ENVIRONMENTAL EDUCATION IN THE EDUCATION OF YOUNG PEOPLE, ADULTS AND THE ELDERLY: A LOOK AT THE CONSTRUCTION OF FANZINES
LA EDUCACIÓN AMBIENTAL EN LA EDUCACIÓN DE JÓVENES, ADULTOS Y ADULTOS MAYORES: UNA MIRADA A LA CONSTRUCCIÓN DE FANZINES
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202401070810
Lúcia Pantoja Gonçalves Campos1
Isaías Silva Campos2
Jaspe Pantoja Gonçalves3
RESUMO
Este artigo apresenta o resultado do projeto de pesquisa “Correntezas da Leitura”, desenvolvido em uma escola da rede pública estadual de ensino na cidade de Belém, com uma turma de alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI), período noturno. O objetivo foi analisar a construção de fanzines, com base na educação ambiental, tendo como temática principal a água. O aporte teórico é fundamentado em Paulo Freire e Lev Vygotsky. A metodologia foi pautada em uma abordagem qualitativa e pesquisa-ação, sendo os envolvidos 22 alunos da 2ª Etapa da EJAI da Escola Estadual Placídia Cardoso. Foram confeccionados e analisados sete fanzines, e os resultados indicam que os fanzines são recursos eficazes para o ensino das ciências ambientais.
Palavras-chave: educação ambiental, água, fanzines, educação de jovens, adultos e idosos.
ABSTRACT
This article presents the findings of the research project “Correntezas da Leitura”, conducted in a state school in the city of Belém, with a class of students from the Education of Young Adults and Elderly – EJAI program in the Evening. The objective was to analyze the construction of fanzines based on environmental education, with water as the primary theme. The theoretical framework w based on Paulo Freire and Lev Vygostky. The methodology was based on a qualitative approach and action research. The study involved 22 students from the second stage of the EJAI at the Placídia Cardoso State School. Seven fanzines were created and analyzed, and the results indicate that fanzines are an effective resource for teaching environmental sciences.
Keywords: environmental education, water, fanzines, education of young people, adults and the elderly.
RESUMEN
Este artículo presenta los resultados del proyecto de investigación “Correntezas da Leitura” que se desarrolló en una escuela pública estatal de la ciudad de Belém, con una clase de estudiantes de la Educación de Jóvenes y Adultos Mayores – EJAI, en horario nocturno, cuyo objetivo analizar la construcción de fanzines basados en la educación ambiental, teniendo el agua como tema principal. El aporte teórico está basado en Paulo Freire y Lev Vygostky. La metodología se basó en un enfoque cualitativo y la investigación acción, participando 22 estudiantes de la 2ª Etapa de la EJAI de la Escola Estadual Placídia Cardoso. Se crearon y analizaron siete fanzines, a través de los cuales se puede concluir que los fanzines son recursos efectivos para la enseñanza de las ciencias ambientales.
Palabras clave: educación ambiental, agua, fanzines, educación de jóvenes y adultos.
1 INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) tem sido um desafio aos diversos professores brasileiros no sentido de criar novos métodos de ensino e aprendizado. Nesse sentido, este artigo apresenta o resultado do projeto “Correntezas da Leitura”, desenvolvido em uma escola pública da rede estadual de ensino, na cidade de Belém/PA, que tem por objetivo fomentar a leitura com alunos da EJAI.
Todavia, mais que o fomento à leitura, foi observado por estes pesquisadores a possibilidade de discussão sobre a Educação Ambiental para os alunos da EJAI, sob a ótica da leitura, da educação ambiental e das artes, através da confecção de fanzines.
Sobre a educação ambiental, Marcatto (2002, p. 14) afirma que Educação Ambiental configura-se como “um processo de formação dinâmico, permanente e participativo, no qual as pessoas envolvidas passem a ser agentes transformadores, participando ativamente da busca de alternativas para a redução de impactos ambientais e para o controle social do uso dos recursos naturais”. Está, portanto, voltada aos critérios que visem a sustentabilidade. Para isso, procura formar valores e atitudes sob esse enfoque. Assim, a Educação Ambiental seria uma das principais formas de atuação do movimento ecológico, no sentido de obtenção de resultados práticos e significativos.
Neste contexto, percebe-se o quanto é interessante a realização desta pesquisa, pois analisa a concepção de que a escola é o ambiente em que, ano após ano, crianças, jovens e adultos ingressam. Com eles, apresentam-se os saberes e conhecimentos que integram a realidade vivenciada por cada um, quer sejam os construídos em suas famílias e comunidades ou os que são adquiridos no decorrer de seus currículos escolares (obrigatórios).
Assim, enfrentar as dificuldades existentes no contexto escolar da EJAI com a utilização de recursos didáticos e espaços alternativos e adequados à sua realidade deve ser considerado como possibilidade pedagógica a fim de ampliar o horizonte das suas vidas.
