DESENVOLVIMENTO MOTOR NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA,DESAFIOS E A BUSCA POR NOVAS ALTERNATIVAS VIÁVEIS PARA OTIMIZAR A QUALIDADE DE VIDA DOS INDIVÍDUOS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12190946


Ana Beatriz Silva Alchaar¹; Victor Mayrink Braga Silva Lima¹; Bianca Mirian Garcia Martins Castro¹; Ricardo Frederico Gadelha Néo Filho²; Lucas Miguel Fernandes de Holanda Mariano²; Thayron Ranyere Brilhante Porto³; Jade Rabelo Parreira⁴; Kedson Mateus da Silva Milhomem Melo⁵; Mauro Gonçalves de Morais Filho⁶; Taiana de Arruda Pinto⁷


Resumo

Objetivos: Realizar uma análise acerca do desenvolvimento motor no que concerne ao transtorno do espectro autista, assim como alternativas viáveis a fim de facilitar a qualidade de vida dos mesmos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada a partir da busca por publicações científicas indexadas nas bases de dados: MEDLINE via PubMed, Cocrahne, Lilacs e SciELO. Os seguintes descritores foram utilizados: Transtorno do Espectro Autista; Desenvolvimento motor; Desafios. Ao final das buscas, 10 publicações atenderam aos critérios de inclusão e  exclusão propostos, sendo elegíveis para o estudo. Resultados: Diante dos achados extraídos dos estudos selecionados, percebeu-se que as terapêuticas formalmente disseminados para o déficit motor em pacientes com transtorno do espectro autista possuem limitações, sendo um desafio em relação a esse manejo, a presença de pacientes que não respondem aos tratamentos preconizados, assim, avanços tecnológicos como a utilização de terapias com equoterapia, podem proporcionar contribuições importantes para enfrentar as repercussões da doença, que tem sido considerada cada vez mais presente na sociedade, sobretudo após o período pandêmico. Conclusão: O seguinte estudo permitiu a reflexão acerca da necessidade de garantir tratamentos efetivos para o indivíduo com desenvolvimento motor alterado associado ao Transtorno do espectro autista, promovendo melhora na qualidade de vida, utilizando para tal  novas tecnologias. o apoio psicológico e social é essencial no manejo desses indivíduos em estado de vulnerabilidade.

Palavras-chave: Desenvolvimento motor,Transtorno do Espectro Autista,Desafios.

Summary

Objectives:To carry out an analysis of motor development in relation to autism spectrum disorder, as well as viable alternatives to improve their quality of life. Methodology:This is an integrative literature review, carried out based on the search by scientific publications indexed in the databases: MEDLINE via PubMed, Cocrahne, Lilacs and SciELO. The following descriptors were used: Autism Spectrum Disorder; Motor development; Challenges. At the end of the searches, 10 publications met the proposed inclusion and exclusion criteria, being eligible for the study. Results: Given the findings extracted from the selected studies, it was noticed that formally disseminated therapies for motor deficit in patients with spectrum disorder autistic people have limitations, being a challenge in relation to this management, the presence of patients who do not respond to recommended treatments, thus, technological advances such as the use of hippotherapy therapies, can provide important contributions to face the repercussions of the disease, which has been considered increasingly present in society, especially after the pandemic period. Conclusion: The following study allowed reflection on the need to guarantee effective treatments for individuals with altered motor development associated with Autism Spectrum Disorder, promoting improvements in quality of life, using new technologies for this purpose. Psychological and social support is essential in managing these individuals in a state of vulnerability.

Keywords: Motor development, Autism Spectrum Disorder, Challenges.

1. Introdução

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como um distúrbio do neurodesenvolvimento, composto por dois domínios: um domínio relativo a déficit de comunicação e interação social e um segundo domínio relacionado a comportamentos/interesses restritos e repetitivos (SPIES,2023).

Os dados epidemiológicos estimam que a prevalência global de TEA seja de uma pessoa em cada 160, sendo mais comum no sexo masculino, com a proporção de 3 homens para cada mulher.  Nos  Estados  Unidos,  estimou-se, em 2014, que uma a cada 68 crianças com 8 anos de idade apresentaram este transtorno.  Não  há  no  Brasil  estudos  de  base  populacional  que  tenham  investigado  a prevalência de TEA. No entanto, uma pesquisa recente, realizada no estado do Rio Grande do Sul, avaliou o número de solicitações realizadas da Carteira de Identificação de Pessoas com Transtorno   do   Espectro   Autista   (CIPTEA) e  foram   identificadas   4074   solicitações   do documento, acompanhadas de laudo diagnóstico, sendo 80% do sexo masculino e 20% do sexo feminino, com maior prevalência de crianças entre 4 a 5 anos de idade (VALLER,2023).

