CHALLENGES IN IMPLEMENTING INCLUSIVE PRACTICES IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102402122212
Lyoene Danielle de Andrade Nascimento1
Deisse Carla de Oliveira Muller2
Maria Ivanilde de Andrade3
Alessandra Palhoni Sabarense Brandão4
Grazielli Cristina Batista de Oliveira5
Joice Batista Maciel Lopes6
Mariângela Baeta Silva7
Maria Rita Castilho Rassi8
RESUMO
O artigo aborda a temática da inclusão de crianças com necessidades especiais na Educação Infantil. Destaca-se a importância dessa inclusão para o desenvolvimento integral das crianças, enfatizando a necessidade de colaboração entre educadores, administradores, famílias e a comunidade para o sucesso das práticas inclusivas. A discussão inicia-se com uma introdução geral sobre o tema da inclusão na Educação Infantil, seguida pela apresentação de aspectos específicos relacionados à adaptação curricular e ao papel dos professores nesse contexto. Também são mencionadas estratégias para promover a inclusão efetiva, respeitando as individualidades e potencialidades de cada criança. Ao longo do texto, são destacados exemplos de boas práticas e iniciativas que contribuem para a criação de ambientes educacionais inclusivos, valorizando a diversidade e garantindo o acesso de todas as crianças a uma educação de qualidade. O artigo conclui reforçando a importância da inclusão desde a Educação Infantil para o desenvolvimento holístico das crianças e defendendo a necessidade de um trabalho conjunto e colaborativo para a efetivação das práticas inclusivas.
Palavras-chave: Educação inclusiva. Necessidades especiais. Educação infantil. Inclusão. Ambientes inclusivos.
ABSTRACT
The article deals with the inclusion of children with special needs in early childhood education. It highlights the importance of this inclusion for children’s all-round development, emphasizing the need for collaboration between educators, administrators, families and the community for inclusive practices to succeed. The discussion begins with a general introduction to the subject of inclusion in Early Childhood Education, followed by a presentation of specific aspects related to curriculum adaptation and the role of teachers in this context. Strategies to promote effective inclusion, respecting the individualities and potential of each child, are also mentioned. Throughout the text, examples of good practices and initiatives that contribute to the creation of inclusive educational environments are highlighted, valuing diversity and guaranteeing access to quality education for all children. The article concludes by reinforcing the importance of inclusion from Early Childhood Education onwards for children’s holistic development and defending the need for joint and collaborative work to make inclusive practices effective.
Keywords: Inclusive education. Special needs. Early childhood education. Inclusion. Inclusive environments.
INTRODUÇÃO
A inclusão de crianças com deficiência na educação infantil é um tema de grande relevância, porém, com a abordagem pouco especializada, tem se tornado cada vez mais um desafio para educadores, famílias e a sociedade em geral (SANTOS; ALMEIDA, 2017).
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD, 2006), ressalta que nos últimos anos, a discussão e a implementação de práticas inclusivas têm ganhado força em todo o mundo, sendo impulsionadas pela crescente conscientização da importância da equidade e da diversidade na educação.
Oliveira (2023), informa que a população tem tido a oportunidade de refletir sobre o assunto, tendo como consequência a mudança de parâmetros, que reconhece a individualidade de cada aluno e busca superar as barreiras que historicamente excluem determinados grupos da educação formal.
De acordo com a Lei nº 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), a educação inclusiva é um pilar fundamental para uma sociedade democrática e igualitária. Ela tem como premissa garantir a igualdade de oportunidades e o pleno desenvolvimento dos indivíduos, independentemente de suas características e necessidades. A educação inclusiva promove ainda o acesso a uma educação de qualidade para que os indivíduos nessas condições se sintam valorizados e incluídos (BRASIL, 1996).
A educação inclusiva tem como objetivo desenvolver o acolhimento e a valorização da diversidade ao promover a participação ativa e significativa dos alunos na aprendizagem e na vida escolar, além de levar a socialização sem preconceitos dentro da sociedade (POKER; MARTINS; GIROTO, 2021).
