EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO E A ABORDAGEM CRÍTICO-SUPERADORA: ELEMENTOS PARA DESPERTAR O INTERESSE DOS ESTUDANTES

PHYSICAL EDUCATION IN HIGH SCHOOL AND THE OVERCOMING CRITICAL APPROACH: ELEMENTS TO STIMULATE STUDENTS’ INTEREST

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8246588


Brenda Luzia Aleixo Monteiro1; Giselle dos Santos Ribeiro2; Jefferson Felgueiras de Carvalho3; Manoel do Espirito Santo Silva Junior4; Marcos Renan Freitas de Oliveira5; Samantha Castro Vieira de Souza6; Thais de Oliveira Cardoso Brandão7; Alcicley Mendes Cardoso8; Kathleen de Nazaré Bouth Pricken9; Suziane Chaves Nogueira10


Resumo: O presente texto tematiza a Educação Física no ensino médio e a abordagem crítico-superadora em relação aos elementos para despertar o interesse dos estudantes. Com isso, objetiva correlacionar as preferências dos alunos do ensino médio em relação ao conteúdo e à forma das aulas de educação física com os princípios teóricos e metodológicos da abordagem crítico-superadora. Trata-se de uma pesquisa de levantamento, com aplicação de questionário junto aos alunos sobre os conteúdos e metodologias preferenciais. Como resultados, evidencia-se, na produção do conhecimento, que a abordagem crítico-superadora aponta elementos fundamentais para a organização do trabalho pedagógico que considere: a) a relevância social do conteúdo para os estudantes; b) a práxis como elo articulador, c) a omnilateralidade, possibilitando maior desenvolvimento dos alunos nas aulas. Já no campo obteve-se que 54,50% dos participantes da pesquisa preferem aulas exclusivamente práticas de educação física, os conteúdos que mais almejam centram-se primeiramente em esportes e em segundo lugar os jogos, por fim, seus conhecimentos acerca dos elementos da cultura corporal é fundamentalmente técnico prático. Considerando isto correlacionamos que a abordagem crítico-superadora aponta para a importância de conhecer a história e a subjetividade dos alunos como subsídio para a organização do trabalho pedagógico a partir dos 5 momentos didáticos considerando tais preferências e articulando o que os alunos almejam com o que lhes é necessário.

Palavras-chave: educação física; abordagem crítico-superadora; ensino médio.

Abstract: This text thematizes Physical Education in secondary education and the critical-overcoming approach in relation to the elements to awaken students’ interest. With this, it aims to correlate the preferences of high school students in relation to the content and form of physical education classes with the theoretical and methodological principles of the critical-overcoming approach. It is a survey research, with the application of a questionnaire to the students about the preferred contents and methodologies. As a result, it is evident, in the production of knowledge, that the critical-overcoming approach points out fundamental elements for the organization of the pedagogical work that considers: a) the social relevance of the content for the students; b) praxis as an articulating link, c) omnilaterality as a whole, enabling greater development of students in classes. In the field, however, it was found that 54.50% of the research participants prefer exclusively practical physical education classes, the contents that they most desire are focused first on sports and secondly on games, finally, their knowledge about the elements of body culture is fundamentally technical and practical. Considering this, we correlate that the critical-overcoming approach points to the importance of knowing the students’ history and subjectivity as a subsidy for the organization of the pedagogical work from the 5 didactic moments, considering such preferences and articulating what the students aspire to with what they is required.

Keywords: physical education; overcoming critical approach; high school.

1 INTRODUÇÃO

A evasão escolar tem apresentado um movimento crescente, principalmente entre alunos na faixa etária de 14 a 17 anos, do ensino médio. Cruz (2022) analisa dados apresentados no site do Ministério da Educação (MEC), os quais apontam a existência de aproximadamente 10 milhões de jovens que têm entre 15 e 17 anos. Todavia, muitos não efetivam suas matrículas no início do ano letivo, o que, em números, é aproximadamente 1,5 milhões, ou 15% de alunos fora da escola. Dos 8,5 milhões de estudantes que se matriculam, 7% não concluem os estudos. Ao final do ano, 30% dos jovens com a faixa etária supracitada estão fora das instituições de ensino. Diante disso, somente 6,9 milhões de estudantes estão efetivamente matriculados e frequentando a escola regularmente (Brasil, 2018 apud Cruz, 2022, p. 21).