E para um “novo” método de ensino e aprendizagem, optou-se pela criação de fanzines. O termo “fanzine” advém do neologismo fanatic magazine ou revista do fã. Os fanzines, na verdade, consistem na criação de revistas de baixo custo, sem fins lucrativos, produzidas artesanalmente por qualquer pessoa ou editor. Têm como objetivo apresentar um determinado tema ou assunto. Logo, a utilização de fanzines é uma alternativa metodológica e pedagógica que pode ser aplicada no contexto escolar. Por serem simples e baratos, podem ser construídos por estudantes com base em um tema e com o seu próprio conhecimento (Paula, s/n, 2023).
O fanzine, como um recurso didático metodológico, tem como propósito trabalhar a leitura e a escrita de maneira reflexiva e ativa, considerando os saberes da realidade dos educandos da EJAI.
Diante disso, este artigo tem como objetivo analisar a construção de fanzines baseando-se na educação ambiental, tendo como temática principal a água. Para isso, este estudo propõe-se responder a problemática: Como a utilização de fanzines, enquanto recurso pedagógico, desperta o interesse e potencializa a educação ambiental dos alunos da EJAI?
O referencial teórico está aportado nas concepções de Paulo Freire e Lev Vygostky, além de explanar sobre a importância da educação ambiental no contexto escolar e como os fanzines podem ser utilizados para expressões autorais. Na seção da metodologia, explana-se a abordagem metodológica e os procedimentos da pesquisa. A análise e os resultados da pesquisa apresentam cinco fanzines confeccionados por alunos da EJAI. E as conclusões encerram este artigo na quinta seção.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 OLHARES SOBRE A LEITURA: AS CONTRIBUIÇÕES DE LEV VYGOTSKY E PAULO FREIRE
O estado da arte procura apropriar-se de vários artefatos para incluir e analisar a realidade escolar brasileira. Nesse sentido, vê-se a importância de compreender o tema através de estudiosos como Lev Vygotsky e Paulo Freire.
Sobre isso, Vygotsky (1991) leciona que o homem é compreendido como um ser histórico e interventor no seu habitat. Tal intervenção é realizada através do trabalho que realiza e do desenvolvimento que alcança com sua criação e cultura. Ele postula que o homem é um ser social e que, ao se aproximar de sua cultura, procura entender o meio em que vive.
Nessa abordagem sociointeracionista, Vygotsky (2008) concebe o homem como um indivíduo que se desenvolve de forma física e social, cujos processos mentais não são inatos, ou seja, eles se formam a partir da relação dos indivíduos através da internalização cultural e comportamental. Para a comunicação com outros indivíduos, utiliza-se da linguagem, pois o intercâmbio social é a sua principal função.
Uma das buscas da teoria de Vygotsky (1991) é que a educação reforce no homem sua criatividade, sua autonomia, sua condição histórica de sujeito e não seja considerado um simples objeto moldado por terceiros. Ao enfatizar o processo sócio-histórico, o autor dispõe que a aprendizagem é um processo de interdependência entre indivíduos, numa relação mútua entre o ser que ensina e o indivíduo que aprende.
Nessa direção, a elaboração ativa da escrita e da leitura dependem principalmente das possibilidades que o indivíduo tem ou não de utilizá-las e de compartilhá-las. Resta evidente que tanto a escrita como a leitura não passam apenas pelo aspecto cognitivo ou de objeto de conhecimento; representam, também, uma forma cultural de agir no mundo, sendo utilizadas para interagir na sociedade.
Sobre isso, é relevante observar que:
A aprendizagem é a fonte do desenvolvimento, que é uma atividade social – se desenrola em um contexto cultural e histórico do qual o indivíduo desde criança participa e, por consequência, internaliza o legado intelectual, que é transmitido por outras pessoas, sobre conteúdos que homens e mulheres construíram ao longo do tempo (Schwarz, 2023, p. 72).
O postulado colocado por Lev Vygotsky aponta que todo indivíduo tem seu contexto histórico-cultural e isso não pode ser retirado do seu processo de aprendizagem.
O estudante não está sozinho; ele vive em um contexto histórico-cultural e interioriza o legado deixado por homens e mulheres durante a história – e recebe esse legado por meio da mediação de outras pessoas e assim, cresce em desenvolvimento (Schwarz, 2023 p. 81).
Logo, a linguagem é a forma como o indivíduo expressa o que sabe e o que aprendeu, seja a sua cultura ou a sua percepção de mundo.
A concepção de linguagem de Vygotsky, atrelada ao desenvolvimento do pensamento, permite compreender a escrita como prática de linguagem – portanto, um instrumento cultural, que possibilita às pessoas a apropriação de conhecimentos culturais e simbólicos complexos que transformam sua consciência, ao mesmo tempo em que, dialeticamente, possibilita que modifiquem sua realidade social ao tomar consciência de seu lugar como sujeito ativo no mundo (Garcia e Pan, 2019, p. 115-116).
Lev Vygotsky contribui, ainda, com o conceito de mediação. Para ele, a mediação se constitui em um processo de intervenção/ intermediação na relação homem/mundo, entendendo que dentro do ambiente escolar os educadores possuem o papel de mediadores do conhecimento, pois os alunos trazem consigo conhecimentos adquiridos em suas relações sociais. E a escola e os colegas de sala contribuem para sistematizar instrumentos e signos que auxiliam os processos internos de desenvolvimento (Soares, 2005).
