DIAGNÓSTICO DA POSTURA CORPORAL DE ATLETAS BRASILEIROS NA MODALIDADE DE FISICULTURISMO

DIAGNOSIS OF BODY POSTURE OF BRAZILIAN BODYBUILDERS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10249301807


Josenei Braga dos Santos1
Evelise de Toledo2
Rodrigo Pereira da Silva3
Dilmar Pinto Guedes Jr4
Eduardo Dias Borborema5
Daniele Sabino Rocha6
Radamés Maciel Vítor Medeiros7
Rosangela Petroni Rezende8
Aylton Filgueira Junior9
Antônio Carlos Gomes10


Resumo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a postura corporal de atletas brasileiros na modalidade de fisiculturismo e identificar possíveis alterações. Participaram da amostra 104 atletas (54 feminino e 50 do masculino), na faixa etária entre 20 a 39 anos que treinavam entre 4 a 7 vezes por semana, com duração de 40 a 150 minutos/dia. Para avaliação postural utilizou-se o método Portland State University, que adota como índice de correção postural (ICP) 80,0% para boa postura corporal e a biofotogrametria digital. Como análise estatística utilizou-se Modelo Linear Geral (GLM), com post hoc de Bonferroni, obtendo-se valor crítico (F) e o nível de significância (p) para os fatores de gênero, faixa etária e interação. Os resultados, foram apresentados em valores percentuais, feminino e masculino respectivamente, mostraram que 79,33 (±3,04) e 76,94 (±4,27), tiveram ICP, abaixo dos padrões de normalidade. Conclui-se que a postura corporal dos atletas, está abaixo dos padrões de normalidade, neste caso, surge rever a prescrição de treinamento e inclusão de exercícios corretivos e/ou compensatórios.

Palavras chave: postura, atletas, musculação, fisiculturismo.

Abstract

DIAGNOSIS OF BODY POSTURE OF BRAZILIAN BODYBUILDERS

The aim of this research was to assess the body posture of Brazilian bodybuilders and to identify its possible alterations. The study sample was composed by 104 bodybuilders (54 female and 50 male), all aged between 20 and 39 who trained 4 to 7 times a week, 40 to 150 minutes a day. The Portland State University (PSU) method was used for postural assessment. This method adopts 80,0% as a Posture Correction Index (PCI) for good body posture and also digital biophotogrammetry. The General Linear Model (GLM) was used for the statistical analysis, along with the post-hoc Bonferroni test, having obtained the critical value (F) and significance level (p) for gender, age group and interaction. Results were displayed in percentages values for female and male bodybuilders, respectively. They showed that 79,33 (±3,04) and 76,94 (±4,27) obtained results below the normal PCI range. This allows the conclusion that the bodybuilders posture does not fall within normal range. Therefore, training prescription should be reviewed and should include corrective and/or therapeutic exercises.

Key words: posture, bodybuilders, weight training, bodybuilding.

Introdução

O fisiculturismo é uma modalidade esportiva que há muitos anos, possui reconhecimento mundial, bem como, obtido grande popularidade, onde atletas buscam formas corporais bem delineadas, músculos definidos e harmoniosos, além de simetria entre os diferentes segmentos corporais (Castro et al., 2011).

Para Silva, Trindade e De Rose (2003), o fisiculturismo enfatiza no atleta, a aparência física, definição muscular e simetria corporal, cujos objetivos estão voltados para a performance e a excelência estética, ou seja, uma combinação entre dieta altamente seletiva e treinamento de força (hipertrofia). Estas duas combinações, são muito utilizadas pelos atletas na periodização anual de treinamento e competição na modalidade de fisiculturismo e são divididas em duas fases distintas: hipertrófica, que é realizada fora de temporada; e definição muscular ajustada na pré-competitiva (Ciryno et al., 2008). Estas duas fases, se elas não forem realizadas da forma correta, poderão trazer problemas musculoesqueléticos que irão comprometer toda preparação física e, consequentemente, o rendimento esportivo.

Dentre os problemas musculoesqueléticos mais comuns, observa-se que as alterações posturais, também se enquadram dentro deste contexto, porque quando não identificadas e cuidadas, podem contribuir para que estes problemas ocorram de forma acentuada, assim como, comprometam os quesitos simetria corporal, qualidade dos padrões de movimento e rendimento esportivo do atleta.

