DESENVOLVIMENTO DO CHOQUE SÉPTICO EM PACIENTES INTERNADOS NA UNIDADE DE  TERAPIA INTENSIVA: FATORES DE RISCO 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7723737


Érica de Andrade Alves da Silva1 
Leandro Maia Leão2 
Carla Adriana da Silva Gouveia3 


Resumo:  

Objetiva-se revisar nas evidências disponíveis na literatura acerca de quais são os principais  fatores para o desenvolvimento da sepse na UTI e alencar medidas de prevenção eficientes para  uma prática assistencial de qualidade ao paciente assistido nesta unidade. Trata-se de uma  revisão integrativa da literatura, realizada entre os meses de novembro de 2022 até janeiro de  2023. Realizou-se a busca por intermédio das bases de dados eletrônicas: BDENF, SCIELO e  LILACS. Foram encontrados 120 artigos científicos, no entanto, após aplicação dos parâmetros  de validação, seis estudos foram incluídos na amostra final. A idade e o gênero masculino são  fatores que predispõem a ocorrência da sepse na Unidade de Terapia Intensiva, além da  realização dos procedimentos invasivos e do tempo prolongado no setor, o que acarretam uma  maior probabilidade de adquirir a IRAS no ambiente hospitalar. Conclui-se que a comunicação  entre os profissionais de saúde, bem como, a capacitação permanente são fatores primordiais  para a minimização da ocorrência desses agravos à saúde, e auxiliam para um melhor cuidado,  centralizado nas individualidades de cada ser humano. 

Palavras-chave: Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva; Fatores de Risco; Sepse. 

1. INTRODUÇÃO 

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention as Infecções  Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) consistem em uma condição patológica que são  adquiridas após a admissão do paciente na unidade hospitalar, e que podem se manifestar  durante a internação ou após a alta hospitalar. Desse modo, podem culminar em reações  adversas à presença de um agente infeccioso, comprometendo a funcionalidade do organismo  do indivíduo acometido e influenciando de maneira negativa em sua qualidade de vida  (FREITAS et al., 2022). 

A manifestação da sintomatologia está associada a precariedade imunológica do  paciente hospitalizado e a gravidade de seu quadro clínico. Trata-se de condições preocupantes,  tendo em vista que devido a vulnerabilidade do paciente assistido, pode ocorrer o agravo de sua  condição de saúde provocando o óbito (FIGUEIREDO-JÚNIOR et al., 2021). 

O choque séptico consiste em um sério agravo à saúde público do país nas instituições  intensivas de internação, que são resultados de uma infecção que se alastra pelo corpo, rapidamente, afetando vários órgãos e que pode levar à morte. Trata-se de um agravo à saúde  desafiador, e é a principal causa de mortalidade no setor referente a Unidade de Terapia  Intensiva (UTI). Para tanto, o índice de mortalidade nas UTI de acordo com os estudos  elencados, variam de 28 a 60% no país, sendo o determinante a doença primária (BARROS et  al., 2016). Desse modo, no Brasil ocorre aproximadamente 200 mil novos casos por ano, com  um percentual de mortalidade de 35 a 45% para pacientes portadores de sepse grave, e referente  ao choque séptico, o índice corresponde a 65% de mortalidade.  

Nessa vertente, pode-se compreender a sepse como uma disfunção orgânica  potencialmente fatal, decorrente de uma resposta desregulada do organismo para um agente  infeccioso (WESTPHAL et al., 2019). Já o choque séptico consiste em um subconjunto da  sepse, em que as alterações subjacentes ao metabolismo celular e do sistema cardiovascular são  intensas o suficiente para agravar o quadro de fatalidade, aumentando a probabilidade de  ocorrência do óbito. 

Segundo um estudo realizado por Hall et al., 2011, o autor salienta que a sepse aumenta  exponencialmente em países desenvolvidos, tendo em vista que os principais fatores para o  desenvolvimento desta condição referem-se ao consumo inadequado de alimentos, que  influencia diretamente na condição de saúde do indivíduo. Para tanto, devido ao  desenvolvimento de medicação bacterianas, a população utiliza destes para minimizar a  sintomatologia manifestada por diferentes agentes causais, fazendo com que ocorra a  resistência bacteriana aos antibióticos devido ao uso inadequado e exacerbado.  

Nessa perspectiva, um dos principais fatores relacionados ao desenvolvimento da sepse  no ambiente hospitalar consiste na permanência do paciente na unidade de internação, dado que  devido ao elevado tempo na unidade, maior será a probabilidade para o desenvolvimento da  IRAS (MOURA et al., 2017). 

