DETERMINANTES SOCIAIS E COMPORTAMENTAIS DO AUMENTO DE CASOS DE HIV NA ÚLTIMA DÉCADA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA 

SOCIAL AND BEHAVIORAL DETERMINANTS OF THE INCREASE IN HIV CASES IN THE LAST DECADE: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10869062


Ravel Guerreiro Santana Lucas1
Hermes Boracini Antonagi2
João Victor Nicassio de Oliveira3
Orides Noé Silva4
Dr. Stênio Alves Leite de Andrade5


Resumo 

A epidemia do HIV/AIDS persiste como uma preocupante questão de saúde pública global, desafiando os esforços de pesquisa, prevenção e tratamento. Nos últimos dez anos, observou-se um alarmante aumento nos casos de HIV, contrariando o progresso esperado diante dos avanços científicos. Estudos indicam que determinantes sociais e comportamentais desempenham papéis cruciais na propagação do HIV, influenciando tanto a susceptibilidade dos indivíduos ao vírus quanto a eficácia das estratégias de tratamento e prevenção. O contexto brasileiro apresenta desafios únicos devido à desigualdade social e ao estigma associado ao HIV/AIDS. Diante desse cenário, uma revisão integrativa da literatura se faz necessária para compreender os fatores sociais e comportamentais associados ao aumento dos casos de HIV e avaliar as estratégias de intervenção implementadas. O objetivo desta revisão é examinar a literatura para entender esses fatores e avaliar a eficácia das estratégias de intervenção, visando promover uma saúde pública mais equitativa e inclusiva. A metodologia envolveu a seleção cuidadosa de fontes de dados confiáveis e a análise crítica das informações coletadas. Os resultados destacam o papel do estigma, das desigualdades socioeconômicas e da falta de educação sexual abrangente no aumento dos casos de HIV. Conclui-se que uma abordagem multifacetada, que combine intervenções clínicas e sociais, é crucial para combater efetivamente a epidemia de HIV/AIDS, promovendo a equidade em saúde e o bem-estar das populações afetadas. 

Palavras-chave: HIV/AIDS, determinantes sociais, comportamentos de risco, estratégias de intervenção, revisão integrativa.

1 INTRODUÇÃO 

A epidemia do HIV/AIDS, apesar de décadas de esforços intensivos de pesquisa, prevenção e tratamento, continua a ser uma preocupante questão de saúde pública global. Nos últimos dez anos, observou-se uma tendência alarmante de aumento nos casos de HIV, uma realidade que contradiz o progresso esperado dado os avanços científicos e tecnológicos na área (OPAS, 2024). Esse aumento nos casos de HIV não apenas destaca a persistência do vírus na população global, mas também sinaliza a emergência de novos desafios no seu controle e prevenção. 

Estudos têm indicado que os determinantes sociais e comportamentais desempenham papéis cruciais na propagação do HIV, influenciando tanto a susceptibilidade dos indivíduos ao vírus quanto a eficácia das estratégias de tratamento e 

prevenção (Paiva; Pedrosa; Galvão, 2019). Fatores como a pobreza, o estigma associado ao HIV/AIDS, a falta de acesso à educação sexual e aos serviços de saúde, bem como comportamentos de risco, têm sido identificados como barreiras significativas no combate à epidemia. A complexidade desses fatores requer uma análise aprofundada para entender como eles interagem e contribuem para as tendências atuais da epidemia de HIV. 

O contexto brasileiro, em particular, apresenta desafios únicos no combate ao HIV/AIDS. A desigualdade social e econômica, somada a disparidades no acesso à saúde, cria ambientes onde o HIV pode se disseminar mais facilmente (Monteiro et al., 2019). Além disso, o estigma e a discriminação contra pessoas vivendo com HIV/AIDS persistem, afetando negativamente a busca e adesão ao tratamento, bem como a participação em programas de prevenção (Silva; Cuetro, 2018). 

