DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES MOTORAS NA INFÂNCIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7376201


Jackson Santos Lopes
Orientadora: Prof.a Ludmila Jayme 


RESUMO

Este artigo de revisão bibliográfica tem como objetivo compreender a contribuição da educação física para o desenvolvimento motor infantil. A escola é o local mais adequado para o exercício das habilidades infantis, sejam elas físicas ou intelectuais, um dos objetivos da educação física é buscar atividades que melhorem o processo de desenvolvimento, principalmente o esporte. Como resultado desse trabalho, outros benefícios foram obtidos no processo. As crianças que praticam exercícios físicos na escola melhoram como áreas de cognição, interação e socialização e autoestima, que são muito importantes para o seu processo de desenvolvimento. O trabalho da educação física deve ser atrativo, diversificado e respeitar a particularidade de cada criança assistida, contribuindo assim, para o desenvolvimento motor. 

Palavras-chave: Funções motoras. Infância. Exercícios físicos. Educação física. 

ABSTRACT

This bibliographic review article aims to understand the contribution of physical education to children’s motor development. The school is the most suitable place for the exercise of children’s skills, whether physical or intellectual, one of the goals of physical education is to seek activities that improve the development process, especially sports. As a result of this work, other benefits were obtained in the process. Children who practice physical exercises at school improve in areas of cognition, interaction and socialization and self-esteem, which are very important for their development process. Physical education work must be attractive, diversified and respect the particularity of each assisted child, thus contributing to motor development.

Keywords: Motor functions. Childhood. Physical exercises. PE.

1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento é um processo contínuo, desde a concepção até a morte. Inclui todos os aspectos do comportamento humano. Por outro lado, a infância é considerada um período importante do desenvolvimento motor, principalmente porque nesta fase ocorre o desenvolvimento das habilidades motoras básicas, que se tornarão a base para o desenvolvimento pessoal de habilidades especializadas que serão utilizadas em suas atividades diárias, lazer ou de esportes (GALLAHUE; OZMUN, 2003).

A característica do desempenho motor na infantil é o domínio das habilidades motoras, de forma que as crianças possam ter ampla área corporal na postura, movimento e postura de manipulação de objetos e equipamentos. A coordenação do movimento estuda as mudanças qualitativas e quantitativas no comportamento do movimento humano ao longo da vida (SANTOS; DANTAS; OLIVEIRA, 2004).

Diante disso, o presente estudo possui como objetivo analisar as contribuições no desenvolvimento motor na infância. Em paralelo, busca definir o processo de desenvolvimento infantil, bem como analisar as contribuições das atividades físicas e da educação física, enquanto necessários para um pleno desenvolvimento das funções motoras nas crianças. 

Aprendizagem e desenvolvimento estão interligados, pois as crianças são expostas ao mundo. Ao interagir com o meio social e físico, a criança começa a se desenvolver de forma mais holística e efetiva. Isso significa que a partir da participação do seu meio social são desencadeados diversos processos desenvolvimentais internos, que permitirão um novo patamar de desenvolvimento, e a educação física desempenha um papel importante na educação infantil, pois é possível proporcionar às crianças uma experiência. Onde podem criar, inventar, descobrir novos esportes e reformular conceitos e ideias sobre esportes e seus movimentos.

Portanto, sabe-se que, se bem aplicada e planejada, uma educação interessante pode levar a uma melhor docência, tanto em termos de qualificação quanto de formação crítica do aluno, que é tido como o melhor relacionamento da sociedade.

 Na perspectiva elencada por essa temática e tendo em vista as especificações do que é preciso apresentar no desenvolvimento do trabalho para o alcance destas, pode-se determinar o problema de pesquisa como sendo: como se dá o desenvolvimento das funções motoras na infância?

Portanto esse estudo estabeleceu enquanto objetivo geral apresentar uma contextualização geral sobre funções motoras é o objetivo geral do trabalho, determinando assim uma definição com base teórica bibliográfica a partir de seu processo de desenvolvimento na infância. Enquanto objetivos específicos, delimitou-se: a) Evidenciar uma contextualização geral acerca das funções motoras; b) Determinar sobre as etapas do desenvolvimento motor infantil; c) Classificar a importância do desenvolvimento das funções motoras na infância.

