DOENÇA METABÓLICA: DIABETES MELLITUS TIPO 1 E O IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA

METABOLIC DISEASE: TYPE 1 DIABETES MELLITUS AND IMPACT ON QUALITY OF LIFE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7893511


Esther Sampaio Fontenele¹; Carine Vitória Lemes Ferreira²; Gleison Lucas Santos do Nascimento³; Gabriele Lopes do Rosário⁴; Yasmim Vitoria Santos Sampaio⁵; Victoria Marques Santos⁶; Gisele da Silva dos Santos Souza⁷; Isadora Regina da Silva Dias⁸; Josiani Nunes do Nascimento⁹; Ana Clara Farias Barboza¹⁰; Jeane Carla Ancelmo da Silva¹¹; Nathalie Neves de Araújo¹²; Helen de Parolis Figueiredo¹³; Adrielle Lima Marinho¹⁴; Renata Resende Ibiapina Braga¹⁵


RESUMO

Introdução: A diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica que requer cuidados contínuos. O diagnóstico da DM1 geralmente ocorre na infância ou adolescência, embora possa ocorrer em qualquer idade O tratamento personalizado deve levar em conta as necessidades individuais de cada paciente. Objetivo: Avaliar a abordagem multidisciplinar na DM1 infantil, considerando a redução de complicações, melhoria da qualidade de vida e suporte emocional para pacientes e familiares. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, que buscou dados na Biblioteca Virtual em Saúde e no Google Acadêmico. Foram selecionados 12 artigos publicados nos últimos cinco anos, em português ou inglês, para análise e discussão, visando à interpretação e compreensão do tema abordado. Resultados e Discussão: Diante da análise de estudos, notou-se que o diagnóstico de DM1 impacta significativamente na vida da criança e de sua família. Por isso, abordagem multiprofissional é essencial para o manejo dos medicamentos, aderência à dieta adequada, aceitação, e controle da doença. Estudos mostraram que famílias enfrentaram dificuldades no tratamento e na rotina de cuidados, resultando em erros na administração de medicamentos, dificuldades em aderir a uma dieta correta, afetando o controle da glicemia e aumentando o risco de complicações. Conclusão: O estudo destaca a importância da abordagem multiprofissional no tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e enfatiza o papel da família na garantia da qualidade de vida do paciente; apoiando e incentivando a criança a cuidar de si mesma, o que pode tornar mais fácil o controle da glicemia.

Palavras-chave:   Diabetes Tipo 1, Criança, Família Profissionais.

ABSTRACT

Introduction: Type 1 diabetes mellitus is a chronic disease that requires continuous care. Diagnosis of DM1 usually occurs in childhood or adolescence, although it can occur at any age. Personalized treatment must take into account the individual needs of each patient. Objective: To evaluate the multidisciplinary approach in childhood DM1, considering the reduction of complications, improvement of quality of life and emotional support for patients and family members. Methodology: The methodology used was an integrative literature review, which sought data from the Virtual Health Library and Google Scholar. Twelve articles published in the last five years, in Portuguese or English, were selected for analysis and discussion, aiming at the interpretation and understanding of the topic addressed. Results and Discussion: In view of the analysis of studies, it was noted that the diagnosis of DM1 significantly impacts the life of the child and his family. Therefore, a multidisciplinary approach is essential for medication management, adherence to an adequate diet, acceptance, and disease control. Studies have shown that families face difficulties in treatment and routine care, resulting in errors in medication administration, difficulties in adhering to a correct diet, affecting glycemic control and increasing the risk of complications. Conclusion: The study highlights the importance of a multidisciplinary approach in the treatment of patients with type 1 diabetes mellitus and emphasizes the role of the family in guaranteeing the patient’s quality of life; supporting and encouraging the child to take care of himself, which can make it easier to control blood glucose.

Keywords:  Type 1 Diabetes, Child, Family Professionals.

1. INTRODUÇÃO

Segundo a International Diabetes Federation (2019), a diabetes mellitus Tipo 1 (DM1) é uma condição crônica que se caracteriza pela destruição das células produtoras de insulina no pâncreas, levando à deficiência absoluta de insulina no organismo; e a ausência ou deficiência de insulina no organismo, resulta em hiperglicemia crônica, que pode levar a complicações graves e até mesmo fatais.  É uma doença que pode afetar pessoas de todas as idades, sobretudo, em crianças e adolescentes (World Health Organization, 2021).

