EFFECT OF THE PILATES METHOD IN THE TREATMENT OF ANXIETY SYMPTOMS IN WOMEN: A SYSTEMATIC REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202505180919
Hellen Bianca Cardoso dos Santos Silva1
Maria Eduarda de Sousa Silva2
Luciane Marta Neiva de Oliveira 3
Resumo
Introdução: A ansiedade é um sentimento vazio e desagradável de apreensão e medo, onde se caracteriza por desconforto ou tensão proveniente de aflição, de algo estranho ou desconhecido. Ela é considerada patológica quando é excessiva, desproporcional ao estímulo, causando sofrimento e prejuízo ao comportamento, interferindo na qualidade de vida, saúde e conforto mental e no desempenho diário do indivíduo. Objetivo: Este estudo teve como objetivo discutir por meio de uma revisão sistemática de literatura os efeitos do Método Pilates no tratamento dos sintomas de ansiedade em mulheres ansiedade em mulheres. Métodos: Foi realizada uma busca nas bases de dados PUBMED, PEDRo, SciELO, e MEDLINE, utilizando a estratégia PICO e obedecendo aos critérios de inclusão e exclusão predefinidos. Foram selecionados três estudos, que abordaram a prática do Pilates em mulheres de forma online e presencial no solo. Resultados: Os resultados mostraram que a prática do Pilates, seja presencial ou online, promoveu reduções significativas nos níveis de ansiedade, depressão e melhorias em parâmetros físicos. Conclusão: Apesar dos achados positivos, destaca-se a necessidade de novos estudos com maior rigor metodológico para confirmar e ampliar as evidências disponíveis. Assim, como uma prática promissora e de baixo custo no auxílio ao tratamento da ansiedade em mulheres.
Palavras-chave: Método Pilates. Efeitos. Ansiedade. Sintomas em mulheres.
1 INTRODUÇÃO
A ansiedade é um sentimento vazio e desagradável de apreensão e medo, onde se caracteriza por desconforto ou tensão proveniente de aflição, de algo estranho ou desconhecido. Ela é considerada patológica quando é excessiva, desproporcional ao estímulo, causando sofrimento e prejuízo ao comportamento, interferindo na qualidade de vida, saúde e conforto mental e no desempenho diário do indivíduo. Para distinguir ansiedade comum de ansiedade patológica é necessário avaliar a reação ansiosa, se é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não (Braz, 2000).
A ansiedade é um transtorno mental prevalente, afetando um número crescente de mulheres adultas em todo o mundo, com impactos significativos na qualidade de vida, na saúde mental e bem-estar físico. Dados recentes indicam que, globalmente, cerca de 26,3% das mulheres apresentam sintomas de ansiedade. Esses transtornos podem manifestar-se em uma série de sintomas, como dificuldade de concentração, tensão muscular, insônia e distúrbios alimentares, que prejudicam tanto o funcionamento diário quanto o estado emocional (OMS, 2023).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o percentual de pessoas ansiosas são um dos mais comuns no mundo, afetando 301 milhões de pessoas, as mulheres são mais afetadas do que os homens, os sintomas da ansiedade geralmente têm início durante a infância ou adolescência. Aproximadamente 1 a cada 4 pessoas apresentam algum transtorno de ansiedade e precisam receber tratamentos adequados para essa condição (World, 2023).
O exercício físico traz muitos benefícios para a saúde mental dos seres humanos. O Pilates é um método que tem mostrado capacidade de trazer melhorias físicas, psicológicas e sociais, onde pode proporcionar resultados na prevenção e tratamento de patologias relacionadas a aspectos multidimensionais. Um dos aspectos psicológicos estimulados pela prática de exercícios físicos é o estado de humor, que podem ser definidos como tônus afetivo do indivíduo, que altera a percepção das experiências verídicas, ampliando ou diminuindo seus impactos (Melo et al., 2020).
O Método Pilates (MP) traz benefícios que melhoram a qualidade de vida de quem o pratica. Esse método é um importante aliado contra o sedentarismo e fatores estressores, que podem acarretar doenças hipocinéticas, afetando a qualidade de vida dos indivíduos. A contribuição do Pilates na saúde mental pode ser tanto de forma preventiva como paliativa, objetivando a redução do estresse, do aparecimento de distúrbios osteomusculares, facilitação da reabilitação, tornando então o praticante mais ativo e nutrindo uma harmonia entre corpo e mente (Fabrício et al., 2022).
O Pilates trabalha o corpo como um todo, o estimulando de modo geral e equilibrado, podendo proporcionar maior integração entre mente e corpo, aumenta a capacidade respiratória, tonificação, aumento de energia, definição da musculatura, desenvolvimento do condicionamento físico e mental, elevação da consciência corporal, alívio do estresse, aumento da autoestima e diminuição das dores musculares. Dessa forma, observa-se que o MP melhora significativamente o estado de humor dos praticantes, destacando-se os sentimentos de tensão, confusão e depressão (Melo et al., 2020).