Diante deste panorama, torna-se imperativo explorar os determinantes sociais e comportamentais associados ao aumento dos casos de HIV, a fim de desenvolver estratégias mais eficazes e inclusivas de prevenção e tratamento. Uma revisão integrativa da literatura sobre este tema pode fornecer insights valiosos, identificando lacunas no conhecimento atual e sugerindo direções futuras para a pesquisa e a prática clínica. 

O objetivo desta revisão integrativa é, portanto, duplo: primeiro, examinar a literatura existente para entender os fatores sociais e comportamentais que contribuem para o aumento dos casos de HIV nos últimos dez anos; segundo, avaliar as estratégias de intervenção implementadas para enfrentar estes determinantes, com o intuito de identificar as práticas mais eficazes e as áreas que necessitam de maior atenção. 

A justificativa para tal investigação reside não apenas na necessidade de combater a epidemia do HIV/AIDS com ferramentas mais eficientes e baseadas em evidências, mas também em promover uma saúde pública mais equitativa e inclusiva. Ao entender melhor os fatores sociais e comportamentais que influenciam a transmissão do HIV, é possível desenvolver intervenções que abordem as raízes do problema, contribuindo assim para a redução da incidência do vírus e a melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas. 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA 

2.1 Contextualização Global da Epidemia de HIV/AIDS 

A epidemia de HIV/AIDS, desde sua primeira identificação nos anos iniciais da década de 1980, transformou-se em um dos mais graves desafios para a saúde pública global, afetando milhões de vidas ao redor do mundo. Apesar de significativos avanços no diagnóstico, tratamento e compreensão da doença, o HIV continua a ser uma questão crítica de saúde, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) reportando aproximadamente 38 milhões de pessoas vivendo com o vírus ao final de 2019. Essa persistência evidencia não apenas o caráter complexo do vírus e sua capacidade de adaptação, mas também as barreiras sociais, econômicas e culturais que impedem o acesso efetivo à prevenção e tratamento. 

O panorama global da epidemia é marcado por disparidades significativas, com certas regiões e populações sendo desproporcionalmente afetadas. Na África Subsaariana, por exemplo, encontram-se quase dois terços do total de pessoas vivendo com HIV no mundo, uma situação exacerbada por fatores como pobreza, acesso limitado a serviços de saúde e educação sexual, e estigmas relacionados à doença (Silva; Cuetro, 2018). Em contrapartida, países de renda alta têm observado progressos notáveis no controle da epidemia, graças à implementação de políticas públicas eficazes, ao avanço tecnológico e à ampla disponibilidade de terapias antirretrovirais (Lucas; Boschemeier; Souza, 2023).  

A resposta global à epidemia tem sido coordenada por uma série de iniciativas internacionais, como o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o alívio da AIDS (PEPFAR) e o Fundo Global de Luta contra a AIDS, Tuberculose e Malária. Essas iniciativas têm contribuído significativamente para o aumento no número de pessoas acessando terapia antirretroviral, que saltou de 7 milhões em 2010 para cerca de 26 milhões em 2019. Entretanto, apesar desses avanços, a meta de erradicar a epidemia até 2030, conforme estabelecido pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, permanece desafiadora (Departamento de Estado dos Estados Unidos, 2023). 

A evolução do tratamento do HIV, especialmente com a introdução da terapia antirretroviral combinada (cART) no meio da década de 1990, marcou uma virada no manejo da doença, transformando-a de uma sentença de morte em uma condição crônica gerenciável (Ghosh, 2023). Contudo, o sucesso do tratamento é condicionado pelo diagnóstico precoce e pela adesão contínua à medicação, aspectos que são diretamente influenciados pelos determinantes sociais da saúde. 

