CHALLENGES OF NURSING IN WORKERS’ HEALTH CARE
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411152009
Luciane Oliveira de Souza¹;
Laryssa Lima Trelha²;
Silas de Souza Junior³.
RESUMO
O presente artigo busca identificar os principais desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem na assistência à saúde do trabalhador, ressaltando a importância dos cuidados voltados à promoção do bem-estar físico e mental desse público. Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos, abrangendo diferentes condições laborais adversas, as exigências físicas e emocionais enfrentadas pelos profissionais e setores, e a carência de políticas de suporte adequadas, como também, a pesquisa propõe estratégias que visam reduzir a rotatividade de colaboradores nas empresas e promover a integridade da saúde dos trabalhadores. A metodologia utilizada inclui uma revisão bibliográfica para embasamento teórico, e complementação de uma análise quantitativa de entrevistas realizadas com 14 trabalhadores de diferentes empresas. Os dados foram obtidos por meio de questionários dicotômicos, abordando a relação entre saúde e desempenho profissional. Os resultados indicam que, embora as empresas ofereçam suporte estrutural para a saúde dos colaboradores, há carência de programas de bem-estar e de acesso adequado a serviços básicos de saúde no ambiente de trabalho. Conclui- se que empregadores e profissionais de saúde devem, de maneira contínua, planejar e executar ações preventivas e promocionais, seguindo diretrizes de órgãos reguladores, para garantir o acesso à saúde diretamente no local de trabalho.
Palavras-chaves: Saúde do trabalhador; Assistência de enfermagem; Rotatividade; Estratégias.
ABSTRACT
This article seeks to identify the main challenges faced by nursing professionals in providing workers’ health care, highlighting the importance of care aimed at promoting the physical and mental well-being of this population. This is a bibliographical review of articles, covering different adverse working conditions, the physical and emotional demands faced by professionals and sectors, and the lack of adequate support policies, as well as, the research proposes strategies that aim to reduce employee turnover. in companies and promote the health integrity of workers. The methodology used includes a bibliographical review for theoretical basis, and complementation of a quantitative analysis of interviews carried out with 11 workers from different companies. Data were obtained through dichotomous questionnaires, addressing the relationship between health and professional performance. The results indicate that, although companies offer structural support for employee health, there is a lack of well-being programs and adequate access to basic health services in the workplace. It is concluded that employers and healthcare professionals must continually plan and execute preventive and promotional actions, following guidelines from regulatory bodies, to guarantee access to healthcare directly in the workplace.
Keywords: Worker health; Nursing assistance; Turnover; Strategies.
1 INTRODUÇÃO
A saúde do trabalhador é um campo de crescente relevância no cenário atual, especialmente diante das transformações e exigências impostas pelas dinâmicas do mercado de trabalho. A assistência à saúde do trabalhador, particularmente no que se refere ao papel dos profissionais de enfermagem, emerge como um tema fundamental, dada a sua função de promover e preservar o bem-estar físico e mental dos colaboradores.
Este artigo tem como principal foco explorar os desafios enfrentados pela enfermagem na assistência à saúde do trabalhador, compreendendo a complexidade e as especificidades desse público, além de propor estratégias que possam contribuir para a melhoria das condições de saúde nas empresas e a redução da rotatividade de funcionários. A pesquisa realizada visa fornecer uma análise aprofundada do cenário atual e sugerir possíveis intervenções que possam ser implementadas para promover a saúde integral dos trabalhadores, tanto no nível físico quanto no mental.
Este tema engloba aspectos relacionados ao ambiente de trabalho, à organização de empresas e à implementação de políticas de bem-estar, de forma a destacar a importância da saúde dos colaboradores para o desempenho profissional e a produtividade das instituições. O tema da saúde do trabalhador é amplo, porém, neste estudo, ele será delimitado a questões que envolvem o papel dos profissionais de enfermagem na promoção de práticas preventivas, além de avaliar a eficácia das ações já implementadas nas empresas.
A delimitação desse estudo também se restringe ao Brasil, buscando avaliar a realidade de empresas que possuem algum nível de suporte estrutural para a saúde, mas que apresentam falhas na promoção de programas contínuos de bem estar e na oferta de serviços de saúde no local de trabalho. O principal problema identificado neste estudo é a dificuldade enfrentada pelos profissionais de enfermagem em oferecer uma assistência eficaz à saúde dos trabalhadores, devido à falta de programas estruturados de promoção do bem-estar nas empresas.
Além disso, a ausência de uma abordagem integrada entre empregadores e profissionais de saúde dificulta a criação de um ambiente de trabalho saudável, o que resulta em altas taxas de rotatividade e, muitas vezes, na deterioração da saúde física e mental dos trabalhadores. O objetivo principal deste artigo é analisar os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem na assistência à saúde do trabalhador, com foco na identificação de estratégias que possam ser implementadas para melhorar as condições de saúde no ambiente de trabalho e, consequentemente, reduzir a rotatividade de colaboradores.