Diante disso, percebe-se a importância desse estudo e a necessidade de entender e buscar maiores números de evidências cientificas que comprovem a efetividade do Método Pilates na sintomatologia da ansiedade. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo analisar por meio de uma revisão sistemática os efeitos do Método Pilates na redução dos sintomas da ansiedade em mulheres.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Ansiedade
A ansiedade é uma condição que pode ser emocional ou fisiológica pode ocorrer quando se enfrenta alguma situação de estresse ou de preocupação, é considerada uma situação comum da vida quando se tem um determinado anseio por algo que está preste a acontecer, no entanto, se em algum momento, ela tornar-se persistente ou durar por um período longo de tempo, e começar a prejudicar significativamente a vida, pode ser considerada como um distúrbio ou doença (Anna Nery, 2021).
Baseado na Organização Mundial de Saúde (OMS, 2023). Os transtornos ansiosos são os transtornos mentais mais comuns do mundo, afetando 301 milhões de pessoas em 2019. Alguns estudos consideram a ansiedade uma das mais frequentes situações decorrentes psicológicas que acontece nos últimos tempos, cuja etiologia vai depender de uma influência mútua que predispõe a cada indivíduo. A ansiedade pode contribuir significativamente para a perda de saúde, sendo uma causa muito decorrente nos dias atuais, afetando negativamente a saúde emocional, e o bem-estar físico (Salles et al., 2012).
Alguns fatores relacionados a ansiedade não são de diagnóstico simples, é comum para alguns pacientes não reconhecerem os sinais apresentados, podendo contribuir para que os sintomas da ansiedade passam a ser negligenciados. Contribuindo com o passar do tempo, para o agravo dos sinais que variam de pessoa para pessoa. Os sintomas como desânimos, ataques de pânico, momentos de angústia, na qual desencadeiam o choro, e, na maioria das vezes, a própria pessoa não sabe explicar o motivo que levou a desencadeá-lo (Costa et al., 2020).
A maioria dos estudos segundo a OMS mostrou que a ansiedade é mais comum entre as mulheres do que entre os homens, e com uma tendência de incidência que cresce anualmente.
Acontece que a genética e a fluxo hormonal são mais preponderantes no desenvolvimento da doença entre o sexo feminino. De fato, os efeitos adversos da ansiedade em mulheres podem diminuir a função imunológica aumentando os sintomas da doença ou inflamação, o que acaba afetando negativamente o bem-estar físico e mental comportamental (Kubota et al., 2018).
O Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), diferentemente da ansiedade que pode ser temporária e ocorre em momentos específicos, o TAG consiste por longos períodos. O mesmo é classificado como um sentimento de medo, angústia, sentimento vago, desconforto, tensão por antecipação (Portela et al., 2021). Assim como alguns transtornos o (TAG) é considerado um dos problemas de saúde mental mais comuns e que mais impactam de forma negativa a vida das pessoas acometidas por esses transtornos (Moura et al., 2020).
Pesquisas voltadas para a ocorrência de transtornos de ansiedade, mostram que os transtornos ansiosos são mais comuns nas mulheres do que nos homens. Considerando o contexto de vida das mulheres, muitas vezes decorrentes por eventos marcantes, como a gravidez, o parto e o período pós-parto (Costa, 2019). Esses números crescentes em mulheres são decorrentes de alguns fatores que comumente se intensifica no contexto das pressões estéticas, demandas de rotina no trabalho e estresses da vida diária, sendo uma reação natural e adaptativa (Miranda, 2021).
Os transtornos de ansiedade podem incluir transtornos que apresentam características de ansiedade, medos excessivos e perturbações comportamentais. Diferenciam entre si nos tipos de objetos ou situações que podem induzir o medo, ansiedade ou comportamento. Cada transtorno de ansiedade é diagnosticado de uma forma, somente são perceptíveis quando os sintomas começam a ser apresentados (American, 2013).
Existem alguns tipos de transtornos como o social, que ocorre quando algumas situações são temidas por negatividade, deve ser diagnosticado transtorno de ansiedade social. Uma das características essenciais do transtorno de ansiedade generalizada (TAG) são ansiedade e preocupações excessivas expectativa apreensiva acerca de diversos eventos ou atividades que irão acontecer. A pessoa ansiosa pode apresentar certas dificuldades em controlar as suas emoções, de evitar pensamentos preocupantes, o que pode interfiram na sua concentração e no seu bem-estar físico e emocional (Miranda et al., 2021)
2.2 Epidemiologia relacionada a Ansiedade
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o percentual de pessoas ansiosas são um dos mais comuns no mundo, afetando 301 milhões de pessoas, as 10 mulheres são mais afetadas do que os homens, os sintomas da ansiedade geralmente têm início durante a infância ou adolescência. Aproximadamente 1 a cada 4 pessoas apresentam algum transtorno de ansiedade e precisam receber tratamentos adequados para essa condição (World, 2023).