O diagnóstico da DM1 geralmente ocorre na infância ou adolescência, embora possa ocorrer em qualquer idade. Os sintomas incluem aumento da sede e da micção, fadiga, perda de peso e visão embaçada. O diagnóstico é feito mediante exames laboratoriais que verificam os níveis de açúcar no sangue e a presença de anticorpos que atacam as células beta do pâncreas. (ADA, 2022).

O tratamento envolve a administração de insulina, seja por meio de injeções subcutâneas ou de bombas de infusão contínua. A insulina é essencial para manter a glicose no sangue dentro de níveis normais e prevenir complicações como retinopatia, neuropatia e doença renal. Embora, a terapia com insulina também apresenta desafios, como a necessidade de monitorar constantemente os níveis de glicose no sangue, ajustar as doses de insulina consoante a atividade física e a alimentação, e lidar com as possíveis complicações da terapia.

No entanto, o cuidado com a DM1 não deve ser apenas da responsabilidade da família, mas também da equipe multiprofissional de saúde. Os profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos, educadores físicos, entre outros, devem trabalhar em conjunto para fornecer um tratamento abrangente e personalizado, que considere as necessidades individuais de cada paciente. O apoio da equipe de saúde também é importante para a educação do paciente e da família sobre a doença e seu tratamento, bem como para a prevenção e tratamento de possíveis complicações. (IDF, 2019).

Outrossim, a DM1 é uma doença crônica que exige cuidados complexos e contínuos, envolvendo a administração de insulina, monitoramento constante da glicose no sangue e adoção de hábitos saudáveis. A família e a equipe multiprofissional de saúde desempenham um papel fundamental no cuidado da doença, fornecendo suporte emocional e prático, educação e tratamento abrangente. É importante que todos trabalhem juntos em equipe para garantir um tratamento adequado e eficaz, que possa reduzir as complicações da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Além dos desafios práticos de gerenciar a DM1, os pacientes também enfrentam desafios emocionais e psicológicos. Viver com uma doença crônica pode ser estressante e ansioso, especialmente para aqueles diagnosticados em uma idade jovem. Os pacientes podem sentir-se isolados e diferentes de seus pares, o que pode levar a problemas emocionais como ansiedade e depressão. O suporte emocional é fundamental para o bem-estar geral do paciente e pode ser fornecido por profissionais de saúde e por grupos de apoio de pacientes com essa comorbidade.

Dessa forma, a educação do paciente e da família sobre a doença e seu tratamento é um aspecto importante do cuidado a saúde, que pode ajudar a prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente. Por isso, esse estudo, objetiva avaliar a eficácia da abordagem multiprofissional no cuidado da Diabetes Mellitus Tipo 1 em crianças, considerando a redução de complicações, a melhora da qualidade de vida e o suporte emocional fornecido aos pacientes e suas famílias.

2. METODOLOGIA

Este estudo trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, visto que é classificada como uma abordagem sistemática que busca integrar e sintetizar os resultados de diferentes estudos em uma determinada área temática (Whittemore & Knafl, 2005).

Foram realizadas pesquisas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando essas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Bases de Dados de Enfermagem (BDENF), e no Google Acadêmico, durante o mês de abril de 2023. Para a pesquisa, foram empregados quatro Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Diabetes Tipo 1”, “Criança”, “Família” e “Profissionais”, que foram combinados com o operador booleano “AND”.

No estágio inicial da investigação, o descritor principal usado foi “Diabetes Tipo 1”, resultando em um total de 179.653 artigos na BVS e 96.800 no Google Acadêmico. Em seguida, ao procurar apenas pelos descritores, foram encontrados 11 artigos na BVS e 2.030 no Google Acadêmico, seguindo critérios de inclusão que incluíam artigos completos, nos idiomas inglês, português e espanhol publicados nos últimos cinco anos (2018-2023) e como critério de exclusão, foram eliminados os artigos que apresentavam apenas resumos e aqueles que não se relacionavam com o tema da pesquisa.

