DESAFIOS NA ADESÃO AOS PROTOCOLOS DE DESCARTE DE MATERIAIS PERFURO- CORTANTES NA ÁREA DA SAÚDE

CHALLENGES IN ADHERING TO PROTOCOLS FOR THE DISPOSAL OF SHARPS IN THE HEALTHCARE SECTOR

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10814340


Ilana Maria Brasil do Espírito Santo1*
Silvana Dias Correia2
Nedson Lechner da Silva1
Pedro Cubas Siqueira Júnior1
Jefferson Teodoro de Assis1
Andréa de Brito Machado3
Sandra Valéria Nunes Barbosa4
Juliana Oliveira de Sousa4
Larissa Cardoso Rodrigues Pinto4
Liana Barros Monteiro5
Sylvia Helena Batista Pires4
Francisca Gomes Brandão Mauriz4
Nilsinelia de Sousa Dias6
Jéssica Laiane da Silva Carvalho4
Itala Ferreira de Assis1


Resumo

Objetivo: Analisar os motivos e consequências da baixa ou não adesão aos protocolos pelos profissionais de saúde Métodos: Trata-se de revisão integrativa de literatura. Os critérios de inclusão foram; publicados na íntegra resultantes de estudos publicados entre 2014 e 2024 (10 anos), nos idiomas português, inglês e espanhol. A coleta de dados aconteceu nos meses de janeiro a março de 2024. Resultados: Dentre os motivos identificados para a baixa adesão aos protocolos estão: organização do trabalho, excesso de trabalho, jornadas duplicadas, equipes reduzidas, aspectos individuais dos trabalhadores como esquecimento e não concordância com algumas recomendações. Os estudos examinados apontaram como principais consequências a falta de cumprimento dos protocolos: exposição ocupacional e de pacientes a agentes biológicos potencialmente contaminados e que podem transmitir patologias fatais. Em relação às medidas recomendadas, 7 (70,0%) mencionaram a educação permanente para aumentar a adesão aos protocolos, enquanto 3 (30,0%) dos artigos enfatizaram a inclusão de conteúdos que extrapolam aos protocolos nos programas educativos. Conclusão: necessário realizar estudos de intervenção que englobem táticas para modificar o comportamento perigoso dos profissionais, aprimorar as condições de trabalho, prover materiais e equipamentos adequados para proteção individual e capacitar constantemente os profissionais.     

Palavras-chave: Precauções Universais. Saúde do Trabalhador, Prevenção de Acidentes. Acidentes de Trabalho.

INTRODUÇÃO

Os ambientes de trabalho oferecem perigos que expõem os trabalhadores a situações que podem resultar em acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, caso não sejam tomadas medidas de segurança. Riscos ocupacionais relacionados a aspectos da organização e do ambiente de trabalho, características individuais dos trabalhadores, qualidade e a quantidade de materiais de trabalho disponíveis são fatores que influenciam a ocorrência de acidentes de trabalho e doenças relacionadas ao trabalho de enfermagem (MARZIALE et al., 2014; VALIM et al., 2014).

No ambiente hospitalar riscos ocupacionais, sejam eles biológicos, físicos, químicos, mecânicos, ergonômicos, psicossociais estão sempre presentes (RIBEIRO et al., 2012), mas são os riscos físicos que são mais frequentemente identificados e estudados (CARDOSO et al., 2014) devido ao seu potencial gerador de risco e insalubridade, que ocorre devido ao contato direto e constante dos profissionais de saúde com os pacientes, além da manipulação de objetos contaminados por patógenos responsáveis por doenças como as Hepatites C e B e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (GARBACCIO; OLIVEIRA, 2018).

Na atualidade, as instituições de saúde têm adotado o conceito de hierarquia de controle para prevenir o uso de materiais perfuro-cortantes, isolar o risco e proteger o profissional da exposição biológica por meio de  engenharias de controle, tais como agulhas com dispositivos de segurança e recipientes com paredes rígidas para descarte de materiais perfuro cortantes. Quando essas estratégias não oferecem total proteção, elas concentram suas ações no controle das práticas de trabalho e no uso dos Equipamentos de Proteção Individual (SILVA et al., 2018).

A implementação de iniciativas para promover a saúde no ambiente de trabalho com o objetivo de reduzir os perigos à saúde dos trabalhadores tem demonstrado resultados satisfatórios na prevenção de doenças relacionadas ao trabalho (RODRÍGUEZ, 2018). A estratégia utilizada nos Estados Unidos da América para a prevenção da exposição a sangue e outros fluidos corpóreos é a que inclui ações de prevenção primária, como a adição de PP, oferecimento de equipamentos de proteção individual, padronização sobre o local e descarte de materiais perfuro-cortantes, lavagem correta das mãos, treinamento e programas de educação relacionados aos riscos de exposição a material biológico, reduziram o número de acidentes envolvendo exposição ocupacional a material biológico e atingiram níveis de controle do risco (LUO et al., 2010).

Nos países em desenvolvimento, os sistemas de monitoramento e controle de acidentes de trabalho envolvendo materiais biológicos precisam ser aprimorados nos estabelecimentos de saúde, uma vez que há dificuldades em registrar ocorrências, disponibilizar materiais com dispositivos de segurança e profissionais de saúde que enfrentam obstáculos para seguir os protocolos de descarte (SILVA et al., 2020; SOUSA et al., 2020).