Os sintomas de ansiedade têm aumentado de maneira expressiva ao longo do tempo, sobretudo pelo modo de vida moderna tendo predominância no sexo feminino, muitas vezes precedida por eventos vitais que podem ser marcantes, como a gravidez, o parto e o puerpério. (Oliveira, 2018). Durante a gestação, normalmente a mulher fica um pouco apreensiva com a chegada do bebe é carregada de expectativas, mudanças e novos desafios, o que pode levar a uma série de sentimentos, podendo gerar medos e algumas frustações (Muller, 2021).
A ansiedade é um dos principais fatores maternos que as mulheres apresentam, com maior prevalência no período pós-parto, 14% nos países de renda elevada e 26% naqueles de baixa-média renda. Alguns desses fatores envolvem preocupação em excesso, frustrações, falta de apoio, tensão muscular, alterações do sono são alguns dos sintomas que muitas mulheres apresentam durante o puerpério, influenciando no desencadeamento de sintomas ansiosos (Abuchaim, 2023).
Atualmente o índice de mulheres que sofrem com ansiedade é crescente, por conta de vários fatores, a autoestima, fatores hormonais. Alguns dos transtornos comuns como a ansiedade mostra uma elevada prevalência na população demostrando característica mundial, podendo variar de 14,7% a 21,8%, com maior ocorrência nas mulheres, quando comparado com os homens (Soares, 2020).
A ansiedade em mulheres idosas vem apresentando um grande aumento e tornando-se um dos mais importantes agravos na saúde mental da terceira idade, com prevalência global entre 15% e 52%. Embora os quadros ansiosos estejam presentes em várias etapas da vida, os quadros de ansiedade demostram um agravamento maior na senilidade (Zhao,2020). Caracteriza-se como uma das causas de afastamento do meio social, o que ocasiona em um dos fatores de risco que pode predispor para o agravamento de algumas patologias decorrentes na terceira idade (Dong et al., 2021).
A terceira idade gera uma provocação natural, o que pode ocasionar na diminuição da funcionalidade do indivíduo, gerando redução na capacidade de adaptação da pessoa idosa, tornando-a muitas vezes incapaz de realizar ou executar algumas atividades do cotidiano, como no seu autocuidado, afazeres diários e gerando afastamento do meio social. Contudo, quando o envelhecimento está associado a quadros aspectos psicológicos ou com algumas comorbidades, geralmente os graus de fragilidade e autonomia vão tornando-se mais graves, ocasionando em determinados sintomas ansiosos (Costa, 2023).
2.3 Tipos de Tratamento da Ansiedade
As mudanças constantemente ocorridas no mundo atual somado as pressões que lidamos no dia a dia influenciam diretamente na carga emocional na vida das pessoas e acaba desencadeando variadas emoções negativas, principalmente a ansiedade. A ansiedade se manifesta de maneira fisiológica, mobilizando recursos físicos e psicológicos. Essa reação a certas situações cotidianas pode evoluir para algum transtorno mental, causando sofrimento psicológico, além de acarretar problemas funcionais para a vida tanto profissional, quanto pessoal (Aletheia, 2017).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o país tem 18,5 milhões de pessoas vivendo com ansiedade. Dessa forma, é necessário procurar tratamentos interventivos para diminuir esse espectro da doença. O objetivo deste, é que o paciente diminua o grau de ansiedade funcional, além de reduzir a angústia. Nos casos mais sutis, a psicoterapia pode resolver, em casos mais elevados, o tratamento pode incluir o uso de medicamentos antidepressivos. O tratamento pode ser também multiprofissional, com terapia cognitiva comportamental e psicoterapia (Governo do Estado do Ceará, 2019).
A terapia cognitiva-comportamental (TCC), evidencia três propostas fundamentais: A primeira refere-se ao papel cognitivo, onde é considerado que há um processo cognitivo subsequente de avaliações de eventos externos e internos que afetam a resposta a situação. A segunda conceitua que a atividade cognitiva pode ser monitorada, avaliada e modificada. E a terceira, se baseia na alteração do comportamento, a partir da análise e modificações cognitivas (Aletheia, 2017).
A TCC tem como excentricidade ser estruturada, dirigida as demandas psicológicas do presente, orientada a resolução de problemas e a alteração de pensamentos, sentimentos e comportamentos conflitantes. Essa terapia destaca-se pelos fatores práticos e teóricos que envolvem a cognição, comportamento e emoções. Baseando-se nos estudos científicos que possuem elevada competência, a TCC influencia na redução de crises de pânico e ansiedade generalizada, trazendo técnicas que vão dar foco aos transtornos de humor, acarretando no equilíbrio psicológico (Teixeira, 2021).
