DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE ADQUIRIDAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

MUSCULOSKELETAL DISORDERS IN HEALTH PROFESSIONALS ACQUIRED IN THE WORK ENVIRONMENT

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10850358


Raul Victor Santos Silva¹; Yago Gabriel Santos Mesquita²; Hugo Vitor Menezes Cruz³; Thiago Renee Felipe4; Daniele Vieira da Silva Blamires5.


Resumo

Quais fatores contribuem para lesões osteomusculares no ambiente de trabalho dos profissionais da saúde? Esse estudo é uma revisão integrativa que utilizou as bases de dados PUBMED e a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram selecionados artigos publicados nos anos de 2018 a 2023, a partir da combinação dos seguintes descritores: Cumulative Trauma Disorders; ler/dort; Health Personnel; musculoskeletal disorders com o operador booleano AND e OR para a combinação da estratégia de busca: Cumulative Trauma Disorders or ler/dort and  Health Personnel or musculoskeletal disorders. Com base nos levantamentos realizados entre os anos 2018 a 2022, foram encontrados 344 estudos sobre as alterações osteomusculares dos trabalhadores em saúde adquirida em ambiente de trabalho. Este estudo demonstrou que os profissionais de enfermagem são frequentemente acometidos com distúrbios no sistema musculoesquelético e queixas dolorosas que acometem a coluna vertebral, como a dor lombar e cervical, foram as mais incidentes.

Palavras chaves: Distúrbios traumáticos, Ler/Dort, Profissionais de saúde, distúrbios musculoesqueléticos.

Abstract

What factors contribute to musculoskeletal injuries in the work environment of health professionals? This study is an integrative review that used PUBMED databases and the Virtual Health Library (VHL). Articles published in the years 2018 – 2023 were selected, based on the combination of the following descriptors: Cumulative Trauma Disorders; read/dort ; Health Personnel; musculoskeletal disorders with the Boolean operator AND and OR for the search strategy combination: Cumulative Trauma Disorders or read/dort and Health Personnel or musculoskeletal disorders. Based on surveys carried out between 2018 and 2022, 344 studies were found on musculoskeletal changes in workers in health acquired in the work environment. This study demonstrated that nursing professionals are often affected by disorders in the musculoskeletal system and painful complaints that affect the spine, such as low back and neck pain, were the most frequent.

Keywords: Traumatic disorders, Ler/Dort, Health professionals, musculoskeletal disorders.

1. Introdução

Os distúrbios musculoesqueléticos podem ser definidos como problemas no sistema locomotor, ou seja, ossos, músculos, tendões, cartilagem, ligamentos e nervos. Abrangendo desde queixas de leve desconforto transitório até dores intensas, incapacitantes e irreversíveis.1 Quando essas lesões surgem no contexto ocupacional recebem o nome de Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT). Assim, diversas categorias profissionais são acometidas por essas lesões, apresentando grande repercussão na qualidade de vida desses trabalhadores.2

 Esses distúrbios osteomusculares apresentam significativa prevalência em profissionais da saúde, principalmente aqueles que estão expostos a altas demandas físicas, como os que ficam longos períodos em pé, ou que trabalham na mesma postura de forma prolongada, com movimentos repetitivos, manipulação de objetos pesados, transferência de pacientes.3 A maioria dos estudos disponíveis abordam a prevalência, fatores de risco e impactos em profissionais da enfermagem, porém outros profissionais, como médicos, dentistas e fisioterapeutas também são frequentemente acometidos por LER/DORT.4 5

Além dos aspectos físicos associados ao desenvolvimento das lesões osteomusculares, evidências demonstram que a exposição dos profissionais a fatores estressores psicossociais, tais como longas jornadas de trabalho, falta de suporte social, alta tensão emocional, baixa satisfação, insegurança no local de trabalho, bem como alterações na qualidade no sono podem aumentar o risco do desenvolvimento de dores osteomusculares em diversas regiões do corpo.6 7 Dentre as regiões mais frequentemente associadas a queixas de dor estão o pescoço, ombros, região lombar e joelhos.8