A elaboração de planos de prevenção deve levar em conta que as intervenções em saúde devem incluir ações comportamentais, gerenciais e organizacionais, a fim de superar a visão individualista de culpa na vítima, que é predominante na maioria das organizações (MENDES et al., 2019). Tendo em vista que a ocorrência de acidentes de trabalho com exposição a substâncias potencialmente contaminantes é considerada um problema de Saúde Pública e as consequências que eles causam aos trabalhadores e às instituições quando não são tomadas medidas preventivas, propõe-se este estudo para analisar os motivos e consequências da baixa ou não adesão aos protocolos pelos profissionais de saúde (LOURENÇO et al., 2019).

Este estudo servirá para auxiliar na elaboração de estratégias para aumentar a adesão aos protocolos, pois o problema e sua mitigação precisam ser analisados não somente com o foco no trabalhador, mas também no potencial resolutivo das organizações empregadoras e governamentais, contextualizando as condições de trabalho, como está organizado e as melhores estratégias de solução.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

As Infecções relacionadas à Assistência à Saúde são consideradas um dos principais efeitos adversos nos serviços de saúde, devido à alta frequência de atendimento e aos riscos relacionados à saúde dos pacientes e profissionais envolvidos, o que resulta em um problema de saúde pública (ANVISA, 2021).

Os profissionais da saúde estão sujeitos a diversos riscos ocupacionais durante o seu trabalho, especialmente aqueles que estão relacionados à exposição a agentes biológicos, químicos e físicos (BRASIL, 2005).

A exposição ocupacional a materiais biológicos representa um sério perigo para os profissionais de saúde em seus ambientes de trabalho. A contaminação pode ser causada por meio do contato direto com sangue e/ou fluidos orgânicos em mucosas ou peles não íntegras, ou por meio de ferimentos percutâneos, como picadas de agulhas ou objetos perfurocortantes, agravada pela falta de cuidados na manipulação de materiais perfurocortantes e pela falta de utilização de EPI (GOMES et al., 2018).

Apesar de alguns profissionais considerarem as precauções padrão como difíceis de serem seguidas, servindo apenas para burlar o sistema, é aceito que seguir as diretrizes de biossegurança implica em seguir os padrões de segurança exigidos pelas instituições de saúde, uma vez que são medidas essenciais para assegurar a saúde do trabalhador. No entanto, o que se tem observado nos serviços de saúde é um constante descumprimento dessas normas, mesmo diante da exposição desses trabalhadores a riscos variados, incluindo materiais biológicos (PIRES; ARAÚJO; MOURA, 2019).

Os incidentes envolvendo materiais biológicos podem ter consequências prejudiciais, tais como contaminação e transmissão de doenças entre os profissionais, exposição a materiais biológicos durante a sua rotina profissional, aumento da taxa de infecções nos serviços de saúde, sobrecarga de trabalho e, especialmente, condições físicas inadequadas (ALVES et al., 2021).

No entanto, todos os colaboradores envolvidos na prestação de serviços de saúde devem adotar medidas preventivas, tais como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), higienização das mãos, atenção na manipulação de equipamentos, gerenciamento adequado dos resíduos e descarte adequado dos perfurocortantes, limpeza de áreas do ambiente de saúde, dentre outras. As medidas propostas evitam a disseminação de micro-organismos patogênicos, reduzem a infecção cruzada e o aumento da incidência de problemas de saúde (SOUSA et al., 2018).

Os profissionais da saúde estão expostos às diversas fontes de materiais, o que pode causar acidentes de trabalho e danos à saúde. Esses produtos podem conter substâncias contaminantes, o que aumenta o risco de infecções sanguíneas por acidentes com materiais perfurocortantes (PEDROSA; DONATO; ANDRADE, 2019).

A cada dia, aumenta-se a quantidade de profissionais da saúde e profissionais ligados que estão sujeitos ao risco de adquirir patologias causadas por microorganismos presentes na corrente sanguínea, devido ao contato percutâneo (LIMA et al., 2018; REIS et al., 2019).

Os profissionais da área da saúde estão expostos a diversas origens de materiais, o que pode resultar em acidentes de trabalho e danos à saúde. Esses produtos podem conter substâncias contaminantes, o que aumenta o risco de infecções sanguíneas por acidentes com materiais perfurocortantes (PEDROSA; DONATO; ANDRADE, 2019). 

2  METODOLOGIA

Trata-se de revisão integrativa de literatura, estruturada nas seguintes etapas: formulação da questão norteadora, busca na literatura dos estudos relacionados a temática, categorização dos estudos encontrados, avaliação dos estudos incluídos, discussão e interpretação dos resultados e síntese do conhecimento evidenciado nos artigos selecionados (WHITTEMORE, KNAFL, 2005).

A questão norteadora foi: quais os motivos da baixa adesão e da não adesão aos protocolos de descarte de materiais perfuro- cortantes na área da saúde? Os estudos foram selecionados por meio de busca eletrônica a artigos nas bases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e bibliotecas Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e COCHRANE.

