DEVELOPMENT OF AN ANIMATED INFOGRAPHIC ABOUT PALLIATIVE CARE
DESARROLLO DE UNA INFOGRAFÍA ANIMADA SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10542361
Tatielly Teixeira das Chagas1
Alexia da Rocha Laurentino2
Danielle Kaline Lima Marçal3
Gabriel Ferreira dos Santos4
Letícia Lopes Dorneles5
RESUMO: O estudo tem como objetivo desenvolver um infográfico animado sobre Cuidados Paliativos. Trata-se de um estudo metodológico para desenvolvimento e validação de uma tecnologia educacional, do tipo infográfico animado. Durante o desenvolvimento dessa tecnologia educacional, seguiu-se quatro etapas para desenvolvimento de materiais didáticos: planejamento, produção, implementação e avaliação. Como resultados foi confeccionado um roteiro como guia e realizado um infográfico animado sobre o tema com duração de 2 minutos e 53 segundos, contendo 21 telas de apresentação. Conclui-se que este estudo contribui para disseminar as boas práticas relacionadas aos cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida.
DESCRITORES: Cuidados Paliativos; Profissionais da Saúde; Animação.
INTRODUÇÃO
Compreende-se por Cuidados Paliativos (CP), um modelo de cuidados integrais, holísticos e interdisciplinares para a prevenção, detecção precoce e tratamento de agravos que acometem pacientes de todas as idades que não respondem ao tratamento curativo. Tem como objetivo, melhorar a qualidade de vida de pacientes sem estimativa de cura, seus familiares e cuidadores, por meio da prevenção e alívio da dor e do sofrimento (1).
Os cuidados são prestados por uma equipe multiprofissional, e visa uma melhor qualidade de vida, reabilitação física, mental e apoio profissional diante das limitações psicológicas, sociais e espirituais do paciente e familiares (2).
O termo palliare tem sua origem no Latim significando proteger, amparar, cobrir, abrigar e objetiva não somente curar, mas também cuidar do indivíduo como foco principal (3).
O Cuidado Paliativo surgiu historicamente através do termo Hospice. Essa palavra data dos primórdios da era cristã quando essas instituições fizeram parte da disseminação do cristianismo pela Europa. Hospices eram abrigos (hospedarias) destinados a receber e cuidar de peregrinos e viajantes. Foi introduzido por Cicely Saunders, como a filosofia do cuidado à pessoa que está morrendo (3).
O Cuidado Paliativo consiste em abordar medidas terapêuticas que diminuem as características negativas da doença sobre o indivíduo, seja em ambiente hospitalar, ambulatorial ou domiciliar. Seu objetivo principal é trazer ao paciente e familiares uma melhor qualidade de vida, através do alívio de sinais e sintomas e do apoio psicológico, espiritual, emocional e social durante todo o processo, mesmo após sua morte, a fim de diminuir a ansiedade de familiares e pacientes, criando um vínculo de confiança e segurança com a equipe profissional (4).
Em 2018, o Ministério da Saúde publicou a resolução nº 41, que normatiza a oferta de cuidados paliativos como parte dos cuidados continuados integrados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A resolução define que os cuidados paliativos devam estar disponíveis em todo ponto da rede, na atenção básica, domiciliar, ambulatorial, hospitalar, urgência e emergência (5).
Apesar da relevância dos Cuidados Paliativos, são poucos os estabelecimentos no Brasil que dispõem de serviço bem estruturado com essa finalidade. É importante ter um espaço para desenvolver esse tipo de abordagem a fim de trazer benefícios tanto para os pacientes como para o sistema de saúde, otimizando os recursos e oferecendo uma assistência alinhada com as preferências de cuidados (6).
Com um pequeno número de centros específicos para CP no Brasil, os pacientes fora de possibilidades terapêuticas de cura, acumulam-se nos hospitais, recebendo quase sempre uma assistência focada na tentativa de cura e utilização de métodos invasivos devido ao despreparo dos profissionais em atuar com esse tipo de público. Esses pacientes apresentam fragilidades de naturezas física, psicológica, social e espiritual, trazendo aos profissionais de saúde, familiares e ao próprio indivíduo uma necessidade de um modo específico de cuidar (6).
A realização dos cuidados paliativos exige conhecimentos específicos dos profissionais. A comunicação entre a equipe interdisciplinar, família e paciente é fundamental para que haja sucesso no plano de assistência ao paciente paliativado (7).
