EFEITO DO MÉTODO PILATES NO TRATAMENTO DOS SINTOMAS DE ANSIEDADE EM MULHERES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA  

EFFECT OF THE PILATES METHOD IN THE TREATMENT OF ANXIETY  SYMPTOMS IN WOMEN: A SYSTEMATIC REVIEW 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202505180919


Hellen Bianca Cardoso dos Santos Silva1
Maria Eduarda de Sousa Silva2
Luciane Marta Neiva de Oliveira 3


Resumo 

Introdução: A ansiedade é um sentimento vazio e desagradável de apreensão e medo, onde se caracteriza  por desconforto ou tensão proveniente de aflição, de algo estranho ou desconhecido. Ela é considerada  patológica quando é excessiva, desproporcional ao estímulo, causando sofrimento e prejuízo ao  comportamento, interferindo na qualidade de vida, saúde e conforto mental e no desempenho diário do  indivíduo. Objetivo: Este estudo teve como objetivo discutir por meio de uma revisão sistemática de  literatura os efeitos do Método Pilates no tratamento dos sintomas de ansiedade em mulheres ansiedade  em mulheres. Métodos: Foi realizada uma busca nas bases de dados PUBMED, PEDRo, SciELO, e  MEDLINE, utilizando a estratégia PICO e obedecendo aos critérios de inclusão e exclusão predefinidos.  Foram selecionados três estudos, que abordaram a prática do Pilates em mulheres de forma online e  presencial no solo. Resultados: Os resultados mostraram que a prática do Pilates, seja presencial ou  online, promoveu reduções significativas nos níveis de ansiedade, depressão e melhorias em parâmetros  físicos. Conclusão: Apesar dos achados positivos, destaca-se a necessidade de novos estudos com maior  rigor metodológico para confirmar e ampliar as evidências disponíveis. Assim, como uma prática  promissora e de baixo custo no auxílio ao tratamento da ansiedade em mulheres. 

Palavras-chave: Método Pilates. Efeitos. Ansiedade. Sintomas em mulheres. 

1 INTRODUÇÃO 

A ansiedade é um sentimento vazio e desagradável de apreensão e medo, onde se  caracteriza por desconforto ou tensão proveniente de aflição, de algo estranho ou desconhecido.  Ela é considerada patológica quando é excessiva, desproporcional ao estímulo, causando  sofrimento e prejuízo ao comportamento, interferindo na qualidade de vida, saúde e conforto  mental e no desempenho diário do indivíduo. Para distinguir ansiedade comum de ansiedade  patológica é necessário avaliar a reação ansiosa, se é de curta duração, autolimitada e  relacionada ao estímulo do momento ou não (Braz, 2000). 

A ansiedade é um transtorno mental prevalente, afetando um número crescente de  mulheres adultas em todo o mundo, com impactos significativos na qualidade de vida, na saúde  mental e bem-estar físico. Dados recentes indicam que, globalmente, cerca de 26,3% das  mulheres apresentam sintomas de ansiedade. Esses transtornos podem manifestar-se em uma  série de sintomas, como dificuldade de concentração, tensão muscular, insônia e distúrbios  alimentares, que prejudicam tanto o funcionamento diário quanto o estado emocional (OMS,  2023). 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o percentual de pessoas ansiosas são  um dos mais comuns no mundo, afetando 301 milhões de pessoas, as mulheres são mais  afetadas do que os homens, os sintomas da ansiedade geralmente têm início durante a infância  ou adolescência. Aproximadamente 1 a cada 4 pessoas apresentam algum transtorno de  ansiedade e precisam receber tratamentos adequados para essa condição (World, 2023). 

O exercício físico traz muitos benefícios para a saúde mental dos seres humanos. O  Pilates é um método que tem mostrado capacidade de trazer melhorias físicas, psicológicas e  sociais, onde pode proporcionar resultados na prevenção e tratamento de patologias  relacionadas a aspectos multidimensionais. Um dos aspectos psicológicos estimulados pela  prática de exercícios físicos é o estado de humor, que podem ser definidos como tônus afetivo  do indivíduo, que altera a percepção das experiências verídicas, ampliando ou diminuindo seus  impactos (Melo et al., 2020). 

O Método Pilates (MP) traz benefícios que melhoram a qualidade de vida de quem o  pratica. Esse método é um importante aliado contra o sedentarismo e fatores estressores, que  podem acarretar doenças hipocinéticas, afetando a qualidade de vida dos indivíduos. A  contribuição do Pilates na saúde mental pode ser tanto de forma preventiva como paliativa,  objetivando a redução do estresse, do aparecimento de distúrbios osteomusculares, facilitação  da reabilitação, tornando então o praticante mais ativo e nutrindo uma harmonia entre corpo e  mente (Fabrício et al., 2022). 

O Pilates trabalha o corpo como um todo, o estimulando de modo geral e equilibrado,  podendo proporcionar maior integração entre mente e corpo, aumenta a capacidade respiratória,  tonificação, aumento de energia, definição da musculatura, desenvolvimento do  condicionamento físico e mental, elevação da consciência corporal, alívio do estresse, aumento  da autoestima e diminuição das dores musculares. Dessa forma, observa-se que o MP melhora significativamente o estado de humor dos praticantes, destacando-se os sentimentos de tensão,  confusão e depressão (Melo et al., 2020). 