Avaliar a postura corporal de atletas no fisiculturismo, de acordo com Santos (2019) é uma estratégia diagnóstica, que permite ao avaliador, identificar simetrias (alinhamento) e assimetrias (alterações).

Com isto, objetiva-se nesta pesquisa foi avaliar e classificar a postura corporal dos atletas brasileiros na modalidade de fisiculturismo por região corporal e verificar se existem alterações posturais e quais são as mais acometidas.

Material e métodos

Amostra

Após a aprovação pelo comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal de São Paulo Campus Baixada Santista (1.095.215) e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, utilizou-se uma amostra aleatória, constituída de 104 atletas (feminino = 54 e masculino = 50) que treinam em diferentes estados do Brasil, em diferentes academias e que disputam campeonatos regionais, nacionais e internacionais.

Os voluntários foram distribuídos em dois grupos etários por gênero, respectivamente na faixa etária entre 20 a 29 anos e 30 a 39 anos, que treinam de quatro a sete vezes na semana, com duração de 40 a 150 minutos.

Critério de inclusão e exclusão

Como critério de inclusão adotou-se, ser atleta de fisiculturismo, por pelo menos um ano, já ter competido e/ou estar participando de treinamentos para competição durante o período da coleta.

Já como critério de exclusão adotou-se, ter indicação médica de problemas musculoesqueléticos (lesões, entorses, contraturas e cirurgias recentes) ou sem treinar durante o período da coleta.         

Procedimentos de coleta de dados

Para aquisição das informações referentes aos atletas, aplicou-se um questionário estruturado com perguntas abertas desenvolvido em uma planilha eletrônica do Programa Microsoft Office Excel 2016, com informações referentes à: antropometria, sexo, idade, local de nascimento, escolaridade, anos de prática na modalidade (APM), melhor resultado em competições, volume de treinamento semanal e horas de sono.

Método PSU

Como instrumento de avaliação, adotou-se o método proposto pela Portland State University – PSU (1988) conforme descrito por Santos (2019) e Santos et al. (2005), que é um instrumento que usa os sentidos visuais (observação), dentro de uma perspectiva subjetiva.

Seu principal objetivo é detectar as simetrias, assimetrias e os possíveis desvios e/ou alterações posturais entre os segmentos corporais e regiões, em duas posições (dorsal e lateral), o que permite ao avaliador quantificar o Índice de Correção Postural (ICP) do avaliado em valores percentuais (%), obtido por meio de equações matemáticas estipuladas pelo escore diagnóstico.

Este ICP é formado pela soma dos segmentos corporais que são atribuídos em cada posição (dorsal e lateral), dividido pela quantidade de segmentos analisados e multiplicado por 100,0% para gerar o valor percentual por região. 

Para obtenção do ICP total e por regiões, este método adota como critério de avaliação três escalas: a) 5 – sem desvio; b) 3 – ligeiro desvio lateral; e c) 1 – acentuado desvio lateral.

No que se refere à classificação da postura corporal de atletas, este método utiliza como critério de boa postura valor ≥ 80,0% para adultos (acima de 19 anos).

Aquisição e análise das imagens

No que se referiu à aquisição das imagens, utilizou-se um smartphone marca Lenovo Vibe K5 dual chip, com a câmera de 13 mega pixels, que foi posicionado a 1,50 metros de distância do avaliado (atleta) a uma altura de 1,00 metro do chão.

Já com relação à análise das imagens, utilizou-se recursos de computação gráfica do software Corel Draw X7® (2016), que é um software de edição de imagens, assim como, adotou-se a biofotogrametria, que é um recurso que remete à aplicação métrica em fotogramas de registro de movimentos corporais, permitindo detectar simetrias, assimetrias e os desvios e/ou alterações posturais entre os segmentos corporais, assegurando acurácia, confiabilidade e reprodutibilidade (Baraúna e Ricieri, 2011 e Farhat, 2011).

Análise estatística

          Inicialmente, a distribuição dos dados foi analisada por meio dos testes de Shapiro-Wilk (Normalidade) e Levene (Igualdade de variâncias), sendo adotada a apresentação de média e desvio padrão como indicadores de medida de tendência central e de dispersão, respectivamente. Além disso, a partir da análise descritiva de tabelas de contingência, foram apresentados os dados de tipos de alteração postural sob o formato de frequência percentual.

