DENGUE: EPIDEMIOLOGY OF AN OUTBREAK OCCURRED IN A CITY IN THE INTERIOR OF BAHIA, BRAZIL, IN 2023
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10253403
Daiane Alves Ferreira1;
Ana Clara Oliveira Costa 2;
Matheus Santos Marques 3
RESUMO
Segundo Viana e IgnottI (2013, p.241) a dengue é atualmente a arbovirose mais prevalente em âmbito mundial. Os arbovírus são transmitidos aos humanos por meio da picada de mosquitos hematófagos (Andrino et al, 2019, p.164). Este estudo teve como objetivo analisar a ocorrência de casos de dengue registrados no município de Barra da Estiva-BA, identificar a distribuição espacial dos indivíduos infectados nos espaços urbanos e determinar as possíveis causas do surto ocorrido no período de janeiro a julho do ano de 2023. Métodos: Os dados dos casos notificados foram obtidos na secretaria municipal de saúde e através do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN).Resultados e discussão: Os bairros com maiores números de casos foi o centro, onde foram registrados 95 casos e o São Félix que registrou 78 casos, a zona rural teve um significativo número de casos, divididos em várias localidades distintas, entretanto não teve nenhum povoado que apresentou um número alarmante de casos. Conclusão: a análise mostrou que no município de Barra da Estiva, o maior número de casos foram registrados nos meses de abril e maio, que apresentaram período de chuva na região, houve casos notificados em todos os bairros, locais onde foi percebido uma grande quantidade de terrenos baldios, onde existem presença de resíduos sólidos descartados de forma inadequada, que servem de criadouros para o mosquito Aedes Aegypti e mostrou também a efetividade da dedetização realizada pelo carro fumacê, que após aplicação do o inseticida da cielo-ULV promoveu o controle vetorial, controlando o surto na cidade.
Palavras-chave: Dengue. Aedes aegypti. Epidemiologia. Espaço Urbano. Saúde Pública.
ABSTRACT
According to Viana and IgnottI (2013, p.241) dengue is currently the most prevalent arbovirus worldwide. Arboviruses are transmitted to humans through the bites of hematophagous mosquitoes (Andrino et al, 2019, p.164). This study aimed to analyze the occurrence of dengue cases registered in the municipality of Barra da Estiva-BA, identify the spatial distribution of infected individuals in urban spaces and determine the possible causes of the outbreak that occurred between January and July of 2023. Methods: Data on reported cases were obtained from the municipal health department and through the notifiable diseases information system (SINAN).Results and discussion: The neighborhoods with the highest number of cases were the center, where 95 cases were registered and São Félix recorded 78 cases, the rural area had a significant number of cases, divided into several different locations, however there was no village that presented an alarming number of cases. Conclusion: the analysis showed that in the municipality of Barra da Estiva, the largest number of cases were recorded in the months of April and May, which had a period of rain in the region, there were cases reported in all neighborhoods, places where a large amount of of vacant land, where there is the presence of solid waste inappropriately discarded, which serve as breeding grounds for the Aedes Aegypti mosquito and also showed the effectiveness of pest control carried out by the smoke car, which after application of the cielo-ULV insecticide promoted vector control , controlling the outbreak in the city.
Keywords: Dengue. Aedes aegypti. Epidemiology. Urban Space. Public health.
1. INTRODUÇÃO
As arboviroses são patologias transmitidas aos hospedeiros verterbrados através da picada de um artropode (CAMPOS et al, 2018, p.37). Segundo Donalisio, Freitas e Zuben (2015,p.04) As arboviroses tem causado cada vez mais preocupação devido o crescente contagio em humanos, dado esse fato controlar a disseminação dessas patologias se tornou motivo de preocupação mundial no âmbito da saúde .
No contexto brasileiro se tratando de epidemiologia, existem diversos arbovírus circulantes no país, entretanto os que mais causam contaminação são os que são propagados pelo aedes aegypti. Nos ultimos anos esse vetor vem dispertando grande inquietação, pois o seu controle tem sido um desafio para a saúde publica (TERRA et al, 2017 p.52). Ele é responsável por propagar quatro diferentes tipo de arbovirus, que provocam distintas patologias, sendo elas febre amarela, zika, chikungunia e dengue (CAMPOS et al, 2019, p.40, TERRA et al, 2017,p.55) . O gênero Aedes possui duas diferentes especies, a aegypti é a principal transmissora da patologia no periodo urbano, enquanto a albopictus é um vetor secundário responsável pela transmissão da dengue silvestre (Santos et al, 2018, p. e56446).