Diante disso, percebe-se a importância desse estudo e a necessidade de entender e buscar  maiores números de evidências cientificas que comprovem a efetividade do Método Pilates na  sintomatologia da ansiedade. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo analisar por  meio de uma revisão sistemática os efeitos do Método Pilates na redução dos sintomas da  ansiedade em mulheres. 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  

2.1 Ansiedade 

A ansiedade é uma condição que pode ser emocional ou fisiológica pode ocorrer quando  se enfrenta alguma situação de estresse ou de preocupação, é considerada uma situação comum  da vida quando se tem um determinado anseio por algo que está preste a acontecer, no entanto,  se em algum momento, ela tornar-se persistente ou durar por um período longo de tempo, e  começar a prejudicar significativamente a vida, pode ser considerada como um distúrbio ou  doença (Anna Nery, 2021).  

Baseado na Organização Mundial de Saúde (OMS, 2023). Os transtornos ansiosos são  os transtornos mentais mais comuns do mundo, afetando 301 milhões de pessoas em 2019.  Alguns estudos consideram a ansiedade uma das mais frequentes situações decorrentes  psicológicas que acontece nos últimos tempos, cuja etiologia vai depender de uma influência  mútua que predispõe a cada indivíduo. A ansiedade pode contribuir significativamente para a  perda de saúde, sendo uma causa muito decorrente nos dias atuais, afetando negativamente a  saúde emocional, e o bem-estar físico (Salles et al., 2012).  

Alguns fatores relacionados a ansiedade não são de diagnóstico simples, é comum para  alguns pacientes não reconhecerem os sinais apresentados, podendo contribuir para que os  sintomas da ansiedade passam a ser negligenciados. Contribuindo com o passar do tempo, para  o agravo dos sinais que variam de pessoa para pessoa. Os sintomas como desânimos, ataques  de pânico, momentos de angústia, na qual desencadeiam o choro, e, na maioria das vezes, a  própria pessoa não sabe explicar o motivo que levou a desencadeá-lo (Costa et al., 2020).  

A maioria dos estudos segundo a OMS mostrou que a ansiedade é mais comum entre as  mulheres do que entre os homens, e com uma tendência de incidência que cresce anualmente. 

Acontece que a genética e a fluxo hormonal são mais preponderantes no desenvolvimento da  doença entre o sexo feminino. De fato, os efeitos adversos da ansiedade em mulheres podem  diminuir a função imunológica aumentando os sintomas da doença ou inflamação, o que acaba  afetando negativamente o bem-estar físico e mental comportamental (Kubota et al., 2018). 

O Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), diferentemente da ansiedade que pode  ser temporária e ocorre em momentos específicos, o TAG consiste por longos períodos. O  mesmo é classificado como um sentimento de medo, angústia, sentimento vago, desconforto,  tensão por antecipação (Portela et al., 2021). Assim como alguns transtornos o (TAG) é  considerado um dos problemas de saúde mental mais comuns e que mais impactam de forma  negativa a vida das pessoas acometidas por esses transtornos (Moura et al., 2020).  

Pesquisas voltadas para a ocorrência de transtornos de ansiedade, mostram que os  transtornos ansiosos são mais comuns nas mulheres do que nos homens. Considerando o  contexto de vida das mulheres, muitas vezes decorrentes por eventos marcantes, como a  gravidez, o parto e o período pós-parto (Costa, 2019). Esses números crescentes em mulheres  são decorrentes de alguns fatores que comumente se intensifica no contexto das pressões  estéticas, demandas de rotina no trabalho e estresses da vida diária, sendo uma reação natural e  adaptativa (Miranda, 2021).  

Os transtornos de ansiedade podem incluir transtornos que apresentam características  de ansiedade, medos excessivos e perturbações comportamentais. Diferenciam entre si nos tipos  de objetos ou situações que podem induzir o medo, ansiedade ou comportamento. Cada  transtorno de ansiedade é diagnosticado de uma forma, somente são perceptíveis quando os  sintomas começam a ser apresentados (American, 2013).  

Existem alguns tipos de transtornos como o social, que ocorre quando algumas situações  são temidas por negatividade, deve ser diagnosticado transtorno de ansiedade social. Uma das  características essenciais do transtorno de ansiedade generalizada (TAG) são ansiedade e  preocupações excessivas expectativa apreensiva acerca de diversos eventos ou atividades que  irão acontecer. A pessoa ansiosa pode apresentar certas dificuldades em controlar as suas  emoções, de evitar pensamentos preocupantes, o que pode interfiram na sua concentração e no  seu bem-estar físico e emocional (Miranda et al., 2021)

2.2 Epidemiologia relacionada a Ansiedade 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o percentual de pessoas ansiosas são  um dos mais comuns no mundo, afetando 301 milhões de pessoas, as 10 mulheres são mais  afetadas do que os homens, os sintomas da ansiedade geralmente têm início durante a infância  ou adolescência. Aproximadamente 1 a cada 4 pessoas apresentam algum transtorno de  ansiedade e precisam receber tratamentos adequados para essa condição (World, 2023).  

Os sintomas de ansiedade têm aumentado de maneira expressiva ao longo do tempo,  sobretudo pelo modo de vida moderna tendo predominância no sexo feminino, muitas vezes  precedida por eventos vitais que podem ser marcantes, como a gravidez, o parto e o puerpério.  (Oliveira, 2018). Durante a gestação, normalmente a mulher fica um pouco apreensiva com a  chegada do bebe é carregada de expectativas, mudanças e novos desafios, o que pode levar a  uma série de sentimentos, podendo gerar medos e algumas frustações (Muller, 2021).  

