DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E OS IMPACTOS CAUSADOS NA FAMÍLIA

DIAGNOSIS OF AUTISM SPECTRUM DISORDER AND THE IMPACTS CAUSED IN THE FAMILY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7390054


   Eline Beatriz Sousa Prestes
Yasmim Caroline dos Santos e Santos


RESUMO

O impacto após diagnóstico reflete no emocional, financeiro, social e familiar, segue-se a isso as reações negativas, a não aceitação, acompanhado de um sentimento de enlutamento da perda do filho ideal. A família passará a viver diante das necessidades do filho, mudanças que trazem conflitos para dinâmica familiar, culpa e sofrimento psicológico. Este artigo teve como objetivo geral compreender os impactos que o diagnóstico de Transtorno de Espectro Autista gera na família. Esta pesquisa foi uma revisão narrativa, de procedimento bibliográfico e abordagem qualitativa e foi realizada a partir do levantamento de publicações referentes ao assunto nas plataformas científicas Scielo, Capes e Google acadêmico. Como critérios de inclusão foram considerados os trabalhos do período de 2016 a 2022, nas publicações de artigos, livros e trabalhos acadêmicos e no idioma português. Os resultados mostraram que os pais fantasiam os filhos desde a gestação, criando expectativas sobre o futuro, aparência e conquistas, depositam seus desejos não realizados em cima desse filho, aguardando todo seu potencial,  a partir da quebra da imagem do filho perfeito, a família vive o sentimento de culpa, negação, tristeza, e passam por ajustes familiares para atender as necessidades da criança, o que gera impactos na rotina, financeiro e psicológico. 

Palavras-Chaves: Família; transtorno de espectro autista; acolhimento.

ABSTRACT

The impact after diagnosis reflects on the emotional, financial, social and family, followed by negative reactions, non-acceptance, accompanied by a feeling of mourning the loss of the ideal child. The family will start to live in front of the needs of the child, changes that bring conflicts to the family dynamics, guilt and psychological suffering. This article aimed to understand the impacts that the diagnosis of Autistic Spectrum Disorder generates in the family. This research was a narrative review, bibliographic procedure and qualitative approach and was carried out from the survey of publications related to the subject on the scientific platforms Scielo, Capes and Google academic. As inclusion criteria, works from the period from 2016 to 2022 were considered, in publications of articles, books and academic works and in the Portuguese language. The results showed that parents fantasize about their children since pregnancy, creating expectations about the future, appearance and conquests, placing their unfulfilled desires on top of this child, waiting for its full potential, based on the breakdown of the image of the perfect child, the family experience feelings of guilt, denial, sadness, and undergo family adjustments to meet the child’s needs, which generates impacts on routine, financial and psychological.

Keywords: Family; autism spectrum disorder (ASD); host.

1. INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por dificuldade de comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesse ou atividades. Características essas que não são possíveis de ser identificadas no período gestacional, apenas ao decorrer do desenvolvimento infantil, diante disso sugere-se que após o diagnóstico de crianças com TEA, haja uma dificuldade por parte dos pais e responsáveis em lidar com os comportamentos atípicos e aceitação do diagnóstico.  

O diagnóstico impacta todos os membros e a partir do diagnóstico as energias são direcionadas a criança, a preocupação do bem-estar, os planos do futuros e abdicações. Na maioria das vezes os responsáveis por essa criança anulam-se consigo, passam a ser cuidadores, sem ao menos saberem como é o papel de um cuidador, seus sonhos, rotina, emprego são deixados de lado.  Com o tempo essa demanda é somatizada com cansaço e frustração, o que foi idealizado não é a realidade presente, um luto é vivido, um filho idealizado foi perdido, a mesma dor de uma perda real é sentida e esse processo é vivido até chegar o momento de aceitação do filho real.  