Santos & Almeida (2017), afirmam que a educação inclusiva transforma a comunidade escolar, impactando positivamente a sociedade em geral. No entanto, a implementação efetiva das estratégias de inclusão enfrenta desafios no cotidiano escolar, principalmente na educação infantil, onde as crianças demandam uma abordagem cuidadosa e sensível por parte dos educadores, gestores e demais profissionais envolvidos.
Poker, Martins e Giroto (2021) reforça que a inclusão não se resume apenas na garantia da presença das crianças com deficiências nas salas de aula, ela envolve também a criação de ambientes acolhedores, adaptados e inclusivos que sejam capazes de auxiliar o desenvolvimento integral das crianças.
Nesse sentido, a LDBEN e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, instituída pelo decreto nº 7.611/2011, estabelecem diretrizes e princípios fundamentais para a promoção da inclusão nas instituições de ensino. A efetivação dessas políticas requer a adequação da infraestrutura, recursos e mudança de paradigmas em relação ao papel da educação na construção de uma sociedade mais justa.
Neste contexto, é fundamental destacar o papel dos educadores, que desempenham uma função crucial na promoção da inclusão e no atendimento às necessidades especificas de cada criança. A formação continuada, o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas e o trabalho em equipe são elementos-chave para o sucesso da inclusão na educação infantil (POKER; MARTINS; GIROTO, 2021; OLIVEIRA, 2023).
Ao promover um ambiente acolhedor, respeitoso e inclusivo, as instituições de ensino contribuem significativamente para o desenvolvimento pleno e a qualidade de vida de todas as crianças (OLIVEIRA, 2023). Mediante o que foi exposto, este estudo tem como objetivos discutir desafios na implementação de práticas inclusivas no âmbito da educação infantil.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória realizada através de uma revisão bibliográfica. A seleção dos estudos foi realizada por meio de bases de dados científicas, utilizando os seguintes termos: “inclusão na educação infantil”, “crianças com deficiência”, “praticas inclusivas” e “desenvolvimento infantil”. Foram considerados artigos, livros, teses e dissertações que abordassem a temática. Os critérios de inclusão consideram publicações decorrentes de evidências empíricas acerca das práticas de inclusão na educação infantil. Os dados foram sintetizados e organizados de acordo com os respectivos temas, permitindo a análise e identificação de padrões e tendências acerca da literatura revisada. Foram excluídos os estudos que não responderam ao objetivo da pesquisa. A partir da análise de conteúdo, utilizou-se a abordagem qualitativa para identificar e descrever os padrões e tendências referentes às práticas educativas inclusivas no campo da educação infantil que foram utilizadas na bibliografia consultada. Através desse método, foi possível compreender as diferentes perspectivas aplicadas por educadores para atender as demandas advindas desse público, em específico. Os resultados da análise foram interpretados à luz da legislação vigente e sob a ótica dos autores dos estudos selecionados.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Constituição Federal de 1988 (CF/88), em seu artigo 205, estabelece a educação como “direito de todos e um dever do Estado, sem discriminação”. Dentro deste contexto, a LDBEN e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva são fundamentais para orientar as práticas educacionais no país.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), as necessidades especiais (NE) “são uma realidade presente em todas as sociedades atuais”. “São condições individuais que demandam suporte especifico que garantam o pleno desenvolvimento e a participação social, exigindo abordagens inclusivas e políticas públicas eficazes de igualdade de oportunidades e respeito à diversidade humana” (UNESCO, 2017).
O reconhecimento das necessidades especiais vai além das limitações individuais, abrangendo aspectos emocionais, sociais e culturais que influenciam a participação plena e igualitária das pessoas em suas comunidades (UNESCO, 2017).
A LDBEN, em seu artigo 58, assegura o atendimento educacional especializado (AEE) aos alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades, preferencialmente na rede regular de ensino. Esse atendimento deve ser realizado de maneira que complemente a educação regular, promovendo assim a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento pleno dos alunos (BRASIL, 1996).
Além disso, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, reforça o compromisso do estado brasileiro com a inclusão escolar, promovendo estratégias e diretrizes para garantir o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos com necessidades especiais nas escolas regulares.
