EFEITO DA MUSCULAÇÃO NA REGULAÇÃO DA MELATONINA E SEUS IMPACTOS NA QUALIDADE DO SONO EM ADULTOS SAUDÁVEIS

EFFECT OF BODYBUILDING ON THE REGULATION OF MELATONIN AND ITS IMPACTS ON THE QUALITY OF SLEEP IN HEALTHY ADULTS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12187537


Alessandro Willian de Souza Thomé1; Leonardo Vieira Ananias; Raphael Santos dos Reis1


Resumo

A produção de melatonina segue um padrão cíclico, intimamente ligado à exposição da luz. Durante o dia, a presença de luz inibe a produção deste hormônio, enquanto à noite, quando a exposição à luz diminui, a glândula pineal intensifica sua secreção, atingindo seu pico e promovendo a sensação de sonolência. Além da influência da luz, fatores como a idade e estímulos ao sistema nervoso central, como o exercício físico, podem impactar sua produção. Este estudo teve como objetivo verificar qual o efeito da musculação na regulação da melatonina e os impactos na qualidade do sono em adultos saudáveis. Os resultados demonstraram que o sono saudável é crucial para otimizar a saúde, enquanto as perturbações do sono podem causar resultados adversos para a saúde. Pode-se concluir que a musculação tem influência na produção de melatonina e, em consequência, proporciona uma melhor qualidade de sono em adultos. Destaca-se que a literatura ainda é incipiente em relação aos efeitos da melatonina na qualidade do sono de praticantes de exercícios resistidos, como a musculação, dessa maneira mais estudos sobre essa temática devem ser realizados.

Palavras-chave: Melatonina. Treinamento resistido. Sono.

1 INTRODUÇÃO

O sono é o custo que o cérebro paga pela formação de novos neurônios. Na realidade, durante a vigília, o processo de aprendizagem necessita do fortalecimento das conexões em todo o cérebro, processo que aumenta a necessidade celular de energia e suprimentos, reduzindo a relação sinal-ruído e saturando o aprendizado. Durante o sono, a atividade cerebral espontânea reorganiza a força sináptica líquida, restaurando a homeostase celular. Esta atividade das sinapses também pode explicar os benefícios do sono na obtenção, solidificação e integração da memória (TONONI e CIRELLI, 2014; GANDHI et al., 2015).

O sono fisiológico é constituído de dois estados diversos denominados de movimento rápido dos olhos (REM) e não REM (NREM), que se modificam durante a noite de maneira cíclica. O REM acontece em períodos curtos, definido por uma redução do tônus ​​muscular e ligado a uma profunda ativação simpática, abrangendo aumento da frequência cardíaca, respiração, pressão arterial e temperatura. Os períodos de sono NREM são mais extensos e estão ligados a ativação parassimpática, que compreende em pressão arterial baixa, frequência cardíaca baixa e redução da temperatura. Ainda que os sonhos estruturados aconteçam especialmente em REM, os sonhos sem estruturas e bizarros transcorrem no NREM. Nos adultos, cerca de 75 a 80 por cento do tempo total gasto no sono é no NREM, ao passo que os 20 a 25 por cento restantes no sono REM. Indivíduos adultos a noite normalmente experienciam de quatro a cinco ciclos de sono NREM a REM. Surpreendentemente, os recém-nascidos passam mais tempo em REM. O tempo gasto no sono NREM eleva-se progressivamente ao longo dos anos, em detrimento do REM (GOBBI e COMAI, 2019).

Distúrbios na duração e na arquitetura do sono, ou seja, a falta ou interrupção conhecida como insônia, normalmente estão associados a incapacidades no dia seguinte para a realização das atividades do dia-a-dia, e quando não tratados, podem estar estreitamente ligados a diversos distúrbios neurológicos e psiquiátricos (GAGNON et al., 2006; GERSHELL, 2006; THASE, 2006).

O tratamento dos distúrbios do sono é principalmente medicamentoso, porém os remédios para dormir apresentam efeitos colaterais e o uso excessivo pode levar à morte (AUGER et al., 2015). Farmacologicamente, é necessário que um medicamento para tratamento da insônia ou distúrbios relacionados ao sono não aja somente na duração do sono, mas também preserve a arquitetura fisiológica do sono. Infelizmente, a maioria dos hipnóticos atualmente disponíveis modifica expressivamente a arquitetura fisiológica do sono (ATKIN, COMAI e GOBBI, 2018). Portanto, o uso de uma intervenção terapêutica não medicamentosa segura, eficaz, econômica e conveniente tornou-se uma questão importante (ZHANG et al., 2021).