A ansiedade é um dos principais fatores maternos que as mulheres apresentam, com  maior prevalência no período pós-parto, 14% nos países de renda elevada e 26% naqueles de  baixa-média renda. Alguns desses fatores envolvem preocupação em excesso, frustrações, falta  de apoio, tensão muscular, alterações do sono são alguns dos sintomas que muitas mulheres  apresentam durante o puerpério, influenciando no desencadeamento de sintomas ansiosos  (Abuchaim, 2023).  

Atualmente o índice de mulheres que sofrem com ansiedade é crescente, por conta de  vários fatores, a autoestima, fatores hormonais. Alguns dos transtornos comuns como a  ansiedade mostra uma elevada prevalência na população demostrando característica mundial,  podendo variar de 14,7% a 21,8%, com maior ocorrência nas mulheres, quando comparado com  os homens (Soares, 2020).  

A ansiedade em mulheres idosas vem apresentando um grande aumento e tornando-se  um dos mais importantes agravos na saúde mental da terceira idade, com prevalência global  entre 15% e 52%. Embora os quadros ansiosos estejam presentes em várias etapas da vida, os  quadros de ansiedade demostram um agravamento maior na senilidade (Zhao,2020).  Caracteriza-se como uma das causas de afastamento do meio social, o que ocasiona em um dos  fatores de risco que pode predispor para o agravamento de algumas patologias decorrentes na  terceira idade (Dong et al., 2021). 

A terceira idade gera uma provocação natural, o que pode ocasionar na diminuição da  funcionalidade do indivíduo, gerando redução na capacidade de adaptação da pessoa idosa,  tornando-a muitas vezes incapaz de realizar ou executar algumas atividades do cotidiano, como  no seu autocuidado, afazeres diários e gerando afastamento do meio social. Contudo, quando o  envelhecimento está associado a quadros aspectos psicológicos ou com algumas comorbidades,  geralmente os graus de fragilidade e autonomia vão tornando-se mais graves, ocasionando em  determinados sintomas ansiosos (Costa, 2023). 

2.3 Tipos de Tratamento da Ansiedade 

As mudanças constantemente ocorridas no mundo atual somado as pressões que lidamos  no dia a dia influenciam diretamente na carga emocional na vida das pessoas e acaba  desencadeando variadas emoções negativas, principalmente a ansiedade. A ansiedade se  manifesta de maneira fisiológica, mobilizando recursos físicos e psicológicos. Essa reação a  certas situações cotidianas pode evoluir para algum transtorno mental, causando sofrimento  psicológico, além de acarretar problemas funcionais para a vida tanto profissional, quanto  pessoal (Aletheia, 2017).  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o país tem 18,5 milhões de  pessoas vivendo com ansiedade. Dessa forma, é necessário procurar tratamentos interventivos  para diminuir esse espectro da doença. O objetivo deste, é que o paciente diminua o grau de  ansiedade funcional, além de reduzir a angústia. Nos casos mais sutis, a psicoterapia pode  resolver, em casos mais elevados, o tratamento pode incluir o uso de medicamentos  antidepressivos. O tratamento pode ser também multiprofissional, com terapia cognitiva comportamental e psicoterapia (Governo do Estado do Ceará, 2019).  

A terapia cognitiva-comportamental (TCC), evidencia três propostas fundamentais: A  primeira refere-se ao papel cognitivo, onde é considerado que há um processo cognitivo  subsequente de avaliações de eventos externos e internos que afetam a resposta a situação. A  segunda conceitua que a atividade cognitiva pode ser monitorada, avaliada e modificada. E a  terceira, se baseia na alteração do comportamento, a partir da análise e modificações cognitivas  (Aletheia, 2017).  

A TCC tem como excentricidade ser estruturada, dirigida as demandas psicológicas do  presente, orientada a resolução de problemas e a alteração de pensamentos, sentimentos e  comportamentos conflitantes. Essa terapia destaca-se pelos fatores práticos e teóricos que  envolvem a cognição, comportamento e emoções. Baseando-se nos estudos científicos que possuem elevada competência, a TCC influencia na redução de crises de pânico e ansiedade  generalizada, trazendo técnicas que vão dar foco aos transtornos de humor, acarretando no  equilíbrio psicológico (Teixeira, 2021).  

Embora o tratamento padrão atual para ansiedade seja a TCC e o tratamento  medicamentoso, e apesar dos avanços farmacológicos, ainda é notável a resistência a esse tipo  de intervenção, devido aos efeitos colaterais e má adesão ao medicamento, que é comum em pacientes com transtorno de ansiedade. Além disso, as elevadas listas de espera para a TCC  podem acarretar no aumento dos sintomas e prognóstico a longo prazo. É necessário  tratamentos que sejam individualizados, não recriminados, com redução de efeitos colaterais e  com prescrição mais facilitada (Henriksson, 2022).  

Sinais evidentes do transtorno da ansiedade generalizada (TAG), são caracterizados por  expectativa apreensiva, persistente e de difícil controle, além de preocupação exacerbada,  podendo se prolongar por 6 meses. Os sintomas podem variar, mas no geral apresentam fadiga,  dificuldade para relaxar, insônia, falta de ar, náusea, taquicardia, entre outros. Dessa forma, a  prática de atividades físicas também foi inserida como uma opção para o tratamento da TAG,  podendo trazer alívio dos sintomas e relaxamento através da sua prática (SESA, 2021).  