Para atingir esse objetivo, a pesquisa pretende avaliar o suporte estrutural oferecido pelas empresas à saúde dos trabalhadores, destacando as principais deficiências nos programas de promoção de bem-estar, identificar como a ausência de programas preventivos impacta a saúde física e mental dos colaboradores e quais são os reflexos disso no desempenho profissional, e propor estratégias que possam ser implementadas pelos profissionais de enfermagem, em parceria com os empregadores, para garantir a promoção contínua da saúde no ambiente de trabalho.
A hipótese principal desta pesquisa é que a ausência de programas contínuos de promoção de saúde nas empresas, aliados à falta de integração entre empregadores e profissionais de saúde, impacta diretamente a rotatividade de colaboradores e o desempenho profissional. Além disso, pressupõe-se que a implementação de estratégias de promoção de saúde e bem-estar, lideradas pelos profissionais de enfermagem, pode resultar em um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, reduzindo a rotatividade de funcionários e promovendo a integridade da saúde física e mental dos trabalhadores.
Ao propor estratégias que possam ser implementadas no dia a dia das empresas, este trabalho pretende contribuir para a melhoria das condições de trabalho e saúde dos colaboradores, além de fomentar discussões sobre a importância de uma abordagem integrada entre empregadores e profissionais de saúde. A escolha pelo método dedutivo permitiu uma análise aprofundada dos dados obtidos, possibilitando uma compreensão mais ampla dos desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem na assistência à saúde do trabalhador e das intervenções que podem ser propostas para promover melhorias nesse cenário. Ao identificar as principais barreiras enfrentadas na promoção da saúde do trabalhador, este estudo busca propor soluções que possam ser aplicadas em diferentes setores da economia, fomentando a criação de ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Saúde do trabalhador e a enfermagem
Mesmo com avanços no âmbito profissional, integrando a saúde do trabalhador, sabe-se da existência de doenças em larga escala associadas ao trabalho, evidenciadas por uma jornada incompatível com aquelas determinadas por lei, com remuneração desproporcional as demandas de seus setores. Entre outras divergências que não são pautadas em muitas empresas. O investimento na saúde do trabalhador tende a ser escassa, não sendo dada importância aos danos e riscos que o prestador pode estar exposto diariamente, exceto, quando há uma lei que estabeleça que seja analisada e seguida.
Gomez (2018), em um de seus estudos realizados, conclui que o maior avanço da saúde do trabalhador no Brasil foi seu reconhecimento constitucional como área contida no âmbito da saúde pública. Mas, a despeito das críticas à sua institucionalização e ao desenvolvimento de suas ações, ainda são insuficientes para dar conta do cenário dramático do mundo do trabalho em matéria de saúde, no Brasil, são incontáveis seus avanços nesses 30 anos de SUS.
Com isso, é perceptível que o assunto, saúde do trabalhador, tendencia a se tornar um ciclo vicioso, onde as pautas são para debate de algo que já foi discutido ao longo dos anos, não sendo realizado uma fiscalização adequada para verificação de funcionamento dos planos que foram criados nos primórdios da assistência ao trabalhador.
Santos et al (2024), teve como objetivo descrever dimensões da avaliação dos aspectos psicossociais do trabalho encontradas na literatura e em documentos normativos no Brasil, trazendo à tona que, a maior parte dos estudos compreende APST como aspectos relacionados ao estresse ocupacional, associação com desfechos de saúde, principalmente burnout, se destacou entre os artigos, concluindo que ainda é preciso maior aproximação entre conhecimento acadêmico, normatização e suporte técnico sobre avaliação dos APST para fortalecimento da Vigilância em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.
A enfermagem, em um contexto geral, é definida como arte do cuidar. Na saúde do trabalhador não poderia ser diferente, apesar das barreiras que podem ser encontradas, atuar no meio administrativo possibilita que o profissional de saúde esteja presente em um ambiente externo, prestando serviços que antes, um servidor teria que se deslocar do seu local de trabalho para conseguir.
De acordo com Santana (2023), o enfermeiro também atua na orientação e capacitação dos trabalhadores, na gestão de programas de saúde ocupacional, na investigação de surtos de doenças relacionadas ao trabalho e na promoção de um ambiente de trabalho saudável. Entretanto, os profissionais de enfermagem que atuam na saúde do trabalhador, podem enfrentar desafios que limitam suas estratégias, principalmente quando alocados em setores privados
Pereira (2023), realizou um estudo para compreensão do papel do enfermeiro do trabalho no contexto empresarial, e concluíram que as condições de trabalho influenciam de forma significativa na saúde do trabalhador, observaram que o enfermeiro precisa conhecer o seu local de trabalho, e suas particularidades, para desempenhar as suas atribuições com eficácia.