Em outro giro, cabe destacar a contribuição de Paulo Freire sobre a educação e como ela se desenvolve nas escolas brasileiras. Segundo ele, o processo de aprendizagem ocorre de forma contínua, numa interação entre educando e educador,
Como o enfoque das atividades de Paulo Freire era a educação de adultos, seu sistema de ensino adotou o que ele chamava de princípio da realidade, sendo o interesse uma das principais leis da aprendizagem. Por isso, ao invés do educando —adulto ou criança —repetir frases que não têm relação com a sua realidade, ele deveria desenvolver a leitura e escrita utilizando situações cotidianas.
“Não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados. O homem é um ser de raízes e espaço temporais” (Freire, 2021, p. 83). Essa afirmação de Paulo Freire demonstra que o processo educacional é contínuo e de interação entre os homens.
Para Paulo Freire, a leitura é um dos principais instrumentos de educação e faz parte de toda a trajetória do educando e do educador.
[…] processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou na linguagem escrita […]. A leitura do mundo precede a leitura das palavras, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e Realidade se prendem dinamicamente (Freire, 1989, p. 9).
2.2 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO SISTEMA DE ENSINO NO BRASIL
Questões em torno da preservação do meio ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável têm permeado diversas discussões de organismos multilaterais após a segunda metade do século XX. Dentre essas discussões destacam-se a Conferência de Estocolmo em 1972 e a Eco-1992, em que diversas ações foram definidas quanto às políticas públicas para os países e até mesmo a mudança no seu sistema educacional.
Sobre isso, observa-se que após 1992, diversas ações foram realizadas pelo governo brasileiro no sentido de elaborar algum instrumento norteador ou até um canal formal para o desenvolvimento de ações para a consolidação da Educação Ambiental (EA) no sistema educacional brasileiro, movimento que começou em 1996, implicitamente. Com a sanção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB – 9.394/96), em seu art. 26, aconteceu a legislação sobre os currículos do ensino infantil, fundamental e médio:
Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos (Brasil, 1996).
Em 2012, a Lei nº 12.608 incluiu o parágrafo 7º na LDB: “Os currículos do ensino fundamental e médio devem incluir os princípios da proteção e defesa civil e a Educação Ambiental de forma integrada aos conteúdos obrigatórios”. Entretanto foi revogado, ganhando nova redação em 2017 pela Lei nº 13.415: “A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata o caput”. O que deixa implícito que a Educação Ambiental pode ser abordada de maneira interdisciplinar nas escolas.
Em 1999, a Lei nº. 9.795 estabeleceu a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA):
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Da Educação Ambiental no Ensino Formal
Art. 9o Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando:
V – Educação de jovens e adultos (Brasil, 1999).
Essa lei é considerada de grande relevância para o movimento ambientalista e para a educação brasileira, no sentido de que nela estão contidos princípios e objetivos para nortear a Educação Ambiental e, ainda, dirime sobre sua implementação quer em âmbito formal quanto não formal.
Em 2001, através do Plano Nacional de Educação (PNE) , os temas transversais foram incluídos na EA em todos os níveis e modalidades de ensino.
Em julho de 2022, foi sancionada a Lei 14.393, de 2022, que instituiu a Campanha Junho Verde na Política Nacional de Educação Ambiental. Através dela busca-se o debate sobre a consciência ambiental
No ano de 2022, o Ministério da Educação (MEC) trouxe, no Caderno do Meio Ambiente, a importância da aplicação prática e a utilização de temas transversais e da interdisciplinaridade para a educação ambiental na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio.
Na educação brasileira, os temas contemporâneos foram recomendados inicialmente nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), em 1996, acompanhando a reestruturação do sistema de ensino. Esse empreendimento representou um primeiro esforço de implantação oficial dos Temas Transversais no currículo da Educação Básica, visando nos estudantes o aprimoramento da capacidade de pensar, compreender e manejar o mundo (Brasil, 2022, p. 10).
Outro documento que merece ser mencionado por tratar da Educação Ambiental no Brasil é a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). No entanto, ele segue recebendo críticas:
Planejar um documento que contemple de forma unânime as diversidades, inclusive a ambiental, parece utópico em nosso país visto que, muitas vezes, são os interesses econômicos e sociais que ditam a organização desse documento. Sendo assim, algumas temáticas como a EA se apresentam de forma silenciada ou até mesmo desaparecem do documento.
Dessa forma, não são considerados os processos históricos de lutas, os movimentos ambientalistas e os interesses dos grupos que se dedicam às causas ambientais, aspectos esses que são imprescindíveis para que a EA seja trabalhada de forma crítica em nossa sociedade. Para que haja um maior aprofundamento destas temáticas, precisamos, inicialmente, compreender quais são as perspectivas que descrevem o currículo em nosso país para que então possamos nos engajar em uma reconstrução curricular que contemple a EA de forma crítica (Maciel e Uhmann, 2022, p. 22).
