DESENVOLVIMENTO E CONTROLE DE QUALIDADE DE CREME HIDRATANTE A BASE DE ÓLEO VEGETAL DE RICINUS COMMUNIS L.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11659609


Flávia Ritchelle Coutinho Lucena1,3.; Izabel Cristina Portela Bogéa Serra1; Kathilen Dairley Saminez Pinheiro1; Ana Sarah Nobre Bezerra Santos1; Mayara Jhully Silva Rodrigues1; Prof. Dr. Saulo José Figueiredo Mendes2,3; Prfª. Me. Lully Gabrielly Silva Alves2.


RESUMO

INTRODUÇÃO: O Brasil possui uma variedade de espécies vegetais utilizadas como ingredientes ativos no desenvolvimento de cosméticos, entre eles se destaca o óleo de mamona (Ricinus communis L.) que pertencente à família Euphorbiaceae. Também conhecido como óleo de mamona, o mesmo possui diversas atividades terapêuticas, como efeito analgésico e anti-inflamatório que ajudam a tratar a pele seca e irritada. 

OBJETIVOS: O objetivo geral é desenvolver uma formulação cosmética com propriedade hidratante corporal utilizando o óleo vegetal de mamona (Ricinus communis L.). Os objetivos específicos destinam-se a elaborar um creme-base para a incorporação do óleo vegetal de mamona e analisar a estabilidade preliminar e acelerada do produto em diferentes temperaturas de armazenamento.

MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa aplicada de abordagem experimental, desenvolvida no laboratório da Farmácia Universitária Dra. Terezinha Rêgo. O óleo vegetal de mamona foi adquirido em um centro comercial de produtos naturais na cidade de São Luís- MA. Foram feitas as análises de estabilidade preliminar onde amostras do produto foram expostas à extremas temperaturas com o objetivo de acelerar um possível processo de instabilidade. Analisou-se também parâmetros organolépticos como cor, odor e aspecto, o pH foi determinado, assim como a densidade, estendendo-se ao ciclo de gelo-degelo e por fim o teste de estabilidade acelerada que durou noventa dias.

RESULTADOS: Após a manipulação e incorporação do óleo de mamona no creme-base, obteve-se uma formulação de cor levemente amarelada, odor que remete ao óleo da mamona e um aspecto semissólido homogêneo. No teste de estabilidade preliminar o aspecto da formulação manteve-se uniforme, sem separação de fases e parâmetros como pH e densidade tiveram poucas alterações. Tratando-se do ciclo gelo-degelo os resultados foram satifastórios e sobre a estabilidade acelerada, as amostras apresentaram também pequenas oscilações no pH e na densidade, porém, esses achados não indicam desvio de qualidade.

CONCLUSÃO: Contudo, obteve-se uma formulação que não apresentou separação de fases, com aspecto consistente e que durante os noventa dias apresentou pequenas alterações em alguns parâmetros que não impactam ou comprometem a qualidade do produto corforme literatura. Dessa forma acredita-se que a formulação representa uma boa opção como creme corporal hidrantante e que demais testes, como a análise microbiológica pode ser feita a fim de assegurar essa sugestão.

Palavra-chave: Óleo vegetal, mamona, hidratante, formulação cosmética, controle de qualidade. 

ABSTRACT

INTRODUCTION: Brazil has a variety of plant species used as active ingredients in the development of cosmetics, among which castor oil (Ricinus communis L.) stands out, belonging to the Euphorbiaceae family. Also known as castor oil, it has several therapeutic activities, such as analgesic and anti-inflammatory effects that help treat dry and irritated skin.

PURPOSE: The general objective is to develop a cosmetic formulation with body moisturizing properties using castor oil (Ricinus communis L.). The specific objectives are to develop a base cream for the incorporation of castor vegetable oil and to analyze the preliminary and accelerated stability of the product at different storage temperatures.