Reis et al (2021), objetivaram identificar na literatura, estudos que apontassem para a atuação do enfermeiro na enfermagem e no planejamento a promoção, prevenção e na recuperação da saúde do trabalhador, e observaram que apesar dos desafios a institucionalização e o desenvolvimento de ações em saúde do trabalhador no SUS consistem em um marco importante para a saúde pública. Consideraram como benéfico, tendo em vista que diversas lideranças adotam a prevenção da saúde do trabalhador como método para permanência de sua equipe, evitando troca de funcionários e acumulo de demandas.
De acordo com Sampaio (2022), o enfermeiro do trabalho desempenha um papel muito importante no controle de doenças ocupacionais, tendo em vista que esse profissional possui diversas atribuições voltadas para a promoção de um ambiente de trabalho saudável, o qual se desenvolve mediante esforços coletivos da equipe multidisciplinar da segurança e saúde do trabalho.
Silva (2005), teve o objetivo principal de descrever o sentido da assistência de enfermagem na saúde do trabalhador, a partir das concepções cotidianas da realidade do enfermeiro do trabalho, concluindo que para os enfermeiros do trabalho, a assistência de enfermagem na saúde do trabalhador é aquela prestada ao indivíduo ou grupo de indivíduos, integrantes e participantes dos processos de produção de bens e serviços das empresas ou organizações, caracterizada por atos e operações de natureza predominantemente preventiva, no sentido de se evitar danos à saúde e à vida dos trabalhadores, decorrentes de fatores ambientais, da natureza da própria atividade e dos comportamentos, hábitos e estilo de vida do trabalhador.
2.2 Estratégias de enfermagem direcionadas a saúde do trabalhador
A enfermagem desempenha um papel fundamental na promoção da saúde do trabalhador, atuando na prevenção de doenças ocupacionais, na promoção de práticas preventivas e na avaliação dos riscos laborais. Os enfermeiros realizam atividades de prevenção de acidentes de trabalho, detecção precoce de doenças ocupacionais e planejamento de ações educativas. Eles também atuam como mediadores entre trabalhadores e gestores, garantindo que as necessidades de saúde dos colaboradores sejam atendidas.
A saúde do trabalhador é um campo multidisciplinar que visa prevenir e tratar doenças ocupacionais, promovendo o bem-estar físico e mental no ambiente de trabalho. A enfermagem tem um papel central nesse processo, sendo responsável não apenas pelo cuidado direto ao trabalhador, mas também pela implementação de políticas de saúde, promoção de práticas preventivas e avaliação dos riscos ocupacionais. Com o aumento da competitividade no mercado e as exigências de alta produtividade, é essencial que as empresas invistam em estratégias eficazes de promoção da saúde, e os profissionais de enfermagem são fundamentais para orientar e executar essas intervenções.
A enfermagem no campo da saúde ocupacional tem como principal objetivo a promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores. De acordo com Mendes e Silva (2019), a atuação da enfermagem no contexto ocupacional inclui atividades de prevenção de acidentes de trabalho, detecção precoce de doenças ocupacionais, planejamento de ações educativas e acompanhamento das condições de saúde dos colaboradores. Este campo, embora esteja em expansão no Brasil, ainda apresenta desafios relacionados à implementação efetiva de programas de saúde e à integração das ações de enfermagem no planejamento estratégico das empresas.
As ações de enfermagem direcionadas à saúde do trabalhador devem ser baseadas em uma avaliação criteriosa dos riscos ocupacionais presentes em cada ambiente de trabalho. Conforme ressaltado por Silva e Andrade (2021), a análise de risco é o primeiro passo para a criação de um plano de saúde eficaz. A partir dessa avaliação, os enfermeiros podem desenvolver programas de educação em saúde, promover campanhas de vacinação, realizar exames periódicos e criar estratégias de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
Além disso, os enfermeiros atuam como mediadores entre os trabalhadores e os gestores das empresas, garantindo que as necessidades de saúde dos colaboradores sejam ouvidas e atendidas. Segundo Ferreira e Souza (2020), o enfermeiro do trabalho exerce um papel de liderança na promoção de uma cultura organizacional voltada para o bem-estar e a segurança. Eles são responsáveis por implementar medidas que visem não apenas à prevenção de doenças, mas também à promoção da saúde mental e física dos trabalhadores.
Entre as principais estratégias de enfermagem voltadas à saúde do trabalhador, destaca-se a prevenção de doenças ocupacionais. Essas doenças são aquelas que surgem em decorrência da exposição a agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho, como produtos químicos, ruído excessivo, más condições ergonômicas e longas jornadas de trabalho. De acordo com Mendes (2018), a enfermagem desempenha um papel essencial na prevenção dessas enfermidades, por meio da educação dos trabalhadores e da implementação de medidas de controle de riscos.