A pesquisa aqui exposta fica justificada então através do fundamento teórico sobre o desenvolvimento das funções motoras na infância, ponderando assim uma abrangência ainda maior de referências científicas acerca da temática, o que enriquece a produção de pesquisa contemporânea. 

Tendo em observação as lacunas levantadas e a resolução destas, traz benefícios tanto para o âmbito acadêmico, quanto para o âmbito profissional e social, no geral. Já que, dessa maneira, além da resposta ao problema levantado, atribui bases para referenciar o surgimento de novas indagações e experimentos.

Traz então, contribuições tanto para a sociedade em geral, quanto atribui melhorias a processos que são comumente utilizados por um grande público. Bem como, levanta contribuições também para o âmbito acadêmico, já que enriquece ainda mais o acervo científico de pesquisas acerca do assunto e levanta questões a serem discutidas em próximas pesquisas.

2. FUNÇÕES MOTORAS

2.1 Desenvolvimento motor

Inicialmente, pensava-se que as mudanças no comportamento motor refletiam diretamente as mudanças maduras no sistema nervoso central. Porém, hoje em dia, sabe-se que o processo de desenvolvimento ocorre de forma dinâmica e é suscetível a inúmeros estímulos externos. A interação entre vários aspectos relacionados ao indivíduo, como suas características físicas e estruturais, seu ambiente e as tarefas a serem aprendidas, é essencial para o domínio e aperfeiçoamento de diferentes habilidades motoras.

O desenvolvimento motor é o processo de mudanças no comportamento motor, envolvendo o amadurecimento do sistema nervoso central e a interação com o meio ambiente e estímulos durante o desenvolvimento de cada pessoa. (OLIVEIRA, 2006).

Assim, pode-se observar que do nascimento à idade adulta, o desenvolvimento motor é semelhante ao de todas as crianças, e há uma sequência contínua com a melhora do controle motor (GIODA; RIBEIRO, 2006).

De acordo com a pesquisa de Schmidt e Wrisberg (2001), a aprendizagem motora é também a mudança do processo interno, e essas mudanças determinam a capacidade do indivíduo de realizar tarefas motoras específicas. Com o desenvolvimento da prática, o nível de aprendizagem também melhora.

O processo de maturação é utilizado para descrever eventos que marcam o início e o fim do desenvolvimento humano, um processo em condições normais e que deve continuar até que a maturidade seja atingida (MACHADO; BARBANTI, 2007).

Segundo Andrade (2004), desde o nascimento até a fase madura do sistema nervoso, pode-se aprender habilidades gradativamente, ou seja, à medida que uma determinada área do cérebro amadurece, desde que as pessoas apresentem comportamentos correspondentes a essa área madura, enquanto função estimulante.

Cada criança possui uma variedade de habilidades atléticas. Esse repertório pode se desenvolver mais ou menos. O desenvolvimento está relacionado à qualidade de vida dessa criança. Quanto mais experimentos, melhor seu desempenho (PAIM, 2003).

O desenvolvimento motor é considerado um processo contínuo e sequencial, relacionado ao tempo e à idade. Nesse processo, os humanos adquiriram um grande número de habilidades motoras. Essas habilidades motoras se desenvolveram de exercícios simples e desordenados a exercícios altamente organizados e complexos (HAYWOOD; GETCHELL, 2004).

2.2 Desenvolvimento motor na infância

Ao nascer a criança, as áreas cerebrais relacionadas às funções básicas já estão totalmente desenvolvidas, podem adormecer e acordar, foco e habituação, podendo também eliminar urina e fezes (GIODA; RIBEIRO, 2006).

    Os movimentos iniciais são bastante simples do recém-nascido mudarão, tornar-se-ão mais diversos e complexos e continuarão a se desenvolver em cada estágio. Mesmo para os indivíduos, a aprendizagem motora é muito semelhante e segue um padrão comum (GIODA; RIBEIRO, 2006). No entanto, Santos et al. (2004) concluíram que o padrão de desenvolvimento motor não é universal e compararam o desenvolvimento dos brasileiros em suas pesquisas e as crianças americanas descobriram que, no geral, os brasileiros evoluíram mais durante os primeiros oito meses e ficaram relativamente estáveis ​​depois disso.