A atividade física pode ser realizada sozinha ou em combinação com outro tipo de  tratamento padrão. O objetivo dessa prática é aumentar ou manter a aptidão. O treinamento  físico aeróbio pode gerar efeitos antidepressivos e ansiolíticos e resguardar o organismo de  efeitos adversos do estresse na saúde mental e física. Os exercícios físicos produzem diminuição  da ansiedade a partir de técnicas de meditação e relaxamento, onde vão proporcionar alívio dos  sintomas e atuar de forma positiva na qualidade de vida do indivíduo (Nyberg, 2022).  

Em populações como de mulheres e adolescentes, a conduta sedentária está diretamente  ligada ao risco elevado de desenvolvimento de transtornos mentais. Esse aumento dos  transtornos está associado a diminuição do nível de atividade física. De fato, é evidente o quanto  a prática de exercícios físicos é um integrante chave na intervenção de diversas patologias.  Dessa forma, a manutenção do estilo de vida fisicamente ativo está relacionada a melhor saúde  global (Aline, 2022). 

A prática de atividades físicas, além de melhorar o condicionamento físico, diminui o  estado de ansiedade e estresse, isso se deve ao fato do aumento da produção de serotonina e  outras substâncias que ajudam a aumentar a sensação de prazer. Segundo estudos científicos, realizar exercícios físicos favorece a capacidade neurológica saudável, que ajudam na  criatividade, na concentração e memória, além disso, reduz níveis leves e moderados de  ansiedade e depressão (MPPI, 2020).  

Praticar atividades físicas de grau moderado sempre foi considerado saudável, mas  apenas a partir de 1970, a prática física passou a ser vista como um benefício a saúde mental e  física. Pelletier, Shanmugasegaram, Patten e Demers, afirmam que o exercício físico alivia os  sintomas da ansiedade por meio de mecanismos fisiológicos, trazendo efeitos positivos no sono,  interação social e senso de domínio. Nesse contexto, a atividade e o exercício físico são um  favorável tratamento não farmacológico para os sintomas da ansiedade, ajudando também na  composição corporal (Aline, 2022).  

O exercício físico tem como objetivo melhorar e manter a aptidão física e a saúde  psicológica e fisiológica. Essa prática trás a diminuição dos efeitos negativos psicológicos,  como a redução da tensão, aumento da resistência muscular, além de oferecer maior proteção  para o corpo, melhorando a imunidade e combatendo patologias futuras. Dessa forma, a prática  de atividade física tem um grande impacto na ansiedade e na TAG, onde se é constatado uma  melhora nas sensações positivas, promovendo resultados positivos a longo prazo (Luiza et al;  2023). 

2.4 Método Pilates associado ao Tratamento da Ansiedade 

O transtorno de ansiedade causa alterações psíquicas que ataca a população moderna,  correspondendo pela quinta e sexta causa da incapacidade no Brasil. Estudos demonstram que  a prática do Método de Pilates (MP), que treina corpo e mente, podem ser avaliados como  alternativa para o tratamento para pessoas com transtornos, distúrbios mentais e síndromes. O  Pilates possui um conjunto de técnicas que promovem harmonia entre corpo e mente,  independentemente da idade, do sexo, capacidade ou habilidade de uso para melhorar os estados  físicos e mentais (Kandola, 2020). 

Algumas pesquisas realizadas em meados de 2013, mostram que a falta das práticas de  atividades físicas aumenta os níveis de ansiedade, estresse e depressão. Assegura-se então que  pessoas que não realizam treinamento físico acabam sendo mais ansiosas. Dessa forma, pessoas  que possuem transtornos de ansiedade diagnosticados tem mais objeção de se incluir em  atividades físicas regulares no seu cotidiano do que pessoas que não possuem o mesmo  diagnóstico, apresentando-se assim dificuldades para iniciar a procura por um exercício  permanente (Silva, 2023). 

O exercício físico traz muitos benefícios para a saúde mental dos seres humanos. O  Pilates é um método que tem mostrado capacidade de trazer melhorias físicas, psicológicas e  sociais, onde pode proporcionar resultados na prevenção e tratamento de patologias  relacionadas a aspectos multidimensionais. Um dos aspectos psicológicos estimulados pela  prática de exercícios físicos é o estado de humor, que podem ser definidos como tônus afetivo  do indivíduo, que altera a percepção das experiências verídicas, ampliando ou diminuindo seus  impactos (Melo, 2020).  

O transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é uma condição de saúde mental, onde  ocorre a presença da ansiedade excessiva e persistente devido a diversas situações do cotidiano,  seguido de sinais físicos e emocionais. O tratamento geralmente inclui psicoterapia e  medicamentos ansiolíticos, mas, atualmente, a prática de atividade física vem sendo  considerada uma opção muito viável para ajudar a controlar os sintomas de ansiedade. A  negativa em executar exercícios físicos está relacionada com a predisposição neurobiológica do  neuroticismo (Silva, 2023).  

O MP traz benefícios que melhoram a qualidade de vida (QV) de quem o pratica. Esse  método é um importante aliado contra o sedentarismo e fatores estressores, que podem acarretar  doenças hipocinéticas, afetando a QV dos indivíduos. A contribuição do Pilates na saúde mental  pode ser tanto de forma preventiva como paliativa, objetivando a redução do estresse, do  aparecimento de distúrbios osteomusculares, facilitação da reabilitação, tornando então o  praticante mais ativo e nutrindo uma harmonia entre corpo e mente (Fabrício, 2022).  