A ergonomia, por exemplo, é um campo em que os enfermeiros do trabalho podem atuar ativamente, promovendo adaptações no ambiente de trabalho que previnam problemas como lesões musculoesqueléticas. Ferreira et al. (2021) afirmam que a implementação de programas de ergonomia, conduzidos por enfermeiros, pode reduzir significativamente a incidência de doenças ocupacionais relacionadas ao esforço físico repetitivo. Além disso, o planejamento de pausas regulares, a conscientização sobre a postura correta e a promoção de exercícios de alongamento são medidas simples, mas eficazes, que podem ser coordenadas por esses profissionais.
Outro aspecto relevante é a prevenção de doenças infecciosas no ambiente de trabalho, especialmente em contextos hospitalares ou industriais, onde a exposição a agentes biológicos é elevada. Souza e Andrade (2020) destacam que a enfermagem ocupacional deve promover campanhas de vacinação, como a vacinação contra a gripe e hepatite B, e instruir os trabalhadores sobre práticas de higiene e uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI). Essas ações não apenas reduzem o absenteísmo, mas também contribuem para a redução de custos hospitalares e melhoram a produtividade.
A saúde mental dos trabalhadores tem se tornado uma preocupação crescente em ambientes corporativos, especialmente devido ao aumento dos níveis de estresse, ansiedade e depressão relacionados ao trabalho. A enfermagem, nesse contexto, tem um papel crucial na implementação de estratégias de promoção da saúde mental e do bem-estar, integrando essas iniciativas aos programas de saúde ocupacional das empresas.
De acordo com Oliveira e Costa (2021), os enfermeiros do trabalho devem estar atentos aos sinais de esgotamento físico e emocional, promovendo intervenções precoces que possam evitar o desenvolvimento de doenças mentais mais graves, como a síndrome de burnout. Uma das estratégias mais eficazes é a criação de grupos de apoio psicossocial dentro das empresas, onde os trabalhadores possam discutir suas dificuldades e receber orientação de profissionais especializados.
Além disso, os enfermeiros podem desenvolver programas de promoção da saúde mental, como atividades de relaxamento, meditação e práticas de mindfulness, que ajudam os trabalhadores a lidar com o estresse diário. Ferreira (2020) sugere que a inclusão dessas práticas no ambiente corporativo pode não apenas melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, mas também aumentar sua produtividade e reduzir as taxas de absenteísmo.
Outro ponto relevante é a promoção do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Carvalho (2019) destaca que os enfermeiros podem auxiliar na formulação de políticas internas que favoreçam a flexibilidade de horário, o teletrabalho e a adoção de práticas que promovam a desconexão digital fora do horário de expediente. Tais medidas, quando bem implementadas, têm um impacto positivo na saúde mental dos colaboradores e na retenção de talentos.
A educação em saúde é uma das principais ferramentas utilizadas pelos enfermeiros para promover a saúde do trabalhador. Através de ações educativas, os trabalhadores são capacitados para reconhecer riscos ocupacionais, adotar medidas preventivas e cuidar de sua saúde de forma integral. Segundo Silva et al. (2020), a educação em saúde no ambiente de trabalho deve ser contínua e adaptada às características de cada setor, envolvendo palestras, workshops, treinamentos práticos e campanhas de conscientização.
Os programas de capacitação em primeiros socorros, por exemplo, são essenciais em empresas que operam com máquinas pesadas ou em setores que envolvem riscos elevados de acidentes. A presença de enfermeiros treinados para conduzir essas capacitações garante que os trabalhadores estejam preparados para agir rapidamente em situações de emergência, minimizando os danos e prevenindo complicações.
A educação em saúde também abrange a orientação sobre hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e a importância do sono. Oliveira e Mendes (2021) ressaltam que os enfermeiros podem organizar eventos de saúde nas empresas, como campanhas de prevenção à hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares, realizando medições de pressão arterial e glicemia, além de fornecer orientações nutricionais. Essas ações têm um impacto positivo na saúde dos colaboradores e ajudam a prevenir doenças crônicas, que podem levar ao afastamento prolongado do trabalho.
Uma das funções essenciais da enfermagem ocupacional é o monitoramento contínuo da saúde dos trabalhadores, especialmente daqueles que estão expostos a fatores de risco no ambiente de trabalho. Carvalho e Silva (2018) afirmam que os exames médicos periódicos são ferramentas indispensáveis para a detecção precoce de doenças ocupacionais e crônicas, permitindo que os enfermeiros identifiquem condições de saúde que podem interferir no desempenho do trabalhador.
Além dos exames periódicos, os enfermeiros do trabalho podem utilizar ferramentas de monitoramento contínuo, como questionários de autoavaliação, que permitem aos colaboradores relatar sintomas ou problemas de saúde antes que eles se agravem. Esses dados podem ser usados para ajustar os programas de saúde ocupacional e fornecer intervenções individualizadas para os trabalhadores que necessitam de cuidados específicos.
