EFEITO DO TREINAMENTO DE FORÇA COMBINADO COM SUPLEMENTAÇÃO TERMOGÊNICA NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO

EFFECT OF STRENGTH TRAINING COMBINED WITH THERMOGENIC SUPPLEMENTATION ON THE WEIGHT LOSS PROCESS

EFECTO DEL ENTRENAMIENTO DE FUERZA COMBINADO CON LA SUPLEMENTACIÓN DE TERMOGÉNICA EN EL PROCESO DE PÉRDIDA DE PESO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10817686


Eder Magnus Almeida Alves Filho¹;
Júlio César de Carvalho Martins²;
Kyzzes Barreto Araújo³;
Matheus Santos de Sousa Fernandes4;
Raphael Fabricio de Souza5.


RESUMO O treinamento de força, é um dos exercícios físicos mais praticados pela população em   geral que frequenta academia. O presente estudo de caso teve como objetivo verificar os efeitos do treinamento de força combinado com suplementação termogênica no processo de emagrecimento. A motivação pela busca de hábitos de vida mais saudáveis, levou ao aumento do consumo de suplementos alimentares em vários países e aliada a atividade física pode proporcionar inúmeros benefícios A revisão de literatura realizada é do tipo descritiva e informativa, que possui como pontos chaves para o referencial teórico os tópicos sobre treinamento de força e suplementos termogênicos. A pesquisa bibliográfica se baseia em princípios teóricos sobre o assunto em estudo e busca novas propostas para contribuir, contestar ou apoiar. O desenvolvimento desta pesquisa possibilitou analisar os benefícios à saúde associados ao consumo de suplementos aliados à treinamento de força. Conclui-se que os suplementos termogênicos de forma equilibrada podem melhorar o desempenho da atividade física no que se refere a treinamento de força, produzir mudanças positivas na composição corporal e melhorar a condição física, a beleza e a autoestima.

PALAVRAS-CHAVE: Atividade física. Treinamento de força. Suplementação termogênica.

SUMMARY Strength training is one of the physical exercises most practiced by the general population who go to the gym. The present case study aimed to verify the effect of strength training combined with thermogenic supplementation on the weight loss process. The motivation to seek healthier lifestyle habits has led to an increase in the consumption of dietary supplements in several countries and, combined with physical activity, can provide numerous benefits. The literature review carried out is descriptive and informative, with key points for the theoretical framework the topics on, Strength training and Thermogenic supplements Bibliographical research is based on theoretical principles on the subject under study and seeks new proposals to contribute, contest or support. The development of this research made it possible to analyze the health benefits associated with the consumption of supplements combined with strength training. It is concluded that thermogenic supplements in a balanced way can improve physical activity performance in terms of strength training, produce positive changes in body composition and improve physical condition, beauty and self-esteem.

KEYWORDS: Physical activity. Strength training. Thermogenic supplementation.

RESUMEN El entrenamiento de fuerza es uno de los ejercicios físicos más practicados por la población general que acude al gimnasio. El presente estudio de caso tuvo como objetivo verificar el efecto del entrenamiento de fuerza combinado con suplementación termogénica en el proceso de pérdida de peso. La motivación por buscar hábitos de vida más saludables ha llevado a un aumento en el consumo de suplementos dietéticos en varios países y, combinado con la actividad física, puede proporcionar numerosos beneficios.La revisión bibliográfica realizada es descriptiva e informativa, con puntos clave para el marco teórico. los temas sobre, Entrenamiento de fuerza y ​​Suplementos termogénicos La investigación bibliográfica se fundamenta en principios teóricos sobre el tema en estudio y busca nuevas propuestas para aportar, impugnar o apoyar. El desarrollo de esta investigación permitió analizar los beneficios para la salud asociados al consumo de suplementos combinados con el entrenamiento de fuerza. Se concluye que los suplementos termogénicos de forma equilibrada pueden mejorar el rendimiento de la actividad física en términos de entrenamiento de fuerza, producir cambios positivos en la composición corporal y mejorar la condición física, la belleza y la autoestima.