O Pilates trabalha o corpo como um todo, o estimulando de modo geral e equilibrado,  podendo proporcionar maior integração entre mente e corpo, aumenta a capacidade respiratória,  tonificação, aumento de energia, definição da musculatura, desenvolvimento do  condicionamento físico e mental, elevação da consciência corporal, alívio do estresse, aumento  da autoestima e diminuição das dores musculares. Dessa forma, observa-se que o MP melhora  significativamente o estado de humor dos praticantes, destacando-se os sentimentos de tensão,  confusão e depressão (Melo, 2020).  

Estudos atuais verificaram que a atividade regular de Pilates auxilia na redução do  estresse, diminuição da ansiedade e no aumento da qualidade do sono. De acordo com a revista  científica The Journal of Mental Health and Physical Activity, a técnica de concentração e a  respiração profunda exigidas durante o MP realiza um papel importante no avanço do  relaxamento e alívio do estresse. Ademais, um estudo publicado na Sleep Medicine Reviews aponta a prática do Pilates também melhora a qualidade do sono e a diminuição dos sintomas  de insônia, além de aumentar a autoconfiança e autoestima (APMP, 2023).  

Estudos com relação a Fisioterapia mostram que o MP, utilizado como reabilitação,  realiza uma conexão corporal que favorece a redução do quadro álgico. Os exercícios  juntamente com as técnicas de respiração ajudam no relaxamento e redução da tensão muscular,  aumenta a flexibilidade, melhora a força muscular e a capacidade funcional. Salienta-se que as  vantagens proporcionadas por essa prática ajudam na liberação de serotonina, dopamina e  endorfina, causando uma sensação de prazer e bem estar (Jordânia, 2021).  

Diante do exposto, observa-se que o método Pilates se tornou um aliado na redução e  controle do estresse em adultos de ambos os sexos, a contar do entendimento da diminuição  direta desta tensão psicossocial ou redução de outros aspectos que causam estresse. Dessa  forma, propriedades como ansiedade, bem estar, sono e alívio de dores são considerados fatores  intervenientes que contribuem de forma direta para a qualidade de vida do praticante do MP.  No segmento de movimentação corporal o método se destaca pela melhora significativa do  desempenho cognitivo e funcional (Cavalcanti,2021).  

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é uma sensação  plena de bem-estar, onde o indivíduo comprova suas capacidades, enfrentando divergências  cotidianas da vida, trabalha positivamente de modo intenso, contribuindo dessa forma para a  sua comunidade (OMS,2020). Dessa forma, a importância do Método Pilates para a saúde  mental está relacionada diretamente aos benefícios que ele pode trazer para a qualidade de vida,  humor, qualidade de sono e redução de estresse e ansiedade (Fabrício, 2022). 

3 METODOLOGIA  

A presente pesquisa trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada no  período de fevereiro a abril de 2025, e registrada no Registro Prospectivo Internacional de  Revisões Sistemáticas (PROSPERO) sob o número CRD42025648503. O estudo foi orientado  pela seguinte pergunta clínica: “Quais os efeitos do MP nos sintomas da ansiedade em  mulheres?”  

Inicialmente, elaborou-se uma estratégia de busca nas bases de dados National Library  of Medicine (PubMed), Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e Scientific Electronic  Library Online (SciElo). Utilizaram-se os descritores em inglês “Pilates method”, “anxiety’’,  “women’’ e “Effects” e “symptoms on women’’, bem como seus correspondentes em português “método pilates”, “ansiedade”, “mulheres’’, “efeitos” e “sintomas em mulheres’’, combinados  por meio do operador booleano AND. Na sequência, definiram-se os critérios de inclusão, que  abrangeram: ensaios clínicos randomizados, pesquisas realizadas com mulheres diagnosticadas  com ansiedade, estudos que utilizem o MP como forma de tratamento da ansiedade e artigos  disponíveis na íntegra. Os critérios de exclusão foram: Estudos que não detalhem o protocolo  de Pilates dificultando a reprodutibilidade dos resultados, artigos que associem o MP a outras  práticas de atividade física e estudos que não avaliem especificamente a ansiedade como um  desfecho.  

Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foi realizada a leitura dos títulos  e resumos dos artigos. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra para a confirmação de sua  adequação aos critérios estabelecidos. O processo de identificação, triagem, elegibilidade e  inclusão dos estudos está descrito no fluxograma abaixo.  

Fluxograma 1. Pesquisa e seleção dos estudos relacionados nos bancos de dados,  conforme a plataforma Prisma. Teresina-PI  

Fonte: As Autoras (2025) 

Em seguida, foi realizada uma síntese dos resultados por meio de uma tabela composta  pelo autor e ano de publicação, amostra, objetivo da pesquisa, desenho metodológico e  principais resultados encontrados. Os estudos incluídos foram submetidos á avaliação da  qualidade metodológica, conduzida de forma independente por dois revisores, utilizando a  escala PEDro objetivando assegurar a validade e a confiabilidade dos achados. Por fim, foi  realizada a discussão dos resultados encontrados, seguida da apresentação da conclusão do  estudo. 

4 RESULTADOS E DISCURSSÃO  

O quadro 1 referente à avaliação metodológica dos artigos selecionados por meio da  escala de qualidade PEDro organizada em critérios de avaliação, autor e ano de publicação.  