Diante dessa problemática, as atividades educativas para os profissionais que atuam com pacientes em demanda de CP são fundamentais para uma assistência mais qualificada. As ações educativas são vistas como estímulo para mudanças no processo de trabalho entre as equipes de saúde. Elas possibilitam o empoderamento do profissional com conhecimentos teórico-práticos, o que repercute no aprimoramento das condutas e reforço da prática humanizada, contribuindo para as transformações nas abordagens assistenciais e consequentemente na melhoria dos cuidados (7).
Dentre os materiais didáticos que podem ser utilizados para contribuir nos processos de aprendizagem, destacamos os infográficos animados. Eles são recursos computacionais que utilizam elementos visuais aliados a textos verbais, reduzidos e objetivos, para passar uma informação. Tendo como finalidade chamar atenção do leitor e tornar a explicação de um determinado assunto mais claro e compreensivo (8, 9).
Eles permitem tornar diferentes conteúdos mais acessíveis a diversos perfis de pessoas, pois utilizam de componentes estéticos que seduzem e captam facilmente a atenção dos usuários: a inserção de imagem, áudio, texto, fotografias com movimento, vídeos e animações tudo ao mesmo tempo. Eles conseguem motivar sem esforço a atenção para os mais diversos conteúdos (8, 9).
A aprendizagem por meio de um infográfico é considerada 6,5 vezes maior do que quando comparado com a leitura de textos, por isso, está ganhando popularidade na mídia, como jornais, revistas, Facebook, Twitter e YouTube, e também como recurso didático no processo de ensino e aprendizagem (9).
Afim de demonstrar de forma dinâmica e explicativa informações relacionados a esse contexto e contribuir com o processo educativo principalmente dos profissionais de saúde que lidam com o processo do Cuidado Paliativo, o objetivo do estudo foi a produção de um infográfico animado como recurso didático para o ensino sobre cuidados paliativos.
MÉTODO
Trata-se de um estudo metodológico, de produção de tecnologia educativa (10). Para o desenvolvimento do infográfico foram seguidas as recomendações de Maciel, Rodrigues e Carvalho (11), que propõe quatro etapas para desenvolvimento de materiais didáticos: planejamento, produção, implementação e avaliação (11).
O presente estudo objetivou apresentar o desenvolvimento das duas primeiras etapas. As etapas de planejamento e produção do infográfico animado aconteceram no período de Junho de 2022 à Dezembro de 2023. E foram conduzidas por uma equipe composta por discentes de pós-graduação e pesquisadora responsável.
A etapa de planejamento é subdividida em análise e diagnóstico e planejamento instrucional. Na fase de análise e diagnóstico foram observadas as demandas educacionais pontuadas pela literatura sobre cuidados paliativos, onde foram contempladas as especificidades dos sujeitos envolvidos, em seguida um diagnóstico e uma proposta foi elaborada com o intuito de solucionar os problemas identificados (11).
No planejamento instrucional, com base no diagnóstico elaborado, foi construído um planejamento com o propósito de detalhar os recursos que foram utilizados a fim de colocar a solução educacional em prática (11). Nesta fase foi elaborado um roteiro com todas as informações que estão presentes de forma escrita, por imagem ou animação no infográfico.
Todas as informações foram retiradas do Manual de cuidados paliativos do Ministério da Saúde(12), e planejadas estrategicamente pela equipe para estarem disponíveis no infográfico animado, de modo que possibilite a aprendizagem significativa sobre o tema.
A etapa de produção de mídias foi norteada pelo roteiro produzido na fase anterior. De acordo com as informações presentes no roteiro, buscou-se os programas mais adequados para a realização da proposta audiovisual. Dois programas foram escolhidos para compor a produção do vídeo: “VideoScribe” e “Audio Editor”.
O VideoScribe é um Software destinado à criação de animações, automatizando diversas ferramentas e oferecendo funcionalidades para a produção de animações dinâmicas (13). O custo associado a este serviço é de 22,00 mensais. O Audio Editor é um Software voltado para a mixagem de áudio, permitindo a combinação de partes musicais e a inclusão de efeitos como a reverberação. Inclui ferramentas de edição de áudio, como cópia, corte, classificação e zoom. O valor mensal para utilização deste serviço é de 17,90.