Nesse contexto, as medidas de prevenção e promoção à saúde são indispensáveis, sendo a higienização das mãos, preparo adequado dos alimentos no setor de alimentação hospitalar,  ingesta de água tratada, utilização adequada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e  Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são recursos que auxiliam para a minimização do  índice de ocorrência da sepse no ambiente hospitalar, e influencia diretamente na melhora do  paciente diminuindo a possibilidade do aumento da permanência na unidade, acarretando  diretamente na prevenção da sepse (SILVA et al., 2022a). 

Para tanto, o estudo objetivo revisar nas evidências disponíveis na literatura acerca de  quais são os principais fatores para o desenvolvimento da sepse na UTI e alencar medidas de prevenção eficientes para uma prática assistencial de qualidade ao paciente assistido nesta  unidade. 

2. METODOLOGIA 

As revisões de literatura são métodos de pesquisa que possuem como objetivo agregar  as informações existentes em determinados aspectos do conhecimento a fim de construir um  novo corpo de conhecimento (URGER, 2019). O vigente estudo empregará como método a  revisão integrativa da literatura. Este método de pesquisa constitui-se de uma investigação  abrangente da literatura, agregando-a, resumindo-a, com a finalidade de colaborar para o  entendimento de um problema específico ou evento, além de proporcionar contribuições para  prática baseada em evidências (SOUZA et al., 2010). 

Em primeiro instante, buscou-se determinar o objetivo específico da pesquisa, por  intermédio da formulação de questionários cruciais sobre a temática, visando coletar  informações primárias e implementando a aplicação dos critérios de elegibilidade. Nessa  perspectiva, formulou-se a seguinte questão de estudo: “Quais são os principais fatores de risco  para o desenvolvimento da sepse na Unidade de Terapia Intensiva?”. O método PRISMA  (Preferred ReportingItems for Systematic Reviews and Meta-Analyses), trata-se de um  instrumento que tem aproximadamente 27 itens e sete etapas de fluxograma, usado para  avaliação crítica de estudos publicados, mesmo que seu checklist não seja um instrumento de  avaliação da qualidade de uma revisão sistemática (PAGE et al., 2021). 

Desse modo, foram determinados o Descritores em Ciências da Saúde (DECs):  Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva, Fatores de Risco e Sepse, combinados entre si  pelo operador booleano AND, conforme explicito na Tabela 1.  

O processo de busca ocorreu entre os meses de novembro de 2022 até janeiro de 2023,  utilizando as seguintes bases de dados eletrônicas: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base  de Dados de Enfermagem (BDENF).  

Os critérios de inclusão aplicados consistem em: pesquisas publicadas entre os anos de  2018 e 2022, textos completos na íntegra e disponíveis gratuitamente, artigos científicos cujo  assunto corresponder ao tema sob investigação; em português, inglês e espanhol. Serão  excluídos documentos duplicados, tipo editoriais, resenhas e monografias, pesquisas que não  possuem o resumo disponibilizado e pesquisas que não respondem ao objetivo do estudo.

Após a aplicação dos critérios pré-estabelecidos, foi realizada uma análise cuidadosa de  títulos e resumos. Posteriormente, sucedeu-se a leitura na íntegra, escolhidos aqueles que  responderam à questão norteadora. 

O presente estudo dispensa o parecer do Comitê de Ética por não se tratar de pesquisa  envolvendo seres humanos e sim de um estudo bibliográfico na categoria de revisão de  literatura. 

Tabela 1 – Cruzamentos realizados de acordo com as bases de dados selecionadas.  Brasil, 2022. 

Fonte: Autores (2022). 

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

A partir da verificação dos estudos nas bases de dados e da aplicação dos critérios de  elegibilidade, sucedeu-se para as seguintes etapas: 

1. Identificação e a exclusão dos estudos duplicatas por meio do software Endnote  (ferramenta de gerenciamento de referências que possibilita a sistematização das  referências selecionadas em diferentes bases de dados eletrônicas). Para tanto, nesta  etapa, foram identificados um total de 120 documentos, dos quais, 41 estudos consistiam  em pesquisas duplicadas. 

2. Realizou-se a exclusão de quatro estudos por não apresentarem resumo disponível para  leitura. 

3. Posteriormente, 12 pesquisas foram descartadas por não possuírem sua versão gratuita  disponibilizada na íntegra. 

4. Após a leitura rigora do título e resumo, foram eliminados 24 estudos por não serem  pertinentes a temática abordada neste estudo e 33 estudos foram descartados após a  leitura na íntegra por não responderem ao objetivo da pesquisa. 