Nesse passo, a escola precisaria incluir a leitura e a escrita em seu projeto político pedagógico, a ponto de interrelacionar educadores, disciplinas, espaços e temas fundamentais para sociedade, na busca de uma formação que incluísse aspectos culturais, políticos e sociais de seus educandos. É nessa perspectiva que a EA ganha destaque, uma vez que é possível utilizar-se da educação institucionalizada para difundir conhecimentos relevantes aos educandos a fim de ajudar a dirimir problemas relacionados às questões ambientais.
Os educadores, apesar de bem-intencionados, geralmente ao buscarem desenvolver as atividades reconhecidas de educação ambiental, apresentam uma prática informada pelos paradigmas da sociedade moderna. Não podemos deixar de relembrar que os indivíduos em geral, entre eles os educadores, seres sociais que somos, experienciamos em nosso cotidiano a dinâmica informada pelos paradigmas da sociedade moderna que tende a se autoperpetuar e que, seguindo essa tendência, é reprodutora de uma realidade estabelecida por uma racionalidade hegemônica (Guimarães, 2013, p. 21).
Nessa perspectiva, pesquisadores e educadores que atuam na EJAI têm apresentado críticas à BNCC, argumentando especialmente que a ausência de orientações específicas para a construção do currículo da EJAI resulta na divergência entre as aprendizagens valorizadas pela base e a realidade dos estudantes dessa modalidade, um público heterogêneo e que traz consigo conhecimentos prévios diferentes dos apresentados pelos estudantes do ensino regular. Tanto jovens quanto adultos precisam ter voz ativa nos processos, projetos e ações que os envolvem diretamente:
É possível ajudar de diversas maneiras: ouvindo, compreendendo o que se quer, problematizando a partir da realidade, provocando olhares mais amplos, cobrindo outros ângulos da questão, promovendo debates em grupo, e principalmente não dando as respostas prontas, mas, sim, elaborando as perguntas mais adequadas para a reflexão. Deixar que os jovens construam suas próprias respostas, e depois dialogar sobre elas (Deboni e Mello, 2007, p. 42).
É notório e muito bem-vindo o desenvolvimento da legislação brasileira voltada para a proteção do meio ambiente, porém, o seu crescimento demanda algumas ponderações sobre o que de fato se espera com a redação de tais leis.
As legislações delineadas perpassam dois pontos interessantes: o primeiro deles diz respeito ao avanço das leis ao longo das últimas décadas e a amplitude das questões ambientais para a sociedade brasileira. A cada novo dispositivo jurídico, observam-se características que fortalecem a Educação Ambiental, trazendo diretrizes e responsabilidades para a comunidade escolar. Em outro viés, porém, essas mesmas leis não oferecem mecanismos ou apontamentos suficientes para suas implementações, cumprimentos e fiscalização, o que deixa uma lacuna sobre o que se espera da EA no país, e qual o papel dos educadores, dos educandos e da sociedade em geral.
2.3 FANZINES: A POSSIBILIDADE DE UMA CONSTRUÇÃO AUTORAL
Nesse ambiente de conhecimento e interação, é possível realizar atividades que visem o autoconhecimento e o desenvolvimento dos conteúdos aprendidos por meio da confecção dos fanzines. Para isso, é importante compreender o que são os fanzines e como podem constituir-se em uma estratégia metodológica diferencial para o ensino nas escolas.
Uma das definições esclarecedoras vem de Renato Pinto:
O nome Fanzine é uma contração das palavras inglesas fanatic magazine e significa revista do fã. Este nome foi criado em 1941 nos Estados Unidos por Russ Chauvenet. Desta forma, é toda publicação feita de forma amadora, sem intenção de lucro. É caracterizado pela paixão de seu editor por determinado assunto (Pinto, 2020, p. 10).
Amaral (2022, p. 26) redaciona que o conceito de fanzine como sendo proveniente da contração da palavra inglesa fanatic magazine (revista de fã) já não cabe mais no contexto atual, posto que cerceia a amplitude de utilizações que lhe foi descortinada:
Esse conceito limita as possibilidades do fanzine enquanto artefato cultural e de mídia, já que o mesmo há muito tempo deixou de ser somente uma publicação alternativa ou revista de fã, passando a agrupar várias “categorias de revistas informais e não comerciais” (Lourenço, 2006, p. 1) e tendo como uma de suas características mais fortes as “explosões de sentimento puro (Amaral, 2022, p. 26).
Neste aspecto, Amaral (2022, p. 26) concorda com Magalhães quando este refere que o termo fanzine merece maior abrangência, posto que diz respeito a algo que ganhou amplitude e relevância, “abarcando qualquer publicação independente e amadora voltada a alguma expressão artística” (Magalhães, 2013, p. 55).
Andraus (2019) ressalta que os fanzines têm a facilidade de reprodução e distribuição das revistas alternativas. Permite que cada pessoa se torne autora (coautora) e rompa limites ao desenvolver temas pessoais com formatos os mais variados (também no meio virtual da web). Assim, expressa seus ideários e gostos particulares a partir de artigos, histórias em quadrinhos, contos, textos, poesias, posições políticas, apreciações temáticas e experimentações (gráficas e/ou literárias).
3 METODOLOGIA
Para atingir o objetivo proposto, a construção deste artigo foi pautada na abordagem qualitativa que contribui para identificar a percepção que os sujeitos têm sobre determinado fenômeno, além de possibilitar a interpretação por parte do pesquisador com base em um determinado problema (Creswell, 2010).