A dengue é a arbovirose mais relevante no mundo (Andrino et al, 2019, p.164), ela pode ser transmitida por dois tipos de vetor, sendo o mais comum no Brasil o aedes aegypti, e o aedes albopictus (ZARA et al,2016, p.392). O agente etiológico dessa doença é um vírus do gênero flavivírus, atualmente são conhecidos quatro diferentes sorotipos para essa patologia circulantes no Brasil, sendo identificados como DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 (TAUIL, 2001, p.100). Segundo Almeida e Silva (2018 p.57), na Malásia desde 2007, foi registrado um quinto sorotipo da doença DEN-5, entretanto não há registros de infecção por esse sorotipo no Brasil.
Essa enfermidade é transmitida ao homem através da picada de mosquitos hematófago, o macho não provoca infecção, pois sua nutrição é estritamente vegetal, advinda de néctar, seiva e outras fontes de açúcar, todavia as fêmeas são hematófagas, pois necessitam de sangue para que ocorra a maturação dos ovos (TERRA et al, 2017,p.53).
A dengue pode ser uma doença assintomática, ou causar distintos sintomas, podendo variar de quadros leves, quadros graves e pode levar a óbito, essa patologia caracteriza-se em três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação (CAMPOS et al, 2018, p.40).
Na fase febril o paciente apresenta alta temperatura corporal, acompanhada de cefaleia, artralgia, mialgia, exantema e dor retro orbitária. Na fase crítica os sintomas da fase febril tendem a se amenizar, podendo até desaparecer, entretanto essa fase é de extrema cautela, pois nela podem surgir os sinais de alarme, indicando que a doença poderá evoluir para as formas graves. Os sinais de alarme são resultantes do aumento da permeabilidade vascular, indicando extravasamento plasmático, nessa fase os sinais de alarme incluem, sangramento das mucosas, vômitos persistentes, hipotensão postural, dentre outros, podendo levar a óbito. Após a fase crítica, a depender da resposta do paciente caso haja melhoras o paciente passa pela fase de recuperação, onde os se normalizam as condições decorrentes do extravasamento plasmático (CAMPOS et al, 2018, p.41).
O primeiro registro da doença no Brasil ocorreu no Rio de Janeiro no ano de 1845, após ocorreu relato de casos em outros estados dentre os anos 1851 a 1823, entre os anos de 1858 e 1873 este vetor chegou a ser erradicado no país. Em 1976 o vetor foi reintroduzido, em 1981 houve uma reemergência em Roraima, desde então o Aegypt se faz presente no país (CAMPOS et al, 2018, p.36; ZARA et al, 2016, p.392).
No ano de 2022, foram registrados 1.393.877 casos no Brasil (SINAN4), segundo o boletim epidemiológico número 54, em 2023 entre a semana 1 e a semana 35 já foram registrados 1.530.940 casos, representando um aumento de 16,5% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Na Bahia até a semana 41, foram registrados 34.371 casos. Na cidade de Barra da Estiva até a mesma semana foram notificados 389 casos, representando um aumento de 4244% quando comparado ao número de casos registrados no ano anterior (SINAN). Diante desse fato o presente estudo busca responder a seguinte questão de pesquisa: quais as possíveis causas que culminaram no aumento de casos de dengue em Barra da Estiva-BA, visando relacionar o número de casos com os locais de residência dos infectados, e assim, determinar áreas de risco de maior ocorrência.
Assim, em face do surto de dengue ocorrido no município acima citado torna se relevante este estudo, pois busca esclarecer as causas que culminaram no aumento de casos ocorridos no período de janeiro a junho de 2023.