A ocorrência das LER/DORT estão associadas a um impacto considerável na vida dos profissionais, causando sofrimento físico e mental, contribuindo de forma significativa para piora na qualidade de vida, gerando baixa produtividade, faltas e abandonos da profissão.9 Estudos apontam que os serviços que implementam políticas de práticas de prevenção ao desenvolvimento de lesões osteomusculares para os profissionais apresentam redução da prevalência de queixas osteomusculares. Tais práticas incluem, conscientização, treinamento, práticas ergonômicas, redução de riscos e apoio psicológico são considerados eficazes. 10 11

Tendo em vista a complexidade, importância do tema e dessa forma a necessidade constante de atualizações. Esta revisão visa a investigação e melhoria na compreensão acerca das questões relacionadas aos fatores que contribuem para o desenvolvimento de lesões osteomusculares em profissionais da saúde de forma ampla no ambiente de trabalho. Tendo como pergunta norteadora: Quais fatores contribuem para lesões osteomusculares no ambiente de trabalho dos profissionais da saúde?

2. Métodos

Esse estudo é uma revisão integrativa que utilizou as bases de dados PUBMED e a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os critérios de inclusão foram: artigos originais de estudos primários; em inglês/português; caracterizando especialmente a adesão de profissionais da saúde que adquiriram lesões no ambiente de trabalho.  Publicados nos anos de 2018  – 2023, a partir da combinação dos seguintes descritores: Cumulative Trauma Disorders ; ler/dort ; Health Personnel; musculoskeletal disorders com o operador booleano AND e OR para a combinação da estratégia de busca: Cumulative Trauma Disorders or ler/dort and  Health Personnel or  musculoskeletal disorders.  Dessa maneira, os critérios de exclusão foram todos os estudos  que não respondiam a pergunta de pesquisa;  duplicados, ou indisponíveis na íntegra.

Dessa forma, a pesquisa agregou 344 estudos selecionados para uma averiguação minuciosa, dos quais 14 se estabeleceram dentro dos critérios de inclusão. Sendo assim, os dados obtidos foram apresentados em tabelas, analisados e interpretados conforme o objetivo do presente trabalho tendo como norte para os próximos passos a literatura preconizada inicialmente. Diante disso, a figura 01 caracteriza o meio no qual foi utilizado para a obtenção dos artigos.

Figura 1. Fluxograma de seleção dos estudos primários, de acordo com a recomendação PRISMA. Teresina – PI, Brasil, 2023

Fonte: autores, 2023.

3. Resultados

Com base nos levantamentos realizados entre os anos 2018 a 2022, foram encontrados 344 estudos sobre as alterações osteomusculares dos trabalhadores em saúde adquirida em ambiente de trabalho. As bases de dados utilizadas para encontrar os artigos foram a Biblioteca Virtual de Saúde (n = 240) e a PUBMED (n = 104), utilizando palavras-chave em inglês, “Cumulative Trauma Disorders or Ler/dort “; “Health Personnel”; “ Musculoskeletal disorders”; “Children”. Foram utilizados os operadores booleanos “AND” para filtrar os estudos nas bases de dados supracitadas.

Posteriormente, foram realizadas as exclusões conforme os critérios metodológicos. Sendo assim, restaram inicialmente 79 trabalhos, os demais foram excluídos por serem artigos de revisão sistemática, livros, documentos acadêmicos, de acesso restrito, artigos não relacionados ao objetivo do estudo, bem como artigos que não estão disponíveis gratuitamente. Posteriormente foram excluídos os artigos que não respondem as perguntas e o objetivo do estudo, após serem lidos na íntegra, restando apenas 14 trabalhos que foram incluídos no estudo.

Os artigos escolhidos para os resultados foram publicados entre os anos de 2018 a 2022. Sete estudos foram realizados no Brasil, e os demais em região asiática, Europeia e africanas. Elegeu-se estudos que mantiveram critérios próximos à homogeneidade: Profissionais de saúde que adquiriram lesões osteomusculares ou LER/DORT dentro do ambiente de trabalho, impactando o quadro geral de saúde do indivíduo, assim como o próprio serviço em si, trazendo consequências para dentro e fora do ambiente de trabalho.

