REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202411260137
Lays Lima Peres1;
Eduarda Cunha Azevedo1;
Luís Miguel Pasinato Aparecido1
RESUMO
Este estudo é uma revisão de literatura sobre os impactos da Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) no desenvolvimento do recém-nascido, com ênfase nos aspectos metabólicos, neurológicos e clínicos. A DMG é uma condição que afeta mulheres grávidas, caracterizada pela intolerância à glicose, com implicações tanto para a saúde materna quanto para a saúde do feto. O objetivo principal foi analisar os efeitos da DMG no desenvolvimento do recém-nascido, abordando as complicações metabólicas, as consequências no desenvolvimento neurológico e as estratégias de manejo terapêutico. A metodologia adotada foi a revisão sistemática da literatura, com a análise de artigos científicos publicados em periódicos especializados. Foram incluídos estudos sobre os efeitos da DMG no desenvolvimento metabólico e neurológico do bebê, estratégias de controle glicêmico e cuidados neonatais. Os resultados indicam que a DMG está associada a um aumento no risco de complicações como macrossomia, hipoglicemia neonatal e dificuldades no desenvolvimento motor e cognitivo. Além disso, os bebês de mães com DMG apresentam uma maior predisposição a distúrbios neurocomportamentais, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O controle glicêmico materno adequado e o acompanhamento precoce do desenvolvimento neurocognitivo dos recém-nascidos são fundamentais para mitigar esses efeitos. Conclui-se que a DMG tem implicações significativas para a saúde neonatal e que o acompanhamento multidisciplinar e a prevenção precoce são essenciais para reduzir as complicações a longo prazo.
Palavras-chave: Diabetes gestacional. Desenvolvimento neurológico. Macrossomia. Hipoglicemia neonatal. Controle glicêmico. Cuidados neonatais.
1 INTRODUÇÃO
A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é uma condição metabólica caracterizada pela intolerância à glicose diagnosticada pela primeira vez durante a gestação, exceto quando os critérios diagnósticos apontam para diabetes tipo 1 ou 2 (New et al., 2024). Esse quadro resulta de alterações hormonais durante a gravidez que levam à resistência insulínica exacerbada, comprometendo a capacidade do pâncreas de manter níveis glicêmicos normais. A prevalência global da DMG tem aumentado significativamente, acompanhando o crescimento da obesidade e do sedentarismo entre as mulheres em idade fértil (Rodrigues et al., 2023). No Brasil, estima-se que cerca de 7% a 10% das gestações sejam complicadas pela DMG, configurando um problema de saúde pública relevante (Batista et al., 2021).
As complicações da DMG vão além da mãe, afetando diretamente o desenvolvimento do feto e do recém-nascido. A hiperglicemia materna durante a gravidez pode induzir um estado de hiperinsulinemia fetal, que é responsável por uma série de consequências adversas, como macrossomia, hipoglicemia neonatal, síndrome do desconforto respiratório e risco aumentado de obesidade e diabetes tipo 2 na vida adulta (Oliveira et al., 2024). Adicionalmente, esses recém-nascidos podem apresentar dificuldades neurocomportamentais e atraso no neurodesenvolvimento, sendo necessário um acompanhamento cuidadoso desde os primeiros meses de vida (Cortez et al., 2024).
Entre as intervenções terapêuticas, o controle glicêmico estrito por meio de modificações no estilo de vida, como dieta e atividade física, é a primeira linha de tratamento (New et al., 2024). No entanto, para mulheres que não atingem os níveis glicêmicos adequados, fármacos como insulina e metformina são indicados. Estudos apontam que o uso da metformina tem se mostrado eficaz no controle glicêmico, com impacto positivo no peso neonatal e no risco de complicações, embora sua segurança no longo prazo ainda seja discutida (Machado et al., 2023).
Os recém-nascidos de mães com DMG necessitam de cuidados específicos, sobretudo no período neonatal. Além do monitoramento glicêmico, é importante atentar para sinais de hipoglicemia e outras condições associadas. A implementação de estratégias de estimulação precoce e o acompanhamento multidisciplinar são fundamentais para otimizar o desenvolvimento neurocognitivo e minimizar os impactos adversos da DMG (Cortez et al., 2024). A adesão a diretrizes clínicas voltadas ao cuidado neonatal tem sido ressaltada como uma abordagem essencial para reduzir a morbimortalidade associada à condição (Batista et al., 2021).
