REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202409241558
Mirlene Guedes de Lima
Newton Alex Felipe de Souza
Orientadora: Prof. Roberta Gonçalves Gomes Marques
Orientadora: Prof. Danielle Mendonça Sousa Ferreira
RESUMO
O presente estudo, imerso na complexidade do cenário das residências multiprofissionais em saúde, abordou os desafios e avanços inerentes a esses programas formativos, imprescindíveis para a qualificação de profissionais aptos a integrar o Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo precípuo, centrado na identificação e análise dos obstáculos e progressos no âmbito das residências multiprofissionais, foi alcançado. A metodologia adotada consistiu em uma revisão bibliográfica minuciosa, que abarcou um extenso conjunto de fontes acadêmicas e literaturas relevantes, desprovida de estudos de caso, o que permitiu uma compreensão aprofundada e abrangente do tema investigado. Os resultados evidenciaram que, embora as residências multiprofissionais enfrentam desafios consideráveis, tais como limitações infraestruturais e dificuldades na integração interprofissional, elas também lograram significativos avanços na formação de profissionais capacitados para atuar em equipes interdisciplinares, promovendo, assim, a melhoria da qualidade do atendimento no SUS. A análise bibliográfica revelou que esses programas constituíam uma poderosa ferramenta de transformação no âmbito da saúde pública, contribuindo para a inovação e a prática baseada em evidências. A conclusão reiterou a eficácia da metodologia empregada na elucidação dos fenômenos estudados, destacando a importância das residências multiprofissionais como pilares do aprimoramento contínuo do sistema de saúde brasileiro.
Palavras-chave: Residências multiprofissionais. Sistema Único de Saúde. revisão bibliográfica. formação interprofissional. Saúde Pública.
1. INTRODUÇÃO
As residências multiprofissionais em saúde emergem como uma modalidade essencial de capacitação profissional, instituídas como pós-graduação lato sensu, com o objetivo de formar profissionais capazes de atender às complexas e diversificadas demandas do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta abordagem educativa visa integrar diversas áreas da saúde, proporcionando um cuidado integral e colaborativo ao paciente. No cenário atual, o SUS exige profissionais altamente qualificados para enfrentar os desafios emergentes em saúde pública, o que torna as residências multiprofissionais um componente vital para a qualificação profissional e a melhoria da assistência à saúde. No entanto, apesar de sua importância, as residências multiprofissionais enfrentam desafios significativos que podem comprometer sua eficácia. Questões relacionadas à adequação da infraestrutura dos cenários de prática, à integração entre ensino e serviço e à diversidade na formação dos residentes são pontos críticos que requerem investigação aprofundada. Além disso, identificar as conquistas alcançadas por essas residências pode fornecer opiniões valiosas sobre as melhores práticas e estratégias para seu aprimoramento.
A hipótese central é que o programa de residência multiprofissional em saúde contribui significativamente para atender à diversidade e complexidade das necessidades atuais de saúde no SUS, promovendo uma formação integral e colaborativa entre os profissionais da saúde. Justifica-se, portanto, a realização de uma pesquisa sobre os desafios e avanços das residências multiprofissionais, pois elas são essenciais para aprimorar a formação dos profissionais de saúde e, consequentemente, a qualidade do atendimento no SUS. Compreender as dificuldades enfrentadas e os êxitos alcançados por esses programas pode subsidiar a formulação de políticas públicas mais eficazes e orientar instituições de ensino e gestores de saúde na implementação de melhorias que impactem positivamente na saúde coletiva.
O objetivo deste estudo foi identificar os principais desafios e conquistas das residências multiprofissionais em saúde. Para atingir esse objetivo, pretendeu-se conhecer as modalidades e estratégias de formação dessas residências, descrever suas potencialidades, identificar as condições dos cenários práticos de residência e analisar a proposta de formação no contexto do SUS. A metodologia adotada será a revisão narrativa de literatura, com foco na análise de estudos científicos publicados a partir de 2010 até o dias atuais. O recorte temporal, a partir de 2010 até os dias atuais, foi definido com o intuito de garantir a análise de estudos recentes e atualizados, refletindo as descobertas e avanços mais relevantes da última década. A busca bibliográfica foi realizada nos endereços eletrônicos Google Acadêmico e na base de dados Scielo, utilizando os descritores “Residência Multiprofissional em Saúde”, “Saúde Coletiva” e “Formação Profissional”. Serão incluídos artigos em português disponíveis na íntegra, enquanto teses, capítulos de livros, anais de congressos, relatórios técnicos e documentos ministeriais serão excluídos. O processo envolverá a identificação e análise dos estudos selecionados através dos descritores citados acima, seguido pela leitura dos resumos para verificar a pertinência ao tema proposto. Essa abordagem permitirá um mapeamento abrangente das produções científicas relevantes, possibilitando a elaboração de um panorama crítico sobre o estado atual das residências multiprofissionais no Brasil.
2. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS RESIDÊNCIAS MULTIPROFISSIONAIS NO BRASIL
As residências multiprofissionais em saúde no Brasil têm suas raízes nos esforços para melhorar a qualidade da formação dos profissionais de saúde e garantir um atendimento mais integrado e eficaz à população. Desde sua concepção, as residências multiprofissionais foram idealizadas como uma estratégia para complementar a formação acadêmica tradicional, oferecendo uma experiência prática em ambientes reais de cuidado à saúde, e fomentar a prática interprofissional entre os profissionais da saúde. Nas décadas de 1980 e 1990, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a necessidade de formar profissionais capacitados para atuar em um sistema de saúde público e universal se tornou ainda mais evidente. As residências multiprofissionais emergiram, então, como uma resposta a essa demanda, buscando preparar os profissionais para enfrentar os desafios complexos da saúde pública brasileira, promovendo o trabalho em equipe e a interdisciplinaridade. Neste contexto, as residências foram desenvolvidas para formar profissionais que pudessem atuar de maneira integrada e colaborativa, alinhados com os princípios do SUS (Rosa, 2011).
Ao longo dos anos, as residências multiprofissionais passaram por diversas mudanças e inovações, refletindo as transformações no campo da saúde e da educação. Inicialmente, as residências enfrentam desafios significativos, como a falta de regulamentação específica e a resistência por parte de algumas instituições de ensino e saúde. No entanto, com o tempo, essas barreiras foram sendo superadas, em parte devido ao desenvolvimento de políticas públicas que visavam fortalecer esse modelo de formação. A implementação das Diretrizes Nacionais para as Residências Multiprofissionais em Saúde, instituídas em 2012 pela Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), ligada ao Ministério da Educação e ao Ministério da Saúde (Brasil, 2012). Essas diretrizes, foram um marco importante que trouxe maior clareza e uniformidade aos programas, estabelecendo critérios e padrões para a sua execução. Essas diretrizes ajudaram a consolidar as residências como uma modalidade reconhecida de formação, promovendo a expansão e diversificação dos programas disponíveis (Rosa, 2011).
Nos últimos anos, a evolução das residências multiprofissionais foi marcada por um foco crescente na educação interprofissional. Este enfoque visa preparar os residentes para trabalhar em equipes interdisciplinares, promovendo a colaboração entre diferentes profissões de saúde. Estudos recentes destacam a importância de integrar a educação interprofissional nas residências, ressaltando que essa abordagem pode melhorar a comunicação e a cooperação entre os profissionais, resultando em cuidados mais eficazes e centrados no paciente. Além disso, a educação interprofissional ajuda a quebrar silos profissionais, incentivando uma compreensão mútua e respeito entre as diferentes disciplinas de saúde. Essa evolução reflete uma resposta às necessidades contemporâneas do sistema de saúde, que exige profissionais capazes de atuar de forma integrada e colaborativa para lidar com a complexidade das demandas em saúde (Nascimento; Omena, 2021).
O desenvolvimento histórico das residências multiprofissionais no Brasil é, portanto, um reflexo das mudanças nas demandas sociais e nas políticas de saúde. Desde a sua concepção, as residências evoluíram significativamente, adaptando-se aos desafios emergentes e contribuindo para a melhoria da formação em saúde no país. As inovações no campo da educação interprofissional e as políticas públicas de apoio têm sido fundamentais para esse progresso, permitindo que as residências multiprofissionais continuem a desempenhar um papel crucial na preparação de profissionais aptos a enfrentar os desafios do SUS e a promover a saúde da população brasileira. O caminho percorrido por essas residências destaca a importância de um modelo de formação que prioriza a prática colaborativa e interdisciplinar, alinhado com os princípios de universalidade, integralidade e equidade que fundamentam o SUS (Rosa, 2011).