A construção dos resultados foi dividida em dois quadros: informação dos autores e características gerais do artigo, o ano em que foi publicado, a revista selecionada para o estudo, o país em que foi realizado, bem como a fonte de busca que o artigo foi encontrado (Quadro 1) e após feita uma caracterização precisa das principais considerações ou ideias apresentadas nos presentes estudos, assim como as conclusões dos autores (Quadro 2).

Tabela 1: Caracterização dos artigos. Teresina – PI 2023 (N=14).

TÍTULOAUTORIABASEANOPAÍSREVISTA
1Estresse relacionado ao trabalho, Burnout e fatores  sociodemográficos relacionados entre enfermeiras. Implicações para Administradores,  pesquisa e política.Ifeyinwa; Ezenwaji; Chiedu Eseadi; Charity Okide;  Samuel Ugwoke; Kennedy O. ; Theresa O. Oforka; Angie I. OboegbulemPubmed2018NigériaMedicine 
2Absenteísmo e sintomas osteomusculares em técnicos e auxiliares de enfermagem de unidades de internação Hospitalar.Luccas Melo de Souza; Eduarda Soriano Davila; Chirley Dias Scopel; Patrícia do Nascimento Amaral BarbieriBVS2018Brasil  Revista de enfermagem da UFSM
3Fatores associados à dor lombar incapacitante entre profissionais de enfermagem de um centro médico no Japão: uma pesquisa transversal comparativa.  Takahiko Yoshimoto; Hiroyuki Oka; Shuhei Ishikawa; Akatsuki Kokaze; Shingo Muranaga; Ko Matsudaira.Pubmed2019JapãoBMJ Open
4Desenvolvimento e avaliação de aplicativo móvel para prevenção de riscos musculoesqueléticos no trabalho de enfermagem.Linda Nice Gama; Cláudia Mara de Melo Tavares.BVS2019BrasilTexto & Contexto Enfermagem
5Avaliação do limiar de dor à pressão na região cervical e lombar no grupo de enfermeiras em atividade profissional: um estudo transversal.Anna Kolcz, karolina JenaszekPubmed2020Brasil  Journal of Occupational Health
6A prevalência de distúrbios musculoesqueléticos e lombalgia em enfermeiros Italianos: Um estudo Observacional.  Roberto Latina, Antonio Petruzzo, Pascal Vignally, Maria Sofia Cattaruzza, Carlo Vetri Buratti, Lucia Mitello, Diana Giannarelli, Daniela D’AngeloBVS2020ItáliaActa bio-medica : Atenei Parmensis
7Queixas de dor após noites consecutivas e retornos rápidos em enfermeiros noruegueses que trabalham em três turnos rotativos: um estudo observacional.    Maria Katsifaraki; Kristian Bernhard Nilsen; Jan Olav Christensen; Morten Wærsted; Stein Knardahl; Bjørn Bjorvatn; Mikko Härmä; Dagfinn Matre.Pubmed2020NoruegaBMJ Open
8Avaliação da ocorrência de dor musculoesquelética relacionada ao trabalho entre enfermeiros anestesiologistas, intensivistas e cirúrgicos: um estudo observacional e descritivo.Lucasz Rypicz; Izabela Witczak; Piotr Karniej; Anna KotczPubmed2020PolôniaNursing & Health Sciences Wiley
9Caracterização dos trabalhadores da enfermagem afastados por distúrbios osteomusculares em hospital universitário.Yuri Marques Souza; Daiane Dal Pai; Larissa Martini Junqueira; Andréia Barcellos Teixeira Macedo; Juliana Petri Tavares; Eunice Beatriz Martins ChavesBVS2020BrasilRevista de enfermagem da UFSM
10Sintomas musculoesqueléticos e presentismo entre os profissionais de gestão da saúde pública de Belém-PA, Brasil.William Rafael Almeida Moraes; Laura Maria Tomazi Neves; Rita Cristina Cotta AlcântaraBVS2021BrasilABC SHeath Science
11Doenças Ocupacionais e Saúde Percebida em Enfermeiros de Salas de Cirurgia: Um Estudo Observacional Transversal Multicêntrico.María del Mar Martí-Ejarque,  Gemma Guiu Lázaro, Roser Coutado Juncal, Salvador Pérez Paredes, Cecilia Díez-García.Pubmed2021EspanhaINQUIRY
12Ambiente de trabalho e níveis de trabalho relacionados: Pesquisa entre profissionais de saúde em dois hospitais no sul da Itália.Roberto Lupo; Alessia Lezzi; Luana Conte; Pietro Santoro; Maicol Carvello; Giovanna Artiolli; Antonio Calabrós; Cosme Caldararo; Stefano Botti Maria Chiara CarrieroPubmed2021ItáliaActa Biomed for Health Professions    
13Estresse percebido e dor musculoesquelética entre estudantes de graduação da área de saúde.Bruna Xavier Morais;  Graziele de lima Dalmolin; Cecília Mariane Pinheiro Pedro;Julia Zancan Bresolin; Rafaela Andolhe; Tânia Solange Bosi de Souza MagnagoBVS2021BrasilTexto e contexto de enfermagem
14Perfil profissional e condições de trabalho dos enfermeiros atuantes em unidades de terapia intensiva: um estudo multicêntrico.  Diana Marcela Achury Saldaña; Luisa Fernanda Achury Beltrán; Sandra Mónica Rodríguez Colmenares; Herly Ruth Alvarado Romero; Edhit Cavallo; Ana Cristina Ulloa; Virginia Merino; Mayckel da Silva Barreto; David Andrade Fonseca; Doraly Muñoz Acuña; Yanier Betancur Manrique; Jorge Eliecer Rodríguez Marín; Ana Angélica González Gómez; Katerine Herrera Corpas; Brayant Andrade Méndez; Ruby Elizabeth Vargas Toloza; Sandra Milena Martínez Rojas; Roxana Patricia De las Salas Martínez.Pubmed2022Colômbia; Argentina; Peru; Brasil;Journal of Clinical Nursing Wiley
Fonte: Autores, 2023.