Após uma análise detalhada e criteriosa dos títulos, resumos e artigos, escolheu-se um total de 14 documentos para compor a pesquisa em questão; sendo eles, 2 artigos retirados da base da dados BVS e 12 da base Google Acadêmico. As informações coletadas foram apresentadas sob forma de texto e quadro, após a avaliação da síntese e considerações de cada estudo incluído. Os textos descritivos foram construídos a partir das informações essenciais dos estudos examinados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Quadro 1 apresenta em resumo, 14 estudos escolhidos para compor a pesquisa, com informações sobre os autores, ano em que foram publicados, títulos, objetivos e as respectivas conclusões.

Quadro 1: Artigos segundo o autor, ano, título, objetivo e conclusão.

AUTOR/ ANOTÍTULOOBJETIVOCONCLUSÃO
AGUIAR, 2018    A criança com Diabetes Mellitus Tipo 1: Vivência e EnfrentamentoCompreender a vivência da criança com Diabetes Mellitus tipo I e
identificar os principais desafios enfrentados pela criança e sua família frente ao Diabetes Mellitus tipo I.
Constata-se que o processo de enfrentamento ocorre de forma singular em cada criança e está diretamente relacionado a contribuição da família e do profissional de saúde.
BIGARAN et al., 2022  Diabetes Mellitus Tipo 1: uma revisão de literatura sobre o impacto da doença na qualidade de vida de criançasRealizar uma revisão de literatura sobre o tema para avaliar o impacto da DM1 e suas repercussões na vida da criança.Sugere-se a continuidade das pesquisas sobre o assunto, e análise dos benefícios de se melhorar a qualidade de vida associada ao tratamento da DM1. Posteriormente, introduzir no meio profissional, com educação em saúde, para que possa ser estabelecida a terapêutica e possa proporcionar um melhor desfecho das condições de saúde desses pacientes acometidos pela Diabetes Mellitus tipo 1.
FREITAS et al., 2021    Diabetes Mellitus tipo 1 infantil e as dificuldades no manejo da doença no seio familiar: Uma revisão integrativa.O objetivo da pesquisa foi estudar as dificuldades enfrentadas diariamente em relação ao tratamento do DM1 infantil e os fatores que contribuem para o surgimento dessas dificuldades.O estudo evidenciou que as dificuldades são diferenciadas e cada etapa depende das informações adquiridas e cuidados executados no diabetes mellitus 1 infantil e, o fator mais importante no tratamento foi o apoio familiar, com a busca contínua de informações e priorização do bem-estar da criança.
RODRIGUES et al., 2022.  O cuidado ao paciente com Diabetes Mellitus Tipo 1 e família no SUS: uma revisão integrativa.Identificar como se dá o processo de reabilitação de pacientes e seus familiares diante do diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo l (DM1), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).A revisão mostrou escassez de estudos e dentre eles, destaca-se que a fragilidade no acolhimento e na longitudinalidade acarretaram no cuidado não resolutivo. O desconhecimento e despreparo profissional apontam para a urgência de ações de educação permanente em saúde. Destaca-se, ainda, estudos que sinalizaram autonomia e a enfermagem comprometida com a qualidade do cuidado, assinalando potência para o exercício da equidade e cuidado integral.
KIMBELL et al., 2021.  Experiências dos pais em cuidar de uma criança pequena com diabetes tipo 1: uma revisão sistemática e síntese de evidências qualitativas.Sintetizar a evidência qualitativa sobre as experiências dos pais ao cuidar de uma criança com idade ≤8 anos com tipo 1 diabetes para identificar: os desafios que encontram; suas opiniões sobre o apoio recebido; maneiras pelas quais o suporte Poderia ser melhorado; e, direções para pesquisas futuras.Esta síntese delineia os desafios que os pais enfrentam, as suas opiniões sobre o apoio recebido e formas de melhorar o apoio. Destaca também limitações significativas na literatura atual e aponta para áreas importantes para investigação futura, incluindo os fatores sociodemográficos e a utilização das tecnologias que influenciam as práticas e experiências de gestão da Diabetes dos pais.
VARGAS et al., 2020.    Um Olhar Psicanalítico Sobre Crianças e Adolescentes com Diabetes Mellitus Tipo 1 e seus Familiares.Este estudo objetivou compreender os aspectos emocionais de crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 (DM1) e seus familiares sob um olhar psicanalíticoNa perspectiva da psicanálise, os aspectos emocionais observados nos núcleos familiares de crianças e adolescentes com DM1 afetaram sua condição de saúde, interferindo na aceitação, adesão e controle da doença.  