Mesmo não estando entre os critérios de diagnóstico, o atraso no Desenvolvimento Motor (DM) em crianças com TEA já era relatado por Hans Asperger (1944) , que mencionaram as atipias motoras em suas primeiras descrições clínicas do transtorno, anormalidades motoras em indivíduos com TEA abrangem uma ampla gama de disfunções, incluindo defeitos no controle motor grosso e fino, sequências motoras complexas (incluindo dispraxia e déficits na imitação), anormalidades nos movimentos oculares e déficits de aprendizagem motora (SPIES,2023).

Dessa  forma, as crianças com TEA que apresentam  atraso no desenvolvimento motor fino  podem  ser  afetadas  negativamente  na  caligrafia,  na  habilidade  de  digitar,  desenhar, reproduzir   gestos,   dentre   outros,   levando   a   desafios   na   comunicação. Atrasos   no desenvolvimento motor grosso podem impactar negativamente o equilíbrio, a aparência social e a motivação para se envolver em atividades sociais que abrangem esta habilidade como, por exemplo,  jogar  bola. A  partir  do  exposto,  entende-se  a necessidade  de  intervenção  nessa população para que possam aprimorar suas habilidades motoras finas e grossas, precocemente, para  minimizar  possíveis  déficits.  No  entanto,  até  o  momento,  poucas  intervenções  são direcionadas  ao  desenvolvimento  das  habilidades  motoras  para  crianças  com  TEA (LIU, BRESLIN, 2013).

Hodiernamente, tratamento com fisioterapia motora, acompanhamento nutricional e atividade física apresentam-se como o tratamento de primeira linha, com alta eficácia, para o manejo da doença (LIMA,2023).Entretanto, nem todos os pacientes portadores de Transtorno do espectro autista ao estabelecerem tratamento, obtém melhora das atividades cotidianas, sendo assim, necessário o estabelecimento de novas pesquisas a fim de estabelecer diretrizes de tratamentos mais eficazes a fim de pormenorizar as intempéries geradas pela não eficácia das terapêuticas vigentes.

Diante dos fatos, é notório que diante da alta incidência de casos á nível global, a fim de promover melhora da motricidade dos indivíduos com TEA em quadros mais severos pode ser utilizada  fisioterapia, tendo em vista a  expertise  para  examinar,  avaliar, traçar objetivos e condutas terapêuticas que possam auxiliar crianças com TEA, seus familiares e cuidadores, observando suas particularidades, dificuldades e potencialidades, desenvolvendo um tratamento específico e individualizado, visando à melhora da independência funcional, do engajamento ocupacional e da participação social.

2. Metodologia

Trata-se de um estudo caracterizado como uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), que possibilita a identificação, síntese e a realização de uma análise ampla na literatura acerca de uma temática específica (Silva et al.,2020). Dessa forma, foram utilizadas seis etapas para sua elaboração: (1) delimitação do tema e construção da pergunta norteadora da pesquisa; (2) levantamento das publicações nas bases de dados escolhidas; (3) classificação e análise das informações achadas em cada estudo ; (4) análise crítica das pesquisas selecionadas; (5) descrição dos resultados encontrados e (6) inclusão, análise crítica dos achados e síntese da revisão da literatura.

Assim sendo, a presente RIL tem como pergunta norteadora: “Quais são as alternativas viáveis, para otimizar o desenvolvimento motor de pacientes com Transtorno do espectro autista, além dos desafios que este impõe, com o fito de proporcionar maior qualidade de vida?” Em seguida, para a construção deste estudo, foram utilizadas as seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE via PubMed),Cochrane, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Para complementar a busca utilizou-se portais de Órgãos Governamentais (Diário Oficial da União do Brasil e Ministério da Saúde do Brasil );Portais de Serviços de Saúde (World Health Organization, Fundação Oswaldo Cruz e Global Med).

Os estudos foram localizados a partir da busca avançada, realizada entre os meses de Maio de 2024 e Junho de 2024, sendo que foram utilizados filtros de três idiomas (português, inglês e espanhol) e com data de publicação entre os anos de 2023 a 2024. A escolha desse recorte temporal dos últimos 4 anos, se deu pela atualidade da temática, com artigos que contemplassem as palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, avanços tecnológicos e desenvolvimento motor. Deste modo, foram incluídas publicações que englobassem o Transtorno do espectro autista de forma geral, bem como a correlação com situações de desenvolvimento motor promissoras e desafios relacionados à tratamentos já preconizados. 