Tabela 2: Análise de conteúdo dos artigos. Teresina – PI 2023 (N=14). 

OBJETIVOSPRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES / CONCLUSÃO
1O objetivo foi examinar o estresse relacionado ao trabalho e os sintomas de Burnout em relação aos fatores sociodemográficos relacionados entre enfermeiras na Nigéria.Os fatores sociodemográficos dos enfermeiros, como sexo, idade, ambiente de trabalho e experiência, representaram apenas uma pequena proporção da variação no estresse e Burnout no trabalho dos enfermeiros no sudeste da Nigéria. Porém relata que é essencial a aplicação de programas de gerenciamento de estresse e esgotamento para  profissionais de enfermagem que sofrem de estresse e esgotamento nos ambientes nigerianos de saúde ocupacional.
2O objetivo foi analisar a relação entre o absenteísmo e os sintomas osteomusculares de técnicos e auxiliares de enfermagem  de unidades de internação hospitalar adulta.A maior porcentagem das dores ocorreram em região cervical lombar e em ombros, sendo estatisticamente maior o absenteísmo em trabalhadores que relataram dor/parestesia em regiões de ombro, cotovelo e em região lombar. Frente a esta questão, vale- se o emprego de medidas que promovam a qualidade e o bem estar dos trabalhadores da área de saúde, por meio do incremento no gerenciamento de recursos humanos e colocar  em prática atividades de promoção à saúde.
3Investigar a associação de fatores multidimensionais (individuais, físicos, psicológicos e ocupacionais) com lombalgia incapacitante entre profissionais de enfermagem no Japão.O estudo utilizou para coleta de dados um questionário auto-aplicável para coleta das variáveis. Dentre os 718 participantes, 110 (15,3%) afirmaram dor lombar incapacitante. O estudo concluiu que a cinesiofobia, episódios prévios de lombalgia e a insônia foram significativamente associados à incapacidade de lombalgia entre os profissionais da enfermagem.
4Desenvolver aplicativo móvel multiplataforma na prevenção dos fatores de riscos osteomusculares relacionados ao trabalho de enfermagem em unidade hospitalar e avaliar com enfermeiros e profissionais de informática os critérios de usabilidade.Trata-se de uma pesquisa de produção tecnológica para o desenvolvimento de aplicativo móvel. O aplicativo fundamentou-se em princípios de ergonomia no ambiente de trabalho com o intuito de proporcionar conforto, segurança e desempenho eficiente ao profissional. O produto foi avaliado quanto à usabilidade por enfermeiros de unidades hospitalares públicas da cidade do Rio de Janeiro (Brasil). Os dados da avaliação demonstraram que o aplicativo apresenta concordância e conformidade com os princípios de usabilidade nos critérios de efetividade, eficiência e satisfação do usuário, entretanto, os avaliadores sugeriram simplificações das funcionalidades do aplicativo.
5O estudo teve como objetivo avaliar o limiar de dor à pressão na coluna cervical e lombar em trabalhadores de enfermagem.Verificou-se que a maioria dos enfermeiros estudados apresentava sintomas de dor musculoesquelética de caráter de sobrecarga. Até 56% dos enfermeiros examinados apresentaram um grau leve de incapacidade resultante da dor, enquanto o grau moderado de incapacidade foi determinado em 17% dos entrevistados para dor na coluna cervical e 14% para dor na coluna lombar.
6Determinar a prevalência de distúrbios musculoesqueléticos e lombalgia entre enfermeiros que trabalham em um hospital.Os enfermeiros relataram diferentes localizações de dor relacionadas a distúrbios musculoesqueléticos. A prevalência de lombalgia foi de 90,2% na vida, 80% no último ano e 44,5% na última semana. O sexo feminino possui maiores incidências de lombalgia.
7Determinar se os enfermeiros que trabalham em turnos noturnos consecutivos ou em transições curtas entre turnos (retorno rápido (QRs)) apresentam maior risco de queixas de dor quando comparados aos turnos regulares da manhã. A duração do sono foi testada como um potencial mediador.O estudo teve como participantes 679 enfermeiros que responderam a um questionário diário por 28 dias que avaliava presença, local e intensidade da dor, bem como aspectos relacionados ao sono, turnos e horas diárias de trabalho. O estudo concluiu que o trabalho em três turnos noturnos consecutivos foi potencialmente associado a um risco maior de desenvolver cefaléia, que pode ser aliviada com maior tempo de sono. Já para as queixas de dor em outros locais, trabalhar três turnos noturnos consecutivos não foi associado a um risco elevado de queixa se comparado ao trabalho de três turnos matutinos consecutivos.