PALABRAS CLAVE: Actividad física. Entrenamiento de fuerza. Suplementación termogénica.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, o número de pessoas matriculadas em academias aumenta a cada dia, e o treinamento com pesos é uma atividade que se destaca entre os demais tipos de exercícios físicos que as pessoas buscam em uma academia, podendo ser executada por diversas faixas etárias (DIAS et al., 2005). A musculação é muito importante devido ao treinamento de força, pois através da mesma, ocorre a manutenção da saúde, a melhora no desempenho atlético, podendo ser usada na reabilitação e no crescimento da massa muscular (FERREIRA et al., 2008).

Além dos benefícios estéticos, o treinamento de força melhora a aptidão física e condicionamento do indivíduo, proporcionando um incremento na força e massa muscular, reduzindo o percentual de gordura e melhorando o desempenho em atividades esportivas e diárias (FLECK; KRAEMER, 2006).

Para que se obtenha resultados mais positivos no treinamento de força, é preciso levar em consideração a individualidade biológica de cada pessoa, bem como os seus hábitos alimentares (PINTO et al., 2012). Além do mais pode-se aliar às atividades com suplementação termogênica (SARTORI; SIMEÃO JÚNIOR, 2013). De acordo com diferentes autores, as adaptações do treinamento de força acontecem da seguinte ordem: primeiramente, as adaptações no sistema neuromuscular e em seguida, as adaptações morfológicas (DIAS et al., 2005; MAIOR; ALVES, 2003; OKANO et al., 2008).

O presente estudo de caso teve como objetivo verificar s efeito do treinamento de força combinado com suplementação termogênica no processo de emagrecimento.

A conscientização da população sobre a necessidade de praticar exercícios físicos fez com que aumentasse o número de pessoas matriculadas em academias. Esse crescimento da população praticando exercícios de força é superior no sexo feminino, mesmo alguns fatores não sendo favoráveis a esta prática (SIMÃO JUNIOR et al., 2006). Para Sartori e Simeão Junior (2013), o treinamento de força não deve ser diferente entre homens e mulheres, pois quem pratica este treinamento visa um aumento da força muscular.

Segundo Spinetti et al. (2013), a periodização do treinamento é a forma com que o professor estimula seu aluno, ocasionando mudanças nas variáveis metodológicas. Para Portela e Borgo (2007), o treinamento na musculação deve ser dividido em etapas. Essas etapas podem ser definidas como a periodização, em que o estímulo dado ao músculo é modificado.

Para Fleck e Kraemer (2006), sempre que o exercício causar um estímulo diferente à musculatura, haverá um ganho na aptidão física. Em indivíduos que já fazem musculação, o aumento da força e a hipertrofia muscular é pequeno ou quase inexistente, pois muitas vezes as variáveis não provocam nenhuma alteração nos tecidos. Esta resposta é conhecida como platô de estabilização (FETT; FETT, 2003). Deste modo, o estudo tem como objetivo verificar se o treinamento de força, de forma periodizada, exerce efeito sobre o desenvolvimento muscular em mulheres.

Suplementos à base de proteínas e outros suplementos para atleta foram referidos por 1,7% da população geral.” Em 2018, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para garantir o acesso da população a produtos seguros e de qualidade, publicou o “Marco Regulatório dos Suplementos Alimentares”, que apresenta os requisitos sanitários aplicáveis aos suplementos alimentares, estabelecidos pelas seguintes Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC) e Instrução Normativa (IN): 1. RDC nº 243/2018, que dispõe sobre os requisitos sanitários dos suplementos alimentares; 2. IN nº 28/2018, que estabelece as listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de rotulagem complementar dos suplementos alimentares; 3. RDC nº 239/2018, que estabelece os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia autorizados para uso em suplementos alimentares; 4. RDC nº 27/2010, que dispõe sobre as categorias de alimentos e embalagens isentos e com obrigatoriedade de registro sanitário – Atualizada pelas RDC nº 240/2018 e RDC n° 316/2019.