No que tange às aulas de educação física, Mariano, Miranda e Metzner (2017) relatam que os adolescentes que não se interessavam em participar das aulas preferiam ficar espalhados pela arquibancada mexendo em seus aparelhos eletrônicos e conversando entre amigos. Isso acontece porque, “[…] Por vezes, esses alunos se sentem excluídos, preferindo abandonar os estudos para ocupar esse tempo realizando outras atividades que parecem mais interessantes em sua compreensão” (Cruz, 2022, p. 22).

Cruz (2022) relata que a evasão inicia quando o professor demonstra maior atenção aos alunos mais participativos ou habilidosos no esporte, menosprezando aqueles que, por algum motivo, não se sentem bem em participar das atividades propostas. Para Coelho, Xavier e Marques (2020, p. 3) “[…] Através das práticas corporais, os jovens podem retratar o mundo em que vivem, produzir e reproduzir seus valores, crenças, sentimentos, conceitos e preconceitos”. Nisso consiste a relevância da participação nas aulas de educação física e, por isso, as aulas devem ser planejadas para envolver a todos, desde os que menos apreciam as práticas corporais até aqueles que as almejam.

É imprescindível, portanto, ressaltar a existência de produções que demonstrem a relevância da motivação na relação professor/aluno, tanto nas atividades coletivas quanto nas individuais. Rosa (2021, p.13) afirma “[…] que a motivação apesar de não palpável é uma ferramenta de extrema importância para uma melhor fluidez das aulas”. Isso deve se evidenciar, sobretudo, na etapa de ensino médio.

Nesse sentido, a perspectiva metodológica adotada pelo professor influenciará sobremaneira o desenvolvimento e o engajamento dos alunos em suas aulas. Na educação física, compreende-se que a abordagem crítico-superadora possui fundamentos e diretrizes metodológicas que propiciam o envolvimento dos alunos. Conforme Lima (2022, p. 2):

[…] a abordagem crítico-superadora […] tem como objetivo criticar e superar não somente uma visão de Educação Física escolar hierárquica e excludente, mas, também, propor a formação da consciência de classe nos alunos para que sejam críticos, emancipados e capazes de transformar a sociedade em que estão inseridos.

Em vista disso, trata-se de uma abordagem que se propõe a valorizar a inclusão, superar os padrões que estabelecem ordem de prioridade entre categorias distintas de alunos, seja por quaisquer limites ou possibilidades deles.

Ante o exposto, o presente estudo tem por objetivo: correlacionar as preferências dos alunos do ensino médio em relação ao conteúdo e à forma das aulas de educação física com os princípios teóricos e metodológicos da abordagem crítico-superadora. Para entender melhor, foram propostos os seguintes objetivos: a) discutir como o trato pedagógico, a partir da abordagem crítico-superadora, pode proporcionar maior interesse dos alunos nas aulas de educação física; b) levantar que conteúdos e formas de aulas de educação física são predominantes na preferência dos alunos do ensino médio; c) analisar de que forma as preferências dos alunos podem ser tratadas de acordo com os princípios orientadores da abordagem crítico-superadora. 

2 METODOLOGIA

A pesquisa adotou o enfoque crítico-dialético que “fornece as bases para interpretação dinâmica e totalizante da realidade, já que estabelece que os fatos sociais não podem ser entendidos quando considerados isoladamente, abstraídos de suas influências […]” (Gil, 2019, p. 14). Possui, também, uma abordagem quanti-qualitativa, a qual possibilita maior uso de elementos “[…] para descortinar as múltiplas facetas do fenômeno investigado, atendendo os anseios da pesquisa” (Souza; Kerbauy, 2017, p. 40). Em nosso caso, essa abordagem possibilitou obter maior clareza ante a persistência do desinteresse dos alunos nas aulas de educação física.

Trata-se de pesquisa de campo, do tipo levantamento de opinião, com participantes não identificados, que, conforme a Resolução n° 510/2016, do Conselho Nacional de Saúde, art. 1º, parágrafo único, não devem ser registradas nem avaliadas pelo sistema CEP/CONEP (Brasil, 2016). A pesquisa de levantamento “[…] ocorre quando envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento desejamos conhecer através de algum tipo de questionário” (Prodanov; Freitas, 2013, P. 57-58).

Desse modo, buscamos entender as preferências dos alunos nas aulas de educação física do ensino médio por meio da aplicação de um questionário, o qual se trata de uma “[…] técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoa com o propósito de obter informações […]” (Gil, 2019, p. 137).