Os enfermeiros também são responsáveis por acompanhar os trabalhadores que retornam ao trabalho após longos períodos de afastamento devido a doenças ou acidentes. Mendes (2019) ressalta que o acompanhamento desses casos é crucial para garantir que os trabalhadores estejam aptos a retornar às suas atividades sem comprometer sua saúde. Além disso, a adaptação do ambiente de trabalho e a reabilitação funcional são medidas que podem ser implementadas para facilitar a reintegração do trabalhador à sua função.
A implementação de programas de qualidade de vida no trabalho (QVT) tem ganhado destaque como uma das estratégias mais eficazes para promover o bem-estar dos trabalhadores e melhorar os indicadores de saúde ocupacional. Esses programas visam criar um ambiente de trabalho que proporcione segurança, conforto e satisfação, além de equilibrar as demandas do trabalho com as necessidades pessoais dos colaboradores.
Segundo Ferreira (2021), a enfermagem desempenha um papel de liderança na criação e execução de programas de QVT, que podem incluir desde ações simples, como a adequação das condições de iluminação e ventilação nos postos de trabalho, até a oferta de benefícios como ginástica laboral, atendimento psicológico e atividades de lazer. Tais iniciativas não apenas melhoram a saúde física dos trabalhadores, mas também contribuem para sua satisfação e motivação no trabalho.
A efetividade das estratégias de enfermagem direcionadas à saúde do trabalhador depende de uma abordagem colaborativa, que envolva diferentes profissionais da área de saúde e segurança ocupacional. Silva e Costa (2020) afirmam que a enfermagem deve atuar em conjunto com médicos, engenheiros de segurança, psicólogos e fisioterapeutas, para garantir uma abordagem holística do cuidado à saúde no ambiente de trabalho.
As políticas de saúde ocupacional também são fundamentais para a estruturação das ações de enfermagem. Segundo Mendes (2019), as normas regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fornecem diretrizes essenciais para a criação de programas de saúde e segurança no trabalho. A enfermagem deve estar atenta ao cumprimento dessas normas, participando ativamente da elaboração de políticas internas nas empresas e garantindo que os programas de saúde ocupacional sejam implementados de acordo com as legislações vigentes.
3 METODOLOGIA
A metodologia é um componente crucial de qualquer estudo científico, pois define os procedimentos e técnicas que serão utilizados para alcançar os objetivos da pesquisa. No presente artigo, que visa identificar os principais desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem na assistência à saúde do trabalhador, assim como propor estratégias para promover o bem-estar físico e mental dos colaboradores, a metodologia foi estruturada para garantir a precisão e relevância dos resultados. A seguir, são descritos os detalhes da metodologia adotada, incluindo o objeto de estudo, as estratégias utilizadas, o tipo de pesquisa, população e amostra, instrumentos utilizados, definição de variáveis, coleta e processamento de dados, e métodos e técnicas empregadas.
O objeto de estudo deste artigo é a assistência à saúde do trabalhador, com foco nos desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem e nas estratégias para a promoção do bem-estar dos colaboradores nas empresas. O estudo pretende avaliar a eficácia das práticas de enfermagem na saúde ocupacional e identificar lacunas nos cuidados oferecidos, bem como propor melhorias que possam reduzir a rotatividade e promover a saúde física e mental dos trabalhadores.
Para alcançar os objetivos propostos, foram empregadas duas principais estratégias: a revisão bibliográfica e a análise quantitativa. A revisão bibliográfica foi realizada para estabelecer uma base teórica sólida sobre os desafios da enfermagem na saúde do trabalhador e as estratégias existentes para a promoção do bem-estar. A análise quantitativa foi conduzida para obter dados empíricos sobre a percepção dos trabalhadores em relação à saúde ocupacional e às práticas de enfermagem.
O tipo de pesquisa adotado foi uma combinação de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica foi utilizada para embasar teoricamente o estudo, fornecendo uma visão geral dos desafios enfrentados pela enfermagem e das estratégias de promoção da saúde. A pesquisa de campo, por sua vez, consistiu em uma abordagem quantitativa, na qual foram realizadas entrevistas com trabalhadores de diferentes empresas para obter dados sobre a eficácia das práticas de saúde ocupacional e identificar áreas que necessitam de melhorias.
A população-alvo do estudo consistiu em trabalhadores de diferentes empresas, que representam uma amostra diversificada dos setores e ambientes de trabalho. A amostra foi composta por 14 trabalhadores, selecionados com base em critérios de diversidade setorial e de função, para garantir uma visão abrangente dos desafios enfrentados na assistência à saúde do trabalhador. A escolha da amostra foi estratégica, visando obter uma variedade de perspectivas sobre as práticas de saúde ocupacional e as necessidades dos colaboradores.