A revisão de literatura realizada é do tipo descritiva e informativa, que possui como pontos chaves para o referencial teórico os tópicos sobre treinamento de força e suplementos termogênicos. A pesquisa bibliográfica se baseia em princípios teóricos sobre o assunto em estudo e busca novas propostas para contribuir, contestar ou apoiar. O desenvolvimento desta pesquisa possibilitou analisar os benefícios à saúde associados ao consumo de suplementos aliados à treinamento de força.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 TREINAMENTO DE FORÇA E HIPERTROFIA MUSCULAR

O treinamento de força, que na literatura muitas vezes é encontrado como treinamento contra resistência, é sem dúvida uma das formas mais utilizada pela população em geral que frequenta academia (FLECK; KRAEMER, 2006). São inúmeros os benefícios que esta prática promove, tais como o aumento da massa muscular, da força e resistência muscular, além de diminuição do percentual de gordura. No entanto, para que o treinamento promova benefícios é preciso evidenciar pontos, como a individualização e periodização do treinamento e a progressão e controle da sobrecarga (PINTO et al., 2012).

Com relação a força muscular, todo exercício que utilizar uma sobrecarga superior a que o indivíduo costuma executar nas atividades diárias, automaticamente, já estará provocando um aumento da força, pois precisará recrutar um maior número de unidades motoras para realizar o movimento. Portanto, é possível aumentar a força muscular sem causar modificações na estrutura muscular, pois o aumento da força acontece antes que a hipertrofia muscular (MAIOR; ALVES, 2003).

Os resultados provocados pelo treinamento com pesos são atribuídos a dois fatores: adaptações neurais e hipertrofia muscular. A adaptação neural é o ajuste que o sistema nervoso central promove para executar determinada tarefa ou melhorar alguma habilidade motora, isto ocorre porque há um aumento no recrutamento de unidades motoras (OKANO et al., 2008), predominando logo nas primeiras semanas de treinamento de força (MAIOR; ALVES, 2003). Porém, a hipertrofia está relacionada com o aumento da área de secção transversa do músculo e também de cada fibra muscular isoladamente (OKANO et al., 2008).

O rápido aumento da força muscular se dá pela adaptação neural, já que nas primeiras semanas de treinamento não existe uma relação de força e área de secção transversa do músculo (FLECK; KRAEMER, 2006). Maior e Alves (2003) destacam que nas fases intermediárias e avançadas do treinamento, a adaptação muscular se dá por fatores hipertróficos. A partir de um período de treinamento, a hipertrofia muscular será um importante fator para o aumento da força (OKANO et al., 2008).

De acordo Monteiro (1997), em geral, os homens possuem mais força que as mulheres em todos os grupamentos musculares, um dos fatores que contribui para tal diferença é a área de secção transversa do músculo, que na maioria das vezes é menor nas mulheres. Tanto o

hormônio sexual masculino quanto o feminino causa um efeito anabólico; entretanto, a testosterona é duas vezes mais forte em seus efeitos do que o hormônio feminino, o estrogênio, causando assim uma maior capacidade de rendimento no sexo masculino (WEINECK, 2003). Outro fator que deve ser levado em consideração é que os homens possuem aproximadamente 10 vezes mais concentração sérica de testosterona, hormônio este que está diretamente ligado com o aumento da massa muscular (FLECK; KRAEMER, 2006). Para Weineck (2003), o treinamento de força além de proporcionar um aumento de massa muscular também eleva os níveis de testosterona, neste contexto quanto maior for a intensidade do treinamento, maiores serão os ganhos.

