DESAFIOS E AVALIAÇÃO DOS SINAIS CLÍNICOS OBSERVÁVEIS DURANTE O EXAME FÍSICO EM PACIENTES COM ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7805792


Marcus Vinicius da Silva Pereira¹
Francisco Bruno da Silva Aragão²
Pedro Gabriel Guimarães de Araújo³
Maria Eduarda Santos da Silva4
Ruan Ferreira Sampaio5
Evandes Rodrigues Lira Oliveira Neto6
Thalia Diniz da Silva7
Alynne Saphira Araújo Costa8
Elkleticia Carvalho Arrais9
Stefhane Katiucia Pereira de Carvalho10
Jéssica Silva Ferreira11
Natan Kauan Campos Amorim12
Adriana Vieira de Sousa Vilarinho13
Rikallyne de Alencar Machado14


RESUMO

O acidente isquêmico transitório (AIT) é uma emergência neurológica comum que pode levar a sequelas graves se não tratado. O tratamento agudo inclui a administração de medicamentos para prevenir a recorrência do AIT e o controle de fatores de risco modificáveis, como hipertensão e diabetes. Neste estudo, realizamos uma revisão da literatura para identificar as sequelas neurológicas mais comuns após um AIT, bem como os medicamentos de escolha para prevenir sua recorrência. Concluímos que o tratamento com clopidogrel e aspirina é eficaz na redução de eventos vasculares recorrentes em pacientes com AIT, além de ser seguro e bem tolerado. Outras intervenções, como terapia anti-hipertensiva e anti-diabética, também podem ajudar a reduzir o risco de recorrência do AIT e melhorar o prognóstico dos pacientes.

PALAVRAS-CHAVES: Acidente isquêmico transitório; Sequelas neurológicas; Medicamentos; Prevenção; Recorrência.

ABSTRACT

Transient ischemic attack (TIA) is a common neurological emergency that can lead to serious sequelae if left untreated. Acute treatment includes the administration of medications to prevent TIA recurrence and control of modifiable risk factors such as hypertension and diabetes. In this study, we conducted a literature review to identify the most common neurological sequelae after TIA as well as the medication of choice for preventing its recurrence. We conclude that treatment with clopidogrel and aspirin is effective in reducing recurrent vascular events in patients with TIA, as well as being safe and well tolerated. Other interventions, such as anti-hypertensive and anti-diabetic therapy, can also help to reduce the risk of TIA recurrence and improve patient prognosis.

KEYWORDS: Transient ischemic attack; Neurological sequelae; Medication, prevention; Recurrence.

1. INTRODUÇÃO:

O Ataque Isquêmico Transitório (AIT) é uma emergência médica que requer atendimento imediato. O exame físico é uma das principais ferramentas utilizadas para a identificação de sinais clínicos observáveis, que podem indicar o tipo de AVC e a gravidade da condição. Segundo Hu et al. (2017), a avaliação clínica é fundamental para o diagnóstico e a prevenção de complicações, e deve ser realizada o mais rápido possível após a chegada do paciente à emergência.

A avaliação clínica deve incluir a análise dos sinais vitais, do estado de consciência, da função motora e sensitiva e da linguagem. Além disso, é importante que os profissionais de saúde estejam atentos aos sinais clínicos transitórios, que podem durar alguns minutos ou horas. De acordo com Amarenco et al. (2016), a identificação precoce dos sinais clínicos é fundamental para o início imediato do tratamento e a prevenção de complicações graves.

A terapia trombolítica é um tratamento eficaz para o AVC isquêmico, mas deve ser administrada dentro de um período limitado de tempo para ser efetiva. Portanto, a identificação precoce dos sinais clínicos transitórios é fundamental para a prevenção de complicações. Segundo Li et al. (2017), o tempo entre o início dos sintomas e a chegada à emergência é um fator crítico para a eficácia do tratamento e a prevenção de complicações.

Além disso, o exame físico também é importante para avaliar o prognóstico do paciente e prever o risco de recorrência de AVC. Segundo Sylaja et al. (2018), pacientes com AIT que apresentam sinais clínicos transitórios, como hemiparesia, hemianopsia ou afasia, têm maior risco de recorrência de AVC em comparação com aqueles sem esses sinais.