O local da investigação foi uma escola estadual de ensino médio, de tempo integral, localizada no bairro de Nazaré, em Belém. Nossa população consistiu em 514 alunos regularmente matriculados; e o quantitativo amostral de 60 participantes, considerando 90% do nível de confiança, em termos de representatividade, e estimativa de 10% de margem de erro.

Essa amostra é do tipo estratificada proporcional, em que os participantes são selecionados de forma aleatória, porém “proporcional à extensão de cada subgrupo determinado por alguma propriedade tida como relevante” (Gil, 2002, p. 123). Nesta pesquisa, proporcionalmente conforme os estratos do ensino médio, a saber: 1ª, 2ª e 3ª séries.

Diante disso, os questionários passaram por uma análise quantitativa, obtendo as respostas dos participantes para alcançar resultados relevantes mediante análise e coleta de dados. Na concepção de Prodanov e Freitas:

Pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.) (Prodanov; Freitas, 2013, p. 70).

Os autores também definem a pesquisa qualitativa como aquela que “[…] considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números” (Ibid., p. 70). Por isso, os dados qualitativos passaram por análise de conteúdo conforme Bardin (2016). Buscou-se entender os fenômenos na sua totalidade, articulando os interesses dos alunos com as proposições metodológicas abordagem crítico superadora para as aulas de educação física. 

Portanto, a pesquisa de levantamento obteve as duas formas de análises, extraindo as informações necessárias para ter maior abrangência na realização da coleta. A partir disso, foi possível compreender as preferências dos alunos comparadas com a perspectiva teórico-metodológica da abordagem crítico-superadora.

3 O TRABALHO PEDAGÓGICO NA ABORDAGEM CRÍTICO-SUPERADORA E AS POSSIBILIDADES PARA INSTIGAR O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS 

Abordar as possibilidades de trato pedagógico que instiguem o envolvimento de nossos alunos é de grande relevância para este trabalho. Nesse viés, a presente seção realizou uma discussão em torno do trato pedagógico em uma perspectiva crítica-dialética. Em seguida, abordará as contribuições da abordagem crítico-superadora para a educação física escolar. Por fim, discorrerá acerca de elementos pertinentes ao trabalho pedagógico que podem contribuir para o despertar do interesse dos alunos de educação física, em especial do ensino médio.

3.1 ELEMENTOS PARA PENSAR O TRABALHO PEDAGÓGICO 

De acordo com Dalla Nora et al.  (2018), o trabalho pedagógico deve ser compreendido com base na concepção de trabalho e, no campo da educação, como princípio materializado na escola em trabalho dos professores. Significa dizer que a atuação do professor é muito extensa dentro da sua área pedagógica, exigindo maior energia dos profissionais da educação, afinal, seu trabalho ocorre tanto dentro quanto fora do espaço das aulas.

Para os autores, esse trabalho pedagógico visa uma práxis pedagógica na relação professor/aluno, e a abordagem utilizada durante as aulas deve ser mediada pelo par dialético conteúdo/forma, que auxilia na captação da produção do conhecimento que transforma o meio social. Diante disso, a práxis tem como característica de uma ação distinta, consciente e útil fazendo referência ao conhecimento (Dalla Nora et al., 2018; Taffarel, 2016).

A práxis, portanto, caracteriza-se como uma atividade transformadora que articula a teoria e a prática dos conteúdos potencializando o desenvolvimento dos participantes. Então, deve haver uma relação dialética entre prática e teoria, pois, há entre estes uma relação mútua permanentemente. Assim, a práxis pedagógica evidencia os pares dialéticos, por exemplo, tornando indissociável a relação conteúdo/forma (Beltrão, 2019; Dalla Nora et al., 2018).

A Educação Física evidencia a relação entre pares dialéticos quando se tem a preocupação com a execução da práxis no âmbito escolar. Entretanto, Dalla Nora et al. (2018) relatam que, na realidade, essa relação não é predominante, os professores, em grande parte, privilegiam a prática e reduzem os apontamentos teóricos, mesmo sendo eles componentes importantes para as vivências dos alunos. Realidade essa que pode ser revertida por professores dispostos a organizar um trabalho pedagógico interessado em potencializar o desenvolvimento de seus alunos.

Os autores também afirmam que o estudante não se detém ao discurso explanado, mas capta os registros das vivências do seu professor para, assim, reproduzi-los. Além disso, relatam que a relação teoria e prática não é predominante nas aulas de educação física, uma vez que o professor se prevalece muito da prática e esquece da teoria como sendo um dos componentes importantes para as vivências dos alunos. Porém, essa realidade pode ser revertida pelos professores ao repensarem a organização do seu trabalho pedagógico e priorizarem a adoção de uma metodologia de ensino que envolva mais os alunos.

