REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10607540
Márcio José Souza Leite1
Ailton Luiz dos Santos2
Dilson Castro Pereira3
Marie Joan Nascimento Ferreira4
José Alcides Queiroz Lima5
Tatiana Rocha dos Santos6
RESUMO
Este artigo científico aborda a importância da alimentação saudável para policiais militares, considerando a relação entre nutrição e desempenho físico e mental desses profissionais, que enfrentam situações de alto estresse e risco em suas atividades. O objetivo geral é investigar os desafios enfrentados pelos policiais na adoção e manutenção de uma rotina alimentar saudável, compreendendo as barreiras e implicações que podem influenciar diretamente o desempenho de suas funções e a qualidade de vida. O estudo visa identificar os padrões alimentares e obstáculos dos policiais militares para uma dieta equilibrada. Além disso, analisa fatores sociais, culturais e psicológicos que influenciam suas escolhas alimentares. Por fim, propõe estratégias para promover rotinas saudáveis, considerando suas necessidades e particularidades profissionais. A metodologia é de natureza bibliográfica, qualitativa e exploratória, com revisão de artigos científicos, livros e documentos governamentais. A pesquisa contribui para o avanço do conhecimento na área da nutrição aplicada aos profissionais da segurança pública e pode subsidiar políticas e programas institucionais voltados à promoção da saúde e qualidade de vida dos policiais militares. Os resultados do estudo evidenciaram que os policiais militares apresentam padrões alimentares inadequados, devido a obstáculos como falta de tempo e opções saudáveis no ambiente de trabalho. Além disso, fatores sociais, culturais e psicológicos influenciam suas escolhas. As estratégias propostas podem contribuir para a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis.
Palavras-chave: Alimentação saudável; policiais militares; desafios.
INTRODUÇÃO
A alimentação é uma necessidade básica do ser humano, indispensável para a manutenção da vida. Contudo, uma má alimentação pode ocasionar diversas doenças, como por exemplo, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, câncer, osteoporose, além da obesidade, que estão relacionadas aos hábitos alimentares. Nesse sentido, é de significativa importância compreender as relações entre alimentação e nutrição desenvolvidas por policiais militares, dadas suas características profissionais que, por vezes, não os permite ter uma rotina alimentar consistente e saudável, por sua dinâmica profissional.
A adoção e a manutenção de uma rotina alimentar saudável para policiais militares são questões de extrema relevância e preocupação no contexto da segurança pública. Esses profissionais desempenham um papel crucial na preservação da ordem e da proteção da sociedade, sendo expostos diariamente a situações de alto estresse e riscos, o que demanda uma saúde física e mental robusta para o cumprimento eficiente de suas atribuições. Entretanto, observa-se uma frequente dificuldade na implementação e sustentação de hábitos alimentares saudáveis nessa categoria, resultando em consequências negativas para sua saúde, bem-estar e efetividade no trabalho.
O objetivo geral deste estudo é investigar os desafios enfrentados pelos policiais militares em relação à adoção e manutenção de uma rotina alimentar saudável, compreendendo as barreiras e implicações que podem influenciar diretamente o desempenho de suas funções e a qualidade de vida. Para alcançar esse propósito, são delineados três objetivos específicos, que nortearão a pesquisa. Primeiramente, busca-se identificar os padrões alimentares atualmente adotados pelos policiais militares e os principais obstáculos que eles enfrentam para implementar uma dieta equilibrada e nutritiva em meio às demandas profissionais.
Em seguida, se pretende analisar os fatores sociais, culturais e psicológicos que influenciam as escolhas alimentares desses profissionais, percebendo como as condições de trabalho, o ambiente organizacional e os hábitos familiares podem afetar suas decisões nutricionais. Por fim, o estudo se dispõe a propor estratégias efetivas que possam ser incorporadas ao cotidiano dos policiais militares para promover a adoção e a manutenção de uma rotina alimentar saudável, considerando suas necessidades específicas e as particularidades de suas atividades profissionais.
O problema de pesquisa reside no fato de que, apesar do reconhecimento crescente da importância de uma alimentação adequada para o desempenho profissional e bem-estar dos policiais militares, ainda há uma carência significativa de estudos abordando esse tema sob uma perspectiva mais aprofundada. A escassez de informações específicas sobre as dificuldades enfrentadas por essa categoria profissional, bem como as influências que moldam seus hábitos alimentares, cria uma lacuna na compreensão dessas questões e limita a formulação de intervenções eficazes e direcionadas.
Dessa forma, a presente investigação possui uma justificativa acadêmica e científica relevante, ao contribuir para o avanço do conhecimento na área da nutrição aplicada aos profissionais da segurança pública. Junto a isso, os resultados deste estudo poderão subsidiar políticas e programas institucionais voltados à promoção da saúde e qualidade de vida dos policiais militares, reverberando positivamente na efetividade de suas ações e na preservação de sua saúde física e mental.