A característica do desenvolvimento motor na infância é dominar muitas habilidades motoras, de forma que a criança possa controlar seu corpo em diferentes posturas, e também permitir que ela se mova no ambiente de diferentes formas, como caminhar, correr, pular, etc. E manipular objetos, como jogar uma bola. Essas habilidades básicas podem ser realizadas no cotidiano escolar e familiar (SANTOS et al., 2004).

O processo de desenvolvimento do movimento é apresentado em vários estágios, como reflexão, movimento básico e movimento especializado. Para cada um deles é indicada a fase com o tempo e idade correspondentes (PAIM, 2003). Gallahue e Ozmun (2003) descrevem as características do movimento como: estabilizadores, nos quais a criança se esforça constantemente para resistir à gravidade para manter uma postura vertical, obtendo assim o ponto de partida da exploração do espaço através deles; locomotivas, no corpo em relação a ponto fixo, quando a posição muda, envolve a projeção do corpo no espaço causada pela mudança de posição ao caminhar, correr ou pular, e as ações manipulativas, que são as tarefas de arremessar, chutar e os movimentos mais grossos. A combinação dessas três ações pode realizar as habilidades motoras em sua vida.

O estágio do movimento básico é dividido em três estágios: o estágio inicial, o estágio básico e o estágio maduro. O primeiro estágio é o estágio inicial, que representa o primeiro objetivo que a criança tentará alcançar, ou seja, o método básico de exercícios até os dois anos. O estágio inicial inclui maior controle e coordenação rítmica dos movimentos básicos. Muitas crianças tendem a entrar nesse estágio por meio da maturidade, mas algumas pessoas não podem se desenvolver até esse estágio de várias maneiras e manter esse estado por toda a vida. O terceiro estágio é o estágio maduro, que é mecanicamente eficiente, de execução coordenada e controlada. Entre as idades de cinco ou seis anos, as crianças já estão nessa fase e desenvolveram muitas habilidades básicas. (GALLAHUE; OZMUN, 2003). 

No entanto, vários são os fatores que podem comprometer o desenvolvimento normal das crianças. Os fatores de risco são definidos como uma série de condições biológicas ou ambientais que aumentam a possibilidade de crianças com defeitos de desenvolvimento neuropsicomotor (MIRANDA; RESEGUE; FIGUEIRAS, 2003).

As principais causas de atraso incluem: baixo peso ao nascer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias e neurológicas, infecções neonatais, desnutrição, baixo nível socioeconômico, baixa escolaridade dos pais e parto prematuro. Quanto mais fatores de risco ativos, maior a possibilidade de prejuízos ao desenvolvimento (EICKMANN; DE LIRA; LIMA, 2002).

Para Pazin, Frainer e Moreira (2006), o desenvolvimento infantil é fortemente influenciado por fatores internos e externos. O ambiente de vida das crianças, a alimentação, o espaço para jogos e brincadeiras, as oportunidades sociais e a educação formal através da escola constituem uma série de fatores que participarão do crescimento das crianças.

Muitas crianças obesas não toleram rejeição nas atividades diárias e, eventualmente, desistem de um estilo de vida saudável muitas vezes. Geralmente nessa idade, isso está relacionado a esportes e atividades em grupo. Portanto, as crianças deixam de praticar esportes e atividades, mas passam a praticar atividades sedentárias em casa, como jogar videogame, assistir a desenhos animados e atividades que não permitem ampla experiência esportiva, limitando o desenvolvimento de potenciais habilidades motoras. Esse período da vida precisa ser estimulado (PAZIN, FRAINER e MOREIRA, 2006).

De acordo com a pesquisa de Leite (2002), o currículo de Educação Física é indispensável, o objetivo é proporcionar às crianças uma experiência esportiva, de forma a proporcionar-lhes um pleno desenvolvimento motor na infância e comodidade nas atividades e na vida futura.

2.3 Contribuições da educação física no desenvolvimento motor 

O domínio das habilidades motoras básicas é a base do desenvolvimento motor das crianças. Geralmente, a experiência esportiva pode fornecer uma variedade de informações sobre as percepções das crianças de si mesmas e do mundo ao seu redor. (GALLAHUE; OZMUN, 2001). Mutti (2003) destacou que o desenvolvimento motor infantil é baseado em diversas experiências físicas que devem ser baseadas no tempo e nos hábitos.