A partir da discussão sobre a temática, esta pesquisa estabeleceu como objetivo geral discutir os impactos que o diagnóstico de Transtorno de Espectro Autista gera na família. Para alcançar o objetivo geral foram estabelecidos como objetivos específicos: a. Descrever o luto simbólico dos pais a partir da perda do filho ideal; b. Apresentar os impactos gerados nos pais pelo diagnóstico de TEA; e c. Identificar as contribuições do acompanhamento psicológico para a família.

Como contribuição desta pesquisa para a sociedade, entende-se que os resultados permitem maior divulgação do assunto, visto que o TEA é um transtorno que vem sendo diagnosticado em famílias de todas as classes sociais, gerando dúvidas e medos pela falta de conhecimento e estigmas criados pela sociedade. 

O diagnóstico do transtorno do espectro autista, assim como qualquer outro, traz mudanças rotineiras, especialmente quando encontra dificuldades de tratamento e apoio, são situações que geram impactos psicológicos na família. 

2. METODOLOGIA

Através do mecanismo metodológico empregado propôs realizar revisão narrativa, de procedimento bibliográfico e abordagem qualitativa. A revisão narrativa foi escolhida, visto se tratar de um método de revisão na qual busca trazer a temática de forma mais aberta, de maneira a colocar para o leitor uma esquematização sobre o problema abordado (MARTINS, 2018) 

Para Sousa et al. (2021) a pesquisa bibliográfica é um levantamento ou revisão de trabalhos publicados, teorias que orientam o trabalho científico, onde o pesquisador direciona dedicação e estudo referente ao tema escolhido, reunindo e analisando textos publicados, para fundamentar novos trabalhos científicos. 

No que tange a pesquisa qualitativa, Brito et al. (2021) afirma que as pesquisas qualitativas se caracterizam especialmente como aquelas que se empenham para entender determinado acontecimento no seu ambiente natural, ou seja, onde eles de fato acontecem. 

Para o levantamento dos trabalhos a serem analisados foi realizado um levantamento de publicações nas plataformas virtuais científicas Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Capes e Google acadêmico, utilizando-se dos descritores: famílias, transtorno de espectro autista, luto simbólico, acompanhamento psicológico. Além dos descritores, o material teve como critérios de inclusão: corte temporal de 2016 a 2022, no idioma português, livros, artigos e trabalhos acadêmicos, todos obtidos nas plataformas.

Diante das pesquisas realizadas nas plataformas, destaca-se como objetivo coletar uma grande quantidade de informações sobre o tema, e a partir deles uma análise narrativa comparativa dos diferentes autores acerca do assunto a fim de compreender como esses estudiosos veem o processo, muitas pesquisas são feitas de acordo com estruturas teóricas disponível em plataformas e bibliotecas virtuais.

Sendo assim, a elaboração do trabalho presente foi realizada a partir da análise de 24 publicações entre livros, artigos e trabalhos acadêmicos e todos com a temática relacionada ao presente artigo para proporcionar uma gama de estudos sólidos para a compreensão a respeito do tema aqui proposto.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

3.1 O transtorno de espectro autista (TEA)

Segundo Vitor (2019), o Dr. Léo Kanner foi quem descreveu o primeiro caso de autismo em 1943, embora o primeiro caso de autismo considerado tenha sido estudado por Melanie Klein. Klein começou o trabalho psicanalítico com crianças com autismo em 1930, quando cuidava de um menino de 4 anos chamado Dick, quando percebeu que o caso que estava tratando não se encaixava nos critérios do diagnóstico descrito de demência precoce e esquizofrenia.

 O autismo, ou transtorno do espectro autista (TEA), é caracterizado por um distúrbio global do desenvolvimento e do neurodesenvolvimento que consequentemente altera o progresso biopsicossocial do sujeito. (COSTA et al., 2020). São alterações psicológicas e comportamentais, a maioria tende a melhorar com a idade enquanto recebe tratamento e cuidados adequados. No entanto, as questões de comunicação e sociais irão acompanhar o sujeito por toda vida.