Quanto à metodologia, esta pesquisa é de natureza bibliográfica, qualitativa e exploratória, fundamentando-se em revisões de artigos científicos, livros, documentos governamentais e relatórios técnicos relacionados aos temas de nutrição, saúde ocupacional e segurança pública. A abordagem bibliográfica permite a compilação e análise crítica de dados já publicados, fornecendo uma base sólida para a compreensão dos desafios enfrentados pelos policiais militares no contexto da alimentação saudável.
Destarte, o presente estudo buscará, assim, contribuir para o estabelecimento de políticas e estratégias que promovam a adoção e manutenção de uma rotina alimentar saudável para policiais militares, visando aprimorar seu bem-estar, qualidade de vida e efetividade no exercício de suas funções cruciais à sociedade.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA A SAÚDE E BEM-ESTAR DOS PROFISSIONAIS DA SEGURANÇA PÚBLICA
No âmbito da atuação dos profissionais da segurança pública, a adoção de uma alimentação saudável desempenha um papel fundamental na preservação da saúde e no aprimoramento do bem-estar físico e mental. De acordo com Prando e Cola (2012, p. 320),para a carreira de policial militar “é necessária aprovação no teste físico e mental a fim de avaliar a aptidão para exercer a função do cargo pleiteado”, por isso, a alimentação saudável é fator de significativa relevância para esta carreira profissional.
Para o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006, p. 09), “alimentar-se bem e de forma constante é um direito humano”. Nesse contexto, a nutrição surge como um elemento de relevância ímpar, influenciando diretamente o desempenho físico e mental desses profissionais. Sob esse prisma, este capítulo busca aprofundar a compreensão sobre a importância da alimentação saudável na promoção do desempenho ótimo dos policiais militares.
Desse modo, será abordada a importância da alimentação saudável para os referidos profissionais, destacando aspectos centrais como a relação entre nutrição e desempenho físico e mental, a influência da alimentação na redução do estresse e a prevenção de doenças crônicas, analisando como a escolha adequada dos nutrientes impacta a vitalidade e resistência necessárias para enfrentar os desafios diários, além de como a alimentação pode modular as respostas ao estresse e prevenir doenças cardiovasculares, diabetes e enfermidades degenerativas. A compreensão desses temas busca ressaltar a relevância da nutrição para uma atuação mais eficiente e resiliente no cenário da segurança pública.
2.1.1 CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
A alimentação evidencia origens, comportamentos, culturas, crenças, valores espirituais ou materiais repassados coletivamente e específicos de uma sociedade. “Uma alimentação saudável, entendida enquanto um direito humano compreende um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos de acordo com as fases do curso da vida.” (PINHEIRO; GENTIL, 2005, p. 02).
Percebe-se a importância das significações culturais, comportamentais e afetivas associadas aos alimentos, destacando que esses aspectos não devem ser subestimados, pois a forma como os alimentos são percebidos e valorizados em diferentes culturas e contextos individuais influencia diretamente nas escolhas alimentares e hábitos nutricionais, assim como sua relevância nos diversos estágios do desenvolvimento humano.
Quanto aos policiais militares, Santos et al. (2023, p. 07) esclarecem que “no exercício da sua atividade de manutenção da segurança e da ordem pública se diferenciam dos demais servidores por seu ambiente e pelas situações diversificadas de trabalho; pela exposição rotineira às situações de riscos à saúde e à vida”. Por isso, a alimentação equilibrada e nutritiva é tão relevante à categoria.
A alimentação saudável é indispensável, sobretudo, para a promoção da saúde e para a prevenção de doenças. Conforme o Guia Alimentar para a População Brasileira, tem-se, abaixo, a compreensão mais abrangente acerca da definição de alimentação saudável:
A alimentação adequada e saudável é um direito humano básico que envolve a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo e que deve estar em acordo com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade, atendendo aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer; e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis. A diretriz de promoção da alimentação adequada e saudável compreende um conjunto de estratégias que objetivam proporcionar aos indivíduos e coletividades a realização de práticas alimentares apropriadas (BRASIL, 2014, p.08).
Levando em conta tais aspectos, é viável afirmar que a alimentação saudável, segundo os conceitos destacados, é um direito humano essencial que abrange diversos aspectos fundamentais para o bem-estar do indivíduo. Para ser considerada adequada, deve garantir o acesso permanente e justo a uma prática alimentar que atenda às necessidades biológicas e sociais do ser humano, considerando também as particularidades de gênero, raça e etnia.
Além disso, a alimentação saudável deve ser acessível tanto fisicamente quanto financeiramente, buscando harmonia em termos de quantidade e qualidade dos alimentos, pautada pelos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer.