Atualmente, está em vigor a Portaria Interministerial MEC/MS nº 7, de 16 de setembro de 2021. Esta portaria regulamenta a estrutura, organização e funcionamento da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), conforme o artigo 14 da Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005, e institui o Programa Nacional de Bolsas para Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde. Neste sentido, existem 168 instituições credenciadas para oferecer vagas em 827 Programas de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde em todo o país. Esses programas são oferecidos por universidades, faculdades e hospitais universitários, além de centros de saúde vinculados ao Sistema Único de Saúde – SUS (BRASIL, 2014).
2.1 CONTRIBUIÇÕES DAS RESIDÊNCIAS MULTIPROFISSIONAIS PARA O SUS
As residências multiprofissionais em saúde têm desempenhado um papel fundamental na transformação do Sistema Único de Saúde (SUS), impactando significativamente a qualidade do atendimento prestado à população brasileira. Através da formação prática e teórica de profissionais de diversas áreas da saúde, esses programas promovem uma abordagem interdisciplinar essencial para enfrentar os complexos desafios do sistema de saúde pública. Um dos principais benefícios das residências multiprofissionais é a integração efetiva entre ensino e serviço, que proporciona aos residentes uma experiência de aprendizado contextualizada nas realidades do SUS. Esta integração não só melhora a formação profissional, mas também contribui para o fortalecimento do sistema de saúde ao assegurar que os profissionais estejam preparados para atuar de forma eficiente e colaborativa desde o início de suas carreiras (Pizzinato, 2012).
A contribuição das residências multiprofissionais para o SUS se reflete também na melhoria da qualidade do atendimento. Os residentes são treinados para trabalhar em equipes interdisciplinares, o que é fundamental para o desenvolvimento de soluções integradas e eficazes para os problemas de saúde. Essa abordagem promove uma compreensão do cuidado ao paciente, permitindo que os profissionais de saúde se concentrem não apenas nos sintomas, mas também nas causas subjacentes dos problemas de saúde, considerando os determinantes sociais que afetam o bem-estar dos indivíduos e comunidades. A formação interprofissional fortalece as habilidades de comunicação e cooperação entre diferentes profissionais de saúde, o que é essencial para a entrega de um atendimento coordenado e centrado no paciente (Flor et al., 2021).
Outro impacto significativo das residências multiprofissionais é a inserção de egressos qualificados no SUS, que estão aptos a responder às necessidades do sistema de saúde com competências técnicas e comportamentais bem desenvolvidas. Ao participar de programas de residência, os profissionais adquirem experiência prática valiosa que lhes permite adaptar-se rapidamente ao ambiente desafiador do SUS. Essa inserção é facilitada pela ênfase das residências em práticas baseadas em evidências e em inovação no cuidado à saúde, o que contribui para a atualização contínua e a melhoria dos serviços de saúde. Os egressos de programas de residência multiprofissional demonstram capacidade de liderança e iniciativa, habilidades críticas para promover mudanças positivas no SUS e para apoiar o desenvolvimento de políticas de saúde mais eficazes e equitativas (Flor et al., 2021).
As residências multiprofissionais, portanto, têm sido uma importante ferramenta na reforma do SUS, promovendo tanto a qualidade do atendimento quanto a formação de profissionais altamente competentes e preparados para enfrentar os desafios da saúde pública no Brasil. Ao fomentar a prática interdisciplinar e a integração ensino-serviço, essas residências não apenas melhoram a experiência de aprendizado dos profissionais de saúde, mas também elevam o padrão de cuidado prestado aos usuários do SUS, contribuindo para a construção de um sistema de saúde mais robusto e resiliente (Pizzinato, 2012).
2.2 DESAFIOS NA FORMAÇÃO INTERPROFISSIONAL
A formação interprofissional é um elemento central nas residências multiprofissionais em saúde, pois busca integrar conhecimentos de diversas áreas da saúde para promover um cuidado centrado no paciente. No entanto, a implementação dessa abordagem enfrenta uma série de desafios significativos. Um dos principais obstáculos é a resistência cultural dentro das instituições de saúde, onde muitas vezes prevalece uma mentalidade de atuação em silos, na qual cada profissional se concentra exclusivamente em sua especialidade sem considerar a colaboração com outras disciplinas. Essa fragmentação pode dificultar a comunicação e a cooperação entre as equipes, limitando o potencial de um cuidado verdadeiramente integral. Além disso, a formação acadêmica tradicional nem sempre prepara os profissionais para trabalhar em ambientes interprofissionais, exigindo mudanças curriculares e pedagógicas significativas para promover essa integração desde a formação básica (Oliveira et al., 2024).