5. Para tanto, seis estudos se enquadram nos critérios pré-estabelecidos e foram incluídos  para a composição da amostra final, conforme indicado na Figura 1.

Figura 1: Fluxograma da seleção dos estudos. Autores, 2022. 

Fonte: Autores, 2022. 

A caracterização das pesquisas incluídas neste estudo de revisão foi sintetizada  conforme é apresentado no Tabela 2 e sistematizada conforme o ano, título, autor, objetivo e  conclusões.  

Tabela 2 – Características dos estudos incluídos na revisão de acordo com o ano de  publicação, título, autor, objetivo e conclusões. Brasil, 2022. 

AnoTítuloAutorObjetivoConclusões
2022Sepse associada ao cateter venoso central em
pacientes adultos
internados em uma Unidade de Terapia
Intensiva
Faria, J. P.Analisar as evidências
científicas publicadas sobre os fatores para o
desenvolvimento de sepse associada
ao cateter venoso
central em
pacientes adultos
internados em
Unidade de Terapia
Intensiva.
A atuação precisa
do enfermeiro,
mediante a
identificação de padrões anormais
de saúde e o reconhecimento
precoce constitui
-se uma das principais formas de aplicação
dos cuidados de
enfermagem, tendo
em vista que, após
instalação da
doença, quanto
mais precisa e
rápida ocorrer às
ações de saúde,
menores serão as
chances de progressão e
gravidade da doença e, consequentemente,
melhor será o
prognóstico.
2022Fatores associados
ao desenvolvimento das IRAS na
Unidade de Terapia
Intensiva: revisão
de literatura
Silva, B. B. L. et al.Descrever os fatores que levam o
desenvolvimento
de infecção
relacionadas a
assistência à saúde
na unidade de terapia intensiva
Idade avançada,
câncer metastático comórbido, infecção por HIV e
insuficiência cardíaca foram
independentemente
associados a um maior risco de morte. Essa
variação foi associada a fatores
específicos do paciente e da doença e ao processo de
atendimento e diferenças de país
para país.
2021Fatores que
intensificam o risco
de Sepse e o papel
do farmacêutico neste contexto:
revisão integrativa
Quemel, G. K. C. et
al.
Analisar, com base
na literatura, os fatores que intensificam as
mortes de pacientes
hospitalizados com
SEPSE, destacando o papel do
farmacêutico no
cuidado e dispensação de
antibióticos.
Percebeu
-se que o
farmacêutico é um
profissional indispensável para o monitoramento das ações
assistenciais e técnicas, tanto no
serviço de
farmácia,
laboratório como nas ações assistenciais adotados, para garantir a adesão das diretrizes
estabelecidas em protocolos de sepse.
2019Incidência do sítio de infecção em casos de sepse em uma Unidade de Terapia Intensiva:
revisão de literatura
Orguim, C. L. et al.Identificar o sítio de
infecção por sepse mais incidente em
UTI
O sítio mais
incidente em casos
de Sepse é o respiratório e há necessidade de mais pesquisas
sobre sepse.
2021Atuação da
enfermagem frente
ao paciente com sepse nas Unidades
de Terapia
Intensiva: revisão
de literatura
Soares, A. N.Analisar produções
científicas sobre os aspectos clínicos e epidemiológicos da sepse e a atuação da enfermagem frente
aos cuidados do paciente nas unidades de terapia
intensiva entre 2009 a 2020
Observou-se que a
equipe de
enfermagem possui
um papel
fundamental na
orientação do paciente acometido pela sepse, bem como, na oferta do
acolhimento e aporte emocional ao paciente e aos
familiares.
2021Prevalência e fatores associados à sepse e choque
séptico em pacientes
oncológicos em
Terapia Intensiva
Silva, M. M. M. et
al.
Analisar fatores
associados à sepse e
choque séptico em
pacientes
oncológicos em
Unidade de Terapia
Observou-se que a
sepse e/ou choque séptico em
pacientes
oncológicos se associaram às características clínicas e fatores da
assistência à saúde.
Fonte: Autor, 2022.

Em 100% dos estudos analisados, pode-se observar que indivíduos do sexo masculino  estão mais suscetíveis a desenvolverem o choque séptico. Nessa perspectiva, observa-se que a  adesão de medidas de profilaxia é utilizada de maneira distinta em relação ao gênero feminino  e masculino. Para tanto, salienta-se que o cuidado centrado nas individualidades de cada sujeito  deve ser um fator primordial para o oferecimento da assistência, minimizando os eventuais  agravos à saúde que podem ocorrer devido à imprudência e a negligência (ORGUIM et al.,  2019). 