          De forma inferencial, as análises comparativas dos dados contínuos (caracterização geral e índice de correção postural) foram realizadas a partir da ANOVA Two-way, considerando o fator gênero (masculino e feminino), o fator faixa etária (20-29 e 30-39) e a interação entre os fatores. Quando encontradas diferenças significativas para um dos fatores, o teste de correção post hoc de Bonferroni foi utilizado para identificar as diferenças de forma mais específica. Também foi realizado o teste qui-quadrado (χ2) para observar as diferenças estatísticas em relação a distribuição percentual dos tipos de alteração postural, considerando o gênero e a faixa etária dos atletas participantes.

As análises foram realizadas por meio dos softwares GraphPad Prism 6.0 e SPSS Inc. 22.0, adotando sempre o nível de significância de p < 0,05.

Resultados

Na Tabela 1, apresenta-se o perfil dos atletas brasileiros na modalidade de fisiculturismo, de acordo com resultados obtidos (média e desvio padrão), valor crítico (F) e o nível de significância (p) para os fatores de gênero, faixa etária e interação.

Tabela 1 – Perfil dos atletas brasileiros na modalidade de fisiculturismo separados por gênero e faixa etária

TE – Tempo de Estudo; TP – tempo de Treino; QT – Quantidade de Treinos; DT – Duração de Treino; TS – Tempo de Sono; Massa Corporal

A análise estatística realizada a partir de Modelo Linear Geral (GLM), com post hoc de Bonferroni. A partir disso, foram obtidos os resultados de valor crítico (F) e o nível de significância (p) para os fatores de gênero, faixa etária e interação

* Diferença significativa em relação ao grupo 30 – 39 anos

Diferença significativa em relação ao grupo masculino

Na Tabela 2, apresenta-se os resultados o ICP dos atletas brasileiros na modalidade de fisiculturismo, de acordo com resultados obtidos (média e desvio padrão), valor crítico (F) e o nível de significância (p) para os fatores de gênero, faixa etária e interação.

Tabela 2 – Dados do Índice de Correção Postural (ICP) dos atletas brasileiros na modalidade de fisiculturismo separados pelos fatores de faixa etária e gênero.

RCP – Região da Cabeça e do Pescoço; RCDL – Região da Coluna Dorsal e Lombar; RAQ – Região do Abdômen e Quadril; RMI – Região de Membros Inferiores; ICP – Índice de Correção Postural

A análise estatística foi realizada a partir do Modelo Linear Geral (GLM), com post hoc de Bonferroni. A partir disso, foram obtidos os resultados de valor crítica (F) e o nível de significância (p) para os fatores de gênero, faixa etária e interação

Diferença significativa em relação ao grupo masculino.

Na Tabela 3, apresenta-se a frequência percentual dos tipos de alteração postural nos atletas brasileiros na modalidade de fisiculturismo de acordo com faixa etária e gênero.

Tabela 3 – Frequência percentual dos tipos de alteração postural nos atletas brasileiros na modalidade de fisiculturismo de acordo com faixa etária e gênero

Ant Cab – Anteriozação da Cabeça; Esc Tor – Escoliose Torácica; Hiper Tor – Hipercifose Torácica; Inc Lat Quad – Inclinação Lateral de Quadril; Rot Lat Quad – Rotação Lateral de Quadril; Hiper Lomb – Hiperlordose Lombar; Hiper Joe – Hiperextensão de Joelho

A Diferença significativa em relação a faixa etária 20 – 29 anos do gênero masculino

B Diferença significativa em relação a faixa etária 30 – 39 anos do gênero masculino

C Diferença significativa em relação ao total do gênero masculino

Discussão

Ao analisar os resultados desta pesquisa, constatam-se na Tabela 1, três diferenças importantes, são elas: o gênero masculino tem mais idade (anos) do que o gênero feminino, assim como, o tempo de prática na modalidade também é maior. No que se refere à duração dos treinamentos em minutos, o gênero feminino dedica mais tempo aos treinos do que no gênero masculino.