Foi adotada uma abordagem visual que envolveu textos, imagens, vídeos e a simulação de uma mão escrevendo, visando atrair a atenção do público-alvo. Ao término do processo de produção, uma narração gravada por um dos pesquisadores foi incorporada ao vídeo.
As etapas de implementação e avaliação serão desenvolvidas em um momento posterior. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética conforme Parecer n. 6.593.044, CAAE 66148522.0.0000.5553.
RESULTADOS
O infográfico animado produzido conta com duração de 2min e 53 segundos. O tempo foi planejado para que todas as informações necessárias para se atingir o objetivo proposto sejam passadas apara o espectador sem provocar cansaço ou dispersar a atenção de quem está assistindo. Com o objetivo de facilitar a assimilação do conteúdo pelo público alvo que irá visualizar o infográfico animado, buscou-se utilizar uma linguagem simples com vocabulário acessível.
Após uma busca detalhada na literatura, e acesso às principais referências do assunto no Brasil como manuais e cartilhas do ministério da saúde, foi confeccionado um roteiro como guia, para abarcar as principais dúvidas que podem surgir nos profissionais envolvidos no atendimento de pacientes que necessitam de cuidados paliativos, nele foram elencados cinco assuntos que deveriam ser abordados, como: o desconhecimento da equipe sobre o tema, quais os profissionais que estão envolvidos nesse tipo de cuidado, a importância de uma assistência integral incluindo não só o físico, mas social e espiritual e quanto a forma que devemos enxergar o paciente, em todas as suas necessidades, não só a doença.
A ideia foi iniciar o tema no infográfico despertando interesse no telespectador por meio de uma pergunta de alta comoção e logo em seguida com respostas, curtas, coesas e objetivas introduzindo detalhes do assunto de maneira dinâmica.
Os programas escolhidos para o desenvolvimento da tecnologia foram “VideoScribe” e “Audio Editor”, selecionados por oferecer alta versatilidade de apresentação, de fácil configuração e de acesso gratuito. A equipe optou por gravar a voz de uma das autoras narrando as informações, para ofertar entonação descontraída ao audiovisual e tornar o processo de aprendizagem menos denso.
As cores selecionadas nas imagens desempenham um papel importante na percepção visual e podem provocar diversos efeitos e reações no cérebro humano, segundo a influência das cores nas decisões dos consumidores, azul é considerado como a principal cor das virtudes intelectuais: a inteligência, a ciência e a concentração (16).
As seleções das imagens para a animação foram realizadas no google imagens, buscando por “profissionais de saúde” em inglês e português, sendo importante ressaltar o cuidado em evidenciar a heterogeidade de fenótipos no território brasileiro trazendo uma identidade visual inclusiva.
Tendo em vista que é um assunto novo e um tabu na saúde brasileira, iniciamos com o conceito do que são cuidados paliativos segundo a OMS (2002), e trouxemos o marco jurídico onde por meio da resolução de nº41 os cuidados paliativos deverão fazer parte dos cuidados continuados integrados ofertados no âmbito da redes de atenção à saúde em todo o SUS. Elucidamos a importância do trabalho multiprofissional, que todos podem e devem fazer parte do processo, a composição da equipe e onde devemos atuar para o bem-estar do paciente como um todo, em sua necessidade física, biológica e psicossocial.
Para finalizarmos, foi incluso novamente outro questionamento com intuito de gerar interação e provocar reflexão no telespectador de como acontece em seu ambiente de trabalho e como a lei prevê, para que o profissional possa buscar melhorias ou até mesmo mais informações sobre o assunto.
Vislumbra-se num futuro próximo, a avaliação, validação e aplicação do infográfico animado produzido neste estudo. A fim de analisar o potencial do infográfico animado enquanto um recurso computacional que pode favorecer a construção do saber, a aprendizagem significativa sobre cuidados paliativos e contribuir para a transformação das práticas de saúde.
Figura 1 – Telas do infográfico “Cuidados Paliativos”. Brasília, DF, Brasil, 2023.
Fonte: autores
DISCUSSÃO
Desconhecimentos dos profissionais da saúde sobre o tema
A qualidade na prestação dos cuidados ao paciente no final da vida é um aspecto crucial para garantir o bem-estar e a dignidade dos indivíduos (7, 17).