2.2 Determinantes Sociais do HIV/AIDS 

Os determinantes sociais do HIV/AIDS referem-se às condições sociais, econômicas e ambientais nas quais as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem, que impactam de forma significativa as vulnerabilidades e riscos associados ao HIV. Esses determinantes incluem, mas não se limitam a pobreza, desigualdade de gênero, estigma e discriminação, bem como acesso limitado à educação e aos serviços de saúde (Bossonario et al.,2022). Estudos têm demonstrado uma correlação direta entre esses fatores e as taxas de incidência do HIV, apontando para a necessidade de abordagens holísticas que considerem o contexto social e econômico dos indivíduos para combater efetivamente a epidemia (Maia et al., 2023). 

De acordo com a UNAIDS Brasil (2024),  o estigma associado ao HIV/AIDS, em particular, representa uma barreira substancial para a prevenção, diagnóstico e tratamento. O medo da discriminação pode desencorajar indivíduos de buscar testagem e tratamento, levando a diagnósticos tardios e menor eficácia das intervenções. Adicionalmente, a desigualdade de gênero agrava o risco de infecção pelo HIV entre mulheres e meninas, que muitas vezes enfrentam maior dificuldade de acesso a informações e serviços de saúde, bem como uma maior incidência de violência e coerção sexual. 

A pobreza, por sua vez, limita o acesso a serviços de saúde de qualidade e aumenta a vulnerabilidade ao HIV, criando um ciclo vicioso onde a epidemia perpetua condições socioeconômicas adversas. A mobilidade populacional, incluindo migração e deslocamento, também tem sido identificada como um fator de risco significativo, uma vez que pode envolver a ruptura de redes sociais e a exposição a novas redes de transmissão do HIV  (Garcia; Souza, 2010). 

Diante desse cenário, torna-se evidente que o sucesso no combate ao HIV/AIDS depende não apenas de avanços médicos e tecnológicos, mas também de esforços para mitigar os impactos dos determinantes sociais da saúde. Políticas públicas e programas de intervenção devem, portanto, ser desenhados para endereçar as raízes sociais e econômicas da epidemia, promovendo a equidade, a inclusão social e o acesso universal à saúde ( Melo; Maksud; Agostine, 2018). 

2.3 Comportamentos de Risco Associados ao HIV 

Os comportamentos de risco desempenham um papel crucial na transmissão do HIV, sendo fundamentais para entender a dinâmica da epidemia e formular estratégias eficazes de prevenção. Entre os comportamentos mais significativos estão as relações sexuais desprotegidas, o uso compartilhado de agulhas e seringas entre usuários de drogas injetáveis, e práticas de risco entre homens que fazem sexo com homens (HSH), populações transgênero e trabalhadores do sexo (Gomes; Lopes, 2022). Esses comportamentos são influenciados por uma variedade de fatores, incluindo falta de acesso a informações precisas sobre saúde sexual, barreiras ao acesso a preservativos e a serviços de saúde reprodutiva, e normas culturais e sociais que estigmatizam certas práticas e populações. 

Além disso, a educação sexual abrangente e baseada em evidências é um componente essencial na redução dos comportamentos de risco associados ao HIV. 

Programas de educação sexual que abordam não apenas a transmissão e prevenção do HIV, mas também questões mais amplas de saúde sexual e reprodutiva, direitos e relações saudáveis, demonstraram ser eficazes em mudar comportamentos e reduzir as taxas de infecção (Spindola et al., 2021). Contudo, em muitas regiões, esses programas enfrentam resistência devido a tabus sociais e políticos, limitando seu alcance e eficácia. 

A mitigação desses comportamentos de risco requer uma abordagem multifacetada que combine educação, acesso a serviços de saúde, e políticas públicas inclusivas. Estratégias bem-sucedidas incluem a distribuição gratuita de preservativos, programas de troca de seringas, terapia antirretroviral profilática pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP), e o fortalecimento de sistemas de saúde que promovam um ambiente acolhedor e sem julgamentos para todas as populações em risco (Calazans et al.,2023). 