É bem sabido que o exercício aumenta a atividade das glândulas tireoides e aumenta o nível de melatonina no sangue (SOUISSI et al., 2022). Alguns estudos apontaram que o exercício é um tratamento eficaz, seguro, econômico e acessível para distúrbios do sono (RIEMANN et al., 2017; GEZER et al., 2019). A melatonina, secretada pela glândula pineal, é outra alternativa terapêutica eficiente e segura para distúrbios do sono (RAMOS et al., 2020; GUBIN e WEINERT, 2022; LUCHETTI et al., 2023; ROMERO et al., 2023). 

Diante do exposto, este estudo teve como objetivo verificar qual o efeito da musculação na regulação da melatonina e os impactos na qualidade do sono em adultos saudáveis.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Sono/insônia

Um sono de boa qualidade é um fator importante na manutenção da saúde e na melhoria do bem-estar (GRANDNER e FERNADEZ, 2021). A qualidade do sono é definida como “a autossatisfação de um indivíduo com todos os aspectos da experiência do sono” (NELSON, DAVIS e CORBETT, 2022). Um distúrbio do sono pode ser definido como “um distúrbio na qualidade e na hora do sono” (INIGO et al., 2015).

O sono é geralmente definido como um estado reversível e naturalmente recorrente de desligamento perceptivo, consciência reduzida e imobilidade relativa, cuja propensão é modelada por fatores homeostáticos e circadianos. Muitos estudos descreveram a neurofisiologia que contribui para a regulação do sono, incluindo a neuroanatomia do sono e os circuitos de promoção da excitação (JOINER, 2018); os sistemas neurotransmissores difusos e interconectados que fazem a transição entre o sono de movimento ocular não rápido (NREM), o sono REM e a vigília (SAPER et al., 2010); e o mecanismo central do relógio molecular e a atividade do marcapasso circadiano no cérebro (PACE-SCHOTT e HOBSON, 2002; DUBOCOVICH, 2007; FRANKEN, 2013).

Os distúrbios do sono, como insônia, narcolepsia e sonolência excessiva, causam muitos efeitos adversos à saúde em todo o mundo e são difundidos entre a população em geral na sociedade moderna (KOOHSARI et al., 2023). Estudos anteriores relataram que 50-70 milhões de adultos sofrem de distúrbios do sono, sendo a insônia o distúrbio mais comum (ITANI et al., 2016). Além disso, um estudo realizado na Coreia do Sul, com base em dados nacionais, relatou um aumento da prevalência de insônia na última década, aumentando de 3,1% para 7,2% entre as mulheres e de 1,62% para 4,32% entre os homens (CHUNG et al., 2020).

Os distúrbios do sono são frequentes e podem trazer graves consequências à saúde e à qualidade de vida dos pacientes. Embora alguns distúrbios do sono sejam mais difíceis de tratar, a maioria pode ser facilmente controlada com intervenções adequadas (PAVLOVA e LATREILLE, 2019).

2.2 Melatonina

O termo “melatonina” (N-acetil-5-metoxitriptamina) originou-se das palavras gregas “melas”, que significa preto ou escuro, e “tonos”, que significa cor ou melodia. Dessa maneira, melatonina é usada para descrever o hormônio responsável pela escuridão (HARDELAND et al., 1995; GOESER, RUBLE e CHANDLER, 1997).

A melatonina (N-acetil-5-metoxitriptamina) foi isolada e caracterizada pela primeira vez a partir da pineal bovina pelo dermatologista Aaron Lerner em 1958 (CLAUSTRAT e LESTON, 2015). Foi preservada ao longo da evolução, talvez por esta e inúmeras outras características adicionais, é considerado um antioxidante evolutivamente antigo, pois tem a capacidade de eliminar radicais livres e estimular enzimas antioxidantes (HARDELAND et al., 1993; HARDELAND et al., 1995; TAN et al., 2010; HARDELAND et al., 2012; REITER et al., 2013; REITER, TAN e GALANO, 2014).

A melatonina é um hormônio secretado principalmente pela glândula pineal durante a noite (KRIEG et al., 2012; SLAWIK et al., 2016). Essa substância também é sintetizada na pele, trato gastrointestinal, retina plaquetas, medula óssea, fígado, rim, sistema imunológico, testículos e músculos esqueléticos, porém sua contribuição é, normalmente local (ACUÑA-CASTROVIEJO et al., 2014; CLAUSTRAT e LESTON, 2015).

A melatonina é um indol pequeno e altamente conservado, com numerosas ações mediadas e independentes de receptor. As funções dependentes do receptor incluem regulação do ritmo circadiano, sono e inibição do câncer (REITER et al., 2013; PARADIES et al., 2015; REITER et al., 2018).