Após a definição da abordagem da pesquisa, também se fez necessária a operacionalização da pesquisa através da pesquisa-ação, em que tanto o pesquisador como os sujeitos investigam conjunta e simultaneamente um determinado problema (Martins, 2015). Sobre isso, Gil (1999) discorre que o pesquisador e os instrumentos de pesquisa têm papel ativo na coleta, na análise e na interpretação dos dados, o que propicia a interação e melhor observação do fenômeno social.
A pesquisa foi realizada na EEEFM Professora Placídia Cardoso, localizada no bairro do Jurunas, periferia de Belém/PA. Esta escola oferece ensino fundamental e médio nos turnos matutino e vespertino, e a educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) no período noturno. Os alunos da turma da 2ª etapa do Ensino Médio da EJAI, totalizando 22 alunos do período noturno, foram selecionados como participantes da pesquisa.
No contexto do projeto “Correntezas da Leitura”, os alunos escolheram um texto que tratasse da temática da água. Para isso, foi selecionado o conto “A lavadeira”, de José Verissimo, constante do livro “Cenas da Vida Amazônica”. A seguir, realizou-se uma leitura dinâmica entre os alunos, conduzida pela educadora/pesquisadora e todos participaram lendo pelo menos um pequeno trecho. A partir da leitura com a professora, foram abordados diversos subtemas que tratam da questão ambiental e transversalizam o conto, tais como: as lendas amazônicas, violência contra a mulher, os rios como recursos econômicos e para o transporte de mercadoria, poluição dos rios, escassez, desperdício e uso consciente da água, economia local e comércio, arte, alimentação, água potável, seres que vivem no mar, legislação nacional e local sobre a água. Desta forma, os alunos ampliaram e/ou adquiriram conhecimentos sobre os seus direitos e deveres quanto ao tema.
Após a leitura e discussão do conto, os alunos foram orientados sobre o que é um fanzine e como confeccioná-lo. A professora realizou os seguintes procedimentos para dividir a sala em seis equipes:
1) Apresentar diversos materiais de apoio aos alunos, para a expansão da compreensão sobre a temática água e estímulo à produção dos fanzines. Dentre esses materiais, figuras, pequenos textos e frases relacionadas ao meio ambiente só foram utilizados em duas produções de revistas fanzines.
2) Para a confecção dos fanzines foram disponibilizados materiais como papel A4 e papel A3, lápis de cor, lápis comum, canetinhas, canetas esferográficas, cola, tesoura, revistas usadas, régua, cartolinas, EVA colorido com glitter e alguns outros tipos de papel para decoração. Também foram disponibilizados livros e revistas para serem recortados, textos motivadores ligados a instituições multilaterais que atuam na temática da preservação ambiental e imagens impressas da internet, com diferentes abordagens sobre a temática da água.
3) Os alunos foram ensinados a dobrar o papel para confeccionar uma revista fanzine com apenas uma folha de papel tipo A3 ou A4. Entretanto, foi-lhes esclarecido que poderiam ficar à vontade para decidir a forma do fanzine de cada equipe — cartazes ou revistas. Surpreendentemente, todos escolherem o formato de revista dobrado em uma folha de papel A3.
4) A educadora/pesquisadora auxiliou os educandos para a confecção dos fanzines e esclareceu suas dúvidas. Dentre as dúvidas recorrentes destacam-se: Os fanzines precisariam de capa e contracapa? Precisariam ser em forma de história ou poderiam seguir qualquer ou nenhum encadeamento? Deveriam focar apenas na temática água? A revista fanzine precisaria de um título? Tais inquietações foram de pronto respondidas por esta pesquisadora/educadora.
5) Os alunos realizaram a atividade de forma espontânea, sem quaisquer reclamações ou insatisfação. Para a turma, a produção de um fanzine foi algo totalmente novo e desafiador no contexto de ensino e aprendizagem ao qual estão acostumados em sala de aula, já que essa foi a primeira vez que eles produziram uma “revistinha” autoral. Os fanzines produzidos em papel A3 ficaram com páginas medindo 15cm x 10 cm.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com a produção dos fanzines, algumas considerações iniciais precisam ser ponderadas: 1) O enfoque dos fanzines direcionou-se para a questão da poluição das águas, embora tenham sido abordados diversos assuntos de forma direta, indireta e transversal tais como: a água como um recurso natural, como um recurso econômico, como meio de transporte, como local onde se realizam atividades econômicas, como turismo etc. Os alunos preferiram discorrer sobre a água em questões relacionadas ao saneamento, à possível escassez, à poluição e ao uso racional e consciente. 2) Os fanzines produzidos não fizeram relação ou citação do conto “A Lavadeira”, devidamente lido e discutido pelos alunos sujeitos da pesquisa. 3) Destaque-se que os EVA’s com glitter, os papeis para decoração e os textos motivadores foram pouco ou nada utilizados pelos educandos. Eles priorizaram a utilização das imagens e textos que selecionaram nas revistas usadas, imagens e textos impressos da internet e desenhos elaborados por eles próprios. 4) A redação dos textos dos fanzines foram de elaboração própria, escrita à mão, utilizando-se de lápis, canetinhas e canetas esferográficas. Supõe-se que isso possa ter ocorrido devido ao fato de os educandos terem compreendido os fanzines como produções autorais, que precisariam ser construídas pelos autores, sem maiores interferências de outros textos. 5) É interessante destacar a criatividade dos educandos. Cada equipe confeccionou seu fanzine de uma forma autêntica, utilizando os recursos disponíveis e agregando outros próprios.