METHODS: This is applied research with an experimental approach, being developed in the laboratory of the University Pharmacy Dr. Therezinha Rêgo. Castor vegetable oil was purchased at a natural products shopping center in the city of São Luís-MA. Preliminary stability analyzes were carried out where samples of the product were exposed to extreme temperatures with the aim of accelerating the instability process. Organoleptic parameters such as color, odor and appearance were also analyzed, pH was determined, as was density, extending to the freeze-thaw cycle and finally the accelerated stability test that lasted ninety days.

RESULTS: However, a formulation was obtained that did not present phase separation, with a consistent appearance and that during the ninety days showed small changes in some parameters that do not impact or compromise the quality of the product according to the literature. Therefore, it is believed that the formulation represents a good option as a moisturizing body cream and that other tests, such as microbiological analysis, can be carried out in order to ensure this suggestion.

CONCLUSION: However, a formulation was obtained that did not present phase separation, with a consistent appearance and that during the ninety days showed small changes in some parameters that do not impact or compromise the quality of the product according to the literature. Therefore, it is believed that the formulation represents a good option as a moisturizing body cream and that other tests, such as microbiological analysis, can be carried out in order to ensure this suggestion.

Keywords: Vegetable oil, castor oil, moisturizer, cosmetic formulation, quality control.

1 INTRODUÇÃO

A taxa de crescimento dos setores de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos supera a taxa de crescimento do PIB no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), seu crescimento anual é superior a 10%. Entretanto as estimativas atuais indicam que a despesa média das famílias com produtos desta indústria gira em torno de 1,5% do orçamento familiar (ABIHPEC, 2020).

Estima-se que o crescimento das indústrias do setor de cosméticos tem ocorrido de acordo com o aumento da expectativa de vida por meio do incentivo a produtos que prolongam a juventude, o lançamento de produtos inovadores e a realização de grandes investimentos em tecnologia para aumentar a competição e a competitividade no mercado (ABIHPEC, 2017). De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2015), cosméticos são formulações compostas por substâncias naturais ou sintéticas, que podem ser utilizadas externamente em diferentes partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, genitália externa, dentes e mucosas (BARABRE, 2019).

O principal objetivo dos cosméticos é limpar e perfumar, mudar sua aparência e corrigir o odor corporal, proteger ou manter em bom estado. Segundo dados de 2018 e 2019 publicados pela Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumes e Cosméticos – ABIHPEC, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial no mercado de beleza e cuidados pessoais, estando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão (WEBER, 2020).

As indústrias de higiene pessoal, perfumes e cosméticos são divididas em três tipos de empresas: empresas com foco em higiene pessoal, perfumes e cosméticos, diversificação de negócios em vários mercados e empresas de nicho ou processamento de farmácia (CARVALHO, 2021). As empresas com foco em higiene pessoal, perfumaria e cosméticos são responsáveis pela etapa de formulação dos produtos, e a busca pela inovação e altos custos de planejamento e desenvolvimento são características dessas empresas (ARMENDÁRIZ et al., 2015). Entre os cosméticos mais usados pelas mulheres brasileiras, o creme hidratante está em primeiro lugar. (INFANTE; CALIXTO; CAMPOS, 2015).

Por ser um país com vasta biodiversidade, no Brasil diversas espécies são empregadas como componentes no desenvolvimento de produtos cosméticos, dentre as quais se destaca o óleo de mamona (Ricinus communis L.) pertencente à família Euphorbiaceae (FLOR, MAZIN e FERREIRA, 2019). É também conhecido como óleo de rícino e possui diversas atividades terapêuticas, como o seu efeito analgésico e anti-inflamatório, sendo sugerido para uso em peles secas e irritadas. É facilmente absorvido e estimula a produção de colágeno, reduzindo rugas e estrias também. Possui propriedade emoliente que auxilia na hidratação, elasticidade e suavidade da pele (FURTADO e SAMPAIO, 2020). Possui propriedades relaxantes que proporcionam sensação de bem-estar, na indústria de cosméticos pode ser incorporado ao desenvolvimento de várias formulações (BARABRE, 2019).

