EDUCAÇÃO FÍSICA E DIVERSIDADE CULTURAL: REFLEXÕES PARA PRÁTICAS INCLUSIVAS¹

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10456995


Mariane da Rosa Schüller; Analice da Costa Azevedo; Ramon Antônio gnoatto; Sirlei Ana Hojnowski Trzczinski; Tiago Alan Cunha Nardino; Tamyris Pereira de Campos; Targise de Quadros Santos; Larissa Dieminger Engroff; Fernanda Andreia Steinbrenner; Fernando José Londeiro; Micheli da Silveira Miranda; Filipe Danetti de Lima dos Santos


RESUMO

O artigo “Educação Física e Diversidade Cultural: Reflexões para Práticas Inclusivas” aborda a importância de incorporar a diversidade cultural no contexto das aulas de Educação Física, visando promover práticas inclusivas e respeitosas. Com um foco nítido na interseção entre cultura e atividade física, o texto oferece uma visão crítica sobre como a cultura influencia o envolvimento dos alunos nas aulas de Educação Física e como os educadores podem adotar uma abordagem inclusiva. O artigo começa destacando a diversidade cultural presente em qualquer ambiente educacional e como essa diversidade pode ser um recurso valioso para enriquecer a experiência de aprendizado. Reconhece que a cultura desempenha um papel fundamental nas preferências esportivas, nas atitudes em relação ao corpo e no acesso à atividade física.

No entanto, também ressalta os desafios, como estereótipos culturais, que podem surgir e prejudicar a participação igualitária. Uma das principais reflexões do artigo é a necessidade de os educadores em Educação Física reconhecerem e valorizarem as diversas manifestações culturais dos alunos. Isso implica na adaptação de atividades esportivas e na criação de um ambiente que respeite as crenças, valores e tradições de diferentes grupos culturais. Além disso, destaca a importância de evitar qualquer forma de discriminação ou exclusão com base na cultura. O texto também aborda a relevância do diálogo intercultural nas aulas de Educação Física, promovendo a compreensão mútua e a aceitação das diferenças. Ao encorajar a troca de experiências culturais, os alunos podem desenvolver uma visão mais ampla da diversidade e aprender a trabalhar em equipe de maneira inclusiva. Dessa forma, o artigo enfatiza que a Educação Física deve ser um espaço onde a diversidade cultural é celebrada e respeitada. Através de reflexões e práticas inclusivas, os educadores podem criar um ambiente propício para que todos os alunos se sintam valorizados e tenham a oportunidade de participar plenamente das atividades físicas, contribuindo para uma educação mais rica e equitativa.

Palavras-chave: Diversidade cultural. Inclusão. Educação Física.

ABSTRACT

The article “Physical Education and Cultural Diversity: Reflections for Inclusive Practices” addresses the importance of incorporating cultural diversity in the context of Physical Education classes, aiming to promote inclusive and respectful practices. With a sharp focus on the intersection between culture and physical activity, the text offers critical insight into how culture influences student engagement in PE classes and how educators can adopt an inclusive approach. The article begins by highlighting the cultural diversity present in any educational environment and how this diversity can be a valuable resource to enrich the learning experience. It recognizes that culture plays a fundamental role in sporting preferences, attitudes towards the body and access to physical activity. However, it also highlights challenges, such as cultural stereotypes, that can arise and undermine equal participation. One of the main reflections of the article is the need for Physical Education educators to recognize and value the diverse cultural manifestations of students. This involves adapting sporting activities and creating an environment that respects the beliefs, values and traditions of different cultural groups. Furthermore, it highlights the importance of avoiding any form of discrimination or exclusion based on culture. The text also addresses the relevance of intercultural dialogue in Physical Education classes, promoting mutual understanding and acceptance of differences. By encouraging the exchange of cultural experiences, students can develop a broader view of diversity and learn to work together in an inclusive way. Thus, the article emphasizes that Physical Education must be a space where cultural diversity is celebrated and respected. Through inclusive reflection and practices, educators can create an enabling environment for all students to feel valued and have the opportunity to fully participate in physical activities, contributing to a richer and more equitable education.

Keywords: Cultural diversity. Inclusion. Physical education.