No que se refere ao sexo feminino deve ser levado em consideração o ciclo menstrual, neste período podem ocorrer decréscimo dos níveis de hormônios, podendo afetar nos resultados do treinamento (FLECK; KRAEMER, 2006). Mulheres produzem de 10 a 20 vezes menos testosterona que o homem, assim o efeito do treinamento no homem proporciona um aumento na massa muscular maior do que em mulheres (COLTINHO; BRINCO; DINIZ, 2011). Além disso, segundo Cadore et al. (2008), entre os indivíduos que executam o mesmo programa de treinamento de força, os que possuem maior concentração de testosterona, aumentam mais a força e potência muscular.

A hipertrofia muscular é atingida quando houver o equilíbrio de carga elevada, intervalo curtos entre as séries e altas repetições, assim proporcionará sobrecarga tensional e metabólica (MATA; ESPIG; SANTOS, 2011). Lima et al. (2006) destacam que para o treinamento promover uma adaptação morfológica em indivíduos já treinados, devem ser executadas de três a seis séries, de uma a doze repetições, com cargas de 70% a 100% de 1 repetição máxima, com intervalos de um a três minutos.

De acordo com Fleck e Kraemer (2006), o objetivo principal dos indivíduos que iniciam no treinamento de força na academia é obter alterações na composição corporal. Durante o treinamento de força em período curto (8 a 20 semanas), os resultados nos ganhos de massa muscular e redução de percentual de gordura são muito parecidos quando comparados entre homens e mulheres. Porém, quando o objetivo passa a ser hipertrofia muscular, treinamentos de 10 semanas ou até mesmo 20 semanas provocam pequenas alterações na área de secção transversa em mulheres.

Em indivíduos que já são treinados e hipertrofiados, adaptações musculares passam quase que despercebidas, já que o estímulo dado pelo treinamento (volume x intensidade) já não será um estímulo que provoque alguma adaptação, causando como resposta então o platô de estabilização (FETT; FETT, 2003). Já, em indivíduos não-treinados, o aumento dos níveis de força é significativo (DIAS et al., 2005).

2.2 SUPLEMENTAÇÃO

A prescrição de suplementos deve ser indicada quando houver a necessidade de complementar a dieta do paciente ou ele apresentar carências nutricionais, mas não deve substituir a alimentação saudável. Além dos médicos, nutricionistas e farmacêuticos devidamente capacitados podem, de acordo com a avaliação das necessidades do paciente, prescrever suplementos alimentares, conforme prevê a Lei n° 8.234/1991, que regulamenta a profissão de nutricionista, a qual estabelece, em seu artigo 4º, inciso VII, a “prescrição de suplementos nutricionais, necessários à complementação da dieta”. 

Ainda, conforme previsto na Resolução nº 586/2013, que regulamenta a “prescrição farmacêutica” e Resolução nº 661/2018, que regulamenta o “cuidado farmacêutico relacionado a suplementos alimentares e demais categorias de alimentos na farmácia comunitária, consultório farmacêutico e estabelecimentos comerciais de alimentos”, ambas do Conselho Federal de Farmácia. Segundo a Resolução nº 656/2020, do Conselho Federal de Nutricionistas, na prescrição dietética de suplementos alimentares, o nutricionista deve: 

VII – respeitar os limites de UL para nutrientes e, em casos não contemplados, considerar critérios de eficácia e segurança com alto grau de evidências científicas;

VIII – respeitar as listas de constituintes autorizados para uso em suplementos alimentares, prevista nos anexos I e II da IN ANVISA n° 28/2018 e suas atualizações, e os insumos autorizados pela Anvisa, para comercialização, disponíveis nas farmácias de manipulação;

X – considerar a biodisponibilidade e segurança na prescrição de substâncias que podem ser encontradas em diferentes formas químicas; Parágrafo único. Na identificação de efeitos colaterais, efeitos adversos, intoxicações, voluntárias ou não, observadas ou relatadas pelos clientes/pacientes/usuários, o nutricionista deverá notificar os órgãos sanitários competentes, assim como o laboratório industrial ou a farmácia de manipulação.” 