Os benefícios de alguns exercícios para as crianças são diversos, Gomes (2010) observou que, ao participar de atividades físicas, as crianças liberam a energia acumulada e tentam evitar a obesidade. A oxigenação no sangue e no cérebro aumenta a colaboração para um melhor raciocínio. Ele também destacou que, por meio desses exercícios, pode proporcionar oportunidades suficientes para adquirir habilidades e melhorar sua aptidão física.

Um dos maiores benefícios diretos que o exercício físico pode trazer para crianças e adolescentes é a melhoria da aptidão física relacionada à saúde. Os benefícios de melhorar a função cardiorrespiratória, aumentar a força muscular, a flexibilidade e a composição corporal ajudam a melhorar o dia a dia dessa faixa etária (GOME, 2010).

Alguns autores relatam os benefícios de um determinado exercício, por isso Gomes (2010) apontou que além de estimular o raciocínio, a percepção e a agilidade, o exercício também pode desenvolver habilidades físicas, como resistência, força, flexibilidade, velocidade e impulso. Segundo Cyrino (2002), a intensidade do exercício em um jogo de futsal é muito alta, abrange todos os participantes, e pressupõe-se que as necessidades metabólicas e neuromusculares são fortes e, portanto, consomem muita energia, o que destaca a contribuição do exercício para o desenvolvimento esportivo.

De acordo com um estudo de Benda (2006), as crianças que participavam de exercícios físicos são cobradas para agir como adultos, e um melhor desempenho precoce também indica que as crianças também podem abandonar as atividades físicas precocemente. Isso pode ter efeitos nas crianças: fisiologia, neuromuscular, cognitiva e moral, e psicologia social.

Os exercícios esportivos competitivos iniciados precocemente podem causar problemas de saúde física, óssea, articular, muscular e cardíaca na criança, dependendo da modalidade e do tipo de metodologia utilizada. As atividades técnicas mais complexas utilizam um grande número de gestos técnicos repetitivos todos os dias e todas as semanas. O tempo previsto é muito longo. Foca na automação e melhoria dos movimentos, e considera os tipos de riscos físicos (VOSER, VARGAS NETO e VARGAS, 2007).

Para Voser (2007), a prática esportiva competitiva intensa levará à sua especialização precoce e trará riscos potenciais nas quatro principais áreas de riscos físicos, psicológicos, de direção e do tipo esportivo.

Neste caso, as crianças experimentarão exercícios de fadiga extrema, que é uma cópia confiável do treinamento de adultos, elas realizam várias ações da mesma ação repetidamente fora do escopo do jogo, o objetivo é melhorar ou aperfeiçoar uma técnica específica do esporte em estágios. Dentre eles, a maturidade dos organismos e fundações esportivas não está totalmente desenvolvida (VINHÃO, 2009).

Na infância, como nas atividades mais maduras, aumentar os programas de exercícios físicos pode acarretar alguns custos e riscos. No entanto, se a atividade física for mantida em um nível moderado, esses riscos não são altos e são considerados como tendo o potencial de formar ativamente hábitos que afetam o excesso de peso, o desenvolvimento físico e mental das crianças, o que deve aumentar muito a qualidade de vida nos próximos anos (SHEPARDH, 1995).

Em particular, pesquisas sobre o desenvolvimento motor nas áreas de cognição, movimento, manipulação e práticas psicomotoras ou relacionadas à idade e ao meio ambiente. A pesquisa não deve apenas enfatizar o ambiente controlado, mas também estudar o que os humanos podem fazer na natureza ou no trabalho. O movimento manipulativo envolve a relação entre a criança e o brinquedo. As ações básicas exigem mais esforço, como lançar, chutar, bater e rolar objetos. O exercício também é um desenvolvimento básico da habilidade atlética, porque as crianças podem projetar seus corpos no espaço, mover-se de um ponto fixo para outro local, correr, caminhar e superar obstáculos são habilidades atléticas importantes (GALLAHUE e OZMUN, 2003).