Quadro 1 – Análise da qualidade metodológica dos estudos selecionados por meio da  escala PEDro. Teresina-PI, 2025.

Critérios/ArtigosBulguroglu  et al., 2024Alizadeh  et al.,  2023Aibar Almazán  et al.,  2019. 
1. Os critérios de elegibilidade foram  especificados.Não Sim Sim
2. Os sujeitos foram aleatoriamente  distribuídos por grupos (num estudo cruzado,  os sujeitos foram colocados em grupos de  forma aleatória de acordo com o tratamento  recebido).Não Sim Sim
3. A alocação dos sujeitos foi secreta. Não Não Não 
4. Inicialmente, os grupos eram semelhantes no  que diz respeito aos indicadores de prognóstico  mais importantes.Sim Sim Sim
5. Todos os sujeitos participaram de forma  cega no estudo.Não Não Não 
6. Todos os terapeutas que administraram a  terapia fizeram-no de forma cega.Sim Não Não 
7. Todos os avaliadores que mediram pelo  menos um resultado-chave, fizeram-no de  forma cega.Sim Não Não 
8. Mensurações de pelo menos um resultado chave foram obtidas em mais de 85% dos  sujeitos inicialmente distribuídos pelos grupos.Sim Sim Sim 
9.Todos os sujeitos a partir dos quais se  apresentaram mensurações de resultados  receberam o tratamento ou a condição de  controle conforme a alocação ou, quando não  foi esse o caso, fez-se a análise dos dados para  pelo menos um dos resultados- chave por  “intenção de tratamento”.Sim Não Não
10. Os resultados das comparações estatísticas  inter-grupos foram descritos para pelo menos  um resultado chave.Sim Não Sim
11. O estudo apresenta tanto medidas de  precisão como medidas de variabilidade para  pelo menos um resultado-chave.Sim Não Sim 
TOTAL 7/10 4/10 6/10

Fonte: As Autoras (2025) 

O quadro 2 descreve as principais características relacionadas aos estudos, separadas  por autor, amostra, objetivos, intervenção e resultados, para organizar e comparar as  informações dos artigos. 

Quadro 2 – Dados gerais sobre os artigos selecionados para obtenção dos resultados.  Teresina-PI, 2025.

Autor Amostra Objetivo Intervenção Resultados
Bulguroglu  et al., 2024.58 gestantes. Determinar o  efeito dos  exercícios de  Pilates on-line na  depressão,  ansiedade e medo  do parto em  mulheres grávidas.53 gestantes  foram divididas  aleatoriamente  em dois grupos:  Grupo Pilates  Online (GPO),  que realizou  sessões online de  Pilates por 8  semanas, 2 vezes  por semana, com  duração de 1  hora cada. E  Grupo Controle  (GC), que seguiu  um programa  domiciliar de  respiração e  relaxamento. Foi  aplicada uma  escala  padronizada para  avaliar a  ansiedade,  Escala de  Ansiedade  
Traço-Estado  (STAI) para a  avaliação da  ansiedade.
O Grupo Pilates  (GP) online  apresentou  reduções  estatisticamente  significativas nos  níveis de ansiedade, 
depressão e medo  do parto (p <  0,05). 
Alizadeh et al., 2023.60 mulheres  diagnosticadas com diabetes  tipo 2.Avaliar os efeitos  da prática de  Pilates nos níveis  de ansiedade  depressão e  indicadores  antropométricos.60 mulheres  diagnosticadas  com Diabetes  Mellitus tipo 2  (DM2) foram  divididas em  dois grupos: O  Grupo Pilates,  onde foi  realizado 3  sessões semanais  de Pilates no solo  por 8 semanas. E  o Grupo  Controle, que  recebeu apenas  cuidados 
habituais da  clínica. Houve  avaliação antes e  depois com a  Escala de  Ansiedade e  Depressão  Hospitalar  (HADS).
O GP teve  redução  significativa dos níveis de  ansiedade, onde  de 13,33 reduziu  para 3,5 (P< 0,05). 
Agustín et  al., 2019. 110 mulheres  na pós menopausa.Analisar os efeitos  de um programa de  Pilates na  qualidade de sono, ansiedade,  depressão e fadiga  em mulheres  espanholas pós menopáusicas com  60 anos ou mais. 110 mulheres  foram divididas  em dois grupos:  O Grupo Pilates, composto por 55  mulheres, onde  foi realizado  sessões de  Pilates 2 vezes  por semana  durante 12  semanas. E o  Grupo Controle,  com 55  mulheres, que  manteve seus  hábitos diários e  recebeu  orientações  gerais de  atividade física.  Houve avaliação  do nível de  ansiedade pela  Escala de  Ansiedade e  Depressão  Hospitalar  (HADS).O grupo Pilates  apresentou  melhorias  significativas na redução da  ansiedade  (P<0,01).

Fonte: As Autoras (2025) 

Na realização dessa revisão sistemática, encontraram-se três artigos nas bases de dados  (PEDro, Scielo e PUBMED), os quais utilizaram o MP no tratamento de mulheres com  ansiedade. Tendo como objetivo avaliar a efetividade desse método no tratamento dos sintomas  de ansiedade em mulheres. Todos os artigos estudados utilizaram o método Pilates como  intervenção de tratamento. 