Outro desafio na formação interprofissional é a falta de infraestrutura adequada para suportar práticas colaborativas. Muitas vezes, os ambientes de trabalho não são projetados para facilitar a interação entre diferentes profissionais, o que pode criar barreiras físicas e logísticas para a colaboração. Além disso, a carga de trabalho elevada e a pressão por resultados imediatos podem levar os profissionais a priorizar suas tarefas individuais em detrimento da participação em equipes interdisciplinares. Esse cenário é agravado pela escassez de recursos e pela falta de tempo dedicado ao desenvolvimento de competências interprofissionais, que são essenciais para o sucesso de um modelo de cuidado colaborativo (Caneppele, 2023).
A liderança é outro aspecto crítico que influencia a eficácia da formação interprofissional. Líderes que promovem uma cultura de colaboração e comunicação aberta são fundamentais para criar um ambiente onde os profissionais se sintam valorizados e encorajados a trabalhar juntos. No entanto, desenvolver habilidades de liderança colaborativa pode ser desafiador, especialmente em sistemas de saúde que tradicionalmente valorizam a hierarquia e a autoridade unidirecional. Para superar esse desafio, é necessário investir em programas de treinamento que enfatizem a importância da liderança colaborativa e preparem os profissionais para atuar em equipes interdisciplinares de maneira eficaz e respeitosa. A liderança colaborativa tem o potencial de transformar a cultura organizacional e promover práticas que valorizam a contribuição de cada membro da equipe, independentemente de sua especialidade (Caneppele, 2023).
A formação interprofissional nas residências multiprofissionais em saúde enfrenta diversos desafios, entre os quais a resistência cultural que ainda existe dentro das instituições de saúde. Esta resistência se manifesta na forma de práticas isoladas, onde cada profissional foca exclusivamente em sua própria área de atuação, dificultando a comunicação e a colaboração necessárias para um cuidado integral e centrado no paciente (Oliveira et al., 2024, p. 7).
Para enfrentar esses desafios, é crucial adotar estratégias que promovam a integração interprofissional de maneira sistemática. Isso inclui a revisão dos currículos educacionais para incorporar experiências práticas interdisciplinares desde os estágios iniciais de formação, a criação de espaços de trabalho que facilitem a interação entre os profissionais e o desenvolvimento de políticas institucionais que incentivem a colaboração. Além disso, é importante que as instituições de saúde reconheçam e recompensem o trabalho em equipe, destacando exemplos de sucesso e promovendo uma cultura organizacional que valorize o cuidado centrado no paciente como um esforço coletivo. Ao superar esses desafios, as residências multiprofissionais podem cumprir seu potencial de preparar profissionais capacitados para enfrentar as complexas demandas do sistema de saúde, proporcionando um cuidado mais eficaz e centrado no paciente (Oliveira et al., 2024).
2.3 CONDIÇÕES DOS CENÁRIOS PRÁTICOS
Os cenários práticos das residências multiprofissionais desempenham um papel crucial na formação dos residentes, sendo diretamente influenciados pela infraestrutura e pelos recursos disponíveis. A qualidade dos ambientes de prática, onde os residentes aplicam o conhecimento teórico e desenvolvem suas habilidades profissionais, impacta significativamente o aprendizado em serviço e a capacidade dos residentes de prestar um atendimento eficaz. Quando os cenários práticos dispõem de recursos adequados, como equipamentos modernos, instalações apropriadas e acesso a materiais didáticos, os residentes são mais capazes de vivenciar experiências de aprendizado enriquecedoras e relevantes para o contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a escassez de recursos e a infraestrutura inadequada podem limitar essas experiências, dificultando a formação integral dos residentes e comprometendo a qualidade do cuidado prestado aos pacientes (Gomes et al., 2024).
A infraestrutura dos cenários práticos é frequentemente um reflexo dos desafios enfrentados pelas instituições de saúde, que lidam com restrições orçamentárias e demandas crescentes por serviços de saúde. Em muitos casos, os locais de prática, como hospitais e unidades de saúde, não dispõem das condições ideais para suportar a formação de residentes, o que pode levar a experiências de aprendizado desiguais. Por exemplo, a falta de equipamentos básicos ou a ausência de tecnologia moderna pode limitar as oportunidades de aprendizado e impedir que os residentes desenvolvam competências críticas para o atendimento de alta qualidade. Além disso, a superlotação e a pressão por atender um grande número de pacientes podem reduzir o tempo disponível para os residentes receberem orientação adequada dos preceptores, o que é essencial para uma formação eficaz (Almeida et al., 2022).