A raíz da mamoneira apresenta sistema radicular pivotante e fistuloso e as raízes laterais secundarias são bem desenvolvidas. O caule é liso, de coloração esverdeada e com nós. Vale ressaltar que o nó em que o primeiro racemo aparece está associado à maturidade da planta. As folhas são alternadas, de coloração verde-escuro e palmadas com cinco a onze lóbulos. A flor é monoica e a inflorescência é uma panícula formada de um racemo bem desenvolvido. O fruto é uma cápsula com três divisões e apresenta estruturas semelhantes a espinhos. As sementes apresentam cores e tamanhos diferentes, variando em função da variedade (FOGAÇA et al., 2017).

De acordo com os autores Zucco, Sousa e Romeiro (2020), a exploração da mamona está em função do seu fruto, pois é dele que se extrai o óleo, principal produto comercializado e que por meio do processo de extração resulta na torta, que é o subproduto. Na possibilidade de consórcio da mamoneira com a moringa, a torta de mamona – subproduto da extração de óleo pode ser utilizada no manejo do plantio da moringa, atuando como adubo orgânico (AGUIAR e NOVELLI, 2020). 

As propriedades químicas originais do extrato do Ricinus Communis L, é adequado para uma ampla gama de uso de significado industrial. Entre suas aplicações modernas estão: revestimentos protetores (tintas e vernizes), plásticos, nylon, planos e lubrificantes de aviões, resistência à água na superfície, fluidos hidráulicos, produtos farmacêuticos, vidros à prova de balas, cabos de fibra, lentes de contato, plástico e biodiesel (CONCEIÇÃO, 2017). 

Assim, o presente trabalho justifica-se pelo fato de ser expressivo o número de produtos desenvolvidos pela indústria farmacêutica à base de extrato de mamona, no entanto, é importante reunir referências mais recentes e atualizar trabalhos que possuem temáticas semelhantes contribuindo para estudos que relatam sua importância e características, em virtude dos aspectos abordados anteriormente, neste trabalho de pesquisa, escolheu-se como matriz o óleo de mamona (base de vegetais), buscando-se promover uma contribuição científica para o desenvolvimento de emulsões vegetais. A escolha desse óleo vegetal e a ideia de produzir hidratante à base do mesmo, está relacionada aos seguintes aspectos:

  • Encontra-se de forma comercial com facilidade; 
  • Produto típico da região nordeste do Brasil; 
  • Utilizando-se a emulsão de vegetais, há uma combinação das excelentes propriedades de lubrificação e refrigeração, a partir da mistura de óleo e água.

Sendo assim, o objetivo geral desse estudo foi desenvolver uma formulação cosmética de um creme hidratante corporal utilizando óleo vegetal de mamona (Ricinus communis L.). E sobre os objetivos específicos: formular creme hidratante corporal utilizando óleo vegetal de Ricinus communis L.; analisar as propriedades físico-químicas da formulação do creme hidratante proposto; realizar estudos de estabilidade preliminar e acelerada.

2 MÉTODOS

2.1 Obtenção da Amostra Vegetal

Realizado no laboratório da farmácia Universitária Dra. Terezinha Rêgo, esta pesquisa aplicada utilizou uma abordagem experimental. O foco principal foi o óleo vegetal extraído da mamona (Ricinus communis L.), obtido em umo loja de produtos naturais de São Luís-MA. Para determinar os componentes ativos, suas concentrações e funções, conforme tabela 1, a preparação envolveu o uso do método a quente para criar uma emulsão óleo em água (O/A). Em estudo anterior realizado pelos autores Ferreira e Brandão (2008), a técnica de emulsificação por inversão de fases foi amplamente discutida.

Tabela 1 – Componentes da formulação do creme hidratante.

Fonte: Autora (2024)

Após a aquisição dos ingredientes necessários, o creme passou por manipulação seguindo as orientações da Boas Práticas para Preparações Magisteriais e Oficiais de Uso Humano em Farmácias (RDC 67/2007) (BRASIL, 2007). Com a conclusão do processo de preparação, a formulação foi cuidadosamente armazenada em recipiente selado e submetida a avaliações de estabilidade preliminar e acelerada.