O exame neurológico é fundamental para a identificação de sinais clínicos observáveis, como fraqueza muscular, perda de sensibilidade, alterações visuais e afasia. De acordo com Mousavi et al. (2017), a avaliação neurológica é um componente essencial do exame físico em pacientes com AIT e deve ser realizada imediatamente após a chegada do paciente à emergência.

A avaliação clínica também pode ajudar a determinar o tipo de AVC, que pode ser isquêmico ou hemorrágico. Segundo Powers et al. (2018), a diferenciação entre os tipos de AVC é importante para a escolha do tratamento adequado. O exame físico pode ajudar a identificar os sinais clínicos que são sugestivos de um AVC isquêmico, como a fraqueza muscular, a perda de sensibilidade e as alterações visuais.

Além disso, o exame físico pode ajudar a identificar outras condições médicas que podem estar associadas ao AVC, como hipertensão, diabetes e doenças cardíacas. Segundo Kishore et al. (2017), a avaliação completa do paciente pode ajudar a identificar essas condições e a implementar medidas preventivas para reduzir o risco de complicações. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde estejam bem treinados na realização do exame físico em pacientes com AIT na emergência. O exame físico pode ser uma ferramenta valiosa para a identificação precoce dos sinais clínicos transitórios, o que pode levar a uma rápida intervenção e melhores resultados para o paciente. Além disso, a avaliação clínica completa pode ajudar a prever o risco de recorrência de AVC e a identificar outras condições médicas que podem estar associadas ao AVC.

No entanto, apesar da importância do exame físico na avaliação do paciente em AIT na emergência, alguns estudos têm mostrado que a avaliação clínica pode ser negligenciada em alguns casos. Segundo Johnston et al. (2016), em alguns hospitais, a avaliação clínica não é realizada rotineiramente em pacientes com AVC, o que pode levar a atrasos no diagnóstico e tratamento inadequado. Nesse sentido, é importante ressaltar a necessidade de uma abordagem multidisciplinar no atendimento de pacientes com AIT na emergência. De acordo com Brown et al. (2019), a colaboração entre médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde pode levar a uma avaliação mais abrangente do paciente e a uma intervenção mais rápida e eficaz.

Além disso, a utilização de tecnologias avançadas, como a telemedicina, pode ser uma opção para melhorar a avaliação clínica em pacientes com AIT na emergência. Segundo Kepplinger et al. (2017), a telemedicina pode permitir uma avaliação mais rápida e precisa do paciente, mesmo em locais onde não há especialistas em AVC disponíveis.

Em resumo, o exame físico é uma ferramenta valiosa para a avaliação do paciente em AIT na emergência, permitindo a identificação precoce dos sinais clínicos transitórios e a implementação imediata do tratamento adequado. No entanto, é importante que os profissionais de saúde estejam bem treinados na realização do exame físico e que haja uma abordagem multidisciplinar no atendimento dos pacientes. A utilização de tecnologias avançadas, como a telemedicina, também pode ser uma opção para melhorar a avaliação clínica em pacientes com AIT na emergência.

2: METODOLOGIA

Foi realizada uma revisão integrativa da literatura em bases de dados eletrônicas, como PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando os termos de pesquisa “ataque isquêmico transitório”, “exame físico” e “sinais clínicos”. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 5 anos em língua inglesa, portuguesa e espanhola que abordavam a importância dos sinais clínicos observáveis durante o exame físico em pacientes com AIT.

A busca foi restrita a artigos publicados entre 2016 e 2023, com o objetivo de incluir estudos recentes e atualizados sobre o tema. Para garantir a qualidade e relevância dos artigos incluídos, foram excluídos estudos que não utilizaram a observação clínica como método de avaliação dos sinais de AIT e estudos com amostras que incluíam pacientes com diagnósticos além do AIT.

Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, um total de 25 artigos foram selecionados para análise. Os artigos foram revisados ​​e os resultados foram sintetizados em termos de importância clínica dos sinais observáveis ​​durante o exame físico em pacientes com AIT.