8Este estudo avaliou a ocorrência e a localização específica da dor musculoesquelética relacionada ao trabalho em um grupo de enfermeiros clínicos ativos profissionalmente na Polônia, assim como sua relação com o tempo, idade, tipo e local de serviço.  Concluiu-se que os enfermeiros vivenciam inúmeros episódios de dores musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho, pode até abster-se de algumas atividades por conta do quadro. O predomínio da dor era em região cervical da coluna vertebral, e o predomínio era maior em profissionais com menos experiência no trabalho do que em aqueles com maior. Os enfermeiros que trabalham na UTI e na anestesiologia também relataram maiores dores na região lombar dos que frequentam a ala cirúrgica.
9O Objetivo do presente estudo foi descrever  características  sociodemográficas  e  ocupacionais  de trabalhadores  da  equipe  de enfermagem afastados por distúrbios osteomusculares em hospital universitário e sua associação com o tempo de afastamento.    Foi observado no presente estudo, um elevado número de afastamento por distúrbios osteomusculares, principalmente em trabalhadores técnicos e auxiliares de enfermagem, por vezes associado a outras comorbidades, portanto concluiu-se que devem ser implementados melhores condições de trabalho, principalmente com acesso a tecnologia que evite ou diminua o esforço físico excessivo, associado a medidas preventivas e acompanhamento em saúde dos trabalhadores. Também seria de bom proveito, o investimento em estudos sobre dor musculoesquelética e terapias não farmacológicas como prevenção.
10Identificar a prevalência de sintomas musculoesqueléticos e sua associação com o presenteísmo entre profissionais de gestão pública de saúde de Belém-PA, Brasil.Os sintomas osteomusculares nas partes superior e inferior das costas foram os mais prevalentes. O presenteísmo teve associação significante com carga-horária diária, prática de atividade física e presença doenças ou lesões osteomusculares diagnosticadas. Os sintomas osteomusculares em pescoço, parte superior e inferior das costas, punhos/mãos e quadril/coxas foram os mais prevalentes e estão associados com o presenteísmo.
11O objetivo foi determinar os efeitos do ambiente de trabalho de enfermeiras de centro cirúrgico em sua saúde em comparação com enfermeiras de hospitalização.A profissão de enfermagem carrega riscos ocupacionais, independentemente do local onde a atividade ocorra. O ambiente de trabalho da sala cirúrgica tem efeitos adversos na saúde dos enfermeiros cirúrgicos, mas sem diferenças significativas em relação aos enfermeiros de internação.
12O objetivo foi avaliar a associação entre o ambiente de trabalho e os níveis percebidos de Burnout em dois hospitais do sul da Itália.  Concluiu-se que um ambiente de trabalho inadequado, é um dos principais fatores de precipitação de Burnout, portanto a organização e incremento estrutural é de suma importância na prevenção e promoção de saúde dos trabalhadores.O estudo se propõe a ser um incentivo nas ações preventivas.
13O objetivo do presente estudo foi descrever  características  sociodemográficas  e  ocupacionais  de trabalhadores  da  equipe  de enfermagem afastados por distúrbios osteomusculares em hospital universitário e sua associação com o tempo de afastamento.    Foi observado no presente estudo, um elevado número de afastamento por distúrbios osteomusculares, principalmente em trabalhadores técnicos e auxiliares de enfermagem, por vezes associado a outras comorbidades, portanto concluiu-se que devem ser implementados melhores condições de trabalho, principalmente com acesso a tecnologia que evite ou diminua o esforço físico excessivo, associado a medidas preventivas e acompanhamento em saúde dos trabalhadores. Também seria de bom proveito, o investimento em estudos sobre dor musculoesquelética e terapias não farmacológicas como prevenção.  
14Determinar o perfil profissional e as condições de trabalho dos enfermeiros que trabalham em unidades de terapia intensiva (UTI) na Colômbia, Argentina, Peru e Brasil.Participaram da pesquisa 1.427 enfermeiros, foi  utilizado questionário online para avaliação do perfil profissional e as condições de trabalho.  33,6% dos profissionais possuíam título de especialização em terapia intensiva. As habilidades mais praticadas foram a comunicação (68,5%) e a gestão do cuidado (78,5%). As proporções enfermeiro-paciente mais predominantes foram de 1:2 e superiores a 1:6. Ademais, 38,8% trabalhavam 48 horas semanais e 49,8% tinham turnos rotativos, 50,4% receberam incentivos e 64,5% estavam satisfeitos com seu trabalho.
Fonte: Autores, 2023.