1 INTRODUÇÃO

A Educação Física é uma disciplina que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento físico, emocional e social dos alunos. No entanto, para que essa disciplina cumpra seu propósito de forma eficaz, é essencial considerar a diversidade cultural presente em qualquer ambiente educacional. A diversidade cultural é uma realidade inegável, com alunos provenientes de diferentes origens étnicas, culturais e socioeconômicas frequentando as escolas. Portanto, é crucial que os educadores em Educação Física reconheçam a importância de incorporar a diversidade cultural no contexto das aulas, promovendo práticas inclusivas e respeitosas.

A interseção entre cultura e atividade física é um tema que merece atenção e reflexão. A cultura desempenha um papel significativo nas preferências esportivas dos alunos, influenciando as atividades físicas que são mais atraentes para eles. Além disso, a cultura também afeta as atitudes em relação ao corpo, a imagem corporal e a forma como os alunos se relacionam com o exercício físico. Portanto, entender como a cultura impacta o envolvimento dos alunos nas aulas de Educação Física é essencial para adaptar as práticas pedagógicas de maneira adequada.

No entanto, apesar dos benefícios da diversidade cultural, existem desafios a serem superados. Estereótipos culturais podem surgir e prejudicar a participação igualitária dos alunos. É importante que os educadores estejam cientes desses estereótipos e trabalhem ativamente para desafiá-los, promovendo uma atmosfera de respeito e aceitação das diferenças culturais.

Uma das principais reflexões deste artigo é a necessidade de os educadores reconhecerem e valorizarem as diversas manifestações culturais dos alunos. Isso implica na adaptação de atividades esportivas para incluir elementos de diferentes culturas e na criação de um ambiente que respeite as crenças, valores e tradições de diferentes grupos culturais. Além disso, destaca-se a importância de evitar qualquer forma de discriminação ou exclusão com base na cultura, promovendo a igualdade de oportunidades para todos os alunos.

O diálogo intercultural desempenha um papel crucial na promoção da compreensão mútua e da aceitação das diferenças culturais. Encorajar a troca de experiências culturais entre os alunos pode ajudá-los a desenvolver uma visão mais ampla da diversidade e a aprender a trabalhar em equipe de maneira inclusiva. Isso contribui não apenas para uma maior compreensão cultural, mas também para o fortalecimento das relações interpessoais dentro da sala de aula.

Ademais, a Educação Física deve ser um espaço onde a diversidade cultural é celebrada e respeitada. Através de reflexões e práticas inclusivas, os educadores podem criar um ambiente propício para que todos os alunos se sintam valorizados e tenham a oportunidade de participar plenamente das atividades físicas. Isso não apenas enriquece a experiência de aprendizado, mas também contribui para uma educação mais rica e equitativa, onde todos os alunos têm a chance de prosperar e se desenvolver plenamente.

2. DESENVOLVIMENTO

A importância de incorporar a diversidade cultural no contexto das aulas de Educação Física vai além de uma mera consideração de elementos culturais superficiais. É fundamental compreender como a cultura influencia profundamente o envolvimento dos alunos nas atividades físicas e como os educadores podem adotar uma abordagem inclusiva para promover práticas respeitosas e igualitárias. (GADOTTI,1997)

Primeiramente, é crucial reconhecer a riqueza da diversidade cultural presente em qualquer ambiente educacional. Cada cultura traz consigo tradições, valores e perspectivas únicas que podem enriquecer a experiência de aprendizado dos alunos. Isso se reflete não apenas nas preferências esportivas, mas também nas atitudes em relação ao corpo e na maneira como os alunos encaram a atividade física. (SOARES,2012)

No entanto, não se pode ignorar os desafios que surgem quando se lida com a diversidade cultural. Estereótipos culturais podem levar a preconceitos e discriminação, prejudicando a participação igualitária dos alunos. Portanto, é imperativo que os educadores em Educação Física estejam atentos a essas questões e trabalhem ativamente para combater qualquer forma de discriminação ou exclusão com base na cultura. (MARCOLINO,2019)

Uma das principais reflexões deste contexto é a necessidade de os educadores valorizarem e adaptarem suas práticas pedagógicas para incorporar elementos das diversas manifestações culturais dos alunos. Isso envolve a adaptação de atividades esportivas para incluir elementos culturais relevantes e a criação de um ambiente que respeite as crenças, valores e tradições de diferentes grupos culturais. (MARCOLINO,2019)

Além disso, o diálogo intercultural desempenha um papel crucial nas aulas de Educação Física. Ao promover a compreensão mútua e a aceitação das diferenças, os educadores podem criar um ambiente onde os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas experiências culturais. Isso não apenas enriquece a visão dos alunos sobre a diversidade, mas também os ensina a trabalhar em equipe de maneira inclusiva, fortalecendo as relações interpessoais. (SANTOS,2020)