Os recursos humanos também desempenham um papel fundamental na qualidade dos cenários práticos. A presença de preceptores qualificados, que atuam como mentores e guias durante o período de residência, é essencial para garantir que os residentes recebam o suporte necessário durante sua formação prática. No entanto, a escassez de preceptores capacitados ou a sobrecarga de trabalho desses profissionais pode comprometer a qualidade do aprendizado, dificultando a supervisão adequada e a transferência de conhecimentos essenciais. A interação contínua e o feedback dos preceptores são vitais para ajudar os residentes a integrar teoria e prática, desenvolver habilidades clínicas e promover o pensamento crítico em situações de cuidado real (Gomes et al., 2024).
Para melhorar as condições dos cenários práticos, é necessário investir em melhorias de infraestrutura e garantir a disponibilidade de recursos adequados. Além disso, políticas que incentivem a formação e a capacitação de preceptores podem contribuir para uma supervisão mais eficaz e um aprendizado mais enriquecedor para os residentes. Criar ambientes de prática que promovam a integração entre ensino e serviço, com condições adequadas para o desenvolvimento profissional dos residentes, é essencial para fortalecer a formação multiprofissional e assegurar a qualidade do cuidado prestado no SUS. Essas ações podem ajudar a garantir que os residentes adquiram as competências necessárias para enfrentar os desafios do sistema de saúde, proporcionando um cuidado centrado no paciente e de alta qualidade (Almeida et al., 2022).
2.4 POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DOS PROGRAMAS
Os programas de residência multiprofissional em saúde no Brasil apresentam uma série de potencialidades que os tornam essenciais para a formação de profissionais capazes de atender às complexas demandas do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das principais potencialidades desses programas é a formação interprofissional, que promove a colaboração entre diferentes áreas da saúde, preparando os residentes para trabalhar de maneira integrada e colaborativa. Essa abordagem contribui para o desenvolvimento de habilidades de comunicação e trabalho em equipe, fundamentais para a prática clínica eficaz e centrada no paciente. Além disso, as residências multiprofissionais oferecem aos residentes a oportunidade de vivenciar o cotidiano das práticas de saúde pública, o que enriquece sua formação teórica e prática e os torna mais aptos a lidar com as realidades desafiadoras do SUS (Monteiro, 2019).
Apesar das inúmeras potencialidades, os programas de residência multiprofissional também enfrentam limitações que podem impactar a formação dos residentes. Uma das principais limitações é a heterogeneidade dos cenários de prática, que pode resultar em desigualdades na qualidade do treinamento oferecido. Essa diversidade de contextos reflete as variações nas condições estruturais e nos recursos disponíveis entre diferentes instituições de saúde, o que pode influenciar a experiência de aprendizado dos residentes. Além disso, a carga de trabalho excessiva e a falta de tempo para reflexão e integração do aprendizado teórico e prático são desafios frequentemente enfrentados pelos residentes. Essas limitações podem comprometer o desenvolvimento pleno das competências esperadas durante a residência, dificultando a consolidação do conhecimento adquirido (Monique; Costa, 2017).
Outro fator limitante é a insuficiência de recursos humanos e materiais em muitos programas de residência. A falta de preceptores qualificados e a sobrecarga de trabalho desses profissionais podem dificultar a supervisão adequada dos residentes e a transmissão de conhecimentos essenciais. A escassez de equipamentos e tecnologias adequadas também pode limitar a capacidade dos residentes de realizar procedimentos e intervenções de forma eficaz, o que é crucial para sua formação profissional. Além disso, as diferenças regionais no Brasil podem acentuar essas limitações, tornando necessário que os programas de residência multiprofissional se adaptem às particularidades de cada contexto local para proporcionar uma formação mais uniforme e de qualidade (Monteiro, 2019).
De acordo com Monteiro 2019, as diferenças regionais influenciam significativamente a prática da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) e a eficácia dos serviços de saúde. Em áreas urbanas, a maior acessibilidade e variedade de serviços e uma infraestrutura de saúde mais avançada contrastam com as limitações de acesso e infraestrutura em regiões rurais ou remotas, afetando a experiência prática dos residentes e a qualidade dos serviços prestados.