Apesar das estratégias preventivas e terapêuticas disponíveis, a DMG continua representando um grande desafio para a saúde pública. A associação entre a doença e o aumento dos custos médicos, bem como suas consequências a longo prazo, reforça a necessidade de programas de saúde direcionados à educação em saúde, detecção precoce e acompanhamento de gestantes de risco (Rodrigues et al., 2023). Além disso, é fundamental explorar os fatores sociais, econômicos e culturais que influenciam a adesão ao tratamento e às medidas preventivas, principalmente em populações mais vulneráveis (Oliveira et al., 2024).
A problemática deste estudo reside na complexidade dos efeitos da DMG no desenvolvimento do recém-nascido e na necessidade de estratégias mais eficazes para prevenir e manejar esses impactos. Dados recentes indicam que, apesar dos avanços na medicina, muitos bebês ainda enfrentam complicações evitáveis relacionadas à falta de diagnóstico precoce ou controle inadequado da glicemia materna (New et al., 2024). Dessa forma, compreender melhor essa relação torna-se essencial para subsidiar práticas clínicas e políticas públicas mais efetivas.
Diante disso, este estudo tem como objetivo geral analisar os efeitos da diabetes gestacional no desenvolvimento do recém-nascido, considerando aspectos metabólicos, neurológicos e clínicos. Especificamente, busca-se: (i) revisar a literatura sobre os principais impactos da DMG nos recém-nascidos; (ii) identificar os cuidados neonatais recomendados para minimizar esses efeitos; (iii) explorar a eficácia de intervenções terapêuticas no manejo da DMG e sua influência nos desfechos neonatais. Com isso, espera-se contribuir para a ampliação do conhecimento científico e para a melhoria da assistência materno-infantil.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Metodologia
Este estudo consistiu em uma revisão de literatura sistemática, conduzida de acordo com as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- Analyses), com o objetivo de analisar os efeitos da diabetes gestacional (DMG) no desenvolvimento do recém-nascido, abordando aspectos metabólicos, neurológicos e clínicos. A metodologia seguiu os princípios de transparência, reprodutibilidade e rigor científico no processo de seleção, análise e síntese dos estudos incluídos.
A busca por estudos relevantes foi realizada em bases de dados científicas eletrônicas (PubMed, BVS e Scielo) utilizando uma combinação de palavras-chave relacionadas ao tema, como “diabetes gestacional”, “gestational diabetes mellitus”, “recém- nascido”, “desenvolvimento do recém-nascido”, “macrossomia”, “neurodesenvolvimento” e “resistência fetal à insulina”. A estratégia de busca foi ajustada conforme as especificidades de cada base de dados, abrangendo artigos publicados entre 2019 e 2024, sem limitações quanto ao idioma, mas priorizando a literatura mais recente.
Os critérios de inclusão foram definidos para considerar estudos originais, revisões sistemáticas, meta-análises, ensaios clínicos e estudos observacionais que investigassem os efeitos da DMG no desenvolvimento do recém-nascido. Além disso, foram incluídos artigos que abordassem impactos metabólicos, neurológicos e clínicos relacionados à DMG nos recém-nascidos. Somente publicações científicas revisadas por pares e publicadas entre 2019 e 2024 foram consideradas. Estudo sobre diabetes mellitus tipo 1 ou 2, ou que não abordassem diretamente os efeitos da DMG no desenvolvimento do recém-nascido, ou com falhas metodológicas graves, foram excluídos.
A seleção dos estudos foi realizada em duas etapas: uma triagem inicial dos títulos e resumos, conduzida por dois revisores independentes, e, posteriormente, uma leitura completa dos textos selecionados. Quando houve discordância entre os revisores, um terceiro revisor foi consultado para resolução do impasse. A seleção e exclusão dos estudos foram documentadas no fluxograma PRISMA, detalhando o número de artigos inicialmente encontrados, os descartados e os finalmente incluídos na revisão.
Os dados extraídos dos estudos incluídos foram coletados por dois revisores independentes utilizando uma ficha padronizada. As informações extraídas incluíram título do estudo, autores, ano de publicação, tipo de estudo, características da população, intervenções ou tratamentos adotados, desfechos observados (efeitos da DMG no desenvolvimento neonatal) e a qualidade metodológica dos estudos. A qualidade dos estudos foi avaliada utilizando a Ferramenta de Avaliação de Risco de Viés da Cochrane para estudos randomizados e a Escala Newcastle-Ottawa para estudos observacionais. A avaliação da qualidade dos estudos foi classificada como alta, moderada ou baixa.