Os dados foram coletados por meio de questionários dicotômicos, que foram elaborados para abordar a relação entre saúde e desempenho profissional. Os questionários foram projetados para identificar a percepção dos trabalhadores sobre o suporte oferecido pelas empresas em relação à saúde, a presença de programas de bem-estar e o acesso a serviços básicos de saúde no ambiente de trabalho. Os questionários dicotômicos foram escolhidos por sua simplicidade e eficácia na coleta de dados objetivos e fáceis de analisar.
As variáveis definidas para este estudo incluíram, saúde ocupacional, avaliada com base na percepção dos trabalhadores sobre a adequação das práticas de saúde oferecidas pelas empresas, desempenho profissional, relacionado à forma como a saúde do trabalhador impacta seu desempenho no trabalho, programas de bem-estar, presença e qualidade dos programas voltados para a promoção da saúde mental e física no ambiente de trabalho. Acesso a Serviços de Saúde, disponibilidade e adequação dos serviços básicos de saúde oferecidos no local de trabalho.
A coleta de dados foi realizada através de 09 perguntas, distribuídos e preenchidos pelos 14 trabalhadores selecionados. A pesquisa foi enviada eletronicamente, através da ferramenta Google Form, com perguntas claras, apresentando somente duas alternativas (sim ou não), utilizando uma abordagem de medição e comparação, que proporcionaram uma distinção abrangente da relevância dos dados selecionados, garantir a compreensão adequada das perguntas e a coleta de respostas completas. O período de coleta foi de duas semanas, permitindo tempo suficiente para a participação de todos os entrevistados.
Após a coleta dos questionários, os dados foram processados e analisados quantitativamente. Os questionários foram codificados e os resultados foram organizados em tabelas e gráficos para facilitar a interpretação. A análise dos dados envolveu a identificação de padrões e tendências nas respostas dos trabalhadores, permitindo uma compreensão clara dos desafios enfrentados e das áreas que necessitam de melhorias.
Foi obtido o consentimento dos participantes verbalmente, para garantir a privacidade de todos. Qualquer informação que possa identificar os participantes será mantida em sigilo e os dados serão utilizados apenas para fins de pesquisa. Essa metodologia permite que sejam propostas melhorias a assistência fornecida aos trabalhadores em seus respectivos locais de trabalho.
Os métodos e técnicas empregadas incluíram a análise estatística dos dados coletados, utilizando ferramentas como planilhas eletrônicas e a própria ferramenta de pesquisa que realiza uma análise de estatística. A análise envolveu a comparação das respostas dos trabalhadores em relação às variáveis definidas, identificando correlações e discrepâncias nas percepções sobre a saúde ocupacional e a eficácia dos programas de bem-estar. Além disso, foram realizadas análises descritivas para apresentar os resultados de forma clara e acessível.
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
Após a análise dos dados coletados, foi possível refletir que funcionários, que os resultados são discutidos em relação à literatura existente, evidenciando os desafios enfrentados e as áreas que necessitam de melhorias.
Uma das primeiras perguntas abordou o comprometimento das empresas com a promoção da saúde e segurança dos trabalhadores. Apenas 4 dos 14 participantes acreditam que suas empresas estão efetivamente comprometidas com essa causa. Este resultado é preocupante, pois reflete uma percepção negativa generalizada sobre o empenho das empresas em garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Tabela 1. Comprometimento da Empresa com a Saúde e Segurança
Resposta | Número de Participantes |
Sim | 4 |
Não | 10 |
Fonte: A autora, 2024.
Essa baixa percepção pode estar associada à falta de iniciativas visíveis e eficazes por parte das empresas. Estudos similares também encontraram que a percepção dos trabalhadores sobre o comprometimento das empresas com a saúde e segurança pode influenciar a satisfação no trabalho e a produtividade. (Carvalho; Silva, 2018)
Os resultados indicam que, embora 8 dos 14 participantes relatem receber treinamentos ou orientações sobre medidas preventivas e segurança no trabalho, apenas 4 afirmam receber suporte em relação à saúde física e mental. Essa discrepância sugere que, embora haja alguma educação em saúde e segurança, o suporte direto à saúde física e mental ainda é inadequado.
Tabela 2. Recebimento de Treinamentos e Suporte à Saúde
Resposta | Número de Participantes |
Recebem Treinamentos | 8 |
Recebem Suporte à Saúde Física e Mental | 4 |
Fonte: A autora, 2024.
A falta de suporte adequado à saúde mental e física pode levar a um aumento na rotatividade e a uma diminuição na produtividade dos trabalhadores. A literatura destaca que a promoção da saúde mental no local de trabalho é crucial para a saúde geral dos empregados e para a eficiência organizacional. (Ferreira et al., 2021)
Quando questionados sobre o acesso a serviços de saúde e cuidados médicos no local de trabalho, 5 dos 14 participantes afirmaram ter acesso adequado. Destes, 9 responderam negativamente. Este resultado indica uma percepção geral positiva em relação à disponibilidade de serviços de saúde, embora ainda haja espaço para melhorias.
Tabela 3. Acesso a Serviços de Saúde no Local de Trabalho
Resposta | Número de Participantes |
Sim | 5 |
Não | 9 |
Fonte: A autora, 2024.
O acesso a serviços de saúde é um fator importante para garantir que os trabalhadores recebam o cuidado necessário sem precisar se afastar de suas funções. A literatura sugere que a presença de serviços de saúde no local de trabalho pode reduzir a frequência de absenteísmo e melhorar a satisfação geral dos trabalhadores. (Mendes, 2019)
A pesquisa revelou que 7 dos 14 participantes não haviam participado de iniciativas ou programas de bem-estar oferecidos pela empresa. Esse dado é preocupante, pois sugere que nem todos os trabalhadores têm acesso ou se beneficiam de programas que poderiam contribuir para a sua saúde e bem-estar.
Tabela 4. Participação em Programas de Bem-Estar
Resposta | Número de Participantes |
Sim | 7 |
Não | 7 |
Fonte: A autora, 2024.
Programas de bem-estar são essenciais para promover a saúde física e mental dos trabalhadores. A literatura evidencia que a implementação de tais programas pode levar a uma redução de problemas de saúde e a um aumento da motivação e produtividade dos empregados. (Silva; Andrade, 2020)
Todos os entrevistados acreditam que a saúde dos trabalhadores influencia diretamente o desempenho e a produtividade da equipe. Este consenso reforça a premissa inicial da pesquisa de que um ambiente de trabalho saudável contribui para um melhor rendimento dos colaboradores.
Tabela 5. Influência da Saúde no Desempenho
Resposta | Número de Participantes |
Sim | 14 |
Não | 0 |
Fonte: A autora, 2024.
Estudos demonstram que a saúde dos trabalhadores está fortemente correlacionada com sua produtividade. Trabalhadores saudáveis tendem a ser mais produtivos e engajados, resultando em benefícios tanto para os empregados quanto para as empresas. (Carvalho; Silva, 2018)
Foi solicitado aos participantes que descrevessem o ambiente de trabalho utilizando os termos saúde e segurança. Apenas 1 dos 14 participantes respondeu afirmativamente, enquanto 13 descreveram o ambiente de trabalho como não satisfatório em relação a esses aspectos. Este resultado evidencia um gap significativo entre a percepção dos trabalhadores e as condições reais dos ambientes de trabalho.
Tabela 6. Descrição do Ambiente de Trabalho
Resposta | Número de Participantes |
Sim | 1 |
Não | 13 |
Fonte: A autora, 2024.
A descrição negativa do ambiente de trabalho pode ser reflexo de uma falta de implementação eficaz das práticas de saúde e segurança. Isso sugere a necessidade de uma revisão das políticas e práticas de saúde ocupacional para assegurar que os ambientes de trabalho sejam verdadeiramente seguros e saudáveis.
Os resultados obtidos refletem uma série de desafios enfrentados pelos trabalhadores em relação à saúde e segurança no ambiente de trabalho. A baixa percepção sobre o comprometimento das empresas com a promoção da saúde e segurança, aliada à falta de suporte adequado à saúde física e mental, destaca a necessidade urgente de melhorias nas práticas de saúde ocupacional.
Os dados revelam que, apesar da presença de alguns treinamentos e orientações sobre medidas preventivas, a implementação efetiva de programas de bem-estar ainda é insuficiente. A literatura corrobora que a efetiva promoção da saúde no local de trabalho é essencial para a prevenção de doenças e para a manutenção da produtividade dos trabalhadores. (Mendes, 2019; Ferreira et al., 2021)
O acesso a serviços de saúde foi amplamente considerado adequado pelos participantes, o que é positivo. No entanto, a falta de participação em programas de bem-estar por uma parte significativa dos trabalhadores sugere que há uma necessidade de maior envolvimento e promoção dessas iniciativas.
A crença unânime de que a saúde dos trabalhadores influencia diretamente no desempenho e na produtividade reforça a importância de investir em práticas que garantam um ambiente de trabalho saudável. A evidência de que apenas um trabalhador descreveu seu ambiente de trabalho como satisfatório em termos de saúde e segurança indica que ainda há uma lacuna significativa que precisa ser abordada.
A implementação de estratégias que integrem saúde ocupacional com programas de bem-estar e suporte contínuo à saúde mental e física dos trabalhadores é crucial. Os resultados sugerem que empregadores e profissionais de saúde devem colaborar para desenvolver e executar estratégias mais eficazes e abrangentes, com o objetivo de criar ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.