Pinto et al. (2016) afirma que sua etiologia é estranha, mas a tendência atual é vê-la como uma síndrome poligênica envolvendo fatores genéticos, neurológicos e sociais em crianças. As causas do autismo não são inteiramente compreendidas, mas pesquisas recentes propõem que causas genéticas e ambientais são os precípuos contribuintes para o desenvolvimento do autismo. O diagnóstico do autismo é clínico, através de avaliação de uma equipe multiprofissional, constando neurologista, psiquiatra infantil, associada a uma Avaliação Neuropsicológica realizada por psicólogo, entrevista detalhada com os pais e histórico familiar.  

Conforme a Associação Americana de Psiquiatria (2014), as características comportamentais do transtorno de espectro autista, são evidentes no início da infância, já apresentando falta do gesto de apontar, dificuldade para seguir os gestos e atender ao chamado do nome, sustentar o olhar e distanciamento sócio emocional. Nos primeiros meses notam-se algumas alterações, geralmente os bebês não acompanham visualmente seus cuidadores, não demonstram afeto, não balbuciam, não seguram objetos.

De acordo com Hofzmann (2019), as manifestações comportamentais associadas ao diagnóstico de TEA estão relacionadas a déficits na comunicação e interação social, comportamentos repetitivos e estereotipados, levando a alterações precoces nos domínios de socialização, comunicação e cognitivos, com diferenças individuais.

Seguindo a ideia de Nascimento et al. (2018), o autista possui suas próprias respostas aos estímulos sensoriais, sendo hiper hiporreatividade, reações eufóricas, demonstra resistência à dor e encantamento com estímulos específicos. A criança autista também irá apresentar seletividade alimentar, inflexibilidade na rotina. 

O tratamento precoce ajuda estimular a comunicação, a interação social e resolução de problemas, dando capacidade dessa criança ter uma vida saudável e normal dentro do seu transtorno. Em conformidade com Marques et al. (2020), informa que não há cura para o autismo e os sintomas persistem por toda a vida, mas existem tratamentos para aliviá-los. O autista tem seu modo de ver o mundo e comunicar-se, para crianças e futuro adultos terem uma vida saudável e capacitada para resolução de problemas, devem ser estimulados precocemente, são completamente capazes de terem uma vida normal dentro do seu transtorno, é de suma importância o acompanhamento multiprofissional com essa criança para que possa desenvolver suas habilidades sociais, linguístico, cognitivo, emocional, a psicomotricidade e a capacidade de solução de problemas.   

Matei e Romanha (2020), afirmam que quanto mais cedo o autismo for diagnosticado, mais cedo o tratamento pode começar, pode ser realizado por uma equipe interdisciplinar. O tratamento pode reduzir os sintomas, proporcionar desenvolvimento de potencial e aprendizado e, se feito precocemente, pode reduzir em menor grau a extensão do autismo que pode ser grave no futuro. A identificação e tratamento precoce, ajuda no desenvolvimento e qualidade de vida.

3.2 O filho idealizado

Souza e Souza (2021) comentam que a família ao descobrir a chegada de um filho é uma grande alegria para todos, especialmente para os pais. Ambos passam a produzir o filho perfeito em suas mentes, fantasiando sobre as características e formas que podem caracterizá-lo e torná-lo parecido com os dois.  Diante disso, formar uma família é um sonho de muitos, um filho traz alegria, sonhos e planos. Uma imagem mental desse filho é criada, revelando os desejos e fantasias do inconsciente.

Já em um estudo realizado por Marques et al. (2020) ele informa que a chegada do filho, é o anseio por uma criança perfeita e saudável, expectativas são criadas para a criança, os pais depositam seus sonhos e seus planos para o futuro da criança. Os pais colocam suas esperanças e anseios nos filhos, o que gera a ansiedade da perfeição. A criança é cercada de expectativas, em todos os aspectos a principal idealização é que a criança venha saudável, com muita saúde, sem doenças, deformidades ou transtorno, a criança saudável irá corresponder todas as expectativas criadas, sem preocupações fora do planejado.