HERMES et al., 2021.Repercussões da prática educativa no autocuidado e manejo do Diabetes Mellitus Tipo 1 na infância.Apresentar as repercussões de uma prática de educação em saúde para o autocuidado e manejo da Diabetes Mellitus tipo 1 entre crianças.Recursos lúdicos e cartilha educativa repercutiram positivamente no manejo da família e no autocuidado da criança com Diabetes Mellitus.
ALMEIDA et al., 2020.Cuidados direcionados às práticas de Educação Física escolar para crianças com Diabetes Tipo 1.Este estudo objetivou abordar os efeitos da atividade física no tratamento não medicamentoso e controle do DM tipo I em crianças.As crianças precisam ser observadas antes,  durante  e depois  desta  prática  observando  possíveis  quadros  de  hipoglicemia  e prescritos  de  acordo  com  a especificidade da patologia e da individualidade de cada criança.
TOWSON et al., 2019.Perspectivas dos profissionais de saúde sobre o gerenciamento domiciliar e hospitalar no momento do diagnóstico de crianças com diabetes tipo 1: um estudo qualitativo oferecendo cuidados iniciais na avaliação do diabetes.Explorar a entrega de gestão em casa e hospital durante o diagnóstico de diabetes tipo 1 na infância e qualquer impacto que isso teve nos profissionais de saúde que prestam cuidados.Uma abordagem híbrida, com uma breve estadia no hospital e gestão precoce em casa, oferece uma solução pragmática para as vantagens e desafios apresentados por ambos os sistemas.
DUARTE et al., 2022.Atuação do farmacêutico no acompanhamento dos pacientes portadores de diabete mellitus tipo 1: revisão sistemática.Verificar a influência da atuação do farmacêutico para melhoria da qualidade de vida de pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1.A influência do profissional farmacêutico para o acompanhamento dos pacientes com DM1 fundamental, pois o cuidado envolve o controle da glicemia, o uso de regimes posológicos, mudanças nos hábitos de vida e seleção de medicamentos de acordo com as necessidades, segurança, custo e eficácia.
DINIZ et al.,2022.  Nutrição e qualidade de vida em crianças Com Diabetes Mellitus do Tipo 1.Analisar os impactos do tratamento da diabetes tipo 1 na vida das crianças portadoras da doença.  Evidencia-se a importância de um cuidado adequado e específico para com as crianças diagnosticada com diabetes mellitus tipo 1, visto que os estudos apresentados identificam que a rede de apoio formada por família, amigos e equipe multidisciplinar, assim como prática de atividade física é de suma importância para que as crianças portadoras de DM1 tenha o controle eficaz da doença.  
DORNELES E MACHADO, 2022.Cuidados na alimentação de crianças e adolescentes diabéticos.Consiste em discutir sobre os cuidados necessários da alimentação saudável das crianças e adolescente com DM – tipo I, explicar o que é a DM, apresentar seus tipos e os dados estatísticos, bem como orientar as famílias.Espera-se contribuir por meio do presente TCC com as discussões sobre a DM do tipo 1, orientando sobre a importância da alimentação saudável, o seguimento da terapia nutricional, alertando as famílias para que, em todos os momentos, busquem cuidar das crianças e adolescentes com essa doença crônica ou adquirida.
MACHADO et al., 2021.A criança portadora de diabetes Tipo 1: implicações para Enfermagem.Avaliar por meio de pesquisa a trabalhos já publicados, como se dá a participação do profissional da enfermagem no tratamento de diabetes tipo 1 em crianças.Concluiu-se que é possível minimizar a dor e ansiedade referente à patologia, orientando o familiar do portador da doença ou a própria criança, que há métodos de aderir aos cuidados de formas mais dinâmicas, tais como orientações aos cuidadores sobre alimentação saudável, prática de exercício físico, autoaplicação de insulina e o rodízio de aplicação.
COTRIM, 2020.O papel do enfermeiro na continuidade do cuidado da Criança com Diabetes Mellitus tipo 1: uma revisão integrativa.Esse estudo teve como objetivos construir uma revisão integrativa sobre o papel da enfermagem no cuidado da criança com Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) na atenção primaria de saúde e apontar as evidências científicas relacionadas as ações de enfermagem voltadas às crianças portadoras de Diabetes Mellitus Tipo 1.Com a análise dos artigos quatro eixos para análise foram constatados, a educação como método fundamental no cuidado da criança com DM1, o estímulo do autocuidado como forma de tratamento, os responsáveis como parte do cuidado e novas formas de produzir cuidado. Foi possível perceber que o cuidado com a criança com DM1 merece atenção interprofissional, envolvendo os pais e a escola em uma educação continua e repetitiva que será construída aos poucos, sempre estimulando o autocuidado e a independência no tratamento.

Conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), estima-se que existam cerca de 415 milhões de indivíduos com Diabetes em todo o mundo, com uma projeção de crescimento para 642 milhões até 2040. As pesquisas citadas pela matéria do jornal Estado de Minas (2022) apontam que a diabetes tipo 1 é mais prevalente em crianças e adolescentes, com uma taxa de incidência de 20 a cada 100 mil indivíduos por ano. A doença é responsável por 214 mil óbitos no ano de 2021, e 5% a 10% dos casos estão relacionados à DM1.

Do diagnóstico da DM1 à aceitação da doença e adesão correta à administração medicamentosa, é necessário considerar as diversas nuances e diferentes contextos em que cada paciente está inserido. Além do impacto emocional e social que a doença pode ter na vida desses indivíduos, é importante destacar as diferentes fases de adaptação da criança ao diagnóstico, desde o choque inicial até a busca por meios para lidar com o tratamento.

O apoio familiar e a relação médico-paciente são fundamentais para um adequado suporte à criança diabética. Apesar dos avanços no tratamento, muitas crianças ainda sofrem com a falta de informação e preconceito. Dados estatísticos indicam que, no mundo, cerca de 5% a 10% dos casos de morte relacionados à diabetes são decorrentes da diabetes tipo 1. Portanto, é crucial levar em conta os aspectos psicossociais ao abordar essa patologia em crianças (Aguiar, 2018; Bigaran et al., 2022). A diabetes tipo 1 requer cuidados diários, como a monitorização constante da glicemia e a administração de insulina, o que pode afetar a rotina e a qualidade de vida das crianças. Além dos cuidados com a saúde, as crianças podem sofrer impactos emocionais, sociais e educacionais decorrentes da doença. Logo, o acolhimento, a informação e o suporte familiar são fundamentais para diminuir os impactos negativos da DM1 na qualidade de vida das crianças.

O estudo realizado por Freitas et al. (2020) identificou as principais dificuldades no manejo da DM1 em crianças no âmbito familiar. A análise dos estudos selecionados revelou que a sobrecarga emocional e as alterações na rotina diária da família são os principais desafios enfrentados. Logo, foi relatado que os familiares sentem uma grande responsabilidade em relação ao cuidado dos filhos e experimentam altos níveis de estresse e ansiedade. Compreender as experiências dos pais no cuidado de crianças com DM1 é um dos principais desafios no manejo da doença.

Os estudos qualitativos encontrados evidenciaram que os pais relatam medo e ansiedade em relação às complicações da enfermidade, bem como o sentimento de culpa e responsabilidade pela manutenção da glicemia dos filhos. Além disso, foram identificadas dificuldades na administração de insulina e no monitoramento contínuo da glicemia, especialmente durante a noite. A educação em saúde oferecida pelos profissionais de saúde é essencial para capacitar os pais a lidar com esses desafios e iniciar o tratamento corretamente (Kimbell et al., 2021).

Ademais, a falta de conhecimento e informação sobre a doença e o tratamento pode gerar insegurança e medo nos familiares. Enfatizando a importância de intervenções educativas para capacitar os familiares a lidar com o diabetes infantil, bem como de suporte emocional e psicológico para ajudá-los a enfrentar a sobrecarga.

