DEPRESSÃO GERIÁTRICA: TRATAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10516002


Cristiane Lira Santana¹; Jéssica França Mendonça²; Yanka Macapuna Fontel³; Jéssica Hilane Bezerra dos Santos4; Vanessa Santos da Silva5; Lucas Marvilla Fraga de Mesquita6; Ágatha Mascarenhas Baêta Morais7; Francilene Bernardo Cordeiro Rôas8; Yuri Alexander dos Santos Rôas9; Claudio Rodrigues de Lima10; Adriana Carneiro Costa¹¹; Jéssica Ribeiro Gomes¹²


RESUMOS: 

INTRODUÇÃO: Opções de tratamento farmacológico são comumente usadas para controlar a depressão geriátrica. Os antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) e os antidepressivos tricíclicos (ADTs), são frequentemente prescritos para aliviar os sintomas da depressão. Esses medicamentos atuam alterando a química do cérebro, aumentando os níveis de neurotransmissores como a serotonina e a norepinefrina. No entanto, é importante notar que estes medicamentos podem ter efeitos secundários e podem não ser adequados para todos os indivíduos. OBJETIVOS: Diante disso, o presente artigo tem como principal objetivo identificar os tratamentos e estratégias de prevenção da depressão entre idosos. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura destinada a destacar o que já foi dito na literatura científica sobre os tratamentos e prevenção da depressão geriátrica. Para isso, foram elencados os seguintes critérios de inclusão: ser preferencialmente dos últimos cinco anos, estar disponível gratuitamente na íntegra, estar em português, inglês ou espanhol e o tema estar de acordo com a proposta do artigo desenvolvido. Foram excluídos os artigos que não correspondiam à classificação acima. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A psicoterapia e o aconselhamento também são estratégias eficazes para o tratamento da depressão geriátrica. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma intervenção psicológica amplamente utilizada que se concentra na mudança de padrões de pensamento e comportamentos negativos. É frequentemente usado para tratar a depressão em adultos mais velhos, tanto individualmente como em grupo. Outras formas de psicoterapia, como a terapia interpessoal (IPT) e a terapia de resolução de problemas (PST), também podem ser benéficas no tratamento dos sintomas de depressão em adultos mais velhos. Essas formas de terapia podem ajudar os indivíduos a desenvolver habilidades de enfrentamento, melhorar a comunicação e aumentar o apoio social. Estratégias não farmacológicas para prevenção e tratamento da depressão são igualmente importantes na população geriátrica. Essas estratégias incluem mudanças no estilo de vida, como exercícios regulares, alimentação saudável e técnicas de redução do estresse, como meditação e atenção plena. O apoio social e o envolvimento em atividades significativas, como trabalho voluntário ou passatempos, também podem desempenhar um papel crucial na prevenção e gestão da depressão em adultos mais velhos. Além disso, a terapia de revisão de vida, uma forma de psicoterapia que envolve a reflexão sobre experiências e conquistas passadas, demonstrou ser eficaz na prevenção da depressão em adultos mais velhos. Estas estratégias não farmacológicas podem ajudar os indivíduos a manter um sentido de propósito e realização, levando a um melhor bem-estar físico e mental. CONCLUSÃO: Portanto, a depressão geriátrica é uma doença grave que requer tratamento imediato e medidas preventivas. O uso de opções de tratamento farmacológico, psicoterapia e aconselhamento têm se mostrado eficazes no manejo da depressão em idosos. Além disso, estratégias não farmacológicas como exercícios, apoio social e intervenções cognitivo-comportamentais também podem ser úteis na prevenção e no manejo da depressão. É importante que os profissionais de saúde estejam conscientes destas estratégias e trabalhem em colaboração com os idosos e as suas famílias para desenvolver planos de tratamento eficazes. Com intervenção precoce e cuidados adequados, os idosos podem levar uma vida plena, livre do fardo da depressão.

Palavras-chave: Depressão, geriatria, antidepressivos.

INTRODUÇÃO:

A depressão é uma síndrome psiquiátrica com alta prevalência entre idosos, resultando em diminuição da capacidade funcional, redução da acessibilidade a outras comorbidades e vulnerabilidade ao suicídio. Portanto, este cenário constitui um desafio social e exige rastreios regulares da depressão nos idosos, a fim de reduzir os sintomas da doença e controlar os efeitos secundários resultantes, que afetam gravemente a qualidade de vida dos idosos (APÓSTOLO, , et al.,2018).