Segundo Vidal et al. (2021), ao aguardar a chegada de um bebê, várias situações podem surgir, como a esperança, o planejamento e a ansiedade em tornar-se pais. Nesse momento, eles têm boas expectativas para o bebê, o que leva à ideia do filho perfeito. Os autores ressaltam as expectativas criadas sobre o esperado filho perfeito. Com a gravidez os planos mudam, planejamento ao longo prazo são realizados, nascem as preocupações referente à educação, alimentação, cuidados no ambiente escolar, se o filho estar sendo bem cuidado e principalmente se irão ser bons pais, se irão dar conta, e irão suprir emocionalmente e financeiramente todas as necessidades da criança.

Para Aguirres e Zandonadi (2021), a idealização do filho começa com o início em que se comprova a gravidez, é um processo que gera expectativas e planejamentos associados e, uma vez que se desfaça, toda a família será afetada de alguma forma, principalmente os pais. Os autores ressaltam que desde do momento da notícia a uma expectativa quanto a criança, o casal já enxerga a vida do filho perfeito, o futuro brilhante que ele terá, e com a ruptura dessa idealização gera impactos negativos para os mesmos. 

De acordo com Duarte (2019), os pais estão prontos para aceitar a criança “ideal” que fantasiaram e idealizaram todo o potencial invicto, e quando ela não chega, experimentam um estado de negação da realidade. Para Duarte as expectativas diante a espera de um filho sempre são as melhores, e com a quebra da fantasia, a resposta é a negação da realidade. 

Para Silva et al. (2018), quando essa criança chega, e à medida que o desenvolvimento avança, os pais se deparam com uma criança que não se enquadra nessa idealização, e a reação a essa nova realidade leva esses pais a um processo de luto. Uma família que recebe a confirmação do diagnóstico do filho com transtorno de espectro autismo, o diagnóstico é negado como verdade no primeiro momento, não estava nos planos para o filho perfeito, esses pais iniciam a elaboração do luto. Os pais são os primeiros a perceber o comportamento atípico, fazem comparativo com outras crianças ou com filhos mais velhos, a partir daí buscam ajuda profissional para investigação e obtenção de respostas concretas, diante da possibilidade de diagnóstico os pais começam a entrar no estado de negação, medo e questionamentos, não estão prontos para enfrentar a nova realidade. Com a confirmação do diagnóstico, os pais iniciam o processo de luto ou entram em negação ignorando o diagnóstico.  

A ideia de luto não se limita à morte, mas ao enfrentamento de sucessivas perdas reais e simbólicas no desenvolvimento humano. Freud (1969 [1916]) diz sobre o luto que quando ele desiste de tudo o que foi perdido, ele se consome e nossa libido fica novamente livre (quando éramos jovens e ativos) para substituir o que foi perdido por algo novo, igualmente precioso, senão mais precioso. A partir do momento que os pais renunciam suas expectativas e ressignificar seus ideais, e passam a depositar suas energias e amor para o real, a situação é vista e vivida com mais entusiasmos e perspectivas a respeito do filho real. é da natureza humana criar fantasias sobre o futuro e certas situações, e com suas expectativa quebradas, o luto simbólico é vivido.

Ante o exposto, Hilário et al. (2021), afirmam que é inegável que o impacto de um diagnóstico de TEA para os pais é enorme, pois a idealização do filho perfeito enfrenta a realidade, os pais choram pela perda do filho ideal, a imagem de um herdeiro com futuro brilhante é apagada, completamente manchada, e o que se segue autopiedade, pena de si mesmo e pena dos outros. É inegável que a notícia que o filho tenha ou possa ter algum transtorno é um impacto, independente da família e suas condições, é gerado o sentimento de culpa, de ter feito algo de errado durante a gravidez e que tenha gerado essa situação. Os profissionais devem ter sensibilidade e cuidado no momento de informar o diagnóstico, pois, receber a notícia de um diagnóstico afeta toda a família.