Os efeitos fisiológicos da melatonina no cérebro resultam da ativação de receptores acoplados à proteína G de alta afinidade, referidos como MT1 e MT2. A ativação de ambos os receptores ativa especialmente proteínas Gi com inibição da adenilil ciclase e subsequente redução dos níveis intracelulares de AMPc (GOBBI e COMAI, 2019).

2.3 Melatonina, exercício físico e qualidade do sono

 Estudos experimentais mostram que a melatonina pode afetar o próprio mecanismo do sono, além do controle circadiano. Segundo Saper et al. (2010) e Gobbi e Comai (2019) durante o período de sono, animais e pessoas transitam rapidamente entre estados de sono de movimento rápido dos olhos (REM) e não REM (NREM).

O sono é regulado por dois processos, a homeostase sono/vigília e o relógio circadiano (PACE-SCHOTT e HOBSON, 2002; SAPER et al., 2010; FRANKEN, 2013; JOINER, 2018; GOBBI e COMAI, 2019). A melatonina tem várias funções no organismo, mas a essencial é a regulação do ciclo do sono, o famoso “relógio biológico”, que acontece porque a elevação de melatonina no organismo provoca maior sonolência e queda de temperatura, facilitando o processo de adormecer. Conforme apontaram Dubocovich (2007), a liberação circadiana do hormônio melatonina é regulada pelo núcleo supraquiasmático (SCN), que retroalimenta o núcleo para modular o sono e a fase circadiana por meio da ativação dos receptores de melatonina MT1 e/ou MT2.

De acordo com Gubin e Weinert (2022) viver conforme o relógio, alinhado com os sinais externos do tempo, é um fator necessário para a saúde e para a qualidade de vida do ser humanos. Nesse contexto, Choi et al. (2020) e Souza Teixeira, Lira e Rosa-Neto (2020) apontaram que o potencial do exercício ou atividade física regular como uma possível ferramenta preventiva e até terapêutica para a gestão de doenças por meio da manutenção ou melhoria da organização circadiana tem sido cada vez mais discutido. 

De acordo com Wang e Boros (2021) ser fisicamente ativo pode melhorar a qualidade do sono. Corroborando, Gabriel e Zierath, (2019), apontaram que o exercício físico em horários distintos do dia pode atuar com o efeito que a luz possui sobre o ritmo de um organismo ao longo do dia (Zeitgeber), e acompanhar o relógio circadiano periférico. 

Alguns estudos apontaram que a atividade física pode ter efeitos benéficos na qualidade do sono (YANG et al., 2017; BANNO et al., 2018; GABRIEL e ZIERATH, 2019; WANG e BOROS, 2021; KOOHSARI et al., 2023).

Koohsari et al. (2023) observaram que a substituição de 60 minutos de comportamento sedentário ou atividade física leve pela mesma quantidade de atividade física moderada a vigorosa foi positivamente associada à medida de descanso por sono entre as mulheres. Resultados que estão alinhados com Pavlova e Latreille (2019) que demonstraram uma associação positiva entre aumento da atividade física e redução do comportamento sedentário e qualidade do sono. 

3 METODOLOGIA

Foi efetuada pesquisa bibliográfica na base de dados PubMed e no Portal da BVS, com filtros aplicados para ensaios clínicos, ensaios controlados randomizados, revisões sistemáticas, publicados, em textos completos, nos últimos 5 anos.

A pergunta de pesquisa foi norteada pela questão: “Em adultos saudáveis, qual é o efeito da musculação na regulação da melatonina e como isso impacta a qualidade do sono? obedecendo as especificações da estratégia PICO (acrônimo para Paciente, Intervenção, Comparação, Desfecho (Outcomes). Assim, a presente revisão objetiva investigar: P: adultos saudáveis; I: musculação (exercícios de resistência); C: não foi necessário, tendo em vista que não houve outra intervenção além da musculação; O: regulação da melatonina e qualidade do sono.

A estratégia de busca foi construída com o auxílio do chat-GPT e compreendeu “Healthy Adults”[Mesh] OR “Adult”[Mesh]) AND “Resistance Training”[Mesh] AND (“Sleep”[Mesh] OR “Melatonin”[Mesh].

Os critérios de exclusão foram duplicatas, pesquisas com animais, artigos com pesquisa laboratorial, revisões de literatura e metanálises.

Na etapa de análise e interpretação dos dados, foi elaborado um instrumento contemplando as seguintes variáveis: autores, objetivo e as evidências identificadas (Quadro 1).

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Depois da aplicação da estratégia de busca foram encontradas 151 publicações, das quais foram excluídos 139 estudos, pois não atenderam aos critérios de inclusão. Após a leitura de títulos e resumos, o material selecionado perfez um total de três publicações abrangendo os objetivos da pesquisa.