Segundo dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a prevalência do transtorno em pessoas com mais de 60 anos é um fator preocupante na sociedade brasileira. Na sociedade brasileira, essa faixa etária representa aproximadamente 28 milhões de pessoas. Isso corresponde a 13% da população total. A população daquele país, tanto faz. Segundo Fernandes e colegas (2020), o gênero mais afetado por esse tipo de transtorno é o feminino devido a fatores biológicos, genéticos e hormonais, além de situações de conflito pessoal, mais comuns nesse gênero.

A depressão tornou-se um dos principais motivos de consulta a psiquiatras e psicólogos. Os pacientes muitas vezes não recebem tratamento porque não reconhecem os seus sintomas. O número de pacientes idosos que sofrem de depressão é crescente no Brasil e no mundo, tornando esse cenário uma prioridade de saúde pública para encontrar formas de prevenção e manejo dessa doença, que geralmente é multifatorial e está associada a doenças crônicas infecciosas. NÓBREGA IR et al., 2015; HELLWIG N et al., 2016).

Dentre os fatores que podem causar depressão em idosos, destacam-se os fatores sociais. Por exemplo, perda de parentes e amigos; Psicológico: por exemplo, trauma; essencial: como uso de drogas; Principalmente biológica, de acordo com a teoria da depressão das monoaminas, a depressão é causada, entre outras coisas, por uma diminuição anormal na neurotransmissão da serotonina e/ou norepinefrina, que desempenham papéis importantes no humor, no ciclo sono-vigília e na motivação. As condições de idade podem ser um fator importante e contribuir para a ocorrência dessas condições (NÓBREGA IR, et al., 2015; HELLWIG N et al., 2016; MINAYO CMS, et al., 2019)

Apesar da sua importância clínica,  a detecção de sintomas depressivos em idosos é baixa neste contexto, o que pode ser  em parte devido às diferentes manifestações clínicas destes sintomas em comparação com outras faixas etárias. Estes sinais são muitas vezes subestimados pelos médicos de clínica geral que habitualmente centram a sua atenção clínica nas doenças que levam ao internamento (Sousa et al., 2001). Nesse sentido, a avaliação sistemática de pacientes idosos por meio de escalas de avaliação de sintomas de depressão de clínicos gerais pode contribuir para uma melhor detecção de casos de depressão nessa faixa etária em clínicas onde são responsáveis ​​pela maioria das internações.

Neste contexto, devem ser adotadas medidas que complementem a  farmacoterapia tradicional utilizada no tratamento da depressão e que visem melhorar a qualidade de vida dos idosos. Silva VR R, et al. (2015) mostraram os benefícios que o exercício físico pode trazer aos idosos que  praticam exercícios regularmente, pois reduz o estresse que causa depressão, ansiedade e transtornos de humor, proporciona autonomia e realiza atividades diárias.  

Sabemos, portanto, a importância da constituição de  uma equipe multidisciplinar para auxiliar no tratamento desses pacientes, para que também sejam assegurados os princípios da atenção integral instituídos e garantidos pelo SUS de acordo com a Lei nº 1.990. 8.080. Segundo Wanda Horta, enfermeira formada pela USP em 1920, as pessoas têm necessidades básicas que devem ser atendidas para alcançar o equilíbrio biopsicossocial, e a enfermagem como membro da equipe de saúde trata de prestar cuidados para reduzir essas necessidades. Restaurado (HORTA, 1960). 

Precisamos encontrar estratégias de tratamento que atendam as pessoas em vários níveis. Nesse contexto, surgiu o cuidado integrado e complementar (PICS), uma abordagem de tratamento que utiliza recursos terapêuticos para tratar e prevenir diversas doenças, como a depressão. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 29 procedimentos PICS totalmente gratuitos aos cidadãos. Evidências científicas têm demonstrado os benefícios do tratamento integrado entre a medicina homeopática e as PICS. Cada vez mais profissionais são treinados e qualificados para desenvolver essas estratégias de tratamento de forma simples e natural (Brasil, 2018). É visto como um curso de ação bem sucedido que estimula o potencial de um indivíduo ou grupo para fortalecer aspectos da sua própria saúde.

Diante disso, o presente artigo tem como principal objetivo identificar os tratamentos e estratégias de prevenção da depressão entre idosos.

MATERIAIS E MÉTODOS: 

Para embasamento desta pesquisa, foi realizada uma revisão integrativa da  literatura, de abordagem descritiva, cujo intuito principal foi de investigar a partir de  fontes secundárias respostas acerca da problemática em questão. Para a condução das buscas, teve-se como fundamento a metodologia proposta por Mendes; Silveira; Galvão, (2008), e que as etapas seguidas foram de: 1) escolha do tema e questão de pesquisa, 2) delimitação dos critérios de inclusão e exclusão, 3) extração e limitação das informações  dos estudos selecionados, 4) análise dos estudos incluídos na revisão 5) análise e interpretação dos resultados e 6) apresentação da revisão ou síntese do conhecimento. 