Desse modo, obteve-se que em relação à idade, quatro estudos observaram que a média  da idade dos pacientes acometidos pelo choque séptico corresponde há 62, 3 anos. Este  resultado se aproxima dos dados coletados de um estudo realizado por Orguim, et al., 2019,  sendo que este, sob uma perspectiva de análise epidemiológica, constatou que nas UTI latino americanas 60% dos pacientes diagnosticados com sepse possuem uma idade equivalente ou  superior a 65 anos. Isto se dá devido a alteração do sistema imunológico neste período, tornando  o organismo mais suscetível a adquirir infecções oportunistas. Observou-se por meio dos  resultados obtidos que esses dados sugerem que devido ao aumento populacional da pessoa  idosa está associado aos fatores que facilitam a evolução de suas condições clínicas a nível  hospitalar para formas infecciosas mais graves como a sepse. 

Nesse sentido, constatou-se por meio das análises que o principal sítio de infecção  corresponde ao aparelho respiratório, e observou-se que o menor índice apresentado foi 35,8% e o maior índice foi de 71,7%, com uma média de 49,6%. No estudo, pode-se compreender que  o sítio secundário constitui na região abdominal, com quatro artigos dos sets analisados,  indicando como segundo principal em 57% das evidências científicas. Esses dados coincidem  com um estudo realizado por Quemel et al., 2021, dado que a pesquisa realizada pelo autor  analisou 1557 prontuários de pacientes com sepse e relataram que 52,3% dos pacientes eram  hipertensos e 55,8% apresentaram o pulmão como foco infeccioso. 

Quanto ao agente infeccioso, pode-se analisar por meio do estudo realizado por Silva et  al., 2021, que são 11 no total, sendo 5 bactérias (Staphylococcus coagulase, Klebsiella  pneumoniae, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas sp); 4 vírus (humano  metapneumovirus, influenza A, coronavírus, Vírus Sincicial Respiratório) e 2 fungos (Candida  sp, Aspergillus sp). Para tanto, por meio dos resultados analisados, ressalta-se que o tratamento  da sepse bacteriana ocorre por meio da utilização de antibióticos, e quanto aos outros agentes  etiológicos, não há detalhamento das formas de tratamento (SILVA et al., 2022a). 

As IRAS, no ambiente de internação, ocorrem devido à realização de técnicas invasivas  (acesso venoso central ou periférico, sondagem vesical de demora, ventilação mecânica  invasiva, curativos), pacientes que possuem doenças autoimunes, ou que não possuem o  esquema vacinal conforme preconizado, além do tempo prolongado de internação. Além desses  fatores que auxiliam para a ocorrência da sepse na Unidade de Terapia Intensiva, há também a  utilização inadequada de medicações antimicrobianas, e o próprio ambiente do setor que já  favorece a seleção natural de microrganismos e, consequentemente a colonização e/ou infecção  pelos mesmos, inclusive os microrganismos multirresistentes.  

Nessa perspectiva, compete ao profissional de enfermagem a prevenção e controle  sistemático da infecção nosocomial e das infecções transmissíveis de modo geral, de acordo  com a Lei n° 7498 de 25 de junho de 1986 (FARIA et al., 2022). 

O estudo realizado por Soares et al., 2021, destacou a relevância da atuação da equipe  de enfermagem frente a minimização dos fatores de risco para o desenvolvimento da sepse no  ambiente hospitalar, e na diminuição dos riscos que podem agravar o quadro clínico do  paciente. Desse modo, a monitorização dos sinais vitais, orientações adequadas ao paciente,  acolhimento, aporte emocional, realização de técnicas estéreis e higienização adequada das  mãos são primordiais para que ocorra a minimização desses agravos. Além disso, salienta-se  que por meio da realização do diagnóstico de Enfermagem, torna-se possível a compreensão da  situação atual do paciente, e a realização de intervenções objetivas, que promovem uma melhor  qualidade de vida ao paciente assistido pela equipe.

Para tanto, compreende-se com os estudos que a atuação da equipe multiprofissional e  as ações educativas em saúde (educação permanente e continuada) são ferramentas essenciais  para a tomada de decisão da equipe e da realização de uma assistência de qualidade,  possibilitando um melhor prognóstico ao paciente assistido (SILVA et al., 2022b). Dessa  forma, ressalta-se que a prática baseada em evidências, e a realização de procedimentos  embasados em estudos científicos é fundamental para nortear a prática do cuidado.  