Identificou-se que o ICP geral, em ambos os gêneros, está abaixo dos padrões de normalidade, sendo que as regiões de maior valor, para as faixas etárias avaliadas, foram RAQ e RCDL e as de menor valor RCP e RMI.

Tal classificação encontrada na pesquisa, pode ser considerada como clínica, ou seja, merece uma maior atenção, pois de acordo com Santos (2019), Fronza e Teixeira (2009), Magge (2005), Vilas Boas e Rosa (2005) e Kendall, Mccreary e Provance (1995), a postura corporal pode ser considerada como uma característica individual, onde alinhamento postural estático (boa postura), é obtido a partir do equilíbrio do sistema musculoesquelético, equilíbrio com ação da gravidade, suporte corpóreo e a contração muscular, na qual o mínimo de estresse é causado nas articulações, porque quando não há bom alinhamento postural em determinado segmento corporal, os outros segmentos, numa tentativa de ajustar-se compensam e adotam uma posição incorreta, o que gera sobrecarga musculoesquelética.

Uma observação a ser ressaltada, foi que no gênero masculino, a RMI é acentuada, pois está muito abaixo dos padrões de normalidade para atletas, podendo ser apontado como um fato de risco e um indicador de futuros problemas musculoesqueléticos nesta região.

Pesquisas realizadas sobre postura corporal nas modalidades de crossfit, atletismo, futebol e esporte de combate, também mostraram valores abaixo de 80,0% nesta região (Santos et al. 2019; Santos et al. 2014; Santos et al. 2013ª; Santos et al. 2013b).

Outra observação a ser feita e que pode ter relação com a postura corporal, contribuindo para que as alterações posturais se agravem, é a deficiência técnica na execução dos exercícios, ou seja, execuções que não são realizadas seguindo as indicações biomecânicas, assim como, o volume alto de treino, a recuperação insuficiente entre as sessões, a escolha equivocada da sequência dos exercícios a serem treinados, entre outros fatores. Segundo Teixeira et al. (2018), estes são fatores que divergem das recomendações preconizadas na literatura científica para hipertrofia muscular.

Teixeira e Guedes (2009) quando escreveram sobre aspectos importantes na montagem e na execução do treinamento de musculação, destacam que o equilíbrio muscular precisa ocorrer. Para isso, é necessário se fundamentar nos princípios básicos da biomecânica e da cinesiologia, focando na relação agonista e antagonista, com o propósito de evitar alterações posturais.

Nesta pesquisa encontrou-se uma média geral ≥ 80,0% em ambos os gêneros, onde as alterações posturais mais acentuadas entre eles foram: Ant Cab, Hiper Tor, Esc Tor, Inc Lat Quad e Hiper Joe. Já com relação a Rot Lat Quad apresentou este percentual somente no masculino.

Na Ant Cab, nota-se que possivelmente possa estar ocorrendo pela execução dos trabalhos de força, em especial os movimentos, sobre o ponto de vista biomecânicos incorretos, os quais são realizados na postura sentada em equipamentos.

Segundo Hertling e Kessleer (2009) essa alteração ocorre porque aumenta a força de cisalhamento anterior na coluna vertebral e cervical, obrigando assim, o músculo levantador da escápula a manter um estado de permanente contração, para minimizar dinamicamente essa força, que se não for cuidada, provocará excessiva tensão.

Outro fator que supostamente também possa contribuir para desencadear esta alteração postural, são as situações de estresse e ansiedade, na qual estes atletas se submetem, na busca pelo corpo perfeito.

A média geral da hipercifose torácica no gênero feminino é de 80,0% e no gênero masculino 100,0%. As principais causas para que esta alteração seja acentuada, está associada ao encurtamento das musculaturas do abdômen (reto do abdômen e oblíquos), extensores da coluna (paravertebrais torácicos), pelo fato destes músculos, estarem diretamente envolvidos na realização do movimento, o que provoca a protusão de ombros e a curvatura na coluna torácica.

Vanícola e Guida (2014), Verderi (2011) e Matos (2010), Teixeira e Carvalho (2007), quando falam desta alteração, apontam que a articulação envolvida é a própria coluna torácica, onde ocorre aumento na curvatura fisiológica e flexão da coluna, sendo geralmente, acompanhada de uma protrusão de ombro a frente, de uma rotação interna de ombros e abdução de escápulas.