A utilização de suplementos alimentares é parte do processo de cuidado ao paciente e a prescrição farmacêutica é recomendada, desde que tais produtos estejam apresentados em formas farmacêuticas isentas de prescrição. Entretanto, não cabe ao farmacêutico a proposição de dieta ou plano alimentar ao paciente, contudo, sua atuação é conveniente no contexto da prevenção de doenças; da recuperação da saúde; na otimização do desempenho físico e mental; na complementação da farmacoterapia e na manutenção ou melhora da qualidade de vida. 

A Resolução do CFF nº 661/2018 foi publicada em atendimento à necessidade de normatização da dispensação e da prescrição de suplementos alimentares, dado às novas disposições apresentadas no Marco Regulatório do mesmo ano. Em consonância com a Lei Federal nº 13.021/2014, que categoriza a farmácia como um estabelecimento de saúde, e com as diretrizes para a farmácia clínica, a norma regulamenta os suplementos alimentares como modalidade de prática farmacêutica, dispondo sobre a dispensação e a prescrição farmacêutica destes produtos, com foco no cuidado à saúde do paciente e da equipe multidisciplinar. 

A prescrição deve levar em consideração, além das necessidades nutricionais dos pacientes, a existência de evidências científicas garantindo a eficácia e segurança do consumo do produto para o paciente. Prescrição de Produtos Especiais e Fórmulas Magistrais (chás, alimentos e etc.) Além dos suplementos alimentares o farmacêutico deve estar atento aos cuidados envolvidos na dispensação e prescrição de outras categorias de produtos análogos como alimentos para fins especiais, chás, produtos apícolas, alimentos com alegações de propriedade funcional ou de saúde e as preparações magistrais. Segundo a Resolução do CFF nº 661/2018, o farmacêutico, no ato da dispensação de suplementos alimentares e demais categorias de alimentos, deve:

“Art 3º avaliar a prescrição e informar, por escrito ou verbalmente, ao paciente e/ou a seu cuidador, sobre sua utilização racional, quer estes sejam industrializados ou manipulados. 

Art. 4º – O farmacêutico deverá avaliar a necessidade de uso do suplemento alimentar e demais categorias de alimentos, com base nas características do indivíduo, em evidências científicas quanto aos possíveis efeitos benéficos e/ou danosos à saúde, da conveniência do uso e custo. 

Art. 5º – No processo da avaliação, seja do receituário ou para fins de autocuidado, o farmacêutico deverá considerar:

I – Reações adversas potenciais;
II – Interações potenciais com alimentos, suplementos, medicamentos, exames complementares e doenças;
III – Toxicidade (aguda, subcrônica e crônica); 
IV – Precauções, advertências no uso e contraindicações; 
V – Modo de uso relacionado à indicação/alegação de uso; VI-Características do indivíduo (biológicas, socioeconômicas, culturais, psicológicas e valores).” 

Os profissionais prescritores devem observar a indicação e os limites mínimos e máximos de cada nutriente. Especialmente no caso de prescrição e dispensação de fórmulas magistrais de suplementos alimentares. A ANVISA disponibilizou, em seu portal, uma ferramenta de busca que permite a consulta sobre os nutrientes, substâncias bioativas, enzimas e probióticos. A ferramenta disponibiliza os limites mínimos e máximos, assim como os requisitos complementares de rotulagem e as alegações aprovadas com suas respectivas condições de uso.

2.3 TERMOGENICOS

Ação termogênica significa transformar em energia as calorias provenientes da gordura corporal e da alimentação. Metabolismo é a quantidade de energia (calorias) que o seu corpo consome para se manter ativo. A velocidade que o seu corpo queima calorias é chamada de “taxa metabólica” que com o aumento da temperatura do corpo proveniente da ação dos termogênicos será acelerada. O exercício físico exige maior consumo de energia do corpo e aliado com o produto termogênico a queima de calorias é maior (BACUARU, 2007). 