O problema de pesquisa incide na seguinte pergunta norteadora: Quais são os principais métodos de tratamento e prevenção da depressão geriátrica?  

As buscas ocorreram por meio de um levantamento de dados, nas bases científicas: SCIELO – Scientific Eletronic Online Library LILACS- Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e MEDLINE – Medical Literature Analysis and Retrieval System Online. Nas buscas foram utilizados os Descritores em Ciências da  Saúde (DeCS) e (MeSH) sob aplicação do operador booleano AND. Ficando no  português: “Depressão” AND “Tratamento” AND “Saúde do Idoso”, e no inglês foram utilizados: “Depression” AND “Treatment” AND “Health of the Elderly”.

Os estudos selecionados seguiram os critérios de elegibilidade, incluindo: Trabalho totalmente original, disponível na íntegra em português e inglês e está indexado em bases de dados selecionadas. Os critérios de exclusão definidos referem-se a: resumos, duplicados nas bases de dados mencionadas e aquelas que não correspondam aos seus respectivos temas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Os artigos utilizados foram organizados na tabela 1: em informações referentes a: Títulos, autor, ano de publicação, objetivo e principais desfechos:

TÍTULOSOBJETIVOSREVISTASPRINCIPAIS DESFECHOS
Escala de depressão geriátrica como instrumento assistencial do enfermeiro no rastreio de sintomas depressivos em idosos institucionalizadosDestacar como transcorre a aplicabilidade deste instrumento na prática clínica.Brazilian Journal of Development.Conclui-se que, sua utilização   é de fácil aplicabilidade e possibilita a implementação de medidas estratégicas que visem contribuir para a manutenção da saúde mental e bem-estar geral neste segmento populacional.
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DEPRESSÃO GERIÁTRICA: REVISÃOINTEGRATIVA DA LITERATURAIdentificar os fatores  de risco para a depressão  em  pessoas  idosas.Revista Enfermagem AtualDestaca-se,  portanto,  a  importância de buscar  compreender e investigar os  fatores que influenciam esse transtorno, a fim de direcionar ações de saúde para a promoção da qualidade de vida dos idosos
Aplicação da escala de depressão geriátrica abreviada em idosos ativos e sedentários do HIPERDIA.Aplicar a escala de depressão geriátrica em idosos ativos e sedentários do programa HIPERDIA.Revista Eletrônica Acervo Saúde.Na  população estudada, praticar exercício físico, morar com um parceiro e ter filhos parece impactar positivamente o enfrentamento de situações de estresse. 
Validade e fidedignidade da Escala de Depressão Geriátrica na identificação de idosos deprimidos em um hospital geral.O objetivo deste estudo foi avaliar validade e fidedignidade da Escala de Depressão Geriátrica (EDG) nas versões de 30 e 15 itens na identificação de suspeitas de depressão em idosos nas enfermarias de clínica médica do Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, Paraíba. Jornal Brasileiro de PsiquiatriaConclui-se que a EDG-30 é mais sensível e fidedigna que a EDG-15. Assim, a EDG-30 é útil para detectar como negativos os pacientes que realmente não apresentem depressão, porém são necessários estudos posteriores para adequação dos itens dessa escala à nossa clientela, a fim de aumentar sua especificidade e valor preditivo positivo.
Eficácia da Arteterapia como tratamento complementar a depressão em idososAnalisar a eficácia da arteterapia como um tratamento complementar ao farmacológico para idosos portadores da depressão, além de apresentar os sintomas da doença e a maneira como a mesma se manifesta nessa parcela da população.
Brazilian Journal of Development.Apesar das limitações  e  escassez  de  estudos relacionados  ao  tema,  evidencia-se que  a arteterapia demonstrou ser uma ótima  forma  de  tratamento complementar a depressão,  visto que com as sessões os idosos participantes puderam estabelecer relações interpessoais, combatendo um dos sintomas mais evidentes da doença, que é o isolamento social, além de terem apresentado uma melhora significativa nos sintomas da depressão, ansiedade e autoestima em relação ao grupo controle. Nesse contexto, é importante que novos estudos sejam realizados para que a prática seja mais difundida, visto que atualmente a arteterapia é demasiadamente subutilizada.