4. Discussões

Os profissionais de saúde são frequentemente expostos a riscos relacionados às repetitivas atividades que envolvem o trabalho estático e dinâmico, no que tange o sistema musculoesquelético.12 O trabalho estático é aquele que exerce a contração contínua de um músculo para manter uma determinada posição, já o dinâmico, envolve a alternação entre contração e relaxamento para realizar um trabalho.12  Dentro deste panorama, existem fatores que contribuem para as lesões osteomusculares dentro do ambiente de trabalho, tais como o tipo de trabalho, a jornada/tempo, condições de trabalho, idade e experiência profissional.12 13 Vale ressaltar que estes fatores estão relacionados intimamente com o lado psíquico destes profissionais, já que frequentemente se observa o fator comum do estresse ocupacional.14

Observa-se que existe um importante fator estrutural no que se refere à condições adequadas de trabalho. Os profissionais de saúde que possuem obstáculos em sua rotina de trabalho, frequentemente se encontram com queixas osteomusculares, associadas principalmente com Burnout. Excessivas limitações e ausência de fatores de proteção do trabalhador levam a consequências advindas de tais queixas.15  É válido acentuar o aumento do absenteísmo entre os profissionais, notadamente, os enfermeiros, principalmente em ambiente hospitalar, visto que são a principal força de trabalho do local, relacionando-se principalmente a fatores de má postura corporal e inadequação do espaço físico e imobiliário.16

Ao analisar os estudos, os resultados da pesquisa apontam queixas em diferentes localizações de dor relacionadas a distúrbios musculoesqueléticos em enfermeiros.25 (Guedes, 2022) As dores ou parestesias foram mais citadas em regiões de coluna cervical, lombar e em região de ombros dentre os trabalhos analisados, associado com fatores de proteção, como o acesso facilitado a tecnologias de trabalho, assim como a fatores de risco, como a experiência e jornada de trabalho.17