Desse modo Simão (2019) diz que a morte de um filho idealizado produz a mesma dor de uma perda real, tornando-se necessário ressignificar o luto para que não entre em estado melancólico ou luto patológico. Isso pode acontecer porque a perda não é a única coisa que produz dor, a sua história, seu narcisismo, suas experiências, fantasias e sonhos, seu próprio eu, estão relacionados ao luto. O autor traz o narcisismo em Freud, um ponto interessante a se observar, pois o narcisismo secundário, representa bem as expectativas criadas e projetadas para criança, os pais depositam seus desejos nos filhos aguardando o retorno dessa projeção.  

3.3 Impactos do diagnóstico na família 

Hilário et al. (2021) comentam que, após o diagnóstico, ocorrem mudanças nos planos e rotinas da família, para iniciar um processo de adaptação a essa nova realidade que pode ocorrer rapidamente, dependendo da abertura e flexibilidade dos sujeitos envolvidos no manejo da situação. Ou podendo demorar meses, ou indefinidamente. Já os autores Aguirres e Zandonadi (2021), expõem que após receber o diagnóstico de TEA, a família passa por várias mudanças, ocasionando ansiedade, estresse, depressão, diante a nova realidade que está sendo vivenciada, o que afeta a qualidade de vida da família e da criança diagnosticada.

Segundo as referências citadas acima, de um lado é possível perceber que no ambiente ocorrem mudanças assim como no emocional das pessoas que estão envolvidas após tal diagnóstico. O impacto do diagnóstico afeta não somente o emocional, mas o social e o meio econômico da família. Para Silva (2017), devido à existência do transtorno do espectro autista, as rotinas familiares e as atividades sociais são interrompidas, e as famílias muitas vezes se sentem frustradas, preocupadas e fragilizadas em situações sociais. Uma criança atípica gera modificações na estrutura e estilo de vida da família, todas as modificações são voltadas para suprir a necessidade da criança, os pais também sentem receio em sair de casa, procurando evitar olhares e julgamentos, o sentimento é de desamparo social, de familiares, amigos e desconhecidos. 

Nos estudos de Londero et al (2021), identificaram que os pais de filhos com alguma deficiência passam por mudanças, abdicações e adaptações, mais que pais de crianças de desenvolvimento típico, os pais de crianças atípicas relatam um alto nível de estresse para lidar com as situações do cotidiano. Os autores também complementam “Os pais evidenciaram frustração e fadiga física e emocional em relação aos cuidados com o filho[…]” (LONDERO et al. 2021. p. 262).

De acordo com Silva (2017), a família passa a corresponder às situações que surgem, atendendo as demandas do filho, a psicodinâmica da família atípica sofre impactos na qualidade de vida, na área financeira, física e psíquica e social. O que pede estratégias para enfrentar essas mudanças, pois ocasiona sofrimento psíquico e sobrecarga e influência na criança. Todos os membros da família sentem os impactos da nova realidade, incluindo a criança que estar nesse meio, a harmonia e sintonia da família reflete no desenvolvimento desta criança.

Consoante a Calheiros (2022), diz que cuidar de crianças com necessidades especiais pode significar isolamento social e desestruturação a nível profissional, levando a uma redução da renda familiar, uma vez que um dos pais acaba por deixar de trabalhar. Educar crianças com deficiência é uma tarefa para a qual nenhuma família está preparada e requer tempo, energia e muita dedicação. O pai torna-se o principal provedor, e a mãe a principal cuidadora, são ajustes que a família encontra para dar conta da demanda.

 Segundo Aguirres e Zandonadi (2021), a mãe é a que mais irá sentir a mudanças, pois abre mão da sua rotina pessoal e profissional, passa a se dedicar para os cuidados do filho, o pai passa a ser o principal provedor da família, passando mais tempo fora de casa. A mãe torna-se a principal cuidadora, abre mão das suas atividades, para dedicar-se ao filho integralmente, participando das atividades do filho e levando em consultas. 

A carência de apoio social e conjugal, pouco acesso a serviços médicos, sobrecarga materna por características da criança, desafios impostos pela doença, dificuldade em observar aspectos positivos das habilidades dos filhos. Soma-se a isso a dificuldade de rever estratégias de enfrentamento da doença, além de abrir mão de uma carreira, o que repercute negativamente no impacto do diagnóstico na vida social da mãe (CAPARROZ, 2022). A carência de serviços médicos é um dos principais obstáculos que levam à frustração. 

Para Souza e Souza (2021), a falta de profissionais especializados prejudicada as crianças e os pais, pois acabam não obtendo as informações necessárias e orientações sobre o transtorno, encontram dificuldades no tratamento, que acabam sendo deficitários. As dificuldades encontradas no tratamento dificultam o tratamento precoce, atrasando o desenvolvimento da criança.   

Nesse sentido Duarte (2019), informa que na busca nota-se a escassez na assistência ao transtorno em órgãos públicos, o que preocupa os pais, pois já pensam no futuro que não estarão mais para prover cuidados e não terá órgãos públicos eficientes que prestem o amparo necessário. As questões destacaram o preconceito contra a disparidade, pouca informação sobre o transtorno e pouca ajuda do órgão público. 

No estudo dos autores Hofzmann et al. (2019), coletaram relatos sobre atendimento da Unidade Básica de Saúde (UBS), na qual essas não têm participação efetiva no atendimento e acompanhamento de crianças diagnosticadas com TEA, ocorre uma demora desproporcional para o agendamento de consultas e exames pelo SUS, obrigando os pais a recorrerem a outras opções de atendimentos que passa do orçamento.

Um aspecto que precisa ser mencionado são as restrições financeiras que podem ser um impasse para o tratamento profissional, pois envolve o acompanhamento com profissionais de diferentes áreas, o que pode ser caro. Além disso, a renda familiar assim direcionada pode prejudicar as necessidades de outros membros e as despesas compartilhadas da família, afetando o lazer e outras atividades domésticas (MACÊDO, 2021).

Os tratamentos são caros, e o atendimento por órgãos públicos são sobrecarregados e falhos, o que leva os pais a lutarem por tratamento dos seus filhos a qualquer custo. Para Silva (2021), um dos maiores problemas que as famílias enfrentam é obter apoio financeiro do governo para cobrir os custos mínimos e necessários para tratar pessoas com autismo. Para agravar isso está o desemprego, má gestão financeira e baixo poder aquisitivo. Uma realidade sem fim à vista, mas que transforma toda a cadeia financeira, afetada pelos altos preços dos tratamentos e pela falta de iniciativa pública para ajudar as famílias.

3.4 A importância do acolhimento psicológico para família

O acompanhamento multiprofissional para criança autista é indispensável para seu desenvolvimento, assim como acompanhamento psicológico para família, inevitavelmente essa família passará por grandes mudanças e níveis de estresse elevados. Ser uma família atípica pode levar à exaustão, pelo processo de cuidado contínuo exigido pelas pessoas com TEA, que muitas vezes ocasiona sofrimento psíquico para o cuidador. 

Ante o exposto Peruffo (2020), afirma que é necessário ajudar os pais e cuidadores a compreender as manifestações do transtorno de forma empática e realista, redefinir a criança previamente idealizada e tentar valorizar as reais habilidades e realizações da criança. Sabemos que é preciso mais do que aceitação, os pais devem ser ativos no cuidado de si e do filho, cada etapa do crescimento e desenvolvimento traz um novo desafio, pois não há cura para o autismo apenas intervenções que ajudam as crianças a desenvolver e expandir seus repertórios comportamentais. 

O autor Castro (2017), informa que quando os familiares assumem o papel de cuidador, muitas vezes não são treinados ou possuem conhecimento adequado para realizar as atividades. Ao se depararem com a nova realidade, sentem que não estão preparados para desempenhar essa função, é a razão pela qual é urgente a necessidade de capacitar os cuidadores nas habilidades pessoais/sociais para dotá-los do conhecimento para melhor atender a demanda e ter sua saúde física e mental preservados. Significa dotá-los de conhecimentos que lhes permitam compreender melhor a si mesmos e suas capacidades físicas e emocionais para o enfrentamento dessa nova realidade.

Os autores Oliveira et al. (2019), afirmam que para ajudar a minimizar a vulnerabilidade dos familiares, recomenda-se um plano de tratamento baseado numa abordagem multidisciplinar que inclua a promoção da saúde mental destes cuidadores. Nesse contexto, a atuação do psicólogo é fundamental para as necessidades e anseios dos pais que acolhem e cuidam dessas crianças que apresentam necessidades específicas em sua trajetória de desenvolvimento. 

O apoio psicológico promove o desenvolvimento da saúde mental dos pais, que reflete na qualidade de vida do filho atípico e na rotina familiar. Rodrigues et al. (2022) ressalta que o papel do psicólogo visa a saúde mental do indivíduo e de tudo o que o constitui, desempenha um papel na transformação dos indivíduos, traz bem-estar e melhora a qualidade de vida de quem busca ajuda. 

 Já os autores Maia et al. (2016), ressaltam que a turma de acolhimento precisa ser composta por profissionais de diversas áreas, é preciso que haja uma equipe multidisciplinar para orientar e avaliar, encarando o acolhimento como um processo que precisa ser acompanhado anteriormente o atendimento, enquanto e depois. A equipe também deve ser composta por pais atípicos na função de acolhedor. 

Para Dias et al. (2021), a troca de informações entre as famílias de crianças com TEA, as redes de apoio e a assistência conjunta das redes de saúde no cuidado ao paciente são estratégias para a superação dos desafios apresentados pelos familiares. Conscientização sobre TEA, intervenção direta com crianças e treinamento dos pais, incluindo autocuidado e como cuidar de crianças com TEA, também estão entre as estratégias de intervenção documentadas na literatura.

O acolhimento psicológico seja por meio de grupos familiares, terapia familiar ou aconselhamento individual, ele pode acolher dúvidas e angústias, bem como auxiliar na articulação de novos sentimentos, no ajuste das relações familiares, um ambiente propício ao desenvolvimento dos membros e à independência das crianças. De acordo com Neves (2016), o acolhimento psicológico constitui um gesto de aceitar e ouvir, uma partilha de experiências e angústias, que visa abraçar a demanda em questão, dando o suporte necessário.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Através do presente artigo, por meio de uma pesquisa bibliográfica, foi possível evidenciar como os responsáveis de crianças com TEA sofrem com os impactos psicológicos após a confirmação do diagnóstico. Foi observável que o processo de luto simbólico é vivido após confirmação do diagnóstico, passando pelas fases de negação, cólera, negociação, depressão e aceitação. O pós-diagnóstico gera na família reajustes, sejam estes, financeiros ou sociais e consequentemente causam estresse em todos os membros envolvidos. 

A família concentra-se na criança, com suas necessidades e cuidados, omitindo-se das suas próprias necessidades para suprir da criança, que por consequência gera desgaste psicológico, principalmente na mãe que se torna a principal cuidadora, abrindo mão do trabalho para os cuidados do filho. Além disso, também foi apresentada a importância do acolhimento psicológico após essa identificação, seja este acolhimento para a família e para o diagnosticado, constatando ser indispensável o acompanhamento multiprofissional para o desenvolvimento desse indivíduo.

Por fim, pode-se afirmar que esta pesquisa buscou salientar os impactos na vida dos familiares de crianças com TEA. A discussão exposta demanda a execução de outros meios de pesquisas, é indispensável que haja procura de outros estudos para somar junto a este artigo, com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre este assunto e assim propiciar a identificação de maiores amparos para os indivíduos que são responsáveis pelas crianças diagnosticadas com TEA.

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