Práticas integrativas e complementares: estratégia de cuidado por meio do Reiki em pessoas com depressãoIdentificar as percepções das pessoas diagnosticadas com depressão acerca do recebimento de Reiki  associado  ao  tratamento tradicional. Brazilian Journal of Development.O   objetivo   do   estudo   foi   alcançado   uma   vez   que   as   pessoas   com   depressão conseguiram  perceber  com  clareza,  as  modificações  em  seus  pensamentos,  sentimentos  e comportamentos,  à  medida  que  as  sessões  de  Reiki  foram  sendo  realizadas.  Inicialmente mostraram-se temerosos e inseguros frente à nova proposta de cuidado, mas, após a criação de vínculo  e  estabelecimento  da  relação  de  confiança  com  a  terapeuta,  tais  sentimentos  foram substituídos por tranquilidade, paz e confiança
Idosos acometidos pela Hipertensão Arterial Sistêmica: nível de depressão, adesão ao tratamento e avaliação da qualidade de vida.O  objetivo  do  estudo  foi  avaliar  sintomas de depressão, adesão ao tratamento e qualidade de vida dos idosos com HAS de uma Unidade Básica de Saúde do município de Patos de Minas-MG.Brazilian Journal of Development.Conclui-se  que  os idosos  vivenciam  várias  situações  de  vulnerabilidade,  fazendo-se  necessária  uma  assistência integral e centrada  por  parte dos  profissionais da Estratégia de Saúde  da  Família e do  Núcleo Ampliado à Saúde da Família.
Exercício  físico como  terapia complementar no  tratamento da  depressão em idosos: uma revisão integrativaVerificar o exercício físico como terapia complementano  tratamento  da  depressão  em  idosos.Brazilian Journal of Development.A  depressão  em  idosos  em  algumas  circunstâncias  pode  estar associada à inatividade física e ao isolamento social provocada também pela redução da autonomia funcional. O sexo feminino   apresenta   uma   maior  vulnerabilidade  devido   a   situações   de   conflitos familiares, relacionamentos conturbados, fatores biológicos, genéticos e hormonais, entre outros.
Enfermagem na prevenção da depressão no idosoObjetivou- se identificar  a  partir  da literatura, os fatores de risco para depressão no idoso bem como a importância da enfermagem frente a  essa  situação.Brazilian Journal of Development.A  análise  da  literatura  nos conduz a reconhecer a importância da atuação do enfermeiro na identificação dos fatores de risco para o paciente portador de depressão, pois é primordial que o idoso receba informações sobre sua doença.  Assim,  os  idosos com depressão  devem  ser  tratados  de  forma  humanizada  com  olhar holístico para que possam diminuir fatores que levam a complicações ou até mesmo a morte.
Terapêuticas medicamentosas e exercícios físicos na prevenção e tratamento de depressão em idosos: revisão sistemáticarevisar a literatura científica acerca do impacto da associação de exercícios físicos e outras modalidades terapêuticas alternativas às abordagens farmacológicas sobre a prevenção e tratamento de depressão em indivíduos idosos.Arquivos Brasileiros de Educação FísicaOs desfechos de alguns estudos foram divergentes e sugeriram a interferência de fatores fisiológicos e psicológicos nessa relação. A prática de exercícios físicos, a inclusão de atividades integrativas e suporte psicológico em associação à terapêutica medicamentosa, apresentam maior eficácia do que qualquer uma dessas abordagens aplicadas de forma isolada.
AUTORES (2023)

Observa-se que à medida que o envelhecimento avança, os idosos vivenciam alterações não apenas nos aspectos morfológicos, fisiológicos e bioquímicos, mas também nos aspectos psicológicos, tornando-os propensos a diversas doenças. Dentre as doenças mais comuns entre os idosos, destaca-se a depressão ( BRETANHA et al., 2015 ).

Segundo Simões (1966), os sintomas da depressão tardia são um tanto inespecíficos, incluindo perda ou declínio da força física, dificuldade para dormir, sentimentos frequentes de tristeza e ansiedade, perda de interesse nos prazeres do dia a dia e isolamento social. Estudos que alcançaram os mesmos resultados no que diz respeito à prevalência por género constataram que a prevalência de perturbações mentais comuns era maior entre mulheres divorciadas ou divorciadas com idades compreendidas entre os 18 e os 59 anos em agregados familiares com crianças entre os 4 e os 7 anos. Anos de pesquisa, renda de até um salário mínimo, residência em moradia alugada ou doada, Lucchese, Sousa, Bonfim, Vera & Santana, (2014) autorizam os resultados deste estudo. 