2.2 Teste Preliminar de Estabilidade 

Testes preliminares de estabilidade realizados durante um curto período de tempo podem ser considerados testes orientadores para o desenvolvimento de produtos. Envolve submeter as amostras a condições extremas de temperatura destinadas a acelerar o processo de desestabilização para auxiliar na triagem das formulações, pois o teste de estabilidade acelerado não será possível se a formulação não obtiver resultados considerados dentro dos parâmetros preliminares de estabilidade (ISAAC et al., 2008). 

De acordo com as normas das “Diretrizes de Estabilidade Cosmética”, a fórmula foi analisada através de testes de estabilidade preliminares: zero dia (T0), sete dias (T7), quinze dias (T15), vinte e um dias (T21), Vinte e oito dias (T28), trinta dias (T30), sessenta dias (T60) e noventa dias (T90) foram analisados em triplicata de acordo com o seguinte método:

2.3 Características Organolépticas 

A análise levou em consideração parâmetros como aspectos visuais, cor e cheiro. A avaliação do preparo envolve observação macroscópica e avaliação olfativa, utilizando iluminação padrão (BRASIL, 2008). Os resultados são classificados da seguinte forma: normal (N), que significa aparência uniforme, superfície lisa, sem grumos visíveis, cor normal e cheiro normal (L), que significa aparência levemente heterogênea, presença de pequenos grumos na superfície, leve turbidez e leve mudança no cheiro; ALTERADO (A), indicando aparência irregular, grumos visíveis na superfície, separação de fase significativa, opacidade e mudança perceptível no odor.

2.4 Determinação de pH 

A avaliação foi feita por um medidor de pHmetro de bancada (Gehaka pg 1800), onde os eletrodos foram colocados diretamente na amostra.

2.5 Determinação de Densidade 

A densidade do produto foi determinada avaliando-se a correlação entre sua massa, medida em gramas, e o volume que ocupa, medido em mililitros. Para aquisição da massa foi utilizada uma balança semianalítica (Gehaka, Mod. BK 8000) para pesar 5 gramas da formulação. O volume foi determinado transferindo a formulação para um béquer (ANVISA, 2021). A densidade foi posteriormente calculada como D = massa (g)/volume (ml).

2.6 Teste de Centrifugação

Utilizando uma centrífuga Daiki Modelo 80-2B com Display Digital, um conjunto de tubos de ensaio cônicos graduados foi preparado para experimentação. O produto, pesando 5 g, foi cuidadosamente adicionado a cada tubo e em seguida colocado em balança semianalítica Gehaka 8000 para medição. Os tubos foram então agitados a uma velocidade de 3000 RPM durante 30 minutos, todos à temperatura ambiente. O objetivo desta etapa foi determinar visualmente se ocorreu ou não separação de fases, utilizando iluminação padrão conforme especificado nas diretrizes (BRASIL, 2008).

2.7 Estresse Térmico 

Para avaliar a estabilidade do produto (4 g), este foi submetido a um teste de exposição ao calor utilizando banho termostático (KACIL Ltda-Mod. BM-02) na faixa de temperatura de 40ºC a 70ºC. A temperatura foi aumentada gradativamente em 5ºC a cada meia hora. O objetivo principal deste experimento foi verificar a presença ou ausência de separação de fases, o que indicaria a estabilidade do produto (PIANOVSKI et al., 2008).

2.8 Ciclo de Gelo-Degelo 

Para uma avaliação preliminar da estabilidade, aproximadamente 10 g da formulação foram submetidos a uma série de ciclos de congelamento e descongelamento. Isto envolveu alternar entre altas temperaturas (45ºC ± 5ºC) durante 24 horas e baixas temperaturas (–5ºC ± 2ºC) durante 24 horas. Foram realizados um total de 6 ciclos. Nos dias 7, 15, 21 e 30 do processo de congelamento-descongelamento foi avaliado as características organolépticas, o pH e a densidade. 