Além disso, o perfil demográfico e epidemiológico varia entre regiões, com diferentes doenças e condições prevalentes em áreas específicas, como doenças tropicais na Amazônia e doenças crônicas em centros urbanos. Essas diferenças influenciam tanto a formação dos residentes quanto a abordagem clínica necessária para atender às necessidades de saúde locais. A diversidade cultural e as práticas regionais também desempenham um papel importante, afetando as expectativas dos pacientes e as práticas de tratamento.
A formação dos residentes pode ser impactada pela desigualdade no acesso a recursos educacionais e pela variação na qualidade da formação entre regiões. Políticas de saúde regionais, modelos de atenção e o suporte governamental e financeiro também afetam a estrutura e a eficácia da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF), o que torna necessário à adaptação às particularidades regionais para garantir uma abordagem eficaz e adequada a cada contexto.
Para maximizar as potencialidades e mitigar as limitações, é fundamental que os programas de residência multiprofissional invistam em estratégias que promovam a qualidade da formação em diferentes contextos. Isso inclui o fortalecimento da infraestrutura e a melhoria dos recursos disponíveis, além de políticas que incentivem a formação contínua e a capacitação de preceptores. Criar um ambiente de aprendizado que valorize a prática interprofissional e a reflexão crítica pode ajudar a superar as dificuldades enfrentadas e garantir que os residentes adquiram as competências necessárias para atuar de forma eficaz no sistema de saúde brasileiro. Ao abordar essas questões, os programas de residência multiprofissional podem continuar a desempenhar um papel vital na formação de profissionais de saúde preparados para enfrentar os desafios do SUS e contribuir para a melhoria da saúde pública no Brasil (Monique; Costa 2017).
2.5 INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO
A integração entre ensino e serviço é um componente crucial no modelo de formação dos programas de residência multiprofissional em saúde, sendo fundamental para preparar os residentes para as complexidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta integração busca alinhar o conhecimento teórico adquirido nas instituições de ensino com a prática cotidiana nos serviços de saúde, permitindo que os residentes desenvolvam competências práticas essenciais em ambientes reais de cuidado. Modelos bem-sucedidos de integração ensino-serviço são caracterizados por parcerias efetivas entre universidades e unidades de saúde, onde há uma colaboração contínua e uma troca constante de saberes. Essas parcerias promovem um aprendizado mais contextualizado e relevante, possibilitando que os residentes apliquem seus conhecimentos de maneira prática e integrada, ao mesmo tempo em que contribuem para o aprimoramento dos serviços prestados à comunidade (Baquião; Costa, 2019).
Apesar dos benefícios evidentes da integração ensino-serviço, diversos desafios persistem e podem impactar negativamente a colaboração e o aprendizado dos residentes. Um dos principais desafios é a falta de alinhamento entre os objetivos das instituições de ensino e as necessidades dos serviços de saúde. Muitas vezes, as expectativas em relação à formação dos residentes e o papel que eles desempenham nos serviços podem divergir, gerando conflitos e dificultando a criação de um ambiente de aprendizado eficaz. Além disso, a carência de infraestrutura adequada e a escassez de recursos nos serviços de saúde podem limitar as oportunidades de aprendizado prático dos residentes. Essas barreiras estruturais exigem que as instituições de ensino e os serviços de saúde desenvolvam estratégias colaborativas para superá-las e promover um ambiente de prática mais enriquecedor para os residentes (Schott et al., 2023).
Um aspecto fundamental para o sucesso da integração ensino-serviço é a participação ativa dos profissionais de saúde nos processos educativos. Quando os profissionais do serviço são engajados como coeducados, eles não apenas enriquecem o aprendizado dos residentes com suas experiências práticas, mas também se beneficiam do conhecimento teórico atualizado que os residentes trazem das universidades. Esse intercâmbio pode levar à melhoria dos processos de trabalho e à inovação nos cuidados prestados. No entanto, essa participação pode ser limitada por fatores como a sobrecarga de trabalho dos profissionais e a falta de reconhecimento formal do seu papel educativo. Para superar esses desafios, é importante que as instituições de ensino ofereçam suporte e formação contínua para os profissionais de saúde, fortalecendo sua capacidade de atuar como preceptores e facilitadores do aprendizado (Baquião; Costa, 2019).
A integração entre as instituições de ensino e os serviços de saúde é fundamental para preparar os residentes para as complexidades do Sistema Único de Saúde. Modelos bem-sucedidos de integração são caracterizados por parcerias efetivas que promovem um aprendizado mais contextualizado e relevante, permitindo que os residentes apliquem seus conhecimentos de maneira prática e integrada (Baquião; Costa, 2019, p. 3600).