3.2 ABORDAGEM CRÍTICO-SUPERADORA COMO POSSIBILIDADE DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO FÍSICA  

Escobar (1995, p. 92) explica que “adjetivamos de ‘Superadora’ a crítica ao sistema educacional atual que emerge das bases do social – que por social é histórico – e que aponta para a construção de uma nova qualidade no desenvolvimento da prática do professor”, e cita que o professor deve se apropriar do conhecimento da história e da sociedade a qual vivencia e compreendê-la, a fim de propor um ensino-aprendizagem que ajude na transformação dos indivíduos, tornando-os seres críticos.

Para tanto, na educação física, o elemento que melhor expressa a apropriação cultural da manifestação humana é definido, por Soares et al. (1992), como “Cultura Corporal”. Conforme Taffarel (2016), a cultura corporal se manifesta na produção de conhecimento coletivo tanto histórico como social, cuja concentração é expressa em nível de desenvolvimento e domínio sobre as práticas corporais. 

Nesse sentido, a abordagem crítico-superadora aponta como objeto de estudo da educação física a cultura corporal, pois, a partir desse conceito, é possível internalizar a percepção do constante desenvolvimento humano. “São   as   condições   objetivas   colocadas   à   humanidade   que   permitem   o desenvolvimento humano, a construção da subjetividade humana, a construção do sistema axiológico dos seres humanos” (Taffarel, 2016, p. 6).

Dessa forma, a Educação Física se consolida como elemento da cultura corporal, que procede das práticas sociais do desenvolvimento humano ao passar dos anos de um conceito histórico, sem perder sua essência no desenvolvimento da capacidade e rendimento físico.

Os seres humanos precisam se realizar por meio do trabalho (Taffarel, 2016); e é esse trabalho, organizado pedagogicamente da cultura corporal nas aulas de educação física, que precisa ser enfatizado, em seu sentido ontológico e voltado à perspectiva omnilateral, ou seja, que desenvolva todas as possibilidades e potencialidades dos alunos. De acordo com Ribeiro et al. (2015, p. 55), a omnilateralidade é um conceito “[…] entendido como a possibilidade de desenvolver todas as capacidades e potencialidades humanas, em contraposição à especialização e fragmentação estabelecidas pela lógica do capital”.

Taffarel (2016) enfatiza que o vínculo entre a Psicologia Histórico-Cultural e a Pedagogia Histórico-Crítica estabelece uma ligação com a metodologia do ensino da Crítico-Superadora da Educação Física, contribuindo para as ações daqueles que labutam em defesa de uma escola pública de qualidade de ensino para todos.

Portanto, a Crítico-Superadora se funda em uma compreensão crítica e dialética, pois ela busca trabalhar o conteúdo e método/forma para aprimorar a metodologia aplicada nas aulas de educação física. Tal metodologia se funda em alguns princípios, como “[…] a relevância social e a adequação do conteúdo, a simultaneidade e incorporação do conteúdo e a constante ressignificação do conhecimento” (Soares et al., 1992; Silva; Matos; Nol, 2021, p. 2).

 Diante disso, a avaliação defendida pela abordagem Crítico-Superadora não é de caráter seletivo entre os alunos, mas prioriza o processo de ensino-aprendizagem, contrapondo-se completamente ao modelo de avaliação baseada no desempenho físico e esportivo e na seleção de atletas (Andrade, 2019, p.25). É nesse sentido que defendemos a abordagem crítico-superadora como elemento fundamental para nortear o trabalho pedagógico que seja estimulante aos alunos nas aulas de educação física. 

3.3 INDICATIVOS PARA PROMOVER O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS

A importância em conhecer os alunos e os elementos que os atraem para a participação nas atividades contribui para a fluidez do trabalho pedagógico, o que ajuda o professor a organizar seu planejamento considerando a relevância do conteúdo para os educandos a partir de elementos que despertam seus interesses. A abordagem crítico-superadora, nesse sentido, proporciona meios que auxiliam tal construção. 

Segundo Taffarel (2016, p. 6), a afinidade, o interesse por determinadas práticas “[…] não depende do desejo do ser humano, mas sim, das relações inter e intrapsíquicas que formarão um sistema de valores onde gostar, valorizar, incentivar práticas esportivas estará localizado”. Partir dessa concepção possibilita compreender que o professor tem o papel de mediar as vivências de seus alunos articulando e integrando conhecimentos.