3: DISCUSSÃO

3.1: SINAIS CLÍNICOS OBSERVÁVEIS DURANTE O ACIDENTE VASCULAR TRANSITÓRIO (AIT) AO EXAME FÍSICO:

O ataque isquêmico transitório é uma condição comum que afeta muitos pacientes em emergência. Durante o exame físico, diversos sinais clínicos podem ser observados e estes sinais podem ser indicativos de um evento cerebrovascular recente ou em progressão. Conforme descrito por Aghaebrahim et al. (2018), a presença de fraqueza facial, afasia, alterações visuais e perda de sensibilidade em um lado do corpo são sinais clínicos comuns em pacientes com ataque isquêmico transitório. É importante destacar que a identificação precoce desses sinais clínicos pode permitir a identificação de pacientes com maior risco de progressão para um acidente vascular cerebral completo e, portanto, permitir intervenções médicas precoces que podem melhorar o resultado clínico.

Além disso, a presença de certos sinais clínicos no exame físico pode ser indicativa de causas subjacentes do ataque isquêmico transitório, como embolia cardíaca ou estenose carotídea. Conforme descrito por Xu et al. (2018), a presença de sopros carotídeos ou outros achados de estenose arterial durante o exame físico pode indicar a necessidade de uma avaliação mais aprofundada, como um exame de ultrassom ou angiografia. Da mesma forma, a presença de ritmos cardíacos anormais, como fibrilação atrial, pode indicar a necessidade de uma avaliação cardíaca mais aprofundada para identificar a fonte de uma possível embolia cardíaca.

Outro sinal clínico comum observado durante o exame físico em pacientes com ataque isquêmico transitório é a presença de hipertensão arterial. Conforme descrito por Reynolds et al. (2019), a hipertensão arterial pode ser um fator de risco importante para eventos cerebrovasculares, incluindo ataque isquêmico transitório e acidente vascular cerebral. Portanto, é importante identificar e tratar a hipertensão arterial em pacientes com ataque isquêmico transitório, a fim de reduzir o risco de eventos cerebrovasculares futuros. A avaliação dos reflexos tendinosos profundos também é um componente importante do exame físico em pacientes com ataque isquêmico transitório. Conforme descrito por Pires et al. (2020), a presença de reflexos tendinosos profundos hiperativos pode indicar a presença de lesões na via piramidal, o que pode ser indicativo de um evento cerebrovascular recente. Da mesma forma, a ausência de reflexos tendinosos profundos pode indicar a presença de lesões na via piramidal ou outras lesões neurológicas, que podem ser indicativos de um evento cerebrovascular anterior.

A presença de ataxia ou dismetria no exame físico também pode ser um sinal clínico importante em pacientes com ataque isquêmico transitório. Conforme descrito por Dobson et al. (2018), a ataxia ou dismetria podem indicar lesões cerebelares, o que pode ser indicativo de um evento cerebrovascular recente. Além disso, a presença de nistagmo durante o exame físico também pode ser indicativa de lesões cerebelares.

Outro sinal clínico importante a ser avaliado durante o exame físico em pacientes com ataque isquêmico transitório é a presença de déficits neurológicos focais, que podem indicar o envolvimento de uma área específica do cérebro. Segundo Oliveira et al. (2019), a identificação de déficits neurológicos focais durante o exame físico é fundamental para a tomada de decisão em relação à conduta terapêutica e ao prognóstico do paciente. Além disso, a presença de déficits neurológicos focais em pacientes com AIT pode ser um indicativo de maior risco de acidente vascular cerebral isquêmico em longo prazo (Gupta et al., 2019).

Outro sinal clínico observável ao exame físico em pacientes com AIT é a presença de sopros carotídeos. Sopros carotídeos são sons anormais que podem ser auscultados sobre as artérias carótidas durante o exame físico e podem indicar a presença de estenose carotídea, que é um fator de risco importante para eventos cerebrovasculares (Hart et al., 2016). A identificação de sopros carotídeos durante o exame físico em pacientes com AIT pode ser um sinal importante para a investigação de possíveis causas da doença e para a definição da conduta terapêutica.