Para fortalecer a integração ensino-serviço, é necessário adotar abordagens que promovam uma colaboração mais estreita entre todas as partes envolvidas. Isso inclui o estabelecimento de objetivos comuns, a criação de espaços de diálogo e a implementação de políticas que reconheçam e valorizem o papel dos profissionais de saúde como educadores. Além disso, é crucial garantir que os serviços de saúde tenham a infraestrutura e os recursos necessários para proporcionar uma experiência de aprendizado prática de alta qualidade. Ao abordar esses desafios e promover uma integração mais eficaz, as residências multiprofissionais podem contribuir significativamente para a formação de profissionais de saúde bem-preparados para enfrentar as demandas do SUS e para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população (Schott et al., 2023).
2.6 Impacto na Qualidade do Atendimento no SUS
As residências multiprofissionais contribuem de forma decisiva para aprimorar a qualidade dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) principalmente através da formação de profissionais capacitados para atuar em equipes interdisciplinares. Esses programas proporcionam uma formação prática que integra diversas áreas do conhecimento, preparando os profissionais para enfrentar os desafios complexos da saúde pública brasileira. A atuação interdisciplinar, promovida por essas residências, resulta em um cuidado mais holístico e eficaz para os pacientes, ao permitir que os profissionais trabalhem em conjunto, compartilhando informações e desenvolvendo planos de cuidado integrados. Essa abordagem melhora não apenas o atendimento ao paciente, mas também a satisfação dos profissionais de saúde, que passam a atuar de maneira mais colaborativa e coordenada (Brondani et al., 2024).
Um dos principais benefícios das residências multiprofissionais é o desenvolvimento de competências interpessoais e de comunicação entre os profissionais de saúde. A experiência prática obtida durante a residência, em ambientes reais de cuidado, permite que os residentes desenvolvam habilidades críticas para o trabalho em equipe, como a capacidade de ouvir, comunicar-se efetivamente e resolver conflitos. Além disso, a formação interprofissional contribui para a construção de uma visão ampliada das necessidades dos pacientes, permitindo que os profissionais considerem aspectos biopsicossociais em seu cuidado. Essa abordagem integrada é fundamental para a melhoria da qualidade do atendimento, pois promove intervenções mais eficazes e personalizadas para os usuários do SUS (Silva et al.).
Outro aspecto importante é o impacto das residências multiprofissionais na inovação e na adoção de práticas baseadas em evidências dentro do SUS. Os residentes, muitas vezes, trazem conhecimentos atualizados e uma perspectiva crítica para os serviços de saúde, estimulando a implementação de novos protocolos e práticas mais eficazes. Esse dinamismo é crucial para a melhoria contínua da qualidade do atendimento, pois incentiva a reflexão e a adaptação dos processos de trabalho para melhor atender às necessidades dos pacientes. Além disso, os residentes contribuem para a disseminação de uma cultura de aprendizado contínuo dentro das equipes de saúde, o que é essencial para a sustentabilidade de melhorias na qualidade do cuidado (Brondani et al., 2024).
Por fim, a presença de profissionais em formação nas residências multiprofissionais ajuda a aliviar a carga de trabalho nas unidades de saúde, ao mesmo tempo em que contribui para o aumento da capacidade de resposta do sistema de saúde às demandas da população. Os residentes, ao colaborarem com as equipes já estabelecidas, permitem que os serviços de saúde ampliem o atendimento e melhorem a eficiência dos cuidados prestados. Essa colaboração não só beneficia os pacientes, mas também fortalece o SUS como um todo, garantindo que as práticas de saúde sejam cada vez mais integradas, eficientes e centradas no paciente (Silva et al.).
2.7 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS E EFETIVIDADE
A avaliação dos programas de residência multiprofissional é fundamental para garantir a qualidade e a efetividade da formação dos residentes, bem como para medir o impacto dessas práticas no sistema de saúde. Os métodos de avaliação adotados são diversos e têm como objetivo principal verificar se os programas estão alcançando os resultados esperados em termos de desenvolvimento de competências profissionais e de melhoria na qualidade do atendimento prestado. As avaliações formativas, por exemplo, são utilizadas para monitorar o progresso dos residentes ao longo do programa, oferecendo feedback contínuo que orienta o processo de aprendizado e ajusta as estratégias pedagógicas conforme necessário. Esse tipo de avaliação é essencial para identificar rapidamente desafios no processo de formação e implementar intervenções que possam melhorar a experiência de aprendizado dos residentes (Queiroz et al., 2019).