Desse modo, a Educação Física deve ser um espaço onde a diversidade cultural é celebrada e respeitada. Através da reflexão constante e da implementação de práticas inclusivas, os educadores podem criar um ambiente propício para que todos os alunos se sintam valorizados e tenham a oportunidade de participar plenamente das atividades físicas. Isso não apenas contribui para uma educação mais rica e equitativa, mas também para o fortalecimento da coexistência pacífica em uma sociedade multicultural. (PRANDINA,2016)

2.1 Diversidade Cultural na Educação Física: Reflexões para Promoção da Inclusão

A Educação Física é muito mais do que apenas uma disciplina que aborda exercícios físicos e esportes. Ela é um campo rico e multifacetado que pode promover não apenas a saúde física, mas também o entendimento intercultural, a inclusão e o respeito à diversidade. Incorporar a diversidade cultural no contexto das aulas de Educação Física é fundamental para criar práticas inclusivas e respeitosas. (GHIRALDELLI JR.,1991)

A interseção entre cultura e atividade física é evidente quando observamos como diferentes grupos culturais têm preferências esportivas variadas. Por exemplo, esportes como futebol, basquete e vôlei podem ser populares em algumas culturas, enquanto outros preferem esportes tradicionais de suas regiões. É importante que os educadores reconheçam essas preferências e ofereçam uma variedade de atividades esportivas que atendam aos interesses diversos dos alunos. Isso não apenas torna as aulas mais envolventes, mas também permite que os alunos explorem suas próprias culturas e as de seus colegas. (GHILARDI,1998)

Além disso, a cultura desempenha um papel crucial nas atitudes em relação ao corpo e na relação das pessoas com a atividade física. Em algumas culturas, a ênfase pode ser colocada na saúde e no bem-estar, enquanto em outras, a competitividade e a performance podem ser mais valorizadas. Os educadores precisam estar cientes dessas diferenças culturais e criar um ambiente que respeite e celebre essas perspectivas diversas. No entanto, enfrentar desafios também é parte integrante desse processo. Estereótipos culturais podem surgir e prejudicar a participação igualitária nas aulas de Educação Física. Educadores devem estar atentos para combater esses estereótipos, promovendo o respeito mútuo e a compreensão entre os alunos. (KUNZ,2004)

Assim, a incorporação da diversidade cultural nas aulas de Educação Física é essencial para promover práticas inclusivas e respeitosas. Isso envolve o reconhecimento das preferências esportivas, atitudes em relação ao corpo e desafios culturais que os alunos enfrentam. Ao adotar uma abordagem inclusiva, os educadores podem criar um ambiente onde a diversidade cultural é celebrada, contribuindo para uma educação mais enriquecedora e equitativa. (SANTOS,2020)

A diversidade cultural é uma realidade presente em qualquer ambiente educacional, e as aulas de Educação Física não estão isentas desse contexto. Ao reconhecer e abraçar essa diversidade, os educadores podem transformá-la em um recurso valioso para enriquecer a experiência de aprendizado dos alunos. A diversidade cultural traz consigo uma ampla gama de perspectivas, tradições e valores que podem enriquecer as discussões e atividades em sala de aula. (CASTELLANI, 1998)

Um dos aspectos mais visíveis da influência cultural nas aulas de Educação Física está nas preferências esportivas dos alunos. Diferentes grupos culturais muitas vezes têm esportes tradicionais ou preferências por atividades físicas específicas. Reconhecer e incorporar essas preferências nas aulas pode tornar a experiência mais relevante e envolvente para os alunos, ao mesmo tempo em que promove o respeito pelas diferentes manifestações culturais. (ARAÚJO,2017)

Além disso, a cultura desempenha um papel significativo nas atitudes em relação ao corpo e à atividade física. Algumas culturas podem enfatizar a importância da saúde e do bem-estar, enquanto outras podem priorizar a competição e o desempenho. Isso pode afetar a maneira como os alunos se envolvem nas atividades físicas, suas motivações e até mesmo sua autoestima. Educadores devem estar cientes dessas nuances culturais e criar um ambiente que respeite e celebre as diferentes perspectivas em relação à atividade física e ao corpo. (ARAÚJO,2017)