A síntese dos resultados foi qualitativa, considerando a diversidade de abordagens e desfechos dos estudos. Os dados foram organizados em categorias temáticas, como: efeitos metabólicos (ex.: macrossomia, hipoglicemia neonatal, doenças metabólicas a longo prazo), efeitos neurológicos e comportamentais (ex.: atrasos no neurodesenvolvimento, dificuldades de aprendizado, risco de distúrbios psiquiátricos) e aspectos clínicos (ex.: intervenções terapêuticas, como controle glicêmico, uso de insulina e metformina, e cuidados neonatais). Além disso, discutiu-se a eficácia das intervenções terapêuticas no manejo da DMG e seu impacto nos desfechos neonatais.
Embora este estudo tenha sido uma revisão de literatura e não tenha envolvido a coleta de dados originais de pacientes, os estudos incluídos foram analisados com base em sua conformidade com os princípios éticos estabelecidos nas publicações originais. O processo de seleção e análise foi registrado de acordo com o fluxograma PRISMA (Figura 1), com um diagrama demonstrando as etapas de inclusão e exclusão dos estudos.
Figura 1. Fluxograma PRISMA
2.2 Resultados e Discussão
2.2.1 Mecanismos Fisiopatológicos da Diabetes Gestacional e seus Efeitos no Desenvolvimento Fetal
A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é uma condição metabólica que afeta um número crescente de gestantes em todo o mundo, caracterizada pela intolerância à glicose diagnosticada durante a gravidez, sem a presença prévia de diabetes tipo 1 ou tipo 2. A fisiopatologia da DMG envolve um complexo processo de resistência à insulina mediada por hormônios placentários, que, por sua vez, afeta a homeostase glicêmica da mãe e o desenvolvimento do feto. Os efeitos adversos da DMG no desenvolvimento fetal são amplamente documentados e vão desde alterações no crescimento fetal até complicações neonatais e risco aumentado de doenças metabólicas a longo prazo, como obesidade e diabetes tipo 2.
Estudos recentes tem demonstrado uma crescente prevalência de DMG, que reflete o aumento das taxas de obesidade e sedentarismo entre mulheres em idade fértil, além de fatores como a idade materna avançada e predisposições genéticas. A DMG não apenas representa um risco para a gestante, mas também para o recém-nascido, cujos mecanismos de adaptação metabólica e de crescimento podem ser profundamente alterados. A resistência à insulina materna, o aumento dos níveis de glicose no sangue e a consequente hiperinsulinemia fetal são fatores críticos para a manifestação dessas complicações, tornando esse tema de extrema relevância para a saúde pública e para o aprimoramento das estratégias de prevenção e manejo clínico.
Oliveira et al. (2024) realizaram uma revisão integrativa para investigar os efeitos da DMG no desenvolvimento do recém-nascido e constataram que a hiperglicemia materna durante a gestação induz um aumento nos níveis de insulina do feto, resultando em uma série de alterações no crescimento e no desenvolvimento do bebê. A autora destacou que a macrossomia fetal, caracterizada pelo aumento anormal do peso do recém-nascido, é uma das principais complicações associadas à DMG. A presença de hiperinsulinemia fetal não só contribui para o crescimento excessivo do feto, mas também pode levar a complicações neonatais, como a hipoglicemia no recém-nascido, uma condição em que os níveis de glicose no sangue do bebê caem abruptamente após o parto. Essa condição exige monitoramento rigoroso e, muitas vezes, intervenções imediatas, como a administração de glicose intravenosa.
Por outro lado, Teixeira et al. (2024) discutem em sua revisão bibliográfica que a resistência à insulina, que é um dos mecanismos principais da DMG, é exacerbada pelos hormônios placentários, como o estrogênio, o progesterona e o lactogênio placentário. Esses hormônios atuam para reduzir a eficácia da insulina, promovendo a hiperglicemia. A autora enfatiza que essa resistência à insulina não afeta apenas o metabolismo materno, mas também influencia o metabolismo fetal, alterando processos de crescimento e diferenciando tecidos, com possíveis consequências a longo prazo para a saúde do bebê. Ela observa que, além das complicações imediatas, como a macrossomia e a hipoglicemia neonatal, a DMG pode predispor os recém-nascidos a distúrbios metabólicos futuros, incluindo diabetes tipo 2 e obesidade.