A alimentação saudável e sustentável deve estar relacionada à produção de alimentos que protegem a biodiversidade e promovam o consumo variado, resgatando alimentos, preparações e hábitos culturais tradicionais. Deve ser acessível e disponível a todos, em quantidade e qualidade, baseada em alimentos produzidos e processados na região, por agricultores familiares, de maneira agroecológica, fundamentada na comercialização justa, aproximando a produção do consumo. Além disso, deve ser isento de contaminantes físicos, biológicos ou químicos que causem malefícios a todos os envolvidos, de maneira aguda ou crônica (MARTINELLI; CAVALLI, 2019, p. 4.251)
Assim, a alimentação saudável deve incluir práticas produtivas que sejam adequadas e sustentáveis, visando não apenas ao bem-estar individual, mas também ao coletivo. As diretrizes para promoção da alimentação adequada e saudável envolvem um conjunto de estratégias que visam proporcionar práticas alimentares apropriadas tanto para indivíduos quanto para comunidades em geral, promovendo a saúde e o desenvolvimento sustentável.
Para o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA (2006. P. 06), a definição de conceito de alimentação adequada e saudável, vai
[…] além dos aspectos biológicos e sanitários, ao articulá-los com as dimensões sociais, econômicas, ambientais e culturais. Alimentação adequada e saudável é a realização de um direito humano básico, com a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais dos indivíduos, de acordo com o ciclo de vida e as necessidades alimentares especiais, considerando e adequando quando necessário o referencial tradicional local. Deve atender aos princípios da variedade, qualidade, equilíbrio, moderação e prazer (sabor), às dimensões de gênero, raça e etnia e às formas de produção ambientalmente sustentáveis, livres de contaminantes físicos, químicos e biológicos e de organismos geneticamente modificados.
É constatada na definição trazida pelo CONSEA a abrangência do conceito de alimentação adequada e saudável, que transcende os aspectos biológicos e sanitários, incorporando dimensões sociais, econômicas, ambientais e culturais. Esse conceito implica na garantia do direito humano ao acesso justo e contínuo a práticas alimentares que considerem as particularidades biológicas e sociais individuais, bem como o ciclo de vida e necessidades especiais.
Outrossim, entende-se que a alimentação adequada e saudável deve refletir os princípios da variedade, qualidade, equilíbrio, moderação e prazer, abraçando também as dimensões de gênero, raça e etnia. A sustentabilidade é igualmente essencial, promovendo práticas livres de contaminantes físicos, químicos e biológicos, e sem organismos geneticamente modificados (OGM), os chamados alimentos transgênicos.
Essa concepção ampla e integrada da alimentação coloca os indivíduos e suas comunidades no centro das preocupações alimentares, reconhecendo a importância das relações sociais, culturais e ambientais na busca por uma alimentação que promova não apenas a saúde física, mas também o bem-estar integral e a equidade social.
Conforme Pozzetti (2014, p. 104), criados pela biotecnologia, os alimentos transgênicos são aqueles em que os cientistas promovem uma modificação genética, com a inserção de genes provenientes de outro organismo, da mesma espécie, ou de espécies diferentes. Tais alimentos têm tido um impacto significativo nas escolhas alimentares dos brasileiros, relacionando-se com os princípios de uma alimentação saudável, de modo que a disponibilidade desses produtos no mercado gera debates sobre sua segurança e potenciais efeitos na saúde, juntamente com as questões ambientais e éticas emergem nesse contexto.
Sobre a temática, Silva et al. (2020, p. 11.914), apontam que:
A pluralidade de estilos de vida que caracteriza a população brasileira aparece diretamente traduzida nas escolhas e nas práticas dos consumidores. A introdução dos alimentos transgênicos nas prateleiras dos mercados gerou muitos questionamentos quanto à segurança desses produtos. Até os dias atuais, ainda, não existem estudos que possam comprovar que os transgênicos causam danos à saúde e ao meio ambiente de forma a não justificar o seu uso.
O consumidor busca informações para tomar decisões mais conscientes e, muitas vezes, opta por alimentos não transgênicos e orgânicos, alinhados com uma alimentação saudável que prioriza a diversidade, qualidade e sustentabilidade, enquanto busca minimizar riscos à saúde e ao meio ambiente. Essa tendência reflete a importância crescente da consciência alimentar na sociedade brasileira, impulsionando escolhas mais informadas e responsáveis.
De acordo com Martinelli e Cavalli (2019, p. 4.252), “As preocupações em relação à alimentação vêm se modificando com o passar do tempo”. Nota-se uma evolução nas preocupações relacionadas à alimentação, com mudanças significativas nos enfoques e perspectivas adotadas pela sociedade, abrangendo diversos aspectos, incluindo o entendimento dos impactos da alimentação na saúde, nas questões ambientais e nos sistemas de produção de alimentos.
À medida que novas pesquisas científicas são conduzidas, novos conhecimentos são gerados, alterando as recomendações e diretrizes nutricionais. Além disso, as preocupações em relação à segurança alimentar, ao acesso a alimentos adequados e à sustentabilidade dos sistemas alimentares também têm ganhado destaque na agenda pública. A crescente conscientização sobre a importância da alimentação como um fator determinante para a saúde e bem-estar individuais e coletivos, bem como para a preservação do meio ambiente, reflete-se em mudanças nos padrões de consumo e em políticas públicas voltadas para a promoção da alimentação saudável e sustentável.
