EDUCAÇÃO SEXUAL E A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12573747


Ana Julia Marques De Souza1
Arkilles Deividdy Lima Souto2
Enio Carlos Reis Peres3
Cazuza Vale Oliveira4
Cecília Oliveira Viana5
Cibelly Nicacio Alves6
Fabricia Gonçalves Amaral Pontes7
Luana Cristina Ferreira Magalhães8
Manoella Barreto Pimenta9
Marcela Fernandes Borges10
Maria Caroline Silva Ferreira11
Maria Clara Diniz Martins12
Maria Eduarda Oliveira Lima13
Mateus Emanuel Segalla Ribeiro14
Misael De Sousa Teixeira15
Pedro Sabino Pereira16
Tainá Pereira Cerqueira17
Taiza Liandra Sousa PimentelPereira18
Vitória Pereira De Oliveira19


RESUMO

Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aumento de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não está sendo revertido, sendo considerado um problema de saúde pública, as IST atingem majoritariamente a população entre 13 e 21 anos de idade. As infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no período da adolescência, são: Sífilis, Herpes simples e HPV. Nesse aspecto, o início da vida sexual precoce de forma desprotegida em conjunto com a falta de informação, e o acesso limitado aos serviços de saúde, contribuem para a propagação dessas infecções. Objetivo: Apresentar a importância do diálogo lúdico e atrativo, aos jovens e adolescentes, sobre vida sexual ativa e os riscos de se contrair uma infecção sexual transmissível (IST’s) através do sexo não protegido. Metodologia: Buscou-se promover a educação sexual e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, através de uma palestra e em seguida a realização de um quiz, com o objetivo de uma maior fixação sobre o assunto. Discussão: A prevalência das IST é de difícil estimativa e conhecimento, seja em nível global ou regional, devido à fragilidade e inadequação dos sistemas de vigilância, mesmo sendo conhecidos os seus impactos. Deste modo, esse tipo de estudo pode oferecer ao público em geral informações atualizadas sobre a ocorrência de IST na população e as necessidades de saúde pública no âmbito que se faz necessário. Considerações finais: Conclui-se, portanto, que a proporção de antecedentes de IST na população de 13 a 21 anos é elevada, sendo de grande relevância a realização de ações de abordagem preventiva, fortalecendo a promoção da saúde sexual. Assim, indiciando uma das medidas mais eficazes que será a relação sexual com o uso de preservativos e o acesso disponibilizados dos serviços de saúde.

Palavras-chave: Adolescentes; Infecções sexualmente transmissíveis; Saúde.

1  INTRODUÇÃO

De certa maneira podemos entender que a adolescência é a fase de descobrimento e desenvolvimento humano, nela é feita a transição de criança para adultos ocorrendo a formação da identidade do jovem, mudanças físicas, emocionais, psicossociais, descobrimento da sexualidade e a busca por prazer também fazem parte desse processo. Sendo a sexualidade reconhecida como uma construção da identidade associada a laços afetivos, os quais podem aparecer durante a infância. Porém, em sua grande maioria, são reprimidos pelos genitores (Moura, 2018).

Contudo, é recorrente encontrar adolescentes desinformados, em questão são um dos públicos mais propensos a ser contaminados e desenvolver IST, parte das vezes pela carência de conhecimentos perante este assunto e até mesmo pela disseminação das informações de forma incorreta, já que existe uma enorme facilidade de acesso à informação via tecnologia, seja correta ou não.

Com base nas últimas evidências científicas, a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade reafirma o lugar da educação sexual dentro de um quadro de direitos humanos e de igualdade de gênero”, diz a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay. “A publicação promove a aprendizagem estruturada sobre sexualidade e relacionamentos de forma positiva e centrada no melhor interesse do jovem. Ao delinear os componentes essenciais em programas efetivos de educação sexual, as orientações permitem que as autoridades nacionais elaborarem currículos abrangentes que terão um impacto positivo na saúde e no bem-estar dos jovens.

2  METODOLOGIA

O presente trabalho se trata de um estudo descritivo em relato de experiência. Foi realizado no Colégio Estadual Marechal Artur da Costa Silva da cidade de Porto Nacional no Tocantins, tendo o público-alvo alunos do ensino médio, com faixa etária de 15 a 19 anos. O público-alvo foi selecionado considerando que esse grupo está especialmente vulnerável às infecções sexualmente transmissíveis devido ao início da vida sexual. A dinâmica utilizada foi uma minipalestra acerca das principais IST’s e como se prevenir, logo após, foi realizado um quiz junto à brincadeira de “torta na cara”. O jogo de perguntas teve como intuito principal uma reafirmação das informações passadas pela apresentação, de modo a garantir o entendimento dos estudantes sobre o tema. Por se tratar de um projeto de extensão, não foi necessário colocar dados primários dos participantes. Com isso, sem necessidade da submissão e aprovação do comitê de ética.

3  RESULTADOS E DISCUSSÕES

A ação educativa realizada no Colégio Estadual Marechal Artur da Costa Silva teve como objetivo principal promover a conscientização sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre os estudantes do ensino médio, com foco específico na Sífilis, HIV e herpes. A atividade foi dividida em duas partes principais: uma explicação teórica detalhada e um quiz interativo no formato “torta na cara”.