Como afirmado por Mantoan (2003), a inclusão não é um mero ato de colocar crianças especiais em escolas regulares. É um processo contínuo de mudança e transformação na forma como percebemos e valorizamos a diversidade humana. Diante disso, destaca-se, a importância da formação continuada de professores, a adequação dos recursos pedagógicos e a promoção de práticas inclusivas que valorizem a diversidade e a individualidade de cada aluno.
Princípios Fundamentais da Educação Inclusiva
A educação inclusiva representa um modelo educacional que possui diferenças observadas na abordagem tradicional por meio de princípios fundamentais que visam promover a participação e o desenvolvimento integral de todos os alunos, independentemente de suas necessidades e diferenças. Tais parâmetros norteadores são essenciais para que possamos compreender a profundidade e o impacto das abordagens inclusivas na educação contemporânea (UNESCO, 2019).
Um dos princípios fundamentais é a equidade, que se traduz no direito de todos os alunos a uma educação de qualidade. A equidade implica garantir que todos os alunos, independentemente de suas características individuais, tenham acesso a oportunidades educacionais democráticas (UNESCO, 2019).
A valorização da diversidade também se destaca como um dos princípios da educação inclusiva. Silva (2015) afirma que reconhecer e valorizar a diversidade humana é essencial para promover uma educação inclusiva que respeite e valorize as diferenças culturais, étnicas, linguísticas e individuais dos alunos.
Outro princípio central da educação inclusiva é a participação ativa dos alunos no processo educacional. Silva (2015) enfatiza que a participação ativa dos alunos, promovendo a interação e o envolvimento de todos – é um dos pilares da educação inclusiva – que busca garantir a colaboração e a troca de experiências entre alunos com diferentes perfis e habilidades.
Em se tratando da acessibilidade, Mantoan e Prieto (2006) destaca que garantir a acessibilidade, por meio de adaptações curriculares, tecnologias assistivas e ambientes físicos acessíveis é essencial para assegurar a participação plena do processo educacional.
Os princípios da educação inclusiva promovem um ambiente educacional acolhedor para o desenvolvimento integral do aluno, respeitando suas diferenças e potencialidades. Nesse sentido, Machado e Almeida (2010) apontam que a colaboração entre professores, famílias, profissionais de saúde e demais envolvidos é imprescindível para criar um ambiente educacional inclusivo e acolhedor, que promova o desenvolvimento integral do aluno.
Desafios da inclusão em ambientes educacionais
Apesar de ser um direito fundamental, a educação inclusiva enfrenta desafios que podem comprometer a garantia de igualdade de direitos e oportunidades. A falta de infraestrutura adequada nas escolas, problemas na formação, baixa capacitação dos educadores para lidar com a diversidade, déficits na adaptação dos currículos e materiais didáticos, pouca conscientização e aceitação da comunidade escolar e baixa garantia de suporte e acompanhamento individualizado são desafios recorrentes no âmbito da inclusão educacional (NUNES et al., 2021).
Nunes et al. (2021), destacam que a escassez de recursos pode comprometer a implementação efetiva das práticas inclusivas, limitando o acesso dos alunos aos materiais adaptados, à tecnologia assistiva e ao suporte profissional especializado. Sob esse prisma, Mantoan (2003) alerta que a falta de formação adequada para lidar com a diversidade de alunos e a resistência de alguns profissionais e famílias em adotar práticas inclusivas são obstáculos importantes na implementação da educação inclusiva.
A garantia da oferta de recursos adequados, a formação continuada aos educadores e o envolvimento da comunidade, assegura o acesso a uma educação de qualidade capaz de desenvolver o potencial de crianças com necessidades especiais nos ambientes educacionais (SILVA, 2015).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Práticas inclusivas no campo da Educação Infantil
As estratégias de implementação da educação inclusiva desempenham um papel crucial para assegurar que os princípios norteadores da inclusão sejam efetivamente colocados em prática.
Uma das estratégias fundamentais na implementação da educação inclusiva é a avaliação abrangente das necessidades dos alunos. Esse processo não se limita apenas à identificação de questões dificuldades de aprendizagem, ela abrange uma análise mais ampla, considerando também aspectos emocionais, sociais, de saúde e de interação com o ambiente escolar (BERTOLDE, 2018).