Para buscar os estudos científicos correspondentes aos objetivos desta RIL, foram utilizados os seguintes termos de pesquisa:(“Autism spectrum disorder”) AND (“Challenges”) AND (“motor developement”) Os descritores foram selecionados de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde(DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH/PubMed). Todos foram combinados entre si por operadores: AND e OR. Ressalta-se que a busca de todos os descritores foi especificada por “Title/Abstract”.

Foram considerados elegíveis os artigos completos disponíveis nas bases de dados definidas; com período de publicação entre 2023 a 2024; nos idiomas português, inglês e espanhol; informações complementar utilizando-se  portais de Órgãos Governamentais, de Serviços de Saúde e de Conselhos de Classe, como supracitados anteriormente que atendessem a pergunta norteadora. Foram excluídos manuscritos que não respeitaram objetivo do estudo e a pergunta norteadora; assim como os resultantes de publicações entre os anos inferiores a 2023 e que estivessem na literatura cinzenta (publicações não catalogadas em formato impresso e eletrônico).

Utilizou-se o gestor de referências bibliográficas Mendeley versão 2.61.3, como ferramenta para auxiliar na seleção dos estudos e na condução da RIL. Na primeira etapa, um autor independente (VML e BMG) realizou a leitura e avaliação dos títulos e resumos dos artigos selecionados nas bases de dados, em conformidade com os critérios de inclusão/exclusão pré-definidos anteriormente, elegeram os artigos para leitura na íntegra. Não havendo quaisquer divergências entre os revisores sobre a inclusão dos manuscritos, ambos concordando com quais estudos atendiam os elementos necessários para responder à pergunta norteadora deste estudo.

3. Resultados e Discussão

A busca resultou na distribuição que se segue entre as publicações encontradas em cada base de dados: MEDLINE via PubMed (n=1.305), Cocrhane (n=127), Lilacs (n=37), SciELO (n=6.642) e Sites de órgãos governamentais e serviços de saúde (n=2),totalizando 8.113 publicações. Em seguida, foram analisadas as publicações (n=122), depois excluídos os manuscritos duplicados pelo título e resumo (n=240).Posteriormente, a leitura na íntegra de cada título e resumo com emprego dos critérios de inclusão (n=2.134). Após a leitura e avaliação final dos estudos, foram selecionados 10 manuscritos incluídos nessa RIL. Para sistematizar o processo seleção dos artigos optou-se pela metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analyses (PRISMA) (MOHER et al.,2009).As etapas deste processo estão descritas na forma de um fluxograma (Figura 1).

Figura 1. Fluxograma PRISMA de seleção dos estudos que constituíram a amostra.

Fonte: Autoria própria

Na Figura 2, é apresentado um gráfico dos artigos apresentados de acordo com a organização para análise de dados, obtendo-se as seguintes publicações selecionadas na base de dados empregadas na discussão do estudo: MEDLINE via PubMed (n=1), Cochrane (n=1), Lilacs (n=1) e SciELO (n=7), totalizando 10 publicações.

Figura 2.Distribuição dos estudos selecionados de acordo com as publicações elegidas na base de dados e porta eletrônico.

Fonte: Autoria própria

As  discussões  apresentadas  no  decorrer  deste  estudo  foram  distribuídas  no Quadro 1,de acordo com a autoria, o tipo de estudo, bem como o objeto de estudo e os resultados e conclusões dos trabalhos. Ademais, os textos eleitos foram em seguida, submetidos à análise de maneira crítica e segmentados por meio de quadros.

Quadro 1. Referências distribuídas pelos tipos de estudo e objetos de estudo.