Miqueline et al. (2014) afirmam que a finalidade da educação física é cultivar as habilidades psicomotoras das crianças, a fim de melhorar sua consciência física e fazer com que tenham maior afinidade com as atividades físicas no ambiente escolar. As escolas são o melhor espaço para atender às recomendações de educação física para melhorar seu desempenho e, assim, melhorar o crescimento das crianças.

As crianças de 3 a 5 anos precisam fazer exercícios, é importante que essa estimulação seja acompanhada do desenvolvimento da educação física. Quanto mais se explora várias atividades, incluindo esportes, mais se experimenta e mais seu corpo se desenvolve. Nessa faixa etária, a criança encontra-se no estágio de movimento básico, quanto mais se exercita, mais fácil é para ela nos próximos estágios de desenvolvimento (SILVA; LAMP, 2015).

De acordo com a pesquisa de Alves e Villas Boas (2008), a prática de exercícios físicos contribuem para o crescimento e desenvolvimento das crianças ao prevenir a obesidade e aumentar a massa óssea infantil. É neste momento que a criança interage com os outros e consegue crescer em equipe. A prática de atividades individuais ou em grupo vai estimular o desenvolvimento motor e contribuir para o fortalecimento dos ossos. Os resultados da atividade física também são observados em órgãos humanos, como aumento do consumo de oxigênio, melhora da frequência cardíaca, sistema respiratório e aumento da força e resistência física.

Por ser a escola um espaço de incentivo, aprendizado e alto grau de exploração, a Educação Física tem se mostrado muito promissora para o desenvolvimento motor infantil em termos de habilidades motoras infantis, portanto, é importante trabalhar nessa faixa etária infantil para aceitar e receber estímulo, direção e receptividade são estimulados durante a execução da atividade proposta. A perda do desenvolvimento motor pode levar a problemas de coordenação e equilíbrio ao longo da infância (RODRIGUES, 2003).

Outro fator a se atentar é que atividades voltadas ao desenvolvimento motor por meio do esporte podem auxiliar no controle das emoções e alterações emocionais relacionadas ao sistema nervoso. O extenso desenvolvimento motor na infância contribui, por exemplo, para a percepção de tempo e espaço e controle físico, bem como para o controle da respiração. Na primeira infância, a criança tem a capacidade de interromper quaisquer mudanças relacionadas às suas emoções. Se essas mudanças forem descobertas a tempo e receber a devida atenção, esta será uma tarefa relativamente simples. Isso também ajudará na conscientização precoce das dificuldades, habilidades ou deficiências que as crianças podem encontrar, e o aumento da chance de reversão (RODRIGUEZ, 2008).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as revisões literárias, podemos concluir que a prática de exercícios físicos corretos ou simples podem beneficiar as crianças, como melhorar o sistema cardiopulmonar, força muscular, agilidade e flexibilidade, e melhorar sua percepção. Já as estimulações precoces ou incorretas no início e em uma idade diferente podem ocorrer lesões, o que pode levar a lesões, fraturas, danos ao estabelecimento de padrões gerais e treinamento muito limitado, o que, em última análise, impede que as crianças desenvolvam outras habilidades, incluindo estresse, demandas e ansiedade. Isso dificulta o desenvolvimento das crianças no ambiente esportivo.

Portanto, a atividade mais indicada para as crianças, principalmente quando ela inicia um determinado exercício físico precocemente, deve ser uma atividade agradável que não lhes cause danos físicos e psicológicos, e ao mesmo tempo melhore suas habilidades físicas. Uma atividade mais ativa, uma atividade divertida, e o professor pode melhorar a habilidade atlética da criança sem pressão e exigências.

No desenvolvimento de pesquisas, principalmente na área esportiva, tem-se comprovado a importância do esporte para o desenvolvimento da educação. Quando as crianças participam das atividades sugeridas pelo professor, é possível melhorar sua percepção e controle físico, tempo e espaço, equilíbrio, flexibilidade, força e habilidades motoras gerais.