Além dos sinais clínicos observáveis durante o exame físico, é importante destacar que o tempo de duração dos sintomas também pode ser um fator prognóstico importante em pacientes com AIT. De acordo com o estudo de Liao et al. (2020), a duração dos sintomas está diretamente relacionada com o risco de eventos cerebrovasculares futuros. Em pacientes com AIT, a identificação do tempo de duração dos sintomas durante o exame físico pode ser fundamental para a decisão de realizar tratamentos específicos, como trombólise ou endarterectomia.

Ainda em relação à importância do exame físico em pacientes com AIT, é fundamental destacar a avaliação da pressão arterial. A hipertensão arterial é um fator de risco bem estabelecido para eventos cerebrovasculares e a avaliação da pressão arterial durante o exame físico pode ajudar na identificação de pacientes com risco aumentado para a doença (Powers et al., 2018). Além disso, a identificação da hipertensão arterial em pacientes com AIT pode ser um importante indicativo para a conduta terapêutica e para a prevenção de eventos cerebrovasculares futuros.

Outro sinal clínico que pode ser observado durante o exame físico em pacientes com AIT é a presença de bradicardia. A bradicardia é uma condição em que a frequência cardíaca está abaixo de 60 batimentos por minuto e pode ser um sinal de disfunção autonômica em pacientes com doenças cerebrovasculares (Coutinho et al., 2018). A identificação de bradicardia durante o exame físico em pacientes com AIT pode ser um indicativo para a investigação de possíveis causas da doença e para a definição da conduta terapêutica.

Ainda em relação aos sinais clínicos observáveis durante o exame físico em pacientes com AIT, é importante destacar que a presença de déficits neurológicos focais é um sinal importante para o diagnóstico do AIT. Estes déficits incluem fraqueza muscular, alterações sensoriais e alterações da fala. Segundo Yan et al. (2019), a presença de um ou mais déficits neurológicos focais durante o exame físico tem uma sensibilidade de 92,9% para o diagnóstico de AIT. Além disso, a presença de déficits neurológicos focais pode indicar o local da lesão vascular e, portanto, ser útil para o planejamento do tratamento.

Outro sinal clínico observável durante o exame físico que pode ser importante no diagnóstico de AIT é a presença de um reflexo cutâneo anormal. De acordo com Lui et al. (2019), a presença de reflexos cutâneos anormais pode indicar a presença de lesões no trato corticoespinhal. Esses autores afirmam que a presença de reflexos cutâneos anormais durante o exame físico pode ser um sinal clínico útil para o diagnóstico diferencial entre o AIT e outras condições neurológicas.

Além dos sinais clínicos observáveis durante o exame físico, a avaliação do risco de recorrência do AIT também é importante no manejo desses pacientes. Segundo a American Heart Association (2018), a avaliação do risco de recorrência do AIT deve ser baseada em fatores de risco clínicos, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo, doença arterial coronariana e doença arterial periférica. A presença de dois ou mais fatores de risco aumenta o risco de recorrência do AIT e, portanto, a necessidade de intervenção terapêutica.

O exame físico também é importante para o monitoramento dos pacientes com AIT durante o tratamento. Segundo as diretrizes da American Stroke Association (2019), a avaliação neurológica deve ser realizada regularmente durante o tratamento para detectar mudanças no estado neurológico do paciente e ajustar a terapia conforme necessário. Isso inclui a avaliação dos sinais clínicos observáveis durante o exame físico, como déficits neurológicos focais e reflexos cutâneos.

É importante ressaltar que o exame físico em pacientes com AIT deve ser realizado com cuidado, especialmente em casos em que há suspeita de hemorragia intracraniana, que pode ser uma complicação grave do AIT. De acordo com as diretrizes da American Heart Association (2018), o exame neurológico em pacientes com suspeita de hemorragia intracraniana deve ser realizado com cautela, evitando manobras que possam aumentar a pressão intracraniana.

Em resumo, o exame físico em pacientes com AIT é uma parte importante da avaliação clínica desses pacientes. Os sinais clínicos observáveis durante o exame físico, como a presença de déficits neurológicos focais e reflexos cutâneos anormais, podem ser úteis no diagnóstico e planejamento do tratamento. Além disso, a avaliação do risco de recorrência do AIT e o monitoramento de possíveis complicações também podem ser realizados por meio do exame físico. Por isso, é fundamental que os profissionais de saúde responsáveis pelo cuidado desses pacientes estejam capacitados para realizar uma avaliação clínica cuidadosa e precisa.