Junqueira et al. (2021) ampliam essa discussão ao abordar as complicações de longo prazo da DMG para o recém-nascido. Segundo a pesquisa, a exposição intrauterina à hiperglicemia materna resulta em um aumento do risco de desenvolvimento de obesidade infantil e diabetes tipo 2 na vida adulta. A hiperinsulinemia fetal também tem sido associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, refletindo os efeitos duradouros que a DMG pode ter sobre a saúde metabólica do recém-nascido. A autora ainda observa que, em função desses riscos, a DMG não deve ser considerada apenas uma condição gestacional transitória, mas um fator predisponente para doenças crônicas ao longo da vida, tanto para a mãe quanto para o filho.
Dias et al. (2024), por sua vez, enfatizam os aspectos clínicos do manejo da DMG, discutindo como o diagnóstico precoce e o controle adequado da glicemia durante a gestação podem reduzir significativamente as complicações neonatais. O estudo sugere que a implementação de intervenções terapêuticas, como mudanças na dieta e no estilo de vida, é fundamental para o controle da DMG e para a mitigação dos riscos associados ao desenvolvimento fetal. A utilização de insulina e metformina, quando necessário, pode ajudar a normalizar os níveis glicêmicos maternos e, consequentemente, reduzir o risco de complicações como a macrossomia e a hipoglicemia neonatal. A autora ainda destaca que o acompanhamento contínuo das gestantes com DMG é fundamental para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê, minimizando os impactos negativos no desenvolvimento do recém-nascido.
Furtado et al. (2024) discutem o impacto da gravidez na saúde cardiovascular, o que, embora não seja diretamente relacionado à DMG, oferece um contexto adicional importante. As alterações fisiológicas associadas à gestação, como o aumento da resistência à insulina e alterações nos níveis hormonais, podem predispor as mulheres a problemas cardiovasculares após o parto. A gestante com DMG, portanto, não está apenas em risco de complicações durante a gravidez, mas também pode enfrentar um aumento significativo na vulnerabilidade a doenças cardiovasculares a longo prazo. Esse fator pode impactar indiretamente o desenvolvimento fetal, já que o estresse cardiovascular materno pode agravar os efeitos adversos da DMG, como a falta de aporte sanguíneo adequado ao feto.
Ao confrontar as ideias de diferentes autores, é possível perceber algumas convergências e divergências importantes. Todos os estudos analisados concordam que a hiperglicemia materna é o fator-chave na fisiopatologia da DMG, que leva à hiperinsulinemia fetal e a uma série de complicações neonatais. Oliveira et al. (2024) e Teixeira et al. (2024) destacam a macrossomia e a hipoglicemia neonatal como as complicações imediatas mais comuns, mas Junqueira et al. (2021) ampliam a discussão, mostrando que os efeitos da DMG podem persistir ao longo da vida, aumentando o risco de obesidade infantil e diabetes tipo 2 na vida adulta.
Uma divergência interessante aparece em relação ao manejo da DMG. Enquanto Dias et al. (2024) enfatizam a importância de intervenções terapêuticas para controle glicêmico, Teixeira et al. (2024) abordam mais detalhadamente a resistência à insulina e os mecanismos hormonais que a sustentam, sugerindo que a abordagem terapêutica deve ser multifacetada e centrada na modulação hormonal além do controle glicêmico direto. Furtado et al. (2024) fornecem uma perspectiva adicional sobre a relação entre a DMG e o risco cardiovascular materno, o que pode agravar os efeitos da doença no feto, uma área menos explorada pelos outros autores, mas que acrescenta uma nova camada de complexidade ao tema.
2.2.2 Impactos Metabólicos e Clínicos da DMG no Recém-Nascido
A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é uma condição que representa um significativo desafio para a saúde materno-infantil. Caracterizada pela intolerância à glicose identificada pela primeira vez durante a gestação, a DMG tem se mostrado uma das principais causas de complicações obstétricas e neonatais, com potenciais efeitos de longo prazo tanto para a mãe quanto para o recém-nascido. No contexto do impacto metabólico e clínico da DMG no recém-nascido, a condição pode levar a distúrbios do crescimento fetal, como a macrossomia, além de complicações como hipoglicemia neonatal e alterações na composição corporal do bebê. Além disso, as consequências da DMG podem se estender para o futuro, com predisposição a doenças metabólicas, como obesidade e diabetes tipo 2.