2.4 Estratégias de Intervenção e Políticas Públicas 

A resposta à epidemia de HIV/AIDS tem sido marcada pela implementação de uma ampla gama de estratégias de intervenção e políticas públicas, visando tanto prevenir novas infecções quanto tratar aqueles já vivendo com o vírus. Nos últimos anos, essas estratégias evoluíram para abordar não apenas os aspectos biomédicos da doença, mas também os determinantes sociais e comportamentais que influenciam a sua transmissão e gestão (Calais; Perucchi, 2018). 

Políticas públicas eficazes no combate ao HIV/AIDS caracterizam-se pela promoção do acesso universal aos serviços de saúde, incluindo testagem e tratamento do HIV, programas de educação sexual, e iniciativas que visam reduzir o estigma e a discriminação associados à doença. A implementação da terapia antirretroviral como prevenção (TasP), que envolve o tratamento de pessoas vivendo com HIV para reduzir sua carga viral a níveis indetectáveis, impedindo assim a transmissão do vírus, tem se mostrado particularmente eficaz (Maria; Carvalho; Fassa, 2023). 

Além disso, a participação comunitária e a mobilização são componentes críticos das políticas de resposta ao HIV, permitindo que intervenções sejam adaptadas às necessidades específicas das populações mais afetadas. Essa abordagem baseada na comunidade contribui para superar barreiras ao acesso aos serviços de saúde e para promover mudanças comportamentais sustentáveis. 

Apesar desses avanços, desafios persistem, incluindo a necessidade de maior financiamento, a integração dos serviços de saúde do HIV com outros serviços de saúde e social, e a contínua luta contra o estigma e a discriminação (Souza et al., 2019). A evolução das políticas públicas e das estratégias de intervenção, portanto, deve ser contínua, baseada em evidências e sensível às mudanças nas dinâmicas sociais e epidemiológicas da epidemia. 

3 METODOLOGIA  

Para realizar esta revisão integrativa sobre os “Determinantes Sociais e Comportamentais do Aumento de Casos de HIV na Última Década”, adotou-se uma metodologia cuidadosamente planejada para garantir a abrangência e relevância dos dados coletados. O estudo foi concebido para sistematizar o conhecimento existente, proporcionando uma compreensão aprofundada dos fatores que têm contribuído para as tendências observadas no aumento dos casos de HIV, e avaliar as estratégias de intervenção implementadas. 

Inicialmente, a pesquisa envolveu a identificação e seleção de fontes de dados primárias e secundárias confiáveis. Artigos científicos publicados foram extraídos de bases de dados renomadas, como Scielo, EBSCO e PubMed, complementados por diretrizes do Ministério da Saúde, dados epidemiológicos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e relatórios de saúde publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Essa abordagem multidimensional assegura que uma variedade de perspectivas e evidências seja considerada, desde estudos acadêmicos até relatórios de organizações de saúde reconhecidas. 

A seleção dos artigos e documentos seguiu critérios pré-definidos de inclusão e exclusão, baseando-se na relevância para o tema de pesquisa, qualidade metodológica e atualidade da publicação. Foram priorizados estudos que abordassem explicitamente os determinantes sociais e comportamentais do aumento dos casos de HIV nos últimos dez anos, publicados em inglês, português ou espanhol. A busca por informações foi sistemática, utilizando-se palavras-chave e combinações relevantes para garantir a captura de uma ampla gama de estudos pertinentes. 

Após a coleta de dados, procedeu-se à análise e síntese das informações, empregando técnicas apropriadas para revisões integrativas. Esta etapa envolveu a avaliação crítica dos estudos selecionados, focando na identificação de padrões, temas comuns e lacunas no conhecimento. O processo permitiu a construção de um quadro compreensivo dos determinantes sociais e comportamentais influenciando o aumento dos casos de HIV, bem como uma avaliação das respostas dadas a esses desafios. 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS 

Nesta revisão, a análise da literatura revelou que os determinantes sociais e comportamentais têm desempenhado papéis fundamentais no aumento dos casos de HIV ao longo da última década. Os estudos revisados destacaram fatores como estigma e discriminação, desigualdades socioeconômicas, e lacunas em educação sexual como elementos chave que contribuem tanto para a vulnerabilidade ao HIV quanto para barreiras no acesso ao tratamento e serviços de prevenção. 