2.9 Teste de Estabilidade Acelerada 

Para avaliar o comportamento e a segurança do produto, foram realizados testes de estabilidade em três intervalos distintos: trinta dias (T30), sessenta dias (T60) e noventa dias (T90). De acordo com as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foram realizados testes acelerados de estabilidade nas amostras em diversas temperaturas. O produto, acondicionado em embalagens comercialmente recomendadas, foi submetido às temperaturas de forno (45ºC ± 5ºC), geladeira (5ºC ± 2ºC) e temperatura ambiente (25ºC ± 5ºC). Durante todo o teste, as propriedades sensoriais, densidade e níveis de pH do produto foram examinados meticulosamente usando os métodos descritos nas seções Características Organolépticas, Determinação de pH e Determinação de Densidade, respectivamente (BRASIL, 2004). Vale ressaltar que todas as análises foram realizadas em triplicata para garantir a precisão e confiabilidade dos achados.

3 RESULTADOS

O óleo de mamona é derivado da semente da planta Ricinus communis e possui propriedades químicas anômalas em comparação com a maioria dos óleos vegetais, incluindo uma maior concentração de triglicerídeo de ácido ricinoléico, que é um ácido graxo hidroxilado incomum em óleos vegetais, é está presente em uma faixa de 84,0% a 91,0% de sua composição. A composição molecular do triglicerídeo de ácido ricinoléico é única devido aos seus três grupos químicos altamente reativos: o grupo carbonila no primeiro carbono, a ligação dupla (ou insaturação) no 9º carbono e o grupo hidroxila no 12º carbono (COSTA, 2006). Esses grupos funcionais facilitam o processamento do óleo de mamona em diversos processos químicos, o que resulta em uma grande variedade de produtos.

3.1 Teste Preliminar de Estabilidade 

Para a realização de testes preliminares de estabilidade durante um período de 15 dias, foi produzido um total de 0,5 kg de emulsão cosmética, tendo como principais princípios ativos 3% do óleo de mamona (Ricinus communis L.). Adicionalmente, a emulsão foi acelerada por 90 dias (Figura 1).

Figura 1 – Formulação desenvolvida contendo a base auto emulsionante 3% do óleo de mamona. 

Fonte: Autora (2024)

As amostras apresentaram cor, aparência e odor consistentes, não indicando alterações perceptíveis em suas características organolépticas. Os valores de pH apresentaram pequenas oscilações ao longo do tempo, com amostras armazenadas em diferentes condições (geladeira, estufa e ambiente) apresentando variação de aproximadamente ± 0,4. Da mesma forma, as medidas de densidade apresentaram pequenas variações, oscilando consistentemente em torno de 0,90. Estas conclusões preliminares, conforme descritas na Tabela 2, demonstram resultados satisfatórios durante o período inicial do estudo. 

Tabela 2: Avaliações macroscópicas dos resultados e determinação do pH e densidade durante o estudo preliminar.

N* (aparência uniforme, superfície lisa, ausência de caroços visíveis, cor normal e odor característico) Fonte: Autora (2024).

Ao longo dos testes iniciais de estabilidade, os atributos sensoriais das amostras não apresentaram sinais de alteração. As amostras apresentaram consistentemente uniformidade em todas as avaliações a que foram submetidas, mantendo a tonalidade branca vibrante, a textura sedosa, desprovida de grumos e emitindo um aroma distinto. Esta estabilidade visual persistiu durante todo o período de análise.

3.2 Centrifugação, estresse térmico e ciclo gelo-desgelo

Após o manuseio do creme, foram realizados testes preliminares de estabilidade na formulação. As amostras foram submetidas a teste de centrifugação, que demonstrou aspecto uniforme e sem separação de fases, indicando a estabilidade da formulação. Durante todo o teste de estresse térmico, as amostras permaneceram homogêneas até atingirem a temperatura de 60ºC. Porém, em temperaturas entre 65ºC e 70ºC, foi observada leve separação de fases (Figura 2). Posteriormente, a amostra passou por ciclos de congelamento e descongelamento, durante os quais manteve sua homogeneidade em todas as análises, apresentando textura lisa, sem grumos e mantendo o odor característico desejado. Visualmente, a formulação permaneceu estável durante todo o período de análise. Os valores de pH das amostras apresentaram variação mínima de ±0,4 durante o ciclo de congelamento-descongelamento, com a medição de pH final resultando em 5,84, inferior ao pH inicial de 6,05 registrado no dia do manuseio do produto. Em termos de densidade, foi observada uma ligeira variação de ±0,11 durante o ciclo de congelamento-descongelamento de acordo com a tabela 3. 