Essa evolução nas preocupações alimentares tem implicações significativas para a saúde pública, a economia, a agricultura e o meio ambiente, demandando ações integradas e responsáveis para enfrentar os desafios contemporâneos relacionados à alimentação. O Ministério da Saúde (BRASIL, 2006, p. 14) dispõe que “A alimentação saudável deve favorecer o deslocamento do consumo de alimentos pouco saudáveis para alimentos mais saudáveis, respeitando a identidade cultural-alimentar das populações ou comunidades”.
Desse modo, a compreensão apresentada aponta que uma alimentação saudável deve promover a transição gradual do consumo de alimentos menos saudáveis para opções mais nutritivas, levando em conta a diversidade cultural e alimentar das diferentes populações ou comunidades. Esse processo visa incentivar escolhas alimentares saudáveis sem desconsiderar as preferências e tradições culinárias de cada grupo, buscando assim uma abordagem mais inclusiva e sustentável para a promoção da saúde através da alimentação.
Ao destacar alguns pressupostos para a alimentação saudável, Pinheiro e Gentil (2005, p. 02) entendem que:
Uma alimentação saudável é considerada adequada quando além da sua composição nutricional também compreende aspectos relativos à percepção dos sujeitos sobre padrões de vida e alimentação adequados a suas expectativas. Neste sentido as dimensões de variedade, quantidade, qualidade e harmonia se associam aos padrões culturais, regionais, antropológicos e sociais das populações. Assim, uma alimentação saudável (e adequada) é aquela que incorpora como objeto a trajetória necessária, desde a produção até o consumo, do alimento, em todas as suas dimensões (principalmente culturais), e todas as possibilidades que esta produção gera em termos de desenvolvimento sustentável e Segurança Alimentar e Nutricional.
Em consonância com a percepção das autoras acima mencionadas, a alimentação saudável vai além da mera composição nutricional, englobando as percepções sobre padrões de vida e alimentação adequados. Isso implica que a variedade, quantidade, qualidade e harmonia alimentar se entrelaçam com elementos socioculturais, regionais, antropológicos das populações de forma que considere toda a trajetória do alimento, desde sua produção até o consumo, valorizando suas dimensões culturais e as oportunidades para o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar e nutricional das comunidades, o que é essencial para assegurar a alimentação coerente com as expectativas dos indivíduos, proporcionando não apenas saúde física, mas também bem-estar social e ambiental.
2.1.2 ALIMENTAÇÃO E DESEMPENHO PROFISSIONAL DO POLICIAL MILITAR
Souza (2016, p. 10) afirma que “o policial tem atividade importante e para isso precisa estar bem-preparado tanto psicológica como fisicamente. A alimentação, além de atividades físicas periódicas, é fundamental para o estado de saúde do PM […]”. Os estudos científicos apontam cada vez mais para a estreita correlação entre alimentação e saúde, sendo que os alimentos possuem o potencial de influenciar no desenvolvimento de processos inflamatórios do organismo, no desequilíbrio hormonal, provocando, por exemplo, doenças metabólicas e complicações cardiovasculares.
De igual maneira, a alimentação equilibrada, rica em micro e macronutrientes, proporciona boa saúde, reduz inflamação, regula hormônios e previne doenças, favorecendo a qualidade de vida, de modo que “O conceito de qualidade de vida está relacionado à autoestima e ao bem-estar pessoal e abrange uma série de aspectos entre eles o estado de saúde, o estilo de vida, incluindo os cuidados com a alimentação e o equilíbrio nutricional.” (MALTA; PAPINI; CORRENTE, 2013, p. 378).
A pouca ingestão de alimentos ricos em nutrientes e fibras entre os policiais militares deve ser considerada como fator de alerta, tendo em vista que o profissional se expõe cotidianamente a inúmeras situações de desequilíbrio social, violência, risco de morte e estresse crônico, que causa desgaste físico e psicológico sendo um fator de vulnerabilidade. Para Sampaio et al .(2018, p. 79), tem se destacado atualmente a “importância do consumo das frutas, verduras e legumes (FVL) como componentes importantes de uma dieta saudável bem como a recomendação de uma ingestão diária e em quantidade suficiente para a prevenção de doenças.”.
A relação entre nutrição e desempenho físico e mental dos policiais militares é de suma importância para a eficiência de suas ações na manutenção da segurança pública. A natureza das atividades desses profissionais, que frequentemente os expõe a situações de alto estresse e demanda por esforço físico, torna essencial uma alimentação saudável e equilibrada para otimizar suas capacidades e bem-estar: “A profissão dos militares é apontada como uma das mais estressantes, o que pode impactar diretamente no seu estado nutricional.” (REZENDE, 2022, p. 18).