Uma abordagem holística permite uma compreensão mais completa da necessidade do aluno. A participação dos pais é essencial para compreender as percepções e expectativas em relação à inclusão na educação infantil, assim como as percepções e necessidades da família e da criança (SILVA, 2015).
A colaboração entre escola, família e profissionais da educação contribui para a construção de um ambiente de apoio e parceria em prol do desenvolvimento integral das crianças (BERTOLDE, 2018).
Com base na avaliação, devem ser elaborados planos de apoio individualizados que atendam às necessidades especificas do aluno. Devem ser estabelecidas metas e estratégias de suporte adequadas que garantam a eficácia da abordagem pedagógica e o bem-estar emocional e social do estudante (ZANATO; GIMENEZ, 2017).
A avaliação e identificação das necessidades na educação estão relacionadas à busca por práticas mais inclusivas e acessíveis. O que envolve a adaptação do currículo, dos materiais didáticos e das estratégias de ensino para atender às diferentes formas de aprendizagem dos alunos. Sob esse prisma, a reflexão e o acompanhamento sistemático dos progressos e desafios dos alunos são essenciais para garantir uma educação inclusiva de qualidade (SILVA, 2015; MITCHELL, 2014).
De acordo com Zanato e Gimenez (2017), a adaptação curricular é outra estratégia-chave na promoção da inclusão. Ela envolve ajustar o conteúdo, os métodos de ensino e as avaliações para atender às diferentes necessidades e estilos de aprendizagem dos alunos. Isso inclui o uso de materiais didáticos variados, recursos audiovisuais e manipulativos, além de estratégias de ensino diferenciadas, como aprendizagem colaborativa e participação nos projetos institucionais.
Conforme destaca Mitchell (2014), a adaptação curricular é uma estratégia-chave na promoção da inclusão. Ela envolve ajustar o conteúdo, os métodos de ensino e as avaliações para atender às diferentes necessidades e estilos de aprendizagem dos alunos. Entre as diferentes formas de adaptação curricular, destacam-se estratégias como a flexibilização de conteúdos e objetivos, a diversificação de metodologias de ensino, a avaliação apropriada e a consideração do tempo e ritmo de aprendizagem de cada aluno (BARBOSA et al., 2023).
A flexibilização de conteúdos e objetivos é essencial para garantir acesso aos conhecimentos fundamentais de forma acessível e adequada às necessidades dos alunos. Isso não implica em reduzir expectativas ou padrões de qualidade, mas em adaptar o processo educacional para que os estudantes alcancem os objetivos de aprendizagem estabelecidos (ZANATO; GIMENEZ, 2017).
Além disso, a utilização de metodologias diversificadas, como aprendizagem cooperativa, ensino baseado em projetos e uso de tecnologias assistivas, contribuem para atender às diferentes formas de aprendizagem e promover uma educação mais inclusiva e engajadora.
Outro ponto destacado por Mitchell (2014) é a utilização de tecnologia assistiva baseada em evidências com o intuito de garantir a eficácia das práticas inclusivas e o acesso equitativo à educação. Reconhecer e respeitar o tempo e ritmo de aprendizagem do aluno é fundamental para garantir oportunidades de desenvolver o conhecimento de forma gradual e significativa.
Mitchell (2014) afirma que as práticas de adaptação curricular além de promover a inclusão, enriquece o ambiente educacional, estimulando a participação ativa dos alunos, valorizando suas potencialidades e garantindo que acesso a uma educação de qualidade.
Um ponto importante a se destacar é a acessibilidade aos ambientes físicos. A garantia da acessibilidade para crianças com deficiência física, mobilidade reduzida ou outras limitações se torna essencial quando se fala de inclusão (PAPPÁMIKAIL; BANDEIRANTE; CARDOSO, 2022).
É importante a disponibilidade de facilitadores de mobilidade para que os alunos se sintam livres para se movimentar como qualquer outro aluno, sem prejuízos na sua vivência cotidiana dento da escola. Isso inclui a instalação de rampas, corrimãos, banheiros acessíveis, além de espaços de circulação adequados (PAPPÁMIKAIL; BANDEIRANTE; CARDOSO, 2022).