Quadro 1 – Síntese de publicações incluídas na revisão da literatura

AutoresObjetivoAmostra/IntervençõesEvidências
Jåbekk et al. (2020)Investigar o efeito do aconselhamento sobre a otimização da saúde do sono nas variáveis ​​antropomórficas após 10 semanas de treinamento físico resistido.– 30 homens saudáveis e sem treinamento resistido; – 23 amostra final; – Participantes designados aleatoriamente para exercício e otimização do sono (ExS: n = 10) ou apenas exercícios (Ex: n = 12); – Ambos os grupos realizaram programa de exercício resistidos de corpo inteiro 2 x por semana durante 10 semanas; – O grupo ExS recebeu educação sobre como melhora a quantidade e a qualidade do sono (saúde do sono – SH)– Ambos os grupos aumentaram a massa corporal magra em quantidade semelhante; – O grupo ExS experimentou um aumento maior; – Os homens do grupo ExS reduziram significativamente a massa gorda.
Li et al. (2021)Testar os efeitos de um programa de treinamento de resistência (TR) de 12 semanas sobre o sono em adultos mais velhos que residem em uma casa de repouso na China– 62 participantes (31 grupo controle / 31 grupo teste); – Três sessões de treinamento resistido de intensidade moderada de 1 hora por semana durante 12 semanas (pelo menos 48 horas entre as sessões)– A eficiência do sono aumento no grupo teste; – O despertar após o início do sono diminuiu nos participantes do grupo teste
Hasan et al. (2022)Comparar a eficácia de vários regimes de exercícios na melhoria da qualidade do sono de idosos.– 3519 participantes com idade média de 71 anos.– O exercício resistido combinado ou não pode melhorar a qualidade do sono em idosos.

A procura maior em academias pela musculação se associa aos objetivos de diminuir gordura e aumentar a massa muscular, e isto se torna muito importante, pois atende tanto à estética como à saúde dos indivíduos (Charro, João e Figueira Junior, 2018). Kim, Ka e Park (2023) destacaram que o exercício estimula os ritmos circadianos, incluindo os do cortisol, da melatonina e da temperatura corporal central, afetando a qualidade do sono. Conforme pode ser observado, apesar de alguns relatos contraditórios (KRIEG et al., 2012; SLAWIK et al., 2016), humanos pinealectomizados apresentaram perturbação do ritmo circadiano de 24 horas, redução do tempo total de sono, mais despertares noturnos, má qualidade do sono e, na maioria dos casos, todos os sintomas foram revertidos pelo tratamento com melatonina (COMAI, OCHOA-SANCHEZ e GOBBI, 2013). Corroborando, Gandhi et al. (2015), Riemann et al. (2017), Gezer et al. (2019), Ramos et al. (2020), Zhang et al. (2021), Gubin e Weinert (2022), Luchetti et al. (2023), Berisha et al. (2023) e Romero et al. (2023) descreveram que a produção de melatonina é parte de um sistema complexo de regulação do sono e do ritmo circadiano, no qual outros elementos, como a qualidade, o ambiente e os hábitos de sono desempenham papeis significativos.

Nesse contexto, o treinamento resistido é uma das medidas utilizadas para melhorar o padrão de sono. Conforme pode ser observado por Li et al. (2021), a melhora da eficiência e redução da fragmentação do sono, em um estudo randomizado, controlado, conduzido para avaliar a eficácia de um programa de treinamento resistido de 12 semanas na qualidade do sono medida objetivamente em adultos mais velhos.

Li et al. (2021) apontaram que o treinamento resistido tem um grande potencial para promover a qualidade do sono, sendo um determinante chave da saúde cognitiva em populações idosas. No mesmo sentido, Jåbekk et al. (2020) observaram em um ensaio clínico randomizado que a combinação de exercícios regulares de resistência com a otimização da saúde do sono proporciona benefícios adicionais significativos à composição corporal. Corroborando, Hasan et al. (2022) observaram que o treino de resistência muscular de intensidade moderada combinado com caminhada, realizado em sessões de 40 a 60 minutos, duas a sete vezes por semana durante pelo menos 8 semanas, é a intervenção mais eficaz para melhorar a qualidade do sono em idosos.

5 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que o exercício físico resistido, como a musculação, contribui para a produção de melatonina e, como consequência, proporciona uma melhor qualidade de sono nos adultos.

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1Discentes do Curso Superior de Educação Física da Universidade Edson Antônio Vellano. e-mails: aleswill@icloud.com.br; rraphael907@gmail.com; leopw15@outlook.com.