O trabalho árduo e a rotina imprevisível enfrentados pelos policiais militares podem levar a consequências significativas para sua saúde se não forem acompanhados por uma alimentação adequada. A falta de cuidado nutricional pode resultar em problemas como a fadiga, desidratação, baixa imunidade e distúrbios gastrointestinais, o que pode comprometer sua capacidade de resposta e tomada de decisões em momentos críticos.
Uma nutrição balanceada é essencial para fornecer a energia necessária para as demandas físicas e mentais exigidas na atividade policial. A alimentação saudável deve ser rica em carboidratos complexos, como grãos integrais, que fornecem energia de liberação lenta para sustentar os níveis de glicose no sangue durante o dia. Proteínas magras, presentes em carnes magras, ovos e leguminosas, são importantes para a recuperação muscular após o esforço físico, bem como para a manutenção da massa muscular.
A ingestão adequada de gorduras saudáveis, provenientes de fontes como abacate, nozes e peixes, é essencial para a saúde do sistema nervoso e para a absorção de vitaminas lipossolúveis, como as vitaminas A, D, E e K. Além disso, uma variedade de frutas e vegetais coloridos deve fazer parte da dieta, fornecendo vitaminas, minerais e antioxidantes fundamentais para fortalecer o sistema imunológico e reduzir os danos causados pelos radicais livres gerados em situações de estresse.
O consumo adequado de água também é crucial para garantir a hidratação adequada dos policiais militares durante suas atividades, especialmente em um clima quente e úmido como o da região amazônica. A desidratação pode afetar negativamente a saúde e o desempenho, prejudicando a concentração e a coordenação motora, aspectos cruciais para o exercício das funções policiais.
Uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes desempenha um papel fundamental no controle do peso e na prevenção de doenças crônicas entre os policiais militares. A adoção de uma dieta balanceada, que forneça todos os nutrientes essenciais em quantidades adequadas, contribui para o controle do peso corporal, evitando o excesso de gordura e reduzindo o risco de obesidade, um problema de saúde significativo na população em geral.
Além disso, uma dieta nutricionalmente completa, com destaque para o consumo adequado de fibras, vitaminas e minerais, ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue e a manter os lipídios sanguíneos em níveis saudáveis, reduzindo assim o risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial. Dessa forma, uma alimentação equilibrada não apenas contribui para a saúde geral do policial militar, mas também pode ter impactos positivos no controle de fatores de risco para doenças crônicas, melhorando sua qualidade de vida e bem-estar.
Ademais, uma alimentação saudável é essencial para otimizar o desempenho do policial militar em suas funções laborais. A natureza exigente do trabalho policial, que muitas vezes envolve situações estressantes e demanda física intensa, requer uma fonte adequada de energia e nutrientes para suportar tais exigências. Uma dieta equilibrada, que forneça carboidratos complexos para a liberação gradual de energia, proteínas para a recuperação muscular e gorduras saudáveis para a manutenção do sistema nervoso, é essencial para garantir a vitalidade e a resistência durante a execução das tarefas diárias.
É clara a mudança, no plano mundial, do conceito de alimentação saudável. As preocupações com as deficiências nutricionais e a fome inevitavelmente vinculadas ao contexto político-social – persistem aqui e em muitos outros países, porém convivem com os temores das repercussões do consumo excessivo de certos nutrientes e calorias na dieta, além dos problemas relativos à contaminação química dos alimentos (AZEVEDO, 2008, p. 720).
Logo, o consumo de vitaminas e minerais provenientes de frutas, legumes e verduras pode fortalecer o sistema imunológico, tornando o policial mais resiliente às doenças e infecções. Assim, a alimentação equilibrada é uma aliada valiosa para o policial militar, capacitando-o a enfrentar os desafios físicos e mentais de sua profissão com mais vigor, foco e eficiência.
A relação entre nutrição e desempenho físico e mental dos policiais militares é inegável, sendo a alimentação saudável um elemento essencial para a preservação da saúde e eficiência desses profissionais. Os desafios enfrentados para a adoção e manutenção de uma rotina alimentar adequada devem ser abordados de maneira integrada, envolvendo ações institucionais, políticas públicas e conscientização individual, buscando garantir uma nutrição adequada para o pleno exercício das atividades policiais na região amazônica.
2.2 DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS POLICIAIS MILITARES PARA A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
O policial militar possui um ritmo de vida e de trabalho peculiares, em comparação às demais profissões, em face da rotina intensa e da exposição frequente a riscos e estressores emocionais e físicos, o que justifica a necessidade de uma alimentação capaz de fornecer os nutrientes suficientes para conservar sua saúde e imunidade. Adotar uma alimentação saudável é essencial, pois “o ritmo diário de trabalho e a responsabilidade perante a sociedade podem levar estes indivíduos a situações de estresse que, aliadas à má alimentação e à inatividade física, podem ocasionar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares” (DONADUSSI et al., 2009, p. 849).