Entretanto existem diversos obstáculos que podem comprometer essa qualidade, entre eles destacam-se a falta de formação formal teórico-prática por parte dos profissionais de saúde. A ausência de uma formação adequada, sobre o assunto pode contribuir para sentimentos de despreparo e desconhecimento por parte dos profissionais, dificultando a compreensão do que são os cuidados paliativos e como essas práticas devem ser inseridas na rotina de cuidados ao paciente. Por essa razão, iniciamos o infográfico animado com a seguinte pergunta: “Você profissional de saúde sabe o que são os cuidados paliativos?” A fim de convidar esse profissional a compreender um pouco mais do contexto da rede de atenção ao paciente em cuidados paliativos (18).
Sabendo que a falta de conhecimento teórico sobre os princípios e diretrizes dos cuidados paliativos pode levar a abordagens inadequadas e insuficientes, prejudicando a qualidade da assistência prestada (18).
Composição da equipe multiprofissional
A expressão “paliativa” tem origem do latim “palliun” que significa manto ou proteção. O termo “Cuidados Paliativos” é usado para denominar a ação de uma equipe multiprofissional que tem o objetivo de proteger o indivíduo fora das perspectivas terapêuticas da medicina curativa (3, 19).
Durante o enfrentamento de uma doença ameaçadora da vida, o paciente manifestará uma variedade de aspectos, abrangendo dimensões físicas, emocionais e espirituais. Os cuidados paliativos surgem como uma abordagem que visa contemplar o paciente de maneira integral, considerando todas as suas facetas e complexidades, a fim de desenvolver um plano de cuidado mais eficaz. Quando um ou mais desses aspectos é desconsiderado, o sujeito da ação no processo de cuidado, que é inerentemente o paciente, bem como seus familiares, é negligenciado, comprometendo a eficácia do cuidado proporcionado. Em virtude destes preceitos, é importante que os cuidados paliativos sejam executados por uma equipe multiprofissional, de modo a realizar uma avaliação abrangente de todos os elementos que constituem o indivíduo, respeitando sua autonomia (19).
Nesse contexto, o esclarecimento dos profissionais que integram, ou que podem vir a integrar, a equipe de cuidados paliativos é apresentado no infográfico, com a finalidade de informar e esclarecer aos profissionais de saúde acerca da significativa relevância do trabalho colaborativo. Tal abordagem visa abranger e proporcionar apoio ao paciente de maneira integral, aprimorando a eficácia da assistência prestada (19).
Os cuidados paliativos têm por finalidade melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares no enfrentamento de doenças que ameaçam a continuidade da vida promovendo bem-estar para estes indivíduos. Os pacientes podem apresentar sinais e sintomas como: dor, fadiga, dispneia, tristeza, desesperança, dentre outros. Quando falamos no cuidado físico em cuidados paliativos, a dor é a principal queixa apresentada pela maioria dos pacientes (20). A partir disto, o termo “Dor total” passou a ser utilizado por englobar quatro parâmetros: dor física, psíquica, social e espiritual (21).
A partir do momento em que o paciente inicia o processo de adoecimento, o âmbito psicossocial se faz extremamente necessário como ferramenta facilitadora no enfrentamento da doença. O sofrimento psicológico pode ser externalizado de diversas maneiras como, por exemplo, através de sentimento de negação, raiva, tristeza, desespero, dentre outros (22).
A equipe multiprofissional deverá desenvolver mecanismos de acolhimento em todas essas fases, de modo a facilitar o entendimento e aceitação do doente ao seu processo clínico-terapêutico. A aceitação da doença refere-se à compreensão pelo paciente e seus familiares do quadro clínico apresentado e quais os possíveis desfechos, sendo que a aceitação não exclui, por exemplo, a possibilidade de retorno das fases de tristeza e desespero, citadas anteriormente. A aceitação da doença refere-se ao equilíbrio entre o desejo de viver e a aceitação da finitude da vida (22).
A espiritualidade passou a ser entendida como parte fundamental no processo do cuidado. O conceito de espiritualidade difere do termo “religiosidade” pois não está relacionado à doutrina ou a uma religião específica, mas sim ao modo como cada indivíduo enfrenta as fases da vida. Quando falamos em CP, a espiritualidade estará relacionada ao modo como cada indivíduo enfrenta o processo de adoecimento e a ameaça à continuidade da vida. A partir do entendimento individualizado da espiritualidade de cada indivíduo, a equipe multiprofissional poderá fortalecer o vínculo com o paciente e seus familiares e buscar maneiras facilitadoras para o enfrentamento da doença (23).