A DMG tem se tornado cada vez mais prevalente, acompanhando o aumento dos índices de obesidade e sedentarismo na população feminina. No Brasil, cerca de 7 a 10% das gestações são complicadas por essa condição, o que resulta em elevados custos para os sistemas de saúde e coloca em risco a saúde das gestantes e de seus filhos. A condição é caracterizada por uma resistência à insulina induzida pelos hormônios placentários, o que altera o metabolismo materno e, consequentemente, afeta o metabolismo fetal. O controle inadequado da glicemia materna pode levar a uma série de complicações para o recém- nascido, que variam de distúrbios metabólicos imediatos, como macrossomia e hipoglicemia, a complicações de longo prazo, como a obesidade infantil e o risco de diabetes tipo 2.
Magalhães et al. (2024) realizaram uma revisão sobre a DMG, discutindo não apenas os aspectos epidemiológicos, mas também os impactos clínicos associados ao diagnóstico e tratamento da condição. O estudo destaca que o controle glicêmico adequado é essencial para prevenir complicações neonatais, como a macrossomia, a hipoglicemia neonatal e problemas respiratórios. A autora enfatiza que a macrossomia, uma das complicações mais comuns, ocorre devido ao aumento da insulina fetal, que promove o crescimento excessivo do feto, resultando em um maior risco de parto cesáreo e de lesões neonatais. Além disso, o estudo discute os impactos da DMG na qualidade de vida das gestantes, sugerindo que o diagnóstico precoce e o manejo eficaz da condição podem reduzir significativamente as complicações e melhorar os desfechos tanto para a mãe quanto para o recém-nascido.
Sousa e Ferreira (2021) focam no impacto do diagnóstico de DMG na qualidade de vida das mulheres. As autoras argumentam que o diagnóstico de DMG pode gerar uma sensação de estresse e insegurança nas gestantes, principalmente devido à necessidade de mudanças no estilo de vida, como restrições alimentares e monitoramento constante dos níveis glicêmicos. Além disso, essas mudanças podem afetar a saúde mental da mulher, impactando sua qualidade de vida. Embora o estudo tenha foco na percepção das gestantes, ele oferece uma perspectiva importante sobre como a condição pode influenciar o comportamento e as escolhas das mulheres em relação ao cuidado durante a gestação, o que, por sua vez, pode afetar os desfechos neonatais.
Suwaydi et al. (2022) abordam de maneira inovadora os impactos da DMG sobre a composição do leite materno e os hormônios metabólicos presentes nesse leite. O estudo revela que as mulheres com DMG apresentam alterações no metabolismo do leite, com uma redução nos níveis de alguns hormônios, como a leptina e a adiponectina, que tem papel importante na regulação do metabolismo do recém-nascido. Essa alteração no perfil hormonal do leite materno pode ter implicações no desenvolvimento metabólico do bebê, aumentando a predisposição a distúrbios metabólicos futuros, como obesidade. O estudo sugere que a alteração hormonal no leite pode ser uma das vias através das quais a DMG influencia o desenvolvimento do recém-nascido, além dos efeitos diretos do controle glicêmico da mãe.
Jovandaric et al. (2022) examinaram o efeito do metabolismo da glicose e da amamentação na microbiota intestinal dos recém-nascidos de mães com DMG. Os autores observaram que a DMG pode modificar a composição da microbiota intestinal do bebê, um fator que pode influenciar o desenvolvimento do sistema imunológico e o risco de doenças metabólicas mais tarde na vida. Alterações na microbiota intestinal foram associadas ao aumento do risco de doenças inflamatórias e metabólicas, incluindo obesidade e diabetes. Esse estudo contribui para a compreensão de como a DMG pode afetar não apenas o crescimento fetal, mas também o desenvolvimento do sistema imunológico e a saúde intestinal do recém-nascido.
Zeljkovic et al. (2022) investigaram como a DMG afeta o metabolismo do colesterol nas mulheres com gestação de alto risco. O estudo descobriu que as mulheres com DMG apresentam alterações nos níveis de colesterol, o que pode ter implicações para o desenvolvimento cardiovascular do recém-nascido. A alteração no metabolismo lipídico pode não apenas afetar a saúde da mãe, mas também a do feto, com potenciais consequências a longo prazo para a saúde cardiovascular do bebê. Esse estudo destaca a importância de considerar os impactos metabólicos abrangentes da DMG, incluindo os efeitos sobre o colesterol e outros lipídios, que são fundamentais para o desenvolvimento adequado do sistema cardiovascular e de outros sistemas do recém-nascido.
A partir da análise dos estudos, observa-se que há um consenso geral sobre a importância do controle glicêmico para a prevenção das complicações imediatas da DMG, como a macrossomia e a hipoglicemia neonatal. Magalhães et al. (2024) e Sousa e Ferreira (2021) destacam que um diagnóstico precoce e o manejo eficaz da DMG são fundamentais para a saúde do recém-nascido, especialmente para evitar complicações como a macrossomia, que aumenta o risco de trauma no parto e de complicações respiratórias. Esses estudos também ressaltam a importância de um monitoramento contínuo da gestante e do bebê, com o objetivo de controlar os níveis glicêmicos e prevenir complicações a longo prazo.
Por outro lado, Suwaydi et al. (2022) e Jovandaric et al. (2022) abordam aspectos menos explorados, como os efeitos da DMG sobre a composição do leite materno e a microbiota intestinal do bebê. A descoberta de que a DMG pode alterar a composição hormonal do leite materno e modificar a microbiota intestinal do recém-nascido acrescenta uma nova camada de complexidade ao entendimento dos impactos metabólicos da DMG. Esses estudos sugerem que as consequências da DMG podem ir além das complicações imediatas e afetar o desenvolvimento a longo prazo do recém-nascido, principalmente no que diz respeito ao risco de obesidade e distúrbios metabólicos.
A pesquisa de Zeljkovic et al. (2022) contribui com uma visão importante sobre os efeitos da DMG no metabolismo lipídico e colesterol, evidenciando que os impactos da DMG podem se estender para o desenvolvimento cardiovascular do recém-nascido. Enquanto Magalhães et al. (2024) e Sousa e Ferreira (2021) concentram-se mais nas complicações neonatais imediatas, o estudo de Zeljkovic et al. (2022) amplia a discussão para implicações a longo prazo, ressaltando a importância do metabolismo lipídico na saúde neonatal.
A DMG tem efeitos significativos tanto na saúde materna quanto na do recém- nascido. O controle glicêmico durante a gestação é fundamental para prevenir complicações como a macrossomia e a hipoglicemia neonatal, conforme destacado por diversos autores. No entanto, os estudos também sugerem que os impactos da DMG vão além dessas complicações imediatas, afetando o metabolismo do leite materno, a microbiota intestinal e o metabolismo lipídico do recém-nascido. A compreensão desses impactos metabólicos e clínicos permite uma abordagem mais abrangente para o manejo da DMG, que não se limita apenas ao controle glicêmico, mas também à consideração dos efeitos a longo prazo na saúde do bebê.
2.2.3 Aspectos Neurológicos e Comportamentais do Desenvolvimento Infantil em Recém- Nascidos de Mães com DMG
A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) tem sido amplamente reconhecida por suas consequências imediatas e a longo prazo na saúde materna e neonatal. Embora as complicações metabólicas, como macrossomia e hipoglicemia neonatal, sejam frequentemente associadas à DMG, também existem implicações no desenvolvimento neurológico dos recém-nascidos. Os impactos neurológicos da DMG incluem alterações no desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental do bebê, com possíveis efeitos duradouros na saúde mental e no comportamento ao longo da infância. O tema do impacto neurológico da DMG é particularmente relevante dado o aumento global da prevalência dessa condição e sua relação com a saúde pública.
A DMG não afeta apenas o metabolismo materno, mas também altera o ambiente intrauterino, criando condições que podem prejudicar o desenvolvimento normal do feto, incluindo o sistema nervoso central (SNC). A exposição à hiperglicemia materna pode resultar em alterações no fornecimento de nutrientes e oxigênio para o cérebro em desenvolvimento, o que pode afetar a formação e a função cerebral do recém-nascido. Além disso, a resistência à insulina, uma característica chave da DMG, pode ter um efeito direto no desenvolvimento neurológico, visto que a insulina tem um papel importante no crescimento celular e na função cerebral. As consequências neurológicas incluem desde atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo até a predisposição a distúrbios neurocomportamentais, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mais tarde na infância.
Mishra et al. (2022) investigaram as anomalias neurológicas em recém-nascidos de mães com diabetes mellitus, revelando que esses bebês apresentam um risco aumentado de problemas neurológicos, como dificuldades motoras, deficiências cognitivas e distúrbios de comportamento. A pesquisa mostrou que as complicações neurológicas mais comuns observadas nos recém-nascidos incluíam atraso no desenvolvimento motor e aumento do risco de distúrbios do espectro autista (DEA). Esses resultados sugerem que a exposição intrauterina à DMG pode influenciar o desenvolvimento do cérebro de maneiras que aumentam a vulnerabilidade das crianças a condições neurológicas. O estudo enfatiza que a intervenção precoce e o monitoramento do desenvolvimento neurológico dessas crianças são essenciais para identificar e tratar os possíveis atrasos o mais cedo possível.
Ornoy et al. (2021) abordaram os efeitos a longo prazo da DMG, destacando que a exposição a níveis elevados de glicose durante a gestação não só aumenta o risco de complicações neonatais, como também tem implicações significativas para o desenvolvimento neurológico a longo prazo. A pesquisa aponta que, além das complicações imediatas, como a hipoglicemia neonatal, os filhos de mulheres com DMG apresentam uma probabilidade maior de sofrer de dificuldades cognitivas, problemas de aprendizagem e transtornos comportamentais. Os autores sugerem que os efeitos da DMG sobre o desenvolvimento neurológico podem ser mediados por mecanismos moleculares complexos, incluindo a inflamação, a disfunção da insulinorresistência e alterações na sinalização neuronal, que afetam o cérebro fetal em desenvolvimento.
O estudo de Su et al. (2021) investigou a relação entre os níveis de BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro) e os desfechos neurocognitivos em bebês nascidos de mães com DMG. O BDNF é uma proteína fundamental para o crescimento, a diferenciação e a manutenção dos neurônios, sendo um indicador importante da saúde neuronal. Os resultados mostraram que os níveis de BDNF nos recém-nascidos de mães com DMG eram significativamente mais baixos em comparação com bebês cujas mães não apresentavam a condição. Essa redução nos níveis de BDNF foi associada a uma maior incidência de atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo. O estudo sugere que a DMG pode prejudicar a produção de BDNF no cérebro fetal, o que comprometeria o desenvolvimento neural e o funcionamento cerebral normal após o nascimento.
Wang et al. (2021) realizaram um estudo prospectivo sobre a relação entre a glicemia materna durante a gestação e o desenvolvimento inicial dos filhos. O estudo demonstrou que os bebês expostos a níveis elevados de glicose no útero tinham uma probabilidade significativamente maior de apresentar atrasos no desenvolvimento cognitivo e motor, principalmente no primeiro ano de vida. Os resultados indicam que o controle glicêmico materno é fundamental não apenas para a prevenção de complicações metabólicas, mas também para o desenvolvimento neurológico adequado. Este estudo fortalece a ideia de que a hiperglicemia materna pode afetar diretamente o cérebro fetal, resultando em prejuízos no desenvolvimento cognitivo e motor do recém-nascido.
Guido et al. (2024) focaram no desenvolvimento neurológico aos dois anos de idade em crianças nascidas de mães com DMG. O estudo revelou que os bebês expostos à DMG apresentavam um risco aumentado de dificuldades motoras e atraso no desenvolvimento cognitivo aos dois anos. O acompanhamento de longo prazo é fundamental para identificar precocemente os déficits neurocognitivos que podem se manifestar em idades mais avançadas. Os autores sugerem que a DMG pode ter efeitos persistentes, afetando o desenvolvimento neurológico das crianças mesmo após o período neonatal, com implicações para a aprendizagem e o comportamento a longo prazo.
Os estudos discutidos apontam uma correlação clara entre a exposição à DMG e o aumento do risco de anomalias neurológicas nos recém-nascidos, com efeitos duradouros sobre o desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental. No entanto, existe uma variação nas abordagens e nos mecanismos sugeridos pelos diferentes autores.
Mishra et al. (2022) e Ornoy et al. (2021) enfatizam os riscos imediatos e a longo prazo de complicações neurológicas em bebês expostos à DMG, como atrasos no desenvolvimento motor e maior vulnerabilidade a distúrbios do espectro autista. Esses achados estão em consonância com os de Guido et al. (2024), que, embora com foco no desenvolvimento aos dois anos de idade, também identificaram atrasos cognitivos e motoras em bebês de mães com DMG. No entanto, Su et al. (2021) fornecem um mecanismo mais biológico para essa associação, sugerindo que os níveis reduzidos de BDNF no sangue dos recém-nascidos podem ser um fator mediador desses déficits neurológicos.
A pesquisa de Wang et al. (2021) e Suwaydi et al. (2021) oferecem perspectivas complementares, sugerindo que os níveis elevados de glicose materna no sangue podem diretamente prejudicar a função cerebral do feto, afetando a produção de proteínas essenciais para o desenvolvimento neuronal. Esses achados alinham-se com a hipótese de que a hiperglicemia materna interfere nas vias de sinalização neuronal e no crescimento neuronal, criando um ambiente intrauterino adverso para o cérebro fetal.
Embora todos os estudos apontem para os riscos neurológicos aumentados em bebês de mães com DMG, existem nuances nos mecanismos propostos para esses efeitos. Enquanto alguns estudos destacam a importância do controle glicêmico materno para prevenir complicações neurológicas (Wang et al., 2021; Guido et al., 2024), outros sugerem que as alterações moleculares, como a redução do BDNF (Su et al., 2021), podem ser o principal mecanismo responsável pelos danos neurológicos. Essa divergência nas explicações aponta para a complexidade do problema e a necessidade de mais pesquisas para entender completamente os mecanismos subjacentes.
A DMG tem um impacto significativo no desenvolvimento neurológico dos recém- nascidos, com efeitos que se estendem além das complicações imediatas para afetar o desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental. Os estudos discutidos fornecem uma visão abrangente das consequências da DMG, identificando tanto os riscos imediatos quanto os de longo prazo, como atrasos no desenvolvimento motor e distúrbios neurocognitivos. Além disso, os achados sugerem que o controle glicêmico durante a gestação é essencial para mitigar esses efeitos, embora fatores biológicos, como a redução do BDNF, também desempenhem um papel fundamental. A pesquisa futura deve continuar a explorar os mecanismos moleculares e os fatores que influenciam esses desfechos, com o objetivo de melhorar as estratégias de intervenção precoce e os cuidados com a saúde neurológica dos recém-nascidos de mães com DMG.
3 CONCLUSÃO
Este estudo buscou analisar os impactos da Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) no desenvolvimento do recém-nascido, considerando os aspectos metabólicos, neurológicos e clínicos. A DMG, uma condição cada vez mais prevalente globalmente, não apenas compromete a saúde materna, mas também representa riscos significativos para o feto e o recém-nascido. As complicações imediatas, como macrossomia, hipoglicemia neonatal e síndrome do desconforto respiratório, são amplamente reconhecidas, mas os efeitos a longo prazo no desenvolvimento neurológico do bebê tem ganhado crescente atenção na literatura científica.
Os resultados deste estudo indicam que a exposição à DMG pode afetar de maneira significativa o desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental dos recém-nascidos. Os recém-nascidos de mães com DMG apresentam maior risco de atrasos no desenvolvimento motor, déficits cognitivos e uma maior vulnerabilidade a distúrbios neurocomportamentais, como TDAH e transtornos do espectro autista. Esses efeitos parecem ser mediados por mecanismos complexos, incluindo a inflamação materna, alterações na sinalização da insulina e a redução de fatores neurotróficos, como o BDNF, que são fundamentais para o desenvolvimento saudável do sistema nervoso central.
Além disso, este estudo reafirma a importância do controle glicêmico rigoroso durante a gestação, não apenas para prevenir complicações metabólicas, mas também para proteger o desenvolvimento neurológico do bebê. A literatura revisada mostra que a intervenção precoce e o acompanhamento contínuo do desenvolvimento das crianças nascidas de mães com DMG são fundamentais para mitigar os efeitos adversos a longo prazo. Embora os cuidados neonatais imediatos sejam essenciais, é necessário um olhar atento para o desenvolvimento neurocognitivo das crianças, com acompanhamento multidisciplinar e intervenções apropriadas, visando promover a melhor qualidade de vida possível.
Por fim, apesar dos avanços nas estratégias de manejo da DMG, como o controle glicêmico e o uso de medicamentos como insulina e metformina, os impactos a longo prazo da doença no desenvolvimento do recém-nascido ainda exigem maior compreensão. A continuação de pesquisas sobre os mecanismos moleculares envolvidos, bem como a eficácia das intervenções terapêuticas e de prevenção, será fundamental para aprimorar os cuidados com a saúde materno-infantil e, assim, reduzir a carga dessa condição para as gerações futuras.
Em termos de saúde pública, a detecção precoce da DMG, o acompanhamento de mulheres em grupos de risco e a promoção de programas de educação em saúde são estratégias indispensáveis para a prevenção e manejo adequado da doença. Estes esforços, juntamente com um foco no acompanhamento neuropsicomotor dos recém- nascidos, são fundamentais para garantir que os efeitos negativos da DMG sejam minimizados, promovendo um desenvolvimento saudável para as crianças afetadas.
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1Acadêmicos (a) do curso de medicina da Faculdade UNINASSAU de Vilhena