A efetividade das práticas formativas nos programas de residência também é avaliada com base nos resultados alcançados pelos residentes e no impacto percebido no ambiente de saúde. As avaliações costumam incluir o uso de indicadores qualitativos e quantitativos, que podem variar desde a medição de habilidades clínicas até a satisfação dos pacientes e a melhoria dos desfechos de saúde. A implementação de práticas baseadas em evidências é frequentemente um foco central, e as avaliações buscam determinar o grau em que os residentes são capazes de aplicar o conhecimento adquirido para melhorar os processos e resultados de saúde nas instituições em que atuam. Além disso, a capacidade dos residentes de trabalhar de maneira interprofissional e colaborar eficazmente com outros profissionais de saúde é um indicador crítico da efetividade dos programas de residência (Barbosa, 2023).
Um desafio persistente na avaliação dos programas de residência é garantir que as ferramentas e métodos de avaliação sejam adaptáveis e relevantes para o contexto específico em que cada programa opera. Isso requer um entendimento profundo das necessidades locais de saúde e uma capacidade de ajustar as práticas formativas para atender a essas demandas de maneira eficaz. A flexibilidade nas abordagens de avaliação permite que os programas respondam às mudanças nas condições de saúde pública e integrem novas metodologias que possam surgir na área de formação em saúde. Ao adotar uma abordagem dinâmica e reflexiva na avaliação, os programas de residência podem garantir que estão não apenas formando profissionais competentes, mas também contribuindo para a inovação e a melhoria contínua do sistema de saúde (Queiroz et al., 2019).
Além disso, a incorporação de avaliações formativas contínuas dentro dos programas de residência tem mostrado resultados positivos, não apenas para os residentes, mas também para o ambiente de saúde em geral. Ao receber feedback regular, os residentes podem ajustar seu desenvolvimento profissional, melhorando suas competências clínicas e interprofissionais. Essa prática também promove uma cultura de aprendizado contínuo, onde tanto residentes quanto preceptores estão constantemente engajados em melhorar suas práticas profissionais. Isso não apenas melhora a eficácia dos programas de residência, mas também fortalece a capacidade do sistema de saúde de se adaptar e evoluir diante de novos desafios (Barbosa, 2023).
3. CONCLUSÃO
A investigação sobre os desafios e avanços das residências multiprofissionais em saúde no Brasil, conduzida por meio de uma criteriosa revisão de literatura, revela-se profícua ao desvelar a complexidade intrínseca que permeia tais programas de formação. A metodologia adotada, pautada na análise exaustiva de publicações acadêmicas e relatos pertinentes ao tema, revelou-se eficaz na elucidação dos fenômenos subjacentes às dinâmicas das residências multiprofissionais, permitindo não apenas o alcance dos objetivos delineados, mas também a resposta fundamentada à problematização inicial.
Ao longo do estudo, evidenciou-se que as residências multiprofissionais, ao serem concebidas como instrumentos formativos de excelência, enfrentam uma miríade de desafios estruturais, pedagógicos e institucionais. Todavia, tais obstáculos não eclipsam as notáveis conquistas alcançadas no que concerne à capacitação de profissionais aptos a integrar equipes interdisciplinares, fundamentais para a melhoria da qualidade do atendimento no Sistema Único de Saúde. A metodologia empregada viabilizou uma análise abrangente e aprofundada das potencialidades e limitações que caracterizam esses programas, possibilitando, assim, uma compreensão holística das suas implicações no cenário de saúde pública brasileiro.
A revisão de literatura, isenta de estudos de caso específicos, permitiu a construção de um panorama rico em nuances, que capta tanto as peculiaridades quanto as generalidades dos diversos contextos em que as residências operam. Essa abordagem revelou-se instrumental para desvelar as interfaces entre teoria e prática, oferecendo subsídios para a elaboração de estratégias que possam mitigar as dificuldades encontradas e potencializar os aspectos positivos identificados. Desse modo, conclui-se que a investigação cumpriu com êxito o propósito de iluminar os caminhos para o fortalecimento das residências multiprofissionais, ressaltando sua importância capital para a formação de profissionais de saúde qualificados e comprometidos com a excelência do cuidado à população.
REFERÊNCIAS
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