2. METODOLOGIA
A presente pesquisa é de cunho quantitativo, do tipo observacional e descritivo. O estudo foi desenvolvido no município de Barra da Estiva, uma cidade localizada na Chapada Diamantina – Bahia, situada na região nordeste do Brasil. Segundo o senso dermografico do IBGE4, realizado no ano de 2022, a cidade possui 1.657 km2 e 26.026 habitantes, sendo 13.130 indivíduos do sexo masculino e 12.896 do sexo feminino. Foi descoberto, ao fazer o levantamento de dados pelo SINAN, a respeito de quantas pessoas do município já haviam contraído a dengue, que 15 a cada 1.000 habitantes de Barra da Estiva foram infectados pela doença.
Por pesquisa de campo foi realizado o levantamento dos casos de dengue notificados no município de Barra da Estiva – BA, registrados no período de janeiro de 2023 a julho de 2023.
Os dados epidemiológicos foram obtidos de fontes secundárias, tais como a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o Sistema de Agravos de Notificação (SINAN), o acesso a esses dados foi efetuado entre os meses de julho à novembro do ano de 2023.
Foram notificados 389 casos, dos quais as variáveis analisadas foram: local onde foram realizadas as notificações, quantidade de casos registrados por bairro, quantidade de terrenos baldios e medidas realizadas de combate ao vetor. Foram analisados, também, quantidade de notificação mensal, sexo e faixa étaria dos indivíduos infectados.
Após essa análise, foi feita uma verificação em de potenciais em focos de proliferação de larvas e feita a documentação fotográfica, essas fotos foram registradas no mês de outubro e novembro de 2023. Para elaboração dos gráficos dos casos de dengue, foram levados em consideração: faixa etária e local das notificações e os dados também foram obtidos através do SINAN e, posteriormente, importados para o programa Canva5, juntamente com os dados fornecidos pelo SMS.
Os dados utilizados são de domínio público, assim, não houve necessidade de submissão ao comitê de ética.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No ano de 2023 até o mês de outubro foram notificados 389 casos em Barra da Estiva, registrados nos primeiros sete meses, onde o mês de abril e maio tiveram o maior número de casos, somando mais de 62% das notificações.
Os resultados encontradas concordam com dados citados no artigo A ocorrência da dengue e variações meteorológicas no Brasil: revisão sistemática, publicado por Viana e Ignott (2013, p.246), onde relatam que a maior incidência de casos ocorrem no primeiro semestre, e que os casos decaem no segundo semestre, além disso, outro fato coincidente com o artigo acima mencionado é que no ano de 2003 mais da metade dos casos registrados no nordeste ocorreram no segundo trimestre, o que pode ser observado nas notificações realizadas no presente estudo, em Barra da Estiva, tendo registrado nesse período 252 notificações, que erquivalem 64% dos casos registrados até a 41° semana epidemiológica.
Esse fato pode estar relacionado com a ocorrência do período chuvoso, pois a chuva contribui para que ocorra acúmulo de água em recipientes como tampas, sacolas, pneus dentre outros abandonados a céu aberto, tornando-se criadouro artificiais. (Terra et al. 2017, p.56).
A distribuição mensal dos casos confirmados pode ser observada no Gráfico 1.
Gráfico 1 – Número de casos de dengue notificados por mês no município de Barra da Estiva, Bahia, Brasil – 2023
Fonte: Elaboração própria.
A faixa etária mais acometida foram jovens de 20-39 anos, sendo 163 casos, representando 42% das notificações, seguido em ordem decrescente por adultos de 40-59 anos, sendo 96 casos, representando 24,7 % das notificações, jovens de 15-19 anos, sendo 29 casos, representando 7,5% das notificações, crianças de 10-14, sendo 28 casos, representando 7,2 % das notificações, idosos de 60-69 anos, 23 casos, representando 5,9% das notificações, idosos acima de 70 anos, 22 casos, representando 5,7% das notificações, crianças 1-4 anos,sendo 5 casos e menores de um ano, sendo 3 casos, somando 2 % das notificações.
A distribuição dos casos de acordo com a idade pode ser observada no Gráfico 2.
Gráfico 2 – Faixa etária dos infectados por dengue de Barra da Estiva, Bahia, Brasil – 2023
Fonte: Elaboração própria.
Em relação ao gênero, o maior número de notificações foram do sexo feminino sendo 218 casos, enquanto do sexo masculino foram infectados 171 indivíduos.
Houve casos notificados nas seguintes unidades de saúde: USF6 Deraldo mendes, Centro de saúde, Hospital suzy Zanfretta, USF Bairro das Nações, USF do São Félix, USF do Rio Preto, USF da Placa, Posto de saúde do Entroncamento e na Secretaria de Saúde de Barra da Estiva.