Portanto, é importante implementar intervenções para o envelhecimento ativo e prevenção da depressão que incluam a integração de aspectos pessoais, econômicos, sociais, físicos, comportamentais,  sociais e de serviços de saúde. Portanto, a população idosa necessita de intervenções preventivas, de oportunidades de emprego, de reforma, de relações familiares fortes, de apoio social, de educação e aprendizagem ao longo da vida, de proteção contra a violência e de danos, e de acesso a cuidados primários através da saúde física e mental. As equipas de enfermagem centram-se, portanto, nestas medidas preventivas que incentivam um estilo de vida saudável e a participação ativa nos cuidados de saúde (França CL, Murta SG, 2014).

Os idosos devem acompanhar e liderar a equipe de saúde da família. As práticas educativas destacam-se como estratégias de promoção da saúde. Isso motiva as pessoas e garante uma melhor qualidade de vida à medida que envelhecem. Essa população é crescente e os profissionais devem incentivar práticas e cuidados voltados à saúde do idoso. (Freire, et al., 2015). 

Groppo HS, et al. (2012) demonstraram melhorias significativas nos sinais e sintomas de depressão num grupo de idosos com algum grau de depressão que participaram num programa de exercício físico e concluíram que os pacientes deprimidos apresentavam maior autoestima. O processo de exercício funciona como uma distração dos pensamentos negativos e tem o efeito fisiológico de aumentar a liberação de endorfinas e monoaminas, que ajudam a reduzir a ansiedade, a tensão e o estresse, reduzindo assim os sinais e sintomas da depressão. 

Em outro estudo de Groppo et al (2013) e Minguelli et al (2013) mostrou que o exercício foi eficaz no tratamento de transtornos mentais na velhice utilizando a Escala de Depressão Geriátrica em ambos os estudos, mas os resultados foram opostos. Relação proporcional entre  prática  de exercício físico e sintomas depressivos em idosos. Indivíduos que praticam exercícios físicos apresentam menor incidência desses distúrbios devido a um programa regular e estruturado de exercícios físicos durante um período de 6 meses. Minguelli et al (2013) podem mostrar resultados positivos no tratamento de sintomas depressivos em idosos com doença de Alzheimer, e o exercício é um tratamento eficaz e barato para a depressão.

Expressões culturais como a dança são uma importante forma de atividade física no cuidado geriátrico e reduzem os efeitos negativos da psicopatologia ao aumentar os níveis de hormônios do tipo endorfina (Stella F, et al., 2002). Avaliações de vários pacientes mostraram que a atividade física melhora a saúde dos idosos, promove melhor desempenho das funções executivas diárias e reduz os níveis de estresse, solidão, desconforto e outras coisas diretamente relacionadas ao tratamento da depressão. (Mello CC et al., 2018).

CONCLUSÃO:

Conclui-se, que a depressão geriátrica é uma doença grave que requer tratamento imediato e medidas preventivas. O uso de opções de tratamento farmacológico, psicoterapia e aconselhamento demonstraram ser eficazes no tratamento da depressão em idosos. Além disso, estratégias não farmacológicas, como exercícios, apoio social e intervenções cognitivo-comportamentais, também podem ser úteis na prevenção e no tratamento da depressão. É importante que os profissionais de saúde reconheçam estas estratégias e trabalhem  com os idosos e  suas famílias para desenvolver planos de tratamento eficazes. Com intervenção precoce e cuidados adequados, os idosos podem viver vidas plenas sem o fardo da depressão.

REFERÊNCIAS: 

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¹cristtiannylira@gmail.com
Pós Graduanda em Gerontologia – ESCS
²jessica.mendonca@aluno.uepb.edu.br
Graduanda do curso de Psicologia – UEPB
³fontelyanka@gmail.com
Graduada em Enfermagem pela UFP.
4jessicahilane@hotmail.com 
Especialista em Saúde da Família pelo UNASUS/UERJ/UFMA
5nessassilva@yahoo.com.br  
Doutoranda em Enfermagem e Biociências – UNIRIO
6lucasmfdm@gmail.com
Graduando do curso de Medicina – IDOMED
7agathamasc@gmail.com
Graduanda em Medicina – FCMMG
8fran_lenebernardo@hotmail.com 
Doutoranda em Serviço Social e Políticas Públicas-UEL
Graduado em Enfermagem – UEM
9yuriasroas@gmail.com
Mestre em Ciências da Saúde – UEM
10drclaudiolima@hotmail.com
Graduado em Enfermagem – Universidade Estácio de Sá 
¹¹adriana.costa05@hotmail.com
Graduada em Enfermagem pela UNAMA
¹²jessicaribeiropsi18@gmail.com 
Graduada em Psicologia pelo IESPES