Em ambos os gêneros e faixas etárias, a escoliose torácica foi o maior percentual constatado, ou seja, 100,0%. Nota-se que um possível fator preponderante, para que esta alteração obtenha este valor percentual, seria a quantidade de repetição de gestos motores específicos enfatizados no lado dominante, na execução dos movimentos nos treinamentos.

Sabe-se que ela é uma deformidade estática, que causa desvio lateral da coluna vertebral, podendo ser observada em diversas fases: infância, juventude, adolescência e adulta, dependendo do tipo de escoliose em questão (Vanícola et al. 2014; Verderi 2011; Matos 2010).

Silva et al. (2008) mencionam que ela pode ser ocasionada por um encurtamento muscular do trapézio superior e/ou elevador da escápula.

O que se percebe na alteração da inclinação lateral do quadril é que mais de 95,0% dos atletas, em ambos os gêneros, apresentaram esta inclinação. Este fator, nos mostra uma situação clínica que deve ser investigada, pois é nele, que se encontra o centro de equilíbrio do nosso corpo.

De acordo com Hertling e Kessleer (2009) o encurtamento de diversos grupos musculares, especialmente músculos do quadril e músculos biarticulares, pode contribuir para que ocorram diversas disfunções articulares posturais.

E finalmente, a rotação lateral do quadrilé mais prevalente no gênero masculino do que no feminino em ambas faixas etárias, em média acima de 90,0%. Um fator que supostamente possa ser mencionado, se deve ao fato de que este gênero, possui este hábito, geralmente quando ficam parados (postura estática) durante suas atividades diárias, assim como nos treinamentos.

Santos et al. (2019) quando analisou a postura de praticantes de CrossFit, também identificou que esta alteração postural apresentou os mesmos valores no gênero masculino.

Conclusão

Conclui-se que em ambos os gêneros e faixas etárias, o ICP está abaixo dos padrões de normalidade para atletas, sendo que RCDL e RAQ foram regiões que obtiveram maior valor percentual e a RCP e RMI as regiões com menores valores percentuais.

Identificou-se que a RMI pode ser considerada como uma região crítica, que merece observação clínica, sendo que no gênero masculino, se apresentam com valores muito inferiores ao padrão normal. 

Constatou-se que as alterações posturais mais acentuadas, foram: Ant Cab, Hiper Tor, Esc Tor, Inc Lat Quad, Hiper Joe e Rot Lat Quad (somente no gênero masculino), sendo importante terem maior atenção a estes diagnósticos e criar estratégias intervenção, principalmente, no que se refere aos treinamentos, levando em consideração a postura. Porque além de apresentarem alterações, todo estímulo com sobrecarga musculoesquelética, nesta situação, tende a acentuar e agravar, ainda mais qualquer alteração postural, o que futuramente pode trazer sérios problemas musculoesqueléticos e disfunções, sendo necessário rever a prescrição de treinamento e a inserir exercícios corretivos e compensatórios.

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1 Coordenador da Rede de Estudo da Postura Humana – REPH
jopostura@gmail.com

2 Especialista em Medicina do Esporte e Atividade Física – UES
evefit46@gmail.com

3 Doutor em Ciências do Movimento Humano e Reabilitação – Unifesp
Universidade Metropolitana de Santosprofrodrigosilva@unimes.br

4 Mestre em Ciências da Saúde – Unifesp
Universidade Metropolitana de Santos
dilmar.junior@unimes.br

5 Graduado em Educação Física – UAM
eduardodiasb@gmail.com

6 Acadêmica do 8º. Semestre de Educação Física – UAM
danisabino5@gmail.com

7 Doutor em Ciências – UNIFESP
radames.medeiros@unifesp.br

8 Membro do Registro Brasileiro de Osteopatas
rpdbrezende@yahoo.com.br

9 Doutor em Adaptação Humana e Atividade Física e Saúde pela Unicamp.
Universidade São Judas Tadeu.
ayltonfigueirajunior@gmail.com

10 Coordenador Pedagógico da Academia Brasileira de Treinadores (ABT) do Instituto Olímpico do Brasil (IOB)
contatoacgomes@gmail.com