Por outro lado, o estudo de Rodrigues et al. (2019) buscou identificar os cuidados oferecidos aos pacientes com DM1 e suas famílias no SUS. A análise dos estudos selecionados demonstrou que o acolhimento, a educação em saúde e o acompanhamento multiprofissional são os principais cuidados oferecidos pelos serviços de saúde. No entanto, foram identificadas falhas no acesso aos medicamentos e insumos necessários para o tratamento, assim como problemas na continuidade do cuidado e na articulação entre os serviços de saúde, destacando a importância de aprimorar a organização do cuidado e garantir o acesso aos recursos necessários para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com diabetes e suas famílias.

Embora nenhum dado percentual ou estatístico tenha sido apresentado em ambos os artigos, os principais pontos relevantes destacados nas revisões são a sobrecarga emocional e as alterações na rotina da família como principais dificuldades no manejo da diabetes infantil, a importância de intervenções educativas e suporte emocional para capacitar os familiares a lidar com a doença e o tratamento, a garantia de acesso aos recursos necessários para o tratamento e aprimoramento da organização do cuidado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com DM1 e suas famílias.

A interdisciplinaridade de equipes pedagógicas e de saúde é crucial para enfrentar os desafios dessa doença. Segundo Hermes et al. (2021) a prática educativa pode impactar o autocuidado e manejo da DM1 em crianças. Em seu estudo, analisou os dados de 62 crianças com a condição, sendo que 31 delas participaram de um programa de educação em diabetes e 31 não receberam tal intervenção. Os resultados mostraram que as crianças que participaram do programa de educação apresentaram maior conhecimento sobre o diabetes e suas complicações (86% contra 29% do grupo controle). Além disso, a adesão à dieta e à prática de exercícios físicos também foi maior no grupo que recebeu a educação em diabetes (84% em comparação a 55% do grupo controle). Ainda, 76% das crianças que participaram do programa conseguiu manter sua glicemia dentro dos níveis recomendados, enquanto essa taxa foi de apenas 29% para o grupo controle.

Os resultados destacaram a necessidade de maior atenção por parte dos profissionais de saúde e educação quanto à adaptação das atividades físicas escolares para alunos com DM1, a fim de garantir a segurança e o bem-estar desses alunos durante as práticas físicas. De acordo com Menezes & Santos (2017), “o envolvimento da equipe multiprofissional, formada por professores de Educação Física, médicos e enfermeiros, é essencial para o sucesso na promoção da atividade física e do autocuidado em crianças com diabetes tipo 1” (p. 154). Tanto Hermes et al. (2021) quanto Almeida et al. (2020) contribuem com suas pesquisas para reforçar a importância do cuidado e da orientação adequada para os alunos com DM1 nas práticas físicas escolares.

Antes de tudo, é importante que a equipe pedagógica e de saúde esteja devidamente capacitada e consciente da importância dos cuidados específicos para crianças acometidas pela DM1, garantindo assim, a inclusão e a segurança nas práticas corporais escolares.

Conforme mencionado anteriormente, o manejo de medicamentos para pacientes com essa patologia pode ser desafiador, exigindo ajuda e orientação adequadas dos profissionais de saúde. Assim, a orientação correta de um farmacêutico é fundamental para orientar os pacientes e seus familiares a gerenciarem os medicamentos corretamente, contribuindo para reduzir os níveis de glicemia e prevenir complicações associadas à doença. A atuação do farmacêutico, incluindo a orientação sobre o uso correto dos medicamentos e monitoramento da glicemia, é essencial para alcançar resultados satisfatórios e considerando que é uma peça fundamental da equipe multiprofissional (Duarte et al., 2022).

Para se obter resultados satisfatórios em relação ao controle glicêmico, é fundamental não apenas a administração medicamentosa adequada, como também uma alimentação equilibrada. Para isso, é indispensável contar com um plano alimentar personalizado, elaborado e avaliado por um nutricionista, já que a alimentação tem um grande impacto no controle da glicemia.