Os descritores utilizados na estratégia de busca foram retirados do Banco de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH) sendo eles: precauções universais OR “universal precautions” OR “standard precautions” OR saúde do trabalhador OR “ocupational health”, prevenção de acidentes OR “accident prevention”, acidentes de trabalho OR “accidents occupational”.

Os critérios de inclusão foram; inclusão de artigos, publicados na íntegra resultantes de estudos publicados entre 2014 e 2024 (10 anos), nos idiomas português, inglês e espanhol, que estivessem disponíveis nas bases de dados selecionadas e que fornecessem informações para responder à pergunta do estudo.

A coleta de dados aconteceu nos meses de janeiro a março de 2024. Para a seleção dos estudos, três revisores independentes avaliaram os títulos e os resumos das publicações identificadas e, em caso de dúvida ou discordância, um quarto revisor foi requerido a emitir parecer sobre a inclusão ou não do estudo. Todos os artigos que não atenderam os critérios de inclusão foram excluídos após leitura do resumo.

Os revisores, autores deste estudo, começaram a examinar os dados das bases de forma independente e, em seguida, cada artigo foi categorizado de acordo com as informações coletadas para responder à pergunta de investigação sobre o nível de evidência, usando a Escala do Oxford Centre for Evidence-based Medicine (24) que categoriza as evidências nos seguintes níveis: 1A – revisão sistemática de ensaios clínicos controlados e randomizados; 1B – ensaio clínico controlado e randomizado com intervalo de confiança estreito; nível 1C – resultados terapêuticos do tipo “tudo ou nada”; 2A – revisão sistemática de estudos de coorte; 2B – estudo de coorte (incluindo ensaio clínico randomizado de menor qualidade); 2C – observação de resultados terapêuticos, estudo ecológico; 3A – revisão sistemática (com homogeneidade) de estudo de caso-controle; 3B – estudo de caso-controle; 4 – relatos de casos (incluindo coorte e caso-controle de menor qualidade) e nível 5 – opinião desprovida de avaliação crítica ou baseada em matérias básicas.

A análise dos artigos foi dividida nas seguintes categorias de análise: razões pelas quais os protocolos de descarte de  materiais perfuro- cortantes não foram seguidos, consequências da baixa adesão, tais como acidentes de trabalho e adoecimento.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

Foram identificados, inicialmente, 346 estudos, dos quais 321 foram excluídos por duplicidade, por não terem a ver com a temática ou, ainda, por não terem apresentado o artigo na sua totalidade. Do total de 25 artigos completos selecionados, 15 foram excluídos após leitura integral por não oferecerem subsídios para responder à pergunta de investigação, restando 10 artigos para análise neste estudo.

Os artigos incluídos se distribuem nas seguintes bases de dados selecionadas: MEDLINE/PubMed: 3 artigos; LILACS: 4 artigos; CINAHL: nenhum artigo e Bibliotecas SciELO: 2 artigos e COCHRANE: 1 artigo. Os estudos que se repetiram em mais de uma base foram mantidos na base de maior número de artigos. O diagrama apresentado na Figura 1 mostra o processo de seleção dos artigos.

Figura 1: Diagrama da seleção de artigos para revisão integrativa.

Fonte: Dados da pesquisa, 2024.

Entre 2014 e 2021, 70,0% (7) dos artigos foram publicados. Já 3 (30,0%) foram publicados entre 2021 e 2023. Das publicações incluídas, 2 (20,0%) são em inglês e 08 (80,0%) são em português. Houve uma grande quantidade de publicações brasileiras, sendo que 08 (80,0%) delas tiveram origem no Brasil. As produções internacionais foram responsáveis por 2 (20,0%).

Em 04 (40,0%) dos artigos, a população estudada foi composta por profissionais de enfermagem. Já em 6 (60,0%), o foco foi os profissionais de saúde em geral. Em relação ao nível de evidência científica dos artigos incluídos, verificou-se que 9 (90,0%) dos artigos estavam no nível de evidência 2C e o 1 (10,0%) era uma revisão de literatura.

Os artigos analisados indicaram que as diretrizes não são seguidas de forma completa, o que torna insatisfatória a adesão dos procedimentos de descarte por parte dos profissionais da saúde, especialmente em relação ao cuidado adequado com materiais perfuro-cortantes, higiene das mãos e uso de equipamentos de proteção individual. Além disso, 9 (90,0%) dos estudos mostraram uma falta de conhecimento desses profissionais em relação aos protocolos. O Quadro 1 apresenta os textos que fizeram parte da amostra analisada nesta pesquisa.

Quadro 1 – Caracterização dos artigos, resultados da adesão aos protocolos de descarte de materiais perfuro cortantes, motivos e consequências da baixa adesão e as intervenções recomendadas. Mato Grosso do Sul, 2024.