Quanto à análise dos fanzines, a equipe 1 intitulou o fanzine com o mesmo nome do projeto: “Correntezas da Leitura”. Nesse fanzine foi possível observar que os educandos enfocaram os rios, a escassez de água nas torneiras de casa, o amor ao Pará, a abundância de água no Estado e a utilização dos rios como meio de transporte de muitas pessoas.
Outro grupo também destacou a péssima gestão das águas, especialmente nos municípios ribeirinhos do Pará que sofrem com sua escassez e com a falta de saneamento básico. A população ribeirinha como vítima de doenças ligadas à escassez e à poluição das águas.
O texto desse fanzine foi redigido à mão, em letra cursiva e caneta esferográfica, com destaque para o desenho da bandeira do Pará e a um rio em meio à vegetação. Utilizou apenas duas imagens de recorte de revistas usadas. Percebeu-se que a equipe primou pela redação do texto manuscrito e relativamente extenso em relação aos dos demais fanzines.
Um terceiro grupo deu ao fanzine o título de “Poluição dos Rios” e teve o seu enfoque na poluição das águas. O fanzine continha texto e figuras que apresentaram diversas formas de poluição dos recursos hídricos. O texto foi escrito com caneta esferográfica. Nele houve uma maior preocupação pela forma e padrão. Apresentou a capa com o nome do projeto e o título, a contracapa apenas com imagem e cada página contendo imagem e um texto redigido à mão.
Esse fanzine seguiu um encadeamento. Na primeira página, apresentou o tratamento de águas residuais como a principal fonte de poluição das águas, bem como as fontes de poluição difusas, como a agricultura e as centrais elétricas. Na sequência abordou o descarte incorreto do lixo que desemboca nos rios e o lixo deixado pelos banhistas na praia e que deságua no oceano.
Destacou, ainda, o ser humano como o agente que mais polui o meio ambiente. Finaliza, na quinta página, destacando que a conscientização é um dos principais passos para erradicar a poluição dos rios.
Outro fanzine analisado utilizou apenas recorte de revistas, imagens e textos disponibilizados pela educadora. O fanzine recebeu como título “Água, eu uso, eu preservo”. O enfoque dos educandos foi a preservação da água e a sua utilização no cotidiano. Embora não tenham criado uma história encadeada, conseguiram se expressar de forma lógica e sequenciada.
Os autores destacaram a água como um recurso natural importante e que poderá se tornar mais escasso para as futuras gerações. Os educandos optaram por não escrever o texto à mão, mas usar frases prontas.
Iniciaram destacando algumas maneiras de economizar água. Em seguida, quantificaram o desperdício de água em determinadas situações como escovar os dentes, lavar louça com a torneira ligada, lavar carro e calçada com mangueira, e tomar banhos longos. Apresentaram dicas para evitar o desperdício.
Na terceira página, descreveram os passos para a conservação e a preservação da água. Nas duas últimas páginas, apelaram para a economia e a utilização consciente da água.
Na sequência, o próximo fanzine analisado não tinha um título específico. A capa também foi intitulada com o próprio nome do projeto “Correntezas da Leitura” e para ilustrar os autores desenharam as águas em forma de pequenas ondulações, seguindo um movimento como se fosse uma correnteza. Nota-se que a contra-capa segue o mesmo padrão da capa.
O enfoque deste fanzine foi direcionado à poluição das águas e às consequências negativas que as ações antrópicas acarretam para os recursos hídricos. Também fez uso de imagem e redação manuscrita em cada página.
Na primeira página, retratou a poluição como um problema bastante conhecido, provocado pela falta de ética e coerência de vida do próprio ser humano, já que ele é o maior prejudicado com essa situação.
Na segunda página, destacou de forma direta o que fazer para evitar a poluição hídrica, com a ressalva de que deve-se exigir, dos governantes, maior cuidado com os rios e lagos. E realizar um trabalho em relação à conscientização da população sobre o assunto.
Na quarta e quinta páginas informou o que cada um pode fazer na luta pela preservação e conservação das águas.
Seguiu-se à análise de mais um fanzine. Este foi elaborado apenas em caneta preta e sombreado a lápis. As frases foram manuscritas e duas delas, recortadas dos textos disponibilizados pela educadora. A equipe utilizou três imagens de recorte. Mais um fanzine com o enfoque para a poluição. Os textos abordam os poluentes, a conscientização e a não poluição das águas.
A primeira e a terceira páginas fizeram um pequeno arrazoado para se conhecer os principais agentes poluidores dos recursos hídricos. A segunda página fez uma chamada com imagem para a destruição do planeta através da poluição.
Na quarta e quinta páginas, os autores chamaram a atenção para a necessidade de cuidar da água e o que fazer para não poluir. Destaca-se a contracapa, utilizada para fazer uma chamada para não poluir as “nossas” águas.
Em outro fanzine analisado a equipe utilizou apenas duas imagens voltadas para a preservação da água. A estrutura do fanzine foi quase toda feita à mão, com uso de caneta esferográfica, para fazer desenhos e as caixas de diálogos.
Foram feitos diversos questionamentos sobre a poluição das águas, a saúde, os peixes, o lixo e a falta de saneamento, ao mesmo tempo que os questionamentos foram sendo respondidos. Na página três fez-se o convite para mudar essa situação e, ao mesmo tempo, os autores indicaram por onde começar. A página 4 deu continuidade ao assunto e ilustrou através de desenho.
O fanzine iniciou com as seguintes perguntas: “Falta de saneamento até quando?” “Será que ainda tem solução?”. As três primeiras páginas propuseram perguntas e respostas. A página cinco fez a chamada para a preservação da água como cuidado com a vida. O fanzine ressaltou, na contracapa, a necessidade de cuidar da preservação logo, enquanto é tempo.
O último fanzine analisado trouxe o título “A Poluição”. O foco da equipe voltou-se para a poluição das águas, a questão do descarte incorreto do lixo, o lançamento de esgoto sem tratamento e a falta de regulamentação industrial.
O fanzine também destacou a necessidade de preservação do planeta. Para os autores, o planeta está poluído; não apenas a água, mas também o ar e as florestas. Os textos, produzidos pelos educandos, foram manuscritos e inseriu-se uma imagem em cada página. A capa foi desenhada e, na contracapa, a equipe colou um recorte de revista.
A página cinco chamou cada um à responsabilidade com a figura em que está escrito: “O futuro da água potável está em nossas mãos…”.
Feitas as análises dos fanzines, outras observações precisam ser postas, dada a experiência vivenciada durante a aplicação do projeto com os alunos. A produção dos fanzines atingiu o objetivo de abordar a temática “água” em relação ao meio ambiente. Observou-se que o enfoque dado pelos educandos se direcionou para a questão da poluição das águas.
A participação ativa nas leituras e discussões chamou a atenção. Diversos temas relacionados ao conto foram abordados, de forma direta ou indireta. Em nossa hipótese, o conto teria o cunho de texto motivador. Além do conto, outros textos foram utilizados como motivadores; no entanto, foram pouco utilizados pelos educandos.
Esse resultado foi satisfatório e destaca o envolvimento dos alunos no processo criativo, de forma autônoma e autêntica.
Uma das hipóteses para explicar esse bom direcionamento pode estar ligada ao fato de os educandos terem aprendido, ao longo dos anos, que o meio ambiente deve ser preservado e que a poluição é um dos grandes problemas que lhe causa danos. E, no caso específico da água, a compreensão de que ela é um recurso natural importante para os seres humanos, abundante na Amazônia, e que vem sofrendo ao longo dos anos com diversas ações de poluição.
Outro fator é que o nível de conscientização dos alunos da EJAI está muito bom, o que pode ser explicado pelo fato de que eles já trazem para a escola uma vivência de mundo mais experimentada e comprometida com a vida e, consequentemente, com as questões sociais e ambientais.
5 CONCLUSÃO
Ao final do percurso desta pesquisa, muitas questões quanto ao processo de ensino e aprendizagem da Educação de Jovens, Adultos e Idosos de uma escola pública puderam ser observados e compreendidos.
Percebe-se de pronto que os educandos possuem determinada apreensão sobre as questões relativas ao meio ambiente, mais especificamente, sobre a temática da água. Eles não estão alheios a determinadas situações enfrentadas pelo planeta e, especialmente, em nossa região. Essas apreensões iniciais sinalizam que muito se pode fazer nas escolas no sentido de levar o educando a refletir sobre sua própria situação ante os problemas relacionados à água.
Esse educando, por já trazer refletida essa situação, está apto, aberto e com anseio de participar da discussão, bem como de erguer a bandeira em prol da preservação dos nossos recursos naturais para evitar que a escassez das águas se torne um problema ainda mais grave para o meio ambiente. Vê-se que ele está voltado para a necessidade da sua preservação e para minimizar e/ou erradicar a poluição dos rios e mares.
No caso da água — tema central desta pesquisa — ela é compreendida pelos educandos como um recurso natural importante para a sobrevivência dos seres vivos, em especial dos humanos. Porém, estes não são ensinados o suficiente sobre as diversas utilidades e necessidades da água para que se alcance melhor conscientização e, consequentemente, se consiga evitar o desperdício e preservar esse bem mais que valioso.
Neste seguimento, é importante destacar a necessidade de cumprimento das legislações, em especial daquelas que remetem às situações educacionais e escolares em torno do ensino básico. Nesse escopo, vimos o quanto o desenvolvimento de projetos e o tratar desse tema na EJAI ganha destaque pela resposta mais que satisfatória, especialmente pela bagagem vivencial que esses alunos trazem para a escola e pela vontade que têm de fazer parte do processo de crescimento econômico, social e escolar.