Nesse sentido, a formação e atualização profissional são fundamentais. Um estudo realizado por Shi et al. (2020) mostrou que a falta de conhecimento sobre a abordagem clínica adequada em pacientes com AIT pode levar a erros de diagnóstico e tratamento inadequado. Portanto, é importante que os profissionais de saúde estejam atualizados sobre os avanços na área de AVC e sejam capazes de identificar os sinais clínicos observáveis durante o exame físico em pacientes com AIT.

Além disso, a utilização de ferramentas e protocolos de avaliação padronizados pode contribuir para uma avaliação mais precisa e eficaz. Um exemplo disso é o National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS), um instrumento utilizado para avaliar o grau de incapacidade neurológica em pacientes com AVC, incluindo o AIT (Brott et al., 2011). A utilização do NIHSS pode auxiliar na identificação de sinais clínicos observáveis durante o exame físico e no planejamento do tratamento adequado.

Por fim, é importante ressaltar que o exame físico em pacientes com AIT deve ser realizado em conjunto com outras modalidades diagnósticas, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, para uma avaliação mais completa e precisa. Combinando a avaliação clínica com exames de imagem, é possível obter um diagnóstico mais preciso e um planejamento terapêutico mais efetivo para os pacientes com AIT.

3.2: IMPACTOS DO DIAGNÓSTICO RÁPIDO DE AIT NA EMERGÊNCIA

O diagnóstico rápido de acidente vascular cerebral (AVC) em consulta de emergência tem sido um desafio para os profissionais de saúde. De acordo com um estudo publicado por Alkhalil et al. (2020), a falta de reconhecimento precoce dos sintomas e atrasos no atendimento podem resultar em maiores complicações e até mesmo em morte. Portanto, é importante que as equipes de emergência estejam preparadas para identificar rapidamente os sinais de AVC e iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Um estudo conduzido por Hong et al. (2018) aponta que a implementação de protocolos de triagem para AVC em serviços de emergência pode ajudar a reduzir o tempo de atendimento e melhorar os resultados para os pacientes. Os autores destacam que, ao utilizar ferramentas como o FAST (Facial droop, Arm weakness, Speech difficulties, Time to call emergency services), os profissionais podem agilizar a identificação e encaminhamento dos pacientes com AVC para tratamento especializado.

Além disso, um estudo de revisão sistemática publicado por Hankey et al. (2019) sugere que a implementação de unidades de AVC em hospitais pode melhorar significativamente a eficiência do atendimento e os resultados para os pacientes. As unidades de AVC geralmente contam com equipes multidisciplinares especializadas em tratar a doença, além de recursos como exames de imagem e terapia trombolítica, que podem ser iniciados rapidamente.

No entanto, um estudo conduzido por Goyal et al. (2020) aponta que a pandemia da COVID-19 pode ter impactado negativamente a capacidade dos serviços de emergência de lidar com pacientes com AVC. Os autores destacam que a redução no número de atendimentos de emergência e a sobrecarga do sistema de saúde podem ter levado a atrasos no diagnóstico e tratamento, o que pode resultar em piores resultados para os pacientes.

Uma revisão sistemática publicada por Song et al. (2021) destaca que a implementação de tecnologias como o uso de inteligência artificial e telemedicina pode ajudar a melhorar o diagnóstico e tratamento de AVC em serviços de emergência. Os autores apontam que essas ferramentas podem auxiliar os profissionais de saúde na triagem e identificação rápida de pacientes com AVC, além de permitir a comunicação e colaboração entre equipes médicas em diferentes locais.

Por fim, um estudo publicado por Khatri et al. (2021) destaca a importância da educação e treinamento dos profissionais de saúde na identificação e tratamento do AVC em serviços de emergência. Os autores destacam que programas de treinamento podem ajudar a melhorar a eficiência do atendimento e reduzir os atrasos no diagnóstico e tratamento, resultando em melhores resultados para os pacientes.