E por meio da prática de exercícios físicos, também foram observados outros benefícios relacionados ao trabalho do professor, que auxiliam na promoção de sua interação e desenvolvimento físico, tais como: autoestima, melhora da expressão corporal e da fala, apenas confirma que o exercício físico se infere ao estar relacionado às crianças Os aspectos benéficos relacionados à estrutura corporal confirmam o entendimento de que, para qualquer criança e qualquer aspecto de seu desenvolvimento, esse benefício também tem cunho social, emocional e não apenas físico.

REFERÊNCIAS

ALVES, C.; VILLAS BOAS, R. Impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e puberdade de crianças e adolescentes. Rev. paul. pediatr. [online]. 2008, vol.26, n.4, pp.383-391

ANDRADE, A.; LUFT, C. di B.; ROLIM, M. K. S. B. O desenvolvimento motor, a maturação das áreas corticais e a atenção na aprendizagem motora. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 10, Nº 78, Novembro de 2004.

BENDA, R. Curso de desenvolvimento motor: Base para a Iniciação Esportiva. 2006. Disponível em: http://www.eeffto.ufmg.br/gedam/apresentacao/apresentacao11.pdf. Acesso em: 28 out. 2022.

EICKMANN, S. H.; DE LIRA, P. I. C.; LIMA, M. C. Desenvolvimento mental e motor aos 24 meses de crianças nascidas a termo com baixo peso. Arq Neuropsiquiatr 2002;60(3-B):748-54.

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultosSão Paulo, Phorte Editora, 2003.

GIODA, F. R.; RIBEIRO, C. M.. Aquisição e refinamento do sentar independente: um estudo transversal. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. 2006.

GOMES, L. B. Atletismo como Esporte Base no Desenvolvimento Motor. Faculdades Integradas de Jacarepaguá – FIJ, Brasília-DF, 2010.

HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, 344p.

LEITE, H. S. F.. Crescimento somático e padrões fundamentais de movimento: um estudo em escolaresDissertação (Mestrado) da Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências. Rio Claro, 2006.

MACHADO, Dalmo R. L.; BARBANTI, Valdir J. Maturação esquelética e crescimento em crianças e adolescentes. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. 2007.

MIRANDA, L. C.; RESEGUE, R.; FIGUEIRAS, A. C. M. A criança e o adolescente com problemas do desenvolvimento no ambulatório de pediatria. J Pediatr 2003;79(Supl1):S33-42.

MIQUELIN, E. C.; FERNANDES, M. C.; PAGANI, M. M.; SILVA, R.L. A educação física e seus benefícios para alunos do ensino fundamental. UNESUL, 2015.

OLIVEIRA, O. R. F.; OLIVEIRA, K. C. C. F.. Desenvolvimento Motor da Criança e Estimulação Precoce. 2006.

PAIM, M. C. C. Desenvolvimento motor de crianças pré-escolares entre 5 e 6 anos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 8, Nº 58, Março de 2003.

PAZIN, J.; FRAINER, D. E. S.; MOREIRA, D. Crianças obesas têm atraso no desenvolvimento motor. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 11 – N° 101 – Outubro de 2006. 

RODRIGUES, M. Manual teórico-prático de educação física infantil. 8ª ed. São Paulo: Ícone, 2003.

RODRÍGUEZ, Catalina G. Educação Física Infantil de 1 a 6 anos. 3ª ed. São Paulo: Phorte, 2008.

SANTOS, S.; et al. Desenvolvimento motor de crianças, de idosos e de pessoas com transtornos da coordenação. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.33-44, ago. 2004.

SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. 352 p.

SHEPHARD, R. J. Custos e benefícios dos exercícios físicos na criança. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. V. 1, N. 1, pág. 66-84, 1995.

SILVA, A. S.; LAMP, C. R. Análise do desenvolvimento motor de crianças de 3 a 5 anos praticantes e não praticantes de natação do município de CacoaL-RO. Revista Eletrônica FACIMEDIT, V4, n2,jul/dez 2015.

VINHÃO, Márcio Aguilar.; BANDEIRA, Tânia Leandra. Formação do atleta de futebol nas categorias de base: o desenvolvimento motor. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 14 – Nº 138 – Novembro de 2009.

VOSER, R. C.; NETO, F. X. V.; VARGAS, L. A. M. A criança submetida precocemente no esporte: benefícios e malefícios. Futsal Brasil, 2007.