As inquietações referentes à alimentação vêm destacando o alerta para o excessivo consumo de alimentos com alto teor de açúcar, carboidratos, gordura e sódio. Tais preocupações são apropriadas, em vista de que a ingestão exacerbada desses alimentos, juntamente a condições como sedentarismo e estresse, está associada à ocorrência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), responsáveis por altíssimas taxas de mortalidade da população no mundo inteiro. Para Oliveira et al. (2020, p. 66.466), “a nutrição possui papel de extrema importância na manutenção e recuperação da saúde, sendo ainda mais relevante no tratamento de doenças agudas e crônicas.
Segundo Castro (2015, p. 07) “[…]são expressivos o aumento da obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis ligadas a ela e à alimentação, como o diabetes e a hipertensão”. Para os policiais militares, a rotina da profissão pode ser encarada como um risco, em vista de que fazer refeições de maneira irregular tem sido associado ao aumento de fatores de doenças cardiovasculares.
2.2.1 POLICIAIS MILITARES E A ALIMENTAÇÃO FORA DO CONTEXTO DOMICILIAR
De acordo com Queiroz e Coelho (2017, p. 68), “Dentre os aspectos da evolução do comportamento alimentar, o crescimento da alimentação fora do domicílio é uma característica marcante não somente em países desenvolvidos, mas também em países em desenvolvimento”. Pela dinâmica do serviço, muitos policiais preferem fazer lanches quando estão de serviço, consumindo alimentos calóricos, gordurosos, de preparo rápido e de acesso barato, o que ocasiona o aumento do peso e as consequências a ele relativas.
Santos et al. (2023. P. 07) apontam que, no que se refere a esse padrão inadequado de alimentação,
[…] os resultados são negativos para saúde dos policiais militares, pois podem reduzir a mobilidade desses profissionais, sua aptidão física e desempenho necessário à execução das atividades fins, bem como dificultar a utilização de coletes balísticos, coldres e fardamentos, o que, por sua vez, pode colocar em risco a saúde e segurança
No que se refere ao preparo e guarda dos alimentos, a organização dos plantões em escala levaria à necessidade de preparação prévia de alimentos e de seu acondicionamento com o profissional durante o serviço, contudo, nem todos os policiais militares optaram por levar comida de casa, seja por falta de pessoas que possam auxiliar nesse preparo, ou mesmo pela aparente praticidade de se consumir a comida pronta. A proporção de alimentos consumidos fora do domicílio tem aumentado no Brasil (BEZERRA et al., 2013, p. 202S).
Dois aspectos que são complementares e expressam uma mesma realidade é o acesso e o preço dos alimentos. Costumeiramente, no Brasil, alimentos mais nutritivos, saudáveis, orgânicos e não processados, assim como frutas, verduras e legumes são muito mais caros que alimentos de baixa qualidade nutricional, excessivamente processados e cheios de aditivos químicos.
O aumento da obesidade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é, em parte, devido ao aumento do consumo de alimentos fora do domicílio (QUEIROZ; COELHO, 2017, p. 70). Reconhecer a importância da alimentação saudável para os policiais militares não é suficiente; enfrentam-se desafios significativos na adoção e manutenção de uma rotina alimentar adequada. O ambiente de trabalho e as condições operacionais muitas vezes limitam as opções alimentares disponíveis, podendo levar a escolhas menos saudáveis.
De acordo com Angelin (2015, p. 2020), “ o descuido com a qualidade da alimentação e os maus hábitos alimentares pode estar relacionado à ingestão de alimentos de fácil preparo, com baixa qualidade nutricional […]”. O acesso a alimentos nutritivos pode ser dificultado em operações ou turnos noturnos, quando as opções disponíveis podem ser limitadas a lanches rápidos e pouco nutritivos.
A falta de tempo para se alimentar adequadamente também é uma preocupação, especialmente quando os policiais estão envolvidos em missões de alto risco ou enfrentam longas jornadas de trabalho. Nesses casos, o planejamento prévio e a oferta de refeições balanceadas nas unidades policiais podem ser estratégias eficazes para garantir o acesso a alimentos saudáveis durante o serviço.
Outro desafio reside nas questões culturais e de hábitos alimentares arraigados, que podem resistir à adoção de práticas mais saudáveis. A cultura organizacional das unidades militares pode influenciar os padrões alimentares dos policiais, promovendo ou dificultando a implementação de mudanças na alimentação.
Para Barbosa (2018, p. 96), “a saúde dos Policiais Militares (PMS) é influenciada por fatores como: alimentação, saúde física e mental, meio ambiente e fatores genéticos”. Diante das exigências e desafios enfrentados pelos policiais militares para manter uma alimentação saudável, é fundamental que esses profissionais adotem estratégias para desenvolver e manter bons hábitos alimentares que atendam às necessidades nutricionais essenciais para o desempenho de suas atribuições laborais.