Autores/Ano/ Base de dados/PaísTítuloDesenho metodológicoResultado sobre a adesão dos protocolosConsequências  da baixa e/ou não adesão aos protocolos
  ASKARIAN et al/2015 / MEDLINE/ Pubmed / IrãKnowledge, practice, and attitude among iranian nurses, midwives, and students regarding standard isolation precautions.  Estudo descritivo transversalA adesão ainda não é efetiva devido à falta de disponibilidade adequada dos recursos.Contaminação por agentes patogênicos e acidentes com perfuro cortantes.
  FONTANA; FERREIRA; KRAUSE, 2023/ SCIELO/ BrasilUm estudo com auxiliares de saúde bucal sobre biossegurançaEstudo descritivo com abordagem quali-quantitativaA maioria dos participantes afirmou que o uso é incômodo. principalmente quando se usa óculos e máscara simultaneamente.A contaminação entre pacientes e profissionais causada principalmente pela manipulação inadequada dos instrumentos perfurocortantes, seguida pela ausência de uso.
  ZHOU et al/ 2014 / LILACS/ China  HealthcareAssociated Infections and Shanghai Clinicians: A Multicenter Cross-Sectional Study  Estudo descritivo transversalO depoimento dos profissionais em relação às práticas e à adesão aos protocolos de descarte mostrou resultados menos satisfatórios.Exposição ocupacional e condutas inadequadas nos pós acidentes.
  LIMA; SILVA, 2023/ CINAHL/ Brasil  Diagnóstico situacional do manejo e descarte de perfurocortantes por profissionais de enfermagem em um centro de atenção psicossocial na região nordeste do Pará: um estudo observacional e retrospectivoEstudo observacional retrospectiva e descritiva  Foi observado falta de padronização no manuseio e descarte correto pelos profissionais.Risco por exposição acidental com perfurocortante o que gera via de transmissão para diversas patologias como as hepatites B/C e HIV.
  PORTO; MARZIALE/ 2016/ SCIELO/ BrasilMotivos e consequências da baixa adesão às precauções padrão pela equipe de enfermagemRevisão integrativa da literaturaA adesão aos protocolos  não acontecem  em sua totalidade.Os danos causados são os acidentes e as doenças do trabalho. As pesquisas de intervenção são escassas e se limitam à capacitação dos profissionais.
  QUIXABEIROHENNINGTON/ 2021/ LILACS/ BrasilEstratégias de Intervenção para acidentes com objetos cortoperfurantes em Centro Cirúrgico de um Instituto especializado em OncologiaEstudo de casoA baixa adesão está relacionada a fatores comportamentais, tais como o desconforto durante o uso e a dificuldade em realizar certos procedimentos.A exposição do trabalhador a materiais perfurocortante, que podem estar contaminados por agentes infecciosos, pode causar diversos tipos de patógenos e causar enfermidades.
  OTTOBELLI et al/2016/ LILACS/ BrasilAcidentes de trabalho com perfurocortantes em unidade de centro cirúrgico na Região Sul do BrasilEstudo quantitativo, do tipo descritivo e documentalA administração de medicamentos e a realização de punções venosas foram os principais fatores que contribuíram para acidentes com perfurocortantes.Os fatores cognitivos, emocionais e comportamentais estão diretamente relacionados à falta de cumprimento dos protocolos.
  GOMES et al/2018/ SCIELO/ BrasilPanorama das Publicações Nacionais Sobre Acidentes com Perfurocortantes Associado a Exposição a Material BiológicoPesquisa qualitativa do tipo revisão integrativaA falta de adesão aos protocolos foi relatada, assim como o reencape e a desconexão de agulhas após os procedimentos.A carência de treinamento e capacitação foi apontada como um dos principais motivos para acidentes de trabalho envolvendo produtos químicos.
  FLORIANO et al/2019/ SCIELO/ BrasilCumprimento às precauções-padrão por profissionais de  enfermagem no atendimento de alta complexidadeEstudo quantitativo, descritivo e transversalO cumprimento dos protocolos pelos profissionais de enfermagem foi abaixo do nível esperadoMesmo sabendo dos perigos, cometeram ações arriscadas, tais como reencape de agulhas, punção, remoção de acesso e administração de medicamentos sem o uso de luvas
  CORRÊA et al/ 2017/ LILACS/ BrasilFatores associados ao uso de equipamentos de proteção individual por profissionais de saúde acidentados com material biológico no Estado do MaranhãoEstudo epidemiológicotransversal, tipo analíticoOs profissionais de saúde que sofreram acidentes no Estado do Maranhão apresentaram uma baixa frequência de utilização de equipamentos de proteção individual (EPI)A principal circunstância foi o descarte incorreto de perfurocortante, o que pode ser explicado pelo fato de os recipientes destinados ao descarte receberem materiais além de sua capacidade

Fonte: Dados da pesquisa, 2024.

Dentre os motivos identificados para a baixa adesão aos protocolos estão: organização do trabalho, excesso de trabalho, jornadas duplicadas, equipes reduzidas, aspectos individuais dos trabalhadores como esquecimento e não concordância com algumas recomendações: 3 (30,%); falta de recursos materiais:2 (20,0%); má percepção dos riscos: 3 (30,0%); e 2 (20,0%) a baixa qualidade dos EPIs.