A taxa metabólica de cada um é determinada em grande parte por características genéticas. Algumas pessoas tem um metabolismo lento, e com isso tem dificuldade de emagrecer e de se manterem magras. Um metabolismo lento na verdade leva ao acúmulo de gordura. Outras têm um metabolismo médio e algumas poucas privilegiadas tem um metabolismo rápido. Mas em qualquer caso é possível aumentar a sua taxa metabólica. 

Toda substancia termogênica deve ser consumida junto de uma dieta balanceada feita por um nutricionista. Este tipo de produto está cada vez mais sendo usado pelos atletas praticantes de musculação e de outros esportes, ou até mesmo por iniciantes que não sabem nem ao certo qual é o seu efeito no corpo humano (MACARDLE, 2001). Existem diversos tipos de termogênicos, de diferentes funções e potências. A pergunta que muitos iniciantes fazem é: qual é o melhor termogênico? Entre a lista dos termogênicos mais usados atualmente estão: Oxyelite PRO (USP Lab), Hydroxycut Hardcore (MuscleTech®), Lipo Cut (Arnold Nutrition) e o Lipo 6 Black (Nutrex) entre outros. As substâncias mais usadas para a queima de gordura são chamadas “fat burners”, elas agem através de uma via de ativação dos receptores beta-adrenérgicos. Essa ativação resulta em lipólise e termogênese, levando ao objetivo procurado (SEDON, M., 2012).

Uma advertência para quem utilizar produtos termogênicos é que os seus compostos podem causar a elevação da pressão arterial, então, aqueles indivíduos que sofrem de hipertensão, problemas cardíacos ou tem predisposição não devem consumir, ou então, devem procurar médico ou nutricionista antes do uso. A advertência vale também para os que sofrem com diabetes. Esses produtos podem conter quantidades significativas de açúcares em sua forma líquida (Braga, 2014). A utilização de suplementos nutricionais com ação ergogênica tem se mostrado com potencial eficiente para retardar a fadiga e o aumento do poder contrátil do músculo esquelético potencializando a capacidade de realizar trabalho físico, ou seja, o desempenho físico.

3 CONCLUSÃO

Em face de todas as pesquisas bibliográficas realizadas, chegou-se à conclusão de que é de extrema importância uma nova conscientização sobre a relação saúde e hábitos alimentares e a utilização da suplementação termogênica pode ser utilizada como alternativa acessível e eficaz, a fim de auxiliar no processo de perda de gordura, além de ser importante coadjuvante no manejo nutricional de diversas patologias. 

Por sua vez o treino de força, além dos benefícios estéticos, melhora a aptidão física e condicionamento do indivíduo, proporcionando um incremento na força e massa muscular, reduzindo o percentual de gordura e melhorando o desempenho em atividades esportivas e diárias.

Averiguada a ação dos exercícios físicos e uso de termogênicos no controle da obesidade, a inclusão desses alimentos na rotina do indivíduo beneficiará abundantemente na qualidade de vida do indivíduo, que terá mais autoestima por seu corpo e poderá desfrutar de uma melhor convivência social por ter disposição e saúde.

Para o alcance dos objetivos de perda de peso deve-se investir continuamente em pesquisas sobre os reais efeitos e consequências do termogênicos, para que não reste dúvidas pertinentes ao assunto, dando maior credibilidade e segurança para os consumidores.

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¹Mestrando em Educação Física, Universidade Federal de Sergipe, Brasil
E-mail: edermagnus@gmail.com
https://orcid.org/0009-0005-9325-2067
²Mestrando em Educação Física, Universidade Federal de Sergipe, Brasil
E-mail: juliocsrcontatos@gmail.com
https://orcid.org/0000-0002-4211-4351
³Departamento de Nutrição, Instituto Educacional Rui Barbosa, Brasil
E-mail:kyzzesbarreto@gmail.com
https://orcid.org/0000-0002-3757-7511
4Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Pernambuco, Brasil
E-mail: matheus.sfernandes@ufpe.br
https://orcid.org/0000-0002-1066-9176
5Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Sergipe, Brasil
E-mail: raphaelctba20@hotmail.com
https://orcid.org/0000-0002-3899-6849