A distribuição dos casos de acordo com o local de notificação pode ser observada no Gráfico 3.
Gráfico 3 – Unidades onde foram realizadas as notificações
Fonte: Elaboração própria.
Nas fichas de notificação manual arquivadas na SMS, existem 405 notificações, dentre elas 389 foram digitalizadas no SINAN online, às 16 fichas restantes não foram registradas, pois são notificações duplicadas.
Dos 389 casos, 95 casos foram pacientes que residem no Centro, 78 casos no Bairro São félix, 51 que residem no Bairro Rua nova, 20 que residem no bairro Recreio, 27 no Bairro Nações Unidas, 9 casos bairro alto México, 9 casos no bairro Alto Alegre, 8 caos no bairro Substação, 7 casos no bairro Alto da Barra e 85 casos residentes da Zona Rural (Os casos do condomínio Morada Nobre e Geraizinho foram contabilizados juntamente aos casos da zona rural).
A distribuição dos casos e de terrenos baldios por bairro pode ser observada no Gráfico 4.
Gráfico 4 – Representação da quantidade de casos de dengue e quantidade de terrenos baldios por bairro em Barra da Estiva, até o mês de outubro do ano de 2023.
Fonte: Elaboração própria.
Segundo a SMS, os terrenos baldios do perímetro urbanos são distribuídos da seguinte maneira, o centro possui 370 terrenos baldios, São Félix 401, Rua nova 211, Recreio 94, Nações Unidas 29, Subestação 343, Alto Alegre 298, Alto da Barra 317, Alto México 744, Geraizinho 527.
A Zona Rural possui 446 terrenos baldios sendo distribuídos pelos seguintes povoados: Morada Nobre (175 terrenos baldios), Lagoa de dentro (31 terrenos baldios),Rio preto (01 terreno baldio), Pé do Morro (02 terrenos baldios), São Jorge (108 terrenos baldios),Triunfo do Sincorá (33 terrenos baldios), Ponto Velho (23 terrenos baldios), Passagem de Santana (08 terrenos baldios) e Entroncamento de Barra da Estiva (65 terrenos baldios).
Em um surto ocorrido em Barra da Estiva em 2014, foi observado um grande número de casos nos bairros em torno do cemitério municipal, levantando a possibilidade que o local tenha sido um importante sítio de desenvolvimento vetorial (Paixão, et al. 2017, p.988). No ano de 2023, não se descarta essa possibilidade, entretanto houve registros de casos em todos os bairros do município, fazendo acreditar que os terrenos baldios espalhados pela cidade possam ter sido criadouros artificiais e foco de desenvolvimento do vetor.
Os criadouros preferenciais do aedes aegypti para depositar seus ovos são recipientes artificiais (Zara et al, 2016, p.392), os criadouros artificiais tem sido cada vez mais fácil de ser encontrados pelo inseto, isso se dá pelo fato da produção industrial moderna, onde produz de forma demasiada materiais descartáveis como copos, plásticos e outros, cujo descarte é realizado de forma incorreta, sendo abandonados em vias públicas e terrenos baldios, favorecendo o desenvolvimento do mosquito (Tauil, 2001, p.100). O ambiente urbano favorece o desenvolvimento do vetor, pois é acessível encontrar materiais como copos, tampinhas e sacolas descartados a céu aberto, resultando em acúmolo de água parada (Terra et al, 2017, p.53).
Nas figuras a seguir é possível observar terrenos baldios na cidade de Barra da Estiva, onde existe a presença de muito lixo descartado de forma inadequada, tornando o ambiente propício a proliferação do mosquito, esses terrenos são encontrados em todos bairros da cidade, além de terrenos baldios, não é incomum encontrar obras e construções onde existe a presença de caixas e reservatórios de água destampados, facilitando a propagação do vetor. As imagens dos terrenos baldios por bairro podem ser observadas nas imagens a seguir:
A imagem A, são fotografias registradas do bairro Centro
Fonte: Elaboração própria.
A imagem B, são fotografias registradas do bairro São Félix.
Fonte: Elaboração própria.
A imagem C, são fotografias registradas do bairro Rua Nova.