Outro fator importante é a disposição de móveis e equipamentos para facilitar a participação e interação dos alunos de forma a garantir acesso aos recursos necessários. Pappámikail, Bandeirante e Cardoso (2022) afirmam que a acessibilidade física é crucial para garantir a participação plena e igualitária dos alunos, proporcionando condições adequadas para o aprendizado e a interação.
A UNESCO (2009) pontua que os ambientes físicos acessíveis atendem às necessidades dos alunos com deficiência e promovem uma cultura inclusiva que beneficia toda a comunidade escolar.
A formação e capacitação dos professores e demais profissionais envolvidos na educação inclusiva é um dos, se não o mais importante ponto, quando se trata da garantia da qualidade e eficácia das práticas inclusivas. Promover uma cultura organizacional que valorize a inclusão e ofereça apoio continuo aos profissionais é essencial para o sucesso da implementação. Os profissionais desempenham um papel fundamental na criação de ambientes de aprendizagem inclusivos, na promoção da equidade e no apoio ao desenvolvimento integral de todos os alunos (NUNES et al., 2021).
Nunes et al. (2021) apontam que a formação de professores é um pilar fundamental para o desenvolvimento de práticas inclusivas. A formação também deve enfatizar a importância da comunicação eficaz com os alunos e suas famílias, onde, a colaboração interdisciplinar e a troca de conhecimentos e de experiências, vise garantir uma abordagem integrada e holística.
Pletsch (2009) explica que a capacitação contínua dos professores é essencial para a construção de uma cultura inclusiva nas escolas uma vez que ela promove o respeito à diversidade e o sucesso acadêmico de todos os alunos. Nesse preâmbulo, os professores precisam ser incentivados a refletir suas práticas, identificar melhorias além de buscar oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo.
Conforme discorre Pletsch (2009), investir no desenvolvimento profissional dos educadores é investir no sucesso e no bem-estar dos alunos, criando ambientes escolares mais acolhedores, acessíveis e eficazes. Outro ponto a ser destacado, centra-se na colaboração entre professores, pais, profissionais da saúde e outros membros da comunidade. Reuniões regulares para discutir o progresso dos alunos são fundamentais para enriquecer o suporte oferecido aos alunos e suas famílias, promovendo uma abordagem holística da inclusão (PLETSCH, 2009).
Ao avaliar e identificar as necessidades, adaptar o currículo, garantir ambientes acessíveis, utilizar tecnologias assistivas, capacitar profissionais e promover a colaboração, constrói-se um ambiente educacional inclusivo que valoriza a individualidade do aluno, proporcionando oportunidades de aprendizagem significativas e enriquecedoras para todos (PLETSCH, 2009).
Em suma, as estratégias de implementação da educação inclusiva desempenham um papel fundamental na promoção da diversidade, equidade e participação ativa dos alunos.
Benefícios da inclusão nos ambientes educacionais
Os benefícios da educação inclusiva se estendem além da comunidade escolar, impactando positivamente a sociedade ao promover a igualdade de oportunidades e o respeito pela diversidade desde a infância. A educação inclusiva atua no combate ao ciclo de exclusão e marginalização que muitas vezes afeta grupos minoritários (PLETSCH, 2009).
Pletsch (2009), discorre que a implementação da educação inclusiva tem efeitos significativos na comunidade escolar. Em um ambiente inclusivo, os alunos se sentem acolhidos e respeitados, o que contribui para um clima escolar mais positivo e colaborativo. Além disso, a diversidade de habilidades, experiências e perspectivas enriquece o ambiente de aprendizagem, promovendo o respeito mútuo e a empatia entre os alunos (PLETSCH, 2009).
Outro impacto importante está na redução do bullying e da exclusão social. Ao promover o respeito pela diversidade e a valorização das diferenças, a educação inclusiva cria um ambiente onde o preconceito e a discriminação ocupem menos espaço para prosperar. Isso contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais dos alunos, preparando-os para uma convivência harmoniosa e respeitosa na sociedade (PLETSCH, 2009).