Primeiramente, é crucial que haja conscientização e educação nutricional, tanto em âmbito institucional quanto individual. Programas de orientação e palestras sobre alimentação saudável podem ser implementados nas unidades militares, fornecendo informações valiosas sobre os benefícios de uma dieta equilibrada e os riscos associados a escolhas menos saudáveis.
Ao entender a importância da nutrição para a saúde e desempenho, os policiais militares estarão mais inclinados a adotar mudanças positivas em sua dieta e as corporações militares podem desempenhar grandioso papel nesse auxílio aos profissionais, conforme preconizam Reis Neta et al. (2016, p. 85):
É necessário urgentemente que novas políticas de qualidade de vida sejam adotadas na Corporação, visando à preservação do seu bem mais precioso que é o homem, sob pena de não cumprir de forma satisfatória a sua missão constitucional e ainda submeter todos os seus integrantes da atividade fim (área operacional) a contrair doenças que iram promover a sua aposentadoria precoce a diversos afastamentos para tratamentos médicos.
Além disso, é essencial garantir a acessibilidade e disponibilidade de alimentos saudáveis nas unidades policiais. A oferta de refeições balanceadas e nutritivas nas instalações militares pode ser uma solução prática para facilitar o acesso dos policiais a opções alimentares adequadas durante seus plantões ou missões.
Para Angelin (2015, p. 02), “trabalhadores por turnos e noturnos são indivíduos conhecidamente mais predispostos a ter hábitos alimentares inadequados”. Por isso é importante incentivar o planejamento prévio das refeições, possibilitando que os policiais organizem lanches e marmitas saudáveis para levar consigo durante o trabalho.
Estimular a criação de espaços para armazenar e aquecer alimentos nas unidades pode facilitar essa prática e contribuir para uma alimentação mais equilibrada. Parcerias com fornecedores locais e produtores de alimentos saudáveis podem ser estabelecidas, permitindo o acesso a opções frescas e nutritivas.
Ao promover um ambiente que facilite a adoção de uma alimentação saudável, os policiais militares estarão mais motivados a manter bons hábitos alimentares, refletindo em benefícios para sua saúde, desempenho e qualidade de vida, bem como para o efetivo cumprimento de suas atribuições profissionais.
3. CONCLUSÃO
Em síntese, o estudo sobre a relação entre nutrição e o desempenho físico e mental dos policiais militares revelou-se de extrema importância para a compreensão dos desafios enfrentados por esses profissionais em busca de uma alimentação saudável e equilibrada. Através da análise dos dados coletados, foi possível constatar que a adoção de uma dieta balanceada e rica em nutrientes desempenha um papel significativo no controle do peso corporal, na prevenção de doenças crônicas e no fortalecimento do sistema imunológico dos policiais, refletindo diretamente em sua vitalidade, resistência e bem-estar.
No que tange ao cumprimento dos objetivos gerais e específicos do estudo, observou-se que a pesquisa alcançou êxito ao identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos policiais militares para manter uma alimentação saudável em meio às exigências de suas atividades laborais. As informações obtidas forneceram elementos sobre as barreiras culturais, organizacionais e individuais que impactam as escolhas alimentares desses profissionais, destacando a relevância de programas de educação nutricional e de ações para a melhoria do ambiente alimentar nas unidades policiais.
No entanto, vale ressaltar que há a necessidade de prosseguir com investigações adicionais para aprofundar o conhecimento nessa área. Sugere-se a realização de estudos longitudinais para avaliar a efetividade das intervenções implementadas, a fim de entender melhor a evolução dos hábitos alimentares dos policiais militares ao longo do tempo. Além disso, pesquisas podem ser conduzidas para avaliar a associação entre a adoção de uma alimentação saudável e os índices de saúde, bem como o desempenho profissional dos policiais.
A análise da qualidade nutricional das refeições oferecidas nas unidades militares e a identificação de oportunidades para melhorar a disponibilidade de alimentos saudáveis no ambiente de trabalho também são aspectos que merecem atenção futura. Além disso, é pertinente investigar os fatores que influenciam a adesão individual à alimentação saudável, buscando compreender as motivações e desafios específicos enfrentados pelos policiais na incorporação de hábitos mais benéficos à sua saúde.
A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa, espera-se que novas iniciativas sejam desenvolvidas para promover a conscientização nutricional e a adoção de uma alimentação saudável entre policiais militares. A implementação de políticas institucionais que valorizem e facilitem a busca por uma dieta equilibrada, assim como o incentivo ao engajamento dos próprios profissionais na busca por uma alimentação mais saudável, são fundamentais para garantir a promoção da saúde e o aprimoramento do desempenho desses valorosos profissionais na manutenção da segurança pública.