Abordar o interesse dos alunos é muito interessante, pois é essencial saber se eles estão, de fato, gostando das aulas e indagar se desejariam outras atividades; com isso, perceber na prática a participação deles nas atividades propostas pelo professor. “No ato de ensinar é preciso identificar os elementos culturais que precisam ser apropriados pelos indivíduos para que se tornem humanos e quais as formas mais adequadas para que esse objetivo seja atingido” (Silva; Matos; Nol, 2021, p. 2).

O ensino médio vem sofrendo algumas mudanças que podem acarretar grandes consequências futuras, principalmente com a possível redução de carga horária da educação física no ensino médio. Nessa perspectiva, “[…] a forma como a BNCC do ensino médio aborda o objeto da educação física não oferece a fundamentação que favoreça o trato pedagógico do problema central das atividades desse componente curricular” (Beltrão, 2019, p.208). Isso dificulta que o professor exerça sua função, visto que é necessário utilizar elementos imprescindíveis que estão atrelados aos conteúdos essenciais para elaboração de atividades carregadas de conhecimento para a prática dos alunos (Beltrão, 2019).

Segundo Silva, Matos e Nol (2021), a dificuldade quanto à estabilização da Educação Física como área de conhecimento e componente curricular para o desenvolvimento do indivíduo integral tem gerado conflitos educacionais. No que diz respeito ao ensino médio na área de Educação Física, é essencial a reflexão das práticas corporais, de uma qualidade de vida ativa, da manutenção da saúde, da aplicabilidade do uso dos locais públicos e privados para as práticas corporais, visando ao amplo exercício da cidadania e da ação social.

Na escola, devem ser tratados os elementos da cultura corporal. Nesse viés, a abordagem crítico-superadora apresenta: o esporte, dança, lutas, jogos e brincadeiras como objetos da educação física, pois, na maioria das vezes, temos visto apenas a prática do esporte prevalecendo dentro das aulas. Desse jeito, não é possível explorar as potencialidades e as capacidades dos alunos, tornando-os impossibilitados de conhecer outros conteúdos da disciplina. Assim, a omnilateralidade está a serviço de pensar no ser humano, que é dotado de múltiplas capacidades, e possibilitá-lo com informações ampliadas do conhecimento da totalidade. (Ribeiro et al., 2015).

Contudo, ocorrem resistências para a permanência das vivências dessas práticas pedagógicas dentro do novo ensino médio, e a crítico-superadora contribui bastante diante dessa situação, mantendo uma proposta antagonista ao modelo societário atual e, por conseguinte, a escola enquanto mecanismo de reprodução social. Na educação física, ao final do ensino médio, almeja-se que o estudante tenha incorporado formas complexas das atividades da cultura corporal, o que proporciona uma produção do conhecimento cada vez mais elaborada na nossa sociedade.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A coleta de dados sobre o interesse dos estudantes do ensino médio foi realizada por meio de questionário em uma escola desse mesmo nível de ensino, em regime de tempo integral, da rede estadual do Pará, e foi autorizada pela direção escolar mediante documento de apresentação desta pesquisa. Na escola em questão, já possuíamos vivência de cinco meses, em virtude do estágio supervisionado curricular, por meio do qual foi possível observar a prática pedagógica dos professores.

A aplicação do questionário se deu no momento do intervalo para almoço, o qual foi apresentado verbalmente para os grupos de alunos presentes na área de vivência coletiva. Por se tratar de uma coleta realizada por meio do Google Forms, ele foi disponibilizado via QR Code.

Tivemos algumas dificuldades durante a coleta de dados, pois muitos alunos se recusaram a responder ao questionário por diversos motivos, dentre eles, a ausência de conexão de internet, ou, até mesmo, por não possuírem aparelhos celulares. Contudo, conseguimos capturar 44 respostas e, assim, estabelecer nossas análises.

Os primeiros questionamentos coletaram os dados de identificação dos participantes. A partir deles, foi possível perceber a participação do público feminino sendo majoritária, com 52,3%, e 45,5% do masculino. A idade dos participantes da pesquisa variou entre 14 e 19 anos: 38,6% têm 15 anos e 27,3% têm 16 anos. Desses respondentes, é importante ressaltar que a maioria está matriculada no 1° ano do ensino médio.

No que se refere ao interesse dos alunos, questionamos as preferências em torno da forma, dos conteúdos, métodos de avaliação e o envolvimento nas aulas de educação física, pois a crítico-superadora aborda a importância da participação dos seres humanos para absorver e vivenciar novas experiências além dos conhecimentos anteriores. No gráfico 1, demonstramos o questionamento em relação à forma das aulas na relação teoria-prática.

Gráfico 1 – Preferência dos estudantes do ensino médio de uma escola em tempo integral em relação à forma (teoria-prática) das aulas de educação física. Questão: Você gosta das aulas de educação física?

Fonte: Elaborado pelas autoras.

No gráfico 1, consta a distribuição de preferência dos alunos em relação à forma das aulas, em que questionamos a relação teoria e prática. Observamos que 54,5% preferem somente aulas práticas, seguido por 34,1%, cuja preferência é que seja estabelecida a relação teoria e prática. Poucos alunos reportaram não gostar das aulas de educação física, seja por vivenciarem apenas aulas teóricas ou por não gostarem de qualquer forma de manifestação da cultura corporal, seja teórica ou prática.

O diagnóstico de que a maioria dos alunos preferem as aulas práticas é importante. A nossa compreensão é de que a organização do trabalho pedagógico do professor deva levar isso em consideração na elaboração das aulas, mas considerando a aplicação de uma abordagem crítica; há de se convir que a prática não seja executada com fim em si mesma, mas fazer dessa prática, aos poucos, momento de prática refletida em busca da efetivação da práxis. 

Dessa forma, o professor de educação física lograria êxito em aglutinar dois grandes segmentos dos seus alunos, o que demonstra o esforço e compromisso docente no trabalho em parceria com seus alunos, motivando-os durante seu trabalho pedagógico (Andrade, 2019). Outrossim, 34,1% responderam que preferem aulas teóricas e práticas. 

Adiante, 6,8% só preferem as aulas teóricas, com isso, refletem uma parcela específica que não gosta de práticas corporais, sendo um ponto que intriga o professor, fazendo-o refletir sobre esses alunos que rejeitam aulas práticas. No entanto, é interessante ressaltar que esse dado favorece o professor, à medida que sinaliza que esses alunos estão mais dispostos a se aprofundar nos conhecimentos teóricos próprios das práticas corporais.

Já 2,3% não gostam das aulas de educação. Podemos inferir que esses estudantes devem ter passado por uma experiência não exitosa com a educação física ao longo da etapa inicial da educação básica. Todavia, com isso, é importante fazer esses alunos perceberem que as aulas de educação física são essenciais para o seu desenvolvimento.

Posteriormente, são apresentados os dados levantados acerca das preferências dos participantes do ensino médio sobre os conhecimentos ligados aos conteúdos da cultura corporal (Gráfico 2). 

Gráfico 2 – Preferências dos estudantes do ensino médio de uma escola em tempo integral sobre os conteúdos da educação física escolar. Questão: Qual/ quais conteúdo(s) da educação física você prefere vivenciar nas aulas?

Fonte: Elaborado pelas autoras.

O gráfico 2 apresenta os conteúdos da cultura corporal que mais agradam os alunos. O esporte predominou como sendo uma das práticas que eles mais gostam nas aulas de educação física (65,9%). Taffarel (2016, p. 6) afirma que “são   as   condições   objetivas   colocadas   à   humanidade   que   permitem   o desenvolvimento humano, a construção da subjetividade humana, a construção do sistema axiológico dos seres humanos”. Isso explica essa preferência, pois nosso sistema social não permite condições objetivas de ampliação das referências no âmbito das práticas corporais. Logo, a subjetividade e o desenvolvimento humano ficam restritos à imediaticidade do que fora massificado, em nosso caso, o esporte e, em particular, o futebol e o vôlei. 

Tanto o público feminino quanto o masculino, em sua maioria, preferem o esporte nas aulas de educação física. Diante desse resultado, perpetua-se a lógica da esportivização presente nas escolas.

A partir da discussão aqui proposta, a metodologia de ensino está sendo estimulada a propor ampliação da visão do esporte, sem deixar de trabalhar esse conteúdo com os alunos.

Tendo em vista a observância das aulas que eram quase exclusivamente práticas para o 1° e 2° ano, mas principalmente teóricas, voltadas para o ENEM, para 3° ano, outros conteúdos apresentam baixa ou quase nula preferência desses alunos, por conta da ausência de vivência nas aulas.

Os professores de educação física gostavam de trabalhar utilizando o esporte nas suas metodologias e pouco usavam outras abordagens dentro do colégio. Lutas e danças são mais marginalizadas por terem poucas práticas pedagógicas sendo efetivadas nas aulas.

Cabe destacar que a metodologia de ensino discutida em tela compreende cinco momentos pedagógicos que “devem ser aplicados nas aulas de EF, no decorrer de todo o ciclo de escolarização […] (em) busca do conhecimento dialético” (Paes Neto; França; Barbosa, 2016, p. 4), não cabendo obrigatoriedade de todos os momentos iniciarem e encerrarem cada aula, a saber: prática social inicial, problematização, instrumentalização, catarse e prática social final.

Assim, entendemos que é possível trabalhar cada momento de forma profunda. Por exemplo, em uma prática social inicial (PSI), no intuito de chamar a maioria dos alunos, é possível construir uma PSI prática, a qual pode ser culminada com atividade teórica, ou pode-se utilizar elementos das práxis em que, a partir do movimento, durante o diálogo com os alunos, haja uma aula reflexiva. “Já a problematização é a transição entre a prática social e a teoria ocorrendo discussão em relação ao conteúdo estudado” (Paes Neto; França; Barbosa, 2016, p. 3).

Em seguida, os discentes foram perguntados sobre os conteúdos da educação física que eles mais gostavam e os tipos de conhecimentos que possuíam. Foi possível identificar que a maioria preferia aulas práticas, enquanto outros não as preferiam. Quanto ao conhecimento, poucos alunos apresentaram ter conhecimentos históricos.

Adiante, no gráfico 3 abaixo, é representada a porcentagem de acordo com os conhecimentos teóricos/históricos e práticos dos envolvidos na pesquisa.

Gráfico 3 – Domínio dos estudantes do ensino médio de uma escola em tempo integral em relação aos conhecimentos teóricos/históricos e práticos da educação física. Questão: Sobre os conteúdos da educação física que mais gosta, que tipos de conhecimentos você possui?

Fonte: Elaborados pelas autoras.

Levando em consideração que Taffarel (2016) acha ser indispensável que os conhecimentos históricos sejam trabalhados e que somente 20,9% dos alunos conhecem os elementos históricos, a aula de educação física deve abordar os aspectos históricos não unicamente a partir de textos e teorias, mas se voltar para as metodologias que contém a história por meios de aulas práticas, caso em que cabe pensar instrumentalizações nesse formato. 

Adiante, no gráfico 3, é representada a porcentagem de acordo com os conhecimentos teóricos/históricos e práticos dos envolvidos na pesquisa. 

Ao serem questionados sobre o local da prática que lhes agradava durante a participação nas atividades, 67,4% responderam “aulas na quadra” e 20,9% responderam que preferem que aconteça de forma parcial, tanto na quadra como na sala de aula. É importante que o professor diversifique sua prática pedagógica, propondo outros ambientes, fazendo uma visita externa, como: em parques, no horário da aula de educação física, para problematizar e instrumentalizar a relação entre o ser humano e a natureza. 

Andrade (2019) aponta que a variabilidade de aulas criativas e inovadoras é capaz de despertar o interesse dos alunos para que permaneçam nas atividades. Diante disso, propor a reconstrução dos elementos trabalhados em aula, explorando o potencial criativo ao mesmo tempo em que o momento pode ser entendido como avaliativo da apropriação destes por parte do professor, consiste em um estímulo próprio da catarse. 

Assim, o presente estudo reafirma o que a crítico-superadora demonstra, ao longo das pesquisas científicas, quanto aos métodos de incentivos que podem ser aplicados nas aulas de educação física escolar, que faz o docente refletir mais em relação às experiências vividas no decorrer da carreira profissional, dedicando tempo para conhecer seus alunos e questionar suas preferências, procurando adequar suas metodologias usando os conteúdos da educação física, sendo elas: a dança, a luta, a ginástica, os jogos e o esporte. Consistindo na prática social final destes alunos um novo se portar diante dos elementos da cultura corporal. Uma postura de interesse genuíno.

De acordo com os dados apresentados, é perceptível que o esporte tem sido a grande escolha, mas não devemos deixar de apresentar e ensinar os outros conteúdos e formas. O papel do professor é inserir todos os alunos dentro das aulas de educação, sabendo que há um quantitativo de alunos participantes da disciplina e uma pequena parcela gostaria de vivenciar outros métodos; não negando o conhecimento escolar acerca da cultura corporal; desfrutando da práxis pedagógica. Então, torna-se possível fazer a correlação da abordagem crítico-superadora por intermédio das preferências dos alunos, com o envolvimento dos conteúdos propostos que promovam o seu desempenho.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente estudo, a Educação física escolar é importante para o ensino-aprendizagem de cada aluno. Por esse motivo, eles precisam participar das aulas para conseguir se desenvolver de forma omnilateral como almejado a partir da abordagem em discussão, além de vivenciar outras atividades, ampliando seu repertório cultural.