A lombalgia é uma das principais causas de dor osteomuscular em profissionais da enfermagem e está associada a um grau importante de incapacidade. Dentre os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento desta afecção em enfermeiros estão o episódio prévio de dor lombar,  a cinesiofobia e a insônia. A rotina de trabalho, como plantões noturnos rotativos e atividades manuais em diferentes posturas também contribuem para a alta prevalência de dor lombar nessa população, interferindo diretamente no desempenho ocupacional.18

A prevalência de lombalgia em enfermeiros é de cerca de 90,2% dos profissionais na vida, 80% no último ano e 44,5% na última semana, com maior frequência em mulheres; quanto a incapacidade, 17% dos entrevistados eram acometidos de dor na coluna cervical e 14% para dor na coluna lombar. De acordo com estudo brasileiro cerca de 90% dos participantes enfermeiros relataram história de lombalgia pelo menos uma vez na vida, onde cerca de 92,30% das mulheres já passaram por episódios de lombalgia.19

 As evidências sugerem que a natureza variável do ambiente de trabalho para os profissionais da saúde, especialmente enfermeiros, influencia diretamente os fatores de risco para o desenvolvimento de distúrbios psicossociais e no comprometimento do bem-estar mental. Grande parte dos enfermeiros apresentam alto risco psicossocial, especialmente os que trabalham em serviços de emergência, se comparado com outras áreas como na atenção básica.20

Fatores psicossociais como estresse e ansiedade possuem relação direta com a amplificação e desencadeamento de dores musculoesqueléticas. O estresse é considerado um importante fator de risco para o bem-estar psicossocial do indivíduo, afetando diretamente a saúde e a qualidade de vida, resultando em mau desempenho.21 Outro estudo encontrou associação significativa entre queixa de dor lombar e ansiedade em amostras de 1857 pacientes acometidos.22

O alto risco psicossocial está diretamente relacionado às longas jornadas de trabalho e o baixo suporte psicossocial oferecido pelos serviços de saúde. Sendo necessário melhorias nas formas de identificação dos profissionais mais suscetíveis ao sofrimento psíquico uma vez que este relaciona-se diretamente ao aumento do risco de repercussões físicas e comprometimento da qualidade de vida dos profissionais, impactando a qualidade dos serviços prestados. 20 23

A perda cumulativa do sono associado aos plantões noturnos também é fator de risco importante para a ocorrência de outras queixas musculoesqueléticas.24  Fica evidente que em profissionais da saúde a privação do sono está associada a escores de estresse em maior nível no trabalho, ficando claro a relação entre o fator negativo das horas de sono com o nível de estresse no trabalho. Outros fatores que podem está influenciando de forma negativa a qualidade do dono junto com a quantidade de estresse são variáveis como idade, escolaridade, estado civil, estado de saúde, turno de trabalho, anos de experiência de trabalho,  cargo de gerente, contrato e renda essas são circunstâncias que podem aumentar a probabilidade de piora do nível de estresse e diminuição da qualidade do sono de profissionais da saúde.25

Estudos investigando a relação entre dor e o absenteísmo mostram que as dores e sintomas musculoesqueléticos, a dor lombar foi a mais citada.  Isto também leva a uma série de alterações no trabalho como  redução no desempenho do trabalho e dores no ombro.26 O absenteísmo foi estatisticamente maior nos indivíduos com tais sintomas nos estudos quantitativos realizados, evidenciando a intrínseca relação entre a qualidade/condições de trabalho e sintomas musculoesqueléticos.16 17 Portanto torna-se evidente a necessidade de adoção de medidas preventivas e de cuidado físico e mental dos trabalhadores, visto que implica tanto na saúde, quanto na própria dinâmica funcional do serviço, implicando em maior omissão do trabalho e sobrecarga, dentre outros problemas.15