Na pesquisa de Bulguroglu et al. (2024), foi investigado os efeitos do tratamento de  Pilates online na depressão, ansiedade e medo do parto em mulheres grávidas, já o estudo de Alizadeh et al, (2023) avaliou os efeitos dos exercícios de Pilates na ansiedade, depressão e nos  índices antropométricos (IMC, circunferência da cintura e relação cintura-quadril) de mulheres  com diabetes tipo 2, enquanto Aibar-Almazán et al. (2019) investigou os efeitos do treinamento  de Pilates na qualidade do sono, ansiedade, depressão e fadiga em mulheres pós-menopáusicas,  demonstrando resultados positivos nos sintomas da ansiedade. Embora os três estudos citados  acima, não seja um público homogêneo, tratam de mulheres, com situações clínicas diferentes,  porém todas apresentam sintomas de ansiedade e utilizam o Pilates como forma de intervenção.  

Estudos como de Yildirim et al. (2023), reforçam que o exercício físico é uma  intervenção tão eficaz quanto terapias psicológicas tradicionais. A prática do Pilates, por  incorporar princípios de respiração, foco e consciência corporal, pode ter potencializado o  autocontrole emocional e autoconfiança das gestantes, o que é crucial para a melhora do humor,  é evidenciado que o exercício terapêutico baseado em Pilates é uma opção segura e eficaz para  reduzir a dor, a incapacidade e os sintomas emocionais em gestantes, sendo uma intervenção  recomendável na prática clínica (Yildirim et al., 2023). 

Na pesquisa de Bulguroglu et al. (2024) foi conduzido um treinamento online de Pilates  para gestantes duas vezes por semana, durante oito semanas com duração de uma hora via  Microsoft Teams. Antes, as participantes receberam uma sessão preparatória focada em  respiração, posicionamento corporal e movimentos suaves. As aulas online, para pequenos  grupos de gestantes no mesmo trimestre, seguiam uma estrutura de aquecimento, exercícios de  Pilates e relaxamento, com alongamento e exercícios posturais e intensidade aumentada com  theraband, sendo demonstradas visual e verbalmente na mesma ordem. Os resultados da Escala  de Ansiedade Traço-Estado (STAI) indicaram uma redução levemente significativa na  ansiedade (P < 0,05), impactando de forma positiva na diminuição da dor e insônia, além de  aumentar a qualidade de vida, concentração, foco, respiração e melhora no humor. 

O estudo de Alizadeh et al. (2023) analisou o efeito dos exercícios de Pilates sobre a  ansiedade, depressão e índices antropométricos em mulheres com diabetes mellitus tipo 2  (DM2). Aplicou-se o Método Pilates no solo de forma presencial, três vezes por semana durante  oito semanas, com cada sessão durando uma hora e supervisionada por um especialista em  exercícios de Pilates. Após oito semanas, os dados foram coletados novamente e analisados  estatisticamente usando o software SPSS 22. Os resultados mostraram redução significativa da ansiedade e depressão (p<0,05) de acordo com a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão  (HADS), além de melhorias no humor, estresse, respiração e qualidade de vida. O estudo  também destacou benefícios fisiológicos, como melhora da oxigenação cerebral, uso da glicose  no cérebro e aumento na atividade antioxidante. 

Aibar-Almazán et al. (2019) avaliou um programa de Pilates no solo durante doze  semanas, sendo realizada duas sessões por semana com duração de uma hora. Cada sessão foi  dividida em três partes, aquecimento de dez minutos, atividade principal de trinta e cinco  minutos e desaquecimento de quinze minutos. O treinamento foi realizado sempre no mesmo  centro esportivo local, com supervisão de um instrutor experiente. Na semana anterior ao início  do programa, as participantes foram familiarizadas com a execução correta dos movimentos,  com o powerhouse (músculos abdominais, paravertebrais e do assoalho pélvico) e os princípios  do método Pilates, sendo realizados na posição sentada e em pé com intensidade progressiva.  Os resultados mostraram redução significativa da ansiedade e depressão (p<0,01) de acordo  com a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), além de efeitos positivos na  insônia, fadiga, qualidade de sono, qualidade de vida e sintomas depressivos.  

Os estudos de Bulguroglu et al. (2024), Alizadeh et al. (2023) e Aibar-Almazán et al.  (2019), utilizaram o programa de Pilates no solo de forma estruturada, com sessões de uma  hora, duas a três vezes por semana, por até doze semanas. Todos os estudos utilizaram a mesma  ordem de organização, sendo realizado o aquecimento, os exercícios de Pilates e o  desaquecimento. Ademais, os programas de Pilates utilizados trouxeram efetividade tanto no  método presencial como no método online. As avaliações foram realizados através de escalas  psicométricas válidas, focando na saúde mental e realizando sempre uma verificação primária  de segurança. O método Pilates, seja ele presencial ou online, é demonstrado em todos os artigos  como um método seguro e eficaz para a redução de sintomas de ansiedade e depressão em  mulheres com diferentes condições fisiológicas, adotando análises estatísticas e alta adesão das  participantes, reforçando a validade dos resultados. Apesar de não terem um protocolo definido,  todos os artigos demonstraram resultados positivos nos sintomas da ansiedade.  