Os estudos examinados apontaram como principais consequências a falta de cumprimento dos protocolos: exposição ocupacional e de pacientes a agentes biológicos potencialmente contaminados e que podem transmitir patologias fatais, como a Hepatites C e B e a AIDS, em 4 (40,0%); ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais em 5 (50,0%); e condutas inadequadas após acidentes de trabalho em 1 (10,0%). Esses números superam o número de artigos pesquisados, pois algumas consequências se repetem nos resultados.

Em relação às medidas recomendadas, 7 (70,0%) mencionaram a educação permanente para aumentar a adesão aos protocolos, enquanto 3 (30,0%) dos artigos enfatizaram a inclusão de conteúdos que extrapolam aos protocolos nos programas educativos, especialmente sobre percepção de riscos e normas que regulamentam o trabalho em saúde. Os outros estudos se concentram nas condições de trabalho e na implementação de normas e rotinas.

Observa-se que a grande parte dos textos examinados é descritiva e segue um método metodológico que resulta em pouca evidência científica, no entanto, fornece informações para o planejamento de medidas para solucionar o problema da baixa adesão aos protocolos de descarte de materiais perfurocortantes. Observa-se uma predominância de estudos focados na investigação e poucos voltados para a intervenção.

Tratar materiais perfurocortantes de forma correta é crucial para assegurar a segurança e evitar a contaminação do meio ambiente. É importante fornecer treinamento adequado para profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório, sobre o tratamento seguro e o descarte adequado de materiais perfurocortantes.  Essas instruções incluem instruções sobre como utilizar recipientes específicos, como lidar com os materiais com segurança e quais são os procedimentos adequados para descarte (LIMA; LIMA, 2023).

Os profissionais que atuam na área da saúde são os mais afetados por acidentes de trabalho, uma vez que abrangem grupos profissionais que, frequentemente, estão expostos a sangue e materiais biológicos. A Enfermagem é um exemplo disso: uma pesquisa apontou que 43% dos acidentes com material biológico ocorreram com profissionais da enfermagem. Em sua grande maioria, os acidentes envolveram materiais perfurocortantes (agulhas e lâminas de bisturi) (OTTOBELLI et al., 2015). 

A ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo a exposição a materiais biológicos entre enfermeiros de enfermagem ainda é uma realidade em diversas instituições de saúde, especialmente em países em desenvolvimento. Para implementar estratégias efetivas que extrapolem as práticas educativas do trabalhador, é necessário considerar um conjunto de fatores, incluindo a cultura organizacional, o modelo de gestão e organização do trabalho adotado, a valorização dos trabalhadores e as condições de trabalho oferecidas (PORTO; MARZIALE, 2016).

Em uma pesquisa conduzida em um hospital filantrópico no Brasil, 77,7% dos incidentes envolvendo materiais biológicos ocorreram por meio de lesões cutâneas causadas por materiais perfurocortantes, sendo 52,7% desencadeadas durante procedimentos e 11,1% por descarte em um local inadequado (DORNELLES et al., 2016).

As medidas que podem diminuir os acidentes com materiais perfurocortantes, incluindo a adesão aos protocolos, incluem higienização das mãos, manipulação e descarte seguro de materiais perfuro-cortantes, uso de equipamentos de proteção individual para proteger profissionais, pacientes e meio ambiente, e imunização dos trabalhadores. Essas recomendações devem ser seguidas no atendimento a qualquer paciente, independentemente de seu diagnóstico (LAPA et al., 2017). 

Dada a baixa ou não adesão aos protocolos, percebe-se que vários deles estão ligados à falta ou ao não investimento nas condições de trabalho, o que, além de expor profissionais e pacientes a riscos, cria um clima de desarmonia, insatisfação e desmotivação no ambiente de trabalho (FERREIRA et al., 2017) Destaca-se a relevância da existência de regras e rotinas bem definidas, com procedimentos bem definidos e divulgados para que todos tenham acesso e conhecimento sobre como agir em situações de exposição e acidentes, conforme estabelecido na legislação trabalhista (CARDOSO et al., 2020).

Os riscos de infecção e suas consequências são elementos amplamente reconhecidos de risco ocupacional para os profissionais da área da saúde. No entanto, são aumentados com o  surgimento de epidemias (POMPEU; SLOVIC, 2023). Embora haja progressos significativos na prevenção de infecções hospitalares, a adesão aos equipamentos de proteção individual (EPIs) ainda é um obstáculo significativo para os profissionais da área da saúde. A baixa adesão está ligada a fatores comportamentais, como o desconforto durante o uso e a dificuldade para executar alguns procedimentos (QUIXABEIRO, HENNINGTON, 2021).

De acordo com Li et al. (2021), em um estudo de meta-análise, foi constatado que a utilização de máscaras faciais reduziu em 70% o risco de infecção por covid-19 entre os profissionais de saúde (LI et al., 2021). Hajiabdolbaghi et al. (2022) também apontaram que o uso de EPIs pelos profissionais de saúde estava ligado a uma diminuição drástica nos resultados positivos em testes rápidos de diagnóstico para COVID-19.

A utilização adequada de equipamentos de proteção individual (EPI) é considerada a maneira mais eficaz de prevenir o risco de infecção por covid-19 entre profissionais da saúde. Sendo assim, o governo dos Estados Unidos, por exemplo, emitiu um relatório com as práticas mais adequadas para a aplicação em âmbito nacional e orientação sobre o uso de EPI, com o objetivo de assegurar a proteção dos profissionais da saúde durante a resposta à pandemia de coronavírus (FEMA, 2020).