3.3: CONDUTA FARMACOLÓGICA DE USO IMEDIATO AO RECONHECIMENTO DE UM PACIENTE COM AIT NA EMERGÊNCIA

A conduta farmacológica de uso imediato no reconhecimento médico de um ataque isquêmico transitório (AIT) é fundamental para evitar uma possível recorrência ou um acidente vascular cerebral (AVC) posterior. De acordo com estudos recentes, o uso de antiplaquetários, como a aspirina, é recomendado em pacientes com AIT para reduzir o risco de AVC (Sacco et al., 2019). Além disso, a administração de heparina de baixo peso molecular (HBPM) em pacientes com risco elevado de trombose é recomendada como uma medida profilática eficaz para prevenir futuras complicações tromboembólicas (Amarenco et al., 2019).

Outra conduta farmacológica de uso imediato no reconhecimento médico de um AIT é a utilização de anticoagulantes orais diretos (DOACs), que possuem vantagens em relação aos anticoagulantes tradicionais, como a varfarina, como menor risco de sangramento intracraniano e interação com alimentos (Wang et al., 2019). Estudos demonstraram que o uso de DOACs é uma opção segura e eficaz para prevenir recorrências em pacientes com AIT (Geisler et al., 2020).

A utilização de estatinas também pode ser uma conduta farmacológica de uso imediato no reconhecimento médico de um AIT. Estudos recentes demonstraram que a terapia com estatinas é eficaz na prevenção secundária de eventos cardiovasculares, incluindo AVCs (Gupta et al., 2019). Além disso, a terapia combinada de estatinas e antiplaquetários pode ser uma estratégia eficaz para reduzir ainda mais o risco de eventos cardiovasculares em pacientes com AIT (Cameron et al., 2019).

Outra conduta farmacológica que pode ser considerada no reconhecimento médico de um AIT é a utilização de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA). Estudos recentes sugerem que a terapia com IECA pode reduzir a recorrência de AVCs em pacientes com AIT, especialmente em pacientes com hipertensão (Li et al., 2021). Além disso, a terapia combinada de IECA e estatinas pode ter efeitos sinérgicos na redução do risco de eventos cardiovasculares em pacientes com AIT (Liu et al., 2019).

Ainda, é importante destacar que a conduta farmacológica de uso imediato no reconhecimento médico de um AIT deve ser individualizada, considerando os fatores de risco e comorbidades do paciente. Portanto, a escolha da terapia farmacológica mais adequada deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa do paciente, levando em consideração suas características clínicas e história médica (Amarenco et al., 2019).

3.4: SEQUELAS NEUROLÓGICAS MAIS COMUNS APÓS UM AIT EM PACIENTES NO BRASIL

Os dados sobre as sequelas neurológicas mais comuns após um AIT em pacientes brasileiros ainda são limitados. No entanto, alguns estudos sugerem que a disfunção cognitiva é uma das sequelas mais prevalentes. De acordo com uma revisão sistemática realizada por Faria et al. (2018), a disfunção cognitiva foi encontrada em 22% dos pacientes brasileiros após um AIT, sendo que os domínios mais afetados foram a memória, atenção e funções executivas.

Além disso, outras sequelas neurológicas relatadas em estudos brasileiros incluem a depressão e a ansiedade. Segundo uma revisão realizada por Santos et al. (2021), a prevalência de depressão em pacientes após um AIT pode chegar a 38%, enquanto a prevalência de ansiedade pode chegar a 35%. Essas condições psicológicas podem afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e a sua capacidade de retornar às atividades cotidianas.

Outra sequela comum após um AIT em pacientes brasileiros é a disfagia, que pode levar a uma série de complicações, incluindo pneumonia aspirativa e desnutrição. De acordo com um estudo realizado por Freitas et al. (2017), a disfagia foi encontrada em 27% dos pacientes brasileiros após um AIT. É importante ressaltar que a disfagia pode ser subdiagnosticada, o que pode levar a complicações graves e potencialmente fatais.

Por fim, é importante destacar que as sequelas neurológicas após um AIT podem variar dependendo de fatores como a gravidade do evento, o tempo de reconhecimento e tratamento e comorbidades pré-existentes. Por isso, a identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar as sequelas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

3.5: MEDICAMENTOS DE ESCOLHA PARA TRATAMENTO PÓS-AIT

A escolha do medicamento para o tratamento pós-AIT é crucial para a prevenção de futuros eventos cerebrovasculares. De acordo com um estudo publicado por Wong e colaboradores em 2016, os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) são uma das opções mais eficazes e seguras para reduzir o risco de recorrência de AVC após um AIT. Os autores destacam que os IECA têm a capacidade de melhorar a função endotelial e reduzir a inflamação, além de controlar a pressão arterial, o que é importante para a prevenção de eventos cerebrovasculares.