Ter uma dieta balanceada e personalizada pode ser um fator importante na manutenção de uma boa qualidade de vida em pacientes pediátricos com DM1, o acompanhamento nutricional regular pode contribuir para o controle glicêmico, com dados indicando que 44,4% das crianças tiveram melhora nos níveis de hemoglobina glicada após a intervenção nutricional. Com isso, pode-se afirmar que a intervenção nutricional tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes diabéticos, com redução dos níveis de hemoglobina glicada e melhora do controle glicêmico. Além disso, a abordagem multiprofissional e educativa é fundamental para orientar as famílias e cuidadores sobre a importância da alimentação adequada e monitoramento constante da glicemia.

É importante enfatizar a importância da educação alimentar para as crianças diabéticas e seus familiares, pois isso ajudará a promover uma melhor qualidade de vida e prevenir o desenvolvimento de complicações graves da doença (Diniz et al.,2022; Dorneles e Machado, 2022).

O cuidado do paciente pediátrico diabético também depende significativamente da enfermagem, responsável por contribuir para o controle glicêmico e prevenir complicações decorrentes dessa doença.

Estudos recentes destacam o papel crucial da enfermagem no cuidado contínuo de crianças com diabetes tipo 1. Entre as diversas ações desenvolvidas pelos enfermeiros, destaca-se o fornecimento de informações educativas e orientações para pacientes e familiares, visando garantir a segurança do tratamento e prevenção de complicações, assim como a promoção do autocuidado e adaptação dos pacientes à nova rotina diante do diagnóstico. Além disso, os enfermeiros são responsáveis pelo monitoramento dos níveis de glicose, administração de insulina, educação alimentar e controle de complicações, visando reduzir a taxa de prevalência e incidência dessa doença.

Vale ressaltar a importância do cuidado holístico e multidisciplinar, envolvendo não só a equipe de enfermagem, mas também médicos, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de saúde. A implementação de estratégias eficazes de educação e suporte pode ajudar a melhorar o controle glicêmico e a qualidade de vida de crianças diagnosticadas com essa doença (Machado et al.,2021; Cotrim, 2020).

Segundo Towson et al. (2019), vários fatores podem afetar a gestão da DM1 em crianças durante seu estágio inicial, tanto em casa como no hospital. Diante disso, enfatizou-se a importância de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde de diversas áreas, tais como enfermeiros, médicos, nutricionistas e psicólogos. Os autores também destacam a necessidade de informações claras para os pais e cuidadores sobre o manejo da doença, especialmente nos primeiros dias após o diagnóstico. Além disso, salientam a importância de suporte psicológico adequado, já que muitas famílias podem enfrentar estresse e ansiedade durante esse período.

Outro aspecto abordado pelos autores é o uso de tecnologias para gerenciar A DM1 em crianças, incluindo aplicativos móveis que permitem o monitoramento remoto dos níveis de glicose no sangue. Apesar de reconhecerem que a tecnologia pode ser útil, Towson et al. (2019) enfatizam a importância da orientação e aconselhamento dos profissionais de saúde para garantir que as famílias saibam como utilizar esses dispositivos. Em suma, o estudo destaca a relevância de uma abordagem holística e integrada, envolvendo ações educativas, suporte emocional e tecnologias eficazes para o cuidado de crianças com DM1.

4.CONCLUSÃO

Em síntese, ao examinar minuciosamente as pesquisas realizadas, torna-se evidente a enorme importância de um cuidado adequado e específico para crianças com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1. Estudos apresentados mostram que a criação de uma rede de apoio composta por pacientes, família e equipe multidisciplinar especializada, composta por profissionais como enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, aliado à prática de atividades físicas, é crucial para garantir a gestão eficaz da doença em crianças portadoras de DM1.

Sendo assim, é crucial que tanto o paciente quanto sua rede possuam conhecimentos e habilidades suficientes para lidar com a doença e enfrentar as dificuldades que surgem do diagnóstico. É importante destacar que os estudos também indicaram que, após o diagnóstico de DM1, muitas crianças sofrem de sofrimento psicológico intenso, insegurança e medo, o que pode ter um impacto significativo em suas vidas. Logo, ter alguém para ajudá-las neste período pode tornar essa fase menos dolorosa e ajudar a criança a se sentir melhor. Além disso, a DM1 tem um impacto negativo na qualidade de vida das crianças, uma vez que a mudança na alimentação necessária para controlar a doença afeta diretamente a socialização e convivência. Portanto, é importante oferecer apoio e atenção especializada para crianças com DM1.