Em suma, a relação entre nutrição e desempenho físico e mental dos policiais militares é um tema de relevância crescente, e os resultados desta pesquisa contribuem para a compreensão dos desafios e oportunidades para a promoção de uma alimentação saudável nesse contexto. Com o aprofundamento das investigações e a implementação de estratégias efetivas, espera-se que os policiais militares possam desfrutar de uma alimentação adequada e nutritiva, o que impactará positivamente em sua saúde, bem-estar e na excelência do cumprimento de suas nobres funções em prol da sociedade.
REFERÊNCIAS
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1 Mestrando em Segurança Pública, cidadania e Direitos Humanos pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA. Especialista em Segurança Pública e Inteligência Policial pela Faculdade Literatus (UNICEL). Especialista em Ciências Jurídicas pela Universidade Cruzeiro do Sul. Possui graduação em Segurança Pública, cidadania e Direitos Humanos pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA. Bacharel em Direito pela Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. Tenente Coronel da Polícia Militar do Estado do Amazonas. Comandou diversas unidades da Polícia Militar do Estado em todos os Grandes Comandos da Corporação, dentre as quais destacamos: No Comando de Policiamento Metropolitano foi Comandante da 12ª CICOM, 20ª CICOM e do Batalhão do CPA Leste. No Comando de Policiamento do Interior, foi comandante do 4º BPM na cidade de Humaitá – AM e 4ª CIPM na cidade de Lábrea- AM. No Comando de Policiamento Especializado foi Comandante do Grupamento Aéreo.No Comando de Policiamento Ambiental comandou o Batalhão Ambiental. Atuou ainda como Piloto de Helicóptero no Departamento Integrado de Operações Aérea da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas onde também exerceu a função de Chefe de Operações Aéreas. Foi condecorado com a Medalhas Ação Policial, Medalha 10 anos de Serviço, Medalha 20 anos de Serviço, Medalha do Mérito Policial e Medalha Tiradentes.
2 Mestrando em Segurança Pública, Cidadania e Direitos Humanos pela UEA – Universidade do Estado do Amazonas. Especialista em Gestão Pública aplicada à Segurança pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA. Especialista em Direito Administrativo pela Faculdade FOCUS. Especialista em Segurança Pública e Direito Penitenciário pela Faculdade de Educação, de Tecnologia e Administração – FETAC. Especialista em Ciências Jurídicas pela Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. Especialista em Direito Penal e Processo Penal pela Universidade Candido Mendes – UCAM. Possui graduação em Segurança Pública pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA. Bacharel em Direito pela Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. Tenente Coronel da Polícia Militar do Estado do Amazonas. Possui experiência na área de Direito, na fiscalização e gestão de contratos públicos, com ênfase em Segurança Pública. Email: ailtontati2001@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6428-8590
3 Especialista em Direito Militar pela Universidade Cruzeiro do Sul – SP. Bacharel em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul. Bacharel em Segurança Pública pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA. Oficial da Polícia Militar do Estado do Amazonas, atuando principalmente nos seguintes temas: polícia comunitária; redução da criminalidade e política criminal; ronda escolar; defesa dos direitos humanos. Tem 14 (quatorze) anos de serviço em atividade militar. É autor e organizador de livros técnicos e acadêmicos.
4 Doutora em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas. Mestre em Direito Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas. Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela Universidade Cândido Mendes. Graduação em Direito pela Universidade Nilton Lins. Analista judiciário – Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região. https://orcid.org/0000-0002-1430-4123
5 Mestre em Engenharia Civil em Materiais Regionais e não Convencionais Aplicados a Estruturas e Pavimentos pela UFAM Universidade Federal do Amazonas. Especialista em Engenharia de Bioprocessos pela Faculdade Unyleya e em Engenharia de Estruturas de Concreto e Fundações pela UNICID Universidade Cidade de São Paulo. Graduado em Engenharia Civil pela ULBRA Centro Universitário Luterano de Manaus e em Engenharia Civil Operacional pela UTAM Centro de Tecnologia da Amazônia. https://orcid.org/0000-0002-4881-0702
6 Mestranda em Saúde Pública pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Especialista em Saúde Pública com ênfase em saúde da família pela Faculdade Iguaçu. Especialista em saúde Coletiva e ESF pela Faculdade Iguaçu. Especialista em Enfermagem em Atenção Primária à Saúde pela Faculdade Iguaçu. Especialista em Enfermagem em Saúde da Família pela Faculdade Iguaçu. Especialista em Urgência e Emergência pela Faculdade Literatus (UNICEL). Bacharel em Enfermagem. Atualmente é Analista em Enfermagem da Prefeitura Municipal de Manaus e servidora civil no Hospital Militar do Exército Brasileiro. Tem experiência na área de Enfermagem. Possui experiência na área de Saúde Pública, Saúde Materno-Infantil, na assistência e gestão de enfermagem. Tem 18 (dezoito) anos de serviço em atividade de enfermagem. É autora e organizadora de livros técnicos e acadêmicos. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3677-1985.