Embora o tratamento padrão atual para ansiedade seja a TCC e o tratamento medicamentoso, e apesar dos avanços farmacológicos, ainda é notável a resistência a esse tipo de intervenção, devido aos efeitos colaterais e má adesão ao medicamento, que é comum em pacientes com transtorno de ansiedade. Além disso, as elevadas listas de espera para a TCC podem acarretar no aumento dos sintomas e prognóstico a longo prazo. É necessário tratamentos que sejam individualizados, não recriminados, com redução de efeitos colaterais e com prescrição mais facilitada (Henriksson, 2022).
Sinais evidentes do transtorno da ansiedade generalizada (TAG), são caracterizados por expectativa apreensiva, persistente e de difícil controle, além de preocupação exacerbada, podendo se prolongar por 6 meses. Os sintomas podem variar, mas no geral apresentam fadiga, dificuldade para relaxar, insônia, falta de ar, náusea, taquicardia, entre outros. Dessa forma, a prática de atividades físicas também foi inserida como uma opção para o tratamento da TAG, podendo trazer alívio dos sintomas e relaxamento através da sua prática (SESA, 2021).
A atividade física pode ser realizada sozinha ou em combinação com outro tipo de tratamento padrão. O objetivo dessa prática é aumentar ou manter a aptidão. O treinamento físico aeróbio pode gerar efeitos antidepressivos e ansiolíticos e resguardar o organismo de efeitos adversos do estresse na saúde mental e física. Os exercícios físicos produzem diminuição da ansiedade a partir de técnicas de meditação e relaxamento, onde vão proporcionar alívio dos sintomas e atuar de forma positiva na qualidade de vida do indivíduo (Nyberg, 2022).
Em populações como de mulheres e adolescentes, a conduta sedentária está diretamente ligada ao risco elevado de desenvolvimento de transtornos mentais. Esse aumento dos transtornos está associado a diminuição do nível de atividade física. De fato, é evidente o quanto a prática de exercícios físicos é um integrante chave na intervenção de diversas patologias. Dessa forma, a manutenção do estilo de vida fisicamente ativo está relacionada a melhor saúde global (Aline, 2022).
A prática de atividades físicas, além de melhorar o condicionamento físico, diminui o estado de ansiedade e estresse, isso se deve ao fato do aumento da produção de serotonina e outras substâncias que ajudam a aumentar a sensação de prazer. Segundo estudos científicos, realizar exercícios físicos favorece a capacidade neurológica saudável, que ajudam na criatividade, na concentração e memória, além disso, reduz níveis leves e moderados de ansiedade e depressão (MPPI, 2020).
Praticar atividades físicas de grau moderado sempre foi considerado saudável, mas apenas a partir de 1970, a prática física passou a ser vista como um benefício a saúde mental e física. Pelletier, Shanmugasegaram, Patten e Demers, afirmam que o exercício físico alivia os sintomas da ansiedade por meio de mecanismos fisiológicos, trazendo efeitos positivos no sono, interação social e senso de domínio. Nesse contexto, a atividade e o exercício físico são um favorável tratamento não farmacológico para os sintomas da ansiedade, ajudando também na composição corporal (Aline, 2022).
O exercício físico tem como objetivo melhorar e manter a aptidão física e a saúde psicológica e fisiológica. Essa prática trás a diminuição dos efeitos negativos psicológicos, como a redução da tensão, aumento da resistência muscular, além de oferecer maior proteção para o corpo, melhorando a imunidade e combatendo patologias futuras. Dessa forma, a prática de atividade física tem um grande impacto na ansiedade e na TAG, onde se é constatado uma melhora nas sensações positivas, promovendo resultados positivos a longo prazo (Luiza et al; 2023).
2.4 Método Pilates associado ao Tratamento da Ansiedade
O transtorno de ansiedade causa alterações psíquicas que ataca a população moderna, correspondendo pela quinta e sexta causa da incapacidade no Brasil. Estudos demonstram que a prática do Método de Pilates (MP), que treina corpo e mente, podem ser avaliados como alternativa para o tratamento para pessoas com transtornos, distúrbios mentais e síndromes. O Pilates possui um conjunto de técnicas que promovem harmonia entre corpo e mente, independentemente da idade, do sexo, capacidade ou habilidade de uso para melhorar os estados físicos e mentais (Kandola, 2020).
Algumas pesquisas realizadas em meados de 2013, mostram que a falta das práticas de atividades físicas aumenta os níveis de ansiedade, estresse e depressão. Assegura-se então que pessoas que não realizam treinamento físico acabam sendo mais ansiosas. Dessa forma, pessoas que possuem transtornos de ansiedade diagnosticados tem mais objeção de se incluir em atividades físicas regulares no seu cotidiano do que pessoas que não possuem o mesmo diagnóstico, apresentando-se assim dificuldades para iniciar a procura por um exercício permanente (Silva, 2023).
O exercício físico traz muitos benefícios para a saúde mental dos seres humanos. O Pilates é um método que tem mostrado capacidade de trazer melhorias físicas, psicológicas e sociais, onde pode proporcionar resultados na prevenção e tratamento de patologias relacionadas a aspectos multidimensionais. Um dos aspectos psicológicos estimulados pela prática de exercícios físicos é o estado de humor, que podem ser definidos como tônus afetivo do indivíduo, que altera a percepção das experiências verídicas, ampliando ou diminuindo seus impactos (Melo, 2020).
O transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é uma condição de saúde mental, onde ocorre a presença da ansiedade excessiva e persistente devido a diversas situações do cotidiano, seguido de sinais físicos e emocionais. O tratamento geralmente inclui psicoterapia e medicamentos ansiolíticos, mas, atualmente, a prática de atividade física vem sendo considerada uma opção muito viável para ajudar a controlar os sintomas de ansiedade. A negativa em executar exercícios físicos está relacionada com a predisposição neurobiológica do neuroticismo (Silva, 2023).
O MP traz benefícios que melhoram a qualidade de vida (QV) de quem o pratica. Esse método é um importante aliado contra o sedentarismo e fatores estressores, que podem acarretar doenças hipocinéticas, afetando a QV dos indivíduos. A contribuição do Pilates na saúde mental pode ser tanto de forma preventiva como paliativa, objetivando a redução do estresse, do aparecimento de distúrbios osteomusculares, facilitação da reabilitação, tornando então o praticante mais ativo e nutrindo uma harmonia entre corpo e mente (Fabrício, 2022).
O Pilates trabalha o corpo como um todo, o estimulando de modo geral e equilibrado, podendo proporcionar maior integração entre mente e corpo, aumenta a capacidade respiratória, tonificação, aumento de energia, definição da musculatura, desenvolvimento do condicionamento físico e mental, elevação da consciência corporal, alívio do estresse, aumento da autoestima e diminuição das dores musculares. Dessa forma, observa-se que o MP melhora significativamente o estado de humor dos praticantes, destacando-se os sentimentos de tensão, confusão e depressão (Melo, 2020).
Estudos atuais verificaram que a atividade regular de Pilates auxilia na redução do estresse, diminuição da ansiedade e no aumento da qualidade do sono. De acordo com a revista científica The Journal of Mental Health and Physical Activity, a técnica de concentração e a respiração profunda exigidas durante o MP realiza um papel importante no avanço do relaxamento e alívio do estresse. Ademais, um estudo publicado na Sleep Medicine Reviews aponta a prática do Pilates também melhora a qualidade do sono e a diminuição dos sintomas de insônia, além de aumentar a autoconfiança e autoestima (APMP, 2023).
Estudos com relação a Fisioterapia mostram que o MP, utilizado como reabilitação, realiza uma conexão corporal que favorece a redução do quadro álgico. Os exercícios juntamente com as técnicas de respiração ajudam no relaxamento e redução da tensão muscular, aumenta a flexibilidade, melhora a força muscular e a capacidade funcional. Salienta-se que as vantagens proporcionadas por essa prática ajudam na liberação de serotonina, dopamina e endorfina, causando uma sensação de prazer e bem estar (Jordânia, 2021).
Diante do exposto, observa-se que o método Pilates se tornou um aliado na redução e controle do estresse em adultos de ambos os sexos, a contar do entendimento da diminuição direta desta tensão psicossocial ou redução de outros aspectos que causam estresse. Dessa forma, propriedades como ansiedade, bem estar, sono e alívio de dores são considerados fatores intervenientes que contribuem de forma direta para a qualidade de vida do praticante do MP. No segmento de movimentação corporal o método se destaca pela melhora significativa do desempenho cognitivo e funcional (Cavalcanti,2021).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é uma sensação plena de bem-estar, onde o indivíduo comprova suas capacidades, enfrentando divergências cotidianas da vida, trabalha positivamente de modo intenso, contribuindo dessa forma para a sua comunidade (OMS,2020). Dessa forma, a importância do Método Pilates para a saúde mental está relacionada diretamente aos benefícios que ele pode trazer para a qualidade de vida, humor, qualidade de sono e redução de estresse e ansiedade (Fabrício, 2022).
3 METODOLOGIA
A presente pesquisa trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada no período de fevereiro a abril de 2025, e registrada no Registro Prospectivo Internacional de Revisões Sistemáticas (PROSPERO) sob o número CRD42025648503. O estudo foi orientado pela seguinte pergunta clínica: “Quais os efeitos do MP nos sintomas da ansiedade em mulheres?”
Inicialmente, elaborou-se uma estratégia de busca nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed), Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e Scientific Electronic Library Online (SciElo). Utilizaram-se os descritores em inglês “Pilates method”, “anxiety’’, “women’’ e “Effects” e “symptoms on women’’, bem como seus correspondentes em português “método pilates”, “ansiedade”, “mulheres’’, “efeitos” e “sintomas em mulheres’’, combinados por meio do operador booleano AND. Na sequência, definiram-se os critérios de inclusão, que abrangeram: ensaios clínicos randomizados, pesquisas realizadas com mulheres diagnosticadas com ansiedade, estudos que utilizem o MP como forma de tratamento da ansiedade e artigos disponíveis na íntegra. Os critérios de exclusão foram: Estudos que não detalhem o protocolo de Pilates dificultando a reprodutibilidade dos resultados, artigos que associem o MP a outras práticas de atividade física e estudos que não avaliem especificamente a ansiedade como um desfecho.
Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foi realizada a leitura dos títulos e resumos dos artigos. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra para a confirmação de sua adequação aos critérios estabelecidos. O processo de identificação, triagem, elegibilidade e inclusão dos estudos está descrito no fluxograma abaixo.
Fluxograma 1. Pesquisa e seleção dos estudos relacionados nos bancos de dados, conforme a plataforma Prisma. Teresina-PI


Fonte: As Autoras (2025)
Em seguida, foi realizada uma síntese dos resultados por meio de uma tabela composta pelo autor e ano de publicação, amostra, objetivo da pesquisa, desenho metodológico e principais resultados encontrados. Os estudos incluídos foram submetidos á avaliação da qualidade metodológica, conduzida de forma independente por dois revisores, utilizando a escala PEDro objetivando assegurar a validade e a confiabilidade dos achados. Por fim, foi realizada a discussão dos resultados encontrados, seguida da apresentação da conclusão do estudo.
4 RESULTADOS E DISCURSSÃO
O quadro 1 referente à avaliação metodológica dos artigos selecionados por meio da escala de qualidade PEDro organizada em critérios de avaliação, autor e ano de publicação.
Quadro 1 – Análise da qualidade metodológica dos estudos selecionados por meio da escala PEDro. Teresina-PI, 2025.
Critérios/Artigos | Bulguroglu et al., 2024 | Alizadeh et al., 2023 | Aibar Almazán et al., 2019. |
1. Os critérios de elegibilidade foram especificados. | Não | Sim | Sim |
2. Os sujeitos foram aleatoriamente distribuídos por grupos (num estudo cruzado, os sujeitos foram colocados em grupos de forma aleatória de acordo com o tratamento recebido). | Não | Sim | Sim |
3. A alocação dos sujeitos foi secreta. | Não | Não | Não |
4. Inicialmente, os grupos eram semelhantes no que diz respeito aos indicadores de prognóstico mais importantes. | Sim | Sim | Sim |
5. Todos os sujeitos participaram de forma cega no estudo. | Não | Não | Não |
6. Todos os terapeutas que administraram a terapia fizeram-no de forma cega. | Sim | Não | Não |
7. Todos os avaliadores que mediram pelo menos um resultado-chave, fizeram-no de forma cega. | Sim | Não | Não |
8. Mensurações de pelo menos um resultado chave foram obtidas em mais de 85% dos sujeitos inicialmente distribuídos pelos grupos. | Sim | Sim | Sim |
9.Todos os sujeitos a partir dos quais se apresentaram mensurações de resultados receberam o tratamento ou a condição de controle conforme a alocação ou, quando não foi esse o caso, fez-se a análise dos dados para pelo menos um dos resultados- chave por “intenção de tratamento”. | Sim | Não | Não |
10. Os resultados das comparações estatísticas inter-grupos foram descritos para pelo menos um resultado chave. | Sim | Não | Sim |
11. O estudo apresenta tanto medidas de precisão como medidas de variabilidade para pelo menos um resultado-chave. | Sim | Não | Sim |
TOTAL | 7/10 | 4/10 | 6/10 |
Fonte: As Autoras (2025)
O quadro 2 descreve as principais características relacionadas aos estudos, separadas por autor, amostra, objetivos, intervenção e resultados, para organizar e comparar as informações dos artigos.
Quadro 2 – Dados gerais sobre os artigos selecionados para obtenção dos resultados. Teresina-PI, 2025.
Autor | Amostra | Objetivo | Intervenção | Resultados |
Bulguroglu et al., 2024. | 58 gestantes. | Determinar o efeito dos exercícios de Pilates on-line na depressão, ansiedade e medo do parto em mulheres grávidas. | 53 gestantes foram divididas aleatoriamente em dois grupos: Grupo Pilates Online (GPO), que realizou sessões online de Pilates por 8 semanas, 2 vezes por semana, com duração de 1 hora cada. E Grupo Controle (GC), que seguiu um programa domiciliar de respiração e relaxamento. Foi aplicada uma escala padronizada para avaliar a ansiedade, Escala de Ansiedade Traço-Estado (STAI) para a avaliação da ansiedade. | O Grupo Pilates (GP) online apresentou reduções estatisticamente significativas nos níveis de ansiedade, depressão e medo do parto (p < 0,05). |
Alizadeh et al., 2023. | 60 mulheres diagnosticadas com diabetes tipo 2. | Avaliar os efeitos da prática de Pilates nos níveis de ansiedade depressão e indicadores antropométricos. | 60 mulheres diagnosticadas com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) foram divididas em dois grupos: O Grupo Pilates, onde foi realizado 3 sessões semanais de Pilates no solo por 8 semanas. E o Grupo Controle, que recebeu apenas cuidados habituais da clínica. Houve avaliação antes e depois com a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS). | O GP teve redução significativa dos níveis de ansiedade, onde de 13,33 reduziu para 3,5 (P< 0,05). |
Agustín et al., 2019. | 110 mulheres na pós menopausa. | Analisar os efeitos de um programa de Pilates na qualidade de sono, ansiedade, depressão e fadiga em mulheres espanholas pós menopáusicas com 60 anos ou mais. | 110 mulheres foram divididas em dois grupos: O Grupo Pilates, composto por 55 mulheres, onde foi realizado sessões de Pilates 2 vezes por semana durante 12 semanas. E o Grupo Controle, com 55 mulheres, que manteve seus hábitos diários e recebeu orientações gerais de atividade física. Houve avaliação do nível de ansiedade pela Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS). | O grupo Pilates apresentou melhorias significativas na redução da ansiedade (P<0,01). |
Fonte: As Autoras (2025)
Na realização dessa revisão sistemática, encontraram-se três artigos nas bases de dados (PEDro, Scielo e PUBMED), os quais utilizaram o MP no tratamento de mulheres com ansiedade. Tendo como objetivo avaliar a efetividade desse método no tratamento dos sintomas de ansiedade em mulheres. Todos os artigos estudados utilizaram o método Pilates como intervenção de tratamento.
Na pesquisa de Bulguroglu et al. (2024), foi investigado os efeitos do tratamento de Pilates online na depressão, ansiedade e medo do parto em mulheres grávidas, já o estudo de Alizadeh et al, (2023) avaliou os efeitos dos exercícios de Pilates na ansiedade, depressão e nos índices antropométricos (IMC, circunferência da cintura e relação cintura-quadril) de mulheres com diabetes tipo 2, enquanto Aibar-Almazán et al. (2019) investigou os efeitos do treinamento de Pilates na qualidade do sono, ansiedade, depressão e fadiga em mulheres pós-menopáusicas, demonstrando resultados positivos nos sintomas da ansiedade. Embora os três estudos citados acima, não seja um público homogêneo, tratam de mulheres, com situações clínicas diferentes, porém todas apresentam sintomas de ansiedade e utilizam o Pilates como forma de intervenção.
Estudos como de Yildirim et al. (2023), reforçam que o exercício físico é uma intervenção tão eficaz quanto terapias psicológicas tradicionais. A prática do Pilates, por incorporar princípios de respiração, foco e consciência corporal, pode ter potencializado o autocontrole emocional e autoconfiança das gestantes, o que é crucial para a melhora do humor, é evidenciado que o exercício terapêutico baseado em Pilates é uma opção segura e eficaz para reduzir a dor, a incapacidade e os sintomas emocionais em gestantes, sendo uma intervenção recomendável na prática clínica (Yildirim et al., 2023).
Na pesquisa de Bulguroglu et al. (2024) foi conduzido um treinamento online de Pilates para gestantes duas vezes por semana, durante oito semanas com duração de uma hora via Microsoft Teams. Antes, as participantes receberam uma sessão preparatória focada em respiração, posicionamento corporal e movimentos suaves. As aulas online, para pequenos grupos de gestantes no mesmo trimestre, seguiam uma estrutura de aquecimento, exercícios de Pilates e relaxamento, com alongamento e exercícios posturais e intensidade aumentada com theraband, sendo demonstradas visual e verbalmente na mesma ordem. Os resultados da Escala de Ansiedade Traço-Estado (STAI) indicaram uma redução levemente significativa na ansiedade (P < 0,05), impactando de forma positiva na diminuição da dor e insônia, além de aumentar a qualidade de vida, concentração, foco, respiração e melhora no humor.
O estudo de Alizadeh et al. (2023) analisou o efeito dos exercícios de Pilates sobre a ansiedade, depressão e índices antropométricos em mulheres com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Aplicou-se o Método Pilates no solo de forma presencial, três vezes por semana durante oito semanas, com cada sessão durando uma hora e supervisionada por um especialista em exercícios de Pilates. Após oito semanas, os dados foram coletados novamente e analisados estatisticamente usando o software SPSS 22. Os resultados mostraram redução significativa da ansiedade e depressão (p<0,05) de acordo com a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), além de melhorias no humor, estresse, respiração e qualidade de vida. O estudo também destacou benefícios fisiológicos, como melhora da oxigenação cerebral, uso da glicose no cérebro e aumento na atividade antioxidante.