Figura 2 – Teste de centrifugação (a) e Teste de estresse térmico (b)

Fonte: Autora (2024).

Tabela 3 – Avaliações macroscópicas dos resultados e determinação do pH e densidade durante o estudo inicial

N* (aparência uniforme, superfície lisa, ausência de caroços visíveis, cor normal e odor característico) Fonte: Autora (2024).

No teste de centrifugação, o creme não apresentou diferença de fase e era uniformemente denso, o que demonstrou a estabilidade da formulação. Porém, a amostra do teste de estresse térmico manteve uma temperatura uniforme de 60ºC, e apresentou uma ligeira diferença de fase nas temperaturas de 65ºC e 70ºC.

3.3 Teste de Estabilidade Acelerada

Ao longo do estudo de estabilidade acelerada de 90 dias, as amostras mantiveram consistentemente a sua homogeneidade (Tabela 4). Exibiram uma aparência normal e mantiveram sua cor branca brilhante, textura lisa e ausência de grumos durante os testes realizados em diferentes temperaturas. Além disso, as amostras emitiram um aroma distinto de óleo essencial da mamona, que permaneceu consistente. É importante ressaltar que todos os parâmetros medidos ao longo do período de análise ficaram dentro da faixa aceitável.

Tabela 4 Avaliações macroscópicas dos resultados e determinação do pH e densidade durante o estudo acelerado.

N* (aparência uniforme, superfície lisa, ausência de caroços visíveis, cor normal e odor característico) Fonte: Autora (2024).

A única exceção foi que as amostras armazenadas em temperatura ambiente permaneceram estáveis durante 60 dias de tratamento, mas foram observadas alterações na aparência, cor e odor da formulação durante a análise de 90 dias, com o aspecto branco leitoso, com alguns caroços, de cor branco levemente amarelado e odor desagradável, não sendo viável manter essa formulação em temperatura ambiente. 

Os resultados obtidos na medição do pH de amostras armazenadas em diferentes condições como geladeira, forno e temperatura ambiente apresentaram variações menores: ± 0,13, ± 0,16, ± 0,2 respectivamente. Os valores obtidos em todas as análises estiveram na faixa de pH acima de 5 e abaixo de 6, conforme Tabela 3. Portanto, estão dentro da faixa de pH da pele, o que se mostra suficiente, considerando que o pH da pele é um pouco menos ácido, em torno de 4,8-5,8, para que ela possa desempenhar adequadamente sua função de barreira.

4 DISCUSSÃO

Migoto (2018) descreve que cada óleo possui um índice de refração específico, que está associado ao grau de saturação das ligações e de outros componentes, como a quantidade de ácidos graxos livres, o grau de omentação do óleo e os tratamentos térmicos que ele realiza. foi submetido. Os petróleos eram vulneráveis. Para o cálculo da densidade, o valor considerado para o óleo de castanha-do-pará foi de 0,879 g/cm³, valor este que está de acordo com o valor típico relatado na literatura. Uma pesquisa realizada por Freitas et al. (2021) apresentou densidade de 0,874 g/cm³, valor semelhante à densidade calculada neste estudo. Outra investigação, conduzida por Correa et al. (2016), que apresentou maior valor de densidade média de 0,897 g/cm³.