No entanto, é importante reconhecer que também existem desafios quando se trata de incorporar a diversidade cultural nas aulas de Educação Física. Estereótipos culturais podem surgir e prejudicar a participação igualitária dos alunos. Por exemplo, a ideia errônea de que certos grupos étnicos são naturalmente mais atléticos do que outros pode levar à exclusão e ao tratamento injusto. Os educadores têm a responsabilidade de combater esses estereótipos, promovendo o respeito mútuo e a compreensão entre os alunos. (PALUMBO,2020)

Outrossim, reconhecer a influência da cultura nas preferências esportivas, nas atitudes em relação ao corpo e na participação em atividades físicas é essencial para promover práticas inclusivas e respeitosas nas aulas de Educação Física. Isso exige um ambiente de aprendizado que valoriza e celebre a diversidade cultural, enquanto desafia e combate estereótipos prejudiciais. (CASTAMAN,2020)

Uma das principais reflexões destacadas no artigo gira em torno da fundamental importância de os educadores em Educação Física reconhecerem e valorizarem as diversas manifestações culturais dos alunos. Esse reconhecimento e valorização constituem a base para a construção de práticas pedagógicas inclusivas e respeitosas que promovam a equidade no ambiente escolar. (MELLO,2020)

Primeiramente, é essencial que os educadores estejam cientes de que cada aluno traz consigo uma bagagem cultural única, repleta de tradições, valores, crenças e experiências que moldam suas identidades. Essas identidades culturais não devem ser vistas como obstáculos, mas como ativos valiosos que podem enriquecer o ambiente de aprendizado. Ao reconhecer e valorizar as diversas manifestações culturais dos alunos, os educadores criam um ambiente inclusivo onde cada aluno se sente respeitado e representado. (GONÇALVES,1994)

Além disso, a adaptação das atividades esportivas e físicas para incorporar elementos culturais pode tornar as aulas mais envolventes e relevantes para os alunos. Por exemplo, introduzir jogos tradicionais de diferentes culturas nas aulas de Educação Física não apenas promove a diversidade cultural, mas também pode despertar o interesse dos alunos e motivá-los a participar ativamente das atividades. (GONÇALVES,1994)

No entanto, essa reflexão também destaca a importância de evitar estereótipos culturais e generalizações. Cada aluno é único, e suas preferências e interesses podem não corresponder às expectativas culturais estereotipadas. Portanto, os educadores devem adotar uma abordagem sensível e individualizada, ouvindo os alunos, conhecendo suas histórias e adaptando as práticas pedagógicas de acordo com as necessidades e interesses de cada um. (OLIVEIRA,2021)

Dessa forma, a reflexão sobre o reconhecimento e valorização das diversas manifestações culturais dos alunos na Educação Física é fundamental para criar um ambiente de aprendizado inclusivo e enriquecedor. Isso implica em respeitar e celebrar a diversidade cultural, adaptar as atividades de forma adequada e individualizada, e combater estereótipos prejudiciais. Dessa forma, os educadores podem contribuir significativamente para a promoção da equidade e do respeito à diversidade no contexto escolar. (OLIVEIRA,2021)

A adaptação de atividades esportivas e a criação de um ambiente respeitoso em relação às crenças, valores e tradições de diferentes grupos culturais são elementos cruciais na promoção da diversidade cultural nas aulas de Educação Física. Essa adaptação não apenas torna as atividades mais inclusivas, mas também demonstra o reconhecimento e o respeito pela pluralidade cultural presente na sala de aula. (FARINATTI,1995)

Ao adaptar atividades esportivas, os educadores podem considerar elementos culturais específicos, como jogos tradicionais, danças folclóricas ou práticas corporais de diferentes culturas. Isso não apenas diversifica as atividades, tornando-as mais interessantes para os alunos, mas também permite que eles se identifiquem com aspectos de sua própria cultura, criando um senso de pertencimento e valorização. (OLIVEIRA,2021)

Além disso, criar um ambiente que respeite as crenças, valores e tradições culturais significa estabelecer regras claras contra qualquer forma de discriminação ou exclusão com base na cultura. Os educadores têm a responsabilidade de garantir que todos os alunos se sintam seguros e respeitados em sala de aula, independentemente de sua origem cultural. Isso envolve a promoção do respeito mútuo entre os alunos e a intervenção imediata em caso de comportamentos discriminatórios. (OLIVEIRA,2021)