Estigma e Discriminação: 

O estigma associado ao HIV/AIDS persiste como uma barreira significativa para indivíduos buscando teste ou tratamento. Estudos incluídos na revisão demonstraram que o medo do estigma não só desencoraja a testagem do HIV, como também afeta negativamente a adesão ao tratamento antirretroviral. 

Desigualdades Socioeconômicas: 

A análise indicou que as desigualdades socioeconômicas exacerbam a exposição ao HIV, limitando o acesso à informação e recursos para a prevenção. Padrões de desigualdade, incluindo disparidades de gênero e renda, foram identificados como fatores que aumentam a susceptibilidade ao HIV, particularmente em comunidades marginalizadas. 

Educação Sexual: 

A falta de educação sexual abrangente foi reconhecida como um fator contribuinte para o aumento dos comportamentos de risco relacionados ao HIV. Os dados sugerem que programas de educação sexual eficazes e baseados em evidências são essenciais para reduzir a transmissão do HIV, especialmente entre jovens. 

Os resultados desta revisão integrativa destacam a complexidade dos determinantes sociais e comportamentais na epidemia de HIV/AIDS. A comparação dos achados com outros estudos indica que, apesar dos avanços no tratamento e na prevenção do HIV, fatores sociais e comportamentais continuam a impor desafios significativos. A persistência do estigma e das desigualdades socioeconômicas não apenas perpetua a vulnerabilidade ao HIV, mas também impede esforços eficazes de controle da epidemia. 

A discussão também aborda a necessidade de estratégias holísticas que integrem intervenções biomédicas com abordagens focadas nos determinantes sociais. Tais estratégias deveriam incluir a promoção de educação sexual abrangente, políticas de redução do estigma e discriminação, e a implementação de programas que visem diminuir as desigualdades socioeconômicas. 

Através da análise dos resultados e da discussão, torna-se evidente que uma abordagem multifacetada, que combine intervenções clínicas e sociais, é crucial para combater efetivamente a epidemia de HIV/AIDS. Estes achados fornecem subsídios importantes para a formulação de políticas públicas mais eficientes e para o desenvolvimento de futuras pesquisas que possam abordar as lacunas identificadas. 

5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Após uma análise abrangente dos dados disponíveis e uma discussão detalhada dos resultados, pode-se concluir que os determinantes sociais e comportamentais desempenham um papel significativo no aumento dos casos de HIV/AIDS. Os resultados desta revisão revelaram que o estigma e a discriminação associados ao HIV continuam a ser grandes barreiras para a prevenção e tratamento da infecção, impactando negativamente a saúde e o bem-estar das populações afetadas. 

Além disso, as desigualdades socioeconômicas emergiram como fatores críticos que contribuem para a vulnerabilidade ao HIV, destacando a necessidade de abordar questões estruturais e promover a equidade em saúde. A falta de educação sexual abrangente também foi identificada como uma lacuna significativa, ressaltando a importância de investir em programas de prevenção e conscientização que abordem as necessidades específicas das comunidades. 

No entanto, é importante reconhecer as limitações deste estudo. A revisão integrativa depende da disponibilidade e qualidade dos dados existentes, e pode estar sujeita a vieses de seleção. Além disso, apesar dos esforços para incluir uma variedade de fontes e abordagens metodológicas, pode haver aspectos não considerados ou não abordados em profundidade. 

REFERÊNCIAS 

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1Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas e-mail: Ravel.guerrero@gmail.com
2Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas e-mail: hermeshba@gmail.com
3Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas e-mail: Jvnicassio@gmail.com
4Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas e-mail: oridesnoe9@gmail.com
5Docente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário São Lucas e-mail: dr.stenioandrade@gmail.com