Aibar-Almazán et al. (2019) avaliou um programa de Pilates no solo durante doze semanas, sendo realizada duas sessões por semana com duração de uma hora. Cada sessão foi dividida em três partes, aquecimento de dez minutos, atividade principal de trinta e cinco minutos e desaquecimento de quinze minutos. O treinamento foi realizado sempre no mesmo centro esportivo local, com supervisão de um instrutor experiente. Na semana anterior ao início do programa, as participantes foram familiarizadas com a execução correta dos movimentos, com o powerhouse (músculos abdominais, paravertebrais e do assoalho pélvico) e os princípios do método Pilates, sendo realizados na posição sentada e em pé com intensidade progressiva. Os resultados mostraram redução significativa da ansiedade e depressão (p<0,01) de acordo com a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), além de efeitos positivos na insônia, fadiga, qualidade de sono, qualidade de vida e sintomas depressivos.
Os estudos de Bulguroglu et al. (2024), Alizadeh et al. (2023) e Aibar-Almazán et al. (2019), utilizaram o programa de Pilates no solo de forma estruturada, com sessões de uma hora, duas a três vezes por semana, por até doze semanas. Todos os estudos utilizaram a mesma ordem de organização, sendo realizado o aquecimento, os exercícios de Pilates e o desaquecimento. Ademais, os programas de Pilates utilizados trouxeram efetividade tanto no método presencial como no método online. As avaliações foram realizados através de escalas psicométricas válidas, focando na saúde mental e realizando sempre uma verificação primária de segurança. O método Pilates, seja ele presencial ou online, é demonstrado em todos os artigos como um método seguro e eficaz para a redução de sintomas de ansiedade e depressão em mulheres com diferentes condições fisiológicas, adotando análises estatísticas e alta adesão das participantes, reforçando a validade dos resultados. Apesar de não terem um protocolo definido, todos os artigos demonstraram resultados positivos nos sintomas da ansiedade.
Os resultados obtidos no estudo de Alizadeh et al. (2023), Bulguroglu et al. (2024) e Aibar-Almazán et al. (2019) mostraram que todos os grupos que participaram das sessões de Pilates, seja ele presencial ou online, apresentou reduções estatisticamente significativas nos níveis de ansiedade e depressão após as semanas de intervenção, contribuindo para a melhora de sintomas como insônia, além de promover melhora no humor, da respiração e qualidade de vida. Em contraste, o grupo controle, que não participou das sessões de Pilates apresentou um aumento nos níveis de ansiedade e depressão durante o mesmo período. No mais, a pesquisa de Aibar-Almazán et al. (2019) aponta que no contexto da prática clínica e da promoção da saúde, a implementação de programas de Pilates pode ser uma intervenção viável para reduzir sintomas frequentemente negligenciados nesse público, promovendo um envelhecimento mais saudável e ativo.
Embora o público de mulheres tenha diferenças em suas condições fisiológicas, os resultados obtidos foram favoráveis porque a prática do método Pilates mostrou resultados positivos tanto para mulheres gestantes que praticaram de forma online, quanto para mulheres que apresentam diabetes do tipo 2 e mulheres pós-menopáusicas que praticam de forma presencial. Houve unanimidade em todas as pesquisas, o que comprova que independentemente da quantidade de vezes que é realizado por semana, se é feito de forma online ou presencial, e no solo, o método Pilates se mostrou efetivo em ambos os estudos.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em virtude dos fatos mencionados, os artigos visam analisar e avaliar os efeitos do método Pilates na ansiedade em mulheres, apresentando diferentes condições fisiológicas que podem desencadear sintomas ansiosos. Com base na análise dos artigos apresentados neste estudo, apesar de possuírem protocolos divergentes, foi constatado que a prática do método de Pilates obteve resultados positivos na melhora dos sintomas de ansiedade em mulheres seja ele aplicado no solo, de forma online ou presencial, com duração de aplicabilidade diferentes. No entanto, devido ao nível e baixa qualidade metodológica dos artigos, há necessidade ainda de novas pesquisas com mais evidências científicas sobre a temática.
REFERÊNCIAS
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1Discente do Curso Superior de Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário Santo Agostinho. E-mail: hellenbibi@icloud.com;
2Discente do Curso Superior de Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário Santo Agostinho. E-mail: meduardassousas@gmail.com
3Docente do Curso Superior de Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário Santo Agostinho. Mestre em Saúde Pública (UNIVERSIDADE AMERICANA – PARAGUAI). E-mail: lucianemarta@unifsa.com.br