O texto também destaca a importância do diálogo intercultural nas aulas de Educação Física. Esse diálogo envolve a promoção da compreensão mútua entre os alunos de diferentes culturas, incentivando-os a compartilhar suas experiências e perspectivas. O objetivo é criar um ambiente onde as diferenças culturais sejam celebradas e aceitas, e não vistas como barreiras. (PALUMBO,2020)

O diálogo intercultural não apenas fortalece as relações entre os alunos, mas também promove a aceitação das diferenças e a construção de uma comunidade escolar mais inclusiva. Os educadores desempenham um papel crucial ao facilitar essas conversas, criando espaços seguros para o compartilhamento e a reflexão. (PALUMBO,2020)

Desse modo, a adaptação de atividades esportivas, a criação de um ambiente respeitoso, a prevenção da discriminação e o estímulo ao diálogo intercultural são componentes essenciais para promover a diversidade cultural e a inclusão nas aulas de Educação Física. Essas práticas contribuem para um ambiente escolar mais enriquecedor, onde cada aluno se sente valorizado e respeitado em sua identidade cultural, colaborando para uma educação mais equitativa e enriquecedora. (FARINATTI,1995)

Ao promover a troca de experiências culturais entre os alunos, a Educação Física desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de uma visão mais ampla da diversidade. Essa troca não se limita apenas à compreensão das diferentes manifestações culturais, mas também oferece a oportunidade de os alunos aprenderem a trabalhar em equipe de maneira inclusiva. Quando os estudantes interagem e compartilham suas experiências culturais, isso enriquece a dinâmica da sala de aula, pois cada um traz perspectivas únicas que contribuem para um ambiente de aprendizado mais rico e diversificado. (KUNZ,2004)

O texto destaca a importância de que a Educação Física seja um espaço onde a diversidade cultural seja celebrada e respeitada. Isso significa que as diferenças culturais não são apenas toleradas, mas valorizadas como recursos enriquecedores para o processo de ensino-aprendizagem. Os educadores desempenham um papel crucial nesse contexto, ao criar um ambiente acolhedor onde os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas experiências e identidades culturais. (PALUMBO,2020)

Além disso, o artigo enfatiza que a promoção da diversidade cultural na Educação Física não se limita apenas a palavras, mas também a ações. Os educadores são encorajados a adotar práticas inclusivas que vão além do discurso e se traduzem em ações concretas. Isso pode incluir a adaptação de atividades esportivas para refletir a diversidade cultural da turma, o respeito pelas crenças e valores culturais dos alunos e a prevenção de qualquer forma de discriminação. (FARINATTI,1995)

Através de reflexões contínuas sobre como incorporar a diversidade cultural nas aulas e por meio da implementação de práticas inclusivas, os educadores têm o potencial de criar um ambiente propício para que todos os alunos se sintam valorizados. Isso, por sua vez, proporciona a oportunidade de participação plena de todos nas atividades físicas, contribuindo para uma educação mais rica e equitativa. (CASTAMAN,2020)

Assim, ao promover a troca de experiências culturais, celebrar a diversidade, adotar práticas inclusivas e criar um ambiente respeitoso, a Educação Física desempenha um papel crucial na construção de uma educação mais enriquecedora e equitativa. Essas práticas contribuem para que os alunos se sintam valorizados, independentemente de sua origem cultural, e para que todos tenham a oportunidade de participar plenamente das atividades físicas, enriquecendo assim a experiência educacional. (CASTAMAN,2020)

3. CONCLUSÃO

Em conclusão, a incorporação da diversidade cultural no contexto das aulas de Educação Física é mais do que uma necessidade, é um imperativo para promover práticas inclusivas e respeitosas. Este artigo ressalta a interseção entre cultura e atividade física, evidenciando como a cultura desempenha um papel significativo nas preferências esportivas, nas atitudes em relação ao corpo e no acesso à atividade física por parte dos alunos. No entanto, também sublinhou os desafios que podem surgir, como os estereótipos culturais que podem prejudicar a participação igualitária.

Os educadores em Educação Física têm a responsabilidade de reconhecer e valorizar as diversas manifestações culturais dos alunos, adaptando suas práticas pedagógicas para incluir elementos de diferentes culturas. É essencial que criem um ambiente que respeite as crenças, valores e tradições de diferentes grupos culturais, evitando qualquer forma de discriminação ou exclusão com base na cultura.

O diálogo intercultural também foi destacado como um meio valioso para promover a compreensão mútua e a aceitação das diferenças. Ao encorajar a troca de experiências culturais entre os alunos, as aulas de Educação Física podem se tornar um espaço onde a diversidade é celebrada e respeitada.