O presenteísmo é definido como a ação de ir ao trabalho sentindo-se doente em vez de apresentar licença-saúde tendo como consequência menor desempenho no trabalho ou mesmo “Ir trabalhar enquanto está doente”, caracterizando como perda de produtividade.27 28 No presente estudo, os resultados apontam que o presenteísmo esteve associado com sintomas musculoesqueléticos na cervical e lombar, punhos, mãos, quadris e coxas. Outros resultados corroboram com os achados da pesquisa, indicando prevalência global de presenteísmo associados a alterações musculoesqueléticas como a lombalgia, atingindo cerca de 58,2% de profissionais enfermeiros.29

De fato o que podemos perceber é que profissionais de saúde são expostos a diversas situações agravantes para o seu estado de saúde e principalmente quando se trata de lesões e dores em membros superiores. Os profissionais que tem em seu ambiente de trabalho o hospital tendem a ter taxas de dores e lesões em maior quantidade quando comparado a profissionais que não estão neste ambiente de trabalho, sendo assim, o local de trabalho é sim um local que pode ser melhorado e consequentemente o risco de lesão será menor.30

Foi verificado que durante toda a carreira esses profissionais são expostos a carga de lesão, mas que especificamente nos primeiros anos de trabalho é onde acontece as principais lesões e dores em membros superiores. Outro ponto forte e bastante interessante é a capacidade de adquirir conhecimento sobre cuidados de saúde no ambiente de trabalho como ferramenta minimizadora de agravos para a saúde desses profissionais.30

Podemos perceber que as mulheres tendem a ter mais DORT e que a rotina de trabalho de profissionais de saúde levam a induzir essa doença que pode ser influenciada de acordo com o ritmo da rotina de trabalho; do setor, em decorrência da variação da demanda assistida e das funções desempenhadas; da jornada de trabalho; dentre outros fatores.31

Foi visto que os potenciais riscos ergonômicos influenciam de forma direta na queixa dos profissionais de saúde, sendo um local de olhar cuidadoso e atento para melhoria da saúde e qualidade de vida desses profissionais.31

5. Conclusão

Este estudo demonstrou que os profissionais de enfermagem são frequentemente acometidos com distúrbios no sistema musculoesquelético e queixas dolorosas que acometem a coluna vertebral, como a dor lombar e cervical, foram as mais incidentes. O ambiente de trabalho, assim como o tipo de trabalho, a jornada/tempo, as condições de trabalho, idade e experiência profissional parecem influenciar na somação de tais alterações osteomusculares. Fatores psicossociais como ansiedade e estresse estão diretamente relacionados às longas jornadas de trabalho e o baixo suporte psicossocial oferecido pelos serviços de saúde, o que contribui para amplificação de distúrbios osteomusculares.

Nesse sentido, é preciso repensar modelos organizacionais e locais de trabalho que possam colaborar com a preservação da saúde, prevenção de agravos e bem estar do profissional enfermeiro prestador de serviço em saúde; além de incentivo a um estilo de vida saudável.

A presente revisão possui limitações quanto ao caráter heterogêneo dos estudos publicados até o presente momento, sendo necessárias mais pesquisas e ensaios transversais com metodologia que englobe o perfil clínico dos acometimentos osteomusculares e o perfil de atividade física dos participantes.

Referências

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¹https://orcid.org/0009-0000-6203-4319 ; email: raulvictor999@gmail.com; Universidade Federal de Sergipe. Graduando em medicina. Departamento de Medicina. Lagarto, Sergipe, Brasil.
²https://orcid.org/0009-0002-4582-2369 ; email:  yagostsmesquita@hotmail.com. Universidade Federal de Sergipe, Graduando em Medicina. Departamento de Medicina. Lagarto, Sergipe, Brasil.
³https://orcid.org/0000-0003-1607-1949 ; email: hugomenezes1996@gmail.com. Secretaria Municipal de Saúde, Fortuna, Maranhão, Brasil.
4https://orcid.org/0000-0002-2935-9717 ; email:. thiagoreneecardio@gmail.com; Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Doutor em Biotecnologia, Departamento de Educação Física. Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.
5https://orcid.org/0000-0003-4802-3546; email: vieiradani.dvp@gmail.com; Universidade Federal do Piauí. Mestrado em Ciências da Saúde. Departamento de Ensino e Pesquisa.Teresina, Piauí, Brasil.