Autor/Ano Tipo de estudo  Objetivo do EstudoResultados/Conclusão
SPIES, 2023Estudo qualitativoSintetizar e analisar a produção científica sobre as características do desenvolvimento motor (DM) em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).DM em crianças com TEA como atípico, apresentando déficits significativos em todas às áreas motoras, sendo a coordenação fina, o equilíbrio e o esquema corporal, os mais pronunciados.
VALLER, 2023Estudo qualitativoAvaliar o desenvolvimento motor de crianças de 0 a 6 anos, com diagnóstico médico de TEA.Nenhuma das crianças avaliadas apresentou o resultado final “normal”. Na área “motor fino-adaptativo”, 9 (90%) das crianças apresentaram atrasos e 7 (70%) apresentaram cautelas; na área “motor grosso”, 4 (40%) das crianças apresentaram atrasos e 6 (60%) apresentaram cautelas. As crianças com TEA apresentaram atrasos nas áreas motora fina e grossa, segundo o protocolo Denver II, quando comparadas com o desenvolvimento motor de crianças típicas.
DOS SANTOS, 2024Estudo qualitativoSintetizar as temáticas sobre a psicomotricidade e sua importância de adesão no âmbito hospitalar, principalmente para evitar Atrasos no Desenvolvimento Neuro Psicomotor (ADNPM) em pacientes infantis hospitalizados por longos períodos e/ou com Transtorno do Espectro Autista (TEA).A intervenção psicomotora teve suma importância no desenvolvimento humano, principalmente para aqueles que apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, sendo a maioria deles com diagnóstico de TEA, sem contar que, foi contatado que a psicomotricidade aliada ao desenvolvimento motor pode gerar benefícios para as crianças.
SOARES, 2024Estudo qualitativoAvaliar a contribuição da fisioterapia para o desenvolvimento motor, ativação de áreas da concentração e integração social.O fisioterapeuta tem papel primordial no tratamento das alterações motoras nos transtornos do espectro autista e na prevenção de agravos dessas pessoas, interferindo positivamente no desenvolvimento e melhora da qualidade de vida, permitindo ao indivíduo melhores respostas adaptativas ao seu ambiente.
ATAIDE, 2023Estudo qualitativoComparar as habilidades motoras de crianças de dois grupos: controle composto por crianças com desenvolvimento neurotípico e o outro de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista.De modo geral, quando comparado o desenvolvimento motor dos dois grupos, a partir das áreas motoras avaliadas pelos testes foi possível observar atrasos no desempenho motor no grupo de crianças com Transtorno do Espectro Autista.
BARBOSA, 2024Estudo qualitativoConsolidar e analisar empiricamente os benefícios da fisioterapia para o desenvolvimento motor em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), oferecendo insights valiosos para profissionais de saúde, educadores e familiares. Demonstraram-se melhorias notáveis na coordenação motora das crianças após intervenção fisioterapêutica específica. Resultados similares foram observados em estudos que evidenciaram avanços significativos na mobilidade e flexibilidade das crianças com TEA.
DE SOUSA ASSIS, 2023Estudo qualitativoAvaliar o desempenho motor de crianças com Transtorno do Espectro Autista e sua relação com o grau do TEA.Os resultados mostraram que o sexo predominante foi o masculino (92,9%), sendo classificados 42,9% como autistas severos, 42,9% como autistas leves ou moderados e 14,3% como não autistas. Conclui-se que as crianças apresentaram desempenho motor relacionadas a motricidade global e fina dentro da normalidade, porém, na classificação do equilíbrio obtiveram pontuações mais baixas. Não houve comparação e nem correlação do grau do TEA com o desempenho motor analisado pela EDM.
OLIVEIRA, 2024Estudo mistoDescrever os benefícios das atividades e terapias equinas nas áreas cognitivas de crianças com TEA/autismo.Foi possível identificar benefícios das atividades e terapias assistidas por cavalos nas áreas cognitivas de crianças com TEA e autismo, principalmente no que diz respeito ao cognitivo social e emocional, bem como, na redução da irritabilidade, hiperatividade e agressividade.
KANGARANI-FARAHANI, 2023Estudo qualitativoAvaliar deficiências motoras em crianças com transtorno do espectro autista.A maioria dos artigos (92,5%) indicou que 50–88% das crianças com TEA apresentavam deficiências motoras significativas em avaliações motoras padronizadas e/ou questionários funcionais.

Fonte: Autoria Própria.

Diante dos estudos analisados foram listados estudos acerca da existência da déficits motores em pacientes com TEA, de acordo com os estudos as crianças avaliadas apresentaram desempenho abaixo do esperado para sua idade cronológica ,apresentando déficits significativos em todas às áreas motoras, sendo a coordenação fina, o equilíbrio e o esquema corporal, os mais pronunciados. Estudos evidenciados além do acometimento em áreas citadas, evidenciaram em alguns pacientes com TEA possuem também déficit motor grosso, apresentando-se em casos de maior acometimento psicomotor.

Desse modo, a fisioterapia, e mostraram eficientes no manejo do estado de TEA, obtendo papel primordial no tratamento das alterações motoras nos transtornos do espectro autista e na prevenção de agravos dessas pessoas, interferindo positivamente no desenvolvimento e melhora da qualidade de vida, permitindo ao indivíduo melhores respostas adaptativas ao seu ambiente, assim como a melhora da mobilidade e flexibilidade.