6. CONCLUSÃO 

Pode-se concluir que a idade e o gênero são fatores de risco para o desenvolvimento do  choque séptico na Unidade de Terapia Intensiva, além da realização de procedimentos invasivos  (cateteres venosos centrais, sondas vesicais de demora, ventilação mecânica e outros),  utilização de imunossupressores; tempo prolongado de internação, colonização por  microrganismos resistentes, uso indiscriminado e abusivo de antimicrobianos e o próprio  ambiente da unidade são fatores que influenciam diretamente no organismo do paciente,  tornando-os vulneráveis aos agentes infecciosos causadores da sepse. 

Desse modo, salienta-se que a educação em saúde e a realização de capacitações  permanentes com a equipe é fundamental para minimizar os riscos de adquirir as Infecções  Relacionadas à Assistência à Saúde, diminuindo positivamente o risco de desenvolver a sepse.  Para tanto, compreende-se que a comunicação efetiva entre a equipe de saúde é um recurso  primordial para a assistência ao paciente assistido, de modo que a troca de informações a  respeito do quadro clínico do paciente permite a discussão de intervenções efetivas e  multiprofissionais para nortear o cuidado ao paciente. 

Referências 

1. BARROS, L. L. D. S; MAIA, C. D. S. F.; MONTEIRO, M. C. Fatores de risco  associados ao agravamento de sepse em pacientes em Unidade de Terapia Intensiva.  Cadernos de Saúde Coletiva, 24 (4): 388-396, 2016 

2. FARIA, J. P. et al. Sepse associada ao cateter venoso central em pacientes adultos  internados em uma unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de  Desenvolvimento, 8(7), 51807-51814, 2022. 

3. HALL, M. J. et al. Internação por septicemia ou sepse: um desafio para pacientes e  hospitais. Resumo de dados do NCHS, v. 62, p. 1–8, 2011. 

4. FIGUEIREDO-JÚNIOR, A. M. et al. Caracterização das principais formas de  tratamento sepse em pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Revista  Eletrônica Acervo Científico, v. 36, e8814-e8814, 2021. 

5. MOURA, J. M. et al. Diagnóstico de sepse em pacientes após internação em unidade de  terapia intensiva. Arquivos Ciências da Saúde, 24(3), 55-60, 2017.

6. ORGUIM, C. L; TERTULIANO, G. C. Incidência do sítio de infecção em casos de  sepse em unidade de terapia intensiva: uma revisão integrativa. Revista Científica de  Enfermagem-RECIEN, 9(25, 2019.  

7. PAGE, M. J. et al. Declaração PRISMA 2020: um guia atualizado para a publicação de  revisões sistemáticas. Revista Española de Cardiologia, 74(9), 790-799, 2021.

8. QUEMEL, G. K. C. et al. Fatores que intensificam o risco de óbito causado por SEPSE  e o papel do farmacêutico nesse contexto: uma revisão integrativa. Brazilian Journal  of Health Review, 4(2), 8940-8962, 2021. 

9. SILVA, B. B. L. et al. Fatores associados ao desenvolvimento de infecção relacionados  à assistência à saúde na unidade de terapia intensiva: uma revisão da literatura. Pesquisa,  Sociedade e Desenvolvimento, 11(5), e14711528125- e14711528125, 2022a. 

10. SILVA, M. M. M. et al. Prevalência e fatores associados à sepse e choque séptico em  pacientes oncológicos em terapia intensiva. Revista Brasileira de Enfermagem, 75(1),  e20201338, 2022b. 

11. SOARES, A. N. et al. Atuação da enfermagem frente ao paciente com sepse nas  unidades de terapia intensiva: revisão de literatura. Revista Artigos.Com, 29, e7787,  2021. 

12. SOUZA, M. T; SILVA, M. D; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como  fazer. Einstein, 8(1), 102-6, 2010. 

13. UNGER, R. Breve estudo filosófico sobre a elaboração de categorias em revisões da  literatura: a perspectiva da ciência da informação. LOGEION: Filosofia da  informação, 5(2), 148-158, 2019. 

14. WESTPHAL, G. A. et al. Características e perdas de pacientes com sepse adquiridos na  comunidade e no hospital. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 31(1), 71-78,  2019.


1Instituição: Centro Universitário (CESMAC).
Orcid: 0000-0002-2639-6299
e-mail: ericaandradesilva12@gmail.com

2Faculdade: Centro Universitário (CESMAC)
Orcid: 0000-0002-8393-687X
e-mail: leandro-maia-@hotmail.com

3Faculdade: Centro Universitário (CESMAC)
Orcid: 0000-0002-5276-5764
e-mail: cgouveiacosta@hotmail.com