Além disso, a crítico-superadora apresenta elementos fundamentais que podem ser aprofundados nas metodologias dos professores que atuam na área da educação física escolar, principalmente no ensino médio, nível em que os estudantes estão saindo da escola e tentando ingressar nas universidades ou no mercado de trabalho. Ademais, essa abordagem serve como suporte na construção de metodologias de ensino, desse modo, ela consegue proporcionar ao professor uma visibilidade para chamar o interesse dos estudantes dentro das aulas. 

Nesse sentido, foi possível fazer correlação das preferências dos alunos do ensino médio em relação ao conteúdo e à forma das aulas de educação física com os princípios teóricos e metodológicos da abordagem crítico-superadora apontando que 54,5%, relataram gostar apenas das aulas práticas da educação física, e que ante a abordagem possuir uma metodologia dialética, é possível trabalhar dimensões históricas e teóricas por meio da práxis. E assim, poder discutir como o trato pedagógico, a partir da abordagem citada ao longo do texto, pode proporcionar maior interesse dos alunos nas aulas de educação física. Com isso, fazer o levantamento dos conteúdos e formas de aulas são predominantes na preferência dos alunos do ensino médio. E por fim, analisar de que forma as preferências dos estudantes podem ser tratadas de acordo com os princípios orientadores da abordagem crítico-superadora.

No decorrer deste trabalho, tivemos um fator limitante no que se refere à quantidade de respostas dos participantes para a amostra da pesquisa. Também houve a questão do horário, que consideramos impróprio, por ser no intervalo dos alunos. Mesmo assim, isso não impossibilitou que fosse feita a coleta de dados na escola. 

Diante disso, tendo em vista que o bom planejamento de ensino estimula o incentivo dos participantes, pois eles sentem essa carência de envolvimento nas aulas, podemos encontrar meios que instruam cada docente a traçar mecanismos explanados na abordagem crítico-superadora, que revela como pode ser abrangente o conteúdo. Com isso, pretendemos que os professores possam ter a atenção dos alunos dentro desse processo de ensino-aprendizagem, demonstrando o quão considerável é a educação física, bem como apresentando de que maneiras ela está presente na vida cotidiana do ser humano.

Em síntese, este trabalho trouxe a correlação das preferências dos alunos do ensino médio e os conceitos abordados pela crítico-superadora, que ajudam a intervir na problemática abordada ao longo do estudo, fazendo com que os alunos possam ser mais participativos nas aulas de educação física. Desse modo, pretendemos incentivar novas pesquisas acerca da aplicação dos elementos da crítico-superadora na educação física escolar e da verificação dos parâmetros de envolvimento dos alunos com os conteúdos.

REFERÊNCIAS

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1 Graduada em Licenciatura em Educação Física, Universidade do Estado do Pará, campus Belém. E-mail: brenda.luzia13@gmail.com
2 Mestre em Educação pela Universidade Federal do Pará, campus Belém. E-mail:
3 Mestre em Educação pela Universidade Federal do Pará, campus Belém. E-mail:jeffelgueiras@hotmail.com
4 Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Pará, campus Belém. E-mail: silvajuniormes@yahoo.com.br
5 Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Pará, campus Belém. E-mail: marcosrenanef@yahoo.com
6 Doutora em Educação pela Universidade Federal do Pará, campus Belém. E-mail: samantha-souza@hotmail.com
7 Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Pará, campus Belém. E-mail: profthais.brandao@gmail.com
8 Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Pará, campus Belém. E-mail: prof.alcicleycardoso@gmail.com
9 Nutricionista pela Universidade Federal do Pará, campus Belém. Profª de Educação Física pela Universidade do Estado do Pará. Esp em Pedagogia da Cultura Corporal (UEPA). Esp em Nutrição e Saúde Coletiva (UFPA) Residência Multiprofissional em Oncologia com Ênfase em Cuidados Paliativos (UEPA). Esp em Nutrição e saúde coletiva (UFPA). E-mail: kathleen_bouth@hotmail.com
10 Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Pará, campus Belém.