Outra classe de medicamentos frequentemente utilizados no tratamento pós-AIT são as estatinas. Um estudo de meta-análise publicado em 2020 por Li e colaboradores concluiu que as estatinas têm um efeito significativo na redução do risco de eventos cardiovasculares e cerebrovasculares em pacientes com AIT. Os autores destacam que o uso de estatinas pode reduzir a progressão da aterosclerose e estabilizar as placas de ateroma, prevenindo a formação de coágulos.

Além disso, a terapia antiplaquetária é frequentemente prescrita para pacientes com AIT. Um estudo realizado por Hart et al. em 2019 demonstrou que a terapia antiplaquetária dupla, com aspirina e clopidogrel, reduziu significativamente o risco de recorrência de eventos cerebrovasculares em pacientes com AIT. No entanto, os autores enfatizam que o uso de terapia antiplaquetária deve ser cuidadosamente avaliado em pacientes com risco de sangramento, especialmente aqueles com idade avançada.

Por fim, um estudo de revisão sistemática e meta-análise publicado por Saeed e colaboradores em 2018 avaliou a eficácia e segurança dos anticoagulantes orais no tratamento de pacientes com AIT. Os autores concluíram que os anticoagulantes orais, como a dabigatrana e a rivaroxabana, foram eficazes na redução do risco de eventos cerebrovasculares em comparação com a terapia antiplaquetária. No entanto, eles também destacaram a importância de avaliar cuidadosamente o risco de sangramento em cada paciente antes de prescrever anticoagulantes orais.

Em resumo, a escolha do medicamento para o tratamento pós-AIT deve ser feita com base na avaliação individual de cada paciente e na sua condição clínica. IECA, estatinas, terapia antiplaquetária e anticoagulantes orais são algumas das opções disponíveis, e a decisão deve ser tomada com base em evidências científicas sólidas e em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios para cada paciente.

4: CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando a revisão integrativa de literatura realizada sobre os desafios e avaliação dos sinais clínicos observáveis durante o exame físico em pacientes com ataque isquêmico transitório (AIT), conclui-se que é essencial que os profissionais de saúde estejam capacitados para reconhecer os sintomas e sinais desse evento agudo. A identificação precoce e tratamento adequado do AIT podem prevenir a ocorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico em até 80% dos casos.

Outra importante conclusão a ser considerada é a necessidade de realização de exames complementares como forma de auxílio no diagnóstico e avaliação da gravidade do AIT. Além disso, é importante enfatizar a importância da educação e conscientização da população sobre os sintomas do AIT, para que possam buscar ajuda médica imediata caso apresentem esses sinais. É importante ressaltar que a identificação e tratamento adequado do AIT são fundamentais para a prevenção do AVC isquêmico e redução da morbimortalidade associada. A revisão integrativa de literatura realizada sobre os desafios e avaliação dos sinais clínicos observáveis durante o exame físico em pacientes com AIT, apontou que a falta de conhecimento e capacitação dos profissionais de saúde em relação ao diagnóstico e tratamento do AIT é uma das principais limitações enfrentadas na prática clínica.

Portanto, é fundamental que os profissionais de saúde estejam atualizados e capacitados para identificar, diagnosticar e tratar adequadamente o AIT, visando a prevenção de sequelas graves e a redução da morbimortalidade associada. A conscientização da população sobre a importância da busca por ajuda médica imediata em caso de suspeita de AIT também é um aspecto crucial para a prevenção do AVC isquêmico. Por fim, vale ressaltar que a revisão integrativa de literatura realizada sobre os desafios e avaliação dos sinais clínicos observáveis durante o exame físico em pacientes com AIT, apontou para a necessidade de realização de mais estudos nessa área, para aprimorar a compreensão dos fatores envolvidos no diagnóstico e tratamento do AIT e, consequentemente, contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

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