Fonte: Elaboração própria.
A imagem D, são fotografias registradas do bairro Recreio.
Fonte: Elaboração própria.
Os casos da cidade teve início pelo bairro São Félix, e foi ocorrendo casos nos demais bairros periféricos, o último bairro a notificar casos foi o centro. Como meio de combate, a secretária municipal de saúde utilizou o carro fumacê para dedetizar os bairros da cidade, foi utilizado o inseticida da cielo-ULV 3,75% com o ativo imidacloprida 3% + praletrina 0,75%.
O tratamento de aspersão aeroespacial de inseticidas em UVB, tem como objetivo eliminar os insetos na sua fase adulta, e é utilizado para bloqueio de transmissão e para controle de surtos por Aedes Aegypti. (Zara et al. 2016, p.394)
Em Barra da Estiva, foram realizados cinco ciclos de dedetização em cada bairro, esse processo teve início no mês de março e finalizou no mês de junho, essa medida teve influência na diminuição de casos, pois o número de notificação sofreu queda e no último mês de aplicação do produto o surto já havia sido controlado.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os casos da cidade tiveram início pelo bairro São Félix, e foi ocorrendo casos nos demais bairros periféricos, o último bairro a notificar casos foi o centro. Controlar reservatórios a céu aberto que podem ser sítio de desenvolvimento vetorial da dengue tem sido um grande obstáculo para que haja o controle da propagação da doença, isso constitui um grande desafio para a saúde pública. Em Barra da Estiva, por exemplo, a distribuição de casos notificados ocorreu entre o mês de janeiro e julho, tendo maior ascendência nos meses de abril e maio, após períodos chuvosos na região. E foi constatado, através da SMS e do SINAN, que essas chuvas e o descuido com os terrenos baldios foram fortes contribuintes na proliferação da dengue.
A maioria dos acometidos foram do sexo feminino, o que pode ser justificado pelo fato que essas pessoas passam mais tempo nas residências, especialmente em períodos diurnos, onde ficam mais expostas ao vetor, o qual tem preferência por áreas domiciliares e peridomiciliares.
Os bairros com maior incidência de casos foram o Centro da cidade e o Bairro São Félix, onde existem grande número de terrenos baldios, locais esses, que podem ter sido potenciais de desenvolvimento e proliferação do mosquito.
Diante dos fatos acima relatados, pode-se afirmar que o presente trabalho cumpriu os seus objetivos de analisar as possíveis causas do aumento de casos de dengue e sua distribuição geográfica no município de Barra da Estiva-BA. Pôde-se observar também que o número de casos decresceu em junho, o que pode ser resultado das medidas tomadas de combate ao vetor, destacando-se a dedetização pelo carro fumacê que foi realizada pela Secretaria Municipal de Saúde local que utilizou o inseticida da cielo-ULV 3,75% com o ativo imidacloprida 3% + praletrina 0,75%.
Para que haja êxito no controle da dengue no município, a fim de evitar futuros surtos em Barra da Estiva, a secretaria de serviços públicos deve localizar e notificar os proprietários dos lotes para que eles façam a limpeza do local, caso essa limpeza não seja realizada, deve-se efetuar multas e punições cabíveis.
Para que haja combate às arboviroses, a Secretaria Municipal de Saúde, pode promover campanhas de conscientização da população, através de palestras, e incentivar o descarte correto do lixo, ademais instruir a não deixar reservatórios de água parada destampados.
Nesse sentido, os farmacêuticos, enfermeiros e agente de endemias, são os profissionais adequados a suprir a falta de informação de grande parte da população quanto aos métodos e conduta adequada para o descarte adequado de resíduos, e quanto ao impacto que o descarte inapropriado dos mesmos podem provocar ao meio ambiente e proliferação de doenças, inclusive, ao próprio ser humano.
4 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
5 O Canva é uma plataforma online que oferece uma variedade de ferramentas de design gráfico e recursos para criar diversos tipos de conteúdo visuais
6 Unidade de Saúde Familiar
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1 Discente do curso de Farmácia do Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU, e-mail: daianea445@gmail.com;
2 Discente do curso de Farmácia do Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU, e-mail: costaclra001@gmail.com;
3 Professor do Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU e orientador, e-mail: matheusfarnassau@gmail.com