De acordo com Pappámikail, Bandeirante e Cardoso (2022) a inclusão na educação infantil é crucial para as bases do desenvolvimento cognitivo, emocional, social e motor das crianças são estabelecidas. Nunes et al. (2021), afirma que a inclusão na educação infantil parte do pressuposto de que cada criança é única e possui seu ritmo de aprendizagem.
Sob essa ótica, Pappámikail, Bandeirante e Cardoso (2022), relatam que promover a inclusão nesse contexto significa garantir que todas as crianças, independentemente de suas habilidades, características ou necessidades especiais, tenham acesso a uma educação de qualidade e participem ativamente das atividades a fim de desenvolver seu potencial.
Silva (2015) afirma que ao adotar uma abordagem inclusiva desde a primeira infância, proporciona experiências educacionais enriquecedoras, estimulantes e significativas para as crianças. Sendo assim, Pappámikail, Bandeirante e Cardoso (2022), reforçam que a adaptação curricular na educação infantil proporciona experiências significativas de aprendizagem, garantindo que as crianças sejam desafiadas, estimuladas e apoiadas em seu desenvolvimento.
Mediante o exposto, modificar e ajustar o currículo, os materiais didáticos, as atividades e as estratégias de ensino para atender às diferentes formas de aprendizagem e às necessidades individuais das crianças é uma estratégia essencial para promover a inclusão o âmbito escolar.
CONCLUSÃO
Constatou-se, através desse estudo, a importância da educação inclusiva nos ambientes educacionais. Evidenciou-se a necessidade e os benefícios da inclusão na educação infantil, destacando como ela contribui para o crescimento cognitivo, emocional, social e físico das crianças no ambiente escolar.
Destaca-se que a inclusão vai além das salas de aula; ela se estende para além dos muros da escola, envolvendo educadores, administradores, famílias e a comunidade em geral. A colaboração entre esses atores é essencial para o sucesso da inclusão, pela possibilidade de se criar um ambiente que valorize a diversidade, promova a empatia e capacite a criança no alcance do seu potencial. Enfatiza-se a inclusão na educação infantil como um balizador para o desenvolvimento holístico das crianças, assim como um compromisso coletivo que requer colaboração e dedicação de todos os envolvidos.
Ao investir na inclusão desde os primeiros anos de vida, busca-se a construção de um futuro mais inclusivo, justo e empático para as crianças com necessidades especiais. A adaptação do currículo e a criação de ambientes inclusivos são essenciais para garantir a igualdade de oportunidades, aprendizado e desenvolvimento.
Espera-se que este estudo contribua para maior aprofundamento acerca da inclusão na educação infantil. As análises e sínteses realizadas poderão ser usadas para a elaboração de estratégias para a promoção da inclusão e desenvolvimento integral de crianças com necessidades especiais na educação infantil.
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1Acadêmica do 6° Período do Curso de Pedagogia do Instituto Educacional Newton Paiva/BH-MG;
2Pedagoga. Especialista em Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional pelo Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI/ULBRA). Rondônia, Brasil;
3Enfermeira e Gerontóloga. Mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local (UNA/BH). Doutoranda em Biotecnologias em Saúde (UNP/RN). Docente e Professora TI em Pesquisa do Curso de Medicina da FASEH, Vespasiano/MG, Brasil;
4Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da UFMG. Docente dos Cursos de Medicina e Enfermagem da FASEH, Vespasiano/MG, Brasil;
5Farmacêutica. Mestre em Ciências Farmacêuticas (UFMG). Doutora em Medicamentos e Assistência Farmacêutica pela Farmacêutica (UFMG); Docente e Professora TI em Pesquisa do Curso de Medicina da FASEH, Vespasiano/MG, Brasil;
6Enfermeira. Mestre em Administração. Enfermeira no CTI Cardiológico do Hospital das Clínicas da UFMG. Docente do Curso de Medicina da FASEH, Vespasiano/MG, Brasil;
7Médica da Secretaria Municipal de Saúde de Jaboticatubas. Mestranda em Gestão de Serviços da Atenção Primária (FUNIBER). Docente do Curso de Medicina da FASEH, Vespasiano/MG, Brasil;
8Médica. Mestranda em Saúde Pública. Docente do Curso de Medicina da FASEH, Vespasiano/MG, Brasil.