Os resultados obtidos desta pesquisa evidenciam a necessidade de melhorias nas práticas de saúde e segurança no ambiente de trabalho. A baixa percepção de comprometimento das empresas com a promoção da saúde, a falta de suporte adequado à saúde mental e física, e a baixa participação em programas de bem-estar destacam áreas críticas que precisam de atenção.
A percepção negativa do comprometimento das empresas com a saúde e segurança dos trabalhadores pode ser atribuída à falta de visibilidade e comunicação eficaz das políticas de saúde e segurança. A literatura sugere que uma comunicação clara e eficaz sobre as práticas de saúde e segurança pode melhorar a percepção dos trabalhadores e aumentar o engajamento. (Sousa et al., 2019) Embora a presença de treinamentos sobre medidas preventivas seja um passo positivo, a falta de suporte contínuo à saúde mental e física sugere uma abordagem limitada. A integração do suporte à saúde mental e física nos treinamentos pode melhorar a eficácia das práticas de saúde ocupacional. (Oliveira et al., 2021)
A maioria dos trabalhadores relatou ter acesso adequado a serviços de saúde, mas a discrepância observada indica que há uma necessidade de uniformizar a disponibilidade desses serviços. A melhoria na acessibilidade e na qualidade dos serviços de saúde oferecidos pode contribuir para um ambiente de trabalho mais saudável. (Santos; Pereira, 2020)
A falta de participação em programas de bem-estar pode refletir uma baixa relevância percebida desses programas. As empresas devem investir na promoção e na relevância dos programas de bem-estar para aumentar a participação e maximizar os benefícios para os trabalhadores. (Ferreira et al., 2021)
A descrição negativa do ambiente de trabalho sugere a necessidade de uma revisão das práticas e políticas de saúde e segurança. A implementação eficaz das políticas de saúde e segurança e a melhoria das condições do ambiente de trabalho são essenciais para aumentar a satisfação e a produtividade dos trabalhadores. (Mendes, 2019)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos nesta pesquisa revelam uma realidade preocupante em relação à promoção da saúde e segurança no ambiente de trabalho, destacando a percepção negativa dos trabalhadores sobre o comprometimento das empresas nesse aspecto. Apenas 28,6% dos participantes acreditam que suas empresas estão efetivamente dedicadas a garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável. Este dado é alarmante, pois sugere que as iniciativas em saúde e segurança ocupacional, muitas vezes, não são visíveis ou suficientemente eficazes.
A análise das respostas também evidencia uma discrepância significativa entre a formação em saúde e segurança oferecida e o suporte real à saúde física e mental dos colaboradores. Embora a maioria dos participantes tenha relatado receber treinamentos, apenas um número reduzido se sente apoiado em sua saúde integral. Isso indica que, apesar de iniciativas de educação, a implementação de políticas que garantam um suporte efetivo ainda é inadequada, reforçando a necessidade de um olhar mais atento para a saúde mental no ambiente de trabalho.
Outro ponto relevante é a percepção sobre o acesso a serviços de saúde. Embora um número considerável de trabalhadores afirme ter acesso adequado, a insatisfação de 64,3% indica que há espaço para melhorias. A disponibilidade de serviços de saúde é fundamental para a redução do absenteísmo e para a manutenção do bem-estar dos colaboradores, corroborando a literatura que destaca a importância de ambientes de trabalho que promovam a saúde física e mental.
A participação em programas de bem-estar também se mostrou insatisfatória, com 50% dos participantes relatando não ter acesso a tais iniciativas. Isso sugere que as empresas ainda não conseguiram criar um engajamento suficiente em relação a esses programas, que são essenciais para a promoção da saúde e da motivação dos colaboradores.
Por fim, a crença unânime de que a saúde dos trabalhadores impacta diretamente sua produtividade e desempenho reforça a urgência de ações efetivas por parte das empresas. É imperativo que as organizações revisitem suas políticas de saúde e segurança ocupacional, promovendo um ambiente de trabalho que não apenas priorize o bem-estar físico, mas também o mental dos colaboradores.
Assim, a implementação de estratégias integradas que considerem as necessidades dos trabalhadores e que promovam tanto a saúde física quanto a mental é crucial. Investimentos em comunicação, promoção de programas de bem-estar e acesso a serviços de saúde são passos necessários para transformar a realidade atual e criar ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos. A pesquisa conclui que há uma necessidade urgente de aprimorar as práticas de saúde e segurança no ambiente de trabalho, assegurando que os trabalhadores se sintam valorizados e protegidos
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¹Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem. E-mail: lucianesofiagabrielli33@gmail.com.
²Enfermeira especialista em Enfermagem Pediátrica e UTI Neonatal. E-mail: trelhalary1@gmail.com.
³Enfermeiro especialista em Gestão e Auditoria de Serviços Assistenciais. E-mail: silasdesouzajunior154409@gmail.com.