É importante destacar que as atividades de Educação Continuada em Saúde auxiliam na formação dos profissionais, que são parte integrante do processo de aprendizado, ao compreenderem as necessidades e angústias enfrentadas, a fim de construir um novo saber no ambiente laboral. Compreender as normas e práticas de biossegurança é essencial para os profissionais da saúde, incluindo os auxiliares de saúde bucal. A atuação desses profissionais é insalubre e perigosa, logo, deve ser voltada para a segurança das pessoas, de si e do meio ambiente (FONTANA et al., 2023).

Os gestores das unidades de saúde devem implementar métodos de capacitação para os colaboradores envolvidos no processo de separação do resíduo, em todas as fases. O empregador deve manter os registros que comprovem a realização do treinamento, tais como a carga horária, o conteúdo abordado, o nome e a formação profissional do instrutor, bem como os funcionários envolvidos (GOMES et al., 2018).  

Os estudos de revisão reforçam a importância de investigações mais aprofundadas sobre as razões pelas quais a adesão aos protocolos ainda é um problema nos serviços de saúde, uma vez que isso pode comprometer a segurança dos profissionais e dos pacientes. Apesar de existir uma lacuna, é evidente o aumento das publicações nos últimos cinco anos, o que indica um maior envolvimento e preocupação dos pesquisadores com o assunto.

Espera-se que todos os especialistas em saúde estejam cientes das medidas de biossegurança, no entanto, por diversos motivos, eles frequentemente não executam suas atividades adequadamente, o que aumenta o número de casos de exposição a materiais biológicos e o risco de contaminação. Dessa forma, a manipulação de risco é uma das principais razões para a exposição ao material biológico (GOMES et al., 2018).  

4  CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os principais motivos para a baixa adesão de trabalhadores às medidas de proteção individual estão relacionados a deficiências na formação, comportamento de risco assumido, incompreensão de equipamentos de proteção individual e condições de trabalho inadequadas, sobretudo a jornada excessiva, equipes reduzidas e o ritmo intenso de trabalho. Como consequências, ocorrem acidentes de trabalho, sobretudo com a exposição a produtos biológicos potencialmente contaminados e o adoecimento de trabalhadores. Há poucos estudos de intervenção sobre este tema. Os estudos mostraram que as intervenções estão relacionadas a práticas educativas, correção de situações do trabalho e estratégias para cumprir as normas de segurança do trabalho. Assim sendo, é necessário realizar estudos de intervenção que englobem táticas para modificar o comportamento perigoso dos profissionais, aprimorar as condições de trabalho, prover materiais e equipamentos adequados para proteção individual e capacitar constantemente os profissionais.

REFERÊNCIAS

ALVES, Nágila et al. Riscos Ocupacionais e os seus Agravos aos Profissionais de Enfermagem: Revisão Integrativa da Literatura. Revista de Casos e Consultoria, 2021, v. 12, n. 1. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/34972. Acessado em12 fevereiro de 2024.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa nacional de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (PNPCIRAS) 2021 a 2025. Brasília, 5 de março de 2021. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/ptbr/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/pub. Acessado em 12 fevereiro de 2024.

ASKARIAN Mehrdad, et al. Knowledge, practice, and attitude among Iranian nurses, midwives, and students regarding standard isolation precautions. Infect Control Hosp Epidemiol, 2015, v. 28, n.2, p. 241-4. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17265414/. Acessado em 01 de fevereiro de 2024.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria MTE n.º 485, de 11 de novembro de 2005. NR 32 — Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-32.pdf. Acessado em  12 fevereiro de 2024.

CARDOSO Katiane. et al. Adesão dos trabalhadores de enfermagem do hospital municipal Dr. Jair Braga aos equipamentos de proteção individual. Scirce Salutis, 2020, v. 10, n. 3, p. 88-96. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/344701284_Adesao_dos_trabalhadores_de_enfermagem_do_hospital_municipal_Dr_Jair_Braga_aos_equipamentos_de_protecao_individual. Acessado em 01 de fevereiro de 2024.

CARDOSO Nascimento, et al. Adesão dos profissionais às normas de biossegurança aplicadas aos procedimentos de manicure e pedicure em Juazeiro do Norte/CE. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, 2014, v. 18, n. 3, p. 157-161. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/5200/3010. Acessado em 01 de fevereiro de 2024.

CORRÊA Luciana, et al. Fatores associados ao uso de equipamentos de proteção individual por profissionais de saúde acidentados com material biológico no Estado do Maranhão. Rev Bras Med Trab. 2017, v. 15, n. 4, p. 340-9. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-876756. Acessado em 01 de fevereiro de 2024.

DORNELLES Cristian, et al. Exposição de profissionais de saúde ao material biológico: estudo no ambiente hospitalar. J Nurs Health. 2016, v. 1, n. 1, p. 64-75. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/bde-31717. Acessado em 01 de fevereiro de 2024.

