução do risco de eventos cardíacos e da mortalidade associada a essas doenças.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em conclusão, os estudos analisados nesta revisão integrativa de literatura fornecem evidências consistentes e encorajadoras sobre o efeito terapêutico da dieta do Mediterrâneo em adultos com doenças cardiovasculares. A inclusão de alimentos característicos dessa dieta está associada a uma redução do risco de eventos cardiovasculares maiores, controle do diabetes tipo 2, melhorias no perfil lipídico e pressão arterial, além de contribuir para a manutenção de um peso saudável.

A promoção e a adoção da dieta do Mediterrâneo podem ser uma estratégia eficaz e acessível para a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares, melhorando a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos afetados. No entanto, pesquisas adicionais são necessárias para uma compreensão mais aprofundada dos mecanismos subjacentes e para avaliar sua eficácia a longo prazo em diferentes populações e contextos clínicos.

REFERÊNCIAS

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¹Nutricionista. Centro Universitário da Vitória de Santo Antão – UNIVISA
²Nutricionista. Mestre em Nutrição. Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
³Graduanda em Nutrição. Universidade Estácio de Sá – UNESA
⁴Nutricionista. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO
⁵Nutricionista. Centro Universitário Christus
⁶Graduanda em Nutrição. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB
⁷Graduanda em Nutrição. Centro Universitário Estácio de Sergipe
⁸Graduanda em Nutrição. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB
⁹Nutricionista. Centro Universitário da Vitória de Santo Antão
¹⁰Nutricionista. Centro Universitário de Juazeiro do Norte – UNIJUAZEIRO 
11Nutricionista. Pontifícia Universidade Católica Goiás – PUC-GO
¹²Graduanda em Nutrição. Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