Fato que, por si só, me arriscaria em dizer, faz muita diferença, pois esses alunos têm um estímulo inerente —recuperar o tempo supostamente perdido em relação a sua educação. Aliam-se a isso a experiência de vida e o conhecimento empírico com os quais eles têm muito a contribuir. Dessa forma, acontece uma troca muito rica de experiências, resultando em uma ressignificação que ganha uma nova maneira de fazer, a saber, a criação e/ou construção de novos saberes.
REFERÊNCIAS
AMARAL, Yuri. Fanzines em sala de aula: construção de novas formas de pensar. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2022.
ANDRAUS, Gazy. Zines e artezines: a arte das publicações paratópicas, In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, 28, Origens, 2019, Cidade de Goiás. Anais […] Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2019. p. 2305-2322.
______. Projeto FANZINEJAR: o recurso pedagógico do fanzine na Educação de jovens e adultos. Cajueiro, Aracaju, v. 2, n. 1, p. 203-238, nov. 2019/maio 2020.
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União: Brasília, DF, ano 175, 23 dez. 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394compilado.htm. Acesso em: 31 jan. 2024.
BRASIL. Lei Nº 9795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, DF, ano 178, 28 abr. 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em 13 jul. 2022.
BRASIL. Lei nº 10172, de 09 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, DF, ano 180, 10 jan. 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm. Acesso em 13 ago. 2022.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente/saúde. 2 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Caderno Meio Ambiente. Educação ambiental: educação para o consumo. Brasília, DF: Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, 2022. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/cadernos_tematicos/caderno_meio_ambiente_consolidado_v_final_27092022.pdf. Acesso em: 31 jan. 2024.
CRESWELL.J.W. Projeto de Pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
DEBONI, Fábio; MELLO, Soraia Silva de. Pensando sobre a “Geração do Futuro” no presente: jovem educa jovem, com vidas e conferência. In: MELLO, S.S.; TRAJBER, R. (Coord.) Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Ministério da Educação, Coordenação Geral de Educação Ambiental: Ministério do Meio Ambiente, Departamento de Educação Ambiental: UNESCO, 2007.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 12. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 80. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021.
FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. 22. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 23. ed. São Paulo: Editores Associados: Cortez, 1989.
GARCIA, Wallisten Passos; PAN, Miriam Aparecida Graciano de Souza. Leitura e escrita no ensino superior: contribuições da psicologia histórico-cultural. In: DIAS, Maria Sara de Lima (Org.) Introdução às leituras de Lev Vygotski. debates e atualidades na pesquisa [recurso eletrônico], Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2019
GIL, Antônio Carlos. Métodos de Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GUIMARÃES, Edgard. Fanzine. João Pessoa: Marca de fantasia, 2005.
MACIEL, Eloisa Antunes; UHMANN, Rosangela Inês Matos. Educação Ambiental e as Perspectivas Curriculares: Um olhar para a base nacional comum curricular. Revista Práxis Educacional. v. 18, n. 49, 2022.
MAGALHÃES, Henrique. O rebuliço apaixonante dos fanzines. 5. ed. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2020.
MARCATTO, Celso. Educação Ambiental: Conceitos e Princípios. Belo Horizonte, FEAM, 2002.
MARTINS, Ronei Ximenes. (org). Metodologia de Pesquisa: guia prático com ênfase em Educação Ambiental. Lavras: UFLA, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/10706. Acesso em: 31 jan. 2022.
PAULA, Jefferson Oliveira de. O Fanzine como inovação pedagógica para a Educação Básica e a água como temática para compor fanzines. In: ANAIS DO V FÓRUM BRASILEIRO DO SEMIÁRIDO e V COLÓQUIO DE PESQUISADORES EM GEOGRAFIA FÍSICA E ENSINO DE GEOGRAFIAVFBSA/ VCPGFEG, 2023.
PINTO, Renato Donizete. O fanzine na Educação: algumas experiências em sala de aula. 2. ed. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2020.
SCHWARZ, Juliana Corrêa.; CAMARGO, Denise de. Teoria da atividade reflexiva: contribuições teóricas e práticas derivadas da zona de desenvolvimento proximal de Vygotski. In: DIAS, Maria Sara de Lima (Org.) Introdução às leituras de Lev Vygotski. debates e atualidades na pesquisa [recurso eletrônico], Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2019
SOARES, Conceição de Souza Licurgo. Contribuições da Teoria de Vygotsky para a alfabetização de adultos. Revista do Centro de Educação e Letras da UNIOESTE, Campus Foz do Iguaçu, v.7, p.99-109, 2005. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/829. Acesso em: 21 jun. 2024.
VYGOSTKY, Lev Semyonovitch. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
VYGOSTKY, Lev Semyonovitch. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone/Edusp, 1989.
VYGOSTKY, Lev Semyonovitch. Pensamento e linguagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
1Doutora em Direito pela Universidade Estácio de Sá, UNESA e Mestra em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará
E-mail: ludais@hotmail.com
2Mestre em Ensino de Física pela Universidade Federal do Pará
E-mail: isaias.sc1970@gmail.com
3Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará
E-mail: jaspe_p@yahoo.com.br