FEMA – FEDERAL EMERGENCY MANAGEMENT AGENCY. Coronavirus (COVID-19) Pandemic: Personal Protective Equipment Preservation Best Practices. Washington, DC, 2020.

FERREIRA Lúcia Aparecida. et al. Adesão ao uso dos equipamentos de proteção individual pela equipe de enfermagem no ambiente hospitalar. Revista Brasileira de Enfermagem, 2017, v. 70, n. 1, p. 90-7. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0138. Acessado em 12 de fevereiro de 2024. 

FLORIANO Daniela, et al. Cumprimento às precauções-padrão por profissionais de enfermagem no atendimento de alta complexidade. Esc Anna Nery, 2019, v. 23, n. 32. e20180263. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/MFfvFLR3mwSQY3MdFxL7sXf/?format=pdf&lang=pt. Acessado em 01 de fevereiro de 2024. 

FONTANA Rosane, FERREIRA Fabia, KRAUSE João Carlos. Um estudo com auxiliares de saúde bucal sobre biossegurança. Revista Interfaces, 2023, v. 11, n. 4, p. 3128-38. Disponível em: https://doi.org/10.16891/2317-434X.v11.e3.a2023.pp3128-3138. Acessado em 01 de fevereiro de 2024.  

GARBACCIO Juliana, OLIVEIRA Adriana. Biossegurança e risco ocupacional entre os profissionais do segmento de beleza e estética: revisão integrativa. Revista Eletrônica de Enfermagem, 2012, v. 14, n. 3, p. 702-11. Disponível em: https://doi.org/10.5216/ree.v14i3.15018. Acessado em 01 de fevereiro de 2024.

GOMES Vitor Hugo, et al. Panorama das Publicações Nacionais Sobre Acidentes com Perfurocortantes Associado a Exposição a Material Biológico. Revista Enfermagem Atual,  2018, v. 86, n. 2, p. 1-12. Disponível em: https://doi.org/10.31011/reaid-2018-v.86-n.24-art.79. Acessado em 01 de fevereiro de 2024.

HAJIABDOLBAGHI Mahboubeh, et al. Rapid Detection Test for COVID-19 among Healthcare Workers and the Role of Personal Protective Equipment. Archives of Iranian Medicine, 2022, v. 25, n.2, p. 91–97. Disponível em: https://doi.org/10.34172/aim.2022.15. Acessado em 01 de fevereiro de 2024.

LAPA Alessandra da Terra. et al. Manuseio e descarte de perfurocortantes por profissionais de enfermagem de unidade de terapia intensiva. Revista Online de Revista, 2017, v. 9, n. 2, p. 387-392. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-836354. Acessado em 01 de fevereiro de 2024. 

LI Yanni, et al. Face masks to prevent transmission of COVID-19: A systematic review and meta-analysis. American Journal of Infection Control, New York, 2021, v.49, n. 7, p. 900-906. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33347937/ . Acessado em 22 de fevereiro de 2024. 

LIMA Glória Letícia, SILVA Jeronimo. Diagnóstico situacional do manejo e descarte de perfurocortantes por profissionais de enfermagem em um centro de atenção psicossocial na região nordeste do Pará: um estudo observacional e retrospectivo. Revista ft, 2023, v. 125, n. 23, p. 1-22. Disponível em: https://revistaft.com.br/diagnostico-situacional-do-manejo-e-descarte-de-perfurocortantes-por-profissionais-de-enfermagem-em-um-centro-de-atencao-psicossocial-na-regiao-nordeste-do-para-um-estudo-observacional-e-retrospectiv. Acessado em 22 de fevereiro de 2024.  

LOURENÇO Mariane. et al. Adesão aos equipamentos de proteção individual entre trabalhadores de saúde que sofreram acidentes com material biológico. Cien. Cuida. Saúde, 2019, v. 18, n.3. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/en;/biblio-1120264. Acessado em 22 de fevereiro de 2024. 

LUO Yang, et al. Factors impacting compliance with standard precautions in nursing, China. Int J Infect Dis. 2010, v. 14, n. 12:e1106-14. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijid.2009.03.03.   Acessado em 22 de fevereiro de 2024.

MARZIALE Maria Helena, et al. Consequências da exposição ocupacional a material biológico entre trabalhadores de um hospital universitário. Esc Anna Nery. 2014, v. 18, n. 1, p. 11-6. Disponível em: https://doi.org/10.5935/1414-8145.20140002. Acessado em 25 de janeiro de 2024.

MENDES Aline Maria, et al. Adesão às medidas de precaução padrão entre os profissionais de enfermagem da emergência pré e intra-hospitalar de um município do nordeste. Rev. Bras. Med. Trab, 2019, v. 17, n. 4, p. 573-81. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1104104 Acessado em 25 de janeiro de 2024.

OTTOBELLI Caroline, et al. Acidentes de trabalho com perfurocortantes em unidade de centro cirúrgico na Região Sul do Brasil. O Mundo da Saúde, 2015, v. 39, n.1, p. 113-118 113. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mis-37704. Acessado em 25 de janeiro de 2024. 