A comunicação entre profissionais-paciente-família é o método mais eficaz para criação de vínculo no processo de cuidado, e quando falamos em CP a comunicação deverá ser assertiva considerando sempre a fragilidade dos envolvidos no processo, de modo a evitar impactos negativos no aspecto emocional do paciente e seus familiares. A partir do vínculo estabelecido a participação do doente em todas as fases do seu tratamento é facilitada e a tomada de decisão passa a ser feita de maneira compartilhada (22).
Os cuidados paliativos podem ser realizados no ambiente hospitalar, ambulatorial e domiciliar, tendo cada nível de assistência seus pontos positivos e negativos. O enfrentamento de doenças que ameaçam a continuidade da vida se tornou mais comum por meio da atenção hospitalar por se tratar de um ambiente que possui recursos para o amplo atendimento do paciente, meios para prolongar o tempo de vida e o não enfrentamento da morte de maneira tão próxima por parte dos familiares, mesmo a família entendendo a importância de sua participação no cuidado. Por outro lado, o ambiente hospitalar pode ser hostil e dificultar a adaptação do paciente aos cuidados necessários, tornando menos eficaz e mais doloroso o processo clínico-terapêutico (24).
A atenção domiciliar é definida pela Portaria nº 963 de 27 de Maio de 2013 como ‘nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde” sendo necessária a implementação de um cuidador que pode ou não ter vínculo familiar com o paciente mas que deverá ser capacitado para o desenvolvimento das funções necessárias para auxílio do paciente na realização das atividades de vida diária (23).
Como pontos positivos da atenção domiciliar podemos citar o ambiente familiar em que os pacientes estarão inseridos, trazendo conforto e rede de apoio. Porém, como ponto negativo podemos citar a ausência da estrutura hospitalar e a proximidade dos familiares com a finitude da vida de um ente querido (25).
A Academia Nacional de Cuidados Paliativos define que a assistência ambulatorial em CP tem por objetivo acompanhar o doente, sem necessidade de internação, proporcionando controle dos sintomas, entendimento do seu quadro clínico e a comunicação adequada necessária para o esclarecimento de dúvidas. O atendimento ambulatorial proporciona o acompanhamento do paciente de maneira recorrente pela equipe de saúde, além de proporcionar ao doente o retorno para o lar e o contato constante com sua rede de apoio (3).
CONCLUSÃO
Este estudo atende a uma necessidade de disseminar as boas práticas relacionadas aos cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida. O infográfico animado possibilita de modo geral, uma compreensão mais simples de determinados assuntos, tornando o processo de ensino e aprendizagem mais fácil, prazeroso e dinâmico. Ao produzir esse recurso educacional poderemos apoiar e favorecer a aprendizagem sobre o assunto e contribuir em uma melhor assistência aos pacientes que necessitam desse cuidado
Dentre as diversas opções de tecnologias da informação e comunicação para disseminação de informações, a metodologia utilizada contribuiu com o desenvolvimento de uma tecnologia educacional atrativa e de fácil compreensão, que pode instigar os pesquisadores a elaborarem demais tecnologias educativas.
O infográfico animado desenvolvido nesta pesquisa é relevante, por se tratar de uma nova tecnologia educativa que poderá auxiliar e facilitar o aprendizado de profissionais da saúde no desenvolvimento e compreensão dos cuidados paliativos. Por ser de livre acesso e gratuito, esperamos que a tecnologia produzida consiga levar informações para o público-alvo.
Não foi possível realizar validação e aplicação do infográfico, dessa forma, destaca-se, a importância da realização de novos estudos e ainda acompanhar os processos de aplicação deste infográfico a fim de verificar os resultados atingidos com sua utilização.
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1Autor responsável, Enfermeira pela PUC-Goiás. Residente de Urgência e Trauma pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS). Email: tatielly_chagas@hotmail.com. Telefone: (62) 98164- 0177
2 Enfermeira pela UNIEURO. Residente de Urgência e Trauma pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS);
3 Enfermeira pela UNIEURO. Residente de Urgência e Trauma pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS);
4 Fisioterapeuta pela PUC-Goiás. Residente de Urgência e Trauma pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS);
5 Enfermeira pela Universidade Federal de Goiás. Doutora em Ciências pela USP; Docente da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS).