TODAY’S ENGINEERING CHALLENGES IN THE BUSINESS AND TECHNICAL SPHERES
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10913076
Antonio Claudio Falcão Almeida1
RESUMO
A ausência de engenheiros nas empresas de engenharia representa um desafio significativo para a qualidade e segurança dos projetos de construção. Esta pesquisa investigou os impactos dessa ausência, destacando os desafios enfrentados pelas empresas sem engenheiros em seus quadros sociais e os efeitos socioeconômicos decorrentes dessa situação. Por meio de uma abordagem mista, combinando métodos qualitativos e quantitativos, foram coletados dados por meio de entrevistas com profissionais do setor e uma pesquisa de levantamento com empresas de engenharia. Os resultados revelaram que uma parcela significativa das empresas não possui engenheiros em seus quadros sociais, enfrentando dificuldades na garantia da qualidade dos projetos, conformidade com regulamentações e competitividade no mercado. A ausência de engenheiros foi associada a problemas de segurança e multas por não conformidade com normas técnicas. Conclui-se que a presença de engenheiros qualificados é fundamental para garantir a excelência na execução de projetos de engenharia civil, sendo crucial para a segurança pública e o desenvolvimento sustentável. Investir na valorização e inclusão dos engenheiros nos quadros sociais das empresas é essencial para promover a qualidade, segurança e competitividade no setor da engenharia civil.
Palavras-chave: Engenharia, Engenheiros, Qualidade, Segurança, Conformidade.
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, tem-se observado uma tendência preocupante no setor da engenharia: a presença reduzida ou até mesmo a ausência completa da figura do engenheiro em empresas do ramo. Esta tendência levanta questões cruciais sobre a qualidade, segurança e conformidade dos projetos de engenharia, assim como sobre os riscos associados à execução de obras sem a devida supervisão técnica. Diante desse contexto, torna-se essencial explorar os desafios enfrentados por empresas de engenharia que não contam com a presença do engenheiro em seu quadro social, bem como os potenciais impactos negativos dessa ausência tanto no âmbito empresarial quanto técnico (BARBOSA, 2020).
Este estudo se concentra na análise dos desafios enfrentados por empresas de engenharia que não incluem a figura do engenheiro em seu quadro social, com foco especial nos riscos associados à execução de obras sem a contratação de engenheiro para supervisionar e garantir a qualidade, segurança e conformidade dos projetos. Quais são os desafios enfrentados por empresas de engenharia que não têm engenheiros em seu quadro social, e como esses desafios afetam a qualidade, segurança e conformidade dos projetos e obras?
A ausência da figura do engenheiro em empresas de engenharia está associada a uma maior incidência de problemas de segurança, qualidade e conformidade nos projetos e obras executadas por essas empresas. Empresas de engenharia que não possuem engenheiros em seu quadro social enfrentam dificuldades adicionais na obtenção de contratos e na manutenção de uma reputação sólida no mercado devido à falta de garantias de competência técnica e conformidade com regulamentos.
O objetivo geral deste artigo é investigar os desafios enfrentados por empresas de engenharia que não contam com a presença do engenheiro em seu quadro social, e analisar os impactos dessa ausência na qualidade, segurança e conformidade dos projetos e obras. E, em específico identificar os principais desafios enfrentados por empresas de engenharia sem engenheiros em seu quadro social; avaliar os impactos da ausência de engenheiros na qualidade e segurança dos projetos e obras executadas por essas empresas e investigar as consequências da falta de engenheiros para a conformidade dos projetos com regulamentações e normas técnicas.
Este estudo é importante porque aborda uma questão crítica no setor da engenharia que tem sido muitas vezes subestimada. A presença e a contribuição dos engenheiros são fundamentais para garantir a qualidade, segurança e conformidade dos projetos de engenharia, e a ausência dessa figura pode resultar em consequências graves para as empresas, para os clientes e para o público em geral. Compreender os desafios e impactos dessa ausência é essencial para promover melhores práticas no setor e garantir a integridade e eficácia das atividades de engenharia.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A importância do engenheiro na engenharia civil é indiscutível, dada sua função crucial na garantia da qualidade, segurança e conformidade dos projetos de construção. Neste tópico, exploraremos as responsabilidades, competências e contribuições dos engenheiros civis, bem como as normas técnicas e regulamentações que regem sua prática profissional.
2.1. Responsabilidades do Engenheiro Civil
Os engenheiros civis são responsáveis por diversas etapas do processo de construção, desde o planejamento inicial até a entrega final da obra. Suas responsabilidades incluem o desenvolvimento de projetos, análise de viabilidade, supervisão da construção, garantia da qualidade dos materiais e técnicas empregadas, além de assegurar que as estruturas atendam aos requisitos de segurança e durabilidade.
Para desempenhar suas funções de forma eficaz, os engenheiros civis devem possuir competências técnicas sólidas, incluindo conhecimentos em matemática, física, ciência dos materiais, mecânica dos sólidos e fluidos, entre outras disciplinas. Além disso, habilidades de comunicação, liderança, gerenciamento de projetos e resolução de problemas são fundamentais para coordenar equipes multidisciplinares e enfrentar os desafios complexos encontrados na engenharia civil (DE LIMA SILVA; SILVA, 2023).
A expertise dos engenheiros civis é fundamental para garantir a qualidade e segurança dos projetos de construção. Eles realizam análises detalhadas de carga, resistência e estabilidade estrutural para garantir que as edificações suportem as condições de uso e as cargas ambientais esperadas. Além disso, os engenheiros civis empregam técnicas avançadas de modelagem e simulação para prever o comportamento das estruturas em diferentes situações, identificando e corrigindo potenciais pontos fracos antes que se tornem problemas reais (PACHECO; SANTOS, 2021).
Os engenheiros civis atuam em diversas áreas, incluindo:
- Estruturas: Responsáveis pelo projeto e análise de sistemas estruturais, como edifícios, pontes, túneis e barragens, garantindo sua estabilidade e segurança.
- Geotecnia: Envolvidos no estudo do comportamento do solo e rochas, projetando fundações e estruturas de contenção para garantir a estabilidade de obras em áreas de terreno difícil.
- Hidráulica: Responsáveis pelo projeto de sistemas de abastecimento de água, drenagem pluvial, controle de enchentes e tratamento de esgoto, garantindo o acesso à água potável e protegendo o meio ambiente.
- Saneamento: Envolve o projeto e operação de sistemas de tratamento de água e esgoto, visando a saúde pública e a proteção dos recursos hídricos.
- Transportes: Responsáveis pelo projeto e gerenciamento de sistemas de transporte, incluindo rodovias, ferrovias, aeroportos e portos, facilitando o movimento de pessoas e mercadorias (MARCHIORO, 2021).
A prática profissional dos engenheiros civis é orientada por normas técnicas e regulamentações que visam garantir a segurança, durabilidade e sustentabilidade das obras civis. Essas normas abrangem aspectos como materiais de construção, métodos construtivos, dimensionamento estrutural, segurança contra incêndios, acessibilidade, entre outros. O cumprimento dessas normas é essencial para garantir a integridade das obras e proteger a vida e o patrimônio das pessoas (ANDREATA, 2024).Os engenheiros civis desempenham um papel fundamental na engenharia civil, contribuindo para a qualidade, segurança e conformidade dos projetos de construção por meio de suas habilidades técnicas, conhecimentos especializados e aderência às normas e regulamentos da profissão. Sua presença é indispensável em todas as etapas do processo de construção, desde o planejamento até a entrega final da obra (DE CASTRO LEAL; DELIMASILVA; ARAÚJO, 2021).
2.2. Desafios das Empresas de Engenharia sem Engenheiro no Quadro Social
Empresas de engenharia que optam por não incluir engenheiros em seu quadro social enfrentam uma série de desafios que podem afetar significativamente a qualidade, segurança e conformidade dos projetos que executam. Neste tópico, vamos explorar esses desafios, destacando os riscos associados à ausência de supervisão técnica qualificada e as possíveis razões por trás dessa decisão, bem como as consequências negativas para a reputação, credibilidade e competitividade dessas empresas no mercado.
Sem a presença de engenheiros no quadro social, as empresas de engenharia podem enfrentar dificuldades para garantir a qualidade dos projetos e sua execução. A falta de supervisão técnica qualificada pode resultar em erros de projeto, escolha inadequada de materiais e técnicas construtivas, bem como em falhas na execução das obras (LANDIM, 2020).
A ausência de engenheiros pode representar um sério risco para a segurança das obras. Os engenheiros são treinados para avaliar e mitigar os riscos de segurança associados a projetos de construção, garantindo que as estruturas sejam seguras para uso público e para o meio ambiente. Sem sua supervisão, há um maior potencial de acidentes e falhas estruturais. Engenheiros desempenham um papel fundamental na garantia da conformidade dos projetos com as regulamentações e normas técnicas aplicáveis. A ausência de engenheiros no quadro social pode resultar em não conformidade com códigos de construção, regulamentações ambientais e normas de segurança, o que pode levar a multas, atrasos no projeto e até mesmo ações judiciais (NUNES et al, 2021).
Empresas de engenharia que não contam com engenheiros em seu quadro social podem enfrentar desafios significativos em termos de credibilidade e reputação no mercado. A falta de garantias de competência técnica e conformidade com regulamentos pode afetar a confiança dos clientes e stakeholders, dificultando a obtenção de novos contratos e parcerias. A falta desses profissionais pode colocar as empresas de engenharia em desvantagem competitiva em relação aos concorrentes que contam com supervisão técnica qualificada (MARTINS, 2023). A capacidade de oferecer projetos de alta qualidade, seguros e em conformidade com as normas é essencial para manter a competitividade no mercado de engenharia; a opção por não colocarem engenheiros em seu quadro social como forma de reduzir custos operacionais. Contratar engenheiros qualificados pode representar um investimento significativo em termos de salários e benefícios, especialmente em empresas de menor porte (DA SILVA, 2020).
Em alguns casos, os proprietários ou gestores das empresas podem não estar cientes da importância do papel do engenheiro na engenharia civil e dos riscos associados à sua ausência. Isso pode levar a decisões baseadas apenas em considerações financeiras, sem considerar os impactos a longo prazo na qualidade e segurança dos projetos. Em certas regiões ou momentos econômicos, pode haver uma escassez de engenheiros disponíveis para contratação, levando as empresas a optar por não incluir engenheiros em seu quadro social como uma solução temporária para preencher lacunas de pessoal (DOS SANTOS et al, 2020).
A falta de supervisão técnica qualificada pode expor as empresas de engenharia a riscos legais e financeiros significativos em caso de acidentes, falhas estruturais ou não conformidade com regulamentações. Multas, litígios e danos à reputação podem resultar em custos adicionais e perda de oportunidades de negócios. A ausência de engenheiros no quadro social pode comprometer a qualidade dos projetos de construção, levando a erros de projeto, falhas na execução e consequentes custos adicionais para corrigir problemas (QUEIRÓS; GALHANO; PEREIRA, 2020).
Empresas de engenharia que não garantem a presença de engenheiros em seu quadro social podem sofrer danos significativos em sua reputação e credibilidade no mercado. A falta de garantias de competência técnica e conformidade com regulamentos pode afastar clientes e investidores em potencial, prejudicando as perspectivas de crescimento e expansão da empresa.
2.3. Impactos Sociais e Econômicos da Ausência de Engenheiros nas Empresas de Engenharia
A ausência de engenheiros nas empresas de engenharia não afeta apenas a qualidade e segurança dos projetos, mas também tem impactos significativos nos aspectos sociais e econômicos. Neste último tópico, exploraremos esses impactos amplos, destacando os riscos para a segurança pública e o meio ambiente, os custos adicionais associados à correção de erros em obras mal executadas e as consequências econômicas para as empresas envolvidas.
A ausência de supervisão técnica qualificada em projetos de engenharia civil representa um risco significativo para a segurança pública e o meio ambiente. Estruturas mal projetadas ou construídas podem falhar, causando acidentes graves que colocam em risco a vida e a segurança das pessoas. Pontes, edifícios, barragens e outras estruturas que não atendem aos padrões de segurança podem desmoronar, resultando em lesões ou mortes (SOUSA, 2020).
Geralmente projetos mal planejados podem ter impactos negativos no meio ambiente. Obras de infraestrutura que não levam em conta questões ambientais, como proteção de ecossistemas sensíveis ou gestão adequada de resíduos, podem causar danos irreparáveis à fauna, flora e recursos naturais. A execução de obras sem a supervisão adequada de engenheiros pode levar a uma série de erros e falhas que exigem correções posteriores. Esses erros podem incluir problemas estruturais, deficiências na qualidade dos materiais utilizados, inadequações nas técnicas construtivas, entre outros. Corrigir esses erros após a conclusão da obra pode ser extremamente custoso e demorado, envolvendo gastos adicionais com mão de obra, materiais e tempo (DIAS et al, 2022).
Além dos custos financeiros diretos associados à correção de erros, também há impactos indiretos, como a perda de confiança dos clientes e a necessidade de reparar danos à reputação da empresa. Isso pode resultar na perda de contratos futuros e na dificuldade de conquistar novos clientes, afetando negativamente a saúde financeira da empresa (CAMPOS et al, 2024).
A falta de engenheiros nas empresas de engenharia pode ter consequências econômicas significativas. A não conformidade com regulamentações e normas técnicas pode resultar em multas pesadas e penalidades financeiras. Além disso, a reputação da empresa pode ser prejudicada, afetando sua capacidade de competir no mercado e conquistar novos contratos (BARBOSA, 2020).
Empresas que não priorizam a presença de engenheiros em seus projetos podem enfrentar dificuldades para reter talentos e atrair clientes que valorizam a expertise técnica e o compromisso com a qualidade e segurança dos projetos. Isso pode levar a uma perda gradual de participação de mercado e impactar negativamente o crescimento e a sustentabilidade da empresa a longo prazo (ANDREATA, 2024). A ausência de engenheiros nas empresas de engenharia não apenas compromete a qualidade e segurança dos projetos, mas também tem impactos sociais e econômicos significativos. Os riscos para a segurança pública e o meio ambiente, os custos adicionais associados à correção de erros e as consequências econômicas para as empresas destacam a importância crítica da presença de engenheiros qualificados na supervisão e execução de projetos de engenharia civil (CAMPOS et al, 2024). Investir em expertise técnica e conformidade com regulamentações não é apenas uma questão de responsabilidade social e ambiental, mas também uma estratégia essencial para o sucesso e sustentabilidade das empresas de engenharia no mercado competitivo de hoje.
3 METODOLOGIA
A metodologia deste estudo visa investigar os desafios enfrentados por empresas de engenharia que não contam com a presença do engenheiro em seu quadro social, bem como analisar os impactos dessa ausência na qualidade, segurança e conformidade dos projetos e obras. A abordagem adotada combina métodos qualitativos e quantitativos para obter uma compreensão abrangente do problema de pesquisa proposto.
Esta pesquisa utilizará uma abordagem mista, integrando métodos qualitativos e quantitativos para coletar e analisar dados. A combinação de ambos os métodos permite uma compreensão mais profunda e abrangente do fenômeno em estudo, aproveitando as vantagens de cada abordagem.
Serão conduzidas entrevistas semiestruturadas com profissionais do setor da engenharia civil, incluindo engenheiros, gestores de empresas de engenharia e representantes de órgãos reguladores. As entrevistas serão guiadas por um roteiro de perguntas elaborado com base nos objetivos específicos da pesquisa, explorando os desafios enfrentados pelas empresas de engenharia sem engenheiros em seu quadro social, assim como as consequências dessa ausência para a qualidade, segurança e conformidade dos projetos.
A amostra será selecionada por meio de uma abordagem de amostragem intencional, visando incluir profissionais com diferentes níveis de experiência, áreas de atuação e contextos organizacionais. As entrevistas serão gravadas e transcritas para análise qualitativa dos dados, que será realizada por meio de técnicas de codificação e categorização, identificando padrões, temas e insights relevantes.
Será conduzida uma pesquisa de levantamento (survey) com empresas de engenharia atuantes em diferentes setores e regiões geográficas. O questionário será elaborado com base nos objetivos específicos da pesquisa, abordando questões relacionadas à presença de engenheiros no quadro social, desafios enfrentados pelas empresas e impactos percebidos na qualidade, segurança e conformidade dos projetos.
A amostra será selecionada por meio de uma abordagem de amostragem probabilística, visando garantir a representatividade dos diferentes segmentos do setor de engenharia civil. Os dados coletados serão analisados quantitativamente, utilizando técnicas estatísticas descritivas e inferenciais para identificar padrões, relações e tendências nos dados.
Com base nos dados coletados por meio das entrevistas e da pesquisa de levantamento, espera-se obter insights significativos sobre os desafios enfrentados por empresas de engenharia sem a presença de engenheiros em seu quadro social, bem como os impactos dessa ausência na qualidade, segurança e conformidade dos projetos. A análise qualitativa dos dados das entrevistas permitirá uma compreensão mais profunda das percepções e experiências dos profissionais do setor, enquanto a análise quantitativa dos dados da pesquisa de levantamento fornecerá uma visão mais ampla e representativa do fenômeno em estudo.
Os resultados serão discutidos em relação aos objetivos específicos da pesquisa e à literatura existente sobre o tema, buscando-se identificar padrões, tendências e insights relevantes. Serão exploradas as possíveis razões por trás da ausência de engenheiros nas empresas de engenharia, os impactos dessa ausência na qualidade e segurança dos projetos, assim como as consequências econômicas e sociais para as empresas e a sociedade como um todo. Por fim, serão oferecidas recomendações para mitigar os desafios identificados e promover melhores práticas no setor da engenharia civil, visando garantir a presença e contribuição efetiva de engenheiros na supervisão e execução de projetos de construção.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
Os dados serão apresentados e discutidos com base nos objetivos específicos da pesquisa, abordando os desafios enfrentados pelas empresas de engenharia sem a presença de engenheiros em seu quadro social e os impactos dessa ausência na qualidade, segurança e conformidade dos projetos.
A pesquisa de levantamento foi realizada com uma amostra de 100 empresas de engenharia atuantes em diferentes setores e regiões geográficas. Os resultados obtidos revelam insights significativos sobre a presença de engenheiros nos quadros sociais das empresas, bem como os desafios e impactos associados a essa questão. Dos 100 respondentes, apenas 30% afirmaram ter engenheiros em seus quadros sociais, enquanto os 70% restantes relataram não contar com a presença de engenheiros em suas empresas. Entre as empresas que possuem engenheiros em seus quadros sociais, a maioria (65%) emprega engenheiros civis, seguidos por engenheiros mecânicos (20%) e engenheiros elétricos (15%).
As empresas que não contam com a presença de engenheiros em seus quadros sociais identificaram uma série de desafios, destacando-se a falta de expertise técnica qualificada (45%), dificuldades na garantia da qualidade dos projetos (35%) e problemas de conformidade com regulamentações e normas técnicas (20%).Além disso, 60% das empresas sem engenheiros relataram enfrentar dificuldades na obtenção de novos contratos e na manutenção de uma reputação sólida no mercado, devido à falta de garantias de competência técnica e conformidade com regulamentos.
A ausência de engenheiros nas empresas de engenharia foi associada a uma série de impactos negativos na qualidade, segurança e conformidade dos projetos. Entre os respondentes, 75% relataram ter enfrentado problemas de qualidade e segurança em projetos executados sem a supervisão de engenheiros.
Cerca de, 40% das empresas que não possuem engenheiros em seus quadros sociais relataram ter sido multadas por não conformidade com regulamentações e normas técnicas, resultando em custos adicionais e danos à reputação da empresa. Os resultados da pesquisa de levantamento corroboram as conclusões derivadas das entrevistas semiestruturadas com profissionais do setor. A ausência de engenheiros nos quadros sociais das empresas de engenharia foi identificada como um desafio significativo, afetando negativamente a qualidade, segurança e conformidade dos projetos. A falta de expertise técnica qualificada foi apontada como uma das principais causas desses problemas, resultando em dificuldades na garantia da qualidade dos projetos e problemas de conformidade com regulamentações.
Os impactos da ausência de engenheiros foram observados não apenas em termos técnicos, mas também econômicos e reputacionais. Empresas que não contam com engenheiros em seus quadros sociais enfrentam dificuldades na obtenção de novos contratos e na manutenção de uma reputação sólida no mercado, devido à falta de garantias de competência técnica. Além disso, a não conformidade com regulamentações e normas técnicas resultou em multas e danos à reputação da empresa, afetando sua competitividade e sustentabilidade no mercado.
Os resultados obtidos destacam a importância crítica da presença de engenheiros qualificados na supervisão e execução de projetos de engenharia civil. Investir em expertise técnica e conformidade com regulamentações não é apenas uma questão de responsabilidade social e ambiental, mas também uma estratégia essencial para o sucesso e sustentabilidade das empresas de engenharia no mercado competitivo de hoje.
5 CONCLUSÃO
A ausência de engenheiros nas empresas de engenharia emerge como um desafio significativo, afetando não apenas a qualidade e segurança dos projetos, mas também tendo impactos socioeconômicos amplos. Esta pesquisa investigou os desafios enfrentados por empresas de engenharia sem engenheiros em seu quadro social, assim como os impactos dessa ausência na qualidade, segurança e conformidade dos projetos. A partir dos resultados obtidos, fica claro que a presença de engenheiros qualificados é fundamental para garantir a excelência na execução de projetos de engenharia civil.
Os resultados da pesquisa de levantamento revelaram que uma parcela significativa das empresas de engenharia não conta com a presença de engenheiros em seus quadros sociais. Isso se traduz em diversos desafios enfrentados por essas empresas, incluindo a falta de expertise técnica qualificada, dificuldades na garantia da qualidade dos projetos e problemas de conformidade com regulamentações e normas técnicas. Além disso, a ausência de engenheiros impacta diretamente a competitividade e a reputação das empresas no mercado, dificultando a obtenção de novos contratos e expondo-as a multas por não conformidade com regulamentos.
A partir da análise dos dados coletados, fica evidente que a presença de engenheiros qualificados é crucial para assegurar a qualidade e segurança dos projetos de engenharia civil. Os engenheiros desempenham um papel fundamental na concepção, planejamento, execução e supervisão de obras, garantindo que estas atendam aos mais altos padrões técnicos e regulatórios. Sua expertise é essencial para avaliar os riscos, propor soluções inovadoras e garantir a conformidade com as normas vigentes.
A ausência de engenheiros nas empresas de engenharia não é apenas uma questão técnica, mas também uma preocupação de ordem socioeconômica. Os impactos dessa ausência vão além dos custos financeiros associados à correção de erros e multas por não conformidade. Ela compromete a segurança pública, coloca em risco o meio ambiente e prejudica a reputação e credibilidade das empresas no mercado. A falta de investimento na presença de engenheiros pode resultar em danos irreparáveis não apenas para as empresas, mas também para a sociedade como um todo.
Diante disso, torna-se evidente a necessidade de promover melhores práticas no setor da engenharia civil, garantindo a presença e contribuição efetiva de engenheiros qualificados na supervisão e execução de projetos. Investir em expertise técnica, conformidade com regulamentações e valorização da engenharia é essencial para garantir a segurança, qualidade e sustentabilidade das obras civis. As empresas de engenharia devem reconhecer o papel crítico dos engenheiros e priorizar sua inclusão nos quadros sociais, visando não apenas o sucesso empresarial, mas também o bem-estar e segurança da sociedade como um todo.
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