Os resultados obtidos no estudo de Alizadeh et al. (2023), Bulguroglu et al. (2024) e  Aibar-Almazán et al. (2019) mostraram que todos os grupos que participaram das sessões de  Pilates, seja ele presencial ou online, apresentou reduções estatisticamente significativas nos  níveis de ansiedade e depressão após as semanas de intervenção, contribuindo para a melhora  de sintomas como insônia, além de promover melhora no humor, da respiração e qualidade de  vida. Em contraste, o grupo controle, que não participou das sessões de Pilates apresentou um  aumento nos níveis de ansiedade e depressão durante o mesmo período. No mais, a pesquisa de  Aibar-Almazán et al. (2019) aponta que no contexto da prática clínica e da promoção da saúde,  a implementação de programas de Pilates pode ser uma intervenção viável para reduzir  sintomas frequentemente negligenciados nesse público, promovendo um envelhecimento mais  saudável e ativo. 

Embora o público de mulheres tenha diferenças em suas condições fisiológicas, os  resultados obtidos foram favoráveis porque a prática do método Pilates mostrou resultados  positivos tanto para mulheres gestantes que praticaram de forma online, quanto para mulheres  que apresentam diabetes do tipo 2 e mulheres pós-menopáusicas que praticam de forma  presencial. Houve unanimidade em todas as pesquisas, o que comprova que independentemente  da quantidade de vezes que é realizado por semana, se é feito de forma online ou presencial, e  no solo, o método Pilates se mostrou efetivo em ambos os estudos. 

5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Em virtude dos fatos mencionados, os artigos visam analisar e avaliar os efeitos do  método Pilates na ansiedade em mulheres, apresentando diferentes condições fisiológicas que  podem desencadear sintomas ansiosos. Com base na análise dos artigos apresentados neste  estudo, apesar de possuírem protocolos divergentes, foi constatado que a prática do método de  Pilates obteve resultados positivos na melhora dos sintomas de ansiedade em mulheres seja ele  aplicado no solo, de forma online ou presencial, com duração de aplicabilidade diferentes. No  entanto, devido ao nível e baixa qualidade metodológica dos artigos, há necessidade ainda de  novas pesquisas com mais evidências científicas sobre a temática. 

REFERÊNCIAS 

AIBAR-ALMAZÁN, A. et al. Effects of Pilates training on sleep quality, anxiety, depression  and fatigue in postmenopausal women: A randomized controlled trial. Maturitas, v. 124, p.  62–67, 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31097181/. Acessado em 14 de  maio de 2025. 

ALIZADEH, R. et al. Effect of Pilates on Anxiety, Depression, and Anthropometric Indices of  Women with Type 2 Diabetes. Medical – Surgical Nursing Journal, v. 12, n. 2, 2023. Disponível em: https://brieflands.com/articles/msnj-143695. Acessado em 14 de maio de 2025. 

ARACI, A.; ASLAN, U. B. Physical and psychological effects of neuromuscular integrative  activity vs Pilates on sedentary females. Journal of Bodywork and Movement Therapies,  2023. Disponível em: https://www.semanticscholar.org/paper/Physical-and-psychological-effects-of-neuromuscular-Araci-Aslan/13db26030cc0b679f167177becca64ed7310c439.  Acessado em 14 de maio de 2025. 

ARAÚJO, S. R. C. DE; MELLO, M. T. DE; LEITE, J. R. Transtornos de ansiedade e exercício  físico. Revista brasileira de psiquiatria, São Paulo, Brazil: 1999, v. 29, n. 2, p. 164–171, 2006. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/240299232_Transtornos_de_ansiedade_e_exercicio _fisico. Acessado em 14 de maio de 2025. 

BULGUROGLU, M.; BULGUROGLU, H. I. The effects of online pilates on the mood and fear  of birth of pregnant women: a randomized controlled study. Scientific Reports, v. 14, n. 1, 2024. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41598-024-67290-5. Acessado em 14  de maio de 2025.  

CAVALCANTE, S. V. P. M. et al. Efeitos do método Pilates no controle glicêmico de pessoas  com diabetes mellitus tipo 2. Atena Editora, 2021. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/344858813_EFEITOS_DO_METODO_PILATES_ NO_CONTROLE_GLICEMICO_DE_PESSOAS_COM_DIABETES_MELLITUS_TIPO_2.  Acessado em 14 de maio de 2025.  

COSTA, P. DE A. et al. Associações entre ansiedade e incapacidade funcional em pessoas  idosas: estudo transversal. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, v. 26, p. e230073,  2023. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/7RvZVRtFVSzRm9wvtSc49Ts/.  Acessado em 14 de maio de 2025. 

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MENDO, H.; JORGE, M. S. G. Pilates method and pain in pregnancy: a systematic review and  metanalysis. Brazilian Journal Of Pain, v. 4, n. 3, p. 276–282, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/brjp/a/PgXwmqdkBP3MDXZLcQVJdVc/. Acessado em 14 de maio de  2025. 

YILDIRIM, P; BASOL, G.; KARAHAN, A. Y. Pilates-based therapeutic exercise for  pregnancy-related low back and pelvic pain: a prospective, randomized, controlled trial.  Turkish Journal of Physical Medicine and Rehabilitation, Ankara, v. 69, n. 2, p. 207–215,  2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37671372/. Acessado em 14 de maio de  2025.


1Discente do Curso Superior de Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário Santo Agostinho. E-mail:  hellenbibi@icloud.com;
2Discente do Curso Superior de Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário Santo Agostinho. E-mail: meduardassousas@gmail.com
3Docente do Curso Superior de Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário Santo Agostinho. Mestre em Saúde Pública (UNIVERSIDADE AMERICANA – PARAGUAI). E-mail: lucianemarta@unifsa.com.br