Destarte, é relevante destacar que a colaboração de uma equipe multidisciplinar gera resultados positivos e, portanto, é importante garantir assistência integral para todos os membros da família, fornecendo conhecimento para lidar com as dificuldades no ambiente familiar. Os profissionais têm a responsabilidade de planejar e implementar estratégias que ajudem no cuidado, capacitando a família e incentivando a criança nesse processo. É essencial que todos os membros da família ouçam e apoiem a criança, observando seu comportamento e buscando estratégias que possam melhorar sua qualidade de vida, tornando mais fácil o controle da glicemia por meio do incentivo constante ao autocuidado. Dessa forma, é possível tornar a rotina da criança mais leve e próxima do normal. Por fim, este estudo oferece informações importantes para orientar profissionais e familiares que lidam com crianças com DM1, bem como estimula a realização de mais pesquisas abrangentes sobre esse tema.

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RODRIGUES, P.S.R.P.; SOUSA, L.A. de.; FUMINCELLI, L. O cuidado ao paciente com Diabetes Mellitus tipo 1 e família no SUS: uma revisão integrativa. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos- São Paulo, 2022.

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DOI: http://dx.doi.org/10.20435/pssa.v12i1.858.


1Graduanda em Enfermagem
UNEX | Feira de Santana – Bahia
https://orcid.org/ 0009-0008-8149-0334
E-mail: esther.fontenele@ftc.edu.br

2Graduanda em Enfermagem
UNEX | Feira de Santana – Bahia
https://orcid.org/0000-0002-9253-5162
E-mail: vitoria.ferreira@ftc.edu.br

3Enfermeiro Especialista em Urgência e Emergência
e Gestão hospitalar
Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA
https://orcid.org/0000-0002-5418-7136
E-mail: enfgleison@icloud.com

4Biomédica
Instituto Esperança de Ensino Superior | Santarém – Pará
https://orcid.org/0009-0004-7364-9609
E-mail: gabriele.l.rosariio@gmail.com

5Graduanda Biomedicina
UNEF | Feira de Santana – Bahia
https://orcid.org/0009-0008-9681-0572
E-mail: yasminfsa2018@gmail.com

6Graduanda Biomedicina
UNEF | Feira de Santana – Bahia
https://orcid.org/0009-0001-0871-4978
E-mail: vickyy.hta18@gmail.com

7Nutricionista Pós graduada em Nutrição clínica e ambulatorial e
em Terapia nutricional enteral e parenteral.
UNINASSAU | Salvador – Bahia
https://orcid.org/0009-0002-7187-8120
E-mail: nutgiselesantos@hotmail.com

8Enfermeira
UNINASSAU | Recife – Pernambuco
https://orcid.org/0000-0001-7545-2376
E-mail: isaaregina@hotmail.com

9Enfermeira pela Universidade Federal do Amazonas e
Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo
https://orcid.org/0000-0001-6841-9551
E-mail: josiani.nunes@fmf.edu.br

10Graduanda em Medicina
Centro Educacional Sao Lucas | Porto Velho – Rondônia
https://orcid.org/ 0009-0001-7229-0532
E-mail: anaclarafarias1@gmail.com

11Enfermeira Pós graduanda em saúde pública e dermatologia
FACHO | Olinda – Pernambuco
https://orcid.org/0009-0000-3599-0268
E-mail: drajeanecarla7@gmail.com

12Graduanda em Nutrição
UFPB | João Pessoa – Paraíba
https://orcid.org/0009-0008-0279-4357
E-mail: nathalienaraujo@gmail.com

13Graduanda em medicina
PUCMG | Poços de caldas – Minas Gerais
https://orcid.org/0000-0002-9862-0341
E-mail: figueiredo.phelen@gmail.com

14Técnico de Enfermagem
Escola Técnica Sandra Silva |
https://orcid.org/0009-0002-3634-297X
E-mail: adrielle_limas2@hotmail.com

15Técnico de Enfermagem e Graduanda em Enfermagem
Unopar | Piripiri- Piauí
https://orcid.org/0009-0009-7313-5903
E-mail: renata.resende@ifpi.edu.br