Os acadêmicos Arkilles, Taiza e Enio conduziram a sessão educativa, utilizando uma linguagem simples e acessível adaptada ao público-alvo, que consistia em adolescentes entre 15 e 19 anos. Durante essa sessão, foram discutidos os modos de transmissão, sintomas, formas de prevenção e tratamento das ISTs abordadas. A discussão aberta sobre sexualidade e ISTs contribuiu para a quebra de tabus, permitindo que os alunos se sentissem mais confortáveis para falar sobre o assunto.

Após a sessão educativa, foi realizado um quiz para avaliar a compreensão dos alunos sobre o tema. O quiz, conduzido no formato “torta na cara”, envolveu perguntas de múltipla escolha. Os participantes foram divididos em equipes, através da agilidade, aqueles que “batessem” primeiro para responder a pergunta, tinham a chance de responder e caso acertassem poderiam dar uma “tortada” no rosto do estudante adversário. Entretanto, caso errassem ou não conseguissem responder, receberiam uma “tortada”. A equipe com maior pontuação ao final do jogo foi declarada vencedora. A divisão dos alunos em equipes e a competição saudável incentivaram a participação ativa, o que é crucial para a assimilação de informações. Esse tipo de dinâmica também ajudou a reforçar o espírito de grupo e a colaboração entre os participantes.

As perguntas do quiz incluíram temas como: Sífilis Congênita: “O que é a sífilis congênita?” com opções como “É uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria” e “É resultado da infecção do feto pela bactéria causadora da sífilis, através da placenta”. Prevenção da Sífilis: “Qual é o meio de prevenção contra a sífilis?” com alternativas como “Relação sexual com preservativo” e “Uso regular de anticoncepcional”. Herpes Genital: “Como a herpes genital pode ser tratada?” e “Qual é a principal forma de contágio da herpes genital?” com respostas sobre contato direto com a ferida na região genital e uso de antivirais para tratamento. HIV/AIDS: “Como o HIV é transmitido?” e “Quais são algumas medidas que podemos tomar para prevenir a transmissão do vírus?” abordando relações sexuais desprotegidas e o uso de preservativos.

A abordagem utilizada na educação sexual apresentou um tema que é frequentemente considerado um tabu em muitas famílias, sendo dificilmente discutido e ensinado aos adolescentes pelos familiares. A metodologia interativa e dinâmica, como o quiz “torta na cara”, estimulou o interesse e a participação dos alunos, criando um ambiente propício para a aprendizagem e discussão aberta sobre as ISTs. Discussões sobre sexualidade com adolescentes podem ser desafiadoras devido ao constrangimento. No entanto, a estratégia de envolver os alunos em uma atividade lúdica ajudou a quebrar essas barreiras, tornando o aprendizado mais agradável e eficaz.

Além disso, um dos principais objetivos foi ressaltar a importância do uso da camisinha como método eficaz de prevenção das ISTs. A atividade buscou incentivar o uso da camisinha.

Dessa forma, a atividade foi bem-sucedida em aumentar o conhecimento dos alunos sobre as ISTs e a importância da prevenção. A combinação de uma explicação teórica com um quiz interativo proporcionou um aprendizado eficaz e com uma participação ativa dos estudantes. Espera-se que essa experiência tenha impactado no comportamento dos alunos em relação à sexualidade e à prevenção das ISTs, incentivando uma cultura de saúde e autocuidado entre os jovens.

4  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, conclui-se que à população na faixa etária de 13 a 21 anos são os grupos que contribuem para o aumento de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), na qual é necessário a ampliação de estratégias e ações para converter essa realidade. Além disso, uma das causas para esse índice ser alto que foi abordado é a falta de informação sobre os riscos envolvidos nas práticas sexuais desprotegidos podendo contrair uma IST.

Com isso, torna-se fundamental a promoção da saúde através de ações abordando informações sobre as IST e as formas de prevenção, que é o uso de preservativos na relação sexual disponibilizado de forma gratuita pelos serviços de saúde; assim para o melhor entendimento e

compreensão do público-alvo sobre a educação sexual. A implementação de campanhas educativas contínuas nas escolas e nas comunidades pode desempenhar um papel crucial nesse processo. Essas campanhas devem ser adaptadas à realidade dos jovens, utilizando uma linguagem acessível e apropriada, além de aproveitar as plataformas digitais, onde grande parte desse público está presente.

É importante também envolver pais, responsáveis e educadores no processo educativo, proporcionando-lhes as ferramentas e informações necessárias para que possam abordar o tema de maneira adequada e eficiente. A criação de espaços seguros e confidenciais onde os jovens possam tirar dúvidas e buscar orientação sobre sexualidade e prevenção de IST também é essencial para a eficácia dessas ações.

Ademais, a inclusão de temas relacionados à saúde sexual e reprodutiva nos currículos escolares pode contribuir significativamente para a formação de jovens mais conscientes e responsáveis. É de suma importância que essas ações sejam contínuas e integradas, envolvendo diferentes setores da sociedade, como saúde, educação e mídia, para garantir um impacto positivo e duradouro na prevenção das IST entre os jovens.

REFERÊNCIAS

MOURA, Thais Norberta Bezerra; SANTIAGO, Anna Katharinne Carreiro; SANTOS, Mirella Bandeira. Infecções sexualmente transmissíveis e sexualidade: relato de experiência com grupo de adolescentes. Revista Interdisciplinar, v.11, n.2, p.109-114, 2018.

UNAIDS Brasil. ONU encoraja abordagem abrangente na educação sexual. 11 jan. 2018. Disponível em: https://unaids.org.br/2018/01/onu-encoraja-abordagem-abrangente-da-educacao-sexual/. Acesso em: 31 maio 2024.