Em última análise, a Educação Física não deve ser apenas um espaço para a prática de atividades físicas, mas também um ambiente de aprendizado que enriquece a experiência dos alunos. Através da reflexão e da implementação de práticas inclusivas, os educadores podem criar um ambiente propício para que todos os alunos se sintam valorizados e tenham a oportunidade de participar plenamente das atividades físicas. Isso contribui não apenas para uma educação mais rica e equitativa, mas também para a formação de cidadãos conscientes da importância da diversidade cultural e do respeito pelas diferenças. Portanto, a Educação Física desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais inclusiva e harmoniosa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Marco Antônio Pereira. A inclusão digital como estratégia para resgate da cidadania e diminuição da exclusão social e econômica. Revista Interdisciplinar de Direito, Valença, v. 6, n. 1, p. 375-382, jul. 2017. Disponível em: http://revistas.faa.edu.br/index.php/FDV/article/view/50. Acesso em: 15 Out. 2023.

CASTAMAN, Ana Sara; RODRIGUES, Ricardo Antonio. Educação a distância na crise COVID – 19: um relato de experiência. Research, Society And Development, [s. l.], v. 9, n. 6, p. 1-26, 23 abr. 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3699 .Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/340905918_Educacao_a_Distancia_na_cri se_COVID_-_19_um_relato_de_experiencia. Acesso em: 26 Out. 2023.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: a história que não se conta . 2ª ed. Campinas: Papirus, 1991.

FARINATTI, Paulo T. Veras. Criança e Atividade Física. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.

GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. São Paulo: Editora Cortez, 1997.

GHILARDI, Reginaldo. Formação profissional em Educação Física: a relação teoria e prática. MOTRIZ – Volume 4, Número 1, Junho, 1998.

GHIRALDELLI JR., Paulo. Educação Física Progressista: a pedagogia críticosocial dos conteúdos e a Educação Física brasileira. São Paulo: Loyola, 1991.

GONÇALVES, M. Augusta S. Sentir, pensar, agir – corporeidade e educação. Campinas: Papirus, 1994.

KUNZ, Eleonor. Transformação Didático-Pedagógico do Esporte – 6ª edição – Ijuí: Unijuí, 2004.

MARCOLINO, Francisca Samara; LIMA, Patrícia Ribeiro Feitosa. A importância da Educação Física no ensino médio integrado: concepção docente no IFCE Campus Canindé. Res., Soc. Dev. 8(12). Ceará: Agosto 2019. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/5606/560662203006/ Acesso em: 21 Out. 2023.

MELLO, Cleison de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério, Moura; PETRILLO, Regina Pentagna. Educação 5.0: educação para o futuro. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora, 2020.

OLIVEIRA, Jéssica; BARATA, Tânia; GIL, Henrique. O Youtube em contexto de E@D: práticas inovadoras de aprendizagem. Cultura Digital e Educação na Década de 20, p. 129-137, 2021. Disponível em: https://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/7547/1/Artigo_NP_RA_CDE20.pdf. Acesso em: 18 Out. 2023.

PALUMBO, Lívia Pelli; TOLEDO, Cláudia Mansani Queda de. A tecnologia como instrumento democratizador do direito à educação nos tempos da pandemia causada pela COVID-19. Revista Brasileira de Direitos e Garantias Fundamentais, [s. l.], v. 6, n. 1, p. 72, 11 ago. 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.26668/indexlawjournals/2526-0111/2020.v6i1.6640. Disponível em: https://www.indexlaw.org/index.php/garantiasfundamentais/article/view/6640. Acesso em: 25 Out. 2023.

PRANDINA, Marilene Zandonade; SANTOS, Maria de Lourdes dos. A Educação Física escolar e as principais dificuldades apontadas por professores da área. Horizontes – Revista de Educação, Dourados, MS, v.4, n.8, julho a dezembro, 2016.

SANTOS, Talita Costa. Protagonismo na Cultura Digital: configuração subjetiva da aprendizagem de jovens estudantes. Dissertação (Mestrado em Processos e Desenvolvimento Humano em Saúde) – Programa de Pós-Graduação do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília/UnB. Brasília, 2020.

SOARES, Everton Rocha. Educação Física no Brasil: da origem até os dias atuais. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd169/educacao-fisica-nobrasilda-origem.htm>. (17): 169, 2012. Acesso em 27 de Out de 2023.


1 Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de TCC.