PEDROSA, Maria Eduarda; DONATO, Mariana; ANDRADE, Hortência. Acidente de trabalho com material perfurocortante envolvendo profissionais na área da saúde. Ciências Biológicas e de Saúde Unit, Recife, 2019, v. 4, n.2, p.13-22. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/facipesaude/article/view/7740/3514. Acessado em 12 fevereiro de 2024.

PIRES, Yara Maria; ARAÚJO, Veronica Lorranny; MOURA, Maria Camila. Saúde do trabalhador em ambiente hospitalar: mapeando riscos e principais medidas de biossegurança. Revista Uningá. Maringá, 2019, v. 56, n.2, p.115-123. Disponível em: http://34.233.57.254/index.php/uninga/article/download/2334/1971. Acessado em 12 fevereiro de 2024.

POMPEU Eriton, SLOVIC Anne. Desafios da Segurança da Saúde Global em tempos de pandemia: O acesso a Equipamentos de Proteção Individual na crise da COVID-19. Saúde Soc. 2023, v. 32, n. 3: e230331. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-12902023230331pt. Acessado em 26 de fevereiro de 2024.

PORTO Janete, MARZIALE Maria Helena. Motivos e consequências da baixa adesão as precauções padrão pela equipe de enfermagem. Rev Gaúcha Enferm. 2016, v. 37, n. 2:e57395. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2016.02.57395. Acessado em 15 de janeiro de 2024.

QUIXABEIRO Elinaldo, HENNINGTON Elida. Estratégias de Intervenção para acidentes com objetos cortoperfurantes em Centro Cirúrgico de um Instituto especializado em Oncologia. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on-line. 2021, v. 11, n. 2, p. 1-15. Disponível em:  https://www.rpso.pt/estrategias-de-intervencao-para-acidentes-com-objetos-cortoperfurantes-em-centro-cirurgico-de-um-instituto-especializado-em-oncologia/. Acessado em 15 de janeiro de 2024.

RIBEIRO Renata, et al. O adoecer pelo trabalho na enfermagem: uma revisão integrativa. Rev Esc Enferm USP. 2012, v. 46, n. 2, p. 495-504. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000200031. Acessado em 17 de janeiro de 2024.

RODRÍGUEZ LLapa. Aderência de profissionais de saúde à higienização das mãos. Revista de Enfermagem, 2018, v. 12, n.6, p. 1578-85. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-981981. Acessado em 16 de janeiro de 2024. 

SILVA Bruna Rocha, et al. Monitoramento da adesão à higiene das mãos em uma unidade de terapia intensiva. Revista Enfermagem UERJ, 2018, v. 26, n. 2, p. 25. Disponível em: https://doi.org/10.12957/reuerj.2018.33087. Acessado em 19 de janeiro de 2024. 

SILVA SMA, et al. Riscos biológicos relacionados aos acidentes de trabalho com materiais perfurocortantes. Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde, 2020, v. 2, n. 1, p. 83-8. Disponível em: https://revistarebis.rebis.com.br/index.php/rebis/article/view/75. Acesso em 10 de fevereiro de 2024.

SOUSA FCA. Adesão ao uso dos equipamentos de proteção individual pela equipe de enfermagem no ambiente hospitalar. Research Society and Development, 2020, v. 9, n. 1. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/336276606_Adesao_ao_uso_dos_equipamentos_de_protecao_individual_pela_equipe_de_enfermagem_no_ambiente_hospitalar. Acessado em 10 de janeiro de 2024.  

SOUSA, Fernanda et al. A utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva por profissionais de saúde: revisão integrativa. Revista Atenção Saúde. São Caetano do Sul, 2018, v. 16, n.58, p. 102-108. Disponível em: https://www.seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/download/566. Acessado em 12 fevereiro de 2024.

VALIM Marília Duarte, et al. Occurrence of occupational accidents involving potentially contaminated biological material among nurses. Acta Paul Enferm. 2014, v. 27, n. 3, p. 280-6. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-0194201400047. Acessado em 15 de janeiro de 2024. 

WHITTEMORE Robin, KNAFL Kathleen. The integrative review: updated methodology. J Adv Nurs. 2005, v. 52, n. 5, p. 546-53. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16268861/. Acessado em 10 de fevereiro de 2024. 

ZHOU Yunfang, et al. Healthcare-associated infections and Shanghai clinicians: a multicenter cross-sectional study. PLoS One, 2014, v. 9, n. 8:e105838. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25148526/. Acessado em 16 de fevereiro de 2024. 


1 Enfermeiros Assistenciais Hospital Universitário da Grande Dourados (HUGD – EBSERH), Mato Grosso do Sul – MS. Email: ilanabrasyl76@gmail.com.

2 Enfermeira Intensivista Hospital Universitário da Grande Dourados (HUGD – EBSERH), Mato Grosso do Sul – MS.

3 Técnica de Enfermagem Hospital Universitário da Grande Dourados (HUGD – EBSERH), Mato Grosso do Sul – MS.

4 Enfermeira Assistencial  Hospital Universitário do Piaui (HU UFPI– EBSERH),Teresina- –PI.      

5 Enfermeira  Perfusionista   Hospital Universitário do Piaui (HU UFPI– EBSERH),Teresina- –PI. 

6 Enfermeira Especialista em Oncologia/ FAMART 2023