Além disso, a  equoterapia. se apresenta como uma alternativa adjuvante efetiva, tendo também a vista o desenvolvimento da motricidade fina e do equilíbrio, assim como, cognitivo social e emocional, bem como, na redução da irritabilidade, hiperatividade e agressividade. Entretanto, ainda é pouco disseminada a utilização de tais medidas tendo o difícil acesso da atividade, além da necessidade de mais estudos acerca da mesma. Reiterando Da Silva,2020,que cita em sua pesquisa realizada com universitários da área da saúde que mesmo no ambiente acadêmico nota-se que 38,9% dos universitários não possuem conhecimento sobre as terapias alternativas para o transtorno.

É importante salientar que o sexo predominante acometido pelo déficit motor foi o masculino (92,9%), sendo classificados 42,9% como autistas severos, 42,9% como autistas leves ou moderados e 14,3% como não autistas.

Desse modo, é importante salientar que apesar de o Transtorno do espectro autista possuir tratamentos já estabelecidos, possuem limitações e sua ação pode ser insuficiente em alguns indivíduos acometidos pela comorbidade, dentre os tratamentos preconizados a realização de fisioterapia, se apresenta como padrão ouro, sendo amplamente aceito, assim, novas opções de tratamento se fazem importantes a fim de facilitar o manejo do quadro, dentre estas opções a equoterapia.

4. Conclusão

No presente estudo, foram sistematizados conhecimentos sobre as intempéries a serem contornadas referentes ao défcit motor em pacientes com TEA e  estratégias  de  enfrentamento, assim como opções alternativas de combate ao quadro,expondo a perspectiva da doença. 

Em  suma, as novas tecnologias como uso de terapias como a equoterapia para estabelecer o manejo do Transtorno do espectro autista podem oferecer importantes contribuições para o enfrentamento da repercussões dessa doença, que vem sendo considerada cada vez mais presente na sociedade, tornando-se uma comorbidade de alto impacto para a saúde pública nacional assim como para a comunidade global. Observa-se que as intempéries ressaltadas por este  estudo foram, sobretudo, limitações quanto ao acesso das terapias alternativas, apesar de serem atividade que expressam boa adesão e melhora significativa dos déficits motores; A baixa melhora dos déficits motores utilizando-se de terapias de maior acesso como a fisioterapia de forma exclusiva.

Diante disso, estes indivíduos  devem  receber  atenção  especial  nos cuidados da TEA, pois encontram-se em situação de vulnerabilidade, no qual esses sintomas  podem ser aumentados ou minorados através da adesão ou não da terapêuticas estabelecidas, sendo as novas alternativas para tal importantes ao diminuírem os impactos para os portadores de déficits motores. Assim,  salienta-se,  que as  ações  quando aplicadas  associadas ás novas tecnologias,  podem  auxiliar e  trazer grandes benefícios à população, minorando  os problemas associados ao tratamento da doença, além de melhorar a aceitação ao tratamento do quadro em questão. Vale  ressaltar  que, embora a  o tratamento do Transtorno do espectro autista seja desafiador aos profissionais da área da saúde no Brasil e no mundo, tendo em vista as suas limitações, múltiplos novos estudos tem sido realizados de forma a instituir de forma gradual melhores intervenções para o manejo de pacientes com TEA, da mesma forma que, dos déficits motores motivados pelo transtorno.

Referências

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LIMA,Victor Mayrink Braga Silva, Bianca Mirian Garcia Martins Castro, Ana Alice de Araújo Scherer, Lais Mendes Lago, Leticia Bastos De Sousa, Antônio Frivaldo Marinho Neto, Francilene Nunes Oliveira de Melo, Ana Júlia da Cruz Morais, Sindy Maria Menezes Dourado, & Antônio Silva Machado. (2023). TRATAMENTOS PARA DOENÇA DE PARKINSON, DESAFIOS, AVANÇOS TECNOLÓGICOS E PERSPECTIVAS. Revistaft, 27(122), 04. https://doi.org/10.5281/zenodo.7996204.

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1Discentes do curso de Medicina Universidade Ceuma Campus Imperatriz – Imperatriz-MA;
2Discentes do curso de Medicina FACENE – Mossoró-RN;
3Discente do curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão – UFMA – Imperatriz-MA;
4Médica pelo Centro Universitário de Anápolis – Unievangélica – Anápolis-GO;
5Médico pela Universidade Ceuma Campus Imperatriz -Imperatriz-MA;
6Médico pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS – Campo Grande-MS;
7Discente do curso de Medicina da Universidade Unigranrio Afya – Rio de Janeiro-RJ;