Ao criar uma fórmula cosmética que possa ser aplicada na pele, é importante entender a composição dos ingredientes, realizando testes para garantir a qualidade do produto. Como resultado, a análise do pH nos fornece informações cruciais sobre alterações que afetariam negativamente a fórmula, e essas alterações são evitadas. O pH dos óleos vegetais é suscetível a alterações de temperatura, luz, umidade e presença de oxigênio. Estar próximo desses fatores pode facilitar a conversão dos óleos em seus respectivos sais, isso aumenta o pH do produto (ANVISA, 2021). Os dados obtidos indicaram que o pH do óleo de castanha-do-pará era 4,48, valor inferior ao esperado para um produto que seria usado na pele. É fundamental que o pH do produto seja compatível com o da sua pele. Silva (2022) descreve o pH da pele como estando entre 4,5 e 7,5. Se o pH da composição final estiver fora desta faixa, deverão ser feitas alterações.

O valor do pH é um componente significativo do processo de formulação que contribui para a avaliação da estabilidade. Porém, é possível deduzir uma ligação entre a alteração do pH e o tempo de armazenamento, pois a amostra foi mantida em recipiente transparente, sempre em temperatura ambiente. É fundamental reconhecer que a formulação possui um grau de acidez semelhante ao pH da pele, este grau promove a integridade da pele. Além disso, um pH levemente básico pode potencializar a estabilidade química e biológica do hidratante, aumentando sua potência (MATOS, 2019). Outras investigações também relataram resultados com diferentes valores de pH utilizando o mesmo óleo, por exemplo, os relatados por Medeiros Marino (2018), que constatou que o pH da emulsão permaneceu entre 6,00 e 6,50 em temperatura ambiente, isso pode ser observado para evitar uma mudança significativa nos valores de pH.

A mamona (Ricinus communis L.) é conhecida popularmente como carrapateira e é amplamente cultivada no Brasil, principalmente nas regiões em que o clima é quente e úmido. É uma planta arbustiva, podendo ser perene ou anual, pertencente à família Euphorbiaceae e gênero Ricinus (DRUMOND et al., 2019).

A raiz da mamoneira apresenta sistema radicular pivotante e fistuloso e as raízes laterais secundarias são bem desenvolvidas. O caule é liso, de coloração esverdeada e com nós. Vale ressaltar que o nó em que o primeiro racemo aparece está associado à maturidade da planta. As folhas são alternadas, de coloração verde-escuro e palmadas com cinco a onze lóbulos. A flor é monoica e a inflorescência é uma panícula formada de um racemo bem desenvolvido. O fruto é uma capsula com três divisões, podendo apresentar estruturas semelhantes a espinhos. Pode ser deiscente, semi-deiscente e indeiscente. As sementes apresentam cores e tamanhos diferentes, variando em função da variedade (FOGAÇA et al., 2017).

A mamoneira é uma oleaginosa tolerante a seca e adaptada as diversas condições edafoclimáticas das regiões brasileiras. Considerada como uma planta rústica de região de clima tropical, encontra-se dispersa em várias partes do mundo, cultivada comercialmente entre os paralelos de 40ºN e 40ºS. Conforme Hajrah et al. (2019), a mamoneira se desenvolve e produz bem em qualquer tipo de solo, exceto nos de textura argilosa e de má drenagem. Entretanto, é importante atentar-se ao zoneamento agrícola para a cultura da mamona.

De acordo com Kang et al., (2017) a mamoneira apresenta características fisiológicas e morfológicas que possibilitam sua produção consorciada à outras culturas. Conforme Moraes (2015), no Nordeste brasileiro é comum cultivar a mamona em consórcio com culturas de ciclo curto como milho e feijão, maximizando o uso da terra. Porém, deve ser evitado o consorcio com gramíneas, pois essas reduzem a produtividade da mamoneira (NGUEDAP et al., 2020). Devido ao amplo espaçamento de plantio, a M. oleifera possibilita o consórcio com a mamona. Há várias cultivares de mamoneira disponíveis para o plantio, a exemplo da BRS energia que é uma cultivar de ciclo curto, porte baixo, adaptada as condições de solo e clima da região Nordeste (RIOS et al., 2019), tornando-se uma opção para o sistema de consorcio com a moringa.

Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2022), na safra de 2022 há mais de 48 mil hectares de área plantada com mamona e a produção já ultrapassa 38 mil toneladas. De acordo com Silva et al. (2023), a exploração da mamona está em função do seu fruto, pois é dele que se extrai o óleo, principal produto comercializado e que por meio do processo de extração resulta na torta, que é o subproduto. Na possibilidade de consórcio da mamoneira com a moringa, a torta de mamona – subproduto da extração de óleo pode ser utilizada no manejo do plantio da moringa, atuando como adubo orgânico.

A mamona é uma planta pertencente à família Euphorbiaceae, na qual se encaixam diferentes tipos de plantas. São plantas de hábitos arbustivos, com diferentes colorações de caule, folhas e cachos, podendo ou não possuir uma espécie de cera no caule ou pecíolo. Da mesma forma que a planta, as sementes possuem diferentes tamanhos e colorações, os frutos em geral possuem espinhos e em alguns casos são inertes (SINGH et al., 2018).

Extraído pela prensagem a frio dos grãos de mamona. Este óleo também é conhecido vulgarmente como óleo de rícino, sendo composto em maior grau por ácido ricinoléico (89,5%), e em menor grau por ácido oleico (4%), e ácido linoleico (3%). Devido a sua estabilidade às temperaturas elevadas frente aquelas usadas na peletização e extrusão, o óleo da mamona é considerado como um “óleo fixo”, pois mesmo em temperaturas mais altas, não sofre perdas pela volatilização (YEBOAH et al., 2020).

5 CONCLUSÃO

Após desenvolver a formulação do creme hidratante utilizando o óleo de mamona (Ricinus communis L.) como ingrediente, conseguimos obter um produto com uma emulsão estável, como era esperado para um hidratante. O óleo de de mamona possui várias aplicações e potenciais a serem explorados, acredita-se que o seu potencial nutritivo, culturalmente estabelecido, é comprovado pela quantidade de ácidos graxos e suas razões de insaturação, além da presença de vitaminas e outros compostos benéficos para o organismo. 

Considerando que o propósito dessa pesquisa consistiu em adicionar o óleo de mamona em uma formulação de creme hidratante, pode-se concluir que, ao término dos noventa dias, ocorreram algumas alterações leves no aspecto, na densidade e no índice de refração da formulação. No entanto, segundo a literatura, essas alterações foram consideradas aceitáveis dentro dos padrões encontrados.  

Na indústria dos cosméticos, a literatura confirma a capacidade do óleo de mamona, porém é necessário realizar estudos mais aprofundados e contar com o incentivo de empresas desse setor para uma exploração mais eficaz desse insumo. Além disso, os valores analisados estão de acordo com a escassa literatura existente sobre os parâmetros físico-químicos do óleo em estudo, é crucial conduzir estudos adicionais sobre as características químicas e físicas do óleo, buscando otimizar a utilização desse recurso natural e valorizar os produtos naturais encontrados no Brasil. 

Sugere-se também realizar novos testes por um período prolongado, submetendo o produto a temperaturas variadas (baixas e altas), verificando a estabilidade por um período mais longo e determinando a validade do creme hidratante.

REFERÊNCIAS

AGUIAR MA, NOVELLI PHGS. Desenvolvimento de uma formulação cosmética antioxidante e fotoprotetora à base de curcumina. Perspectivas da Ciencia e Tecnologia. 2020;12(1):24-39. Disponível em: https://revistascientificas.ifrj.edu.br/revista/index.php/revistapct/article/view/1517/8 Acesso em: 10/02/2024.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 7 de 10 de fevereiro de 2015. Publicado no Diário Oficial da União em 11 de fevereiro de 2015.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Biblioteca de Cosméticos. 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/ptbr/assuntos/regulamentacao/legislacao/bibliotecastematicas/arquivos/cosmeticos#page=8&zoom=100,25,320>. Acesso em: 10/02/2024.

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1Acadêmico do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.
2Docente do Curso de Farmácia Universidade CEUMA.
3Laboratório da Farmácia Universitária Dra. Terezinha Rêgo, Universidade CEUMA.